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MANDIRITUBA
2019
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES – HABILITAÇÃO MATEMÁTICA
MANDIRITUBA
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 17
2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
18
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .......................................................................... 21
Ensino Fundamental segundo a LDB 9394/96, tem o período mínimo de oito anos no
regular, obrigatório e gratuito na escola pública; com objetivo de formação básica do cidadão;
através do aumento da habilidade de aprender, com domínio da leitura, escrita e cálculo; e a
compreensão do ambiente o qual está inserido e seus valores. Agregando ao fortalecimento dos
laços de família, de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se apoiado a vida
social. Com atenção para crianças e adolescentes de sete a dezesseis anos de idade; é também
visto como uma preparação básica para o ensino médio. Porém vale ressaltar que os anos finais
é considerado apenas do 6° aos 9º anos.
A etapa inicial do Estágio Supervisionado I - Anos Finais do Ensino Fundamental parte
da escolha da instituição a estagiar, neste caso deve se optar por escola ou colégio que apresenta
os anos finais do ensino fundamental. A escolha deve ser feita por um ou mais acadêmico(s) a
estagiar, pois o estágio supervisionado I pode ser realizado de forma individual ou equipe,
composta por até três integrantes. Sendo assim, a escolha da equipe também é um fator
importante nesta etapa. Logo, efetua-se o cadastro do indivíduo ou equipe no portal da FAEL,
tendo já feito a escolha da instituição que se pretende estagiar, verifica-se a mesma é conveniada
ou se precisa conveniar. Em seguida, parte para a apresentação do(s) acadêmico(s) na
instituição a estagiar, acerta-se os tramites dos documentos junto da mesma e da Fael, podendo
assim dar continuidade as demais atividades como a caracterização da instituição.
Na etapa de observação é atendado para as práticas realizadas pelo professor, o cotidiano
da sala de aula, as ações dos alunos, a vivência da realidade escolar como recreios, número de
aulas semanais, dentre outras ações que envolvem a rotina escolar. Não menos importantes,
observa-se os procedimentos da escola frente aos processos de inclusão; ações de apoio ao
professor docente, da disciplina de Matemática que é o objeto do estágio. Há também, a
definição dos conteúdos das aulas que se aplicará (conforme ementa da escola), com o auxílio
do professor orientador do estágio para um melhor desenvolvimento do plano de aula; e a
participação em Conselho de Classe e/ou Reunião de Professores. Marconi e Lakatos (2007, p.
192), afirmam que a “observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações
e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”. O autor Bicudo dá
uma ideia de como é possível coletar informações por meio das observações ao meio ambiente
no qual se está inserido:
Uma informação pode, objetivamente, estar presente no meio ambiente (ela é exterior
à pessoa e pode ser estocada, isto é, gravada, registrada num computador, escrita em
livros, etc.), no entanto, se um indivíduo (o sujeito) não se der conta dela, para este
indivíduo, ela não se transformará em conhecimento. O conhecimento é uma
experiência interior – envolve a relação do sujeito com o objeto (de conhecimento);
envolve também interpretação pessoal –, um mesmo discurso ou os dados de uma
observação podem ser interpretados de modo diferente por diversas pessoas. Mas,
para serem admitidas como saber pela coletividade, estas interpretações são
submetidas, por outros, à análise rigorosa. (BICUDO, 1999, p. 155).
Refletindo sobre a escola, pode ser entendida como um lugar de referência na formação
da sociedade e seus indivíduos; sobre a organização escolar Lima reforça:
O Colégio Estadual João Afonso de Camargo – EFM (CEJAC), está localizado na rua
José Ribeiro, nº 01, a 300 metros da BR 116 – km 153, Distrito de Areia Branca dos Assis,
município de Mandirituba, região metropolitana de Curitiba e aproximadamente 45 km da sede
do NRE/AM/Sul, a qual pertence. Com o código escolar 00153, telefone 41- 3633-1151, e-mail
cejac_efm@yahoo.com.br, código municipal 1440, código NRE. 03, código MEC. 41135270,
sob a dependência administrativa estadual em zona urbana, entidade mantenedora Governo do
Estado do Paraná, e parecer do NRE de aprovação do regimento escolar Nº 215/10 DE
25/05/2010.
Atualmente, o Colégio Estadual João Afonso de Camargo (CEJAC), conta com o espaço
físico constituído por: 01 (um) hall de entrada com 82,81 m²; 12 (doze) salas de aula, 01 (uma)
sala para atendimento - Recursos e Sala de Apoio; 01 (um) Laboratório de informática; 01
(uma) biblioteca; 01 (um) laboratório de (Química, Física, Biologia e Ciências); 01 (um)
banheiro – alunos (feminino); 01 (um) banheiro – alunos (masculino); 01 (um) banheiro –
(professores e funcionários); 01 banheiro (funcionários); 01 (uma) cozinha; 01 refeitório para
alunos; 01 (um) sala para armazenamento de alimentos; 01 (uma) área de serviço; 01 (um)
almoxarifado; 01 (um) arquivo morto; 01 (uma) cantina; 01 (uma) sala para secretaria; 01
(uma) sala de professores; 01 (uma) sala para a equipe pedagógica; 01 (uma) sala para direção;
01 (um) quadra de esportes com 642 m²;
O ginásio de esportes, com 02 banheiros, palco, vestiário, num total de 1.017m²,
utilizado pelo Colégio, não pertence a instituição, e sim a comunidade onde o mesmo está
inserido.
2.1.5 PROJETOS DE MAIOR IMPACTO DESENVOLVIDO PELA INSTITUIÇÃO
Projeto pode ser entendido como um processo que é organizado, com objetivos pré-
estabelecidos, prevendo alguma ação posterior à sua projeção, alguns veem como uma
antecipação de possibilidades. Portanto, um projeto tem início, meio, fim, recursos e duração
definidos e limitados, em sequência de atividades interligadas.
Na educação projeto tem sua singularidade, podemos ver a definição contextualizada:
Na palavra projeto está contida uma intencionalidade, que ainda é um vir a ser, algo
que, como a arte. Mas a palavra também designa o que será feito, entendido com maior
ou menor grau de rigidez nessa proposição. Assim, a palavra projeto designa tanto o
que é proposto para ser realizado quanto o que será feito para atingi-lo. Um projeto é
um vir a ser, uma intenção que precisa ser, continuamente, avaliada e replanejada.
(LIMA, 2013, p. 48).
O PPP (2010) afirma que a participação dos pais é relativamente satisfatória (baixa), e
que isso se dá devido o baixo nível cultural das famílias:
A comunicação para as reuniões é feita por meio aviso impressos entregues aos alunos,
para que os mesmos repassem para os pais. Mas, dependendo da informação o contato é feito
por meio de telefonemas ou mensagens de texto por meio de aplicativos como WhatsApp.
2.1.7 LUDICIDADE
2.1.8 AVALIAÇÃO
Conforme o PPP (2010), os critérios para a avaliação devem ser de acordo com o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
No CEJAC tem o Conselho Escolar que segundo o PPP (2010) é um órgão colegiado de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa, de mobilização e fiscalizadora sobre a organização
e realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em
conformidade com a legislação educacional vigente e o mais importante no processo de gestão
democrática da escola.
Sua tarefa primordial é acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e do
processo de ensino-aprendizagem. Sua função é fundamentalmente política pedagógica. É
político na medida em que estabelece as transformações desejadas na prática educativa e
pedagógica, quando indica os mecanismos necessários para que as transformações ocorram.
Esse processo é analisado e revelado nas condições estruturais e educacionais da escola.
