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PERGUNIE
E
RESPONDEREMOS
ON-LlNE
Alllude ,pa.loral?
eeNçAO PAFlA UNIOES ILEGITlMAS 7 \68
• • •
NO PRóXIMO N!:IMERO:
-- x
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS .
ADl\IINISTRAÇAO
Llvro.rb. l\1I"lo~rla Editara REDAÇAO DE PR
Rua México, 168-B (Castelo)
Cnlxa Posta! Z. eS8
2O .OSI Rio de ,Jane iro ( RJ)
Tel.: 2201·0039 20 .000 Ri o d e Ja.nell'O (RJ l
VIDA E MORTE EM Duim:~
«A morte e a vida. 18 enoontrusm em duelo estupendo.
O Rei d& vida, tendo morrldo, roID& vivo!>
São estas as palavras com que no domingo de Páscoa a
S. Igreja saúda o Cristo Jesus.
A morte e a vida em duelo ... COmo isto é real! Diz-se
mesmo que 8. tinic& certeza que a criança possa ter, ao nas·
cer, é a de que morreR.
Aos olhos da razão humana, a morte talvez pareça um
enigma: brutal, ela corta a existência terrestre da pessoa.. não
raro quando esta menos O espera. Alguns fUÓ90fos quiseram
enaltecer a morte como sendo o momento do supremo he·
roismo . . . Parece, porém, um pouco artificial exaltar a morte
se ela é tida como mero flm ou se não ê seguida de outra
vida, _.. da vida definitiva.
Aos olhos da fé. a morte tisica toma sentido próprio e
altamente signlficativo. Com efeito. a S. Escritura associa a
morte ao pecado, alJ.rmando que, embora a morte seja um fenô·
meno natural, ela ocorre na história concreta dos homens em
conseqüência do pecado: «Por meio de um só homem, o pecado
entrou no mundo e, pelo pecado, a morte» (Rm 5,12). Toda-
via Cristo quis assumir a morte do homem com todos os seus
precursores e dela.· fez o ato de suprema entrega ao Pai. SIm.
já ao entrar no mundo, dizia Jesus ao Pai: cNão quiseste
sacrlficlo e oferenda. Tu, porém, me formaste um corpo . ..
Por isto eu digo : 'Eis-me aqui... Eu vim, ó Deus. para
fazer a tua vontade' » (Hb 10,5·7). Toda a existência terres-
tre de Cristo não foi senão a reafirmatão constante dessa
entrega. de tal modo que a morte veio a ser a consumação
da mesma. Assim Cristo regatou a morte do homem; de
justa pena devida ao pecado. tomou-se a expressão do amor
a Deus. Pode-se mesmG dizer: o segundo Adão se fez obe·
dlente até a morte para redimir o caminho do primeiro Adão,
Que se fez desobediente até a morte (cf. Rm 5,14) . A ressur-
rel~ão corporal de Cristo é precisamente o sinal dessa con·
sumatão.
Ora Cristo não morreu e ressuscitou apenas como modelo
dos homens. Ele o tez também como sacramento. Isto Quer
dizer; a vitória de Cristo sobre B morte se comunica aos
homens mediante os filetes dos sacramentos (especialmente
mediante O Batismo e a Eucaristia). Enxertado na morte e
na ressurreição de Cristo, o cristão deve procurar traduzir
----
em atos essa comunhão com o Senhor: procC\u~re::'.t,ír~.n~~=::}
todO! os dias ao velho homem, dando assim f - a que
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o novo homem nele tome wltoj faça. do seu definhar tísico
cu biológico um paulatino morrer para o pecado! Dores,
doenças e tribulacões pennltidos pela Providência Divina po-
dem perder o seu sinal negativo e tornar-se algo de positivo.
se aceitos em união com os de Cristo, pois ccncorrem para
libertar o cristão do elolsmo e das paixões desregradas. Se·
ria para desejar que, ao ténnino da caminhada presente. o
disclpulo de Disto não tivesse mais nenhum resqulcio de
cobiça desordenada, mas estivesse penetrado até os seus mais
inUmos afetos pela vida nova recebIda no Batismo e na Euca-
ristia.
