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Aula 3 – TRANSFERÊNCIA DE

CALOR E MASSA

Condução em Regime Permanente (Parte 2)

Profa. Tatiana de Freitas Silva


Pedro de Assis Sobreira Jr.
Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais

Para se determinar a distribuição de temperatura em


corpos sólidos, é necessário resolver a equação diferencial
de conservação de energia. Para se obter esta solução, é
necessária a aplicação de condições de contorno e iniciais
(em casos de problemas transientes).

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais
Em transferência de calor, as condições de contorno
usualmente encontradas se encaixam em um dos tipos:
O primeiro tipo de condição de contorno pode ocorrer
quando a superfície está em contato perfeito
com algum material puro que sofre mudança
de fase. Nesse caso, a temperatura
permanece constante no valor de temperatura
de mudança de fase e o fluxo de calor estará
associado à liberação ou à absorção do calor
latente de mudança de fase.
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais
A situação vista na segunda condição de contorno
está relacionada com a colocação de um aquecedor elétrico
junto à superfície. Este aquecedor, dissipando uma dada
potência, vai fornecer um fluxo de calor constante para a
superfície.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais
Um caso particular ocorre quando o fluxo de calor é
nulo. Essa situação ocorre em superfícies bem isoladas.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais
O quarto tipo de condição é
o mais comum de ser encontrada
em casos práticos. Nessa situação,
a superfície troca calor com um fluido
em contato com ela e com uma
vizinhança que a envolve completa
-mente. Se a contribuição da radiação
for desprezível, basta desconsiderar
a segunda parcela do lado direito da
equação para o caso.
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Condução em Regime Estacionário
➢ Equações Gerais da Condução – Condições de Contorno e
Iniciais
É importante mencionar que as equações relativas à
segunda e quarta condição foram estabelecidas através de
balanços de energia para a superfície.
Para problemas transientes, além das condições de contorno, é
necessário especificar a condição do sistema no instante em que
se começou a contabilizar o tempo. Essa condição é usualmente
denominada condição inicial. A condição inicial mais comum é a
de uma temperatura uniforme ao longo de todo o sistema em
estudo.
T ( y, t = 0) = Ti

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
A transferência de calor neste caso ocorre apenas na
direção x, que é a direção do gradiente de temperatura.
A equação diferencial que determina
a distribuição de temperatura pode ser
obtida através de simplificação da equação
geral, como segue:
Não há transferência em y Não há transferência em z

  T    T    T  T
 kx  +  ky  +  kz  + q = cp
x  x  y  y  z  z  t
Não há geração de energia Não há acumulação de energia

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Por fim, tem-se:

  T 
 kx =0
x  x 
Integrando a equação pelo método de variáveis separáveis:
T
kx = C1
x
Lembrando da equação de Fourier, constata-se que para uma
geometria plana, sem geração de calor e em estado estacionário,
o fluxo de calor através da parede é constante.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Assumindo que a condutividade térmica seja
constante, pode-se escrever que:
dT C1
= = C1
dx k
Integrando a equação pelo método de variáveis separáveis:

T = C1 x + C2

Pode-se observar que com as considerações realizadas


(transferência unidimensional, sem geração de calor, estado
estacionário e k constante), o perfil de temperatura é linear.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
A determinação das constantes de integração C1 e C2 é
realizada a partir das condições de contorno já estudadas. Para
este caso, observa-se a figura, e vê-se que cada uma das
superfícies já tem sua temperatura determinada, de modo que as
condições ficam:
• Condição de contorno 1: Em x=0, T=Ti;
• Condição de contorno 2: Em x=L, T=Te;
Aplicando as condições de contorno, determina-se o perfil de
temperaturas para este caso.
Ti = C1  0 + C2  C2 = Ti
Te − Ti
Te = C1  L + C2  Te = C1  L + Ti  C1 =
L

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Substituindo tem-se então o perfil de temperatura para
este caso dado como segue:
Te − Ti
T= x + Ti
L
A partir desta equação, e utilizando a Lei de Fourier, é
possível calcular o fluxo de calor através do material:
dT d  Te − Ti 
qx = − k = −k  x + Ti 
dx dx  L 

qx = −k
( Te − Ti )
=k
( Ti − Te )
L L
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
A taxa de transferência de calor é dada por:

Qx = A  qx = A k 
( Ti − Te )
L

Onde A é a área normal à direção do gradiente de


temperatura.
Reescrevendo a equação:

Qx =
( Ti − Te )
 L 
 
 A  k 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Fazendo uma analogia com a Lei de Ohm:
Diferença de
Taxa de
potencial térmico Diferença de
transferência Taxa de
potencial elétrico

( Ti − Te )
térmica transferência de
2 Lk corrente elétrica

Qx = V
 L   i =
  R
 A k  Resistência Elétrica

Resistência Térmica

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Se, ao invés de se conhecer a temperatura na posição
x=L, fosse especificada uma condição de contorno de convecção
para um fluido a uma temperatura T∞ e o coeficiente de
transferência de calor fosse he, o perfil de temperatura seria
definido em função destas grandezas. Para tal, bastaria alterar a
segunda condição de contorno do caso anterior para:
dT
• Condição de contorno 2: Em x=L:−k = he T ( x = L) − T ,e 
dx
É importante observar a ordem dos termos na parcela de fluxo de
calor por convecção. Ela foi escolhida desta forma para manter a
coerência com a orientação do eixo x.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
O perfil de temperatura vai continuar sendo expresso por
uma relação linear: T = C1 x + C2

Com a primeira condição gerando C2=Ti, e a segunda:


−he (Ti − T ,e )
C1 =
he L + k

De onde substituindo no perfil de temperatura:

he (Ti − T ,e )
T = Ti − x
he L + k
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Esse perfil pode ser colocado adimensionalmente como:
x
Ti − T he  x L
= =
Ti − T ,e he  L + k 1 + k
he  L
Número

1 he  L adimensional
= = Bi Número de Biot
k k (Grande relevância em Transferência de
he  L Calor)

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Reescrevendo o perfil de temperatura em função de Bi:
x
Ti − T L
==
Ti − T,e 1+
1
Bi
A temperatura na posição x=L:
Se Bi→ 0, T(x=L) → Ti
Ti − T 1 Se Bi→∞, T(x=L)→ T∞
x=L
==
Ti − T ,e 1+
1 Obs.: O aumento de Bi torna os
gradientes mais pronunciados no
Bi interior do material.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
O fluxo de calor através do material pode ser expresso
pela seguinte equação:
dT d  he (Ti − T ,e )  khe (Ti − T ,e )
qx = − k = −k  Ti − x =
dx dx  he L + k 
 he L + k

E a taxa de transferência de calor por:

khe (Ti − T ,e )
Qx = Aqx = A
he L + k

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Dividindo ambos, numerador e denominador por: A.he.k

Qx = Aqx =
(T − T )
i  ,e

 L 1 
 + 
 k . A he . A 
Novamente, pode-se interpretar esta
equação em analogia à Lei de Ohm.
Nesse caso, surge a resistência à
transferência de calor por convecção
(1/he.A). Como a analogia é com um
circuito elétrico em série, a resistência total
é a soma das resistências individuais.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Por analogia com a expressão anterior, pode-se deduzir
que, se em x=0 a condição de contorno fosse de transferência por
convecção para um fluido a uma temperatura T∞,i e o coeficiente
de transferência de calor fosse hi, a taxa de transferência de calor
seria dada por:

Qx =
(T ,i − T ,e )
 1 L 1 
 + + 
 hi . A k . A he . A 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Essa equação também poderia ser obtida considerando
que a taxa de transferência é constante ao longo da placa:

Qx = Ahi (T,i − Ti )  (T,i − Ti ) =


Qx
Ahi
Ak Qx
Qx = (Ti − Te )  (Ti − Te ) = Ak
L
L

Qx = Ahe (Te − T ,e )  (Te − T ,e ) =


Qx
Ahe

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Somando as equações:

 1 1 
(T,i − T,e ) = Qx  h .A + k.A + h .A 
L
 i e 
Finalmente:

Qx =
(T ,i − T ,e )
 1 L 1 
 + + 
 hi . A k . A he . A 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Parede Plana
Pode-se então, deduzir uma equação geral para uma
parede composta por diversos materiais em série, envolvida por
um fluido em ambas as superfícies externas (convecção):

Qx =
(T  ,i − T ,e )
 1 L1 L2 L3 1 
 + + + + ... + 
 hi . A k1. A k2 . A k3 . A he . A 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Exemplo:

Uma superfície cuja temperatura é


mantida a 400°C está separada de uma
corrente de ar por uma camada de
isolante térmico com espessura de 30mm
e condutividade térmica de 0,2 W/m.K. Se
a temperatura do ar é de 25°C e o
coeficiente convectivo entre o ar e a
superfície externa é 400 W/m².K, qual a
temperatura da superfície externa do
isolamento? Qual o fluxo de calor através
da camada de isolante?

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
Um balanço de energia para superfície em x=L:

dT T ( x = 0) − T ( x = L)
−k =k = h T ( x = L) − T 
dx L
saída
entrada

Rearranjando:
kT ( x = 0)
+ hT
T ( x = L) = L
k
h+
L
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura
Substituindo os dados:
W (400 + 273) K W
0, 2 + 400  ( 25 + 273) K
m.K 0, 03m m².K
T ( x = L) ==
W
0, 2
W m.K
400 +
m².K 0, 03m

T ( x = L) = 304,15K = 31,15C

O fluxo de calor é dado substituindo na seguinte relação:


W W
qx = h T ( x = L) − T  = 400 ( 304,15 − 298K )  = 2460
m².K m²

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Considerando estado
estacionário, sem geração de
calor e gradiente de
temperatura apenas na direção
radial, pode-se simplificar a
equação geral de conservação
de energia em coordenadas
cilíndricas:
Não há acumulação de energ

1   T  1   T    T  T
 kr + 2 k + k  + q = cp
r r  r  r     z  z  t
Não há transferência Não há transferência em zNão há geração de energi
em θ
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Simplificando:
1   T 
 kr =0
r r  r 
O fluxo de calor radial é dado pela Lei de Fourier:
dT
qr = −k
dr
Por sua vez a taxa de transferência de calor é dada por:
dT dT
Qr = Aqr = −kA = −k ( 2 rL )
dr dr

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
1   T 
Voltando a equação:  kr =0
r r  r 
dT
Integrando: kr = C1
dr
Multiplicando ambos os lados por (-2πL):
dT
−2 Lkr = −2 LC1
dr
Qr

Como (-2πL) é uma constante, pode-se afirmar que a taxa de


transferência de calor na direção radial, também, será constante.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Integrando a equação a seguir:
dT
kr = C1
dr
C1
 dT =  kr dr
T = C1 ln r + C2 Assume-se que C1/k=C1

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Assumindo que as temperaturas nos raios interno e
externo sejam conhecidas, tem-se as seguintes condições de
contorno:
• Condição de contorno 1: Em r=Ri, T=Ti;
• Condição de contorno 2: Em r=Re, T=Te;
Aplicando as condições de contorno, determina-se o perfil de
temperaturas para este caso.

Ti = C1 ln Ri + C2
Te = C1 ln Re + C2

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Resolvendo o sistema de equações, tem-se:

Ti − Te Ti − Te
C1 = C2 = Ti −  ln Ri
Ri Ri
ln ln
Re Re
O perfil de temperaturas é, então, expresso através da
seguinte equação:
Ti − Te  r 
T = Ti +  ln  
 Ri   Ri 
ln  
 Re 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
A partir desta equação, e utilizando a Lei de Fourier, é
possível calcular o fluxo de calor através do material:

dT d C1
qr = −k = −k ( C1 ln r + C2 ) = −k
dr dr r
Substituindo o valor de C1 :

Ti − Te 1
qr = k
 Re  r
ln  
 Ri 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
E a taxa de transferência de calor fica:

Ti − Te 1 2 Lk (Ti − Te )
Qr = Aqr = (2 rL)k =
 Re  r  Re 
ln   ln  
 Ri   Ri 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
➢ Geometria Cilíndrica
Reescrevendo e usando uma analogia com a Lei de Ohm:

Diferença de
Taxa de potencial térmico
transferência

( Ti − Te )
térmica

Qr =
 Re 
ln  
 Ri 
2 Lk
Resistência Térmica

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Cilíndrica
Considerando um sistemas com múltiplas camadas, com
convecção externa e interna, faz-se o mesmo procedimento
realizado para parede plana, soma se as resistências das
camadas, e procede como na fórmula geral:

Qr =
(T
 ,i − T ,e )
R  R  R 
ln  1  ln  2  ln  e 
1
+  Ri 
+  R1 
+  R2 
+
1
2 Ri Lhi 2 Lk1 2 Lk2 2 Lk3 2 Re Lhe

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Exemplo:
Seja um fio de cobre (k=400W/m.K) condutor de
eletricidade revestido por um isolante plástico de condutividade
igual a 0,16W/m.K. A resistência elétrica do cabo de cobre é de
0,5Ω/m. Determinar a máxima corrente que pode passar pelo fio
de cobre, sem risco de fundir o isolante plástico. Temperatura de
fusão do plástico é 200°C, Rc=1,25mm Rr=1,75mm.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
➢ Solução:

Um balanço de energia para o condutor de cobre pode ser


colocado na seguinte forma:

[Taxa de transferência de calor (entrada por condução –


saída por convecção)] + [Taxa de geração de energia] =0

A taxa de geração de calor no fio é dada pelo efeito Joule e


calculada como segue:

Qg = Rele LI 2

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
➢ Solução:
A taxa de transferência de calor:

Qr =
(T (r = Rc ) − T )
 Rr 
ln  
 Rc  + 1
2 Lkr 2 Rr Lh
Substituindo os valores:
L ( 200 − 25) K
Qr = = 11,30 LW
 1, 75mm 
ln  
 1, 25mm  + 1
2 (0,16W ) 2 (0, 00175m)(6W )
m.K m².K

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
➢ Solução:
Fazendo: Qg = Qr
(0,5) LI 2 = 11,30 L

11,30
I= = 4,75 A
0,5

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Assumindo estado estacionário,
sem geração de calor e gradiente de
temperatura, apenas na direção radial,
pode-se simplificar a equação geral de
conservação de energia em
coordenadas esféricas:

Não há acumulação de energ

1   2 T  1   T  1   T  T
 kr  +  k .sen  +  k  + q =  c
r 2 r  r  r 2 sen     r 2 sen 2     t
p

Não há transferência Não há transferência em ϕNão há geração de energi


em θ
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Simplificando:
1   2 T 
 kr =0
r r 
2
r 
O fluxo de calor radial, na geometria esférica é dado pela Lei de
Fourier:
dT
qr = −k
dr
Por sua vez a taxa de transferência de calor é dada por:

= −k ( 4 r )
dT 2 dT
Qr = Aqr = −kA
dr dr

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
1   2 T 
Voltando a equação:  kr =0
r r 
2
r 
dT
Integrando: kr2
= C1
dr
Multiplicando ambos os lados por (-4π):
dT
−4k r 2
= −4 C1
dr
Qr
Como (-4π) é uma constante, pode-se afirmar que a taxa
de transferência de calor na direção radial, também, será
constante.
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Integrando a equação a seguir:
dT
2
kr = C1
dr
C1
 dT =  kr 2 dr
C1 1 C1
T= + C2 = + C2
Assume-se que C1/k=C1

k r r

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Assumindo que as temperaturas nos raios interno e
externo sejam conhecidas, tem-se as seguintes condições de
contorno:
• Condição de contorno 1: Em r=Ri, T=Ti;
• Condição de contorno 2: Em r=Re, T=Te;
Aplicando as condições de contorno, determina-se o perfil de
temperaturas para este caso.

