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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

ELISA BUENO DA SILVA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INDANTIL: ESTRATÉGIAS DE IDENTIFICAÇÃO

Nova Bandeirantes – MT
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

ELISA BUENO DA SILVA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INDANTIL: ESTRATÉGIAS DE IDENTIFICAÇÃO

Artigo final elaborado na disciplina de


trabalho de conclusão de curso – TCC do
curso de Pedagogia do Centro Universitário
da Grande Dourados - para fins de
obtenção do Grau de Licenciada em
Pedagogia, sob orientação da Profª. Dra.
Patricia Santos de Oliveira

Nova Bandeirantes – MT
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

ELISA BUENO DA SILVA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INDANTIL: ESTRATÉGIAS DE IDENTIFICAÇÃO

Aprovado em: ____/____/2019

Orientador (a): Prof.(a). ______________________________

________________________________
Profa.
Coordenadora do Curso

Nova Bandeirantes – MT
2019
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INDANTIL:
ESTRATÉGIAS DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO

*BUENO, Elisa da Silva


**OLIVEIRA, Patrícia Santos de

RESUMO: Este artigo tem como objetivo investigar as estratégias utilizadas para a
identificação de alunos com dificuldade de aprendizagem na educação Infantil. Para tal
estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas, com o propósito de investigar o tema
abordado, tendo como metodologia a pesquisa de revisão de literatura narrativa e de
revisão de literatura, utilizando – se de autores como Sara Pain (1985), Alicia Fernández
(1991), Smith (2001), e outros autores, cujos temas estão relacionados as dificuldades de
aprendizagem na educação infantil, assim como o diagnóstico e avaliação.

PALAVRAS CHAVE: Dificuldades, Aluno, Educador, Escola.

ABSTRACT: This article aims to investigate the strategies used to identify students with
learning difficulties in early childhood education. For this study, a bibliographical research
was carried out, with the purpose of investigating the topic, having as a methodology the
research of revision of narrative literature and literature review, using authors such as Sara
Pain (1985), Alicia Fernández (1991) ), Smith (2001), and other authors, whose themes are
related to learning difficulties in early childhood education, as well as diagnosis and
evaluation.

KEY WORDS: Difficulties, Student, Educator, School.

*Aluna do curso de graduação em Pedagogia da UNIGRAN- Dourados- MS.


**Professora Doutora orientadora do artigo.
INTRODUÇÃO

As dificuldades de aprendizagem são problemas que atingem crianças do mundo todo, seja
em idade escolar ou não, a questão é que durante o início na vida escolar é possível perceber
aqueles alunos com altas habilidades para determinadas matérias, e grandes dificuldades em
outras, surgindo então o tema dificuldade de aprendizagem. Esses problemas são percebidos
nas crianças que se distraem com facilidade, e em muitos casos são prejudicadas na
aprendizagem escolar, e no seu dia-a-dia social, as DA podem ser caracterizadas em: sentido
lato, estrito, sentido orgânico, sentido educacional, podem ser compreendidas através das
causas que as originaram, os fatores relacionados a tais dificuldades. (SANCHEZ, 1998).
“Existem aproximadamente 15% de crianças com dificuldades de aprendizagem em qualquer
sistema” (JARDIM, 2001).
O termo dificuldade de aprendizagem foi utilizado e definido por Samuel Kirk em uma
comunicação apresentada na “conference on Exploration into Problems of the Perceptually
Handicapped Child” nos Estados Unidos (GARCIA, 1995, apud CRUZ, 1999). Nesta
conferência Kirk utilizou o termo com as seguintes palavras:

“... eu usei o termo ‘dificuldades de aprendizagem’ para descrever um grupo de


crianças que têm desordens no desenvolvimento da linguagem, da fala, da leitura, e
das habilidades associadas á comunicação necessárias para interação social. Neste
grupo eu não incluo crianças que têm déficit sensoriais tais como cegueira ou
surdez, porque temos métodos para lidar e treinar os surdos e os cegos, ou também
não excluo deste grupo crianças que apresentam um atraso mental generalizado.”
(KIRK, 1963, apud Cruz, 1999, p.30).

