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Didática e Prática de Ensino na relação com a Escola

FORMAÇÃO DE PROFESSORES, PRÁTICAS DE LEITURA LITERÁRIA E


PRODUÇÃO DE SENTIDOS NA UNIVERSIDADE

Marcela Afonso Fernandez,


Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Resumo
Este trabalho se propõe a compartilhar alguns dos resultados obtidos em uma
experiência desenvolvida na disciplina Literatura na Formação do Leitor, parte de uma
das linhas investigativas da pesquisa Contações de histórias, rodas e encontros com a
leitura literária: das tradições à virtualidade, ambas vinculadas ao curso de
Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO). Um dos objetivos focalizados na disciplina e na pesquisa é investigar alguns
modos de ser leitor e tecer a leitura literária com vistas à produção ampliada de sentidos
pelos estudantes-professores do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Tendo como
referência os estudos desenvolvidos por Eliana Yunes (2002, 2009, 2012), Roger
Chartier (1990,1999), Maria Teresa Andruetto (2012), Silvia Castrillón (2011) e Cecília
Banjour (2011), entre outros, foi possível conhecer, analisar e refletir sobre as diversas
concepções e práticas de leitura literária realizadas pelos estudantes. Para tanto, uma das
estratégias didáticas foi o Seminário Fílmico, implementada no decorrer de alguns
encontros da disciplina, com vistas a ampliar o horizonte de sentidos dos estudantes
participantes acerca da tríade conceitual leitura-leitor-literatura. Por meio dos debates e
do compartilhamento de sentidos decorrentes dessa experiência os estudantes tiveram a
possibilidade de repensar e ressignificar seus trajetos de leitura na condição de leitores,
bem como a prática formativa dos professores-mediadores de leitura literária nos
contextos educativos. Essa abordagem didático-pedagógica, comprometida com a
promoção da leitura pautada na experiência e na pluralidade de sentidos, constituiu uma
experiência significativa com o potencial de viabilizar um projeto político-social e
pedagógico que tem como meta, sobretudo, promover o leitor, para além da leitura
literária.
Palavras-chave: Formação de estudantes-leitores; Leitura; Literatura.

Neste trabalho, tenho o objetivo de apresentar possibilidades alternativas de


formação de estudantes-professores a partir de uma perspectiva emancipatória de
apropriação do texto literário. Para tanto, me pauto na experiência que vem sendo
realizada na disciplina Literatura na Formação do Leitor, com estudantes do curso de
Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO), tomando por base, entre outras práticas, a realização da estratégia didática
Seminário Fílmico. Ressalto que este trabalho é um desdobramento de uma das linhas
investigativas da pesquisa Contações de histórias, rodas e encontros com a leitura
literária: das tradições à virtualidade, que está centrada nos processos de formação de
estudantes-leitores no âmbito da universidade, e vem sendo desenvolvida desde o ano
de 2012.

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Estimo que a relação com o texto literário, nos contextos educativos, deva
necessariamente ser assentada numa perspectiva crítica, a partir de um conjunto de
princípios, atitudes e valores em confluência e que envolvam tanto os leitores que
pertencem a esses ambientes, quanto o projeto político-social que embasa essas ações.
Daí a relevância desse enfoque para a formação de estudantes-educadores, na
constituição de saberes relacionados à apropriação da leitura, em geral, e da literatura,
em particular.
Acredito que a forma pela qual o estudante-professor compreende o processo
de leitura literária e de formação do leitor tende a fundamentar e orientar as rotinas e
encaminhamentos que ele opta por realizar quando se vê diante da tarefa de dinamizar e
estimular a leitura de seus alunos em sala de aula. Mas quais concepções sobre a tríade
leitura-leitor-literatura fazem parte do imaginário desses estudantes? Que relações
podem ser estabelecidas entre as concepções apresentadas e a forma de desenvolverem
as práticas de leitura literária nos contextos formativos de leitores por onde transitam?
Os estudos e a experiência apresentados a seguir poderão contribuir para um
aprofundamento teórico-metodológico sobre alguns modos de apropriação do texto
literário nos contextos universitários visando à formação de estudantes-professores-
leitores, de maneira a viabilizar um projeto político-social e pedagógico que tem como
meta, sobretudo, promover o leitor, para além da leitura literária.

