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2º Semestre
2016
Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233 - Mogilar
Sumário
A Braz Cubas 5
Guia de Estudos do Semestre 7
Economia 9
Filosofia e ética 71
Marketing 183
A Braz Cubas
Nascida em 1940, na cidade de Mogi das Cruzes, a Braz Cubas, que iniciou suas
atividades com um pequeno curso preparatório, conta hoje com cerca de 20 mil alu-
nos, entre as modalidades presencial e educação a distância.
A importante notícia veio valorizar a região de Mogi das Cruzes e premiar uma
longa carreira de bons serviços prestados à educação brasileira, formando profissio-
nais competentes e capacitados ao mercado de trabalho.
Missão
Visão
Valores
5
Guia de Estudos do Semestre
Você já sabe que em cada semestre terá 5 disciplinas para estudar, correto?
Mas, você não verá as 5 de uma única vez. Para que possa aproveitar ao máximo
cada uma delas, fizemos uma organização, que chamaremos de “Dinâmica das
Disciplinas”.
As 5 disciplinas, que nomearemos como “A”, “B”, “C”, “D” e “E”, foram dividas em
3 blocos.
Bloco 1
Período Disciplinas Conteúdo a ser estudado
1ª semana AeB Unidade I
2ª semana AeB Unidade II
Avaliação de Verificação
3ª semana AeB
(unidades I e II)
4ª semana AeB Unidade III
5ª semana AeB Unidade IV
Avaliação Presencial
6ª semana AeB
(unidades I, II, III e IV)
7
Guia de Estudos do Semestre
Bloco 2
Período Disciplinas Conteúdo a ser estudado
1ª semana CeD Unidade I
2ª semana CeD Unidade II
Avaliação de Verificação
3ª semana CeD
(unidades I e II)
4ª semana CeD Unidade III
5ª semana CeD Unidade IV
Avaliação Presencial
6ª semana CeD
(unidades I, II, III e IV)
Bloco 3
Período Disciplinas Conteúdo a ser estudado
1ª semana E Unidade I
2ª semana E Unidade II
Avaliação de Verificação
3ª semana E
(unidades I e II)
4ª semana E Unidade III
5ª semana E Unidade IV
Avaliação Presencial
6ª semana E
(unidades I, II, III e IV)
Lembre-se que para o bom desempenho você deverá ter organização e plane-
jamento, além, claro, de muita disciplina.
8
Produção do conteúdo: 2º sem./2013
Economia Disciplina 1
Sumário da Disciplina
Apresentação 13
O Professor 15
Introdução 17
1 Unidade I
Introdução à Teoria Econômica 19
1.1 A Teoria Econômica 19
1.2 Agentes Econômicos 20
1.3 Curva de Possibilidade de Produção 21
1.4 Setores Econômicos 23
1.5 Organização Econômica 23
1.6 Problema Fundamental do Sistema Econômico 24
1.7 Divisões da Economia 25
1.8 Considerações da Unidade I 25
2 Unidade II
Introdução à Microeconomia 27
2.1 A Teoria Microeconômica 27
2.2 Utilidade Marginal Decrescente 29
2.3 A Curva de Demanda 29
2.4 A Curva de Oferta 29
2.5 A Curva da Oferta Individual 31
2.6 Democracia, Distribuição de Renda e Movimento 32
2.7 Elasticidade 34
2.8 Considerações da Unidade II 34
3 Unidade III
Câmbio 37
3.1 Definições e Conceitos 38
3.2 Mercado de Câmbio 39
3.3 O que são Taxas de Câmbio? 39
3.4 Desvalorização e Valorização Cambial 40
3.5 Sistema de Bretton Woods 41
3.6 Sistemas de Taxas Flutuantes 43
3.6.1 Relações Paritárias no Brasil 43
3.7 Fatores que afetam as Taxas de Câmbio em Longo Prazo 45
3.8 Pagamentos Internacionais 47
3.9 Considerações da Unidade III 48
4 Unidade IV
Comércio Internacional 51
4.1 Definições e Conceitos 52
4.2 Teoria do Comércio Internacional 53
4.2.1 Teoria da Vantagem Absoluta 55
4.2.2 A Teoria da Vantagem Absoluta 56
11
Disciplina 1 Economia
4.2.3 Teoria e Prática 57
4.3 Teoria da Política Comercial 58
4.3.1 Tarifas 58
4.3.2 Subsídios 59
4.3.3 Cotas de Importação 60
4.3.4 Controles Cambiais 62
4.3.5 Proibição de Importação (ou Exportação) 62
4.3.6 Monopólio Estatal 63
4.3.7 Lei de Compras de Produtos Nacionais 63
4.3.8 Depósito Prévio à Importação 64
4.3.9 Barreiras Não Tarifárias 64
4.3.10 Acordos Voluntários da Restrição às Exportações (AVRE) 65
4.4 Integração Econômica Internacional 66
4.5 Considerações da Unidade IV 66
Referências 69
12
Economia Disciplina 1
Apresentação
Caro(a) aluno(a),
É com muita satisfação que estarei com você durante este curso de Economia
na modalidade de educação a distância.