O autor referia-se a uma aparente discrepância entre a capacidade da criança em aprender e o


seu nível de realização. Dificuldades de aprendizagem podem ser tratadas com uma variedade
de métodos, mas geralmente são consideradas como desordens vitalícias, (GARCIA 1998).
O termo dificuldade de aprendizagem já havia sido mencionado com diversas definições,
entre elas a de Sánchez (1998) teve maior consenso:

“Dificuldade de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo


heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na
aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades
matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se devido à
disfunção do sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital.
Podem existir, junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas
de auto regulação, percepção social e interação social, mas não constituem, por si
próprias, uma dificuldade de aprendizagem. Ainda que as dificuldades de
aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras condições
incapacitantes (por exemplo, deficiência sensorial, retardamento mental, transtornos
emocionais graves) ou com influências extrínsecas (tais como as diferenças
culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas
condições ou influências. (SANCHES, 1998 apud CARLOS 2008, p. 5).

As dificuldades de aprendizagem vêm sendo tema de grande interesse desde o início do


século XIX, em torno dos séculos XVIII e XIX, período de grande avanço das ciências
médicas e biológicas, especialmente da psiquiatria, os problemas de aprendizagem eram
vistos como uma disfunção essencialmente orgânica. Já nos séculos passados crianças com
dificuldades em aprender, eram vistas como incapazes de frequentar a escola, com o passar
dos anos houve uma modificação na forma de tratamento dessas crianças, passando de
hospitais e educação em casa, para o acesso a escolas, porem as crianças que apresentavam
determinadas dificuldades na escola eram consideradas “criança problema”. Ballone (2007)
vem afirmar que as dificuldades de aprendizagem ainda eram desconhecidas no processo
educativo, e que o termo dificuldade de aprendizagem engloba um grupo heterogêneo de
transtornos, manifestando-se por meio de atrasos ou dificuldade em leitura, escrita, soletração
e cálculo em pessoas com inteligência potencialmente normal ou superior e sem dificuldade
visuais, auditivas, motoras ou desvantagens culturais.
Dessa forma, no presente estudo será adotado o termo Dificuldades de Aprendizagem, para se
referir ao grupo de distúrbios e transtornos relacionados ao processo de aprender.
Neste trabalho vamos tratar como identificar e avaliar as dificuldades de aprendizagem,
buscando compreender como nós educadores podemos identificar e diferenciar as
dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos. Muitas crianças apresentam
dificuldades na leitura, cálculos e escrita e muitas vezes interpretamos estas dificuldades
como desatenção, com falta de interesse por parte do aluno. Geralmente não aprofundamos o
porquê desta dificuldade, e até mesmo os pais ignoram isto nos filhos, deixando sobre a escola
e somente a ela a “missão” de fazer com que seu filho aprenda e supere esta dificuldade
(CARLOS 2008). O presente tema que tem sido muito discutido na área da educação nos
últimos anos, visto que as dificuldades estão presentes na maioria das escolas, tornando
importante apresentar como identificá-las e assim poder trabalhar com o aluno em questão.

OBJETIVO

Investigar as estratégias utilizadas para a Identificação de alunos com dificuldade de


aprendizagem na educação Infantil.

METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi realizado o levantamento bibliográfico,
com o propósito de investigar o tema abordado tendo como metodologia a pesquisa de
revisão de literatura narrativa, que para FERREIRA (2000); trata-se de um tipo de estudo
onde são analisadas as produções bibliográficas em “determinada área [...] fornecendo o
estado da arte sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias, métodos, subtemas que
têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada” ( FERREIRA, 2000, p. 191).