1. Tríade leitor-leitura-literatura: articulando conceitos.

Para alicerçar a experiência que compartilharei tomo como ponto de partida a


convicção de que o processo de leitura e construção de sentidos pelo leitor depende de
uma complexa interação que ele estabelece com a textualidade que o rodeia. Nessa
interação, o leitor é visto como um sujeito ativo do processo, pois cabe a ele dialogar e
atribuir significados à superfície textual que lê (YUNES, 2002, 2009, 2012).
Articulada ao leitor, compreendo a leitura como um direito político-social que
deve situar-se no contexto onde ocorre, necessitando de espaços que permitam a todos
os cidadãos acesso as manifestações da cultura e da arte (CASTRILLÓN, 2011). Para
tanto, torna-se cada vez mais imprescindível a disseminação de ações concretas que
promovam e viabilizem a universalização da leitura como direito para a inclusão das
comunidades humanas na cultura letrada.

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Sendo assim, ensinar a ler não é tão somente habilitar alguém para lidar com o
código escrito por meio da mera decodificação, mas é, sobretudo, ensinar a ser,
despertando o potencial de reflexão e de intervenção de cada sujeito-leitor na sua
relação social com a realidade que o cerca, de maneira a promover uma efetiva ação
crítica e cidadã no mundo (YUNES, 2012).
Atrelada a essas premissas, entendo a leitura como um processo plural.
Relaciona-se com essa ideia uma concepção ampla de leitura entendida como criação de
sentidos para um texto em um determinado suporte (CHARTIER, 1999). Concepção
válida não apenas para a leitura da linguagem verbal, mas de todas as linguagens. Nessa
perspectiva, lemos o dito e o não dito, lemos imagens fixas, animadas e lemos textos,
lemos a palavramundo (FREIRE, 2000). Ler é eleger uma textualidade e dar sentido a
ela. Desse modo, penso na leitura como um exercício permanente do homem em
sociedade, marcado pela “apropriação, invenção e produção de significados”
(CHARTIER, 1999, p.77).
Mas, por que promover a leitura por meio da literatura? Optei por esse
caminho de formação de leitores por considerar a literatura uma linguagem artística de
destaque dentre as diversas manifestações culturais existentes – não desmerecendo o
valor das demais. Baseio-me em uma concepção de literatura entendida, entre outras
possibilidades, como uma forma de experienciar e compreender o mundo em seus
variados matizes através da expressão estética de sentimentos e emoções.
Nesse sentido, a narrativa ficcional, possui uma natureza que propicia um
encontro marcado entre o leitor e a obra lida, sobretudo, possibilitando o aprimoramento
de sua subjetividade, sensibilidade, imaginação, percepção e compreensão acerca da
realidade, pelo que a literatura nos diz e pelo o que diz de nós (ANDRUETTO, 2012).
Dessa forma, o universo literário torna-se um passaporte ou bilhete de partida
(QUEIRÓS, 2012), tornando o leitor capaz de refletir e dar um sentido ao mundo que o
cerca.
É importante reafirmar que a escola, entre outros ambientes educativos
formais e informais, desempenha um papel privilegiado na formação de sujeitos-
leitores. E, permeada por uma gama de manifestações textuais, este contexto deve
necessariamente assumir a função de contribuir na impressão das primeiras marcas
experienciais em seu processo formativo de leitores, familiarizando-os com a
variedade textual presente em seu entorno sociocultural. Se nos detivermos no texto

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literário, identificaremos que, de um modo geral, essas marcas decorrem de certos


rituais de ensino (SILVA, 2003), ainda recorrentes nos espaços escolares.
No bojo desses rituais, observa-se que a escola toma para si o texto literário
e o didatiza e pedagogiza, baseando-se em atividades que colocam o leitor em
contato com uma leitura autorizada do livro e não com sua pluralidade de sentidos,
com propósitos claros de utilizá-lo como pretexto para a realização de ações
mecânicas (estudo do vocabulário, interpretações predefinidas e autorizadas, estudo
da gramática, redações áridas e tortuosas...). Assim, a escola passa a enveredar por
trilhas teórico-metodológicas regulatórias, nas quais a leitura é compreendida como
tarefa obrigatória e rotineira, o leitor é visto como um ser passivo e abstrato, e o texto
de criação estética é adotado como um recurso de valor utilitário no dia a dia da sala
de aula.
Para os professores que atuam nas escolas, constitui um grande desafio
propor um tratamento ao texto literário, assumindo-o como prática artística em seu
dia a dia na sala de aula. Isso porque, ainda observa-se a prevalência de formas
inadequadas e engessadas de escolarização do texto literário. O intuito principal
muitas vezes é o de didatizar e pedagogizar a obra literária a fim de que ela possa
atender a objetivos estreitos e completamente desvinculados de seu valor e sentido
primeiro: a promoção junto aos estudantes iniciantes e em formação de experiências
estéticas preservando suas especificidades de linguagem artística.