A EaD é uma forma moderna de troca de conhecimento, que a cada dia recebe
novos alunos em função da flexibilidade que o estudante tem para exercer suas ati-
vidades de estudo.
Para que o seu estudo seja efetivo, é preciso que você se dedique com muita
atenção ao conteúdo aqui inserido, bem como que acompanhe todas as videoaulas
que estão à sua disposição no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Qualquer
dúvida, entre no ícone de dúvidas e poste o assunto para que eu possa esclarecer a
questão.
Não deixe também de cumprir os prazos para as atividades, pois elas o ajuda-
rão a assimilar o conteúdo apresentado aqui.
Bons estudos!
13
Economia Disciplina 1
O Professor
15
Economia Disciplina 1
Introdução
Por que fazemos isto? Pelo simples fato de não conhecermos seus fundamentos,
não entendermos o que falam ou o que está escrito e até mesmo somos forçados a en-
frentar situações de falta de produtos, fruto de manobras dos agentes produtivos, como
levados a acreditar em discursos políticos eleitoreiros.
Não temos a pretensão de criar cientistas econômicos, mas habilitar você a am-
pliar a sua leitura crítica de jornais e notícias sobre a atuação do governo, das empresas,
trabalhadores e indivíduos quando relacionados aos aspectos econômicos.
17
Economia Disciplina 1
1 Unidade I
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
Estamos inseridos num mercado em que somos afetados por várias situações
de natureza econômica e que, muitas vezes, não podemos fugir, como: aumentos de
impostos; desemprego; alterações nas taxas de juros; variação cambial.
É impossível imaginar uma pessoa que não viva segundo as leis básicas da eco-
nomia, administrando a escassez de recursos e equilibrando oferta e demanda de
acordo com as possibilidades individuais ou familiares.
19
Disciplina 1 Economia
Caso 1
Caso 2
Atenção:
Vá para o AVA e acesse o material que lhe dará a resposta para esta per-
gunta, que deverá ser apresentada no fórum para discussão.
São as pessoas, tanto de natureza física como jurídica, que através dos seus
movimentos, acionam os mecanismos econômicos que contribuem com o funciona-
mento do sistema econômico, que são:
20
Economia Disciplina 1
21
Disciplina 1 Economia
22
Economia Disciplina 1
23
Disciplina 1 Economia
24
Economia Disciplina 1
1 - Microeconomia:
2 - Macroeconomia:
Esta tenta explicar as relações entre os grandes agregados econômicos, consumo, pou-
pança, investimento, produto e renda nacional, níveis de emprego, níveis de preço geral,
inflação, balança comercial internacional etc. Por exemplo: se estivermos estudando as
variações na oferta de dinheiro, suas causas e seus efeitos no fluxo de bens e serviços,
emprego e desemprego ou renda nacional, estamos utilizando o instrumento analítico
da macroeconomia.
Caro(a) aluno(a), espero que o uso desta primeira unidade tenha servido como
base para a iniciação à Teoria Econômica. Também gostaria que aqui tivesse sido
desmistificado a tese de que economia é para poucos, já que vimos que sua origem
se deu dentro das casas dos indivíduos.
25
Disciplina 1 Economia
Convido você para assistir à videoaula I e ficar atento aos aspectos que definem
a Teoria Econômica, que é a administração de recursos limitados para atendimento
de necessidades infinitas. No AVA você poderá dar continuidade as atividades desta
unidade. Prepare-se e não se esqueça de entregá-las no prazo.
Na unidade seguinte, você irá estudar uma das mais utilizadas cadeiras da eco-
nomia, a microeconomia, que é a teoria que estuda as influências unitárias dos fato-
res econômicos, preços, quantidade, oferta, demanda e alguns outros fatores.
26
Economia Disciplina 1
Unidade II
2
Introdução à Microeconomia
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
27
Disciplina 1 Economia
Nesta unidade, você entrará em contato com teoremas que lhe ajudarão a
compreender o comportamento do preço em relação à quantidade de produtos
ofertados, e você irá também estudar como preço e quantidade evoluem e podem
ser expressos por números índices, que são chamados elasticidade.
Espero que aprecie os conceitos apreendidos aqui, como ferramentas para au-
xílio nas tomadas de decisões sobre investimentos e relações comerciais, seja de
venda ou compra de um bem ou serviço.
Caso 1
Caso 2
Caso 3
28
Economia Disciplina 1
O mesmo acontece quando você toma água, a sua satisfação decresce a cada
copo de água ingerido.
Atenção:
Até lá!!!
29
Disciplina 1 Economia
Em contrapartida, quanto menor for o seu preço, menos motivado o produtor estará
em produzir, o que resultará em menor quantidade produzida do bem. Você perce-
beu que o preço do bem, nesse caso, tem relação direta com a quantidade produzida?
Preço dos fatores de produção – Você já viu que os fatores de produção são: terra,
trabalho, capital, capacidade empresarial e tecnologia. Então, quanto menor for o
preço pago pelo produtor pelos fatores de produção, menor será o preço do bem a
ser oferecido para os consumidores. Perceba que o lucro não é mexido (reduzido),
mas com um menor custo de produção é que o preço do bem será diminuído.