Serão utilizados como fonte de dados, livros e revistas que abordem sobre o tema, bem como
biblioteca online e sites. Como descritores foram utilizados os seguintes termos:
“Dificuldades de aprendizagem”, “Distúrbios de aprendizagem”, “Educador”, “Aluno”,
“Escola”. Como critérios de inclusão serão considerados artigos publicados em língua
portuguesa, disponíveis em sites acadêmicos, cujo tema seja relacionado a dificuldades de
aprendizagem na educação infantil para crianças de 02 a 05 anos de idade, relacionando o
diagnóstico e avaliação dessas dificuldades para educação infantil. Como critérios de
Exclusão trabalhos escritos em línguas estrangeira, resumos e resenhas de sites.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados serão descritos a partir de três temas, inicialmente será abordado sobre o conceito de
Dificuldade de Aprendizagem, fazendo abordagem sobre quais são os possíveis fatores que a
causam, e suas características, logo em seguida, vamos abordar sobre sua classificação,
tratando como são classificadas algumas das diversas DA conhecidas; Por último iremos
abordar sobre como é feito o diagnostico dessas DA e algumas estratégias que são utilizadas
para chegar a identificação do aluno com DA na educação infantil.

COMPREENDENDO O CONCEITO DE DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM


Inicialmente iremos abordar sobre o historio e principais definições das dificuldades de
aprendizagem, logo em seguida vamos discutir os conceitos e apresentar como identificar e
avaliar das DA.
As DA podem ser caracterizadas quanto ao sentido (ROSS 2011):

Caracterização das DA Descrição das Da


Sentido lato Todo conjunto de problemas de aprendizagem. Ou seja, todo
conjunto de situações, de índole temporária ou permanente que se
aproxima do risco educacional.
Sentido estrito As DA restringem-se a uma incapacidade ou um impedimento
específico para a aprendizagem em uma ou mais áreas do
conhecimento humano, podendo ainda envolver a parte
socioemocional.
Sentido orgânico São reconhecidas como desordens neurológicas que interferem na
recepção, integração ou expressão de informações. Caracterizam-
se, em geral, por uma discrepância acentuada entre o potencial
estimado do aluno e sua realização escolar.
Sentido educacional São reconhecidas como uma incapacidade ou um impedimento
para a aprendizagem da leitura, da escrita, do cálculo ou para
aquisição de aptidões sociais.

A dificuldade de aprendizagem trata-se de falhas no processo de aprender, uma criança com


DA apresenta dificuldade na sua capacidade intelectual em uma ou mais das seguintes áreas:
a) Expressão oral

b) Compreensão auditiva

c) Expressão escrita

d) Capacidade básica de leitura

e) Compreensão da leitura

f) Cálculos básicos de matemática

g) Raciocínio matemático (Federal Register, 1997, p, 65083, citado por Correia, 1991).

A criança com dificuldade de aprendizagem possui um conjunto de condutas


significantemente desviantes em relação a população escolar em geral, sendo uma criança
normal em alguns aspectos, mas atípica em outros. Os comportamentos específicos mais de
100 já foram listados, porém os mais frequentes englobam a hiperatividade, problemas
psicomotores ( movimentos exagerados, rígidos, e descontrolados. ), habilidade emocional,
problemas gerais de orientação, desordens da atenção ( dificuldades em selecionar os
estímulos relevantes dos irrelevantes, sendo que a desatenção pode ser motivada por carência,
falta de atenção, ou por excesso-superatenção), impulsividade, dificuldades específicas de
aprendizagem, problemas perceptivos, ( principalmente os visuais e auditivos, revelando as
dificuldades em identificar, discriminar e interpretar estímulos), sinais neurológicos
irregulares e, finalizando, desordens na memória e na cognição ( FONSECA, 1995).
Também existem alguns outros comportamentos problemáticos observados em pessoas com
DA como: dificuldade em seguir instruções ( os enganos são cometidos porque as instruções
não são completamente entendidas); imaturidade social ( a criança age como se fosse mais
jovem que sua idade cronológica) dificuldade de conversação ( dificuldade em encontrar
palavras certas); flexibilidade ( a criança teima em continuar fazendo as coisas a sua própria
maneira, mesmo quando esta não funciona, resistindo a sugestões e ofertas de ajuda); fraco
planejamento e habilidades organizacionais ( a criança não percebe ter qualquer sensação de
tempo e, com frequência, chega atrasada ou despreparada) ; distração ( a criança
frequentemente perde a lição, as roupas e outros objetos, esquece-se de fazer as tarefas e
trabalhos e/ou tem dificuldade em lembrar compromissos ou ocasiões sociais) : falta de
destreza ( a criança parece desajeitada e sem coordenação, em geral, deixa cair as coisas ou as
derrama) e falta de controle dos impulsos ( a criança toca tudo ou todos que prendem seu
interesse, verbaliza suas observações sem pensar, interrompe ou muda abruptamente de
assunto em conversas e/ou tem dificuldade em esperar) ( SMITH;STRICK, 2001).
Definir uma criança com dificuldade de aprendizagem é muito complexo, pois envolve uma
série de conceitos, dados, modelos e hipóteses; e ainda sobram questões sobre do diagnóstico
das dificuldades de aprendizagem. Sánchez (1998) referência elementos nucleares que
permitem caracterizar o campo das dificuldades de aprendizagem:

Primeiro Por se referir a um termo genérico relacionado a um grupo heterogêneo de


transtornos, não constituído algo unitário.
Segundo Por se relacionar com as dificuldades significativas na aquisição e no uso da
recepção, na fala, leitura, na escrita, no raciocínio matemático, ilustrando a variedade
do termo.
Terceiro Em terceiro por referir a dificuldades intrínsecas do indivíduo, sendo uma ideia que
apoia os enfoques neuropsicológicos e aos estudos genéticos.
Quarto Em quarto lugar por poder ocorrer ao longo do ciclo vital das pessoas, abarcando
todas as idades, e, por não serem devidas a fatores como deficiências sensoriais,
atraso mental, transtorno emocional etc., mas podendo ser admitida a concorrência
dos mesmos.

Torna-se necessário orientar o aluno que apresenta DA, e a família, para que junto com o
professor possam aprender a lidar com estes problemas, estabelecer uma relação de confiança
e colaboração com a escola.
Com a pesquisa foi possível verificar que há existência de muitas classificações para as
dificuldades de aprendizagem, mas isto não dá ao professor o direito de enquadrar o aluno
nesse universo, é fundamental que o professor tenha consciência de que nem toda criança que
apresenta agitação ou lentidão na realização de determinadas tarefas tenha dificuldade de
aprendizagem. Para que uma criança seja considerada inata para determinadas aprendizagens
escolares, ela precisa apresentar diversos fatores, como resultados não apropriados para seu
nível de idade, incapacidade em uma serie de conhecimentos humano, e acima de tudo é
necessária a avaliação por um profissional especializado, para assim ser feito o diagnóstico
correto e a criança possa ter o atendimento necessário para ter maior aproveitamento de sua
capacidade intelectual. (URBANEK 2011).

CLASSIFICAÇÃO E POSSIVEIS CAUSAS DAS DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM

A classificação das dificuldades de aprendizagem pode ser feita através do sistema etiológico
ou do sistema funcional. (ROSS 2011)
Sistema No sistema etiológico trata-se de classificá-las com bases nas causas que as
etiológico originam.
Sistema Distingue com base nas medidas de inteligência, dois grupos de crianças: um
funcional com desenvolvimento intelectual abaixo da média, consideradas lentas ou
deficientes mentais, e aquelas com desenvolvimento intelectual normal, mais
que apresentam dificuldade em alguma tarefa concreta, como a leitura, como na
leitura.

As crianças com dificuldade de aprendizagem têm disfunções em habilidades necessárias


para haver aprendizagem efetiva, apresenta problemas na compreensão de leitura, organização
e retenção de informações e na interpretação de texto. Podemos citar possíveis causas das
dificuldades de aprendizagem, as mais comuns são:

 Defeitos ou erros na estrutura do cérebro

 Abuso de drogas;

 Má nutrição;
 Herança genética dos pais;

 Falta de envolvimento dos pais durante as fases de desenvolvimento precoce do bebê;

 Falta de comunicação entre as várias partes do cérebro;

 Quantidades incorretas de vários neurotransmissores, ou problemas no uso dos


mesmos por parte do cérebro;

 Problemas comuns com os neurotransmissores incluem níveis insuficientes


de dopamina, regulagem inadequada de serotonina e recaptação excessiva da
dopamina, onde neurônios emissores de dopamina reabsorvem-na em quantidade
demasiada após liberá-la para se comunicar com outros neurônios (também implicado
nos quadros de depressão clínica).

