Sie sind auf Seite 1von 22

Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Licenciatura em Engenharia Química

Laboratório de Engenharia Química I

DESCARGA LIVRE DE UM TANQUE

Realizado por:

Juliana Cancela nº21170392

1
Descarga Livre de um Tanque

SUMÁRIO

Este trabalho teve como objetivo determinar a variação do tempo de escoamento de


um fluido, em descarga livre, através de tubos com diferentes diâmetros e comprimentos.
Pretende-se ainda, comparar os tempos de escoamento obtidos experimentalmente com
valores teóricos, determinados pela equação de Bernoulli.

Com a realização deste trabalho verificou-se que o tempo de descarga aumenta com a
diminuição do diâmetro e do comprimento do tubo de escoamento. O maior tempo de
escoamento registado foi 3,15 min o para o tubo de menor diâmetro (0,5 cm) e
comprimento (9,3 cm).

2
Descarga Livre de um Tanque

ÍNDICE
1. RESULTADOS EXPERIMENTAIS ............................................................................... 5

2. TRATAMENTO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................... 8

2.1 Determinação do Reynolds inicial e final e coeficientes de atrito .................. 9

2.2 Determinação do Tempo Teórico de Descarga ............................................. 13

2.3 Determinação da Perda de Carga e do Comprimento de Entrada ................. 15

2.4 Representação Gráficas ................................................................................. 16

3. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 18

NOMENCLATURA....................................................................................................... 19

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 1

ANEXOS ...................................................................................................................... 2

A. PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA ............................................................................................. 2

B. COEFICIENTES DE PERDA DE CARGA .......................................................................................... 3

INDICE DE FIGURAS
Figura 1. Curva de Calibração do Tanque ................................................................ 8
Figura 2. Gráfico dos tempos de escoamento teóricos e experimentais em função
do diâmetro do tubo............................................................................................................. 16
Figura 3. Gráfico dos tempos de escoamento teóricos e experimentais em função
do comprimento do tubo. .................................................................................................... 17
Figura 4. Coeficiente de perda de carga para saídas de tanques .............................. 3

3
Descarga Livre de um Tanque

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Variação da temperatura ambiente ao longo da experiência .................... 5


Tabela 2. Média das três medições de diâmetro e comprimento para os seis tubos . 5
Tabela 3. Média das três medições de diâmetro e comprimento para o tanque ....... 5
Tabela 4. Volume de água adicionada ao tanque, medido com uma proveta, e
respetiva altura, lida na escala do tanque. ............................................................................. 6
Tabela 5. Alturas mínimas de água, no tanque, para as quais se observou
instabilidade. ......................................................................................................................... 6
Tabela 6. Tempo de escoamento inicial, final e tempo de descarga medidos com
recurso a um cronómetro. ...................................................................................................... 7
Tabela 7. Tempos iniciais, finais e de descarga médios dos três ensaios ................. 8
Tabela 8. Dados iniciais de Escoamento no Tanque: Tempo inicial médio de
escoamento, Volume de água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal
volumétrico e respetivas velocidades iniciais. ...................................................................... 9
Tabela 9. Dados finais de Escoamento no Tanque: Tempo final médio de
escoamento, Volume de água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal
volumétrico e respetivas velocidades finais. ......................................................................... 9
Tabela 10. Dados iniciais de Escoamento no Tubo: Tempo inicial médio de
escoamento, Volume de água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal
volumétrico e respetivas velocidades iniciais. .................................................................... 10
Tabela 11. Dados finais de Escoamento no Tubo: Tempo final médio de
escoamento, Volume de água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal
volumétrico e respetivas velocidades finais. ....................................................................... 10
Tabela 12. Reynolds iniciais e finais para os seis tubos ......................................... 11
Tabela 13.Rugosidades relativas e respetivos coeficientes de atrito para cada tubo.
…………………………………………………………………………………………...12
Tabela 14. Valores necessários para a obtenção da constante C, e respetiva
constante. ............................................................................................................................. 13
Tabela 15. Constante C, alturas dos pontos 1 e 2 e tempos de escoamento teóricos
e experimentais. ................................................................................................................... 14
Tabela 16. Comprimentos de entrada para os vários tubos .................................... 15

4
Descarga Livre de um Tanque

1. RESULTADOS EXPERIMENTAIS

A temperatura ambiente foi lida no início e no final da experiência, os valores


obtidos encontram-se expressos na tabela 1.

