Sie sind auf Seite 1von 38

DatUNIDADE 1 – Sessão 1.

DO TRAUMA À FANTASIA
Matrizes do pensamento em
psicologia –Psicanálise

P r o f : L e a n d r o Ta v a r e s d e O L i v e i r a
A teoria do trauma
Primeiras pesquisas e auto-análise
CARTAS A WILHELM FLIESS
(1887-1904)
 Correspondência por cartas que remontam o
desenvolvimento teórico inicial e a autoanálise.

 Autoanálise

 Esboços teóricos

Logotipo aqui
 O psiquismo e trauma por
camadas até um núcleo.

 Freud utiliza também a


metáfora do arqueólogo
em uma cidade em ruinas.
A TEORIA DO
TRAUMA
“ Aprendemos que nenhum sintoma histérico
pode emergir de uma única experiência real,
mas que, em todos os casos, a lembranças de
experiências mais antigas despertadas em
associação com ela atua na causação do
sintoma. (FREUD, 1896, p.194).

Logotipo aqui 4
 Trauma
 Adequação para atuar como determinante.
 Força traumática.

 Os eventos atuais rementem a outros


Dupla anteriores por cadeia associativa.
incidência do
trauma.  Há uma ramificação dos traumas tal como uma
árvore genealógica.

Logotipo aqui 5
 Causa da histeria por um abuso sexual na
infância.

 Ataques únicos.
 Relação amorosa duradoura. (governanta,
A TEORIA DO familiar).
TRAUMA  Relação entre duas crianças. (O agressor
fora previamente seduzido por um adulto).

 Posteriormente estenderá para todas as


neuroses.

Logotipo aqui 6
PROCESSO PSÍQUICO
 A defesa arremessa a representação para fora da
consciência. (recalque).
 Enquanto essa representação recalcada fica no inconsciente
ou se liga associativamente a uma experiência infantil desse
tipo a repressão cumpre a sua função.
 A defesa não cumpre a sua função se o material inconsciente
acessa a consciência. (retorno do recalcado).
 Resultado nova defesa sob forma de sintoma histérico.
 “É verdade que nos sentimos impelidos a fazer uma síntese ao
examinarmos o número de condições excepcionais que passamos a
conhecer: o fato de que, para a formação de um sintoma histérico,
deve haver um esforço defensivo contra uma representação aflitiva; de
que essa representação deve apresentar uma conexão lógica ou
associativa com uma lembrança inconsciente através de alguns ou
muitos elos intermediários; que também permanecem inconscientes
no momento; de que essa lembrança inconsciente deve ter um
conteúdo sexual. E de que esse conteúdo deve ser uma experiência
ocorrida durante certo período infantil da vida”. (FREUD, 1896,
p.208,209).
 Ler também último parágrafo da pagina 210.
 Para finalizar o texto, leremos a página 212 sobre o exagero histérico.
PONTOS IMPORTANTES:
 Nesse momento Freud acredita que a repressão ao sexual é
causador de patologias neuróticas.

 Que o esclarecimento sexual é uma ferramenta para a não


repressão.

 Posteriormente, será dado menos importância a essa ideia


com a teoria da fantasia.
“Não acredito mais
A CARTA 69 em minha neurótica”.
 Abandono da teoria do trauma.

 Não chegava a conclusão real.


A TEORIA DO
TRAUMA
 Possiblidade de explicar os êxitos parciais de outra maneira.

 Pais teriam que ser apontados como pervertidos inclusive o dele.

Logotipo aqui 10
A CARTA 69
 Abandono da teoria do trauma.

 O abuso infantil teria que ser maior que o número de casos de


A TEORIA
histeria.
DO
TRAUMA
 No inconsciente não há indicação da realidade, não se distingue
verdade e ficção.

 Abandono da possibilidade de resolução completa da neurose e


sua etiologia na infância.
11
A CARTA 69
 “Não tenho agora nenhuma ideia do ponto a que chegue, não
obtive uma compreensão teórica do recalcamento e de sua iter-
A relação
TEORIA de DO
forças. Parece que novamente se tornou discutível se
TRAUMA
são somente as experiências posteriores que estimulam as
fantasias, que então retornam à infância; e, com isso, o fator de
uma predisposição hereditária recupera uma esfera de influência
da qual eu me incumbira de excluí-lo – com a intenção de elucidar
amplamente a neurose”. (FREUD, 1897,p.310).