Os problemas sociais ou ambientais que podem estar relacionados às dificuldades de


aprendizagem estão presentes na grande maioria das vezes em casa ou na escola. Assim como
fatores determinantes de possíveis dificuldades para aprender, as questões sociais e
ambientais, que cercam a vida do aluno, podem determinar o grau com que essa dificuldade se
manifestará. “As condições em casa e na escola, na verdade, podem fazer a diferença entre
uma leve deficiência e um problema verdadeiramente incapacitante” (SMITH; STRICK, p.
30, 2001). O ambiente doméstico tem um papel muito importante na qualidade da
aprendizagem da criança, onde há estímulo incentivo, ela pode superar com mais facilidade
suas dificuldades. As dificuldades de aprendizagem também podem surgir graças a déficits
pedagógicos, professores que insistem em forçar a criança com métodos inadequados.
Segundo Smithe Strick (2001), são quatro as causas biológicas que podem desencadear as
dificuldades de aprendizagem: lesão cerebral, alteração no desenvolvimento cerebral,
desequilíbrios químicos e hereditariedade. As crianças com dificuldades de aprendizagem
mostraram maiores problemas com atenção, organização, planejamento e uso de estratégia,
além de gastarem mais tempo nas tarefas.
Com as classificações, puder observar que no sistema etiológico, é possível realizar uma
melhor classificação das DA, isto porque se trata da investigação das possíveis causas que as
originam, que como vimos são diversas, porem algumas destas causas podem ser evitadas,
como as dificuldades trazidas pelo uso de drogas na gestação, a falta de envolvimento dos
pais nos processos de formação da criança, e até mesmo a superproteção dos pais, que com
seu excesso de atenção faz com que se tornem crianças dependentes, impedindo-os de superar
barreiras sozinhos, e acreditarem que sempre precisão de ajuda na realização das tarefas, caso
a escola adote politicas de conscientização dos pais, com palestras oferecidas por profissionais
da área da saúde, ou pelo próprio psicopedagogo da instituição algumas destas DA poderiam
ser reduzidas.

DIAGNÓSTICO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Os especialistas tiveram que definir critérios para definir as dificuldades de aprendizagem,


oque gerou uma diversidade no seu diagnóstico, normalmente os sintomas como baixo
desempenho escolar é o primeiro alerta para os pais, o educador de educação infantil tem um
contato muito intimo com seus alunos, por se tratar de crianças muito pequenas, o que
possibilita perceber com facilidade os comportamentos fora do comum, sugerindo aos pais
buscar orientação médica. O processo do diagnóstico não é algo simples, José; Coelho
SAMPAIO (2011, p. 28) afirmam que:
(...) sintomas e comportamentos infantis se apresentam com tal intensidade, que fica
difícil para um professor distinguir distúrbios de problemas de aprendizado. É uma
tarefa complicada diferenciar os limites que os separam um do outro, cabendo ao
professor apenas detectar as dificuldades que se apresentam em sala de aula e
investigar as causas de forma ampla, incluindo aspectos orgânicos, neurológicos,
psicológicos e possíveis problemas oriundos do meio que vive. Agindo assim, os
educadores estariam facilitando o encaminhamento ao especialista mais adequado,
que ajudara a criança, tratando seus problemas. (apud SAMPAIO,2011, p. 28)

Conforme já citado acima e reforçado pela citação de Sampaio, o professor é o primeiro a