Tabela 1. Variação da temperatura ambiente ao longo da experiência

Temperatura Ambiente no Temperatura Ambiente no Média das Temperaturas


Inicio (ºC) Final (ºC) (ºC)
17,0 18,0 17,5

Recorrendo a fita métrica e craveira procedeu-se à medição em triplicado dos


diâmetros e comprimentos dos tubos e do tanque. As tabelas 2 e 3 apresentam a média
dessas medições.

Tabela 2. Média das três medições de diâmetro e comprimento para os seis tubos

Tubo 1 2 3 4 5 6
Diâmetro (cm) 0,5 0,5 0,5 0,5 0,7 1
Comprimento (cm) 9,3 21,6 46,8 96,8 96,6 96,8

Os tubos 1, 2 , 3 e 4 possuem o mesmo diâmetro e diferentes comprimentos, já nos


tubos 4, 5 e 6 varia o diâmetro e o comprimento permanece constante.

Tabela 3. Média das três medições de diâmetro e comprimento para o tanque

Tanque
Diâmetro (cm) 19,2
Comprimento (cm) 53

De seguida procedeu-se à calibração da escala do tanque. Com recurso a uma


proveta graduada adicionaram-se volumes rigorosos de água ao tanque e leram-se, através
da sua escala, as respetivas alturas. Os valores encontrados seguem na tabela 4.

5
Descarga Livre de um Tanque

Tabela 4. Volume de água adicionada ao tanque, medido com uma proveta, e respetiva altura, lida
na escala do tanque.

Vágua adicionada (L) Vágua no tanque(m3) hágua no tanque(m)


0,0 0,0000 0,000
0,5 0,0005 0,018
1,0 0,0015 0,050
0,5 0,0020 0,065
0,5 0,0025 0,083
0,5 0,0030 0,100
0,5 0,0035 0,117
1,0 0,0045 0,150
1,0 0,0055 0,185
1,0 0,0065 0,218
1,0 0,0075 0,252
1,0 0,0085 0,286
1,0 0,0095 0,320
1,0 0,0105 0,354
1,0 0,0115 0,388

Recorreram-se a três ensaios preliminares para encontrar os limites, superior e


inferior, que garantem a estabilidade do fluxo de descarga no tanque.
Para tal, encheu-se o reservatório com água colocando uma bola de ping-pong no
seu interior. Esta bola, devido a sua baixa massa volúmica, mantem-se à tona da água
facilitando a identificação de uma perturbação no escoamento pela alteração da sua
trajetória, e diminuindo o efeito de vórtice.
Nos três ensaios não se verificou a existência de um limite superior de instabilidade,
sendo o escoamento estável para alturas elevadas de água no tanque. Observou-se ainda
que perto dos 2cm de altura a bola sofria um ressalto, indicando instabilidade na descarga.
Os limites mínimos de estabilidade observados para os três ensaios seguem na tabela 5.

Tabela 5. Alturas mínimas de água, no tanque, para as quais se observou instabilidade.

Ensaio hágua no tanque(cm)

1 1,2
2 2,2
3 2,2

6
Descarga Livre de um Tanque

Em sequência dos valores observados, como medida de segurança determinou-se


que os tempos de escoamento seriam medidos até aos três centímetros de altura no tanque.
Por uma questão económica e ecológica reduziu-se a altura máxima da água no
reservatório para os 20 cm.

Utilizando um cronómetro procedeu-se à determinação do tempo de descarga do


tanque entre os limites de altura máximos e mínimos definidos, para os seis tubos. O
tempo inicial (ti), foi considerado entre os 20 e os 17 cm e o tempo final (tf), entre os 6 e
os 3 cm. Os valores obtidos seguem na tabela 6.

Tabela 6. Tempo de escoamento inicial, final e tempo de descarga medidos com recurso a um
cronómetro.