O preço dos bens relacionados – A oferta de um determinado produto pode ser afetada
pela variação dos preços de outros produtos, podendo ser divididos em: bens comple-
mentares na produção e bens substitutos na produção.
30
Economia Disciplina 1
Bens Substitutos na produção – São aqueles bens que são produzidos com os mes-
mos recursos produtivos. Podemos citar uma fazenda que planta amendoim e soja.
Se o preço de um deles subir no mercado, o produtor ficará encorajado em plantar o
produto que dará o maior lucro, deixando de produzir o produto que render menos
para ele.
Expectativas sobre preços – São expectativas sobre o que pode ocorrer no futuro,
vejamos: Como uma notícia de uma geada ao sul dos Estados Unidos (USA), prejudi-
cando a colheita de laranjas. O produtor nacional, provavelmente, pode reter a co-
lheita brasileira de laranjas para provocar um aumento no produto, se aproveitando
dos preços mais altos.
Nesta escala, você percebe que a cada preço oferecido a mais, o produtor es-
tará disposto a produzir mais, e a cada preço menor, o produtor responde com uma
produção também menor, o que se verifica que o preço do produto tem uma relação
direta com a quantidade ofertada.
31
Disciplina 1 Economia
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Economia Disciplina 1
33
Disciplina 1 Economia
2.7 Elasticidade
Imagine que você tem um restaurante e seu negócio está indo bem. Mas, você
ficou preocupado ao saber que outro restaurante está abrindo as portas num local
muito próximo ao seu, o que vai aumentar a concorrência. Como você está tendo
um lucro razoável, estaria disposto a baixar um pouco o preço das refeições do seu
restaurante, mas a intrigante pergunta que você faz é: “Se eu baixar o preço em 10%,
qual vai ser o aumento no número de fregueses?”. Em outras palavras, você quer sa-
ber a resposta dos consumidores a uma queda no preço das refeições. Ou seja, você
precisa estimar quão sensíveis são os clientes à variação no preço.
Atenção:
34
Economia Disciplina 1
Por fim, percebe-se que é possível criar um número índice para representar o
potencial de variação de quantidade de venda de um produto em função da variação
do preço.
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Economia Disciplina 1
Unidade III
3
Câmbio
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
37
Disciplina 1 Economia
38
Economia Disciplina 1
Grande parte dos países do mundo tem suas próprias moedas. O Brasil tem o
real, os Estados Unidos, o dólar, a Comunidade Econômica Europeia, o euro, e assim
por diante. Quando os países se deparam com o comércio, existe o envolvimento da
troca mútua de diferentes moedas. O que na verdade acontece, é o procedimento de
depósitos bancários efetuado em moedas diferentes.
39
Disciplina 1 Economia
Atenção:
Ainda há muito o que falar sobre taxa de câmbio. No AVA você vai encon-
trar o material que complementa esse assunto.
Toda vez que ocorre um aumento no preço da moeda estrangeira, como exem-
plo: R$ 3,50 para cada USD 1,00 (relação real x dólar americano), dá-se o nome de
desvalorização cambial. Esse termo significa que a moeda nacional passa a ter me-
nos valor frente à moeda estrangeira, e traz desdobramentos importantes na econo-
mia de um país.
Importante dizer que essa desvalorização cambial afeta o país que contrai dívidas
externas, sendo de maneira crucial, pois uma vez que o valor da moeda internacional
aumenta, aumenta também a dívida do governo, que terá que dispender mais reais
para poder cobrir o valor a ser pago pelos juros e amortização da sua dívida externa.
40
Economia Disciplina 1
A ideia do FMI e do BIRD era evitar crises, mas eles deveriam ser restritos a um
punhado de países. Por isso, essas instituições nasceram com objetivos relativamen-
te modestos. Porém, de 1944 para cá, as coisas mudaram. O padrão-ouro, sobre o
qual fora construída a Nova Ordem, foi desmantelado em 1973, o dólar tornou-se a
41
Disciplina 1 Economia
Os Estados Unidos, por não terem sido invadidos pelas tropas nazistas, tiveram
perdas menores em detrimento daqueles situados na Europa e que necessitavam de
uma reconstrução. Com isso, a moeda americana se tornou a moeda representativa
desse novo sistema monetário.
42
Economia Disciplina 1
Diante dessa decisão, o preço oficial do ouro em relação à moeda foi abolido. O
FMI concedeu liberdade para os países membros administrarem suas taxas de câmbio.
Os países, sem um parâmetro de conversão devido a não paridade com o ouro, come-
çaram a atrelar suas moedas em uma moeda existente que desse garantia e segurança
para eles. Mesmo com a desvalorização do dólar perante o ouro, o dólar americano foi
a moeda preferida para servir de âncora para muitos países, inclusive para o Brasil.
Com isso, é comum ser noticiado, nos jornais e televisão, a relação entre o real
e o dólar americano e, evidenciado pelo Banco Central do Brasil as paridades de
compra e venda sempre em relação ao dólar.