detectar o problema de aprendizagem, é ele quem convive mais com o aluno e pode perceber
suas carências educacionais, sendo assim a avalição do professor é mais geral, possibilitando
encaminhar o aluno para intervenção psicopedagógica, o psicopedagogo então elabora o
diagnostico e constitui um plano de ação, para tentar superar as dificuldades do aluno.
Sara Pain (1985) explica que pacientes que consultam por problemas de aprendizagem
indaga-se nas seguintes áreas: antecedentes natais, doenças, desenvolvimento e aprendizagem.
Sendo os antecedentes natais as condições da gestação, como alimentação, afeto, expectativas.
Doenças genéticas ou hereditárias são associadas apenas se for absolutamente necessário
também se encaixa as complicações no parto e problemas de natureza cerebral, como perda de
consciência e convulsões, no desenvolvimento é verificado as habilidades adquiridas pela
criança no período que se é esperado, ou retardatárias e também muito precoce, sendo estes
nos aspectos motores ou linguísticos. Já na aprendizagem é observado o processo assimilativo
da criança, suas potencialidades para investigar e modificar. Como podemos observar nas
contribuições da autora, são inúmeros fatores a serem observados para conclusão de um
diagnóstico.
O diagnostico constitui-se numa busca para encontrar a raiz do problema. Alicia Fernández
(1991) nos diz que esta busca age como chave para encontrar o espaço lúdico e criativo que
permite que o tratamento seja efetivo na superação do sintoma que “ não é outra coisa além da
inteligência atrasada, isto é, a criatividade encapsulada, a curiosidade anulada, a renuncia de
pensar, conhecer e crescer” ( FERNÁNDEZ, 1991 p.27).
Porem muitos pais nem sempre estão preocupados com o diagnóstico e sim com as
constantes queixas da escola. Fernández (1991):

(...) muitas vezes nos corredores escutamos comentários como este dirigido pelos
pais a seus filhos: ‘Há dois meses que estamos com este problema, o dinheiro que
temos que gastar e ainda por cima temos que faltar ao trabalho por culpa tua’.
Enfim, circunstâncias que soma aos fatores que transformam o paciente em bode
expiatório de problemáticas familiares e sociais. (FERNÁNDEZ, 1991 apud
Dorigon, 2015 p. 03)

As dificuldades de aprendizagem estão interligadas a relação do aluno com a família, com a


afetividade do aluno com seus professores e seus familiares, também está ligada a fatores
biológicos conforme citado acima, fatores psicológicos, dentre outros, o que torna necessário
que a escola possa oferecer um profissional capacitado para apoiar o professor e realizar o
diagnóstico inicial, que dever ser feito por um psicopedagogo, mas como a maioria das nossas
escolas não conta com esta realidade, o educador se vê obrigado a comunicar aos pais e
esperar que os mesmos procurem ajuda.

