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VERSÃO PRELIMINAR INCOMPLETA
1 Conceitos Básicos 5
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1.1 Um Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.2.1 Consistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.2.2 Estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1
2
3.1.1 Um Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.1.4.1 Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
5 Problemas Elı́pticos 83
Conceitos Básicos
1.1 Introdução
5
6
ferência de calor.
Este não é, portanto, um texto voltado para o ensino da transferência de ca-
lor, mas espera-se que ao longo da apresentação dos métodos o aluno possa
aprender os conceitos fundamentais desta disciplina, caso ele não os tenha
aprendido em cursos anteriores. Apesar de desejável, este material não pres-
supõe, portanto, um curso prévio em transferência de calor. O mesmo ocorre
com um curso de métodos numéricos (interpolação, integração, solução de sis-
temas de equações algébricas lineares, etc.). Apesar de desejável ele não é
necessariamente um pré-requisito.
d 2 T (x) 1 000
+ q (x) = 0 (1.1a)
dx2 k
d dT (x)
k(x, T (x)) + q000 (x) = 0 (1.2)
dx dx
Fonte q’’’(x)
T(0) = 0 T(L) = 0
x=0 x=L
Não é o objetivo do presente texto realizar esta que é com certeza a mais
importante, e frequentemente mais difı́cil, etapa na modelagem fı́sica / ma-
temática / numérica de um fenômeno ou processo real: a obtenção do modelo
8
dx
qx qx+dx
x
x x+dx
Figura 1.2: Elemento diferencial do meio unidimensional representado na Fig.
1.1.
Matematicamente tem-se:
9
000
U t+dt −U t = qx dt − qx+dx dt + dx A q dt (1.3)
U t = A dx ρ ut (1.4)
∂ut
ut+dt = ut + dt (1.6)
∂t
∂u
c= (1.7)
∂T
∂T
U t+dt −U t = A dx ρ c dt (1.8)
∂t
00
qx = qx A (1.9a)
00
qx+dx = qx+dx A (1.9b)
00
onde q representa o fluxo de calor, ou seja, energia por unidade de tempo e por
unidade de área. Fourier, no inı́cio do século XIX ao estudar o fenômeno de
transferência de calor por condução concluiu que
00 q ∂T
q = = −k (1.10)
A ∂x
∂qx
qx+dx = qx + dx (1.11)
∂x
∂ ∂T
qx+dx − qx = −A dx k (1.12)
∂x ∂x
∂2 T
qx+dx − qx = −k A dx (1.13)
∂x2
∂T ∂2 T 000
A dx ρ c dt = k A dx 2 dt + A dx q dt (1.14)
∂t ∂x
resultando em:
11
ou então:
k
α= (1.17)
ρc
• Exista;
• Seja única;
• Seja estável com relação aos dados de entrada (perturbações nos dados
de entrada não são amplificadas;
é necessário especificar:
qfornecido
n qconv
qcond · n qrad
qcond
00 00 00 00
qcond · n + qfornecido = qconv + qrad (1.18)
00 00
onde qfornecido é o fluxo imposto, qconv é o fluxo por convecção, q00 rad é o fluxo
00
por radiação, que ocorrem na superfı́cie, qcond é o vetor fluxo de calor por
condução no interior do meio, e n é o vetor normal unitário à superfı́cie do
corpo.
00
qcond = −k ∇T (1.19)
00
qconv = h(T − T∞ ) (1.20)
00
qrad = ε σ(T 4 − Tenv
4
) (1.21)
00
−k ∇T · n + qfornecido = h(T − T∞ ) + ε σ(T 4 − Tenv
4
) (1.22)
∂T 00
−k + h T + ε σ T 4 = qfornecido + h T∞ + ε σTenv
4
(1.23)
∂n
00
qrad = ε σ(T 2 + Tenv
2
)(T 2 − Tenv
2
) = ε σ(T 2 + Tenv
2
)(T + Tenv )(T − Tenv ) (1.24)
00 3
qrad = 4 ε σ Tenv (T − Tenv ) = hrad (T − Tenv ) (1.25)
3 .
onde hrad = 4 ε σ Tenv
Desta forma, a condição de contorno dada pela Eq. (1.23) pode ser escrita
como:
∂T 00
−k + heff T = qfornecido + h T∞ + hrad Tenv (1.26)
∂n
onde heff = h + hrad . A Eq. (1.26) fornece uma condição de contorno linear. A
seguir são resumidos quatro casos especiais de condições de contorno lineares,
obtidas a partir da condição geral dada pela Eq. (1.26).
14
1. Radiação desprezı́vel:
∂T 00
−k + hT = qfornecido + hT∞ (1.27)
∂n
∂T
−k + hT = hT∞ (1.28)
∂n
∂T 00
−k = qfornecido (1.29)
∂n
T = T∞ (1.30)
∂T
−k = f (x,t), x ∈ S (1.32)
∂n
15
∂T
−k + hT = f (x,t), x ∈ S (1.33)
∂n
d 2 T (x) 1 000
+ q (x) = 0 (1.34)
dx2 k
y
T(x,b) = 0
b
T(0,y) = T0 T(a,y) = 0
0
0 T(x,0)=0 a x
∂2 T (x, y) ∂2 T (x, y)
+ = 0 , em 0 < x < a , 0 < y < b (1.35a)
∂x2 ∂y2
T (0, y) = T0 , em x = 0 (1.35b)
T (a, y) = 0 , em x = a (1.35c)
T (x, 0) = 0 , em y = 0 (1.35d)
T (x, b) = 0 , em y = b (1.35e)
Ω
S
1 ∂T (x,t) ∂2 T (x,t)
= , em 0 < x < L , t > 0 (1.36a)
α ∂t ∂x2
∂T (x,t) ∂T (x,t)
=0, k + hT (L,t) = hT∞ (1.36b)
∂x x=0 ∂x x=L
18
Como vimos anteriormente, para que este problema seja bem posto ainda é
necessário o conhecimento de uma condição inicial:
∂q00 ∂T
τ + q00 = −k (1.37)
∂t ∂x
∂2 φ ∂2 φ ∂2 φ ∂φ ∂φ
A 2
+ B +C 2
+ D + E + Fφ + G(p, r) = 0 (1.39)
∂p ∂p∂r ∂r ∂p ∂r
1. Elı́ptica: ∆ < 0
2. Parabólica: ∆ = 0
3. Hiperbólica: ∆ > 0
∂2 φ ∂2 φ
+ + G(p, r) = 0 (1.40)
∂p2 ∂r2
∂2 φ ∂2 φ
+ =0 (1.41)
∂p2 ∂r2
∂2 u(x,t) 2
2 ∂ u(x,t)
= a (1.42)
∂t 2 ∂x2
ξ = x + at (1.43)
η = x − at (1.44)
∂2 u
=0 (1.45)
∂ξ∂η
ou ainda:
∂ ∂u
=0 (1.46)
∂η ∂ξ
levando a:
∂u
= θ(ξ) (1.47)
∂ξ
ou seja:
Zξ
u(ξ, η) = θ(s)ds + g(η) (1.48)
0
∂u(x,t)
= u1 (x) (1.52)
∂t t=0
obtém-se então:
x+at
1 1
Z
u(x,t) = [u0 (x + at) + u0 (x − at)] + u1 (s)ds (1.53)
2 2a
x−at
Esta equação mostra que a solução u(x,t) em um ponto (xo ,to ) qualquer
depende apenas das condições iniciais contidas no intervalo xo − ato ≤ x ≤
xo + ato , sendo este denominado domı́nio de dependência do ponto (xo ,to ). Este
domı́nio de dependência para a solução de problemas hiperbólicos está repre-
sentado na Fig. 1.7.
t0 (x0 ,t0 )
x - x0 x0 - x
t= + t0 t= + t0
a a
x0-at0 x0 x0+at0 x
2.1.1 Um Exemplo
d 2 T (x) 1 000
+ q (x) = 0 , 0 < x < L (2.1a)
dx2 k
T
u= (2.2a)
TR
25
26
x
X= (2.2b)
L
L2 000
f (X) = q (XL) (2.2c)
kTR
dx = LdX (2.3)
d 2 u(X)
− = f (X) , 0 < X < 1 (2.4a)
dX 2
Nó 0 1 2 3 4 5 6
x=0 ∆x x=1
d 2 u (∆X)2
du
u(Xo + ∆X) = u(Xo ) + ∆X +
dX Xo dX 2 Xo 2!
d 3 u (∆X)3 d 4 u (∆X)4
+ + + . . . (2.5a)
dX 3 Xo 3! dX 4 Xo 4!
d 2 u (∆X)2
du
u(Xo − ∆X) = u(Xo ) − ∆X +
dX Xo dX 2 Xo 2!
d 3 u (∆X)3 d 4 u (∆X)4
− + − . . . (2.5b)
dX 3 Xo 3! dX 4 Xo 4!
d 2 u 2 d 4 u
2
u(Xo + ∆X) + u(Xo − ∆X) = 2u(Xo ) + (∆X) + (∆X)4 + . . .
dX 2 Xo 4! dX 4 Xo
(2.6)
Logo,
Resultando da Eq.(??):
d 2 u
ui+1 − 2ui + ui−1
2
= (2.9)
dX i (∆X)2
X0-∆x X0 X0+∆X
∆X ∆X
Xi-1 Xi Xi+1
Figura 2.2: Mudança de notação utilizada na identificação dos nós da malha
computacional.
Usando a aproximação dada pela Eq. (2.9), a Eq. (2.4a) pode ser escrita
como:
onde:
fi = f (Xi ) (2.11)
u0 = u6 = 0 (2.12)
tem-se:
2 −1 0 0 0 u1 f1 (∆X)2
−1 2 −1 0
2
0 f2 (∆X)
u2
0 −1 2 −1 0 u3 = f (∆X)2 (2.14)
3
2
0 0 −1 2 −1 u4 f4 (∆X)
2
0 0 0 −1 2 u5 f5 (∆X)
Au = b (2.15)
A partir das expansões de Taylor dadas pelas Eqs. (2.5a) e (2.5b) podem
ser obtidas as seguintes aproximações para a derivada primeira, com erro de
truncamento de O(∆X),
du ui+1 − ui
= + O(∆X) (2.16a)
dX i ∆X
du ui − ui−1
= + O(∆X) (2.16b)
dX i ∆X
Com expansões de Taylor para u(X + ∆X), u(X + 2∆X), u(X − ∆X) e u(X −
2∆X) podem ser obtidas as seguintes aproximações para a derivada primeira,
com erro de truncamento de O(∆X)2 :
du −3ui + 4ui+1 − ui+2
= + O((∆X)2 ) (2.17a)
dX i 2∆X
du 3ui − 4ui−1 + ui−2
= + O((∆X)2 ) (2.17b)
dX i 2∆X
Usando expansões de Taylor para u(X + ∆X), u(X + 2∆X), u(X − ∆X) e
u(X − 2∆X) podem ser obtidas as seguintes aproximações por diferenças finitas
para a derivada segunda, com erro de truncamento O(∆X):
d 2 u
ui − 2ui+1 + ui+2
2
= + O(∆X) (2.18a)
dX i (∆X)2
d 2 u
ui − 2ui−1 + ui−2
2
= + O(∆X) (2.18b)
dX i (∆X)2
31
j
∆x
Ny
...
