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DELEGAÇÃO DE GAZA

Introdução
Com o presente trabalho pretendemos ampliar a nossa consciência, para podermos entender o
conceito da consciência uma vez que é essenciais para as nossas vidas, dai a necessidade de
uma boa investigação deste tema.

LALANDE diz que, a consciência é o conjunto dos estados que o sujeito tem direita ou
imediata intuição.

É uma habilidade, capacidade, intuição ou seja julgamento do intelecto que distingue o certo
do errado.

A consciência moral é um juízo da razão que ordena o homem a praticar o bem e evitar o
mal.

Veremos que a consciência apresenta características fundamentais: a mobilidade,


irreversibilidade, continuidade e pode assumir duas formas fundamentais, espontânea e
reflexiva. Existem graus de consciência que apresentam uma grande importância: o
consciente, subconsciente e o inconsciente.

Este trabalho visa:

 Compreender a consciência;
 Indicar as modalidades da consciência; definir, e indicar a origem e desenvolvimento
da consciência moral; identificar os graus da consciência e mostrar a sua
importância.

Consciência
Elaborado por grupo de estudantes do 1° ano, curso de licenciatura em Ensino Básico – 2012, sob
orientação do dr. Artur A. Chanjale
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Segundo LALANDE consciência é a intuição mais ou menos clara ou completa, que o


espírito tem dos seus estados e dos seus actos.

 O conjunto dos estados de que o sujeito tem directa ou imediata intuição.


 É uma habilidade, capacidade, intuição, ou julgamento do intelecto que distingue o
certo do errado.

Em termos psicológicos a Consciência é descrita como conduzindo os sentimentos de


remorso, quando o indivíduo age contra seus valores morais.

A visão religiosa vê a consciência ligada a uma moralidade inerente a todos os seres


humanos, a uma forma cósmica benevolente ou a uma divindade.

Modalidade da consciência
 Consciência do mundo;
 Consciência do corpo;
 Consciência de si ou do eu;

Características fundamentais da consciência


a) Mobilidade: os estados da consciência surgem, fluem e sucedem-se sem interrupção em
nós. (W. JAMES & P. PSYCHOLOGIE: 196)
b) Irreversibilidade: um estado de consciência que desaparece não regressa idêntico ao que
foi, isto é, um mesmo objecto não nos dá indefinidamente a mesma sensação.

Exemplos:

 A tecla de um piano, batida sempre com a mesma força, não nos dá sempre o mesmo
som;
 A mesma erva não nos dá sempre a mesma sensação de verde;
 O mesmo céu, não nos dá sempre a mesma sensação de azul.

c) Continuidade: a consciência de um momento sente-se sempre solidária da consciência


que a precede, como elementos do mesmo eu.

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A continuidade compreende qualidades comuns aos de consciência sendo: contacto, intimidade,


presença.

As funções de selecção e síntese


 A selecção:
A consciência não se interessa igualmente pelos diversos elementos do seu conteúdo,
acolhe um e rejeita outros.

Segundo JAMES, pensar é fazer selecções.

Visto que, quer se trate do mundo dos objectos (uns solicitam, a nossa atenção enquanto outros
nos passam despercebidos), do mundo das nossas lembranças (umas são evocadas outras
esquecidas), ou do conjunto das nossas reacções (entre as possíveis, escolhemos as mais
convenientes).

 Síntese:
A síntese é inseparável da selecção. A interpretação de um objecto, a compreensão de
uma situação, supõem sempre a síntese entre dados actuais e uma experiencia anterior do
sujeito.
 Pelas duas funções de selecção e síntese, a consciência é essencialmente para o homem
um órgão da adaptação a vida, e é condicionada por certos factores:

O interesse: consciência orienta-se sempre segundo a linha do seu maior interesse.

Interesse é a relação entre os objectos ou situação, e as necessidades e tendências do indivíduo.

 O desajustamento: quanto maior for a desproporção existente entre as nossas


necessidades e tendências, e os meios de que dispomos para satisfaze-las mais aguda é a
consciência da situação.