C1 C1
Ti = + C2 Te = + C2
Ri Re

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Resolvendo o sistema de equações, tem-se:

Ti − Te Ti − Te 1
C1 = C2 = Ti − 
1 1 1 1 Ri
− −
Ri Re Ri Re
O perfil de temperaturas é, então, expresso através da
seguinte equação:
Te − Ti  1 1 
T = Ti +  − 
1 1  Ri r 

Ri Re

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
A taxa de transferência de calor fica:

4k (Te − Ti )
Qr =
1 1

Ri Re

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Reescrevendo e usando uma analogia com a Lei de Ohm:
Taxa de Diferença de
transferência potencial térmico

(Te − Ti )
térmica

Qr =
1 1 
 − 
 Ri Re 
4 k
Resistência Térmica
de condução
Pedro de Assis Sobreira Jr.
Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Uma outra situação relevante de
transferência de calor em coordenadas
esféricas é aquela onde se tem uma
esfera, cuja temperatura superficial é
mantida constante, em contato com um
fluido estagnado. A temperatura do fluido
em um ponto bem afastado da esfera é
igual a T∞. A região de interesse nesse
caso é a camada de fluido que envolve
completamente a esfera, definida através
da seguinte relação: R≤r<∞

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Como o fluido está estagnado (sem movimento
macroscópico), a transferência de calor se dará apenas por
condução. Considerando novamente estado estacionário,
sem geração de calor e a transferência de calor ocorrendo
apenas na direção radial, tem-se a seguinte equação
diferencial que governa a distribuição de temperatura:

1   2 T 
 kr =0
r r 
2
r 

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Considerando k constante, a equação pode ser
integrada resultando:
dT
kr2
= C1
dr
C1
 dT =  kr 2 dr
C1
T = + C2
r

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
As condições de contorno:
• Condição de contorno 1: Em r=R, T=Ts;
• Condição de contorno 2: Em r→∞ T=T∞;
Aplicando as condições de contorno, determina-se o perfil
de temperaturas para este caso.
C1
Ts = + C2 T = C2
R
A constante C1 é dada:

C1 = R (Ts − T )

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
De modo que o perfil de temperatura fica:

R
T = T + (Ts − T )
r

O fluxo de calor na superfície da esfera é:

k
qr r =R
= (Ts − T )
R

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
O fluxo de calor entre a esfera e o fluido estacionário
em contato pode ser dado por:

q = h (Ts − T )

Igualando ambos os fluxos anteriores, tem-se uma


equação capaz de avaliar o coeficiente convectivo:

k
h=
R

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura

➢ Geometria Esférica
Esse valor de h representa o seu limite inferior, pois foi
assumido que o fluido se encontra estagnado. Qualquer
movimento do fluido, devido a variações de sua densidade
com a temperatura, por exemplo, levaria a uma elevação no
valor de h.
Reescrevendo o raio como diâmetro/2:

hD
=2
Nusselt é um número adimensional
usado para expressar correlações
k experimentais para avaliação do
coeficiente convectivo.
Nusselt ( Nu )
Observe que aqui, a condutividade é do
fluido.

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
Atividade: A parede que separa a área de máquinas do escritório de
uma pequena empresa possui uma parede composta com camadas de
madeira, isolamento à base de fibra de vidro e placa de gesso, como
indicado no esboço. Em um dia frio de inverno, os coeficientes de
transferência de calor por convecção são he=60 W/m².K e hi=30
W/m².K. A área total da superfície da parede é de 350 m²
a) Determine uma expressão simbólica para a resistência térmica total
da parede, incluindo os efeitos da convecção nas superfícies interna e
externa, para as condições especificadas.
b) Determine a perda total de calor através da parede.
c) Se o vento soprar violentamente, aumentando he para 300 W/m².K,
determine o aumento percentual na perda de calor.
d)Qual é a resistência dominante que determina a quantidade de calor
que atravessa a parede?

Pedro de Assis Sobreira Jr.


Perfis Unidimensionais de Temperatura
Atividade:

Pedro de Assis Sobreira Jr.

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