∆y
1
0
0 1 ... i-1 i i+1 ... Nx i
Figura 2.3: Domı́nio bidimensional (x, y) discretizado usando uma malha regu-
lar em x, com ∆xi = ∆x, e em y, com ∆y j = ∆y.
32
donde obtém-se:
" #
d 2 φ ∆x
dφ φ(xo + ∆x) − φ(xo )
= − +... (2.20)
dx xo ∆x dx2 xo 2
dφ φi+1 − φi
= + O(∆x) (2.21)
dx i ∆x
donde obtém-se:
33
dφ φi − φi−1
= + O(∆x) (2.23)
dx i ∆x
d 3 φ (∆x)3
dφ
φ(xo + ∆x) − φ(xo − ∆x) = 2 ∆x + 2 3 +... (2.24)
dx xo dx xo 3!
Logo:
dφ φi+1 − φi−1
= + O((∆x)2 ) (2.25)
dx i 2∆x
que é conhecida por diferença centrada (central difference). Observe que esta
aproximação possui um erro de truncamento O((∆x)2 ). Note que esta mesma
ordem de erro de truncamento pode ser obtida usando diferença avançada ou
diferença atrasada, como foi feito na obtenção das Eqs. (2.17a) e (2.17b), res-
pectivamente.
d 2 φ d 4 φ (∆x)4
2
φ(xo + ∆x) + φ(xo − ∆x) = 2φ(xo ) + 2 (∆x) + 2 4 + . . . (2.26)
dx xo dx xo 4!
ou seja:
d 2 φ
φ(xo + ∆x) − 2φ(xo ) + φ(xo − ∆x)
2
= 2
+ O((∆x)2 ) (2.27)
dx xo (∆x)
34
d 2 φ
φi+1 − 2φi + φi−1
2
= 2
+ O((∆x)2 ) (2.28)
dx i (∆x)
Esta dedução já foi realizada na Seção 2.1.1, sendo a Eq. (2.28) idêntica à
Eq. (2.9). A Eq. (2.18a) representa uma aproximação por diferença avançada
para a derivada segunda com erro de truncamento de O(∆x) e a Eq. (2.18b)
representa uma aproximação por diferença atrasada também com erro de trun-
camento de O(∆x).
dφ dφ
d 2 φ dx i+1/2 − dx i−1/2
d dφ
= = + O((∆x)2 ) (2.29)
dx2 i dx dx i ∆x
Conforme pode ser visto na Fig. 2.4, a aproximação por diferenças usada
na Eq. (2.29) é centrada, de forma similar àquela dada pela Eq. (2.25), tendo,
portanto, um erro de truncamento de O((∆x)2 ).
df df
dx i-1 2 ∆x dx i+1 2
i-1/2 i+1/2
i-1 i i+1
∆x ∆x
d2φ
Figura 2.4: Diferença centrada para o cálculo de dx2 i
com erro de truncamento
O((∆x)2 ).
35
Para o cálculo das derivadas primeiras presentes na Eq. (2.29) também serão
usadas diferenças centradas, resultando:
dφ φi+1 − φi
= + O((∆x)2 ) (2.30)
dx i+1/2
∆x
dφ φi − φi−1
= + O((∆x)2 ) (2.31)
dx i−1/2
∆x
d 2 φ
1 φi+1 − φi φi − φi−1 φi+1 − 2φi + φi−1
2
= − +O((∆x)2 ) = +O((∆x)2 )
dx i ∆x ∆x ∆x (∆x)2
(2.32)
De forma análoga, vamos agora obter a aproximação para d 2 φ/dx2 com erro
de truncamento O(∆x), usando diferença avançada. Como representado na Fig.
2.5, usaremos os pontos i, i + 1 e i + 2. Tem-se:
dφ dφ
d2φ dx i+1 − dx i
= d dφ
= + O(∆x) (2.33)
dx2 i dx dx i ∆x
ou seja, trata-se de uma aproximação com diferença avançada com erro de trun-
camento de O(∆x). Para o cálculo das derivadas primeiras que aparecem na Eq.
36
dφ φi+2 − φi+1
= + O(∆x) (2.34)
dx i+1
∆x
dφ φi+1 − φi
= + O(∆x) (2.35)
dx i ∆x
d 2 φ
1 φi+2 − φi+1 φi+1 − φi φi+2 − 2φi+1 + φi
= − + O(∆x) = + O(∆x)
dx2 i ∆x ∆x ∆x (∆x)2
(2.36)
que corresponde exatamente à aproximação dada pela Eq. (2.18a).
df df
dx i dx i+1
∆x
i i+1 i+2
∆x
d2φ
Figura 2.5: Diferença avançada para o cálculo de dx2 i
com erro de truncamento
O(∆x).
dφ dφ
d 2 φ dx i − dx i−1
d dφ
= = + O(∆x) (2.37)
dx2 i dx dx i ∆x
df df
∆x
dx i-1 dx i
i-2 i-1 i
∆x
d2φ
Figura 2.6: Diferença atrasada para o cálculo de dx2 i
com erro de truncamento
O(∆x).
dφ φi − φi−1
= + O(∆x) (2.38)
dx i ∆x
dφ φi−1 − φi−2
= + O(∆x) (2.39)
dx i−1
∆x
d 2 φ
1 φi − φi−1 φi−1 − φi−2 φi − 2φi−1 + φi−2
2
= − + O(∆x) = + O(∆x)
dx i ∆x ∆x ∆x (∆x)2
(2.40)
Observe que para a obtenção das aproximações dadas pelas Eqs. (2.32),
(2.36) e (2.40) não foi necessário escrever as expansões de Taylor para φ(xo +
∆x), φ(xo + 2∆x), φ(xo − ∆x) e φ(xo − 2∆x), que foi o procedimento adotado
inicialmente na dedução das aproximações dadas pelas Eqs. (2.28), (2.18a) e
(2.18b).
Caso Aproximação
Erro de truncamento
∂2 φ 1 φi+1, j −φi+1, j−1 φi, j −φi, j−1
1 ∂x∂y i, j
= ∆x ∆y − ∆y O(∆x, ∆y)
2
∂ φ 1 φi, j+1 −φi, j φi−1, j+1 −φi−1, j
2 ∂x∂y i, j
= ∆x ∆y − ∆y O(∆x, ∆y)
2
∂ φ 1 φ i, j −φ i, j−1 φ i−1, j −φ i−1, j−1
3 ∂x∂y i, j
= ∆x ∆y − ∆y O(∆x, ∆y)
2
∂ φ 1 φ i+1, j+1 −φ i+1, j φ i, j+1 −φi, j
4 = − O(∆x, ∆y)
∂x∂y i, j
∆x ∆y ∆y
2
1 φ −φ φ i, j+1 −φi, j−1
5 ∂ φ
= i+1, j+1 i+1, j−1
− O(∆x, (∆y)2 )
∂x∂y i, j
∆x 2∆y 2∆y
2
1 φ −φ φ −φ
6 ∂ φ
= i, j+1 i, j−1
− i−1, j+1 i−1, j−1
O(∆x, (∆y)2 )
∂x∂y i, j
∆x 2∆y 2∆y
2
1 φ −φ φ i−1, j+1 −φi−1, j−1
7 ∂ φ
= i+1, j+1 i+1, j−1
− O((∆x)2 , (∆y)2 )
∂x∂y i, j
2∆x 2∆y 2∆y
2
1 φ −φ φ −φ
8 ∂ φ
= i+1, j+1 i+1, j
− i−1, j+1 i−1, j
O((∆x)2 , ∆y)
∂x∂y i, j
2∆x ∆y ∆y
∂2 φ 1 φ −φ φ −φ
9 ∂x∂y = 2∆x
i+1, j
∆y
i+1, j−1
− i−1, j
∆y
i−1, j−1
O((∆x)2 , ∆y)
i, j
∂φ φi+1, j − φi+1, j−1
= + O(∆y) (2.42)
∂y i+1, j
∆y
∂φ φi, j − φi, j−1
= + O(∆y) (2.43)
∂y i, j
∆y
39
∆x ∆x ∆x
(a) Caso 1 (b) Caso 2 (c) Caso 3
∆x ∆x ∆x
(d) Caso 4 (e) Caso 5 (f) Caso 6
∆x ∆x ∆x
(g) Caso 7 (h) Caso 8 (i) Caso 9
∂2 φ
1 φi+1, j − φi+1, j−1 φi, j − φi, j−1
= − + O(∆x, ∆y) (2.44)
∂x∂y i, j ∆x ∆y ∆y
Estabelecidos Previamente
Será agora descrita uma abordagem que permitirá outras aproximações que
atendam a requisitos estabelecidos a priori. Por exemplo, considere que se de-
seja obter uma aproximação para dφ/dx usando os pontos i − 2, i − 1, i e i + 1, e
que o erro de truncamento seja de O((∆x)2 ). Primeiro escrevemos as expansões
de Taylor, que em notação compacta fica:
Obtém-se então,
a − b − 2c = 1 (2.48a)
a b 4
+ + c = 0 ⇒ a + b + 4c = 0 (2.48b)
2 2 2
a b 8
− − c = 1 ⇒ a − b − 8c = 6 (2.48c)
3! 3! 3!
4 5
a= , b=2 e c=− (2.49)
3 6
Substituindo agora estes coeficientes na soma das Eqs. (2.45) a (2.47) resulta:
4 5 4 5 4 10 dφ
φi+1 + 2φi−1 − φi−2 = + 2 − φi + −2+ ∆x
3 6 3 6 3 6 dx i
10 d 2 φ
3
2 2 2 1 10 d φ
+ +1− (∆x) + − + (∆x)3 + . . . (2.50)
3 6 dx2 i 9 3 9 dx3 i
Logo,
dφ 1 4 5 5
= φi+1 − φi + 2φi−1 − φi−2 + O(∆x2 ) (2.51)
dx i ∆x 3
2 6
Diferenças Finitas
d2φ
+ f (x) = 0 (2.52)
dx2
em diferenças finitas:
d2φ 2 d 4 φ
φi+1 − 2φi + φi−1
+ f (x) = + f (xi ) + (∆x)4 + . . . (2.53)
dx2 (∆x)2 4! dx4 i
ED = EDF + ET (2.54)
ou seja:
ET = ED − EDF (2.55)
2.2.1 Consistência
2.2.2 Estabilidade
∂φ(x,t) ∂2 φ(x,t)
=α (2.57)
∂t ∂x2
t ∆x
Nt
...
n+1
∆t
n
n-1
...