Consciência espontânea e reflexiva


A consciência pode assumir duas formas fundamentais:

 Consciência espontânea;

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 Consciência reflexiva.

Consciência espontânea - é a intuição imediata que o sujeito tem dos seus estados ou da sua
experiência, sem contudo se aprender como um “eu” ou “consciência de si”, distinta desses
estados ou dessa experiência, pois, a consciência espontânea corresponde a um estádio de
confusão ou sincrese.

Consciência reflexiva - é o conhecimento dos fenómenos ou dados de experiência, por um


sujeito que se aprende como algo independente e distinto deles.

Na consciência reflexiva, o sujeito tem a dupla intuição de uma consciência de si e consciência


do outro;

A consciência (espontânea e reflexiva) existem em qualquer dos três domínios em que a ciência
se exerce, das quais são:

a) A consciência do mundo – a criança nos primeiros tempos não se conhece como distinta
dos objectos, está no mundo mas não se distingue dele, esta é a fase chamada de
consciência sincrética ou espontânea.

O adulto tem do mundo uma consciência reflexiva: está no mundo e conhece-se como distinto
dele. Em suma sou a testemunha ou a consciência do mundo, consciência espontânea ou
perceptiva.

b) Consciência do corpo – a criança não distingue inicialmente o seu eu corpóreo do eu


psíquico, também aqui existe, portanto, a fase da consciência espontânea, de indistinção
entre o conhecente e o conhecido.

Progressivamente o eu psíquico vai se nucleando, e, com ele a consciência reflexiva.

c) Consciência do eu – considerada em relação com a nossa vida íntima, chama-se


consciência espontânea aquela que não se distingue dos seus próprios estados, por isso
lhe chamam também consciência concomitante ou primeira.

Ao contrário, a consciência reflexiva resulta de uma diferenciação do eu com os seus próprios


estados, por isso, lhe chamam também consciência desdobrada ou segunda.

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Consciência moral
Segundo a doutrina católica é um juízo da razão que ordena o homem a praticar o bem e evitar o
mal. A consciência, presente no íntimo de qualquer pessoa é indissociável à dignidade humana,
pois permite a qualquer pessoa avaliar a qualidade moral dos actos realizados ou ainda por
realizar, permitindo assim assumir a responsabilidade porque possui liberdade para escolher
entre o bem e o mal.

A igreja católica, diz que quem escutar correctamente a sua consciência moral “pode ouvir a voz
de Deus que lhe fala”.

O papa Bento XVI defende que a consciência “ é a expressão da acessibilidade e da força


vinculadora da verdade”.

Consciência é a capacidade de verdade e obediência a verdade, que se mostra ao homem que


procura de coração aberto “a verdade, que foi revelada por deus aos homens”.

É necessário que a consciência siga três normas mais gerais e importantes acerca da conduta
moral humana:

1. Nunca é permitido fazer o mal porque dai deriva um bem.

2. A chamada regra de ouro: tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho vós
também.

3. A caridade: passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência, embora isto não
signifique aceitar como um bem aquilo que é objectivamente um mal.

A consciência moral, origem e desenvolvimento


A consciência moral é inata ou adquirida?

Até ao século XVIII predominaram as teorias morais que defendem que esta consciência é inata,
sendo portanto anterior a qualquer experiência.

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Na época contemporânea, predominam teorias que afirmam que a mesma é adquirida em


sociedade na nossa relação com os outros. Estas teorias foram defendidas por pensadores tão
diversos como K. Marx, F. Engels, F. Nietzsche, E. Durkheim ou S. Freud.

Formação e desenvolvimento
A formação e desenvolvimento da consciência moral foi objecto, no século XX, de importantes
estudos, nomeadamente por Jean Piaget e Lawrence Kohlberg.

Jean Piaget, a moralidade desenvolve-se paralelamente a inteligência, e há um progresso que vai


da heteronomia à autonomia moral.