Na ação do professor durante o processo de avaliação, o Conselho Escolar deve considerar os
resultados almejados; as avaliações propostas pelo sistema educacional e no desenvolvimento
de um plano educacional coerente com a realidade e eficaz no atendimento às necessidades dos
educandos.
Portanto, o Conselho Escolar zela pela dimensão do trabalho desenvolvido na escola,
busca a colaboração e harmonia no ambiente, objetivando um tratamento adequado a todos os
segmentos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Na sequência está inserido uma breve citação do PPP (2010), pois, mais a frente será
retomada o assunto e fazer um paralelo entre o que está escrito no mesmo e o que realmente
acontece. O atendimento ocorre em espaço físico exclusivo, dotado de equipamentos e recursos
adequados às necessidades de cada aluno, com trabalhos paralelos e pedagogicamente
diferenciados ao das classes regulares, onde o aluno regularmente matriculado de 6º a 9° anos
do fundamental, e 1º a 3º do ensino médio, recebem apoio individual ou em pequenos grupos,
com cronograma, métodos, estratégias, atividades diferenciadas e extracurriculares em contra
turno.
A programação atenderá as necessidades dos educandos efetuando trabalhos
sistematizados nas áreas cognitivas, psicomotora e afetivo emocional, promovendo a
aprendizagem.
Diante do contexto, a avaliação se dará através de relatórios descritivos bimestrais
considerando as evoluções de cada aluno, bem como salientar as dificuldades que necessitam
de maior atenção. Para receber os atendimentos, o educando passará por uma triagem de
conhecimentos e por uma avaliação realizada pela equipe pedagógica.
Percebe-se, que no CEJAC há uma atenção para a inclusão dos alunos, ainda segundo
relatos da equipe pedagógica, concentra-se esforços nos trabalhos, principalmente para
compensar a falta de estrutura para acolhimento, e o baixo investimento do estado. No próximo
tópico será abordado novamente o tema.
2.2.1 ACESSIBILIDADE
Sobre o planejamento, o mesmo é feito uma semana antes das atividades letivas no inicio
do ano. O plano de aulas utilizado na escola tem um formato que aborda os conteúdos do ano
todo por tópicos, de forma geral, similar a uma ementa. O mesmo não dispõe de detalhes das
práticas utilizadas em sala de aula, como tempo de aula por conteúdo, abordagens, dinâmicas e
outros detalhes. Levando em consideração Pienta (2014, p. 46) “o planejamento tem a função
de pensar o passado e o futuro, para a construção e efetivação do presente”.
Segundo relatos do professor, os docentes tem disponível um tempo muito pequeno,
para trabalharem o planejamento, o que resulta em inúmeras vezes, recorrer à improvisação. E
segundo o mesmo, o que ajudar a contornar este tipo de situação é sua experiência, que o
minimiza os impactos que poderiam ser negativos nas aulas. Mas, ainda segundo Pienta até a
improvisação tem que estar no planejamento:
Para que o planejamento aconteça de fato, é preciso que o educador tenha suas ações
pedagógicas organizadas, preveja e considere o replanejamento e a improvisação
como ações pedagógicas presentes no cotidiano. Contudo, para que aconteça de
maneira produtiva, a improvisação precisa estar assegurada no planejamento, de
maneira que o educador não perca a consciência de suas ações e de seus objetivos.
(PIENTA, 2014, p. 47)
Esse contexto induz para que caminhe para uma precarização do trabalho docente e,
refletindo, na qualidade de seu trabalho. Diante disso, percebe-se a urgência de discussão sobre
as políticas públicas, a valorização, e outros movimentos sociais relacionados à formação
docente (SANTOS, 2010).
2.4 PARTICIPAÇÃO EM CONSELHO DE CLASSE E/OU REUNIÃO DE
PROFESSORES
Antes de falar em conselho de classe ou reunião, podemos nos perguntar o que faz com
que um profissional seja considerado competente? A resposta pode ser “competente é aquele
que julga, avalia e pondera; acha a solução e decide, depois de examinar e discutir determinada
situação, de forma conveniente e adequada”. (Perrenoud 2000, p. 13).