1 Condição Inicial
Conhecida
0
0 1 ... i-1 i i+1 ... Nx x
enquanto para a derivada segunda será usada uma diferença centrada dada por:
φn+1 − φni α
i
φni+1 − 2φni + φni−1 + O((∆x)2 , ∆t)
= 2
(2.60)
∆t (∆x)
α∆t 2
φn+1 = φni + n n n
φ − 2φi + φ i−1 + O((∆x) , ∆t) (2.61)
i
(∆x)2 i+1
∂2 φ φn+1 n+1
i+1 − 2φi + φn+1
i−1
= + O((∆x)2 ) (2.62)
∂x2 i,n+1 (∆x)2
φn+1 − φni α 2
i
φn+1 n+1
+ φn+1
= 2 i+1 − 2φi i−1 + O((∆x) , ∆t) (2.63)
∆t (∆x)
ou mais convenientemente:
α∆t n+1 α∆t α∆t
− φi+1 + 1 + 2 φn+1
i − 2 φn+1 = φni (2.64)
(∆x)2 (∆x)2 ∆x i−1
t ∆x
Nt
...
n+1
∆t
n
n-1
...
1 Condição Inicial
Conhecida
0
0 1 ... i-1 i i+1 ... Nx x
implı́cito simples.
φn+1 − φn−1
∂φ
= i i
+ O((∆t)2 ) (2.65)
∂t i,n
2∆t
de modo que a forma discretizada da Eq. (2.57), com formulação explı́cita, fica:
φn+1 − φn−1 α
i i
= 2 φni+1 − 2φni + φni−1 + O((∆x)2 , (∆t)2 )
(2.66)
2∆t ∆x
t ∆x
Nt
...
n+1
∆t
n
n-1
...
1 Condição Inicial
Conhecida
0
0 1 ... i-1 i i+1 ... Nx x
∆t 1
r=α ≤ (2.67)
(∆x)2 2
A representação dada pela Eq. (2.66) parece ser superior àquelas dadas pe-
las Eqs. (2.60) e (2.63) por apresentar um erro de truncamento de O((∆x)2 , (∆t)2 ).
No entanto, ela é incondicionalmente instável. A Eq. (2.66) não deve ser usada,
portanto, para a solução do problema de transferência de calor transiente unidi-
mensional.
lim ET = 0 (2.68)
∆x→0
∆t→0
de forma que a EDP dada pela Eq. (2.57) é então aproximada por:
φn+1
i − φni α n+1 n n+1 n n+1 n
= φi+1 + φ i+1 − 2(φ i + φ i ) + φ i−1 + φ i−1 (2.70)
∆t 2(∆x)2
t ∆x
Nt
...
n+1
∆t
n
n-1
...
1 Condição Inicial
Conhecida
0
0 1 ... i-1 i i+1 ... Nx x
∂2 φ ∂2 φ ∂2 φ
=θ 2 + (1 − θ) 2 (2.71)
∂x2 i,n ∂x i,n+1 ∂x i,n
2. θ = 12 − 12r
1
→ ET = O((∆x)4 , (∆t)2 )
√
3. θ = 12 − 12r
1
e 1
r = 20 → ET = O((∆x)6 , (∆t)2 )
1
0≤r≤ (2.72)
2 − 4θ
50
51
52
3.1.1 Um Exemplo
1 ∂T (x,t) ∂2 T (x,t)
= , 0<x<L , t >0 (3.1a)
α ∂t ∂x2
1 dΓ(t) d 2 ψ(x)
ψ(x) = Γ(t) (3.3)
α dt dx2
que pode ser mais convenientemente escrito dividindo-se a Eq. 3.3 pelo produto
ψ(x)Γ(t), resultando:
1 1 dΓ(t) 1 d 2 ψ(x)
= = λ = constante (3.4)
α Γ(t) dt ψ(x) dx2
1 1 dΓ(t)
=λ (3.5)
α Γ(t) dt
• λ = µ2 > 0
d 2 ψ(x)
2
− µ2 ψ(x) = 0 , 0 < x < L (3.7a)
dx
• λ=0
d 2 ψ(x)
=0 , 0<x<L (3.11a)
dx2
ψ(0) = 0 (3.11b)
ψ(L) = 0 (3.11c)
que após substituição das condições de contorno também resulta ψ(x) = 0, que
é a solução trivial.
• λ = −µ2 < 0
d 2 ψ(x)
2
+ µ2 ψ(x) = 0 , 0 < x < L (3.13a)
dx
ψ(0) = 0 (3.13b)
55
ψ(L) = 0 (3.13c)
C2 sin(µL) = 0 (3.15)
Para que a Eq. (3.15) seja satisfeita temos duas opções: C2 = 0, o que leva
a solução trivial, ou:
iπ
µi = , i = 1, 2, 3, . . . (3.16)
L
Esses infinitos valores discretos para µi são chamados autovalores. Para cada
um destes valores, tem-se as seguintes soluções:
iπ
ψi (x) = sin(µi x) = sin x (3.17)
L
A Eq. (3.6), referente a solução do problema para Γ(t), pode agora ser
escrita como:
2 !
iπ
Γi (t) = exp(−αµ2i t) = exp −α t (3.18)
L
2
Ti (x,t) = e−αµi t sin(µi x) (3.19)
e a solução geral, dada pela combinação linear das soluções, pode então ser
escrita como:
∞
2
T (x,t) = ∑ Ci e−αµi t sin(µi x) (3.20)
i=1
ZL 0 , se i 6= j
ψi (x)ψ j (x)dx = (3.21a)
0
N , se i = j
i
onde
ZL
Ni = ψ2i (x)dx (3.21b)
0
ZL
L
Ni = sin2 (µi x) dx = (3.22)
2
0
Vamos agora escrever a condição inicial a partir das Eqs. (3.1d) e (3.20):
∞
T (x, 0) = f (x) = ∑ Ci sin(µi x) (3.23)
i=1
ZL ZL ∞
f (x) sin(µ j x)dx = ∑ Ci sin(µix) sin(µ j x)dx (3.24)
i=1
0 0
ZL ∞ ZL
f (x) sin(µ j x)dx = ∑ Ci sin(µi x) sin(µ j x)dx (3.25)
i=1
0 0
ZL ZL
f (x) sin(µ j x)dx = C j sin2 (µ j x)dx (3.26)
0 0
ZL
1
Ci = f (x) sin(µi x)dx (3.27)
Ni
0
Deste modo, a solução geral, dada pela Eq. (3.20) pode ser reescrita como:
∞ ZL
1 2
T (x,t) = ∑ e−αµi t sin(µi x) f (x0 ) sin(µi x0 )dx0 (3.28)
i=1 Ni
0
onde
ZL
iπ L
µi = , Ni = sin2 (µi x) dx = (3.29)
L 2
0
1 ∂T (x,t) ∂2 T (x,t)
= , 0 < x < L, t >0 (3.30a)
α ∂t ∂x2
∂T
−k1 + h1 T = 0, x = 0, t >0 (3.30b)
∂x
∂T
k2 + h2 T = 0, x = L, t >0 (3.30c)
∂x
• Problema para t:
1 1 dΓ(t)
= −µ2 , t >0 (3.31)
α Γ(t) dt
2t
Γ(t) = e−αµ (3.32)
• Problema para x:
59
d 2 ψ(x)
+ µ2 ψ(x) = 0, 0<x<L (3.33a)
dx2
dψ(x)
−k1 + h1 ψ(x) = 0, x=0 (3.33b)
dx
dψ(x)
k2 + h2 ψ(x) = 0, x=L (3.33c)
dx
d dψ(x)
+ µ2 w(x) − d(x) ψ(x) = 0,
k(x) x0 < x < x1 (3.34a)
dx dx
dψ(x)
α1 ψ(x) − β1 = 0, x = x0 (3.34b)
dx
dψ(x)
α2 ψ(x) + β2 = 0, x = x1 (3.34c)
dx
Zx1
Ni = w(x)ψi (x)2 dx (3.36b)
x0
2
Ti (x,t) = e−αβi t ψi (x) (3.37)
e a solução geral, dada pela combinação linear das soluções fundamentais, pode
ser escrita como:
∞
2
T (x,t) = ∑ Ci e−αβi t ψi (x) (3.38)
i=1
∞
T (x, 0) = ∑ Ci ψi (x) = f (x) (3.39)
i=1
61
RL
Operando a Eq. (3.39) com ψi (x)(·)dx e aplicando-se a Propriedade da
0
Ortogonalidade obtém-se:
ZL
1
Ci = ψi (x) f (x)dx (3.40)
Ni
0
De modo que a solução final pode ser escrita substituindo-se a Eq. (3.40)
na Eq. (3.38), resultando:
∞ ZL
1 2
T (x,t) = ∑ e−αβi t ψi (x) ψi (x0 ) f (x0 )dx0 (3.41)
i=1 Ni
0
∂T
−k1 + h1 T = 0, x = 0, 0 < y < Ly , t >0 (3.42b)
∂x
∂T
k2 + h2 T = 0, x = L, 0 < y < Ly , t >0 (3.42c)
∂x
∂T
−k3 + h3 T = 0, y = L, 0 < x < Lx , t >0 (3.42d)
∂x
∂T
k4 + h4 T = 0, y = 0, 0 < x < Lx , t >0 (3.42e)
∂x
∂2 ψ(x, y) ∂2 ψ(x, y)
1 1 dΓ(t) 1
= + = −µ2 (3.44)
α Γ(t) dt ψ(x, y) ∂x2 ∂y2
1 1 dΓ(t)
= −µ2 , t >0 (3.45)
α Γ(t) dt
2t
Γ(t) = e−αµ (3.46)
∂2 ψ(x, y) ∂2 ψ(x, y)
+ + µ2 ψ(x, y) = 0 (3.47)
∂x2 ∂y2
1 d 2 X(x) 1 d 2Y (y)
+ = −µ2 (3.49)
X(x) dx2 Y (y) dy2
de onde verifica-se que para a igualdade ser satisfeita, o primeira termo do lado
esquerdo da Eq. (3.49) precisa ser uma constante, assim como o segundo termo
do lado esquerdo da mesma equação.
Desta forma temos definidos os seguintes problemas, após fazer uso do pro-
cedimento de separação de variáveis nos contornos:
• Problema para x:
d 2 X(x)
+ β2 X(x) = 0, 0 < x < Lx (3.50a)
dx2
64
dX(x)
−k1 + h1 X(x) = 0, x=0 (3.50b)
dx
dX(x)
k2 + h2 X(x) = 0, x = Lx (3.50c)
dx
• Problema para y:
d 2Y (y)
+ γ2Y (y) = 0, 0 < y < Ly (3.51a)
dy2
dY (y)
−k3 + h3Y (y) = 0, y=0 (3.51b)
dy
dY (y)
k4 + h4Y (y) = 0, y = Ly (3.51c)
dy
µ2 = β2 + γ2 (3.52)
2 2
Ti j (x, y,t) = e−α(βi +γ j )t Xi (x)Y j (y) (3.53)
e a solução geral, dada pela combinação linear das soluções fundamentais, pode
ser escrita como:
65
∞ ∞ 2 2
T (x, y,t) = ∑ ∑ Ci j e−α(βi +γ j )t Xi(x)Y j (y) (3.54)
i=1 j=1
ZLy ZLx
1
Ci j = Xi (x)Y j (y) f (x, y)dxdy (3.55)
NXi NY j
0 0
onde:
ZLx
NXi = Xi (x)2 dx (3.56)
0
ZLy
NY j = Y j (y)2 dy (3.57)
0
∞ ∞ ZLy ZLx
1 2 2
T (x, y,t) = ∑ ∑ e−α(βi +γ j )t Xi (x)Y j (y) Xi (x0 )Y j (y0 ) f (x0 , y0 )dx0 dy0
i=1 j=1 NXi NY j
0 0
(3.58)
∞ ∞ ∞
1 2 2 2
T (x, y, z,t) = ∑ ∑ ∑ NX NY NZ e−α(βi +γ j +ν` )t
i=1 j=1 `=1 i j `
Existe uma tendência natural de truncar cada uma das expansões em ordens
individuais, em cada direção, ou seja Nx , Ny e Nz , para os somatórios nos
ı́ndices i, j e ` respectivamente, no momento da implementação computacio-
nal da solução formal para problemas multidimensionais.
∂T
k + hi T = q00wi (x), x ∈ Si , i = 1, 2, ..., N, t >0 (3.61b)
∂ni
2 q000 (x)
∇ T f (x,t) + = 0, x ∈ V, t >0 (3.63a)
k
∂T f
k + hi T f = q00wi (x), x ∈ Si , i = 1, 2, ..., N, t >0 (3.63b)
∂ni
∂T ∗ ∂T f
k + hi T ∗ + k + hi T f = q00wi (x), x ∈ Si , i = 1, 2, ..., N, t >0
∂ni ∂ni
(3.64b)
1 ∂T ∗ (x,t)
= ∇2 T ∗ (x,t), x ∈ V, t >0 (3.65a)
α ∂t
∂T ∗
k + hi T ∗ = 0, x ∈ Si , i = 1, 2, ..., N, t >0 (3.65b)
∂ni
3.1.4.1 Exemplo
com o problema filtro para T f (x) dado pela versão em regime permanente do
problema (3.66), ou seja:
∂2 T f (x) q000
+ = 0, 0<x<L (3.68a)
∂x2 k
T f (0) = T0 (3.68b)
T f (L) = TL (3.68c)
cuja solução pode ser facilmente obtida integrando-se duas vezes a Eq. (3.68a)
71
αq000 2 αLq000
TL − T0
T f (x) = − x + x+ x + T0 (3.69)
2k 2k L
1 ∂T ∗ (x,t) ∂2 T ∗ (x,t)
= , 0 < x < L, t >0 (3.70a)
α ∂t ∂x2
cuja solução, obtida por meio do Método de Separação de Variáveis, é dada por:
∞
2
T ∗ (x,t) = ∑ Ci e−αµi t sin(µi x) (3.71)
i=1
onde
ZL ZL
1 ∗ iπ L
Ci = f (x) sin(µi x)dx, µi = , Ni = sin2 (µi x) dx = (3.72)
Ni L 2
0 0
Deste modo, a solução para o problema original pode ser escrita como:
αq000 2 αLq000
∞
TL − T0 2
T (x,t) = − x + x+ x + T0 + ∑ Ci e−αµi t sin(µi x)
2k 2k L i=1
(3.73)
72
∂T (x,t)
w(x) + L {T (x,t)} = P(x,t), x ∈ V, t >0 (4.1a)
∂t
73
74
∂ (·)
B ≡ α(x) (·) + β(x)k(x) (4.1e)
∂n
• Etapa 1:
∂Th (x,t)
w(x) + L {Th (x,t)} = 0, x ∈ V, t >0 (4.2a)
∂t
Z 0 , se i 6= j
w(x)ψi (x)ψ j (x)dV = (4.5a)
V
N , se i = j
i
com
Z
Ni = w(x)ψ2i (x)dV (4.5b)
V
• Etapa 2:
Consideremos que o potencial desejado, T (x,t), possa ser escrito como uma
expansão em termos da base de autofunções ψi (x), ou seja:
∞
T (x,t) = ∑ Ai (t)ψi (x) (4.6)
i=1
R
Aplicando-se o operador w(x)ψ j (x) (·) dV na Eq. (4.6) e utilizando a pro-
V
priedade da ortogonalidade obtém-se a seguinte expressão para Ai (t):
1 1
Z
Ai (t) = w(x)ψi (x)T (x,t)dV = T̄i (t) (4.7)
Ni Ni
V
76
Z
Transformada: T̄i (t) = w(x)ψi (x)T (x,t)dV (4.8a)
V
∞
1
Inversa: T (x,t) = ∑ T̄i (t)ψi (x) (4.8b)
i=1 Ni
Z
Transformada: T̄i (t) = w(x)ψ̃i (x)T (x,t)dV (4.9a)
V
∞
Inversa: T (x,t) = ∑ T̄i (t)ψ̃i (x) (4.9b)
i=1
ψi (x)
Z
ψ̃i (x) = 1/2
, Ni = w(x)ψi (x)2 dV (4.10)
Ni V
• Etapa 3:
R
Vamos operar a Eq. (4.1a) com ψ̃i (x) (·) dV , resultando:
V
∂T (x,t)
Z Z Z
w(x)ψ̃i (x) dV + ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = ψ̃i (x)P(x,t)dV (4.11)
∂t
V V V
77
Vamos analisar cada uma das três integrais que compõem a Eq. (4.11) se-
paradamente, de modo a expressá-las em termos dos potenciais transformados.
Observando a primeira integral, podemos escrever:
Z Z Z
ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = − ψ̃i (x)∇ · [k(x)∇T (x,t)] dV + ψ̃i (x)d(x)T (x,t)dV
V V V
(4.13)
Z Z
ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = µ2i w(x)ψ̃i (x)T (x,t)dV +
V V
Z
+ {T (x,t)∇ · [k(x)∇ψ̃i (x)] − ψ̃i (x)∇ · [k(x)∇T (x,t)]} dV (4.16)
V
78
Z
ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = µ2i T̄i (t)+
V
Z
+ {T (x,t)∇ · [k(x)∇ψ̃i (x)] − ψ̃i (x)∇ · [k(x)∇T (x,t)]} dV (4.17)
V
∂f
Z Z
∂g
[ f ∇ · (κ∇g) − g∇ · (κ∇ f )] dV = κ f −g dS (4.18)
∂n ∂n
V S
∂ψ̃i (x) ∂T (x,t)
Z Z
ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = µ2i T̄i (t) + k(x) T (x,t) − ψ̃i (x) dS
∂n ∂n
V S
(4.19)
∂T (x,t)
α(x)T (x,t) + k(x)β(x) = φ(x,t) (4.20a)
∂n
∂ψ̃i (x)
α(x)ψ̃i (x) + k(x)β(x) =0 (4.20b)
∂n
Multiplicando a Eq. (4.20a) por ψ̃i (x), a Eq. (4.20b) por T (x,t), e sub-
traindo a primeira da segunda, resulta:
∂ψ̃i (x) ∂T (x,t) ψ̃i (x)φ(x,t)
k(x) T (x,t) − ψ̃i (x) =− (4.21)
∂n ∂n β(x)
i (x)
k(x) ∂ψ̃∂n
∂ψ̃i (x) ∂T (x,t) φ(x,t)
k(x) T (x,t) − ψ̃i (x) = (4.22)
∂n ∂n α(x)
Observando que em um dado problema α(x) pode ser igual a zero ou β(x)
pode ser igual a zero, mas ambos não podem ser igual a zero simultaneamente,
a melhor forma de obtermos uma expressão geral para substituir no integrando
do segundo termo do lado direito da Eq. (4.19) é considerar tanto a Eq. (4.21)
quanto a (4.22). Para tanto, lembremos da seguinte propriedade matemática:
80
C E C+E
A= = = (4.23)
D F D+F
∂ψ̃i (x)
∂ψ̃i (x) ∂T (x,t) ψ̃i (x)φ(x,t) k(x) ∂n φ(x,t)
k(x) T (x,t) − ψ̃i (x) =− =
∂n ∂n β(x) α(x)
(4.24)
de forma que:
h i
φ(x,t) k(x) ∂ψ̃i (x) − ψ̃ (x)
∂ψ̃i (x) ∂T (x,t) ∂n i
k(x) T (x,t) − ψ̃i (x) = (4.25)
∂n ∂n α(x) + β(x)
h i
Z Z φ(x,t) k(x) ∂ψ̃i (x) − ψ̃i (x)
∂n
ψ̃i (x)L {T (x,t)} dV = µ2i T̄i (t)+ ḡ∗i (t), ḡ∗i (t) = dS
α(x) + β(x)
V S
(4.26)
Z
ḡ∗∗
i (t) = ψ̃i (x)P(x,t)dV (4.27)
V
d T̄i (t)
+ µ2i T̄i (t) + ḡ∗i (t) = ḡ∗∗
i (t) (4.28)
dt
d T̄i (t)
+ µ2i T̄i (t) = ḡi (t), gi (t) = ḡ∗∗ ∗
i (t) − ḡi (t) (4.29)
dt
A solução da Eq. (4.29) ainda requer uma condição inicial, T̄i (0), que pode
ser obtida operando-se a condição inicial do problema original, Eq. (4.1c), com
R
o operador w(x)ψ̃i (x) (·) dV , resultando:
V
Z
T̄i (0) = w(x)ψ̃i (x) f (x)dV = f¯i (4.30)
V
d T̄i (t)
+ µ2i T̄i (t) = ḡi (t), i = 1, 2, . . . (4.31a)
dt
com
h i
Z Z φ(x,t) k(x) ∂ψ̃i (x) − ψ̃i (x)
∂n
ḡi (t) = ψ̃i (x)P(x,t)dV − dS (4.31c)
α(x) + β(x)
V S
Z
f¯i = w(x)ψ̃i (x) f (x)dV (4.31d)
V
• Etapa 4:
O sistema de EDOs desacopladas dado pelas Eqs. (4.31a) a (4.31d) pode ser
resolvido analiticamente para os potenciais transformados, T̄i (t), resultando:
Zt
2 2 0
T̄i (t) = e−µi t f¯i + eµi t ḡi (t 0 )dt 0 (4.32)
0
82
• Etapa 5:
Uma vez que os potenciais transformados T̄i (t) são conhecidos, dados pela
Eq. (4.32), e as autofunções ψ̃i (x) são também conhecidas, dadas pela solução
do problema de autovalor de Sturm-Liouville, Eqs. (4.4a) e (4.4b), a fórmula
de inversão, Eq. (4.9b), pode ser utilizada, resultando na seguinte solução para
o potencial T (x,t):
∞ Zt
2 2 0
T (x,t) = ∑ ψ̃i (x)e−µi t f¯i + eµi t ḡi (t 0 )dt 0 (4.33)
i=1
0
Para fins práticos, o somatório da Eq. (4.33) é truncado em uma ordem fi-
nita N grande o suficiente para garantir a precisão desejada na solução. Assim,
completa-se a solução utilizando o procedimento sistemático da CITT, resul-
tando em uma expressão para o cálculo de T em qualquer posição x e instante
t.
Capı́tulo 5
Problemas Elı́pticos
nal
d 2 T (x) 1 000
+ q (x) = 0 , 0 < x < L (5.1a)
dx2 k
83
84
000
onde T representa a temperatura, k a condutividade térmica e q a intensidade
da fonte. Adimensionalmente, esse problema pode ser representado por:
d2u
− = f (X) , 0 < X < 1 (5.2a)
dX 2
onde
T
u= (5.3a)
TR
x
X= (5.3b)
L
L2 000
f (X) = q (LX) (5.3c)
kTR
onde
fi = f (Xi ) (5.5a)
ui = u(Xi ) (5.5c)
85
u0 = 0 (5.6a)
uNx = 0 (5.6b)
Conforme pôde ser visto na Seção 2.1, o problema descrito pelas Eqs. (5.1a)
e (5.1b) é transformado em um problema de solução do sistema de equações
algébricas lineares
Au = b (5.7)
onde
2 −1 0 0
0 ...
−1 2 −1 0 . . . 0
0 −1 2 −1 . . . 0
A= (5.8)
..
.
.. .. ..
. . . −1 2 −1
0 0 . . . 0 −1 2
86
u1
u2
u= (5.9)
..
.
uNx −1
f1 (∆X)2
f2 (∆X)2
b= (5.10)
..
.
fNx −1 (∆X)2
Deve ser alertado, no entanto, que a aproximação aqui apresentada não re-
presenta adequadamente a existência de geração térmica nas células próximas
às superfı́cies de contorno.
• Placa c
d 2 Tc (x) 1 000
+ qc (x, y) = 0 , 0 < x < xc (5.11a)
dx2 kc
Tc (x) = T0 , em x = 0 (5.11b)
87
Placa Placa
c r
x
x=xc x=xr
x=0
• Placa r
d 2 Tr (x) 1 000
+ qr (x, y) = 0 , xc < x < xr (5.12a)
dx2 kr
Tr (x) = T1 , em x = xr (5.12b)
dTc (x) dTr (x)
kc = kr (5.12d)
dx x=xc dx x=xc
Placa
c
T(0)=T0
∆x Nc+1
x
x=0 x=xc
ou então,
∆x2 000
Tci+1 − 2Tci + Tci−1 =− q , i = 1, 2, .., Nc − 1 (5.14)
kc ci
Tc0 = T0 (5.15)
89
ou então,
∆x2 000
Tri+1 − 2Tri + Tri−1 = − q , i = 1, 2, .., Nr − 1 (5.17)
kr ri
TrNr = T1 (5.18)
Placa
r
T(xr )=T1
∆x
x
x=xc x=xr
Das Figs. 5.2 e 5.3 podemos observar que temos um número total de Nc +
90
• Placa c
• Placa r
dTr (x) dTr (x) −3Tr0 + 4Tr1 − Tr2
= = + O(∆x2 ) (5.21)
dx x=xc dx i=0 2∆x
kc 3TcNc − 4TcNc −1 + TcNc −2 = kr (−3Tr0 + 4Tr1 − Tr2 ) (5.22)
∆x2 000
Tc2 − 2Tc1 + T0 = − q (5.24)
kc c1
∆x2 000
T1 − 2TrNr −1 + TrNr −2 =− q (5.25)
kr rNr −1
• Eq. (5.24)
∆x2 000
Tc2 − 2Tc1 + T0 = − q (5.26)
kc c1
• Eq. (5.14)
∆x2 000
Tci+1 − 2Tci + Tci−1 = − q , i = 1, 2, .., Nc − 1 (5.27)
kc ci
• Eq. (5.23)
• Eq. (5.17)
∆x2 000
Tri+1 − 2Tri + Tri−1 = − q , i = 1, 2, .., Nr − 2 (5.29)
kr ri
• Eq. (5.25)
∆x2 000
T1 − 2TrNr −1 + TrNr −2 = − q (5.30)
kr rNr −1
em Coordenadas Cilı́ndricas
Cilindro c dT
-k = h (T - T1 )
dr r=R
Cilindro r
rc
000 2 2
qi− 1 + π qci (ri+ 1 −r )L − qi+ 1 = 0 (5.31)
2 2 i− 1 2 2
sendo
00
qi− 1 = 2π qi− 1 ri− 1 L (5.32a)
2 2 2
00
qi+ 1 = 2π qi+ 1 ri+ 1 L (5.32b)
2 2 2
00
onde q representa o fluxo de calor (W /m2 ) e L representa a dimensão perpen-
dicular ao plano do papel. Como aqui será tratado apenas o caso do fluxo de
calor na direção radial, a dimensão perpendicular não ficará na formulação fi-
00
nal do problema. Ela foi usada apenas para demonstrar que o fluxo de calor q
possui unidade W /m2 e q possui unidade de potência W .
94
Cilindro c Cilindro r
∆r
ri=rc
rM=R
i-1/2 i+1/2
qi-1/2 qi+1/2
i-1 i i+1
00 dT (Ti − Ti−1 )
qi− 1 = −kc = −kc (5.33a)
2 dr r=r ∆r
i− 12
95
00 dT (Ti+1 − Ti )
qi+ 1 = −kc = −kc (5.33b)
2 dr r=r ∆r
i+ 12
ou então
∆r/2
q1/2
1 2
∆r
00 000 ∆r2
−2π q 1 r 1 L + π qc1 L = 0 (5.36)
2 2 4
96
00 dT T2 − T1
q = −kc
1 = −kc (5.37)
2 dr r=r 1
∆r
2
000
qc
T1 − T2 = 1 ∆r2 (5.38)
4kc
Cilindro c Cilindro r
qI-1/2 qI+1/2
I-1 I I+1
∆r ∆r/2
ri=rc
00 000 000
2π qI− 1 rI− 1 L + π qcI (rI2 − rI−
2
1 ) L + 2π qrI (r
2
I+ 1
− rI2 ) L−
2 2 2 2
00
− 2π qI+ 1 rI+ 1 L = 0 (5.39)
2 2
97
00 dT TI − TI−1
qI− 1 = −kc = −kc (5.40a)
2 dr r=r ∆r
I− 21
00 dT TI+1 − TI
qI+ 1 = −kr = −kr (5.40b)
2 dr r=r ∆r
I+ 21
ou então
Cilindro r Tamb
∆r/2
q r =R
M-1 qM-1/2 M
∆r
rM=R
00 2 000
2
2π qM− 1 rM− 1 L + π qrM (rM − rM− 1 ) L − 2π h rM L (TM − Tamb ) = 0 (5.44)
2 2 2
00 dT TM − TM−1
qM− 1 = −kr = −kr (5.45)
2 dr r=r ∆r
M− 12
000
(TM − TM−1 ) qr 2 2
−kr rM− 1 + M (rM − rM− 1 ) − h rM (TM − Tamb ) = 0 (5.46)
∆r 2 2 2
99
ou então,
000
qr ∆r 2 2
(kr rM− 1 + h rM ∆r) TM − kr rM− 1 TM−1 = M (rM − rM− 1 ) + h rM ∆r Tamb
2 2 2 2
(5.47)
• Eq. (5.35)
• Eq. (5.38)
000
qc
T1 − T2 = 1 ∆r2 (5.49)
4kc
• Eq. (5.42)
• Eq. (5.43)
• Eq. (5.47)
dT
−kr = h(TM |r=R − Tamb ) (5.53)
dr r=R
TM − TM−1
−kr = h(TM − Tamb ) (5.54)
∆r
ou então,
h∆r h∆r
1+ TM − TM−1 = Tamb (5.55)
kr kr
Primeiro, observe que para a obtenção da Eq. (5.54) a partir da Eq. (5.53)
foi empregada uma aproximação por diferenças atrasada com ET de O(∆X).
Segundo, você poderia ficar tentando usar a Eq. (apagado) ao invés da Eq.
(5.52) uma vez que a Eq. (5.55) é obtida diretamente da equação que modela
matematicamente a condição de contorno em r = R, Eq. (5.53).
101
Porém, comparando a Eq. (5.55) com a Eq. (5.52) você observa que na
primeira não aparece a contribuição da geração térmica na célula próxima à
superfı́cie externa do cilindro r.
T (0, y) = T1 (5.56b)
T (a, y) = T2 (5.56c)
T (x, 0) = T3 (5.56d)
102
T (x, b) = T4 (5.56e)
y y
∆x
J
T4
...
b j+1
i-1, j+1 i, j+1 i+1,j+1
∆y
i-1, j i, j i+1,j
j
i-1, j-1 i, j-1 i+1,j-1
j-1
T1 T2
...
1
0
0 a x
T3 0
0 1 2 ... i-1 i i+1 ... I x
(a) Domı́nio contı́nuo (domı́nio fı́sico). (b) Domı́nio discreto (malha computacional).
∂2 T
Ti+1, j − 2Ti, j + Ti−1, j
2
= + O(∆x2 ) (5.57a)
∂x i, j
∆x2
∂2 T
Ti, j+1 − 2Ti, j + Ti, j−1
2
= 2
+ O(∆y2 ) (5.57b)
∂y i, j
∆y
e tomando o valor da fonte em cada nó da malha, q000 i, j , a Eq. (5.56a) é repre-
sentada para os nós interiores com a seguinte aproximação:
Fazendo:
∆x = ∆y = ∆ (5.59)
∆2 000
Ti+1, j + Ti−1, j − 4Ti, j + Ti, j+1 + Ti, j−1 + q i, j = 0 (5.60)
k
Observe que para os nós (0, 0) e (I, 0) optamos pela condição T (x, 0) = T3 .
