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Procurar e achar o

caminho
No recrudescimento das crises
ideológicas e religiosas, e em meio à
complicada situação financeira mundial,
com tendência de redução da atividade
econômica e avanço da guerra comercial,
rompem-se acordos de não-proliferação
de mísseis nucleares. Dois aspectos a
serem examinados nesta fase em que o
planeta abusado mostra a reação da
natureza: o descontentamento com
medidas que se opõem à ilimitada
abertura das fronteiras para o comércio
global e a queda da atividade econômica,
por vezes reerguida no passado com
conflitos bélicos. O que se passa na
cabeça da população e dos mentores das
grandes decisões que afetam a
humanidade? Qual o alvo?

O mais lamentável na espécie humana é a


sua displicência e comodismo. A questão
da água é seríssima, assim como o
tratamento do lixo e dos dejetos
humanos. O ciclo da água é perfeito.
Nascentes, rios, solo, florestas, sol,
chuvas, tudo interligado, até que o
homem passou a interferir
arbitrariamente sem observar como a
natureza funciona. O resultado está aí na
nossa frente: rios mortos e mares
poluídos. Nas últimas cinco décadas, a
poluição dos mananciais reduziu as
reservas hídricas mundiais em um terço.

Neste mundo, que se afastou do


humanismo e das leis da Criação, todos
os seres humanos têm de prosseguir, ir
além, perceber o dom da vida. O
problema está na falta de
reconhecimento de que, como seres
humanos, a educação e o cuidado com
os filhos têm de estar em nível superior
ao do instinto dos animais para formar
uma geração forte que anseia pela
evolução espiritual.

Há uma fábula que narra a saga de uma


civilização formada por espíritos cujo
anseio de se tornarem fortes e
conscientes foi atendido pelo Mestre
Universal. Receberam uma região com
todo o necessário ao progresso pacífico,
mas não respeitaram as leis da natureza,
nem seguiram a vocação natural do
espírito de beneficiar e embelezar a
região recebida em paz, e buscar o
caminho de volta à sua origem. Assim,
com a força de seu raciocínio
acorrentado ao materialismo, se
apegaram às coisas materiais
simbolizadas no bezerro de ouro.

Com seu baixo propósito, foram


semeando o caos, a desordem e a
violência. Ao ver isso, o Mestre os
deserdou, os advertiu e os encaminhou
para uma região distante, sem acesso,
onde permaneceriam juntos, todos os de
má índole, até que reconhecessem sua
baixeza para poderem se elevar. Teriam
de procurar a Luz da Verdade para
reencontrar o caminho perdido. O Mestre,
então, cedeu aquela região a outros
espíritos, mas eis que uma parte desses
também foi decaindo e o fizeram de
forma tão ignóbil que acabaram abrindo
uma passagem para a região dos
deserdados, que vendo essa
oportunidade, correram em massa ao
local que habitaram outrora.

Não tardou para se instalar o caos geral,


desta feita mais violentamente ainda,
causando danos até aos de boa vontade
e de nobres propósitos. O Mestre, então,
percebeu que tinha de organizar uma
campanha de limpeza do ambiente para
extirpar definitivamente os de má índole,
pois não mereciam mais o presente
ofertado. Assim é a lei da vida: os
perturbadores têm de ser separados
daqueles que querem evoluir em paz e
com vontade direcionada para o bem
geral.

No Brasil, a situação já estava difícil, mas


com a sucessão do PSDB pelo PT ficou
ainda pior. Hoje penamos a miséria
aumentada com máquinas paradas,
desemprego e uma dívida absurdamente
elevada. Sempre houve obstáculos para a
produção de manufaturas, mas mesmo
assim, conseguíamos exportar vários
itens. Nesse ínterim, o parque industrial,
que engatinhava, perdeu o vigor.

Precisamos de mudanças que permitam


aumentar a produção, os empregos e sua
qualidade para intensificar a atividade
econômica do Brasil. O capital humano é
de suma importância, mas cada indivíduo
tem de se compenetrar de sua
responsabilidade e receber bom preparo
para vida, tornando-se eterno aprendiz.
Há uma suposição de que as redes
sociais provocaram reações, mas a causa
é outra. Os brasileiros estão tomando
consciência de que o país vem sendo
conduzido para o abismo na educação,
nas finanças, na desindustrialização e
falta de empregos. Apesar dos recursos
naturais disponíveis, a precarização geral
avança. É um “basta” o reflexo do anseio
pelo retorno à seriedade e melhora geral.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra é


graduado pela Faculdade de Economia e
Administração da USP, faz parte do
Conselho de Administração do Hotel
Transamerica Berrini, é articulista
colaborador de jornais e realiza palestras
sobre temas ligados à qualidade de vida.
Coordena os sites
www.vidaeaprendizado.com.br e
www.library.com.br.

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