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Como toda doutrina que encontramos no Novo Testamento, vamos notar que esta também
tem suas raízes no Velho Testamento. Paulo procura resolver a questão da confusão das
línguas voltando para o V. T. fazendo uso de uma profecia de Isaías.
Nosso Senhor deixa muito claro que as línguas eram um sinal (Marcos 16:17). Quando a
igreja de Corinto começou a usar línguas como meio de auto-glorificação, foi-lhes falado
que precisavam amadurecer e aprender que as línguas deveriam ser usadas como um sinal
(I Coríntios 14:20-22). Vamos portanto, examinar este ponto importante com detalhes.
É importante notar que as línguas serviam como sinal do juízo de Deus sobre os
descrentes. Escrevendo aos Coríntios sobre o propósito das línguas, Paulo afirma: “Na lei
está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos,
e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas constituem um sinal, não
para os crentes, mas para os incrédulos”( I Co 14.20-22 ). A citação de Paulo vem de
Is.28.11-12, século VIII a. C
“Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo, ao
qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não
quiseram ouvir”.
Nesta passagem, Isaías profetiza a invasão de Israel pelos caldeus, povo cuja
língua era totalmente desconhecida para os judeus. Os gritos dos soldados caldeus
invasores eram o sinal de que o juízo de Deus estava se abatendo sobre a nação incrédula.
A profecia de Isaías baseia-se no que Moisés escreveu em Dt. 28.49-53, sobre Deus usar
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Paulo, por sua vez, partindo da profecia de Isaías, aplica o mesmo princípio aos
seus dias, ao escrever aos Coríntios sobre o propósito do dom de línguas. Assim como no
passado o juízo de Deus sobre os judeus descrentes evidenciou-se através da destruição da
nação por um povo cuja linguagem lhes era desconhecida, assim também o juízo de Deus
sobre os judeus descrentes na época do Novo Testamento, tirando-lhes o Reino e
passando-o para outro povo, manifestou-se através das línguas faladas
miraculosamente pelos gentios que receberam o Messias de Israel. Portanto, como sinal
do juízo de Deus sobre um Israel incrédulo, as línguas serviram a um propósito histórico e
definido.
De que forma serviram as línguas como um sinal do juízo de Deus para com Israel ?
Resposta :
As “línguas” de Pentecoste representaram o arrebatamento do reino de Deus, das mãos de
Israel para destiná-lo aos homens de todas as nações.
A vontade de Deus não era a de continuar canalizando a salvação através de uma nação
singular. Ao contrário, agora Deus falará em todas as línguas e a todos os povos da terra.
As línguas, pois, servem como sinal para indicar que o plano redentivo de Deus foi
deslocado da atividade centrada nos Judeus, para uma atividade que envolve a todas as
nações do mundo.
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O INÍCIO DA TRANSIÇÃO
“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas :
. Tanto em Jerusalém
. Toda a Judéia
. E Samaria
. E até os confins da terra.”
A promessa de Jesus é que o Espírito Santo dotaria a igreja de poder e ela avançaria
invicta pelo mundo todo e vemos a inauguração desta promessa em Jerusalém. Este é o
lugar central. É nesta cidade que Deus escolhe para iniciar um processo de transição.
JERUSALÉM - ATOS 2
Em Jerusalém, os crentes estão reunidos. Não estão agonizando, não estão jejuando,
não estão ansiosos por receber a benção, não estão se santificando no sentido em que é
ensinado hoje pelos carismáticos. Eles simplesmente estavam aguardando o cumprimento
da promessa ( Atos 1:4 ).
Mas Jesus fala que Samaria deve ser incluída em seu plano.
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SAMARIA - ATOS 8
Como já é sabido, o ódio entre Judeus e samaritanos era antigo (João 4:9).
Se os samaritanos tivessem recebido o Espírito Santo no momento em que creram, a
terrível separação que havia entre eles teria continuado na igreja cristã. Teve que derrubar o
1o muro que a separava do resto do mundo. Os Judeus tinham que reconhecer que Deus
também amava os Samaritanos, e que a Sua graça não é mais local, mas universal.
Samaritanos entram no corpo de Cristo, são integrados à igreja da nova Aliança.
A importância dos apóstolos aqui, era que eles tinham que estabelecer sua
credibilidade fora da nação judaica.
Este texto narra a salvação e o recebimento do Espírito Santo por parte de Cornélio
e outros gentios em Cesaréia.
Quando um judeu voltava de viajem num país gentio, ele sacudia o pó dos seus pés
e de suas roupas, porque não desejava trazer sujeira dos gentios para a judéia. Um judeu
não entrava na casa de um gentio; não comeria uma refeição feita por um gentio. O
preconceito racial era muito grande. Contudo, Deus ensinou a Pedro que Ele não faz
acepção de pessoas
( 10:15, 28,34, 45 ) . Outra barreira tinha que ser Derrubada ( Ef 4:11-17 )
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Aqueles “discípulos” não eram seguidores de Jesus, mas de João Batista (v.3, e
18:25). Eram pessoas em transição, remanescentes dos santos do Velho Testamento, ainda
aguardando o Messias, 20 anos após a morte de João Batista.
É evidente que era para ajudá-los a saber que mesmo que estivessem ligados ao
Antigo Testamento e ao último profeta antes do Messias, João Batista, eram agora parte
da igreja, junto com todos os outros. Estavam ligados ao Pentecoste. E também para
ensinar aos presentes que, entre mensagem de Paulo e de Apolo, a de Paulo era mais
completa. Ou seja, Cristo veio, morreu, ressuscitou e foi assunto ao céu e enviou o
Espírito Santo.
Conclusão: Atos é uma narrativa do que aconteceu neste período especial de transição em
que a igreja nascia e se estabelecia entre todos os tipos de pessoas : judeus, mestiços
( samaritanos ) e gentios. Estes textos de Atos servem para clarificar para nós o verdadeiro
propósito das Línguas na Bíblia.
Bibliografia Consultada: