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HIPERTENSÃO
alimentação, cuidados e tratamentos
O QUE É?
Saiba tudo
sobre essa
doença
silenciosa
SINTOMAS
Fique atento
e saiba como Grupo Único PDF PaD
se prevenir
ALIMENTAÇÃO
Substitua os
alimentos
e seja mais
saudável
TRATAMENTO
Como a mudança
de hábitos
influencia os bons
resultados
Gestão de Canais
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Wellington Oliveira
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VOCÊ SABE O QUE É
HIPERTENSÃO?
Mais conhecida como pressão alta, essa
doença é silenciosa e atinge cerca de 1
bilhão de pessoas no mundo
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matando aproximadamente 8 milhões de pessoas todos os
anos, e o problema cresce cada vez mais. A previsão é que
em 2025 cerca de 1,56 bilhões de adultos sofram de hiper-
tensão arterial.
Como a pressão alta é silenciosa, ou seja, na maioria dos casos
não apresenta sintomas, é muito importante medir a pressão
pelo menos uma vez ao ano. De acordo com o clínico geral
especialista em medicina do trabalho e promoção de saúde,
Renato Igino dos Santos, qualquer indivíduo pode apresentar
pressão arterial acima de 140x90mmHg e não ser hipertenso.
“Apenas a manutenção de níveis permanentemente elevados,
em múltiplas medições, em diferentes horários, posições e
condições, como repouso, sentado ou deitado, caracteriza a
hipertensão arterial”, define Santos.
Para o diagnóstico da hipertensão é necessário que os núme-
Grupo Único PDF PaD
ros elevados se repitam por, pelo menos, três exames conse-
cutivos. Isso porque, algumas elevações ocasionais da pressão
podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupa-
ções, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.
A ausência de sintomas da hipertensão é um dos maiores pe-
rigos da doença. Geralmente não são observados sinais, mas
quando estes ocorrem, são comuns a outras patologias, tais
como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar
e sangramentos nasais.
Isto pode dificultar o
diagnóstico ou fazer
com que os pacientes
esqueçam de usar os
medicamentos neces-
sários para controlar a
pressão arterial.
3
Os números da pressão arterial
4
Cassiolato, cardiologista do Hospital 9 de Julho, o paciente
deve estar sentado, em repouso por pelo menos 5 minutos.
“Algumas características de preparo e procedimento são de-
terminadas nas diretrizes da sociedade brasileira de cardiolo-
gia, como a não ingestão de bebidas alcoólicas ou fumo até
30 minutos antes e estar com a bexiga vazia”, enumera.
As medidas são efetuadas em mm de mercúrio (mmHg) e são
determinadas por dois valores: um máximo (pressão arterial
sistólica – PAS) e um mínimo (pressão arterial diastólica –
PAD), explica o cardiologista do Hospital 9 de Julho.
De acordo com a dra. Marly Uellendahl, cardiologista do La-
voisier Medicina Diagnóstica, a pressão considerada normal
para a maioria da população é 120x80 mmHg, ou seja 12x8,
como é popularmente apresentada. Níveis entre 120x80 e
140x90mmHg são considerados limítrofes e igual ou acima
Grupo Único PDF PaD
de 140x90mmHg são considerados elevados. “[Quando o pa-
ciente apresenta] valores limítrofes [os médicos] devem cha-
mar a atenção para as medidas gerais de redução do sal da
dieta, perda de peso, atividade física regular, melhor manu-
seio do estresse, redução do consumo do álcool e mudança
de estilo de vida”, afirma Uellendahl.
Veja a seguir um quadro fornecido pelo dr. Renato Igino dos
Santos que apresenta os números da pressão arterial.
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Quais são as causas?
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A melhor forma de evi-
tar a doença é adquirir
hábitos alimentares sau-
dáveis desde a infân-
cia, controlar o peso e
não consumir bebidas
alcoólicas em excesso,
aconselha a dra. Marly
Uellendahl, cardiologis-
ta do Lavoisier Medicina
Diagnóstica.
Por outro lado, a hiper-
tensão arterial está di-
retamente relacionada
ao envelhecimento. De
Grupo Único PDF PaD acordo com o dr Rena-
to Igino dos Santos, é
comum que a pressão arterial aumente com a idade devido
às alterações vasculares que acompanham o envelhecimento.
Mas algumas medidas podem diminuir a incidência da doen-
ça. “Existem medidas de ordem preventiva que postergam o
surgimento da hipertensão arterial e, neste contexto deve ser
incentivado, como a alimentação saudável, consumo contro-
lado de sódio, não só o cloreto de sódio, consumo controlado
de álcool, aumento do consumo de alimentos ricos em po-
tássio, combate ao sedentarismo e ao tabagismo”, incentiva o
clínico geral.
Acompanhe nas páginas 17 e 24 as matérias Alimente-se con-
tra Hipertensão e Pratique Saúde, respectivamente que tratam
especificamente sobre os hábitos saudáveis que auxiliam na
prevenção e no tratamento da hipertensão.
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Consequências
Grupo Único PDF PaD
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a hiperten-
são é responsável por grande parte das mortes prematuras no
mundo. Isso acontece porque ela é fator de risco para diversas
doenças cardiovasculares.
O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram
danos às artérias. Elas tornam-se mais espessas e estreitas e
pode ocorrer formação de placas de gordura nas paredes in-
ternas das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo. As artérias
perdem a elasticidade aos poucos e podem entupir ou romper.
“No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de
doenças cardiovasculares. A principal causa de morte em to-
das as regiões do Brasil é a doença cerebrovascular, cujo prin-
cipal fator de risco é a hipertensão arterial”, afirma o dr. José
Luiz Cassiolato, cardiologista do Hospital 9 de Julho.
Ou seja, a hipertensão, se não diagnosticada e tratada, pode le-
var à morte. “O acidente vascular cerebral é uma das principais
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causas de morte entre a população brasileira. Devemos salientar
que a hipertensão arterial, quando associada a outras entidades,
como tabagismo, dislipidemias, diabetes, doença renal e obesi-
dade, aumenta o fator de risco cardiovascular e, portanto o risco
de mortalidade”, conclui Cassiolato.
Tratamentos
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• Reduzir a ingestão de sódio para não mais de 100 mmol/dia
= 2,4 g de sódio (4 colheres rasas de café de sal);
• Limitar o consumo de álcool a 30 g/dia de etanol para ho-
mens e 15 para mulheres;
• Prática regular de atividade física aeróbica (caminhada de
pelo menos 30 minutos, 3 a 5 vezes por semana).
Medicamentos
Existem diversos tipos de medicamentos que podem ser indi-
cados no tratamento da hipertensão arterial. Mas, de acordo
com o dr. Renato Igino dos Santos, quatro classes são classi-
ficadas como de primeira linha. “É importante destacar que
muitos pacientes precisam de mais de um medicamento para
controlar a pressão arterial. Algumas pessoas têm hipertensão
de difícil controle e, às vezes, precisam de até seis drogas
anti-hipertensivas”, garante o clínico geral.
Grupo Único PDF PaD
• Diuréticos tiazídicos
Ex: Hidroclorotiazida, Indapamida e Clortalidona
• Inibidores da ECA (IECA)
Antagonistas dos receptores da angiotensina 2 (ARA2)
Ex: Captopril, enalapril, ramipril, lisinopril, losartan, cande-
sartana, olmesartana
• Inibidores do canal de cálcio
Ex: Nifedipina e Amlodipina
• Beta-Bloqueadores
Ex: Propranolol, Atenolol, Carvedilol, metoprolol, bisoprolol
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DESCUBRA SE VOCÊ FAZ
PARTE DESSE GRUPO
A hipertensão é uma doença silenciosa que
exige alerta constante, mas pessoas que estão
no grupo de risco devem ser mais cautelosas
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miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e
diabetes, são as principais consequências da doença”, alerta
Allan Cembranel, cardiologista do Hospital Alvorada. Mes-
mo que apresente sintomas sutis, a doença pode ser perigosa.
“A hipertensão apresenta uma alta prevalência e baixas taxas
de controle, sendo considerada um dos principais fatores de
risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de
saúde pública. Consiste em uma condição que se apresentará
em mais de 30% da população, os quais não poderão evitar
a hipertensão, cabendo portanto, controlá-la”, diz o cardio-
logista. Neste caso, trata-se da hipertensão arterial sistêmica,
que é o tipo crônico da doença. “Associa-se frequentemente
a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (co-
ração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações meta-
bólicas, com consequente aumento do risco de eventos car-
Grupo Único PDF PaD
diovasculares fatais e não fatais”, assegura o cardiologista. Já
a hipertensão arterial sistêmica secundária pode ser curada e
evitada. “Sendo assim, as tentativas de se evitar a hipertensão
vão estar voltadas para os casos de hipertensão arterial sistê-
mica secundária”, acrescenta Allan Cembranel.
O ideal é que toda mudança nos hábitos alimentares e prá-
tica de exercícios físicos tenha o acompanhamento adequa-
do de um profissional especializado de saúde. “A prática de
exercícios físicos evita o sedentarismo, auxilia no combate
à hipertensão e diminui a pressão arterial da pessoa. Segun-
do a Escola Americana College Sports Medicine (ACSM), o
recomendável é praticar atividades físicas de 3 a 7 vezes na
semana, em um período mínimo de 20 minutos, mas tudo vai
depender da intensidade de exercícios para gerar algum resul-
tado. Além disso, é necessária uma combinação multifatorial
para conquistar e manter a qualidade de vida: alimentação,
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sono e exercícios”, avalia Saulo Batista, professor de educa-
ção física. A mudança no estilo de vida das pessoas que fa-
zem parte desse grupo é uma das melhores maneiras de evitar
complicações derivadas da doença. Outro fator importante
neste caso é alimentação. “O hipertenso deve evitar a inges-
tão excessiva de sal (Sódio - NaCl) nos alimentos. Tanto aque-
le sal que adicionamos na comida, como os alimentos que
contém muito sal ou sódio em sua composição ou preparo.
Lembrando que não são somente os alimentos salgados que
contém sal (sódio), os doces também”, esclarece Raquel Ma-
ranhão, nutricionista da Clínica Beslim Associado. Além da
alimentação adequada e prática de atividades físicas diárias,
as pessoas devem ficar atentas ao alto nível de estresse, que
pode se tornar um agravante da hipertensão. “Segundo pes-
quisadores, o estresse mental é capaz de desencadear infarto
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e/ou morte súbita, pois aumenta os valores da pressão arterial.
Mas certamente os fatores hereditários e psicossociais tam-
bém têm importante contribuição na hipertensão, uma vez
que as pessoas não reagem a uma situação da mesma ma-
neira e intensidade semelhante”, aponta a psicóloga Ismênia
Beatriz do Centro Médico Nova Lima. Esses cuidados devem
ser tomados por todas as pessoas que desejam ter uma vida
saudável e equilibrada, mas são fundamentais para quem está
no grupo de risco da hipertensão.
13
Sintomas insidiosos nas mulheres
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de vida dos homens. Passaram a fumar mais, ficaram menos
ativas, aumentaram o peso corpóreo. Isso tudo contribui para
o aparecimento da hipertensão arterial”, afirma.
Agravantes da doença
15
alimentação inadequada, com muito sal, e tem acesso aos
alimentos mais baratos à base de farinhas (carboidratos) que
contribuem muito para o ganho de peso”, evidencia o cardio-
logista Rodrigo Bazzo. Dessa forma é de extrema importância
manter uma vida equilibrada para ficar fora do grupo de risco
da hipertensão quando a causa não for genética. “A principal
causa da hipertensão, após a genética familiar, pode-se dividir
entre a falta de atividade física regular e adequada e alimen-
tação inadequada com alta ingestão de sal e carboidratos”,
aponta Bazzo. Para os cardiologistas e demais profissionais da
área da saúde, a melhor forma de se prevenir contra hiperten-
são é adquirir hábitos saudáveis.
ALIMENTE-SE CONTRA
A HIPERTENSÃO
Grupo Único PDF PaD
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Diversos estudos comprovam que, em casos de hipertensão
leve ou limítrofe, apenas algumas mudanças na alimentação
são suficientes para reverter o caso e retornar aos índices con-
siderados saudáveis. Além de controlar o consumo de sal, em
alguns casos pode ser indicado o controle do peso, pois a
eliminação de gordura e a diminuição da circunferência ab-
dominal também estão relacionadas à redução da pressão ar-
terial. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
VI - DBH VI, elaboradas pelo Departamento de Hipertensão
Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os valores
saudáveis para a população giram em torno de um índice de
massa corporal (IMC) menor que 25 kg/m² (para calcular seu
IMC, basta dividir o seu peso em kg pelo valor da sua altura
ao quadrado) e a circunferência abdominal deve ser menor do
que 102 cm para os homens e menor do que 88 cm para as
Grupo Único PDF PaD
mulheres. Diversos estudos mostram que manter IMC abaixo
de 25 kg/m² previne em 40% o desenvolvimento de hiperten-
são arterial sistêmica (HAS) em mulheres.
Por isso, é importante que os pacientes estejam cientes do tra-
tamento e se esforcem para modificar os hábitos alimentares
que sejam prejudiciais à saúde. O sucesso do tratamento de-
pende muito da mudança comportamental e da adesão a um
plano alimentar saudável. Mesmo uma baixa perda do peso
corporal está associada a reduções na pressão arterial (PA) em
pessoas com sobrepeso.
Entretanto, a utilização de dietas radicais, como as ricas em
carboidratos ou em gorduras, não são indicadas, pois não são
possíveis de se manter por um longo período, o que resulta no
abandono do tratamento. Por isso, é imprescindível o acom-
panhamento médico para buscar uma alimentação adequada
ao seu estilo e ritmo de vida, que possa ser elaborada a partir
de seus gostos pessoais.
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Retire o sal da mesa
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Elaine Dias Mendonça Pavosqui, nutricionista especialista em
Nutrição Clinica e Metabolismo, explica que o sódio é um
aditivo para preservar o gosto e o frescor dos alimentos, por
isso os processados, enlatados e industrializados apresentam
uma grande quantidade dessa substância. Pavosqui alerta
que, além da pressão alta, o excesso de sódio pode gerar pro-
blemas ainda mais graves, como a sobrecarga renal, que pode
resultar em uma falência do órgão.
Para diminuir o consumo dessa substância tão prejudicial à
saúde, é necessário, em primeiro lugar, prestar atenção na
hora de preparar os alimentos, utilizar pequenas quantidades
de sal ou substituí-lo por outros temperos. No início parece
impossível reduzir o sal, pois o paladar acostuma com o sabor
e não sente mais quando a comida está salgada. Para come-
çar, uma boa dica é substituí-lo por temperos naturais, como
Grupo Único PDF PaD
limão, cebola, alho, salsa e cebolinha. Mas não desista logo,
pois os especialistas garantem que são necessários cerca de
30 dias para que as papilas gustativas aceitem a diminuição
de sal na comida. Para não sentir falta desse ingrediente, a
nutricionista Natália Colombo ensina como preparar alguns
temperos simples com ingredientes naturais que vão incre-
mentar o sabor da sua refeição sem utilizar o sal.
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noz-moscada
1 xícara de azeite de oliva extravirgem
200 ml de vinagre de vinho, maçã ou arroz.
Modo de Preparo
Passe no liquidificador todos os ingredientes com um pouco
de vinagre e bata até formar uma pasta. Coloque o restante do
vinagre, deixe descansar por 48 horas na refrigeração e coe.
SAL VERDE
(pode ser usado em qualquer receita)
Ingredientes
1 colher de sopa de alecrim desidratado
1 colher de sopa de manjericão desidratado
1 colher de sopa de orégano desidratado
1 colher de sopa de salsinha desidratada
Grupo Único PDF PaD
1 colher de sopa de gersal (mistura de gergelim integral tosta-
do e sal marinho, encontrada em lojas de produtos naturais)
Modo de Preparo
Bata tudo junto no liquidificador e guarde em um recipiente
seco.
Dica:
Se quiser fazer porções maiores, é importante manter sempre a mes-
ma quantidade de cada ingrediente.
Alimentação saudável
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consumir frutas, verduras e beber bastante água. Estas são ati-
tudes que beneficiam a saúde de uma forma geral.
O esquema alimentar ideal para pacientes hipertensos, pes-
soas com histórico familiar da enfermidade e para aqueles
que desejam prevenir o problema, conta com os seguintes
itens: consumo de frutas, verduras, alimentos integrais, leite
desnatado e seus derivados, produtos com maior quantidade
de fibras, potássio, cálcio e magnésio. A proporção deve ser
de quatro a cinco porções de frutas, quatro a cinco porções de
vegetais e duas a três porções de laticínios (derivados de leite)
desnatados por dia, com menos de 25% de gordura.
Alguns alimentos também funcionam como uma proteção,
pois determinadas substâncias são benéficas ao organismo e
auxiliam no combate à doenças e a regular o funcionamento
do nosso corpo. A nutricionista Natália Colombo fornece uma
Grupo Único PDF PaD
lista com alguns desses alimentos aliados no combate ao au-
mento da pressão arterial:
• Proteína vegetal
Esses alimentos auxiliam na manutenção da pressão arterial.
As fontes de proteína vegetal são pobres em gordura, isentas de
colesterol e ricas em fibras, aumentando significativamente a
longevidade e qualidade de vida. Pode ser encontrada em fei-
jões, soja, quinua, lentilha, ervilha, grão-de-bico, entre outros.
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• Oleaginosas
Possuem arginina, que aumenta a produção de óxido nítrico,
uma substância que atua na dilatação dos vasos sanguíneos.
Promove diversos benefícios quando aliada a um plano ali-
mentar saudável. Alguns exemplos de oleaginosas são: casta-
nha-do-pará, pistache, nozes, entre outras.
• Frutas Vermelhas
Esses alimentos possuem flavonóides, substância que relaxa
os vasos sanguíneos, baixando a pressão. Morango, melancia,
cereja, framboesa, amora e outras muitas variedades.
• Alho e Cebola
Esses alimentos são compostos sulfurosos, que auxiliam na
dilatação dos vasos sanguíneos e ajudam a reduzir tanto a
pressão diastólica quanto a sistólica, conforme algumas evi-
Grupo Único PDF PaD
dências clínicas.
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itens e introduzir alimentos mais naturais, sempre evitando
exageros. Consuma quantidades recomendadas pelos nutri-
cionistas”, afirma Pavosqui.
Para uma alimentação saudável e que auxilie na redução da
hipertensão, algumas mudanças e substituições devem ser le-
vadas em conta. Mas a nutricionista especialista em nutrição
clínica e metabólica pondera que nenhum tipo de alimento
deve ser proibido, mas ajustado ao preparo e ingestão para que
a dieta seja possível e atrativa para o dia a dia de cada um.
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PRATIQUE SAÚDE
A hipertensão está diretamente ligada à quali-
dade de vida, uma das formas de evitar a doen-
ça é adquirir hábitos saudáveis com alimenta-
ção adequada associada à prática de exercícios.
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As pessoas costumam acreditar que o perigo está apenas no
sal em si, mas devem tomar cuidado com os alimentos que
contêm sódio embutido e que muitas vezes deixa de ser per-
cebido. “O principal vilão da alimentação quando o assunto é
a hipertensão é o alto consumo de sódio. O sódio é um mine-
ral que está presente naturalmente na composição de diversos
alimentos, mas também participa da composição de conser-
vantes, adoçantes, fermentos e realçadores de sabor. Alguns
alimentos ricos em sódio: embutidos (presunto, apresuntado),
refrigerantes (principalmente os diet), sucos industrializados
em pó, queijos salgados, alimentos defumados, sopas de pa-
cote, temperos prontos, enlatados em conserva e salgadinhos,
são alguns dos alimentos que devem ser monitorados com
certa restrição ou evitados”, explica Satel. Para evitar o con-
sumo excessivo de sódio, é recomendável que as pessoas fi-
Grupo Único PDF PaD
quem atentas na hora de comprar produtos que contenham
essa substância, como recomenda a nutricionista do SPA So-
rocaba Renata Fidelis. “O importante é estar atento aos ró-
tulos de alimentos, por exemplo, se um produto tem 200 mg
de sódio, significa que ele tem 0,5 g de sal. Lembrando que é
melhor escolher produtos abaixo de 200 mg, pois temos o sal
de adição nas refeições do dia”, diz. De acordo com Fidelis, a
recomendação nutricional para consumo diário de sal é de 5
g por dia para pessoas adultas, mas para a nutricionista o ideal
é ficar abaixo do recomendado, pois isso ajuda no controle da
pressão e na prevenção da hipertensão.
Para que a redução do sal na alimentação seja menos trau-
mática, a nutricionista Reila Satel recomenda usar temperos
naturais como: limão, alho, cebola, orégano, cominho, coen-
tro, manjericão, que podem compensar em termos a ausência
do sal. Isso não quer dizer que o sódio deva ser totalmente
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extinto da alimentação, mas que deve ser reduzido. “O sódio
e o cloro naturalmente contribuem com o equilíbrio da água
corporal, fazendo a sua retenção. Porém o sódio em excesso
contribui para elevar a pressão. Quando a pessoa ingere sal
em excesso seu organismo irá reter água. Essa retenção provo-
ca o aumento do volume de sangue e o coração precisa traba-
lhar mais para impulsioná-lo para todo o corpo e o resultado
é o aumento da pressão”, aponta Satel.
A alimentação adequada é fundamental na vida das pesso-
as com hipertensão, mas nem sempre o consumo errado dos
alimentos é responsável pelo surgimento da doença. “A ali-
mentação, nem sempre é fator desencadeante, já que a hi-
pertensão está relacionada ao estilo de vida, sedentarismo,
estresse, obesidade, idade, sexo, etc”, adverte a nutricionista
Renata Fidelis.
Grupo Único PDF PaD
A maneira como as pessoas enfrentam seus desafios diários
e situações estressantes também tem influência importante
na doença, ainda que o estresse não seja fator determinante.
“O estresse influencia negativamente na hipertensão. Libera
substâncias que aumentam a frequência cardíaca, o que po-
tencializa a pressão arterial e certamente colabora para piorar
a hipertensão”, conta o psicólogo Odair J. Comin, da Clínica
Delphos. A psicóloga Claudia Nogueira, do SPA Sorocaba,
explica que nem sempre o estresse é negativo, isso vai depen-
der da maneira que ele é encarado. “Ele nos auxilia no pre-
paro do organismo para defender-se e reagir, e isto é um bem
e uma necessidade para se viver, neste caso ele é positivo.
Agora, quando se torna excessivo e constante, o organismo
não consegue voltar para o seu estado de equilíbrio interno
para se recuperar, e então ele deixa de ser positivo e passa a
ser negativo”, afirma. Viver bem com hipertensão é sinônimo
26
de vida saudável, em todos os sentidos, e esse estilo é con-
siderado ideal, seja para portadores de hipertensão ou não.
Nogueira dá algumas dicas para quem pretende ter uma vida
equilibrada:
• Aderir a uma dieta saudável e equilibrada é muito impor-
tante para repor as energias que o estresse consome do orga-
nismo;
• Relaxar é imprescindível, pois o relaxamento ajuda a eli-
minar o excesso de adrenalina produzida pelo processo do
estresse e restabelece o equilíbrio interno;
• Valorizar suas virtudes, expressar seus sentimentos e rece-
ber afeto, fazem muito bem;
• Sorrir é a melhor arma para se defender do estresse. É fácil,
rápido e grátis. Quando você sorri, seu corpo libera hormô-
nios que aumentam a sensação de bem estar e diminui o nível
Grupo Único PDF PaD
do cortisol, o hormônio clássico do estresse;
• Praticar atividade física é indicado por contribuir na libera-
ção de beta endorfina, substância que proporciona sensação
de bem-estar e tranquilidade.
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O excesso de trabalho, lutas para atingir metas e consequente-
mente a falta de tempo para o lazer no dia a dia além de pro-
vocar o estresse, muitas vezes acaba gerando o sedentarismo.
“[Este fator] agrava e dificulta o controle de inúmeras doenças
como a hipertensão”, lembra o educador físico Rodolpho Sú-
nica, que recomenda a prática de exercícios físicos no mínimo
cinco vezes por semana. “O indivíduo hipertenso deve reali-
zar exercícios aeróbios como: caminhada, bicicleta, hidrogi-
nástica, etc.Também deve realizar exercícios resistidos sempre
com acompanhamento de um Personal” indica o preparador.
A prática de atividades físicas é fundamental para o bom de-
sempenho no tratamento do hipertenso, mas ele deve ser feito
com o acompanhamento de um profissional especializado,
que irá indicar qual tipo de exercício é mais recomendado
para o paciente. “O tipo de atividade física ou esporte ade-
quado será determinado após avaliação com ortopedista es-
Grupo Único PDF PaD
pecializado em medicina esportiva, ou seja, após se traçar
o perfil esportivo do paciente respeitando suas limitações e
possíveis patologias ortopédicas”, recomenda o ortopedis-
ta Octacílio da Matta. Todo tratamento do hipertenso deve
ter sempre o acompanhamento de um profissional de saúde
especializado para garantir a eficácia e a segurança do pa-
ciente. “O tratamento indicado deve ser feito sempre por um
profissional qualificado e deve ser mesclado com alterações
na qualidade de vida do paciente, como a realização de uma
atividade física e mudança nos hábitos alimentares”, alerta
Allan Cembranel, cardiologista do Hospital Alvorada.
O equilíbrio emocional, nas atividades físicas e na maneira
de se alimentar pode ser o melhor remédio e prevenção. Con-
trole é a palavra-chave, como conta a nutricionista Claudia
Nogueira. “Nem sempre podemos evitar o estresse e nem há
cura para a hipertensão, mas os dois podem ser controlados.”
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