Vê-se, pois, que, para o cr1stão. não hã morte sem mais;
ao contrário, a morte é sempre acompanhada de ressurreIção,
como nota enfaticamente o Apóstolo: «Incessantemente e por
toda a parte, trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a
fim de que a vida de Jesus seja também manifesta em nosso
corpo:. (2Cor 4,10).
Das premissas se segue outrossim que a morte não é um
ponto isolado na exlstência do homem, mas está presente a
este todos os dias: c:Morro diariamente:., diz São Paulo (lCor
15,31). Da mesma forma, a eternidade não é algo de mera-
mente vindouro, mas é reaUdade que se entrelaça com o tempo
no decorrer mesmo da existência terrestre do cristão.
Entendemos então que os antigos fiéis chamassem o dia
da m()rte de um confrade edles natalisit, dia natal1clo. Sim;
no momento da morte se tcnnlna a longa gestação que tem
Inicio no seio matemo sob a responsabiUdade da genitora, e
que se continua na caminhada desta vida, sob a responsabll1.
dade do próprio sujeIto. Todo homem na terra ainda estA
em fonna~o: a sua verdadeira e definitiva estatura, que é
interior, ainda não foi atingida, mas só estará consumada ao
nm desta jornada terrestre!
Tais concePcÕes são aptas a revirar a noeão de morte
que a natureza nos sugere. Importa ao cristão tomar viva
consciência das mesmas c habituar-se 8 viver a entrega de
si com Cristo ao Pai a todo momento. Diz o adâgio popular;
cCada um morre como viveu. - o que significa: a última
etapa do n08$O procesSo de fonnação interior será da indole
das etapas anteriores; . .. será uma resposta pronta, solícita
e feliz ao chamado do Pai, se nos acostumarmos a ser pron-
tos e solicitas to~8S as vezes que sentinnos um apelo do Se·
nhor no decorrer desta caminhada.
Queira, pois, o Senhor ressuscitado dar a todos os cris-
tãos a autêntica vivência da sua morte e ressurreição~
E .B
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-PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
Ano XX - Nf 232 - Abril de 1~9
os animais falam?
Em .inl ••• : O p,eaente arllgo comanta o relatório da psicóloga
Franclne (Penny) Pelt,,,on. publicado em "NaUonal Geographlc" de OUIU·
bro 1978, • respalto da aplendlzagem de Ilnal, de comunlcaçlo por parte
da gorila fêmea Koko. Os surpreendentes resullados a que chegou 8 pesqui-
sadora, parecem Insinuar que o anlm.1 Inlr.. humll'lO lamb~m poda 'a'ar, ao
manos por 5111811, como os lurdo-mudO$ humanos.
Nota-se, po~m :
• • •
Comentário: A revista National Geograph1c, em seu nú'
mero de outubro 1978, pp. 438·465, publicou um artigo da
autoria da psicóloga Francine (Penny) Patterson. que, sob o
titulo «Conversations with a gorllla:t, narra experiências rea·
lIza.das COm a gorila fêmea Koko, que naquela data tinha
sete anos de idade. Visto Que o animaJ é incapaz de êmitir
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" (PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 232/1919
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OS ANIMAIS FALAM? 5
1 .2 . bgi",e d. vida
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6 (PERGUNTE E RESPONDEREMOS~ 232/1979
1 .3 . T'cnlcos d. oprtnd'ilagem
A fim de fac1lltar a aprendi2agem de Koko, Franclne
Patterson costumava pronunciar ou mesmo soletrar as pala-
vras correspondentes aos sinais transmitidos ao animal. Koko
assim compreende centenas de palavras orais da Ungua in·
glesa, embora não as possa reprodtnir vocalmente.