Para Piaget há três etapas de desenvolvimento da consciência moral:

Primeira etapa: moral de obrigação-heteronomia (entre os 2 e os 6 anos): a criança vive numa


atitude unilateral de respeito absoluto com os mais velhos, as normas são totalmente exteriores a
criança.

Segunda etapa: moral de solidariedade entre iguais (entre os 7 e os 11 anos): o respeito unilateral
é substituído pelo mútuo e a noção de igualdade entre todos. As normas aplicam-se duma forma
rígida.

Terceira etapa: moral de equidade-autonomia (a partir dos 12 anos) aparece o altruísmo, o


interesse pelo outro e a compaixão. A moral torna-se autónoma.

L. Kohlberg

A consciência moral forma-se de sucessivas adaptações do conhecimento as fases da


aprendizagem social. Este filósofo e psicólogo identificou três níveis de desenvolvimento moral,
sendo cada um deles caracterizado pelas considerações que o sujeito faz sobre questões no
âmbito da justiça, tais como:

a) A igualdade entre termos de direitos e deveres e extensão dos mesmos;


b) A relatividade ou universalidade da justiça,
c) As atenuantes ou agravamentos em relação na concretização destes direitos e deveres,
etc.
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Níveis de desenvolvimento moral


Nível Pré-convencional (pré-moral): as normas sobre o que é bom ou mau são respeitadas a
tendendo as suas consequências (prémios ou castigos) e ao poder físico dos que a estabelecem.

Nível convencional: vive-se identificado com um grupo e procura-se cumprir bem o próprio
papel, respondendo as expectativas dos outros, mantendo a ordem estabelecida (a ordem
convencional).

Nível pós-convencional (autónomo ou de principio): há um esforço para definir valores e


princípios de validade universal, isto é, acima das convenções sociais e das pessoas que são
autoridades nos grupos. O valor moral reside na conformidade com esses princípios, direitos e
deveres que podem ser universais.

Princípios e dever moral


A consciência moral implica que o homem ultrapasse uma dimensão meramente egoísta na sua
conduta.

O outro deve ser tido sempre em conta na sua acção moral. Os princípios morais são normas que
orientam e fundamentam a sua conduta, pós são assumidos como os mais adequados para a
harmonia global e a felicidade individual.

Exemplo de um princípio moral: “não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”.

A liberdade e a consciência estão intimamente relacionadas. Quando não temos escolha


(liberdade) é impossível decidir entre o bem e o mal (consciência moral). Deste modo só tem
sentido julgar moralmente a acção de uma pessoa, se essa acção for praticada em liberdade.

Graus da consciência, importância de cada um deles


- Psiquismo e consciência:

Se compararmos o domínio do psiquismo como campo da consciência, o psiquismo inclui toda a


nossa experiência individual, presente ou passada, consciente ou não: lembranças, hábitos,
instintos, emoções, sono.

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Embora os estados de consciência possam variar indefinidamente de grau, admite-se a sua


arrumação em três grandes grupos: consciente, subconsciente e inconsciente.

a) Consciente – chamamos factos conscientes a todos os que são objectos de uma apreensão
direita e actual.
 Exemplo: a percepção da mesa, o sino que toca, o contacto da lapiseira com a
mão.
- Tudo isto faz parte do conteúdo da minha consciência neste momento.

b) Subconsciente – é o conjunto de factos psíquicos que, não sendo actualmente conscientes,


podem vir a consciência em qualquer momento. Em uma fórmula simples é o não consciente
reversível.

c) O inconsciente – é aquela zona de virtualidade e de disposições psíquicas que, não subindo


ao campo da consciência, não podem ser conhecidos directamente pelo sujeito, mas presumidas
através dos seus efeitos na vida consciente.

O inconsciente é uma hipótese psicológica destinada a explicar factos que, sem ela, dificilmente
seriam explicáveis (fenómenos orgânicos com influência no psiquismo, instintos, inclinações).