Poderı́amos ter usado T0,0 = T1 e T0,I = T2 . Para os nós (0, J) e (I, J) optamos
pela condição T (x, b) = T4 . Nestes casos poderı́amos ter feito T0,J = T1 e TI,J =
T2 . De fato, nenhum dos nós nos quatro cantos da malha computacional são
usados nas equações dos nós interiores, Eq. (5.58).
J
...
j+1
j-1
...
1 Condição Inicial
Conhecida
0
0 1 2 ... i-1 i i+1 ... I-1 I x
Problemas Parabólicos
∂T (x,t)
−k + h1 T (x,t)|x=0 = h1 T∞,1 , t > 0 (6.1b)
∂x x=0
105
106
∂T (x,t)
k + h2 T (x,t)|x=0 = h2 T∞,2 , t > 0 (6.1c)
∂x x=L
n n − 2T n + T n
∂2 T (x,t) Ti+1 i i−1
= + O(∆x2 ) (6.4)
∂x2 i ∆x2
n − 2T n + T n
1 Tin+1 − Tin Ti+1 i i−1 1 000
= 2
+ qi n , para i = 1, 2, ..., N − 1 (6.5)
α ∆t ∆x k
Definindo-se
∆t
r=α (6.6)
∆x2
∆t 000 n
Tin+1 = r Ti−1
n
+ (1 − 2r) Tin + r Ti+1
n
+α q , i = 1, 2, ..., N − 1 (6.7)
k i
T¥ ,1 q1/2 1
0 2
q"conv0 = h1 (T¥ ,1 - T0 )
∆x/2 ∆x
∆x ∂T n
000 n ∆x
qconv0 − q1/2 + q0 A = ρ cp A (6.8)
2 2 ∂t 0
00
qconv0 = qconv0 A = h1 A (T∞,1 − T0n ) (6.9)
e
∂T n T1n − T0n
00
q 1 = q A = −A k
1 = −A k (6.10)
2 2 ∂x i= 1 ∆x
2
2 α h1 ∆t 2 α h1 ∆t n 2 α ∆t n 2 α ∆t n 2 α ∆t 000 n
T0n+1 = T0n + T∞,1 − T0 + T − T + q0
k ∆x k ∆x ∆x2 1 ∆x2 0 2k
(6.12)
Definindo:
2r h1 ∆x
λ1 = (6.13)
k
e usando a definição dada pela Eq. (6.6), a Eq. (6.12) é reescrita de forma
simplificada:
α∆t 000 n
T0n+1 = (1 − λ1 − 2r) T0n + 2r T1n + λ1 T∞,1 + q (6.14)
k 0
Vamos agora demonstrar como a Eq. (6.14) também pode ser obtida usando
o nó fictı́cio i = −1 representado na Fig. 6.2.
109
-1 0 1 2 N-1 N N+1
∆x/2 ∆x ∆x/2
(a) x = 0. (b) x = L.
T1n − T−1
n
−k + h1 T0n = h1 T∞,1 (6.15)
2∆x
ou seja:
n 2h1 ∆x n
T−1 = T1n − (T0 − T∞,1 ) (6.16)
k
α ∆t 000 n
T0n+1 = r T−1
n
+ (1 − 2r) T0n + r T1n + q0 (6.17)
k
α∆t 000 n
T0n+1 = (1 − λ1 − 2r) T0n + 2r T1n + λ1 T∞,1 + q (6.19)
k 0
110
n n 2h2 ∆x n
TN+1 = TN−1 − (TN − T∞,2 ) (6.21)
k
Escrevendo a equação dos nós interiores, Eq. (6.7), para o nó no contorno
em x = L, ou seja, o nó i = N, obtém-se:
∆t 000 n
TNn+1 = r TN−1
n
+ (1 − 2r) TNn + r TN+1
n
+α q (6.22)
k N
2r h2 ∆x n α ∆t 000 n
TNn+1 = r TN−1
n
+(1−2r) TNn +r TN−1
n
− (TN −T∞,2 )+ q (6.23)
k k N
Definindo ainda
2r h2 ∆x
λ2 = (6.24)
k
obtém-se
α ∆t 000 n
TNn+1 = (1 − λ2 − 2r) TNn + 2r TN−1
n
+ λ2 T∞,2 + q (6.25)
k N
• Para o nó i = 0
α ∆t 000 n
T0n+1 = (1 − λ1 − 2r) T0n + 2r T1n + λ1 T∞,1 + q (6.26a)
k 0
∆t 000 n
Tin+1 = r Ti−1
n
+ (1 − 2r) Tin + r Ti+1
n
+α q (6.26b)
k i
• Para o nó i = N
α ∆t 000 n
TNn+1 = (1 − λ2 − 2r) TNn + 2r TN−1
n
+ λ2 T∞,2 + q (6.26c)
k N
∆t 1
r=α 2
≤ (6.28)
∆x 2
112
n n − 2T n + T n
∂2 T (x,t) Ti+1 i i−1
= + O(∆x2 ) (6.29)
∂x2 i ∆x2
n+1
Ti+1 − 2Tin+1 + Ti−1
n+1
1 000 n 1 Tin+1 − Tin
+ q = , i = 1, 2, ..., N − 1 (6.30)
∆x2 k i α ∆t
Usando a definição dada pela Eq. (6.6) para r, a Eq. (6.30) é escrita como:
n+1
−rTi−1 + (1 + 2r) Tin+1 − r Ti+1
n+1
= din , i = 1, 2, ..., N − 1 (6.31)
onde:
α∆t 000 n
din = Tin + q (6.32)
k i
α∆t 000 n
(1 + 2r + λ1 ) T0n+1 − 2r T1n+1 = T0n + λ1 T∞,1 + q (6.34)
k 0
Vamos demonstrar agora que este mesmo resultado pode ser obtido empre-
gando o nó fictı́cio i = −1. A partir da condição de contorno em x = 0 dada
113
pela Eq. (6.1b) escrevemos uma equação semelhante à Eq. (6.15), mas as tem-
peraturas são agora consideradas no instante n + 1, ou seja:
T1n+1 − T−1
n+1
−k + h1 T0n+1 = h1 T∞,1 (6.35)
2∆x
n+1
−r T−1 + (1 + 2r) T0n+1 − r T1n+1 = d0n , i = 1, 2, ..., N − 1 (6.37)
com
α ∆t 000 n
d0n = T0n + q (6.38)
k 0
Usando a definição de λ1 dada pela Eq. (6.13) escreve-se então a Eq. (6.39)
como:
α ∆t 000 n
(1 + 2r + λ1 ) T0n+1 − 2r T1n+1 = T0n + λ1 T∞,1 + q (6.40)
k 0
n+1 n+1
TN+1 − TN−1
k + h2 TNn+1 = h2 T∞,2 (6.41)
2∆x
de onde obtém-se:
n+1
−r TN−1 + (1 + 2r) TNn+1 − r TN+1
n+1
= dNn (6.43)
com:
α ∆t 000 n
dNn = TNn + q (6.44)
k N
Usando a definição de λ2 dada pela Eq. (6.24) escreve-se então a Eq. (6.45)
como:
n+1 α ∆t 000 n
−2r TN−1 + (1 + 2r + λ2 ) TNn+1 = TNn + λ2 T∞,2 + q (6.46)
k N
• para i = 0
α ∆t 000 n
(1 + 2r + λ1 ) T0n+1 − 2r T1n+1 = T0n + λ1 T∞,1 + q (6.47a)
k 0
n+1 α ∆t 000 n
−r Ti−1 + (1 + 2r) Tin+1 − r Ti+1
n+1
= Tin + q (6.47b)
k i
• para o nó i = N:
n+1 α ∆t 000 n
−2r TN−1 + (1 + 2r + λ2 ) TNn+1 = TNn + λ2 T∞,2 + q (6.47c)
k N
onde:
(1 + 2r + λ1 ) −2r ... 0
−r (1 + 2r) −r
..
. −r (1 + 2r) −r
A=
...
−r (1 + 2r) −r
0 −2r (1 + 2r + λ2 )
(6.48b)
T
n+1
T = T0n+1 T1n+1 ... TNn+1 (6.48c)
T0n + λ1 T∞,1 + α∆t 000 n
k q 0
T1n + α∆t 000 n
k q 1
..
.
g= (6.48d)
Tin + α∆t 000 n
k q i
..
.
TNn + λ2 T∞,2 + α∆t 000 n
k q N
Temperatura
∂ ∂T (x,t) 000 ∂T (x,t)
k(T (x,t)) + q (x,t) = C(T (x,t)) , 0<x<L e t >0
∂x ∂x ∂t
(6.50a)
∂T (x,t)
k(T (x,t)) = h1 (T (x,t)|x=0 − T∞1 ) , para t > 0 (6.50b)
∂x x=0
∂T (x,t)
−k(T (x,t)) = h2 (T (x,t)|x=L − T∞2 ) , para t > 0 (6.50c)
∂x x=L
sendo
C(T (x,t)) = ρc p (T ) (6.51)
000
onde q (x,t) é o termo fonte, k(T (x,t)) é a condutividade térmica do meio com
dependência na temperatura, c p (T (x,t)) é o calor especı́fico com dependência
na temperatura, e os outros sı́mbolos já foram definidos na Seção 6.1.