Além dilto, thn sido utillzados recursos tecnológicos. O
Prot. Patrick Suppes e seus colegas do Stantord's Institute
for Mathema tical Studles in the Social Sciences conceberam
um computador dotado de teclado próprio: cada tecla corres·
pende a uma letra. a um número ou mesmo oS uma palavra
signlficatlva de algum Objeto; em conseqüência, ao premer as
diversas teclas. Koko ouve o som correspondente em inglês;
assim vai habituando o ouvIdo ao vocabulário inglês - o que
facilita acompanhar posteriormente as palavras e frases que
a psicóloga lhe dirige.
No decurso do treinamento, Koko conseguiu responder
adequadamente a frases ou lnterpelacães que lhe foram diri-
gidas em Inglês; não raro chegou n traduzir em sinais as
palavras orais Que ouViu. Assim Interrogada em inglês: c:Do
you ",ani a tuto ot buiter? (Você quer um pouco de man- •
leiga?):., respondeu por sinais ; «A taste 01 buUer (um pouco
de manteiga):..
Quando a psicóloga colocava diante de Kako uma macã,
ela às vezes premia as teclas significativas de c:querer:.,
«maçã:., «comen, e o computador emitia uma voz femln1na
que proferla tais palavras. Assim Koko Indiretamente conse·
gue produzir os vocábulos InGleses significativos de objetos,
idéias (! ações já incluidos em seu repertório de sinais.
Mais: a psicóloga obteve novo requinte da parte do anl.
mal, 8 saber: usando o Indicador da mão llireita para bater
no teclado e reservando a esquerda para fazer sinais, Koko
chegou a emitir sinais e (indiretamente) palavras ao mesmo
tempo. Ao produzir sinais, o animal pode também bater II
máqUina uma palavra ou uma frase idêntica ou complemen.
tar ao sinal; assim o computador traduz em palavras a men-
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8 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS» :lJ2Il979
b) DlsclnSão
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.______________~OS~A~NnUUS~~~F~~~LAM~~?____________~ll
2 . Em certa ocasião, depois de ter arrancado Urlos de
wn campo de flores pela segunda vez. Koko foi severamente.
repreendida por Penny. Então pôs as mãos na cabeça. slgni-.
ficando estar perturbada. penny continuou o diálogo, pergurt-
tando-Ihe: «Que fez você?::. Koko desviou o olhar e respon.
deu resignadamente: .Segunda vez:..
cI Mentiras d. KolI:o
Penny. através de suas experiências, convenceU· se de que
Koko tinha a capacidade de menUr para tentar livrar-se de
sltuaçõcs embarnços.íls, ia semelhança do que acontece entre
os homens. Para a pslcôloga, trata·se de mentiras propria-
mente dUas ou deturpações da verdade, e não simplesmente
de enganos ou falhn s cometidas pela aprendiz.
1 . Tinha cinco anos quando a gorila descobriu a carte_
de mentir. Uma das primeiras mentiras versava sobre a
reconstituição de um acontecimento passado. Com efeito, a
assistente de P enny. a Sta. Kate Mann, estava na cozinha
da casa de Koko, ocupada com a balança, Quando a gorila
se arremessou sobre a pia da cozinha. fazendo Que esta se
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12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS. 2J2/1919
• J IdflfttiAcando • . .
Koko reconhece e idenUfica. objetos com certa sutJleza . . . ,
diz a psicóloga.
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14 oePERCUNTE E RESPONDEREMOS, 232/1919
91 D....,hando ...
"Quando Koko ula a IIngulgem p.r. fazer um c:hlste. para exprimir seu
desagrado ou para menUr .,Indó da uma altuaçlo dlflelt, ala e.l' flxplb-
rando o IIngualar como nós, seres lIumanos, o lazemos. Por certo, h' ai
um progresso IIngLir.Uco, embora talvez nio um progresso moral.
o que torna esta. col ..a .. l ua lado,... - até para mim, que há ule
anos venho toslomunhando lals Incidente. - ti que Koko, segundo u con·
cepções, geralmenle eceUI., di anima' e de nalulua IIumana, nlo devena
ser capaz de teallzar qualquar destes feitos. Tal comportamento tem lido
tradicionalmente considerado como exclu.lvo do ser IIumano; nlo obstante,
l'1ã iflqui um gorUa 'lua UlI IIngulgem" (Irt. clt., p. 4-40.1.
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16 cPERGUNTE E RESPONDEREMOSt 232/1979
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18 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS.' 23211979
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20 cPERGUNTE ~ RESPONDEREMOS:. 232J1971J
PROC~SSO
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22 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS> 232/1979
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TRANSEXUALISMO: COMO CURAR? 23
2. Os tratamentos
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24 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS:t 232/l979
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26 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS, 23211979
7.7.1. Opadenr.
10 .utor Ilnh. como co-.ulor. aua própria Illha, e Sla. Rosana Barrelo
Lomba, aeadtmlea d. P.teotogla.
- lóB-
_ _ •. _ _-,TRA~"N"S",EX"",U",A",LIS""M",O",:-,CO"",M",O"-,C"U",RO!AR,,,,?_ _•_ _.!!:n
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28 <PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 232/1979
médico para se tratar, mas, sim, para lhe pedir que apll.
casse ao pai do próprio paciente um tratamento pslcotenlplco;
este teria em mira levar o genitor a aceitar que o seu filho
se submetesse a uma clrurgia plAstlca; visto que N .N. depen-
dia do seu pai tanto no plano financeiro quanto no psicológico,
a resistência do genJtor era decisivo obstáculo a este empreen·
dimento.
Vê·se, pois, Que a prim.eira tarefa do médico haveria de
ser a de inverter a proposta e f82er que o jovem aceitasse
um tratamento para si; todavia o Dr. Lomba não poderia
falar de problema sexual, pois correria o risco de criar uma
barreira entre o paciente e o médico.
Por conseguinte, o doutor chamou a atenção do rapaz
para o sofrimento espiritual que sobre ele pesava; mostrou·lhe
que, mesmo no caso de se submeter a operação plástica, só
o poderia fazer em estado emocional equilibrado. O paciente
acabou cedendo à proposta, pois se lembrou das palavras do
Dr. N. (cirurgião plástico), o qual o advertira de que em
tal estado emocIonal não poderia ser operado.
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30 (PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 232/ 1979
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TRANSEXUALISMO: COMO CURAR? 33
vou entrar numa zona jé conhecida, e não gosto por ser multo
escura».
Ao sair do transe, mostrava-se muito tranqUllo e satis·
feito por ter conhecido o seu organismo cpor dentro>. como
dizia. E. sem que se lhe fizesse alguma pergunta. declarou:
cAgora eu não tenho mais nenhuma aversão aos meus órgãos
sexuais, e sinto que vou poder viver com eles sem grandes
problemas>. Interessou.se vivamente pela zona anatOmica
onde eram cfabricados> os espermatO'lOldes e qW5 saber tudo
a respeito dos mesmos, prindpalmente o mecanismo fislolOgico
de sua atuação durante o ato sexual.
Ao averiguar tal interesse. o doutor resolveu propor ao
paciente uma experiência Jdeoplástlca do ato sexual, ou seja,
a vIvência mental de uma relação heterossexual. A principio,
o rapaz ficou espantado e cético, julgando que lhe serIa total.
mente imposslvel chegar a tanto. Não obstante, o m'éd.ico
insistiu e combinou com o Interessado que a próxima sessão
seria dedicada a Isso.
Na déclma. JeSSio, O Dr. Lomba recordou a N. N. o me·
canlsmo anatômlco.fislológico das funções sexuais. Incluindo
a menção das zonas do cérebro responsáveis pelas sensações
scxual~. Mostrou.lhe tambóm a anatomia do aparelho sexual
feminino e explicou. lhe o percurso do espermatozoide deposi-
tado no aparelho sexual da mulher até R fecundação do 6w10.