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Disciplina 1 Economia
44
Economia Disciplina 1
Em longo prazo, há quatro fatores principais que contribuem para afetar a taxa
de câmbio:
45
Disciplina 1 Economia
46
Economia Disciplina 1
Para facilitar as trocas, sabemos que todos os produtos são expressos em uni-
dades monetárias, e que cada país adota uma moeda própria. Como isso é uma
questão presente em todo o mundo, vale salientar algumas questões:
Sendo cada país autônomo em relação a sua moeda, quais moedas são aceitas
internacionalmente como meio de pagamento?
47
Disciplina 1 Economia
Dica de Leitura:
48
Economia Disciplina 1
49
Economia Disciplina 1
4 Unidade IV
Comércio Internacional
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
51
Disciplina 1 Economia
Você já se imaginou nessa situação? Ter que produzir sozinho tudo aquilo que
precisa? Ao analisar essa situação, passa pela cabeça que o seu padrão de vida cairia
sobremaneira, devido ao fato de que faltariam recursos para tudo que você neces-
sitaria e/ou desejaria, tais como: recursos materiais, monetário, tempo e até mesmo
habilidade para algumas tarefas necessárias para tudo.
A conclusão que você tirou de tudo isso, é que não faz parte de todo proces-
so produtivo de todos os produtos que consumimos e aí vem a seguinte pergunta:
Como você pode resolver esse problema?
Mas, não é isso que acontece na realidade? Cada um de nós tenta hoje estudar
e se qualificar na profissão que tem maior habilidade, seja medicina, economia, en-
genharia, pedagogia e habilidades manuais, para então exercer uma profissão como
médico, economista, pedreiro, e assim busca tirar vantagem naquilo que se faz de
melhor, ganhando uma remuneração satisfatória para fazer frente às nossas neces-
sidades e/ou desejos.
Vendo desta forma, já imaginamos quais países tem esse diferencial, que é
chamado de fatores de produção, e é exatamente esse diferencial que torna um
país mais rico ou mais pobre em relação a outro, ou mais especificamente, os custos
de produção variam de um país para outro.
52
Economia Disciplina 1
Ah! Agora você pode perceber que se um país tiver vantagem competitiva so-
bre outro país na produção de um determinado bem ou serviço, por ter custos me-
nores, seus produtos terão um preço melhor do que os que não têm esse diferencial,
o que então poderá ser comercializado por meio do comércio internacional.
O comércio internacional propicia ao país ter acesso aos países com maior
vantagem competitiva na produção de bens e serviços, ao aproveitar as melhores
habilidades produtivas de certos produtos e empregar seus esforços para produzir
aqueles produtos em que tem melhor produtividade.
Para refletir:
Você pôde perceber que há uma forte razão que leva os países ao comércio in-
ternacional, que é a vantagem que um país tem sobre outro, e que pode envolver tanto
produtos de consumo comum como de sobrevivência de uma nação, como vacinas
contra epidemia, petróleo para abastecimento de aquecimento da população etc.
53
Disciplina 1 Economia
1 2 3 4
As desigualdades Diferenças interna- Desigualdades nas Diferenças nos está-
entre nações no cionais no tocante disponibilidades gios de desenvolvi-
tocante às reservas a fatores climáticos estruturais de capital mento tecnológico.
não reprodutíveis (que são determi- e trabalho.
(recursos naturais). nados pela altitude,
longitude, topografia
e tipo de superfície),
e a fatores endáficos
(natureza e distribui-
ção de solos).
Para que você tenha uma ideia da dependência de que alguns países têm da
exportação de seus produtos, verifique logo abaixo um quadro demonstrativo:
País Produto
Emirados Arábes Petróleo
Venezuela Petróleo
Bolívia Estanho
Jamaica Alumínio
Serra Leoa Diamantes
Honduras Banana
Estes países têm o que chamamos de uma “cultura única” ou “fonte única”, que
faz com que a renda obtida na exportação deste único produto possa importar os
produtos e/ou serviços necessários para seu desenvolvimento populacional.
Não é difícil encontrar países que têm uma fonte única de receita, o Brasil pas-
sou ao longo da sua existência por várias situações como a descrita. Apesar de ter-
mos diversos outros produtos que eram exportados, como o pau-brasil, algodão,
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Economia Disciplina 1
Não devemos nos esquecer de outro produto, a cultura do café, outra mono-
cultura que aqui produzimos que trouxe grandes fortunas para seus agricultores e
que faz parte da nossa história, tanto cultural como econômica.
A teoria da vantagem absoluta foi mostrada para o mundo pela primeira vez
em 1776, por Adam Smith, considerado um grande economista clássico. Ele publicou
o tratado A Riqueza das Nações, que visava defender o livre comércio como o melhor
caminho para todas as nações.
Conheça mais:
Segundo o ponto de vista dos Mercantilistas, que vigorou do século XVI até
meados do Século XVIII, em países como a Grã-Bretanha, Espanha, França e
Holanda, quanto mais uma nação possuísse ouro, mais rica e poderosa ela
seria. A maneira com que isso poderia acontecer era exportar mais do que im-
portar, uma vez que a diferença seria paga principalmente com ouro. Por essa
razão, procurava-se estimular as exportações e desestimular as importações.