Ensaio Tubo ti (s) tf (s) tdescarga (s)

1 28 41 189
2 26 35 172
3 25 32 168
1
4 23 27 151
5 9 10 58
6 3 6 25
1 28 40 188
2 27 34 176
3 25 31 165
2
4 24 27 151
5 8 11 59
6 4 5 24
1 28 41 191
2 27 34 175
3 26 32 167
3
4 24 27 150
5 9 11 58
6 3 5 24

7
Descarga Livre de um Tanque

2. TRATAMENTO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através dos valores obtidos na calibração do tanque (tabela 4) construiu-se a curva


de calibração do tanque, volume em função da altura de água, gráfico 1. A equação que
descreve os resultados obtidos é:
y = 0,0297x (1)

onde y representa o volume de água no tanque e x a altura de água lida na escala,


2
para R = 0,999.

Figura 1. Curva de Calibração do Tanque

Utilizando os tempos iniciais, finais e de escoamento obtidos para os três ensaios


(tabela 6) calculou-se a média aritmética destes tempos para os seis tubos. Os valores
obtidos vêm descritos na tabela 7, e foram calculados a partir da equação 2.

(2)

Tabela 7. Tempos iniciais, finais e de descarga médios dos três ensaios

Tubo ti (s) médio tf (s) médio tdescarga (s) médio


1 28,0 40,7 189,3
2 26,7 34,3 174,3
3 25,3 31,7 166,7
4 23,7 27,0 150,7
5 8,7 10,7 58,3
6 3,3 5,3 24,3
8
Descarga Livre de um Tanque

2.1 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE REYNOLDS INICIAL E FINAL E RESPETIVOS

COEFICIENTES DE ATRITO

Para determinar os números de Reynolds iniciais e finais procedeu-se ao cálculo


das velocidades de escoamento, sendo que para o cálculo do Reynolds inicial utilizaram-se
as velocidades inicias e para o final as velocidades finais.

Conhecidos os tempos médios de descarga, finais e iniciais (Tabela 8) para


variações de altura do tanque de 3 cm e recorrendo ao gráfico de calibração do tanque
(Gráfico 1) obteve-se o volume de água escoado para cada intervalo de tempo.
Dividindo o volume escoado pelo respetivo tempo determinou-se o caudal
volumétrico do escoamento.
Determinado o caudal e conhecida a área aberta ao escoamento (0,02894 m2)
facilmente se obtém a velocidade de escoamento no tanque através da equação 3. Os
valores obtidos seguem nas tabelas 8 e 9.

(3)

Tabela 8. Dados iniciais de Escoamento no Tanque: Tempo inicial médio de escoamento, Volume de
água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal volumétrico e respetivas velocidades iniciais.

Tubo x (m) ti (s) médio V (m3) Q (m3/s) vi (m/s)


1 0,03 28,0 8,92E-04 3,19E-05 1,10E-03
2 0,03 26,7 8,92E-04 3,34E-05 1,16E-03
3 0,03 25,3 8,92E-04 3,52E-05 1,22E-03
4 0,03 23,7 8,92E-04 3,77E-05 1,30E-03
5 0,03 8,7 8,92E-04 1,03E-04 3,56E-03
6 0,03 3,3 8,92E-04 2,68E-04 9,25E-03

Tabela 9. Dados finais de Escoamento no Tanque: Tempo final médio de escoamento, Volume de
água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal volumétrico e respetivas velocidades finais.

Tubo x (m) tf (s) médio V (m3) Q (m3/s) vf (m/s)


1 0,03 40,7 8,92E-04 2,19E-05 7,58E-04
2 0,03 34,3 8,92E-04 2,60E-05 8,98E-04
3 0,03 31,7 8,92E-04 2,82E-05 9,73E-04
4 0,03 27,0 8,92E-04 3,30E-05 1,14E-03
5 0,03 10,7 8,92E-04 8,36E-05 2,89E-03
6 0,03 5,3 8,92E-04 1,67E-04 5,78E-03
9
Descarga Livre de um Tanque

Sabendo-se a velocidade de escoamento no tanque, pela equação da continuidade,


facilmente se determina a velocidade de escoamento para o tubo:

(4)

(5)

( ) ( ) (6)

(7)

Onde o indicie T e a letra D, em maiúsculo, simbolizam o tanque e o indicie t e a


letra d, em minúsculo, simbolizam o tubo.