Ll'vado ao lranse hipnótico profundc, foi.lhe sugerJdo
que vivenciaria o relacionamento sexual com detenninada mu-
lher pela qual sentia profunda admiração. Após breve resis-
tência caracterizada por aumento da freqüência respiratória,
o rtpaz pôs.se a executar o programa e, através de gestos,
assumiu o comportamento de Quem está realmente praticando
um ato sexual. O médico aproveitou aInda o transe para suge·
rir a N ,N, o desempenho de suas funções sexuais em condi-
ções totalmente nonnals.
Ao despertar. o paciente estava multo alegre ou mesmo
eufórico, dizendO' ter feito experiência maravl1hosa, pois seno
tira todas as impressões relacionadas com o ato sexua1, que
ele jamais imaginara fossem tão gratIficantes.
As sUbseqüentes sessões, da décima primeira à décima
quinta, foram dedicadas a confirmar a experiência anterior.
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3. Conclusõo
A experiência efetuada pelo Dl'. Luis Lomba é alta·
mente ponderável. pOis abre novas perspectivas para o trata·
mento dos pacientes transcxuais. Nâo se pode dizer que indl·
que a solução única e ,detinltiva para tal problema. Ainda
serâ necessário repeti.IA e Rprimorã·la. Alem do que, pode.se
supor que nem todo s os pacientes recebam tão bem o trata·
mento hipnótico aplicado pelo referido médico. Este afinna
que está usando a ' mesma técnica em t'llaiS tres casos seme·
Ihantes, com resultados muito animadores.
Do ponto de vista da consciência cristã, a cirurgia pJãs·
tlca empreendida paro mudar o sexo s6 se justifica se é
feita para retificar ou para restaurar em seus termos nor-
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TRANSEXUALlSMO~ COMO CURAR'! 35
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Atlllldo patora' ?
"pesar desta atitude auatera, a Igrela peda aOI pastores e fiéis que
procurem acompanhar com zelo pestor.. 1 os cesals Irregule rmente unidos.
aJudanclo..oa a guardar. 16, • Hperança, a contlança em Deus, a 'lIda de
oraçlo e. freqOêncla ... MIs.a (embora .em Comunhio Eucar18Uca) .
• • •
Comentário: :J:: notório () lato de QUe certos sacerdotes,
vítimas de corúusáo doutrinária existente nesse setor, têm
celebrado cer1m!)n1as de bêncão nupcial em cfavou de pes-
soas batlzadas na Igreja CatOUca que desejam viver conju-
galmente, mas nlo se querem casar propriamente ou não
podem receber 1egitlmamente o sacramento do matrimônio.
Tais cerimônias têm causado' perplexidade no povo de Deus,
pois vêm a ser um simulacro do matrimônio sacramental e
dão a entender que. apesar da. recusa da. Igreja, Deus pode
abençoar tais uniões. Mais: esses ritos Insinuam a existência
de uma cnova Igreja. ao lado da Igreja oficial ou simples·
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BeNÇAO PARA UNIOES I~~G!!lT!cU.~1AS~'_ ._ _ _.!.37
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38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS. 232/1979
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_ _ _-'n"'llli=ç:!!A.~O'_'P"A_"RA=_'UNI=O"'ES=!!IL"'E"G!!IT
...lM=A"'S'_'?_ _ _____"39 .
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40 «PERGUNTE E RESPONDEREMOSlo 232/1979
2 .2 . 3 . O zelo postol'Ol
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42 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS) 2321197;)
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BeNCAO PARA UN10ES ILEG1TlMAS?
A guls. de bibliografia :
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livros em estante
ReencarMçlo, por Geraldo E. OaU1or..... , ColeçAo de ParaPllcologla
VJU. _ Ed, Loyola. Slo Paulo 1979, 140 x 210 mm, 1.:J pp.
