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Agora Eu Passo Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito (Art. 16)������������������������������������������������������������������2
Características do Crime��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Comércio Ilegal de Arma de Fogo�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Requisitos Para Configurar do Crime������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Tráfico Internacional de Arma de Fogo��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito (Art. 16)


Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório
ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regu-
lamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Características do Crime
1) Sujeito Ativo – é crime comum.
2) Sujeito Ativo – Coletividade.
3) Objeto Material – Arma de fogo, Acessório, Munição de uso restrito ou proibido.
4) Objeto Jurídico – Incolumidade Pública; segurança pública.
5) Consumação – O crime se consuma com a prática de um dos verbos previstos no tipo, indepen-
dentemente de qualquer resultado naturalístico.
6) Crime de mera conduta – são os que se consumam com a mera conduta do agente, ou seja, e in-
dependem de qualquer resultado.
7) Elemento subjetivo – Dolo. Não há crime de “posse irregular de arma de fogo de uso restrito” na
modalidade culposa.
8) PORTE DE ARMA DE FOGO SEM MUNIÇÃO – É pacífico na jurisprudência do STF e do STJ
que o porte de arma de fogo mesmo sem munição é crime.
EMENTA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PORTE DE MUNIÇÃO DE
ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. ARTIGO 16 DA LEI 10.826/2003. CRIME DE PERIGO
ABSTRATO. TIPICIDADE DA CONDUTA.
1. O porte de munição de arma de fogo de uso restrito constitui crime de perigo abstrato, portanto,
irrelevante a presença da arma de fogo para sua tipificação.
Precedentes. (STF – RHC: 118304 ES, Relator: Min. ROSA WEBER, Data de Julgamento: 17/12/2013,
Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-031 DIVULG 13-02-2014 PUBLIC 14-02 – (grifo nosso)
9) PORTE (ART. 14) DE MUNIÇÃO SEM ARMA DE FOGO –
É crime, sim, uma vez que se trata de crime de perigo abstrato.
10) CRIME DE POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO –
CRIME HEDIONDO – Esse é o mais novo crime hediondo, foi incluído pela Lei 13.497 de 2017.
CONSEQUÊNCIAS PENAIS E PROCESSUAIS (Art. 2°, caput) Os crimes hediondos, a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia,
graça, indulto e fiança.
11) É HEDIONDO O ART. 16, CAPUT, E SUAS FIGURAS EQUIPARADAS (PARÁGRAFO
ÚNICO)
Apesar de o dispositivo ser novo, já nasceu com polêmica. Há duas correntes doutrinárias:
1° Corrente – Para Renato Brasileiro, Rogério Sanches, G. Habib é hediondo o artigo 16 e seu
parágrafo único pelos motivos abaixo:
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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1) Quando o legislador quer restringir um artigo ou parte dele, ele o faz de maneira expressa, assim
como o fez o Art. 1°, II, que trata do crime de latrocínio, na LCH.
2) Não abranger o parágrafo único, fere princípio da proporcionalidade, uma vez que trata das
mesmas penas.
3) A Lei 13.497/17 citou expressamente “artigo 16”, não restringindo ao caput. Assim o parágrafo
único é extensão.
Crime hediondo – arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito:
De acordo com o entendimento do Renato de Lima Brasileiro, a Lei 13.497/17, ao modificar o Art.
16, caput, da Lei dos Crimes Hediondos, trouxe expressamente crime de posse ou porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito, citando apenas “armas de fogo”. No entanto, não é correto o entendimento que
o legislador teve a intenção de restringir a crime hediondo para aquele que porta ou possui “arma de
fogo de uso restrito”, uma vez que o legislador optou por usar o nomem juris, ou seja, denominação
legal (também chamada “título do delito”) do crime prevista na própria Lei 10.826/03.
Portanto, a conclusão é no sentido de que é crime hediondo a posse ou porte de arma de fogo,
acessório, ou munição. (BRASILEIRO, Renato. Legislação Especial Comentada. 6. ed., Salvador:
JusPodivm, p. 224)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou
artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial,
perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;
STJ – PORTE DE ARTEFATO EXPLOSIVO. GRANADA DE GÁS LACRIMOGÊNEO/
PIMENTA. INADEQUAÇÃO TÍPICA.
A conduta de portar uma granada de gás lacrimogêneo e outra de gás de pimenta não se subsome
ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei n. 10.826/03.
(REsp 1.627.028-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, por unanimidade, julgado em
21/2/2017, DJe 3/3/2017.)
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer
outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
SUPRESSÃO PARCIAL DO NÚMERO DE SÉRIE DA ARMA – DESGASTE NATURAL DO EQUI-
PAMENTO – OXIDAÇÃO – CONFIGURA PORTE DE ARMA DE USO PERMITIDO (ART. 12) –
APELAÇÃO – ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV, DA LEI 10.826/03 – PORTE ILEGAL DE
ARMA COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA. (...) IMPOSSIBILIDADE – CONDENAÇÃO MANTIDA
– DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO PARA POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMI-
TIDO – POSSIBILIDADE – INDÍCIOS DE QUE A SUPRESSÃO PARCIAL DO NÚMERO DE SÉRIE
DA ARMA OCORREU DEVIDO AO DESGASTE NATURAL DO EQUIPAMENTO (OXIDAÇÃO) ...
(...) Havendo indícios de que o número de série da arma de fogo apreendida se encontrava par-
cialmente ilegível em razão do adiantado estado de oxidação do artefato, impõe-se a desclassifi-
cação para o delito previsto no art. 12 da Lei 10.826/03. (...)
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explo-
sivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição
ou explosivo.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Comércio Ilegal de Arma de Fogo


Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer
forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.