Nas tabelas 10 e 11 apresentam-se, respetivamente, as velocidades e inicias e finais


de escoamento para cada tubo.

Tabela 10. Dados iniciais de Escoamento no Tubo: Tempo inicial médio de escoamento, Volume de
água no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal volumétrico e respetivas velocidades iniciais.

Tubo vtanque (m/s) DTanque (m) dtubo (m) vTubo (m/s)


1 1,10E-03 0,192 0,005 1,62
2 1,16E-03 0,192 0,005 1,70
3 1,22E-03 0,192 0,005 1,79
4 1,30E-03 0,192 0,005 1,92
5 3,56E-03 0,192 0,007 2,68
6 9,25E-03 0,192 0,010 3,41

Tabela 11. Dados finais de Escoamento no Tubo: Tempo final médio de escoamento, Volume de água
no tanque obtido pelo gráfico de calibração, Caudal volumétrico e respetivas velocidades finais.

Tubo vtanque (m/s) DTanque (m) dtubo (m) vTubo (m/s)


1 7,58E-04 0,192 0,005 1,12
2 8,98E-04 0,192 0,005 1,32
3 9,73E-04 0,192 0,005 1,44
4 1,14E-03 0,192 0,005 1,68
5 2,89E-03 0,192 0,007 2,17
6 5,78E-03 0,192 0,010 2,13

10
Descarga Livre de um Tanque

O número de Reynolds (Re) foi determinado a partir da equação 3, onde se utilizou


a massa volúmica de 998,5 kg/m3 e a viscosidade de 1,08E-03 Kg/ms. Estes valores foram
obtidos por interpolação na tabela em anexo, para a temperatura ambiente de 17,5 ºC
(Anexo A).
O diâmetro do tubo (D) varia consoante o tubo utilizado. Na tabela 12 apresentam-
se os números de Reynolds obtidos.

(8)

Tabela 12. Reynolds iniciais e finais para os seis tubos

Tubo dtubo (m) vi (m/s) vf (m/s) Rei Ref


1 0,005 1,62 1,12 7510,09 5170,88
2 0,005 1,70 1,32 7885,59 6124,73
3 0,005 1,79 1,44 8300,62 6640,50
4 0,005 1,92 1,68 8885,18 7788,24
5 0,007 2,68 2,17 17330,98 14081,42
6 0,01 3,41 2,13 31542,37 19713,98

.Para os seis tubos em estudos os números de Reynolds obtidos são bastante


superiores a 4000, o que indica que para qualquer das situações estamos perante
escoamento turbulento.

No regime de escoamento turbulento o coeficiente de atrito é determinado através


da relação entre a rugosidade relativa (𝜀/D) e o número de Reynolds. Esta relação pode ser
obtida recorrendo ao Diagrama de Moody ou aplicando uma expressão matemática que se
aproxima deste diagrama.
Neste caso recorreu-se à equação 9, válida para escoamento turbulento, que
reproduz coeficientes de atrito com um erro associado de 0,123 % relativamente ao
Diagrama de Moody. Esta equação foi obtida por três matemáticos, em 1999, ficando com
o nome de cada um deles, Equação de Sousa-Cunha-Marques:

[ ( )] (9)

11
Descarga Livre de um Tanque

Os seis tubos em estudos são feitos de cobre, possuindo uma rugosidade


característica de 0,0015mm (valor tabelado).

Na tabela 13 apresentam-se os coeficientes de atrito inicial e final para cada tubo.

Tabela 13.Rugosidades relativas e respetivos coeficientes de atrito para cada tubo.

Tubo D (m) 𝜀/D Rei Ref fi ft


1 0,005 0,00030 7310,08 5033,17 0,0340 0,0376
2 0,005 0,00030 7675,59 5961,62 0,0336 0,0359
3 0,005 0,00030 8079,57 6463,65 0,0331 0,0351
4 0,005 0,00030 8648,55 7580,83 0,0325 0,0337
5 0,007 0,00021 16869,42 13706,41 0,0274 0,0289
6 0,010 0,00015 30702,35 19188,97 0,0238 0,0265

12
Descarga Livre de um Tanque

2.2 DETERMINAÇÃO DO TEMPO TEÓRICO DE DESCARGA

O tempo teórico de descarga pode obter-se pela aplicação da Equação de Bernoulli


entre dois pontos. Um situado na superfície da água do tanque a 20cm de altura (ponto 1) e
outro a 3 cm de altura em relação a escala do reservatório (ponto 2).
Transformando a Equação de Bernoulli entre estes dois pontos, após integrada, e
colocando-a em função do tempo obtém-se a equação 10.


