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Dificuldade sobre ‘Expiação Ilimitada”

Uma doutrina herética de Arminius ensina a “expiação ilimitada”, e um dos


textos que reforça esta idéia é Colossenses 1:19-20 que diz “porque aprouve a Deus
que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz,
por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
nos céus”. Será que esse texto ensina que todas as pessoas hão de salvar-se?
Surge, pois, a questão: Se a Deus agradasse reconciliar todas as pessoas consigo
mesmo, tanto na Terra como nos céus, daí não se infere que todos os homens, sem
distinção, de fato estão salvos, mediante a encarnação e morte expiatória de Cristo? É
assim que a passagem tem sido interpretada pelos ‘universalistas’ de todas as eras, e é
certo que constitui uma questão que a Igreja deve resolver com máximo cuidado, à luz
de todas as demais passagens pertinentes aos indivíduos que herdam a salvação de
Cristo.
Da posição universalista, deduz-se de imediato que se Cristo morreu a fim de
salvar todas as pessoas sem distinção, as conseqüências são inescapáveis:

1. A fé é totalmente desnecessária, pois o sangue remidor de Cristo taria a salvação


a todos os seres humanos, que atendam ao chamado de Deus, quer não, quer se
arrependam e creiam, ou não; quer abandonem o pecado e seu trabalho
gigantesco que prestam a Satanás, ou não; quer desistam de todo o mal que o
Diabo representa, ou não.

2. O inferno jamais teve inquilinos, no presente momento não possui e jamais terá;
e todas as passagens escriturísticas que falam dos ímpios os quais sofrem
tormentos eternos no lado de fogo estão completamente erradas (Lc 16.23, 25;
28; Ap 9:5; Ap 19.20; 20.10, 14, 15).

3. Se a reconciliação de que Colossenses 1.29 fala deve ser entendida como


garantia de salvação última, final, para todas as pessoas, até mesmo para as que
morrem em seus pecados, sem arrependimento, qualquer punição existente no
inferno nada mais é que mero castigo temporário, equivalente mais ou menos ao
purgatório católico romano. Tal lugar, contudo será esvaziado completamente, e
todos os moradores da casa dos perdidos serão transferidos para o céu, sem
distinção entre os que rejeitaram Cristo e os que a ele entregaram o coração e a
vida.

4. Se assim interpretarmos Colossenses 1.20 e todas as passagens correlatas, como


resultado teremos: Deus não faz diferença permanente entre o bem e o mal, visto
que nenhuma distinção final foi feita no tratamento dispensado àqueles que
honram sua lei moral e o que a desprezam. Portanto, significaria que não existe
diferença genuína entre o certo e o errado; e não há dimensões morais para a
vida ou para as experiências humanas, exceto as que são temporárias, ilusórias e
subjetivas. Além disso, não haveria necessidade de Bíblia, nem de revelação,
tampouco da oferta divina de perdão e graça, os quais se instalariam
automaticamente em toda alma vivente, pouco importando o grau de desprezo
ou rejeição, da abominação que os pecadores alimentariam contra Deus, e tudo o
que é bom e santo.

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Todas essas conseqüências emanariam natural e inevitavelmente de tal


interpretação de Colossenses 1.20. Se o sacrifício de Cristo significa a reconciliação de
todos os agentes morais de qualquer época, no céu ou na terra, quer creiam, que não;
quer se tenha arrependido e crido ou não, não existiria a realidade da justiça divina
(exceto em que Cristo sofreu e morreu na cruz pelo pecado). O céu estaria cheio de
degenerados com os corações repletos de ódio, blasfemadores, desprezadores,
escarnecedores de Cristo, os quais condenaram como loucos todos quantos nessa vida
negaram a si mesmos e muitas coisas que desejaram, por causa dos escrúpulos de ordem
moral. Nesse tipo de lugar, Satanás, reinaria supremo, pois sua causa seria propugnada
de modo magnífico.
A face desse horrível espetáculo do inferno em pleno céu, o universalista
replicará, objetando que jamais teria tais cenas em mente. Ele quer dizer que depois de
alguns sofrimentos temporários em um inferno transitório, todos os perversos que ali
entrassem dali sairiam santificados. Nos tormentos de sua peregrinação pelas regiões
dos perdidos, aprenderiam a amar a Deus; chegariam a ter verdadeiro ódio ao pecado; e
entregariam seus corações a Cristo, sem que neles houvesse algo errado, como o
egoísmo (o desejo de escapar dos tormentos do inferno). Articular essa idéia é o mesmo
que provar como é absurda. Nessa vida, por exemplo, contamos com influência do
Espírito Santo, sempre disponível, mas os criminosos endurecidos, trancafiados nos
presídios jamais experimentam um mudança real no coração, mediante as punições a
eles impostas pelos tribunais desse mundo. Antes, acabam mais endurecidos ainda no
pecado, esperançosos de escapar das punições futuras, apesar de prosseguirem na vida
de crimes, sendo agora muito mais sagazes do que antes. Então, que possibilidade
existira, na ausência da influência do Espírito Santo (só ele pode trazer a regeneração
aos corações dos pecadores), de que os perversos que estivessem cumprindo suas
sentenças no inferno pudessem mudar seus corações e voltar-se para Deus e atacar suas
leis morais?
Em Apocalipse 16.8-11, lemos a respeito da verdadeira reação dos ímpios à face
da punição divina:

“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os
homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e
blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se
arrependeram para lhe darem glória. Derramou o quinto a sua taça sobre o
trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua
por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das
angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras”.