Era nacessArla qUI le publlca,se um livro sobre I Raancamaçlo em
português. em data rlca"l. (OI da Frei Boaventura Kloppenburg 1.110,
desdI multo••'gotados) •• fim de IMII.. r o tema" luz da Parapsicologia
• manUesler I Inconsl.tlnel. da ,... ,eenearn.elonlara. Ou. o Prof. Geraldo
Dali agrave, do In,lIIulo P.ranaensa de Parapsicologia, se deu a e,18 temIa,
usando de ••,110 I lmpla I ac...Ive4 a grande nOmero de leitores. Percorra
os argumentOI geralmente aduzido. em prol da lese reencarnaclonllla • mos-
tra que nada provIm : I desigualdade de 10rles, por exemplo, nlo slgnlllca
que o. sadios. ricos lanham l ido virtuosos em ancamaçAo 'n'erlor, • OI
po.
doenlea e pobr.. hajam aldo pec:adOrl,.. Tal Ixpllcaçlo 6 gratuita e artlOclal,
o recUI'IO " cl'nela • turlcl • .,I. para explicar a deslgualdada de aor1al:
uma criança nasco sem braçoa ou ç.ga por del.lto na ccmblnaçlo dos
genes ou em virtude de drogo Ingeri da. pera mie ou pelol genltore. ; ade-
mal. a. concllçe.. oaogr'lIc.. e .oclal. em quo alg~m n..ce, dia conta
da riqueza de uni e da pobreza de oulros. De resto, .,10 h& duo 1I0r83
ou duas frulu ou doll púlaro. IguII. enlre ar, e, nlo obatlnte, nlo ..
diz que f1011l1, frut •• ou púl&rO•••tejem .~plando pecado. de uma exl..
16ncla .nlerlor • pre.."". &ta analogIa explica perfeltam.ente nlo haja
doi••ere. humanOl IdtnllcOl enlre .ti • grendeu de cada um conllate Im
anumlr leU cabedal dI prenda. e IImltaçOos " a partir deslal dado., con..
trulr com herollmo e magnanlmld.ad. ,. lua pefl!lonalldede.
O eutor aborda lambem multai CIIO' concrelo. tldol como teste·
munhoa da reencarna,io obtIdoS por regresalo at6 I .•. "enctlrnaçlo In19-
rlor". O mala lam080 101 o d. Vlrglnl8 TIghe ... Dallegrave tamb'm evi-
dencia que a. narraçe.. dI enredo de vida pregreua II explicam etr.\/6.
dos dadoa e dai .~perl6ncll. colhIdas pelo. plclentes ne vida presenle.
Em suma. o livro urA multo üm ao noslo p"bllco.
Todavia nlo 001 podemos furtar a certas observaçae.: 1 p. 40, o
autor dIz repetldamante que a idma , e_ma: na verdada. ela " Imortal,
poIs aterno , aquele que nlo lave eomeço e nlo la~ fIm. , Deua só.
A p. 41, o eulor, citando o Pe. Oueve<l'o, propOa a tese da ressurre1çlo logo
apOs a morte; ora esta proposlçlo 6 dlacullvel e gralulta; pode-se edmltlr
que enlra • morta e o juIzo unlvefUll a alma humana permaneça separeda
do corpo.
De modo oaral, o 11Yn) precisaria de s6r1a revldo gnUlea : 1 p. 12,
por exemplO, 16.' .....r, quando s, d..... 'I. encontrar e ver. A p. 13&, o
ano da morte da 8rtdey Murpl'ly nlo • 1914, mas 1884. Haverl. outral
observaç6e$ da ardam IIngOI.tlca a redaclonal.
Congralulando-no. com o aulor, eugertmo'-lh8 nove 8dlçlo revl.te e
aperfalçoada.
O JulgalMnto de PlIalos. Para voei e"'andor a Pal.lo d. ,,'""., por
Kurt A. Sptldal, COlaçlO "Entandar a Blblla" ~ 4. Traduç.lo de Dom Maleus
Rocha O.S.B . - Ed. Paul/na., Slo Peulo 1979, 18!i~ 225 mm, 1N pp.
