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EUA 70
Japão 54
Europa Ocidental 40
Brasil 11
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Brasil, apesar da recessão, vem crescendo. A tendência é a de aceleração do
consumo, se houver a retomada do crescimento econômico do país.
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Figura 1. Processos de transformação de plásticos
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6. Onde é gerado o lixo plástico?
O lixo plástico, na verdadeira acepção da palavra, é gerado principalmente
em residências e estabelecimentos comerciais. É constituído, em sua maior parte,
por embalagens descartáveis (sacos, potes, filmes, frascos, garrafas etc.), e
pode representar volumes consideráveis em algumas cidades. Estima-se que na
cidade de São Paulo, sejam coletados, como lixo, cerca de 700t/dia de materiais
plásticos, o que representa, em média, cerca de 70 gramas por habitante.
O quadro 3 ilustra a composição dos resíduos sólidos urbanos de algumas
cidades. Os tipos de plástico que se encontram em maior quantidade no lixo
urbano são: PEAD, PEBD, PET, PVC, PP e PS. A figura 2 demostra a composição
média das resinas nos resíduos plásticos rígidos
7. A reciclagem do plástico
Pode-se classificar a reciclagem de plásticos em três tipos de tecnologias:
primária, secundária e terciária.
a- Reciclagem primária ou pré-consumo : É a recuperação destes resíduos
efetuada na própria indústria geradora ou por outras empresas transformadoras.
Consiste na conversão de resíduos plásticos por tecnologias convencionais de
processamento em produtos com características de desempenho equivalentes às
daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens.
Esses resíduos são os constituídos por artefatos defeituosos, aparas
provenientes dos moldes ou dos setores de corte e usinagem.
A reciclagem pré-consumo é feita com os materiais termoplásticos
provenientes de resíduos industriais, os quais são limpos e de fácil identificação,
não contaminados por partículas estranhas. O reaproveitamento deste material é
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realizado ou na própria indústria geradora dos resíduos ou por outros
transformadores. Pode-se afirmar que praticamente 100% destes resíduos são
reciclados e a qualidade dos artefatos produzidos com esse material é
essencialmente a mesma daquela obtida com a utilização de resinas virgens.
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Esse sistema desenvolvido para auxiliar os recicladores a identificar e
separar os plásticos manualmente, enquanto se aguarda o desenvolvimento de um
sistema automático para cumprir esta tarefa.
Existe outra forma simples de identificar alguns dos plásticos encontrados
no lixo. Essa metodologia é baseada em algumas características físicas e de
degradação térmica dos plásticos Pode também, ser muito útil quando existirem
dúvidas quanto ao tipo de resina. Algumas dessas características são mostradas a
seguir.
Quadro 4 – Características dos plásticos
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podem ser separados). A título de ilustração, o Quadro 5 mostra a densidades de
alguns plásticos.
Algumas embalagens e alguns artefatos são tão tradicionais que a sua
identificação torna-se relativamente simples. A Tabela 1 apresenta alguns
exemplos.
Quadro 5. Densidade de plásticos peletizados
Madeira 0,400-0,800
Polipropileno 0,900-0,910
Polietileno de Baixa Densidade 0,910-0,930
Polietileno de Alta Densidade 0,940-0,960
Água 1,000
Poliestireno 1,040-1,080
Poli(cloreto de vinila) 1,220-1,300
Poli(tereftalato de etileno) 1,220-1,400
Vidro 2,400-2,800
Alumínio 2,550-2,800
Plástico Materiais
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9. O reaproveitamento de materiais plásticos
O reaproveitamento de materiais plásticos, através do seu
reprocessamento, pode ser feito por dois processos distintos sem ou com a
separação das resinas:
Sem separação das resinas
Significa, o reprocessamento de misturas de plásticos. Esta alternativa
exige altos investimentos em equipamento especiais (uma planta pode custar
alguns milhões de dólares), necessários para a obtenção de produtos com boa
qualidade, atualmente fabricados apenas no exterior. A desvantagem desse
processo, além do elevado investimento, é a restrição à produção de artefatos.
Devido á sua concepção só permite a fabricação de peças com espessuras
relativamente grandes.
Porém, já existem empresas no Brasil empregando este processo para
fabricação da chamada "madeira plástica", usada na construção civil na forma de
pontaletes, escoras, formas de concreto, tábuas e sarrafos; em mourões de
cerca; bancos de jardim; perfis etc.