Importância de cada um dos graus


a) O consciente

A importância do consciente consiste em funções de selecção e síntese, por sua vez depende de
adaptação a vida.

A excessiva estreiteza do seu campo é altamente compensada pela sua maior clareza, poder
discriminativo e capacidade de ajustamento as situações.

b) O subconsciente

A importância do subconsciente pode considerar-se em relação ao psiquismo normal e certas


anomalias do psiquismo.

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Subconsciente e psiquismo normal, aqui o consciente escolhe os elementos indispensáveis para


compreensão das situações. O consciente exerce suas funções de selecção e síntese por
intermédio do subconsciente.

Estes dois são complementares, reversíveis um no outro, e valem um pelo outro.

O subconsciente encontra-se na base da memória (subconsciente mnésico), do hábito


(subconsciente automático), da imaginação criadora (subconsciente inventivo).

O subconsciente e as anomalias do psiquismo, casos anómalos, ou patológicos, do psiquismo


podem ser correctamente explicados pela actividade subconsciente. Cita-se dois factos mais
conhecidos:

 Lapsos são: erros que consistem em dizer, ler, ouvir, ou escrever uma palavra por outra.

Exemplo: um homem, na tentativa de chamar a sua mulher pode pronunciar o nome de uma
vizinha.

Uma dama que por amor as conveniências, quer dizer a outra que a estima, e fingindo lhe a boca
para a verdade, diz que a detesta.

Isto parece indicar que a nossa conveniência clara, em contacto com o psiquismo subconsciente
se deixa suplantar por ele quando a tenção a vida, do que depende o ajustamento as situações e
perturbada por qualquer causa (nervosismo, preocupação, distracção).

Desdobramento: chama-se desdobramento da personalidade a coexistência no mesmo indivíduo,


de dois tipos de comportamentos um normal, ligado a motivações conscientes e bens adaptados;
o outro patológico ligado a motivações não conscientes, de carácter automático e relativamente
adaptados.

Os desdobramentos parecem dever ser interpretados como erupções do subconsciente no plano


da vida de relação, por baixamente da tenção psíquica e deficiência da função de síntese, que
condicionam como sabemos a adaptação ao real.

c) O inconsciente

O inconsciente é a zona das disposições e virtualidades profundas do psiquismo.


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As disposições e virtualidades, situadas ao nível do nosso ser vital (processos orgânicos reflexos,
tendências) são incompreensíveis em si próprias, mas projectam fortemente a sua influência na
nossa personalidade inteira. Essa influência exerce-se tanto na vida activa (pulsões, inclinações)
como na vida afectiva (entusiasmos e desânimos é causa visível), como na vida representativa
(motivações e mecanismos associativos).

Conclusão
A vida consciente representa uma parte mínima do psiquismo. Para além desta, estende-se as
vastas zonas do subconsciente e as camadas profundas do inconsciente.

O subconsciente e o inconsciente parecem submeter o consciente a uma insistente pressão. Mas o


consciente, que é essencialmente a tenção a vida e adaptação ao real, exerce sobre eles o seu
controle, traduzido nas funções de selecção e síntese. Quando estas funções se obliteram (por
fadiga, traumatismos emocionais, perturbações nervosas, sono), o subconsciente e o inconsciente
tomam o lugar do consciente (Lapsos, desdobramento, sonhos).
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Entre todos os domínios do psiquismo por ventura existem nexos mais ou menos profundos,
ainda quando o homem pensa, sente e quer não com todo o seu psiquismo mas também com todo
o seu ser (corpo e mente).

O mais insignificante dos seus actos ou pensamento pretende-se muito, provavelmente a sua
personalidade inteira.

Em suma, através da nossa consciência é que podemos fazer ou não alguma coisa, sendo assim
com a responsabilidade e liberdade, pois somos capazes de pensar.

Elaborado por grupo de estudantes do 1° ano, curso de licenciatura em Ensino Básico – 2012, sob
orientação do dr. Artur A. Chanjale

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