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Nova Bandeirantes – MT
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Nova Bandeirantes – MT
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
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Profa.
Coordenadora do Curso
Nova Bandeirantes – MT
2019
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INDANTIL:
ESTRATÉGIAS DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO
RESUMO: Este artigo tem como objetivo investigar as estratégias utilizadas para a
identificação de alunos com dificuldade de aprendizagem na educação Infantil. Para tal
estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas, com o propósito de investigar o tema
abordado, tendo como metodologia a pesquisa de revisão de literatura narrativa e de
revisão de literatura, utilizando – se de autores como Sara Pain (1985), Alicia Fernández
(1991), Smith (2001), e outros autores, cujos temas estão relacionados as dificuldades de
aprendizagem na educação infantil, assim como o diagnóstico e avaliação.
ABSTRACT: This article aims to investigate the strategies used to identify students with
learning difficulties in early childhood education. For this study, a bibliographical research
was carried out, with the purpose of investigating the topic, having as a methodology the
research of revision of narrative literature and literature review, using authors such as Sara
Pain (1985), Alicia Fernández (1991) ), Smith (2001), and other authors, whose themes are
related to learning difficulties in early childhood education, as well as diagnosis and
evaluation.
As dificuldades de aprendizagem são problemas que atingem crianças do mundo todo, seja
em idade escolar ou não, a questão é que durante o início na vida escolar é possível perceber
aqueles alunos com altas habilidades para determinadas matérias, e grandes dificuldades em
outras, surgindo então o tema dificuldade de aprendizagem. Esses problemas são percebidos
nas crianças que se distraem com facilidade, e em muitos casos são prejudicadas na
aprendizagem escolar, e no seu dia-a-dia social, as DA podem ser caracterizadas em: sentido
lato, estrito, sentido orgânico, sentido educacional, podem ser compreendidas através das
causas que as originaram, os fatores relacionados a tais dificuldades. (SANCHEZ, 1998).
“Existem aproximadamente 15% de crianças com dificuldades de aprendizagem em qualquer
sistema” (JARDIM, 2001).
O termo dificuldade de aprendizagem foi utilizado e definido por Samuel Kirk em uma
comunicação apresentada na “conference on Exploration into Problems of the Perceptually
Handicapped Child” nos Estados Unidos (GARCIA, 1995, apud CRUZ, 1999). Nesta
conferência Kirk utilizou o termo com as seguintes palavras:
OBJETIVO
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi realizado o levantamento bibliográfico,
com o propósito de investigar o tema abordado tendo como metodologia a pesquisa de
revisão de literatura narrativa, que para FERREIRA (2000); trata-se de um tipo de estudo
onde são analisadas as produções bibliográficas em “determinada área [...] fornecendo o
estado da arte sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias, métodos, subtemas que
têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada” ( FERREIRA, 2000, p. 191).
Serão utilizados como fonte de dados, livros e revistas que abordem sobre o tema, bem como
biblioteca online e sites. Como descritores foram utilizados os seguintes termos:
“Dificuldades de aprendizagem”, “Distúrbios de aprendizagem”, “Educador”, “Aluno”,
“Escola”. Como critérios de inclusão serão considerados artigos publicados em língua
portuguesa, disponíveis em sites acadêmicos, cujo tema seja relacionado a dificuldades de
aprendizagem na educação infantil para crianças de 02 a 05 anos de idade, relacionando o
diagnóstico e avaliação dessas dificuldades para educação infantil. Como critérios de
Exclusão trabalhos escritos em línguas estrangeira, resumos e resenhas de sites.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados serão descritos a partir de três temas, inicialmente será abordado sobre o conceito de
Dificuldade de Aprendizagem, fazendo abordagem sobre quais são os possíveis fatores que a
causam, e suas características, logo em seguida, vamos abordar sobre sua classificação,
tratando como são classificadas algumas das diversas DA conhecidas; Por último iremos
abordar sobre como é feito o diagnostico dessas DA e algumas estratégias que são utilizadas
para chegar a identificação do aluno com DA na educação infantil.
b) Compreensão auditiva
c) Expressão escrita
e) Compreensão da leitura
g) Raciocínio matemático (Federal Register, 1997, p, 65083, citado por Correia, 1991).
Torna-se necessário orientar o aluno que apresenta DA, e a família, para que junto com o
professor possam aprender a lidar com estes problemas, estabelecer uma relação de confiança
e colaboração com a escola.
Com a pesquisa foi possível verificar que há existência de muitas classificações para as
dificuldades de aprendizagem, mas isto não dá ao professor o direito de enquadrar o aluno
nesse universo, é fundamental que o professor tenha consciência de que nem toda criança que
apresenta agitação ou lentidão na realização de determinadas tarefas tenha dificuldade de
aprendizagem. Para que uma criança seja considerada inata para determinadas aprendizagens
escolares, ela precisa apresentar diversos fatores, como resultados não apropriados para seu
nível de idade, incapacidade em uma serie de conhecimentos humano, e acima de tudo é
necessária a avaliação por um profissional especializado, para assim ser feito o diagnóstico
correto e a criança possa ter o atendimento necessário para ter maior aproveitamento de sua
capacidade intelectual. (URBANEK 2011).
A classificação das dificuldades de aprendizagem pode ser feita através do sistema etiológico
ou do sistema funcional. (ROSS 2011)
Sistema No sistema etiológico trata-se de classificá-las com bases nas causas que as
etiológico originam.
Sistema Distingue com base nas medidas de inteligência, dois grupos de crianças: um
funcional com desenvolvimento intelectual abaixo da média, consideradas lentas ou
deficientes mentais, e aquelas com desenvolvimento intelectual normal, mais
que apresentam dificuldade em alguma tarefa concreta, como a leitura, como na
leitura.
Abuso de drogas;
Má nutrição;
Herança genética dos pais;
(...) muitas vezes nos corredores escutamos comentários como este dirigido pelos
pais a seus filhos: ‘Há dois meses que estamos com este problema, o dinheiro que
temos que gastar e ainda por cima temos que faltar ao trabalho por culpa tua’.
Enfim, circunstâncias que soma aos fatores que transformam o paciente em bode
expiatório de problemáticas familiares e sociais. (FERNÁNDEZ, 1991 apud
Dorigon, 2015 p. 03)
Dorigon (2014) realizou uma pesquisa com o objetivo de descobrir onde se originam e como
ocorre o processo de diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, o autor menciona que as
dificuldades de aprendizagem estão interligadas com toda a subjetividade do aluno, com o
convívio familiar, com as metodologias do professor, com a afetividade do aluno com seus
pais, seus professores, sua família e com si mesmo; Está ligada a fatores biológicos,
psicossomáticos, psicológicos. O autor também ressalta que sua superação depende de como a
intervenção será feita, contudo, para que a intervenção ocorra, primeiramente é preciso
compreensão da situação em que o aluno se encontra para assim o psicopedagogo
diagnosticar, intervir e levar à superação do problema. Sendo assim conforme descrito nos
tópicos anteriores, o aluno com DA, apresenta uma serie de comportamentos que são
considerados “inadequados” para os padrões escolares, despertando no professor, o
questionamento sobre seu aluno possuir alguma dificuldade de aprendizagem, a identificação
pode ser feita com observação do aluno, com atividades diferenciadas aplicadas ao aluno em
questão, caso a escola não conte com um psicopedagogo. E quando descoberta alguma
dificuldade de aprendizagem, o aluno deve ser encaminhado a atendimento educacional
especializado, com uma equipe pedagógica multidisciplinar responsável por aplicar atividades
diferenciadas para desenvolvimento das habilidades do aluno com DA.
O diagnóstico constitui-se numa busca para encontrar a raiz do problema. Fernandéz (1991)
nos diz que está busca age como chave para encontrar o espaço lúdico e criativo que permite
que o tratamento seja efetivo na superação do sintoma que “não é outra coisa além da
inteligência atrasada, isto é, a criatividade encapsulada, a curiosidade anulada, a renúncia de
pensar, conhecer e crescer.” (FERNÁNDEZ, 1991 apud DORIGON 2014, p. 12).