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM


DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Dorigon (2014) realizou uma pesquisa com o objetivo de descobrir onde se originam e como
ocorre o processo de diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, o autor menciona que as
dificuldades de aprendizagem estão interligadas com toda a subjetividade do aluno, com o
convívio familiar, com as metodologias do professor, com a afetividade do aluno com seus
pais, seus professores, sua família e com si mesmo; Está ligada a fatores biológicos,
psicossomáticos, psicológicos. O autor também ressalta que sua superação depende de como a
intervenção será feita, contudo, para que a intervenção ocorra, primeiramente é preciso
compreensão da situação em que o aluno se encontra para assim o psicopedagogo
diagnosticar, intervir e levar à superação do problema. Sendo assim conforme descrito nos
tópicos anteriores, o aluno com DA, apresenta uma serie de comportamentos que são
considerados “inadequados” para os padrões escolares, despertando no professor, o
questionamento sobre seu aluno possuir alguma dificuldade de aprendizagem, a identificação
pode ser feita com observação do aluno, com atividades diferenciadas aplicadas ao aluno em
questão, caso a escola não conte com um psicopedagogo. E quando descoberta alguma
dificuldade de aprendizagem, o aluno deve ser encaminhado a atendimento educacional
especializado, com uma equipe pedagógica multidisciplinar responsável por aplicar atividades
diferenciadas para desenvolvimento das habilidades do aluno com DA.
O diagnóstico constitui-se numa busca para encontrar a raiz do problema. Fernandéz (1991)
nos diz que está busca age como chave para encontrar o espaço lúdico e criativo que permite
que o tratamento seja efetivo na superação do sintoma que “não é outra coisa além da
inteligência atrasada, isto é, a criatividade encapsulada, a curiosidade anulada, a renúncia de
pensar, conhecer e crescer.” (FERNÁNDEZ, 1991 apud DORIGON 2014, p. 12).
FERNÁNDEZ (1991) em sua obra “A Inteligência Aprisionada”, ressalta que a família é a
principal responsável pelo diagnóstico da dificuldade de aprendizagem, pois é no âmbito
familiar que se inicia as primeiras aprendizagens. Um diagnóstico deve então levar em
consideração todos os aspectos que constituem o ser aprendente. Esses fatores associados são
a chave para detectar e solucionar o problema de aprendizagem detectado. Família, escola e
sujeito é um triângulo indissociável para um bom desenvolvimento do conhecimento.
(DORIGON, 2014).
Em sua pesquisa, Dorigon (2014), assim como Sampaio (2011), afirma que o professor é o
primeiro agente na detecção do problema de aprendizagem, ele é quem convive com o aluno e
percebe suas carências; Ambos autores tem a visão de que o professor é o primeiro a
identificar quando algo não está indo bem, detectando suas carências, e sabendo aplicar sua
avaliação . A avaliação do professor por ser mais geral, busca levantar algumas hipóteses para
o encaminhamento do aluno para à intervenção psicopedagógica, fornecendo um norte ao
profissional que lidará com o aluno em questão. Quando as tentativas de mudanças de
métodos de ensino, e os esforços do professor não surtem efeito, é hora de encaminhar a
criança ao profissional adequado. O psicopedagogo, por sua vez, elaborará o diagnóstico a
partir deste constitui-se um plano de ação para superar o problema ou, se for o caso, de um
distúrbio de aprendizado, cabe a cada escola escolher seu método de avaliar e estratégias a
serem aplicadas ao aluno com DA, seja por meio de avaliação de atividades propostas, ou
testes aplicados aos alunos. E logo após ser detectada a DA, caso a escola tenha a sala de
apoio educacional especializado, este aluno deve ser encaminhado para este apoio, para fim
de auxiliar no seu processo de aprendizagem, como algumas escolas de educação infantil não
contam com a sala de AEE, o próprio professor pode elaborar em seu plano de aula,
atividades diferenciadas para o aluno com DA, para que este possa superar suas dificuldades e
não se sentir frustrado por não conseguir acompanhar a turma.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a investigação das causas das dificuldades de aprendizagem, e seu diagnóstico, podemos
observar como é importante o papel do educador de educação infantil frente ao início do
processo de aprendizagem do aluno com tais dificuldades, pois no decorrer do trabalho
percebemos que quanto antes diagnosticada a DA melhor se torna a intervenção pedagógica.
Podemos contar com várias obras de diferentes autores, para abordar sobre o tema,
observando a diferente visão de cada autor referente ao diagnóstico, porem no decorrer da
pesquisa, pude observar uma certa carência no que diz respeito as estratégias de identificação
e métodos a serem aplicados para se trabalhar com alunos com DA.
O fato é que nos últimos anos as DA vem ganhando espaço nas discussões acadêmicas devido
ao grande número de crianças que vem apresentando diversas dificuldades, oque exige uma
mudança na postura da escola em relação a forma de diferenciar seus conteúdos para se
adequar a essas crianças, e também exigir dos pais a participação no processo de
aprendizagem de seus filhos, conforme citado por diversos autores, a família tem papel
fundamental no desempenho da criança com DA, sendo assim com esta pesquisa podemos
contribuir para que os educadores de educação infantil percebam como é importante o seu
papel frente as DA, realizando a observação de alunos com possíveis dificuldades, alertando
os pais e encaminhando-os para um profissional que possa fazer o diagnóstico correto e
iniciar um trabalho diferenciado com este aluno, para que o mesmo possa alcançar os
objetivos esperados na educação infantil.

REFERÊNCIAS
BALLONE, G.J. Dificuldade de aprendizagem, 2005. Disponível em
htpp://www.psipweb.med.br/ acesso em: 15 de abril de 2014.

CARLOS, Marcelo da Silva (2008) Dificuldades de aprendizagem, do histórico ao


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DORIGON, Vanessa (2014) Dificuldades de aprendizagem: causas e diagnóstico.

FERNÁNDEZ, Alícia. A Inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da


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SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de Aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito,


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SANCHEZ, J. N. G. História y concepto de las dificultades de aprendizaje. España:


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completo para pais e educadores. 1ª ed. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2001.

URBANEK, Dinéia. Educação Inclusiva. Ed. Fael: Curitiba, 2011.

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