∆x
i-1/2 i+1/2
i-1 i i+1
∆x
(x,t) n (x,t) n
k(T ) ∂T∂x − k(T ) ∂T∂x
∂T (x,t) n
∂ i+1/2 i−1/2
k(T ) = (6.52)
∂x ∂x i ∆x
onde
n 1 n n
1 n
= k(Tin ) + k(Ti+1
ki+1/2 = ki + ki+1 ) (6.54a)
2 2
n 1 n n
1
= k(Tin ) + k(Ti−1
n
ki−1/2 = ki + ki−1 ) (6.54b)
2 2
1 h n n n
n n n
i 000 n
2
ki+1/2 Ti+1 − Ti − ki−1/2 Ti − Ti−1 + qi =
∆x
n+1 n
T − Ti
Cni i , i = 1, 2, ..., N − 1 (6.56)
∆t
ou então,
∆t h n
Tin+1 Tin + n n
= k Ti+1 − T i − (6.57)
Cni ∆x2 i+1/2
n n n
i ∆t 000 n
− ki−1/2 Ti − Ti−1 + n qi , i = 1, 2, ..., N − 1
Ci
∆t n
Tin+1 = Tin + n
n
Ti+1 − Tin
n 2
ki + ki+1 (6.58)
2Ci ∆x
∆t 000 n
kin + ki−1
n
n n
− Ti − Ti−1 + n qi , i = 1, 2, ..., N − 1
Ci
ou então,
n 2h1 ∆x n
T−1 = T1n − (T0 − T∞1 ) (6.60)
k0n
Escrevendo a equação para nós interiores, Eq. (6.58), para o nó sobre a
superfı́cie de contorno, i = 0, obtém-se
∆t n ∆t 000 n
T0n+1 = T0n + n n n n n
n n
(k0 + k1 ) (T1 − T0 ) − k0 + k−1 T0 − T−1 + n q0
2Cn0 ∆x2 C0
(6.61)
n , e com a Eq. (6.61) calcula-se então T n+1 ,
Com a Eq. (6.60) calcula-se T−1 0
120
observando que
n n
k−1 = k(T−1 ) (6.62)
n −Tn
TN+1
N−1
−kNn = h2 (TNn − T∞2 ) (6.63)
2∆x
ou então,
n n 2h2 ∆x n
TN+1 = TN−1 − (TN − T∞2 ) (6.64)
kNn
Escrevendo a equação para nós interiores, Eq.(6.58), para o nó sobre a su-
perfı́cie de contorno, i = N, obtém-se
∆t n
TNn+1 = TNn + n
n n
kN + kN+1 TN+1 − TN − (6.65)
2CnN ∆x2
∆t 000 n
kNn + kN−1
n
n n
− TN − TN−1 + n qN , i = 1, 2, ..., N − 1
CN
n
Com a Eq. (6.64) calcula-se TN+1 e com a Eq. (6.65) calcula-se então TNn+1 ,
observando que
n n
kN+1 = k(TN+1 ) (6.66)
Observe que as Eqs. (6.60) e (6.61), assim como as Eqs. (6.64) e (6.65),
poderiam ter sido combinadas, mas optou-se aqui por mantê-las separadas para
obter maior clareza na apresentação.
n 2h1 ∆x n
T−1 = T1n − (T0 − T∞1 ) (6.67a)
k0n
121
∆t
T0n+1 = T0n + [(kn + k1n ) (T1n − T0n ) − (6.67b)
2Cn0 ∆x2 0
∆t 000
k0n + k−1
n
n n
+ + n q0 n
− T0 − T−1
C0
∆t n
Tin+1 = Tin + n
n
Ti+1 − Tin
n 2
ki + ki+1 (6.68)
2Ci ∆x
∆t 000 n
kin + ki−1
n
n n
− Ti − Ti−1 + n qi
Ci
n n 2h2 ∆x n
TN+1 = TN−1 − (TN − T∞2 ) (6.69)
kNn
∆t n
TNn+1 = TNn + n
n n
n kN + kN+1 TN+1 − TN − (6.70)
2CN ∆x2
∆t 000 n
kNn + kN−1
n
n n
− TN − TN−1 + n qN
CN
Observa-se a partir das Eqs. (6.67a) e (6.68) que optou-se aqui pela formulação
explı́cita para a aproximação por diferenças finitas para o problema, Eqs. (6.50a
- 6.50d), onde a condição inicial, Eq. (6.50d), é escrita para os nós da malha
computacional da seguinte forma
∆t 1
αni 2
≤ (6.72)
∆x 2
• Placa c
x
x=xc x=xr
x=0
∂Tc (x,t)
= 0, em x = 0 e t > 0 (6.74b)
∂x2 x=0
• Placa r
000 000
onde qc e qr representam os termos fontes, kc e kr são as condutividades
térmicas, h é o coeficiente de troca térmica por convecção (coeficiente de pelı́cula),
T f é a temperatura do fluido ao redor da superfı́cie de contorno em x = xr , Tcini
e Trini são as distribuições iniciais de temperatura, e as difusividades térmicas
são dadas por
kc
αc = (6.76a)
ρc c pc
124
kr
αr = (6.76b)
ρr c pr
∂Tc (x,t) ∂Tc (x,t)
kc = kr (6.77b)
∂x x=xc ∂x x=xc
de onde se obtém
∆t n α ∆t 000
c
Tcn+1 n n
= αc 2 Tci+1 − 2Tci + Tci−1 + q n , i = 1, 2, ..., Nc − 1 (6.81)
i
∆xc kc ci
Devem ser feitas aqui duas observações. A primeira é relativa à Eq. (6.78).
Ao se tomar as temperaturas no instante n tem-se então a formulação explicita,
de forma que em cada equação ter-se-à apenas uma incógnita, conforme pode
ser observado na Eq. (6.81). A segunda observação é relativa ao emprego da
discretização na placa c como
xc
∆xc = (6.82)
Nc
xr − xc
∆xr = (6.83)
Nr
Considera-se então que as discretizações nas duas placas podem ser dife-
rentes, se ∆xc 6= ∆xr , mas tem-se em cada placa uma discretização regular, ou
seja, a distância entre quaisquer dois nós consecutivos em uma mesma placa é
constante. Em todo este livro são consideradas malhas regulares, à exceção do
126
Tcn1 − Tcn−1
=0 (6.84)
2∆x
Logo,
Tcn−1 = Tcn1 (6.85)
Escrevendo, então, a Eq. (6.81) para nós interiores no nó que representa a
superfı́cie de contorno em x = 0, ou seja i = 0, obtém-se
∆t n α ∆t 000
c
Tcn+1
0
n n
= αc 2 Tc1 − 2Tc0 + Tc−1 + qc0n (6.86)
∆xc kc
∆t αc ∆t 000 n
Tcn+1 = 2αc Tcn1 − Tcn0 + q (6.87)
0 2
∆xc kc c0
∆t n α ∆t 000
r
Trn+1 = αr T − 2T n
+ T n
ri−1 + q n , i = 1, 2, ..., Nr − 1 (6.88)
i
∆xr2 ri+1 ri
kr ri
TrnN − TrnN
−kr r+1 r−1
= h TrnNr − T1 (6.89)
2∆xr
ou então,
2h∆xr n
TrnN = TrnN − TrNr − T1 (6.90)
r+1 r−1 kr
127
Escrevendo, então, a equação para nós interiores, Eq. 6.88, no nó que re-
presenta a superfı́cie de contorno em x = xc , ou seja no nó i = Nr , obtém-se
∆t n α ∆t 000
r
Trn+1 = αr T − 2T n
+ T n
rNr−1 + q n (6.91)
Nr
∆xr2 rNr+1 rNr
kr rNr
00 00 ∆xc 00 ∆xr
00 ∆xc ∆xr ∂T
qcN A−qr1/2 A+qcNc A+qr A = ρc c pc A + ρr c pc A
c−1/2 2 2 2 2 ∂t x=xc
(6.92)
∆xc/2 ∆xr/2
Placa c Placa r
qcN -1/ 2
c 0 1
Nc-1 Nc qr1/ 2
∆xc ∆xr
x=xc
TcnNc − TcnNc −1 Trn1 − Trn0
− 2kc + 2kr +
∆xc ∆xr
000 000 ∂T
+ qNc ∆xc + qr ∆xr = (ρc c pc ∆xc + ρr c pr ∆xr ) (6.95)
∂t x=xc
000
− 2kc ∆xr TcNc − TcNc −1 ∆t + 2kr ∆xc Tr1 − TcNc ∆t + qcNnc ∆xc2 ∆xr ∆t+
n n n n
000 n
2 n+1 n
+ qr ∆xc ∆xr ∆t = (ρc c pc ∆xc + ρr c pr ∆xr ) ∆xc ∆xr TcNc − TcNc (6.98)
1
Tcn+1 = TcnNc + × (6.99)
Nc
(ρc c pc ∆xc2 ∆xr + ρr c pr ∆xc ∆xr2 )
n h
n n
× −2∆t kc ∆xr TcNc − TcNc −1 +
i 000 000 n
o
n n n
+ kr ∆xc Tr1 − TcNc + ∆xc ∆xr ∆t qcNc ∆xc + qr0 ∆xr
equações:
∆t αc ∆t 000 n
Tcn+1 = 2αc Tc
n
− Tc
n
+ q (6.100)
0
∆xc2 1 0
kc c0
∆t n α ∆t 000
c
Tcn+1 = αc Tci+1 − 2T n
ci + T n
ci−1 + q n (6.101)
i 2
∆xc kc ci
1
Tcn+1 = Tc
n
+ × (6.102)
Nc Nc
(ρc c pc ∆xc2 ∆xr + ρr c pr ∆xc ∆xr2 )
n h
× −2∆t kc ∆xr TcnNc − TcnNc −1 +
i 000 000 n
o
n n n
+ kr ∆xc Tr1 − TcNc + ∆xc ∆xr ∆t qcNc ∆xc + qr0 ∆xr
∆t n α ∆t 000
r
Trn+1 = αr Tri+1 − 2T n
ri + T n
ri−1 + q n (6.103)
i 2
∆xr kr ri
2h∆xr n
TrnN = TrnN − TrNr − T1 (6.104)
r+1 r−1 kr
∆t n α ∆t 000
r
Trn+1 = αr TrNr+1 − 2T n
rNr + T n
rNr−1 + q n (6.105)
Nr 2
∆xr kr rNr
se respeitar a condição
∆t ∆t 1
max αc 2 , αr 2 ≤ (6.106)
∆xc ∆xr 2
Coordenadas Cilı́ndricas
como
000
∂T
2 2 2 2
qi− 1 + qci π ri+ 1 − ri− 1 L − qi+ 1 = ρc c pc π ri+ 1 − ri− 1 L (6.109)
2 2 2 2 2 2 ∂t r=ri
onde
000
qi− 1 = 2π qci ri− 1 L (6.110a)
2 2
000
qi+ 1 = 2π qci ri+ 1 L (6.110b)
2 2
∂T n Tin − Ti−1
n
qi− 1 = −kc = −kc (6.111a)
2 ∂r r=ri − 1 ∆r
2
∂T n n −Tn
Ti+1 i
qi+ 1 = −kc = −kc (6.111b)
2 ∂r r=ri + 1 ∆r
2
por
kc
αc = (6.114)
pc c pc
e
2 2
ai = ri+ 1 −r , i = 2, 3, ..., I − 1 (6.115)
2 i− 1 2
Definindo
αc ∆t
pc = (6.116)
∆r2
2pc ∆r h
Tin+1 Tin + n
− Tin −
= ri+ 1 Ti+1 (6.117)
ai 2
i 000 ∆t
Tin − Ti−1
n
+ qcin
− ri− 1
2 pc c pc
com i = 2, 3, ..., I − 1.
∆r2 ∆r2 ∂T
00 000
q 2πr 1 L + qc1 π
1 L = ρc c pc π L (6.118)
2 2 4 4 ∂t i=1
∂T n T2n − T1n
00
q = −kc
1 = −kc (6.119)
2 ∂r r=r 1 ∆r
2
Por fim, aplicando as Eqs. (6.119) e (6.120) na Eq. (6.118), tem-se a se-
133
guinte expressão:
000 ∆t
T1n+1 = (1 − 4pc ) T1n + 4pc T2n + qc1n (6.121)
ρc c p c
onde pc é dado pela Eq. (6.116). Na Fig. 5.8 é representada a interface entre os
cilindros c e r. É aqui assumido que o contato térmico entre os cilindros c e r é
perfeito.