FERNÁNDEZ (1991) em sua obra “A Inteligência Aprisionada”, ressalta que a família é a
principal responsável pelo diagnóstico da dificuldade de aprendizagem, pois é no âmbito
familiar que se inicia as primeiras aprendizagens. Um diagnóstico deve então levar em
consideração todos os aspectos que constituem o ser aprendente. Esses fatores associados são
a chave para detectar e solucionar o problema de aprendizagem detectado. Família, escola e
sujeito é um triângulo indissociável para um bom desenvolvimento do conhecimento.
(DORIGON, 2014).
Em sua pesquisa, Dorigon (2014), assim como Sampaio (2011), afirma que o professor é o
primeiro agente na detecção do problema de aprendizagem, ele é quem convive com o aluno e
percebe suas carências; Ambos autores tem a visão de que o professor é o primeiro a
identificar quando algo não está indo bem, detectando suas carências, e sabendo aplicar sua
avaliação . A avaliação do professor por ser mais geral, busca levantar algumas hipóteses para
o encaminhamento do aluno para à intervenção psicopedagógica, fornecendo um norte ao
profissional que lidará com o aluno em questão. Quando as tentativas de mudanças de
métodos de ensino, e os esforços do professor não surtem efeito, é hora de encaminhar a
criança ao profissional adequado. O psicopedagogo, por sua vez, elaborará o diagnóstico a
partir deste constitui-se um plano de ação para superar o problema ou, se for o caso, de um
distúrbio de aprendizado, cabe a cada escola escolher seu método de avaliar e estratégias a
serem aplicadas ao aluno com DA, seja por meio de avaliação de atividades propostas, ou
testes aplicados aos alunos. E logo após ser detectada a DA, caso a escola tenha a sala de
apoio educacional especializado, este aluno deve ser encaminhado para este apoio, para fim
de auxiliar no seu processo de aprendizagem, como algumas escolas de educação infantil não
contam com a sala de AEE, o próprio professor pode elaborar em seu plano de aula,
atividades diferenciadas para o aluno com DA, para que este possa superar suas dificuldades e
não se sentir frustrado por não conseguir acompanhar a turma.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a investigação das causas das dificuldades de aprendizagem, e seu diagnóstico, podemos
observar como é importante o papel do educador de educação infantil frente ao início do
processo de aprendizagem do aluno com tais dificuldades, pois no decorrer do trabalho
percebemos que quanto antes diagnosticada a DA melhor se torna a intervenção pedagógica.
Podemos contar com várias obras de diferentes autores, para abordar sobre o tema,
observando a diferente visão de cada autor referente ao diagnóstico, porem no decorrer da
pesquisa, pude observar uma certa carência no que diz respeito as estratégias de identificação
e métodos a serem aplicados para se trabalhar com alunos com DA.
O fato é que nos últimos anos as DA vem ganhando espaço nas discussões acadêmicas devido
ao grande número de crianças que vem apresentando diversas dificuldades, oque exige uma
mudança na postura da escola em relação a forma de diferenciar seus conteúdos para se
adequar a essas crianças, e também exigir dos pais a participação no processo de
aprendizagem de seus filhos, conforme citado por diversos autores, a família tem papel
fundamental no desempenho da criança com DA, sendo assim com esta pesquisa podemos
contribuir para que os educadores de educação infantil percebam como é importante o seu
papel frente as DA, realizando a observação de alunos com possíveis dificuldades, alertando
os pais e encaminhando-os para um profissional que possa fazer o diagnóstico correto e
iniciar um trabalho diferenciado com este aluno, para que o mesmo possa alcançar os
objetivos esperados na educação infantil.
REFERÊNCIAS
BALLONE, G.J. Dificuldade de aprendizagem, 2005. Disponível em
htpp://www.psipweb.med.br/ acesso em: 15 de abril de 2014.
JOSÉ, Elisabete da Assunção & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 10ª
Ed. São Paulo: Ática, 1999.