Adam Smith saiu na defesa de que cada país deveria se especializar nos pro-
dutos em que o resultado da sua produtividade era inquestionavelmente superior,
dessa maneira teria uma vantagem absoluta em relação aos produtos produzidos e
conseguiria exportá-los para os países que não teriam a mesma condição. O inverso
aconteceria com a importação, ou seja, com os produtos que estivessem sob desvan-
tagem absoluta (ou se sua produção fosse menos eficiente).
55
Disciplina 1 Economia
Bom, acredito que você constatou que o comércio internacional é salutar para
todos os países envolvidos, pois os produtos e serviços podem ser adquiridos a pre-
ços relativamente menores aos daqueles produzidos internamente, aumentando o
comércio internacional e o bem-estar da população.
David Ricardo, filho de judeus holandeses, com habilidade precoce para os ne-
gócios, ficou rico aos 18 anos ao aplicar na bolsa de mercadorias de Londres. Para
explicar tamanho sucesso, ele apenas falou da sua teoria da vantagem comparativa.
Conheça mais:
Em um primeiro momento você acharia que David Ricardo não estaria bem das
suas funções mentais. Como é possível o comércio entre países se um deles tem des-
vantagem absoluta em todas as mercadorias produzidas? Se um país tem vantagem
absoluta em todas as mercadorias em relação a outro, teria prejuízo na relação de
troca, o que torna impossível essa relação de comércio.
56
Economia Disciplina 1
Já que essas propostas são verdadeiras, por que não verificamos essa prática
comercial nos nossos dias? O que vemos é que cada vez mais os países estão se fe-
chando ao comércio internacional, tentando se proteger em blocos econômicos e/ou
produzir o máximo de produtos internamente nas suas fronteiras, mesmo com me-
nor eficiência produtiva, o que leva a um maior preço do produto para o consumidor.
E aí vem outra pergunta: “Qual país quer que o desemprego aumente no seu
território?” Em defesa a essa pergunta, cada vez mais os países arrumam argumento
e regulamentações para poder impedir a importação dos produtos necessários para
o consumo da população, produzindo-os com maior custo produtivo, a fim de defen-
der o emprego.
57
Disciplina 1 Economia
Atualmente, o livre comércio entre as nações está mais para uma exceção do
que uma regra, tanto para os países desenvolvidos como nas economias industriali-
zadas. Isso é evidente nas decisões dos encontros dos países mais industrializados e
ricos do mundo, o famoso G-7, que sempre decidem regras a seu favor e nunca em
prol de uma economia participativa.
Essa iniciativa visa reduzir as importações para o país em questão e pode tam-
bém promover estruturas de promoção às exportações.
4.3.1 Tarifas
58
Economia Disciplina 1
sobre o valor da nota fiscal do produto. Exemplo: Se uma empresa importar uma
máquina para seu setor produtivo que tem o valor de USD 300.000,00 e o Brasil tiver
como política a cobrança de tarifa sob a denominação mista, essa máquina terá uma
cobrança de um valor específico por cada máquina, digamos R$ 20.000,00 e mais um
percentual incidido sobre o valor da nota fiscal da mesma, digamos 10%, teremos
uma tarifa então – R$ 20.000,00 mais USD 300.000,00 x 0,10 = USD 10.000,00.
Para o mercosul
A tarifa é uma das maneiras mais antigas de tributação usada pelos governos
e é aplicada na importação das mercadorias, o que para alguns países não deixa de
ser uma importante fonte de renda. Para os países que têm a importação como uma
forma de abastecer seu país, devido à falta de condições e/ou fatores de produção
suficientes para atender às necessidades da sua população, a tarifa representa uma
parcela significativa da receita pública.
4.3.2 Subsídios
59
Disciplina 1 Economia
Pagamento em dinheiro;
Redução de impostos;
Conheça mais:
Essa medida serve para que o produtor interno seja incentivado a produzir
mais. A partir do momento que o governo paga parte dos seus custos produtivos, a
mercadoria produzida fica então mais barata para o consumidor, o que consequen-
temente aumentará as suas vendas e gerará mais empregos. Com as mercadorias
sendo oferecidas a um custo menor, as mercadorias importadas ficarão mais caras,
o que inibirá a importação das mercadorias concorrentes daquelas subsidiadas.
Toda vez que ouvimos falar de cotas, entenda-se como restrições quantitativas
importadas sobre o volume (quantidade de peças) ou o valor das importações.
60
Economia Disciplina 1
e países –
acordos entr
Fixadas em controlar as
Decisão unilatera
l do país – O país,
e necessitam por decisão
Os países qu no seu país
interna, pode im
por cotas de im
que entram portação de
mercadorias acordo, fazer
qualquer mercado
ria que entra no
um simples país quando
podem, em or coloque
constatar que
algum segmento
país exportad produtivo
com que o países que
interno esteja
prejudicado pela
rtação para os mercadoria
cotas de expo estrangeira.
se acordo.
realizaram es
Usualmente, as cotas são inseridas pelo governo por meio de licenças para
importar e são concedidas a determinados grupos de indivíduos ou empresas. Na
verdade, são esses os verdadeiros beneficiados, já que ao irem ao exterior procuram
por um preço mais atrativo que o produzido internamente e assim revendem a mer-
cadoria por um preço mais caro no mercado doméstico.
Conheça mais:
61
Disciplina 1 Economia
Esse sistema de taxas múltiplas coligado aos leilões de câmbio foi utilizado
no Brasil no início dos anos 50. Os leilões tinham como objetivo, a negociação de
promessas de câmbio que eram atribuídas aos seus compradores (importador), o
direito de adquirir determinado montante de moeda estrangeira ao valor estipulado.
Como exemplo, nos anos 1953 a 1955 a taxa ofocial de venda da moeda estran-
geira era de Cr$ 18,82/ US$. Nos leilões de câmbio para importação cobrava-se um
percentual maior sobre a taxa oficial de acordo com a essencialidade do produto. Se
os produtos fossem considerados supérfluos, os importadores poderiam pagar mais
de CR$ 100,00/US$, e para produtos para incentivar a industrialização, a cotação era
a tarifa oficial, enquanto para os produtos considerados essenciais, como papel, trigo
e outros, as importações eram subvencionadas, com vendas cambiais a um preço
menor que a taxa oficial.
País de Origem – Nesse caso, a proibição tem como razão um conflito político,
denominado embargo comercial.
62
Economia Disciplina 1
Conheça mais:
Os Estados Unidos impôs um embargo contra Cuba nos anos 60. Os países
aliados aos Estados Unidos tiveram que aderir à restrição por temer a mes-
ma sanção. Outro exemplo recente é o embargo proposto também pelos
Estados Unidos contra o Irã.
Quando um embargo é proposto, é aderido por um conjunto grande de
países aliados a ele, fazendo com que o país embargado não consiga com-
prar nenhum produto produzido por eles. Essa medida tem como resulta-
do prático o isolamento do país com o resto do mundo.
O governo pode criar uma lei específica para as compras públicas ou envolver
todos os possíveis interessados. Nessa regra, o governo baixa regras mirando impe-
dir a importação de determinado produto, caso exista produção de similar nacional.
Essa forma de proteção também foi utilizada pelo Brasil na década de 60, no
governo do Presidente Juscelino Kubitschek, no seu programa chamado “Programa
de Substituição das Importações”. A preocupação na época era a de garantir as mer-
cadorias que fossem importantes para o nosso desenvolvimento industrial com alí-
quotas de importação reduzida, enquanto que outros produtos que poderiam ter
similaridade nacional eram impedidos pelo Conselho Aduaneiro Brasileiro.
63
Disciplina 1 Economia
Esse modelo foi implantado pelo governo do presidente Jânio Quadros nos
anos 60, que consistia no “Sistema de Letras de Importação”. Para ter direito à impor-
tação de produtos, os importadores eram forçados a depositar no Banco do Brasil
por um período de 150 dias, o valor correspondente à mercadoria que quisesse im-
portar, recebendo em troca Letras de Importação. Somente após o período estipula-
do o importador poderia realizar o trâmite de importação.
A adoção dessa medida foi devido aos déficits no Balanço de Pagamento Bra-
sileiro, tanto na sua dívida externa como interna. E com esse depósito prévio, pelo
período de 150 dias, possibitou o reescalonamento de sua dívida, financiada em par-
te pelos depósitos exigidos dos importadores. Dessa maneira, o governo retardava
as importações, tendo menos dispêndio de divisas, como financiava parte dos seus
gastos pelo dinheiro depositado no Banco do Brasil.
Conheça mais:
Esse método também foi utilizado pela Inglaterra, contudo com intenção
maior do equilíbrio das contas públicas inglesas do que como Instrumento
de Política Comercial.
64
Economia Disciplina 1
Com essa medida, por mais que o país exportador esteja interessado em au-
mentar suas receitas com a exportação, é obrigado a restringi-las, porque se não agir
assim poderá ser submetido a restrições mais severas.
Os Estados Unidos é o país que mais utiliza esse tipo de procedimento, e a sua
adoção permite resguardar setores da indústria que acham necessários e se julgam
ameaçados pelas importações. Os países que têm suas exportações limitadas por
esses acordos são: Japão, Coreia e Taiwan e dentre os países menos desenvolvidos
está o Brasil.
Conheça mais:
65
Disciplina 1 Economia
A evolução das relações econômicas internacionais está cada vez mais proble-
mática, de uma simples compra de mercadorias como comumente vimos antiga-
mente, para uma tendência marcante em nossa vida contemporânea: a formação de
blocos econômicos.
Atenção:
A partir deste ponto, vamos continuar nosso trabalho no AVA. Acesse, leia e
estude os conteúdos disponíveis em todos os materiais e realize as tarefas.
Bom trabalho!
Apesar das ideias econômicas indicarem um bom caminho para as trocas inter-
nacionais, a teoria da política comercial de cada país mostrou os subterfúgios utiliza-
dos para dificultar a importação das mercadorias.
66
Economia Disciplina 1
67
Economia Disciplina 1
Referências
PASSOS, Carlos R. Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 4. ed. São Paulo:
Pioneira Thonson Learning, 2003.
GREMAUD, Amaury Ptrick et. al. Manual de Economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva,
2004.
RATTI, Bruno. Comércio internacional e Câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras,
2011.