√ , onde √ (10)

Sendo

(11)

Na tabela 14 apresentam-se os valores necessários para a obtenção da constante C.


Sendo que a área do tanque (AT) é 0,028938 m2, e o valor de aceleração da gravidade
usado é 9,81 m/s2.

Tabela 14. Valores necessários para a obtenção da constante C, e respetiva constante.

Tubo d (m) Ltubo (m) At (m2) fm C


1 0,005 0,093 1,96E-05 0,0353 -428,534
2 0,005 0,216 1,96E-05 0,0344 -524,872
3 0,005 0,468 1,96E-05 0,0338 -679,392
4 0,005 0,968 1,96E-05 0,0329 -903,201
5 0,007 0,966 3,85E-05 0,0279 -374,172
6 0,01 0,968 7,85E-05 0,0248 -153,419

Calculada a constante C, determinaram-se os diferentes valores de H1 e H2 para os


seis tubos.
(12)
(13)

13
Descarga Livre de um Tanque

Na tabela 15 seguem as alturas manométricas lidas nos pontos 1 e 2 e as


velocidades teóricas e experimentais.

Tabela 15. Constante C, alturas dos pontos 1 e 2 e tempos de escoamento teóricos e experimentais.

Tubo C H1 (m) H2 (m) tteórico (s) txperimental (s)


1 -428,534 0,293 0,123 163,3 189,3
2 -524,872 0,416 0,246 156,4 174,3
3 -679,392 0,668 0,498 151,7 166,7
4 -903,201 1,168 0,998 147,7 150,7
5 -374,172 1,166 0,996 61,2 58,3
6 -153,419 1,168 0,998 25,1 24,3

Pode observar-se que os tempos de escoamentos teóricos e experimentais estão


próximos. A sua diferença pode dever-se ao fator de sujidade dos tubos, que não foi
contabilizado no cálculo dos valores teóricos, assim como a pequenas deformações no
tubo, decorrentes da utilização, e que interferem com o escoamento.

14
Descarga Livre de um Tanque

2.3 DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA E DO COMPRIMENTO DE ENTRADA

Para o escoamento turbulento o comprimento de entrada (Lh) pode ser determinado


pela seguinte equação:

(14)

Na tabela 16 apresentam-se os comprimentos de entrada de cada tubo.

Tabela 16. Comprimentos de entrada para os vários tubos

Tubo dtubo (m) Re Lh (m)


1 0,005 6340,49 0,0946
2 0,005 7005,16 0,0962
3 0,005 7470,56 0,0973
4 0,005 8336,71 0,0991
5 0,007 15706,20 0,1541
6 0,010 25628,18 0,2389

Para determinar a perda de carga causada pela obstrução brusca ao escoamento na


entrada do tubo procedeu-se ao cálculo da velocidade média de escoamento (equação 15).

(15)

O valor do coeficiente de perda de carga no acessório utilizado foi kL=0,5, obtido a


partir da tabela em anexo, Anexo B.

Tabela 17. Diâmetros dos tubos, velocidade média, coeficientes de perda de carga e perda de carga
para os quatro tubos de menor diâmetro.

Tubo Dtubo (m) vm (m/s) KL hf (m)


1 0,005 1,37 0,5 0,0479
2 0,005 1,51 0,5 0,0584
3 0,005 1,61 0,5 0,0664
4 0,005 1,80 0,5 0,0827

15
Descarga Livre de um Tanque

2.4 REPRESENTAÇÃO GRÁFICAS

Com os valores de tempo de escoamento teóricos e experimentais obtidos na tabela


15, construíram-se duas representações gráficas, Figuras 2 e 3.

Com estes gráficos pretende-se facilitar a perceção da relação do tempo de


descarga com comprimento e diâmetro dos tubos.