De acordo com a Figura 4, a principais etapas envolvidas nesse processo são:
Figura 4. Reciclagem de uma mistura de plásticos
Etapas Descrição
Separação Identificação dos plásticos
PEBD, PEAD, PVC, PP, PS; PET, outros
Trituração Moagem e lavagem
Secagem
Regeneração Aglutinação
Extrusão
Granulação
Pós – tratamento Aditivação
Peletização
Reciclagem Transformação em novo artefato
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Na refusão de misturas, determinados plásticos serão degradados devido
à temperatura necessária, enquanto outros ainda nem sequer fundiram. No
quadro 7 abaixo são apresentadas as temperaturas de fusão do PEBD, PEAD,
PVC, Policarbonato (PC) e da Poliamida (PA).
Então pode-se observar que não é possível encontrar uma temperatura de
fusão para todas as misturas de plásticos, uma vez que, por exemplo, à
temperatura de 250 oC o PVC, o PEBD, o PEAD já foram degradados, o PC ainda
não fundiu enquanto e o PA está em sua temperatura ideal de processamento.
Assim não é possível obter uma boa massa homogênea a partir de uma
mistura destes plásticos. Produtos produzidos a partir desta mistura não
apresentariam boa qualidade.
Quadro 7 - Faixas de temperatura de fusão de diferentes polímeros.
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Melhorias sensíveis no processo de decomposição da matéria orgânica nos
aterros sanitários, uma vez que o plástico impermeabiliza as camadas de
material em decomposição, prejudicando a circulação de gases e líquidos.
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Plástico aglutinado: se for conveniente, os plásticos poderão ser
comercializados na forma aglutinada. Para isso, os plásticos, após serem
triturados, são lavados em um tanque com água, secos em um "batedor" com o
auxílio de "sopradores" de ar e adensados em um aglutinador. Esse
equipamento é um cesto rotativo, semelhante ao de uma máquina de lavar
roupa, que ao girar aquece o plástico por atrito, secando e adensando o
material triturado. O material ao ser retirado do granulador é resfriado ao ar
e ensacado, recebendo etiqueta de identificação;
Plástico granulado ou peletizado: embora alguns equipamentos possam
transformar diretamente o plástico aglutinado, é conveniente que esse
material passe por uma extrusora, seguida por um granulador; ao passar pela
extrusora, o material é fundido e homogeneizado e obrigado a passar em uma
matriz contendo diversos orifícios, dos quais sairão os fios de plásticos
(espaguetes). Esses fios são resfriados em um banho de água fria e cortados
em pedaços de cerca de 2 a 3 mm em equipamento granulador. A seguir, o
material granulado é ensacado e etiquetado.
É evidente que o preço do material a se comercializado aumenta à proporção
do seu beneficiamento, bem como o seu custo. A opção por uma das alternativas
apresentadas, depende basicamente das características da coleta, do tamanho
do município, da disponibilidade de área, da localização próxima de indústrias do
setor, etc.
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melhor aproveitamento dos recursos e conseqüente melhoria da qualidade da vida
dos cidadãos.
As prefeituras devem inclusive criar incentivos (fiscais, estruturais etc.) para
motivar e conscientizar os cidadãos e as empresas a participarem ativamente do
processo, bem como incentivar a utilização de produtos reciclados. Assim agindo,
as prefeituras estarão dando exemplo e o aval para o consumo dos plásticos
reciclados, ajudando a combater alguns dos tabus ainda existentes.
Embora haja, em certos casos, algumas limitações e restrições para utilização
do plástico oriundo o lixo urbano (não pode ser usado para embalagens de
alimentos, produtos farmacêuticos e hospitalares e alguns tipos de brinquedos),
se adequadamente tratado, esta matéria-prima pode ser utilizada na fabricação
de muitos produtos, mantendo quase que as mesmas propriedades daqueles feitos
com matéria-prima virgem.
Portanto, o preconceito ainda existente que impede um uso maior desta
matéria-prima, reside na falta de informação e também na existência de alguns
transformadores que insistem na tese de que a competitividade só é alcançada
quando se tem baixo preço, não importando a qualidade do produto. Deve ser
ressaltado que existem normas técnicas e especificações que devem ser
atendidas, não importando se a matéria-prima é virgem ou reciclada.
A reciclagem dos plásticos tem contribuído efetivamente para o
desenvolvimento de artefatos da boa a qualidade e de baixo custo, tornando
possível o seu acesso por uma boa parte da população de baixo poder aquisitivo,
tais como condutores elétricos, mangueiras, sacos de lixo, brinquedos, utensílios
domésticos etc., e de produtos industriais de alto desempenho, tais como
paletes, tábuas, mourões e perfis de "madeira plástica", e um sem número de
outros produtos.
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