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Efeitos do aprisionamento

Maria Edvania Fagundes


Guarda Prisional. Formação em
Psicologia. Especialização em Saúde
Mental e Coletiva. Mestre em
Psicologia.
O fundamento de toda prisão é falso, só consegue a
reincidência.

Amalgama entre a ideia bíblica de vingança, a ideia da


Idade Média de más ações ligas a maus espíritos, e dos
modernos legistas de tentar anular e evitar o crime com
o castigo.

(Piotr kropotkin, 1897)


Efeitos do Aprisionamento

 Prisionização: assimilação
O processo de assimilação e socialização que implica
a prisionalização favorece ao sujeito a identificação
com os valores criminais
 Despersonalização: corte de cabelo (raspar), uniforme,
rotina etc.

 Perda do status

 Desaculturação e falta de sociabilidade

 Desindividualização: age como grupo


Efeitos do Aprisionamento

 Reincidência criminal: 70 a 80%

 Retorno a prisão: crimes mais graves

 Esvaziamento de sentimentos nobres e mudança de


registro das emoções e sentimentos

.
 Doenças e uso exagerado de medicamentos (92% - 62%)

 Abandono da prole e do sustento

 Sentimento de injustiça
"Os tolos e os que gozam de liberdade e apreço público."
"Os grandes ladrões não somos nós; são os que nos
colocaram aqui."

 Compartilhamento de espaço e perda da privacidade (visita


íntima)
Agente Penitenciário
 Prisionização

 Ausência de pessoal vocacionado

 Cultura do aprisionamento compulsório (convívio


com câmeras, detectores de metal, grades,
cadeados, trancas, portões, etc)

 Pensar como o preso (Gírias, linguagem, gestos)


- não se faz sem um enorme custo psíquico e
identitário
 Abandono de padrões de comportamento
que compartilham na vida social, para adotar os
padrões da comunidade carcerária

 Comprometimento da saúde

 Agravos psíquicos e emocionais

 Transtorno de ansiedade, Transtorno depressivo


 Alterações no sono, Estresse, Paranóia

 Dependência química

 Ambiente de trabalho hostil, insalubre e perigoso

 Remuneração injusta

 Suicídio

 Lei 13.675/2018 – Pró-Vida


Estado/Sociedade
 Alto custo: construção de presídios e pessoal

 Alimentação

 Vestuário

 Assistência social, à saúde, educacional e


jurídica

 Absenteísmo
Estudo 2017
Em estudo realizado em 2017, verificamos que nos seis
primeiros meses do ano de 2017, foram apresentados 70
atestados médicos que variaram de 1 a 218 dias de
afastamento do serviço. Um total de 4.241, equivalendo-se a
um pouco mais de 11 anos de absenteísmo, considerando-se
o ultimo mês de validade dos atestados (setembro 2017),
considerando-se, ainda, somente os atestados apresentados
de janeiro a junho.

Dos 70 atestados apresentados, 27 eram por diagnósticos


associados a sofrimento psíquico e comportamental.
Chegará o tempo em que sentiremos vergonha de
ter consentido que os condenados fossem
entregues ao
verdugo e ao carcereiro.

(Piotr kropotkin, 1897)


 (BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão. Causas e
Alternativas. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
 GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. 7ª ed. São Paulo: Editora
Perspectiva, 2001.
 (BODÊ de MORAES, 2005, p.221).
 BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão. Causas e
Alternativas. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
 GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. 7ª ed. São Paulo: Editora
Perspectiva, 2001.
 Roxin, “a missão da pena consiste unicamente em fazer com que o autor
desista de cometer futuros delitos.” Denota-se aqui o caráter ressocializador da
pena, fazendo com que o agente medite sobre o crime, sopresando suas
consequências, inibindo-o ao cometimento de outros. (apud GRECO, 2011,
p.474).
 GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4 ª ed. rev., atual
e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, v.1, 2011.
 GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva,
2003.
 BODE de MORAES, Pedro Rodolfo. Punição encarceramento e construção de
identidade profissional entre agentes penitenciários. São Paulo: IBCCRIM,
2005. • DEPEN/SEJU. Cartilha do Agente Penitenciário, s/d

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