200,0
180,0 Tempo Teórico

160,0 Tempo Experimental


Tempo de Escoamento (s)

140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
0,004 0,005 0,006 0,007 0,008 0,009 0,01 0,011
Diâmetro do tubo (m)

Figura 2. Gráfico dos tempos de escoamento teóricos e experimentais em função do diâmetro do


tubo.

Analisando a figura 2 observa-se que o tempo de escoamento diminui á medida que


o diâmetro do tubo aumenta. Aumentando o diâmetro do tubo, aumenta também a área
aberta ao escoamento, permitindo assim escoar mais fluido no mesmo intervalo de tempo.

16
Descarga Livre de um Tanque

200,0
Tempo Teórico
180,0
Tempo Experimental
160,0
Tempo de Escoamento (s)

140,0

120,0

100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Comprimento do Tubo (m)

Figura 3. Gráfico dos tempos de escoamento teóricos e experimentais em função do comprimento


do tubo.

Da figura 3 pode-se concluir que o tempo de escoamento diminui á medida que o


comprimento do tubo aumenta. Tal deve-se ao facto de nos tubos mais pequenos o
comprimento de entrada ser uma parte mais significativa do comprimento total. No caso
do tubo 1 o comprimento de entra obtido chega a ser superior ao próprio comprimento do
tubo.
Quando o fluido se encontra nesta zona de comprimento de entrada, o seu
escoamento não esta suficientemente desenvolvido para ter um comportamento estável,
afetando o tempo de descarga do fluido.

17
Descarga Livre de um Tanque

3. CONCLUSÕES

Com a realização deste trabalho experimental verificou-se que existe uma relação
entre o tempo de descarga de um fluido, através de um tubo, e o comprimento e diâmetro
desse tubo. Sendo que para tubos de menor diâmetro o escamento é mais lento, assim com
para tubos de menor comprimento.

Relativamente ao tubo de menor diâmetro obteve-se um comprimento de entrada


de 0,0946m e uma perda de carga de 0,0479 m, sendo que o comprimento de entrada
aumenta com o aumento do comprimento do tubo.

18
Descarga Livre de um Tanque

NOMENCLATURA

Símbolo Descrição
g Aceleração da gravidade
H1 Altura até ao limite superior do tanque
H2 Altura até ao limite inferior do tanque
AT Área do tanque
At Área do tubo
d Diâmetro do tubo
D Diâmetro do tanque
Q Caudal de água
Qm Caudal médio da água
f Coeficiente de atrito
fm Coeficiente de atrito médio
f m,i Coeficiente de atrito inicial
f m, f Coeficiente de atrito final
Lh Comprimento de entrada
Lt Comprimento do tubo

C Constante
ρ Massa volúmica
Rei Número de Reynolds inicial
Re f Número de Reynolds final
Número de Reynolds médio
Re
Perda de carga na entrada do tubo
𝜀 Rugosidade absoluta do cobre
𝜀
d Rugosidade relativa
t Tempo de descarga

19
BIBLIOGRAFIA

 Rosa, Cidália, Protocolo da descarga livre de um tanque, LEQ1/DEQB,


Coimbra, 2012;

 Pinheiro,M.N.C., Diapositivos da unidade curricular de Fenómenos de


Transporte I, ISEC/DEQB, Coimbra, 2008/2009;

 Massey B. S., Mecânica dos Fluidos, Fundação Calouste Gulbenkian,2002

Data de Realização: 9-Mar.-12 * Data de Entrega: 23-Mar.-12


Descarga Livre de um Tanque

ANEXOS

A. PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA

A tabela seguinte indica os valores de massa volúmica, viscosidade absoluta,


tensão superficial e pressão de vapor da água para várias temperaturas, em unidades do
Sistema Internacional.
Esta tabela foi obtida a partir dos apontamentos teóricos da disciplina de
Fenómenos de Transporte 1, leciona pela Professora Nazaré Pinheiro.

Tabela 18. Propriedades Físicas da Água, em unidades SI

2
Descarga Livre de um Tanque

B. COEFICIENTES DE PERDA DE CARGA

Na figura seguinte seguem os confidentes de perda de carga característicos dos


quatro tipos de obstrução ilustrados. No caso o KL utilizado foi o correspondente a
situação b.

Figura 4. Coeficiente de perda de carga para saídas de tanques

Das könnte Ihnen auch gefallen