69
Produção do conteúdo: 2º sem./2011
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Sumário da Disciplina
Apresentação 75
O Professor 77
Introdução 79
1 Unidade I
As origens da ética ou a ética ocidental 81
1.1 A filosofia geral 82
1.2 Considerações da unidade I 93
2 Unidade II
O saber ético e as especificidades da ética 95
2.1 Considerações gerais 96
2.2 A racionalidade prática (I. Kant) 96
2.3 Racionalidade política, “natural” ou “direito natural” 99
2.4 O dever-ser do estado e a ética: Hobbes 104
2.5 Considerações da unidade II 107
3 Unidade III
As normatizações da ação humana 109
3.1 Dos tipos e das características principais 110
3.2 A ética e as profissões 115
3.3 Considerações da unidade III 117
4Unidade IV
Comprovação e validação das normas éticas: alguns fundamentos e o ensino dos
mesmos 119
4.1 A determinação ética 120
4.2 Outros fundamentos gerais 125
4.3 Considerações da unidade IV 129
Referências 131
73
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Apresentação
Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre,
ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal.
(I. Kant)
Mas isso de nada adianta, ainda, se toda a população, se todas as pessoas não
estiverem empenhadas e direcionadas para os mesmos ideais, cumprindo com algu-
mas condições éticas e morais. O indivíduo, passando pela família, pela comunidade,
pelo município, estado, nação, país, numa escala planetária...
75
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
O Professor
77
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Introdução
Mas, afinal de contas, o que é a ética? O que é aquilo que percebemos como
uma ação ética ou uma ação antiética? De outra forma, de imediato, ao pensar so-
bre o problema, algumas coisas aparecem, isto é, uma questão precisa ser feita e
a resposta precisa ser clara: como agir eticamente? Não raras vezes, as pessoas sa-
bem tacitamente o que é a ética, mas ao serem solicitadas a explicar, são tomadas
por uma sensação de embaraço. Nessas circunstâncias, também é comum encon-
trar pessoas que, ao serem interpeladas, se referem à resposta de forma negativa,
isto é, dizem ou apontam situações em que as pessoas não deveriam ter agido, não
deveriam ter feito “aquilo” etc. Dar uma resposta afirmativa, indicar de forma clara
o que é agir eticamente, quais os princípios e normas que devem orientar tais e tais
ações, é difícil.
79
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
As ações podem ser particulares, mas o que guia essas ações, devem ser prin-
cípios universais, isto é, princípios de uma ética geral. Por isso, em grande parte, a
nossa meta é aprofundar e fundamentar uma ética geral que possa subsidiar as
éticas particulares, por exemplo, a ética profissional. De outra forma, pode-se di-
zer que antes de discutir casos particulares, ou mesmos nesses, precisa-se discutir
quais são os fundamentos para a avaliação dos mesmos.
80
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
1 Unidade I
Objetivos da Unidade:
81
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Entenda-se por universal, a questão de que seja algo válido para todos. Obser-
va Dilthey: “deve-se primeiramente buscar um conteúdo comum nos sistemas e que se
forma a representação geral da filosofia” (HESSEN, 1999, p.4).
82
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
especialistas que dividem em partes específicas. Por esse motivo, tem-se uma carac-
terística que é o próprio caráter universal, ou de universalidade, em que é somada
Esses são os pontos comuns, nos sistemas da filosofia, que percorrem as épo-
cas, e estão em evidência em vários filósofos, como os já citados: Platão, Aristóteles,
Descartes, Leibniz, Kant e Hegel. No entanto, o conceito revelado acima é um tanto
formal, o que leva a buscar características na totalidade do desenvolvimento histó-
rico da filosofia, e isso faz com que se consiga definir melhor a essência da filosofia
e, compreender de formas mais específicas as definições que pareçam, por vezes,
serem contraditórias (HESSEN, 1999).
83
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Com essa definição (da essência da filosofia), e das funções valorativas teóricas
e práticas, tem-se um campo filosófico sob três ângulos, ou dividido em três partes:
a teoria da ciência, teoria do valor e teoria da visão de mundo.
Com isso, desejamos ter situado o campo da filosofia que trata especificamen-
te da ética, isto é, teoria do valor ou filosofia prática.
Para refletir:
Aliás, por que filosofia prática? Pesquise... Tente encontrar quais foram as
primeiras normas e regras que orientaram os povos primitivos.
2 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Hamurabi
84
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
85
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Para refletir:
Aqui, você faz mais uma pausa e pesquisa: quais eram os princípios da
ética profissional presentes no Código de Hammurabi?
Pois bem, antes de entrarmos nas questões da vida cotidiana, nos códigos, ori-
ginários, ainda é necessário seguir no caminho da reflexão que estávamos fazendo,
isto é, o fato de que a ação, no sentido da filosofia prática, bem como o conhecimento,
para ser válido, tem de ter as seguintes características: universal, necessário e objetivo.
86
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Em relação à “República”, esta é a obra mais conhecida, embora não tão filosó-
fica quanto o “Sofista”.
87
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Os philodoxos também são forçados a dizer que sabem o que é o bem, pois têm
opinião para tudo, e embora digam que o bem é o prazer e que isso seja falso.
88
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Para falar sobre isso, já apontamos, Platão faz uso da Alegoria da Caverna.