Para Santos agir com competência é:
A observação no Conselho de Classe, foi marca por muitas discussões; professores com
pedagogos, professores com professores, e professores responsáveis de turma. Todas os
assuntos foram discutidos de forma saudável, porém, é perceptível a existência de dois lados
ou dois grupos, um formado por pedagogos e outros professores; não da para esquecer da
participação da secretária da escola para registro dos dados e informações, mas, à mesma é
neutro nas conversas.
Caracterizado as discussões, percebe-se que os professores colocam todos os aspectos
apresentados pelas turmas, e pelo aluno individualmente; para justificar os resultados obtidos,
quer sejam bons ou ruins. Em contra partida, os pedagogos argumentam e questionam os
professores, os resultados, o que pode ser feito para mudar ou melhorar os aspectos
apresentados; e esta forma abordagem muitas vezes os professores não gostam, e até se sentem
ofendidos. Mas, como o objetivo do conselho/reunião é de buscar soluções para melhorar o
desempenho das turmas e alunos (individualmente) no decorrer do ano, e não acarretar prejuízos
ao educando, como repetências e outros; chega-se a soluções das mais diversas, como
agendamento de reuniões com pais, com turmas, com alunos; recomendações aos professores
sobre práticas e abordagens em sala de aulas e outros.
Os conselhos de classe são feitos nos seus devidos turnos, exemplificando: no turno do
amanhã trata apenas das turmas do turno, e assim sucede com os demais turnos. Ao decorrer do
conselho/reunião, a abordagem é da seguinte forma, inicia-se por turmas mais antigas, neste
caso, os 3º anos do ensino médio até chegar a vez das turmas de 6º ano do ensino fundamental,
seguido da discussão aluno a aluno, em ordem alfabética; com o grupo de professores que
ministram aulas na mesma, junto dos pedagogos e secretaria.
A secretaria e um(a) pedagogo(a) registram todos os fatos e relatos em ata e nos livros
de registro ou direto no sistema via computador (como é o caso deste colégio), para futuramente
gerar os boletins dos alunos.
A seguir será descrito a aplicação de todos os planos de aula desenvolvidos para turmas
de 6º e 7º do ensino fundamental, observado a ementa do CJAC e roteiro Fael, e orientação da
professora acompanhante do estágio supervisionado e correção pelo tutor(a) Fael.
As correções dos exercícios aplicados foram feitas com a participação dos alunos, e
verificação dos propósitos das atividades.
Quanto a avaliação, com o auxílio do professor acompanhante, foi por meio de
observações da participação dos alunos, e desenvolvimento das atividades.
Então, foi entregue uma apostila a cada aluno, com exercícios variados de fixação do
conteúdo, compondo figuras para pintarem. Deu-se um tempo para os alunos praticarem os
exercícios em duplas e trocarem informações entre eles; utilizando-se de consulta ao professor
para sanar possíveis dúvidas, onde as mesmas recorreram inúmeras vezes.
Com continuas abordagens e diálogos com a turma, com o intuito de verificar o
andamento das atividades, retomando as diferenças entre os “Cubo de um Número” e outras
potenciações.
As correções dos exercícios aplicados foram feitas com a participação dos alunos, e
verificação dos propósitos das atividades.
Quanto a avaliação, com o auxílio do professor acompanhante, foi por meio de
observações da participação dos alunos, e desenvolvimento das atividades.
2.5.5 PLANO DE AULA 05
LUIZ, F. B.; LUCA, G. G.; FONSECA, F. B. Psicologia da Educação. Curitiba: Fael, 2013.
PIENTA, Ana Cristina Gipiela. Pesquisa e Prática Pedagógica. Curitiba: Fael, 2014.
PIENTA, Ana Cristina Gipiela. Temas Contemporâneos da Educação. Curitiba: Fael, 2014.