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Módulo 1 – Unidade 1
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
XXX
Nesta primeira Unidade do curso vamos ter uma visão geral da legislação relacionada
à aviação civil.
Seja pela preocupação com as vidas das pessoas, seja pela preocupação com a
imagem da aviação, seja pela necessidade de estabelecer um mercado justo entre as
diferentes empresas da aviação civil, o fato é que a comunidade internacional decidiu que as
melhorias em termos de segurança deveriam ser refletidas por todos os países.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
XXX
As normas de nível hierárquico mais alto prevalecem sobre aquelas que estão
abaixo.
Nunca uma norma de nível inferior pode contrariar uma norma de nível superior. De
maneira geral, as normas de nível inferior detalham a aplicação da norma de nível superior.
O Congresso Nacional é responsável pela emissão das leis que disciplinam a aviação
civil brasileira. A Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, conhecida como Código Brasileiro
de Aeronáutica, estabeleceu as principais regras para a operação de aviões civis e militares.
Apesar de se tratar de uma lei prévia à Constituição Federal, assinada em 1988, entendemos
que a lei foi “recepcionada” pela Constituição, permanecendo válida.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
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Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo, que possa sustentar-se e circular no
espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
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Art. 8o Cabe à ANAC adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o
desenvolvimento e fomento da aviação civil, da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária do País, atuando
com independência, legalidade, impessoalidade e publicidade (...)
Quer conhecer detalhes dessas leis? Consulte qualquer uma delas e outras no Portal
da Legislação.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
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Além desses documentos, ainda existe uma série de outros documentos que estão
obsoletos e derivam do período de transição da criação da ANAC. São as Circulares de
Informação – CIs, Procedimentos Administrativos – PAs, Procedimentos de Trabalho – PTs e
Procedimentos Internos – PIs. Todos esses documentos ainda devem ser reavaliados e
reemitidos dentro da estrutura normativa atual da ANAC.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
XXX
A maioria das Instruções de Aviação Civil – IACs já foi substituída por normativos da
ANAC. Para aquelas que ainda estão vigentes, devemos tomar cuidado e entender se o que
está estabelecido é normativo ou se é meramente informativo.
Além disso, o nível hierárquico pode mudar dependendo da IAC. Alguns dos comandos
devem ser entendidos como requisitos, em nível igual ao dos RBACs, enquanto que outros
são considerados meios de cumprimento de algum requisito maior, semelhantes a uma IS.
Caso haja dúvida na interpretação do nível hierárquico de algum comando de IAC, essa
dúvida deve ser esclarecida com a chefia imediata, a qual, caso necessário, poderá iniciar um
processo para publicação de interpretação.
O sistema de aviação civil é idealizado para ser perfeito. Porém, devido à imperfeição
natural de todo processo humano, o arcabouço normativo é naturalmente imperfeito. Ainda
assim, essas imperfeições devem ser tratadas com igual naturalidade, buscando
compreendê-las à luz da ideia original e a finalidade para a qual foi escrito o normativo.
Portanto, qualquer lacuna ou conflito entre normativos deve ser resolvida por meio de
interpretações. Esse conceito é fundamental para a segurança jurídica das relações entre
Estado, mercado e sociedade.
Existem diversas regras e técnicas de interpretação. Uma primeira regra já foi trazida
neste curso: no caso de conflito entre normativos, prevalece aquele de maior nível hierárquico.
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Estrutura e Legislação da Aviação Civil
Módulo 1 – Unidade 1
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Não é nosso objetivo o aprofundamento nessas técnicas e regras, mas alguns conceitos mais
universais podem ser úteis para a sua atividade:
Prevalece o normativo de maior nível hierárquico;
Prevalece o normativo mais específico para o assunto;
Prevalece o normativo mais recente.
No desenvolvimento de uma interpretação, procuramos entender o propósito original
do legislador. Porém, com o tempo, as reinterpretações se fazem necessárias como forma de
ajustar o propósito original à realidade atual. Ainda assim, uma interpretação nunca deve
propositalmente perverter o sentido original, mesmo que palavras com sentido ambíguo o
permitam.
Nem sempre quando sentimos falta de detalhamento em um normativo se trata
realmente de uma lacuna. Os regulamentos não são escritos com objetivo de limitar a atuação
dos regulados. São escritos numa política de “quanto menos melhor”, permitindo ao regulado
a maior liberdade possível. Nesses casos, a verificação do cumprimento com o regulamento
pode depender do julgamento técnico dos servidores, os quais devem procurar harmonização
com os demais colegas da gerência para garantir a impessoalidade no tratamento com o
regulado.
Art. 12. Caberá à ANAC estabelecer a interpretação final sobre qualquer dúvida que possa ocorrer em
relação a requisito estabelecido em RBAC.
Resolução nº 30/2008