12
A TEORIA DA
FANTASIA
O ABANDONO DA TEORIA DA SEDUÇÃO POSSIBILITOU:

 A primeira intuição da noção de fantasia.

 O alicerce para a problemática edípica.

 A concepção de desejo inconsciente reprimido.


 Ligados à posse e/ou à morte dos genitores.
DO TRAUMA À FANTASIA:
TEORIA DO TRAUMA TEORIA DA FANTASIA
 Cena real de sedução.  Noção de fantasia.

 Pré-sexualidade passiva da  Pulsão sexual infantil.


criança.

 Inusitada frequência de pais  Universalidade do complexo


perversos. de Édipo.
COM A NOVA REFORMULAÇÃO:

 Desejo ics: Força exclusiva do movimento do aparato


mental.

 Repressão: preside a gênese do ics.

 Sintoma se equivale aos sonhos.


 Mais tarde também aos chistes, lapsos e produções simbólicas em
geral.
RERTONANDO UM POUCO NO TEMPO:

 Em 1895 Freud cria uma teoria sobre o aparelho psíquico


com base na neurologia – “Projeto para uma psicologia
científica”.

 Texto nunca publicado em vida, Freud abandona essa


concepção.

 Publicado somente em 1950 junto com a correspondência


com Fliess.
OS TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA
SEXUALIDADE (1905)
 Síntese dos principais achados sobre a sexualidade da criança, do
adolescente e do adulto.

 Trata sobre a fantasia da criança a partir do desejo de saber.


 De onde vêm os bebês?
 Diferença sexual.
A CONSTRUÇÃO DE UM APARELHO PSÍQUICO.

 Tem início em uma concepção neurológica. (Projeto para... (1895).

 Surge após o foco em sua auto-análise e na interpretação dos


sonhos.

 A base dos sonhos dará a base também para inconsciente.


OS SONHOS...

 Caráter absoluto da gramática dos sonhos.


 Não existe o advérbios “se” ou “talvez” nos sonhos, também não
há oposições com “sim” e “não”.

 Caráter atemporal: Não tem antigo e atual, tudo acontece no tempo


presente. (Também uma característica do isc).

 Acontece em imagem sensíveis e não é pensado. (Não é pensado


em palavras).
A primeira tópica freudiana
Consciente, pré-consciente e inconsciente
O APARELHO PSIQUICO: TÓPICO, DINÂMICO E ECONÔMICO

 Parte da ideia da psicofísica de Fechner de que o cenário do


sonhos é outro que o da vida em vigília.

 Busca construir uma teorização sobre o aparelho psíquico não


mais conectado a neurologia.

 Esse aparelho possibilita uma compreensão dos processos de


adoecimento neurótico.
MODELO TÓPICO

 Leva em consideração a localidade das instâncias psíquicas, não


como localidades no cérebro, mas sim psicológicas.

 Oposição a filosofia e psicologia que localiza na consciência o


psíquico.

 Também há no campo inconsciente muitos materiais e que a sua


“indisponibilidade” mostra que estão localizadas em outro lugar.
MODELO DINÂMICO

 Dificuldade de passagem desses locais: Repressão, censura,


resistência.

 O sonho é o fenômeno que permite demonstrar a passagem de


conteúdo do inconsciente para o consciente.
 A diminuição do limiar da consciência e suas defesas permite o
acesso de materiais inconsciente nos sonhos.
MODELO ECONÔMICO (ARCO REFLEXO)

 Arco reflexo: a partir de uma carga de determinada intensidade


uma reação de descarga de mesma intensidade se dará por via
motora.

 A direção do estimulo psíquico então teria uma direção do sensorial


ao extremo oposto da descarga motora.

 O conceito de regressão: a partir da não descarga dos registros de


memória causarão alterações permanentes nos elementos do
sistema.
MODELO ECONÔMICO

 O aparelho psíquico tende a manter a carga de tensão em um


limiar baixo. ( principio da constância).

 A partir de um aumento de carga haverá a necessidade de dar


vasão a esse excesso de excitação.
PRÉ-CONSCIENTE

 A passagem de excitação do inconsciente só terá acesso á


consciência pelo pré-consicente.