Se essa é a reação do coração endurecido do homem decaído, estando ainda aqui


na terra, qual ser a perspectiva, quanto às agonias do inferno, da punição sob a forma de
sofrimento? Haverá, porventura, verdadeiro arrependimento ou reconciliação com
Deus? Nada disso.
Pouco importa quanto tempo um incrédulo apodreça ou definhe no inferno, ele
jamais atingirá o ponto do quebrantamento, estará sempre em violenta oposição a Deus.
nenhum tipo ou quantidade de sofrimento será sempre capaz de operar a mudança de
sua mente, ou levá-lo à purificação do coração. Daí concluirmos que a premissa que
serve de base ao purgatório é falsa, porque se esquece da natureza incorrigível do
coração endurecido no pecado. A pessoa que houver negado e rejeitado Cristo até o fim
da sua vida, jamais poderá aprender a amá-lo e nele crer, na atmosfera impregnada de

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puro ódio do inferno, ou no lado de fogo que os pecadores partilharão com Satanás, e ali
terão sua habitação eterna (Ap 20.10; 21.8).
O Senhor Jesus foi muito claro em seu ensino a respeito do tormento infindável
dos que se perdem. “então, o rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”
(Mt 25.41). Esse capítulo encerra-se com o mesmo conceito de eternidade tanto para os
redimidos como para os perdidos: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos,
para a vida eterna” (v. 46). Observemos que a palavra aionios é empregada para ambos
os lugares, e é usada para a vida eterna em João 3.16. Não há como degradar o termo
aionios de tal modo que signifique menos do que a eternidade sem fim (é o que os
universalistas tentam fazer), porque o inferno também é sofrimento eterno. Tampouco se
poderia deduzir a “vida eterna” a algo temporário, como moradia provisória dos salvos.
Em outras palavras, as Escrituras ensinam que tanto a vida com Cristo no céu e o
tormento dos perdidos do inferno são igualmente “eternos”. Escreveu o apóstolo João:
“...ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e
aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo [eis tous aionas ton aionon] pelos
séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17-18).
Comparemos essa passagem com Apocalipse 20.10 “O diabo, o sedutor deles, foi
lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde também se encontram não só a
besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos
séculos [eis tous aionas ton aionon]” Essa passagem descreve a última morada de todos
os que se perdem, de acordo com Apocalipse 21.8 (“o lago que arde com fogo e
enxofre, a saber, a segunda morte”). A natureza eterna dessa perdição mata de vez a
teoria do universalismo e expõe-na o ridículo diante da verdade bíblica.
No que concerne à objeção dos universalistas quanto à moralidade de um inferno
eterno, basta-nos salientar que todos os seres humanos foram criados por Deus, feitos à
imagem do Senhor (Gn 1.27), um Deus eterno. Portanto, sendo os seres humanos
criaturas que existirão para sempre, deverão levar sua existência consciente a algum
lugar do universo, céu ou inferno (a Bíblia não menciona alternativa). Visto que os
réprobos usaram mal sua livre-escolha e decidiram permanecer em estado de rebelião
contra Deus, e rejeitaram seu chamado ao arrependimento e nova vida, nada lhes resta
senão a eternidade sem fim no lugar de sua preferência, a habitação de Satanás.
Não existe a mínima possibilidade de arrependimento e mudança de coração
para o pecador atirado ao inferno. Dizem-nos as Escrituras: “Aos homens está ordenado
morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Depois que o Senhor fechou a
porta da Arca, pondo em segurança lá dentro Noé e sua família (Gn 7.16), não havia
possibilidade de alguém daquela geração entrar na Arca e livrar-se do dilúvio. Todos se
deliciaram em zombar das advertências do patriarca, durante 120 anos, enquanto ele os
admoestava em vão a que se arrependessem e procurassem refúgio da forma que o
Senhor havia deliberado. Fechada a porta, os céus se abriram em uma chuva torrencial,
mortífera, e ficou tarde demais para alguém do lado de fora mudar de idéia. Seu destino
estava traçado. Não poderia ser diferente.
Tampouco é objeção válida contra a bondade do Senhor a que se levanta como
protesto comum: Como pode um Deus bondoso condenar alguém ao inferno eterno? Se
Deus é bom, deve ficar ao lado da justiça, do direito e da verdade. Nada permitiria que a
culpa da rebelião.

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