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O Viajante

[...] Somos sucatas, usadas e descartadas... Até não sobrar mais nada;
É sempre nessa mesma época, minhas reflexões surgem com as particulas do frio de agosto e
as gotas da chuva de setembro.
Hoje faz alguns anos que estou a procura de alguma coisa, digo, tantos anos que nem me
lembro ao certo quantos.
Apenas sei que hoje é um marco importante, hoje notei que minha procura demasiada
finalmente surtil efeito, hoje pude perceber o que procurava, percebi o porque de tanta angústia,
dor e insatisfação ao longo desse tempo infinitamente - excasso, finalmente notei que estava
todo tempo me procurando, tentando reconhecer meu reflexo em outros corpos, outras almas
'que não a minha, hoje sei que nunca me acharei deste modo, só nao sei de outro jeito poderei
me encontrar, se até os espelhos mentem, os reflexos distorcem e nosso tato nos engana pela
confusão de nossa mente.
Ouvi de um sábio no verão passado que "a verdadeira essência se encontra no lado de dentro",
e que "a superfície de qualquer coisa é uma mera carcaça"; Toda vez que reflito sobre isso
posso afirmar que por uma fração de segundo consigo senti-la, sinto minha essência pulsando,
provavelmente esperando por ser descoberta, devo confessar que tenho receio de que a
mesma não me agrade, posso não vê-la, mas sinto todas as cicatrizes antigas como recentes,
sinto as feridas semi-abertas longe de se curar todavia lutando para se recuperar, todas elas de
cada vez que tentei me encontrar; Procurando em outras carcacas, outras sucatas desprovidas
de informação e que assim como eu vivem esperando que o frio de agosto e a chuva de
setembro embacem o vidro de nossos espelhos evidênciando as respostas escritas a dedo
uma vez que solucionadas.
Já não me lembro quanto tempo faz, sei que hoje tornou-se importante e tenho vivido como um
viajante, se é que tenho tempo, esperarei pela proxima chuva de setembro.

Última modificação: 2:38 PM

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