 Pré-consciência: Sistema em que vigora o princípio de associação


por representações verbais.

 Aqui fica claro a possibilidade de acesso somente ao conteúdo


verbal e não ao conteúdo em sim.
 Nos sonhos também acontece o mesmo, o conteúdo do sonho em
si não é interpretado, somente a apreensão verbal do sonhador.
INCONSCIENTE

 Atemporal.

 Não é regido por pares de opostos (sim, não).


 Não tem contradição.

 Representação coisa.

 Pulsão. (descarga de energia).

 Processo primário. (deslocamento e condensação).


CONSCIÊNCIA

 Cede da razão.

 Teste de realidade.

 Mediador entre o mundo interno e externo.

 Representação coisa + representação palavra.

 Processo secundário. (Pensamento e temporalidade).


CLÍNICA DA HISTÉRIA

 Ao analisar as histéricas Freud se dá conta de que as


rememorações que surgiam da infância tinham:
 Caráter alucinatório.
 Quando transformadas em palavras (pré-consciente) esse caráter
se dissipava.

 Por similaridade, tanto os sonhos como o conteúdo alucinatório


poderiam ser considerados substitutos da cena reprimida infantil.
 Ambos intimamente ligado a satisfação do desejo.
AFINAL, O QUE É O DESEJO?

 Se recuarmos na infância precoce (“três ensaios”) vamos perceber


que:
 A criança sai de uma posição passiva para a de desejante.

 O modo de satisfação da criança é de caráter alucinatório. (processo


primário).

 Daí o retorno a noção de alucinação e de repressão, já que é


exatamente essa via que de satisfação que é reprimida.

 A criança passa então a criar um maior rodeio para sua satisfação por
meio da linguagem, ou seja, pela própria atividade do pensamento.
NOSOGRAFIA PSICANALÍTICA INICIAL.

 Neuroses atuais
 Neurastenia
 Neurose de angústia

 Neuroses de defesa
 Histeria
 Neurose obsessiva
 Paranoia
NEUROSES ATUAIS.

 Não são determinadas pelo mecanismo de defesa.

 Estão ligadas a uma não descarga ou a uma descarga inadequada


da excitação sexual.
NEUROSES ATUAIS.

 Neurose de angústia.
 Causada por uma não descarga da excitação sexual.
 Excesso de energia é transformado no afeto da angústia.

 Neurastenia.
 Ligado ao apaziguamento inadequado da excitação.
 Relacionada a masturbação excessiva que traz empobrecimento
no nível psíquico.
NEUROSES DE DEFESA – HISTERIA.

 Fracasso da defesa e inicio do conflito psíquico.


 Dissociação da ideia e do afeto.
 Afeto transformado em conversão somática.
 Processo de condensação.
NEUROSES DE DEFESA – NEUROSE OBSESSIVA.

 Fracasso da defesa e inicio do conflito psíquico.


 Liga o afeto a outra representação.
 Determina a compulsividade ou obsessividade da nova
representação.
 São incapazes de serem resolvidos pela reflexão.
 Real motivo permanece opaco para o sujeito.
 Processo ligado a esfera representacional.
 Processo de deslocamento.
NEUROSES DE DEFESA – PARANOIA.

 Fracasso da defesa e inicio do conflito psíquico.


 Dissociação da ideia e do afeto.
 Propensão a utilizar da projeção como defesa.
 O material projetado retorna do mundo externo como perseguição.
 Melhor desenvolvido no caso Shereber.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
 FREUD, Sigmund. A etiologia da histeria, 1896. In:______. Primeiras
publicações psicanalíticas. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 251-274.
(Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Freud, 3).

 FREUD, Sigmund. Carta 69, 1897. In:______. Publicações pré-


psicanalíticas e esboços inéditos. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 309-311.
(Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Freud, 1).

 QUINODOZ, Jean Michel. Ler Freud: guia de leitura da obra de S. Freud.


Porto Alegre: Artmed, 2007.

 SIMANKE, Richard Theisen. A formação da teoria freudiana das psicoses.


Rio de Janeiro, Ed. 34, 1994.

Das könnte Ihnen auch gefallen