2. Tecendo um bordado: a literatura e o cinema despertando sentidos.

Considerando as concepções de leitura, leitor e literatura acima expostas e indo


na contramão das práticas regulatórias de trabalho com a literatura encontradas em
alguns contextos escolares, a disciplina Literatura na Formação do Leitor busca
proporcionar aos estudantes uma experiência estética de apropriação do texto literário,
organizando-se em dois grandes blocos.
No primeiro bloco, procuro situar os estudantes em formação nos debates
cotidianos sobre o trabalho com o texto literário. Os primeiros encontros se propõem a
questionar o fato de trabalharmos textos literários didatizando-os ao ponto destes
perderem, por vezes, seu sentido estético; de teimarmos em criar o hábito da leitura
sem, muitas vezes, lembrarmos do gosto e da fruição com que o texto literário nos
impregna.

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No segundo bloco, discutimos especificamente a natureza dos textos literários,


enfatizando a tríade conceitual leitura-leitor-literatura. Neste momento, refletimos sobre
o percurso histórico da literatura bem como os elementos que a singularizam, buscando
fundamentar o estudo, a pesquisa e a prática docente.
Permeando a experiência curricular proposta, adentramos no universo da
literatura infantil e juvenil por meio de práticas leitoras solidárias (YUNES, 2002,
2009), e com base em obras de autores como Cecília Meireles, Clarice Lispector,
Bartolomeu Campos de Queirós e Ana Maria Machado, entre outros, captamos o néctar
das palavras esteticamente dimensionadas, no sentido de evidenciar possibilidades
teórico-metodológicas alternativas de abordagem desse objeto de estudo.
Na trilha investigativa da disciplina, destaco o Seminário Fílmico, como uma
das principais estratégias didáticas de partilha de sentidos e de compreensão das
articulações presentes na tríade conceitual leitura-leitor-literatura, e realizada com os
estudantes-professores da disciplina. O desenvolvimento dessa estratégia baseia-se no
uso de dois filmes, Balzac e a Costureirinha Chinesa (DAI SIJIE, 2002) e Minhas
tardes com Marguerrite (JEAN BECKER, 2010), a partir dos quais são analisadas e
discutidas as diversas nuances e matizes presentes nos modos de apropriação da leitura,
do leitor e da literatura nas tramas apresentadas.
A proposta de experiência baseada nestas duas obras cinematográficas tem
gerado momentos amplamente enriquecedores para os estudantes-professores de
Literatura na Formação do Leitor. Esta prática ocorre no segundo bloco da disciplina,
no qual os conceitos de leitura, leitor e literatura são tecidos concomitantemente pelos
estudantes-professores, tendo como referenciais o conhecimento prévio e os textos
teóricos indicados para a leitura.
Cada sessão fílmica é seguida de um amplo debate, o Seminário Fílmico, por
meio do qual ampliamos os sentidos manifestos e latentes na narrativas propostas nas
obras. Esta estratégia ancora-se teoricamente em uma concepção dialógica da escuta
(BANJOUR, 2012), concebida como um ato de expansão de significados de modo
cooperativo, através de um encontro intersubjetivo de pontos de vista que aceitem o
outro em sua diferença, e estejam dispostos a enriquecer a vida, a leitura e a própria
visão de mundo com essa diferença.
No seminário fílmico, tanto o conteúdo dos filmes Balzac e a Costureirinha
Chinesa e Minhas tardes com Marguerrite, como a tríade conceitual leitura-leitor-
literatura são problematizados e articulados em suas múltiplas apropriações e sentidos,

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fomentando nos estudantes-professores um olhar investigativo e uma reflexão crítica