00 000
000
00
2 2 2 2
qI− 1 2πrI− 1 L − qcI π rI − rI− 1 L + qrI π rI+ 1 − rI L − qI+ 1 2πrI+ 1 L =
2 2 2 2 2 2
n o ∂T
ρc c pc π rI2 − rI−
2
1
2
+ ρr c pr π rI+ 1 − rI
2
L (6.122)
2 2 ∂t r=rI
∂T n TIn − TI−1
n
00
qI− 1 = −kc = −kc (6.123a)
2 ∂r r=r ∆r
I− 21
∂T n n −Tn
00 TI+1 I
qI+ 1 = −kr = −kr (6.123b)
2 ∂r r=r ∆r
I+ 21
Por fim, aplicando as Eqs. (6.123) e (6.124) na Eq. (6.122), tem-se a se-
guinte expressão:
2∆t h
TIn+1 TIn + n
− TIn −
= kr rI+ 1 TI+1 (6.125)
δ∆r 2
n n
i ∆t 000 − 000 +
− kc rI− 1 TI − TI−1 + qcI aI + qrI aI
2 δ
134
onde
a− 2 2
I = rI − rI− 1 (6.126a)
2
a+ 2 2
I = rI+ 1 − rI (6.126b)
2
δ = ρr c pr a− +
I + ρr pr aI (6.126c)
2pr ∆r h
Tin+1 = Tin + n
− Tin
ri+ 1 Ti+1 (6.127)
ai 2
i 000 ∆t
− ri− 1 Tin − Ti−1
n
+ q ri n , i = I + 1, I + 2, ..., M − 1
2 ρr c pr
onde
αr ∆t
pr = (6.128)
∆r2
∂T (x,t)
−kr = h (T (r,t)|r=R − Tamb ) (6.129)
∂r r=R
Cilindro r
∆r/2
M-1 M M+1
∆r
rM=R
n
(TM+1 n )
− TM−1
−kr = h (TMn − Tamb ) (6.130)
2∆r
de onde obtém-se
n n 2h∆r
TM+1 = TM−1 + (Tamb − TMn ) (6.131)
kr
2pr ∆r 000 ∆t
TMn+1 = TMn + n
− TMn − rM−1/2 TMn − TM−1
n
+ qrMn
rM+1/2 TM+1
aM ρr c p r
(6.132)
000 ∆t
T1n+1 = (1 − 4pc ) T1n + 4pc T2n + qc1n (6.133)
ρc c p c
2pc ∆r h
Tin+1 Tin + n
− Tin −
= ri+ 1 Ti+1 (6.134)
ai 2
i 000 ∆t
Tin − Ti−1
n
+ qcin
− ri− 1
2 pc c pc
• Eq. 6.125, i = I,
2∆t h
TIn+1 TIn + n
− TIn −
= kr rI+ 1 TI+1 (6.135)
δ∆r 2
i ∆t 000 − 000
− kc rI− 1 TIn − TI−1
n
+ qcI aI + qrI a+
I
2 δ
2pr ∆r h
Tin+1 = Tin + n
− Tin
ri+ 1 Ti+1 (6.136)
ai 2
i 000 ∆t
− ri− 1 Tin − Ti−1
n
+ qri n , i = I + 1, I + 2, ..., M − 1
2 ρr c pr
137
n n 2h∆r
TM+1 = TM−1 + (Tamb − TMn ) (6.137)
kr
2pr ∆r
TMn+1 = TMn + n
− TMn −
rM+1/2 TM+1 (6.138)
aM
000 ∆t
− rM−1/2 TMn − TM−1
n
+ qrMn
ρr c pr
Nesta seção, para a obtenção das aproximações por diferenças finitas com
a formulação implı́cita para o problema considerado na Seção anterior, 6.4.1.1,
partiremos diretamente das equações obtidas naquela seção com a formulação
explı́cita.
expressão:
2pc ∆r 000 n ∆t
Tin+1 = Tin + n+1
− Tin+1 − ri−1/2 Tin+1 − Ti−1
n+1
ri+1/2 Ti+1 +qci
ai ρc c p c
(6.141)
Definindo
2pc ∆r
Ai = (6.142a)
ai
onde pc é dado pela Eq. (6.116) e ai pela Eq. (6.115), a Eq. (6.141) é rescrita
como
000 ∆t
T1n+1 = T1n + 4pc (T2n − T1n ) + qc1n (6.144)
ρc c pc
000 ∆t
T1n+1 = T1n + 4pc T2n+1 − T1n+1 + qc1n
(6.145)
ρc c p c
de onde resulta
000 ∆t
(1 + 4pc )T1n+1 − 4pc T2n+1 = T1n + qc1n (6.146)
ρc c pc
2∆t
TIn+1 = TIn + n+1
− TIn+1
kr rI+1/2 TI+1 (6.147)
δ∆r
∆t 000 n − 000
− kc rI−1/2 TIn+1 − TI−1
n+1
= qcI aI + qrI n a+
I
δ
onde a− +
I , aI e δ são dados pela Eq. (6.126)
Definindo
2∆t
BrI+1/2 = kr r (6.148a)
δ∆r I+1/2
2∆t
BrI−1/2 = kr r (6.148b)
δ∆r I−1/2
n+1
− Br TI−1 + (1 + Br + Br )TIn+1 −
I− 12 I+ 21 I− 12
∆t 000 n − 000
− Br n+1 n
1 TI+1 = TI + qcI aI + qrI n a+
I (6.149)
I+ 2 δ
2pr ∆r 000 n ∆t
Tin+1 = Tin + n+1
− Tin+1 − ri−1/2 Tin+1 − Ti−1
n+1
ri+1/2 Ti+1 +qri
ai ρr c pr
(6.150)
140
Definindo
2pr ∆r
Ci = (6.151a)
ai
onde pr dado pela Eq. (6.128). Assim, a Eq. (6.150) pode ser reescrita como:
n+1
− Cri−1/2 Ti−1 + (1 + Cri+1/2 + Cri−1/2 )Tin+1 − Cri+1/2 Ti+1
n+1
=
000 ∆t
Tin + qri n , i = I + 1, I + 2, ..., M − 1 (6.152)
ρr c pr
00 000 2 2
2πqM−1/2 rM−1/2 L + qrMn π(rM − rM−1/2 )L − 2πhrM L(TM − Tamb ) =
2 2 ∂T
ρr c pr π(rM − rM−1/2 )L (6.153)
∂t r=rM
TMn+1 − TM−1
n+1
00 ∂T
qM−1/2 = −kr = −kr (6.154)
∂t r=rM ∆r
TMn+1 − TM−1
n
∂T
= (6.155)
∂t r=rM ∆r
e definindo
a− 2 2
M = rM − rM−1/2 (6.156a)
2rM−1/2 αr ∆t
sM−1/2 = (6.156b)
∆r a−
M
141
2hrM αr ∆t
vM = (6.156c)
∆r a− M
n+1 000 ∆t
−sM−1/2 TM−1 +(1+sM−1/2 +vM )TMn+1 = TMn +qrMn +vM Tamb (6.157)
ρr c pr
000 ∆t
(1 + 4ρc )T1n+1 − 4pc T2n+1 = T1n + qc1n (6.158)
ρc c pc
• Eq. (6.143),
• Eq. (6.149), i = I,
n+1
− BrI−1/2 TI−1 + (1 + BrI+1/2 + BrI−1/2 )TIn+1 −
∆t 000 n − 000
n+1
− BrI+1/2 TI+1 = TIn + qcI aI + qrI n a+
I (6.160)
δ
• Eq. (6.152),
n+1
− Cr Ti−1 + (1 + Cr + Cr )Tin+1 − Cr n+1
Ti+1 =
i− 12 i+ 12 i− 21 i+ 21
000 ∆t
Tin + qri n , i = I + 1, I + 2, ..., M − 1 (6.161)
ρr c pr
142
• Eq. (6.157), i = M
n+1 000 ∆t
− sM− 1 TM−1 + (1 + sM− 1 + vM )TMn+1 = TMn + qrMn + vM Tamb
2 2 ρr c pr
(6.162)
As Eqs. (6.158 − 6.162) têm duas ou três incógnitas cada, sendo portanto,
acopladas. Para a obtenção das temperaturas Tin+1 , i = 1, 2, ..., M, a partir do
conhecimento das temperaturas Tin , i = 1, 2, ..., M, é necessário resolver o sis-
tema de equações algébricas lineares Eqs. (6.158 − 6.162) a cada instante de
tempo. A molécula de cálculo está representada na Fig. 2.9.
Folga
Cilindro c Cilindro r
qI-1/2 qI+1/2
I-1 I+1
I int
00 000
qI−1/2 2πrI−1/2 L + qcI π(rI2 − rI−1/2
2
)L − h f 2πrI L(TI − Tint ) =
∂T
ρr c pc π(rI2 − rI−1/2
2
)L (6.165)
∂t r=rI
∂T n TIn − TI−1
n
00
qI−1/2 = −kc = −kc (6.166)
∂t i=I−1/2 ∆r
000
αc ∆t 2rI−1/2 n qcIn
2h f rI n
TIn+1 = TIn − n
TI − TI−1 + n
(TI − Tint ) +
a−
I ∆r kc ρc c pc
(6.167)
onde a−
I é dado pela Eq. (6.126a), e os outros sı́mbolos já foram definidos
anteriormente.
00 000
2 2
− qI+1/2 2πrI+1/2 L + qrI π(rI+1/2 − rint )L + h f 2πrI L(TI − Tint ) =
2 2 ∂T
ρr c pr π(rI+1/2 − rint )L (6.168)
∂t r=rint
Considerando que
rint = rI (6.169)
∂T n n −Tn
00 TI+1 int
qI+1/2 = −kr = −kr (6.170)
∂t r=I+1/2 ∆r
000
2rI+1/2 n qrI n
n+1 n αr ∆t 2h f rI n n n
Tint = Tint − + (TI − Tint ) + TI+1 − Tint +
aI kr ∆r ρr c pr
(6.171)
onde a+
I é dado pela Eq. (6.126b).
000
αc ∆t 2rI−1/2 n qcIn
2h f rI n
TIn+1 = TIn − n
TI − TI−1 + n
(TI − Tint ) +
a−
I ∆r kc pc c pc
(6.172)
000
2rI+1/2 n qrI n
n+1 n αr ∆t 2h f rI n n n
Tint = Tint − + (TI − Tint ) + TI+1 − Tint +
aI kr ∆r pr c pr
(6.173)
145