Elita livro .çonllnu. ti lérle dos a.crllOI de dlvulgaçlo da 1110 nlv"l 16
publlcada. pela. Ed. Paullnas; cf. PR 222/1978, pp. 271.; 224/1978. pp.
319--334.
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o autor procura reler es n.rraçoes ...,ang'llcI. relatlvae l Pllxlo de
J ISUS, sob I luz da Irqueolo"la, da hlst6rla anllg . e do método da Natorla
da. fOrtl'l H. Esta f AlIe. projeta vallou claridade sobre o t.ldo u g rado,
permitindo entender melhor as atituOes de PllalOl, dOI ludeus, doa Ap6aloloa
e do próprio Cristo, TodavIa Speldel julga que as narrativa dos últImos
dI •• da vida de J esus misturam I'I lstórla e Interpretaçlo: 08 Ivangellstas,
10 escraver, terlo procurado pOr em ralavo o sIgnIficado leológlco d os fatos
descrl108. ~ Isto qUI Ilva Kurt Speldel e tentlr lazer a trlegem entre o
d lSenrolar mesmo dos aconleclmantos relativo•• Palxlo e 11 Interprotaçlo
d'da paiM esullor.. blbllcos. Enlre 81 les.. próprias do livro, pod..-.
enumerar a segulnle ; a IKInur. de Barr.blb .. ter6 dado em ano an lerlor
ao d a condenaç60 de J esus,. nlo na mesma ocaslAo (cr. p. 10t). - Ora
Islo Ifca sendo hlpólese, para a qual 010 h' fundamenlaçlo mullo persua-
siva, como se depreende da leltur. mesma do lello de Speldel.
O uso do lI vro de Speldel serA, sem duvida, il ustrativo e I nrlquecedor,
n'da lendo que desloe da mensagem da rela fé.
Como fal . r com O.u •• por Fr. 9.llIatlnl. - Ed. pr6 prla, Mapé 1979,
1201130 mm, 134 pp.
E, le livro vem • aer um catecismo pop",lar de or8çlo. O a ulot, i' conhe-
Cido por duas edlçOes sucessivas da preciosa obra "A Igr.ja d o Oau. vivo",
verifica Que mull~ dos problemas de 16 e vlvencl. crlslls t6m lua origem
no abandono da práUc. d a oraç6o. E u i. ocorra porque aa pesa0.. Julgam
rllo ler lompo para orar ... Ora Fr. eaHI,lInl. carmema, procura moelrar
que nenhum preleltlo Ju.mlca e auaOncla de o'açlo na vld. da um c rlatlo.
Aponl. outrossim I ' mMelras e"Onau (mecanicistas, m'glclS, dl, "afdae,
meremente Interesseltas ... ) de oraçlo, e propOe pistas sImples que levem
o crlsllo a criar o h6blto da ot8çlo, ... e da oraçAo Inlerl or, racolhlda e
saborosa : Cil'lCO minutos dl6rlos I' 510 o começo de vallosl pslcolerapl.
(p. 119) .
o livro , Im pollanle, porque, de mallllra suave e con.crela, leva o
lellor • CQmpra.nder o v.lor d e ofaçlG e , ;.raII06-la com simplic idade e
p r~ello . Para or8r, baala IIIev8r o eaplrlto a Deus, mesmo na tossa do
pecado ou lIobrll o leito de dor.
Tanhard da Chardln ; mundo, homem a D.ut, Teltloe selecionado, e
comantados por Jo.' Lul:!: ArchanJo. - Ed. Cultrbc:, 510 Paulo 1978,
':12 li 192 mm. 251 pp.