sobre os diferentes meandros presentes nas obras focalizadas e, consequentemente, nas
práticas de leitura literária encontradas em distintas comunidades de leitores. Além
disso, os estudantes elaboram produções textuais como desdobramento e síntese da
experiência vivida no seminário, tecendo uma trama entre os conceitos teóricos
focalizados e os filmes.
A forma de propor e discutir esses conteúdos textuais, nem sempre familiares
aos estudantes-professores, procura a todo o momento enfatizar a construção coletiva de
sentidos. Nesta perspectiva, as atividades propostas ao longo desses encontros
possibilitam fazer uma ponte entre as questões conceituais e metodológicas e os
distintos processos de formação de leitores, o que contribui para a construção de um
conhecimento ressignificado sobre as práticas de leitura literária nos ambientes
educativos.
Quando apresento ao estudante situações em que ele precisa se posicionar, não
apenas como formador de leitores, mas também como leitor de textos fílmicos e
literários, como na experiência relatada, na verdade estou evidenciando a esse futuro
docente o compromisso que ele precisa ter quando igualmente propõe leituras e ou
atividades nos contextos formativos onde atua. É a partir dessas experiências que seus
leitores iniciantes e em formação podem se abrir ou se fechar para o universo da
literatura.
Ao conjugar o conhecimento teórico e estético, a respeito do texto literário,
possibilito aos estudantes-professores experiências com vistas a resgatar sua faceta
como sujeitos-leitores. Aguçando o desejo de ler, ampliando os repertórios de leitura
literária, oferecendo conhecimentos teóricos sobre obras literárias e autores e
diversificando os caminhos metodológicos capazes de formar sujeitos-leitores por meio,
especialmente, da estratégia didática Seminário Fílmico, entre outras, a disciplina de
Literatura na Formação do Leitor assume assim o desafio de buscar redimensionar,
reconfigurar e ressignificar as práticas literárias incorporadas pelos professores-leitores.
Considero fundamental no processo de resgate da faceta leitora dos estudantes-
professores a possibilidade de cada um interagir com variados textos (filmes, livros,
pinturas, imagens em geral) e experiências de leitura literária e, projetando seus
conhecimentos, experiências prévias, valores, sentimentos e imaginação, poder imprimir
suas marcas de leitura, recriar e repensar o que está na textualidade lida. Nessa
abordagem, “todo gesto de apropriação de um texto por um leitor carrega para esse

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texto as próprias marcas do leitor, do seu contexto, do seu tempo, da sua sociedade”
(YUNES, 2009, p. 45).
As diferentes variáveis que intervém na construção da faceta leitora,
vivenciadas na disciplina Literatura na Formação do Leitor, vem contribuindo ao longo
da experiência proposta para a consolidação da tese de que a Universidade e os cursos
de formação de professores devem cada vez mais assumir e instituir novos processos
baseados em práticas leitoras que redimensionem a tríade leitura-leitor-literatura.
Nesse sentido, o compromisso assumido enfatiza a relevância da troca de
experiências, concepções e sentidos, oportunizada nos encontros, bem como o potencial
dessas partilhas propiciarem novos modos de ser leitor e viver a leitura literária nos
espaços educativos.

3. Um bordado sem fim...

O trabalho apresentado continua o bordado. Em outras palavras, venho


recebendo ao longo da disciplina incentivos, orais e escritos, em relação ao trabalho
desenvolvido. Eles ressaltam a importância das práticas de leitura solidária e das
discussões coletivamente tecidas em cada aula, na ressignificação de suas atuações
como docentes, e no resgate do sujeito-leitor existente em cada um.
Nesse sentido, o enfoque teórico-metodológico proposto pela disciplina
Literatura na Formação do Leitor vem cumprindo sua meta, no sentido de superar a
leitura didatizante, superficial e descontextualizada e, em contrapartida, enfatizar a
construção da existência humana, conquistada por meio da Arte, e mais especificamente
da literatura, como foco de resgate da condição de cidadão leitor do mundo.

Referências Bibliográficas

ANDRUETTO, Maria Teresa. Por uma literatura sem adjetivos. São Paulo: Editora
Pulo do Gato, 2012.
BAJOUR, Cecília. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São
Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012.
BECKER, Jean, Minhas tardes com Marguerrite, Imovision, 2010.
CASTRILLÓN. O direito de ler e de escrever. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2011.

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CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações. Rio de


Janeiro: Difel, 1990.
_______________. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora
UNESP, 1999.
SIJIE, Dai. Balzac e a Costureirinha Chinesa, Europa Filmes, 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler – em três artigos que se completam. São
Paulo: Cortez, 2000.
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Sobre ler, escrever e outros diálogos. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012.
SILVA, Ezequiel Theodoro. Conferências sobre leitura - trilogia pedagógica.
Campinas: Autores Associados, 2003.
YUNES, Eliana. Pensar a leitura: complexidade. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
_____________. Tecendo um leitor: uma rede de fios cruzados. Curitiba: Aymará,
2009.
_____________. Manual de reflexões sobre boas práticas de leitura. São Paulo:
Edições Loyola, 2012.

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