Requisitos Para Configurar do Crime


Para que haja a configuração do crime em análise, deverão estar presentes os dois requisitos: fi-
nalidade da obtenção de lucro e estabilidade, permanência, constância, continuidade na prática do
ato de comércio.
Desse modo, a prática eventual, ocasional, esporádica, não reiterada de vendas de munição de
forma irregular não configura o crime em análise.

Tráfico Internacional de Arma de Fogo


Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma
de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – O crime de tráfico internacional de arma de fogo é crime
especial em relação aos crimes de contrabando (Art. 334 – A, CP) e facilitação de contrabando (Art.
318, CP).
EXPLOSIVO OU INCENDIÁRIO – Como já vimos acima, os objetos materiais do crime são:
de arma de fogo, acessório ou munição. Não foram incluídos os explosivos e incendiários. Dessa
forma, se alguém for flagrado importando e exportando explosivo ou incendiário responderá pelo
crime do Art. 334-A do CP, contrabando.
Competência e julgamento – Compete à Justiça Federal.
TRÁFICO INTERNACIONAL DE MUNIÇÃO E PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA:
A 1ª Turma, por maioria, indeferiu habeas corpus em que se pretendia a aplicação do princípio
da insignificância para trancar ação penal instaurada contra o paciente, pela suposta prática do crime
de tráfico internacional de munição (Lei 10.826/2003, Art. 18). . HC 97777/MS, rel. Min. Ricardo Le-
wandowski, 26.10.2010. (HC-97777)
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório
ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem pratica-
dos por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6 º, 7º e 8º desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin
3.112-1)
De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), a prisão provisória é uma medida cautelar que
deverá estar fundamentada nos princípios da necessidade e excepcionalidade. Dessa forma, deve-se
manter a prisão de alguém quando presentes os requisitos da prisão preventiva prevista no Art. 312 do
CPP, conforme orientação jurisprudencial.
Ainda reforça a doutrina, amparada na jurisprudência, que não há previsão de prisão ex lege no
nosso ordenamento jurídico, isto é, não existe prisão decorrente unicamente de lei, sem observar os
requisitos legais, sem motivação, violando os princípios do contraditório e da ampla defesa.
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Dito isso, fica clara a intenção do legislador no sentido de proibir a concessão de liberdade pro-
visória nos Arts. 16, 17 e 18 do Estatuto do Desarmamento. No entanto, tal dispositivo foi declarado
inconstitucional pelo STF na Adin 3112, com base nos seguintes motivos:
→→ Inexistência de prisão ex lege, ou seja, decorrente unicamente de lei.
→→ Afronto ao princípio da presunção de inocência (Art. 5°, inciso LVII).
→→ Afronto ao princípio da Proporcionalidade – A pena prevista no tipo penal deve ser propor-
cional ao mal causado. Os crimes que foram objetos dessa Adin 3112 são considerados de mera
conduta, dessa forma, merecem um tratamento menos severo. Diferente dos crimes de máximo
potencial ofensivo (tráfico, tortura, terrorismo e os definidos como hediondos), que por força
constitucional recebem um tratamento mais severo. Assim, aqueles crimes (Arts. 16, 17 e 18 do
Estatuto do Desarmamento) não poderão ser tratados de igual modo com os crimes de tráfico,
tortura, terrorismo e os definidos como hediondos.
→→ Ofensa ao princípio da independência e separação dos poderes, uma vez que compete ao Poder
Judiciário analisar o caso concreto e decidir sobre a prisão. Dessa forma, não pode o Poder Le-
gislativo, de forma antecipada, julgar se a determinada pessoa, com base no crime em abstrato,
poderá ser concedida ou não a liberdade.
Por fim, nos crimes previstos nos Arts. 16, 17 e 18 do Estatuto do Desarmamento cabe a liberdade
provisória, desde que ausentes os requisitos que motivam sua manutenção. Nesse sentido:
Insuscetibilidade de liberdade provisória quanto aos delitos elencados nos arts. 16, 17 e 18. Incons-
titucionalidade reconhecida, visto que o texto magno não autoriza a prisão ex lege, em face dos
princípios da presunção de inocência e da obrigatoriedade de fundamentação dos mandados de
prisão pela autoridade judiciária competente. (ADI 3112, DJe-131 25-10-2007)
Exercícios
01. É crime punido com reclusão a conduta de possuir ou manter de forma ilegal de arma de fogo
de uso restrito.
Certo ( ) Errado ( )
02. O Crime de porte de munição de uso restrito é crime equiparado a hediondo.
Certo ( ) Errado ( )
03. É crime suscetível de graça ou anistia a prática da conduta de portar arma de fogo de uso
restrito.
Certo ( ) Errado ( )
04. Não há óbice da aplicabilidade da fiança ao crime de posse ilegal de arma de fogo.
Certo ( ) Errado ( )
05. O crime de tráfico internacional de arma de fogo é crime hediondo.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Errado
04 - Errado
05 - Errado
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