TeWhard de Cha rdln lornou-se ngura controvertida logo após a aua
morte (7104 / 1955) . Na verdade, , um J.surta mlatlco, que empntendeu
8\'angellzar o "'UI1d o da cl'nel. o u OS c lenllslui qllla, alm, . presentar eM
pesqu lsedores d a ... alllre%l a .. criall, de tal mOdo que pare.tJ....m nlo
h' V4H hIato enlre um. 1 oult., mas, ao contr'rlo, plena oOl'llonlncla. Movido
por esle Inlullo, Tellllard usou linguagem nova (enltertada d a neOlogl,mos) e
Silenciou alguns ponto. Importanlas da leologla (como li dl.tlnçlo entre
mal6rlll e IIsprrlto, I noçlo de crlaçlo, a de pecad o originaI ... ) ; perr 1510
101 m'l vleto po r n60 poucos estlldlosos católicos. - Quem est! consclenta
dl.to, poda ler Tellh.rd aem del/imanlo ; e nconlrar' em seua e scrllo. PIS-
sagan. de vlslo IJrandlo.. e panorlmlea, moslre ndo o mundo Im pregnado
pela Imagem e a presença de CrIsto.
EJipaclalmenle Intere".nte • o penúlllmo t,acho da anlologla : "Sob re
• mI nha .mude per. com a Igreja orl clal. carta e um a migo 111m f'''.
Convidado para abandonar 1 IgreJ•. que fazia reatrlçOes 80S seus a.crltoa,
Tallhard prolesta fidelidade. mesma e explica o porquê da sua at1lude. Os
ladlos Clllérlos da " preval.ceram l obre o. do senllt humano.
O livro deleitarA a quem se tenha acostumado às pecullaridad" do
estilo e do pen5llmenlo d a Tellhard de Chardln.
E. B.
JESUS CRISTO, REDENTOR DO HOMEM
"NÁO NOS CONVENCEM , PORVENTURA, A NOS, HOMENS
DO SECULO XX, AS PALAVRAS DO APóSTOLO . . . , PRONUN-
CIADAS COM ARREBATADORA ELOQO~NCIA , ACERCA DA
'CRIAÇÁO INTEIRA QUE GEME E SOFRE DORES DE PARTO
ATE O PRESENTE MOMENTO E ESPERA ANSIOSAMENTE A
REVELAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS .. . ' 1 O IMENSO PRe-
GRESSO, NUNCA DANTES CON HECIDO, QUE SE VERIFICOU
PARTICULARMENTE NO DECORRER DO NOSSO S~CULO" ..
NÃO REVELA ACASO ELE PR ÓPRIO ... AQUELA MUL TlFOR-
ME SUBMISSÃO AO DESVARIO 1 BASTA RECORDAR AQUI
CERTOS FENOMENOS, COMO. POR EXEMPLO. A AMEAÇA
DE POLUiÇÃO DO AMBIENTE NATURAL NOS LUGARES DE
RÁPIDA INDUSTRIALIZAÇÃO. OU ENTÁO OS CONFLITOS
ARMADOS QUE REBENTAM E SE REPETEM CONTINUA·
MENTE, OU AINDA AS PERSPECTIVAS DE AUTODESTRUI-
çÃO MEDIANTE O USO DAS ARMAS ATÓMICAS, DAS ARMAS
COM HIDROG~NIO E COM NEUTRONIOS E OUTRAS SEME·
LHANTES. ASSIM COMO A FALTA DE RESPEITO PELA VIDA
DOS NÃO NASCIDOS. O MUNDO DA EPOCA NOVA, O MUNDO
DOS VOOS CÓSMICOS. O MUNDO DAS CONQUISTAS CIEN-
TIFICAS E nCNICAS. NUNCA ANTES ALCANÇADAS, NÃO
SERA, AO MESMO TEMPO, O MUNDO QUE GEME E SOFRE
E ESPERA ANSIOSAMENTE A REVELAÇÃO DOS FILHOS DE
DEUS 1"
(JOÃO PAULO li , ENC. "REOEMPTOR HQMINIS" N9 8)