89
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Por isso, para poder ver essa realidade, o “real”, não as ilusões ou sombras, a
nossa interpretação deve ser das coisas que estão ditas na argumentação e posição
tomada, por isso a filosofia é especulativa e o que exige são alguns critérios que
legitimem o que está no texto e não o que está fora dele. Pode ser interpretado e
explicado de várias formas, mas sempre permanece o mesmo problema de fundo, a
preocupação com as ilusões.
90
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
91
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
passaram a vida a aprender, mas essa possibilidade também não iria satisfazer, pois
são prepotentes. São aqueles que julgam possuir todo o saber e capazes de habitar
a Ilha dos Bem-Aventurados3.
Para ser sábio, não é possível ser ignorante, mas também não é aquele que per-
manece na “Ilha dos Bem-Aventurados”, ou os prepotentes; o sábio é aquele que retor-
na, no caso, ao mundo da caverna, após ter contemplado, e ajuda aos sujeitos a saírem
da caverna e, por isso, a suficiência da sabedoria, do ser sábio, pois consiste em dispor
na prática o conteúdo contemplado, que é uma forma de humildade. É preciso, então,
serem modestos, sensatos e humildes, não sábios (mas verdadeiros sábios).
Mais tarde, todo esse discurso será modificado, ou seja, com Maquiavel, Locke
e outros, o indivíduo passa a ser valorizado como único, e a partir do indivíduo que
se estruturará a sociedade e os sistemas, ao contrário do que ocorria na polis grega.
3 Era para os gregos, lugar das delícias do além, e para nós, toma-se como céu ou algo que o valha.
92
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Para refletir:
Atenção:
Agora vamos para o AVA continuar nossos estudos com a leitura do texto1
– disponível na pasta da unidade 1 “Os conceitos de virtude e moral em
Aristóteles: o ensejo ocidental”. Lembre-se de estudar o texto antes de
realizar as atividades virtuais e avaliações. Quando finalizar, volte para o
livro didático e continue seus estudos. Bom trabalho!
Agir com total convicção, isso é resultado de um caráter, de uma prática cons-
tante. A virtude se constitui no agir e o agir se dá pela constituição da virtude. Resta
em aberto apenas algumas questões sem pretensão de resposta, que são: o que
dizer quando desejamos fazer algo e não conseguimos? Em que situação de discerni-
mento se encontra o indivíduo que atua sob embriaguez ou cólera? Qual o justo meio
do roubo, ou será possível em alguma circunstância? Se estou na guerra e morrer é
ruim para mim, porém, se morrer pela pátria é um ato nobre, como decidir? A virtude
é um termo médio ou extremo? Virtude está em oposição ao vício/deficiência?
Para concluir, tem-se que as artes apenas exigem um saber fazer instrumental,
conhecimento prático-poético. O fim é o produto e a tendência é aprimorar o produ-
to na exigência do saber fazer repetidamente, sendo, portanto, externo ao homem.
Já as virtudes exigem o conhecimento prático deliberativo, a escolha, o caráter, e
reside dentro do homem/indivíduo, portanto, visa forjar o caráter, falquejar a alma,
aprimorar o agente pela prática habitual. Assim, nobre é o fim da virtude.
93
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
você terá disponível uma atividade para análise, fórum de dúvidas e links para que
você se aprofunde nesses aspectos. Não se esqueça de buscar essas novas informa-
ções, inclusive, antes de testar seu conhecimento.
Bom trabalho!
94
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Unidade II
2
Objetivos da Unidade:
95
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
A ética é uma forma de saber, que visa orientar o agir humano de modo racional.
Desde suas origens, se é que foi possível perceber isso, a ética se configura como
um saber prático, assim, se distinguindo de vários outros saberes. Como exemplo,
temos o saber chamado de técnico (saber fazer), o artístico, o teórico entre outros.
A diferença da ética, enquanto saber prático em relação aos demais saberes está
em que este visa o agir, mas não qualquer agir e o agir bem no conjunto das várias
facetas do agir do indivíduo. Assim, tem-se a preocupação com o discernimento do
que é o agir correto, o discernimento do melhor agir, o aperfeiçoamento do sujeito
que age.
4 KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70, 1997. Esse
texto, traduzido do alemão por Paulo Quintela, será a referência para as devidas citações ou explanações
referenciais ao texto.
96
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Após, Kant usa algumas fórmulas derivadas das quais utilizaremos, para fins de
estudo, uma divisão de apenas três.
97
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
O princípio deve ser uma legislação universal, não pode ser subjetivo, tem de
ser universal. Não pode estar na esfera do simples querer que é subjetivo, mas tem
de ser feito o “teste” e ser elevado ao nível do poder querer. O que deve reinar é a
objetividade, a boa vontade, que é orientada pela razão.
98
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Atenção:
Bom trabalho!
John Locke foi um dos pensadores que viveu entre 1632 e 1704. Ficou caracte-
rizado também como um defensor da tolerância, pois apelava à consciência dos que
praticam “malefícios” aos outros. Foi contrário ao uso da força para fazer as pessoas
aderirem a uma “verdadeira religião”5, ou a um estado (civil) possível. Decorrente
disso, uma de suas primeiras preocupações foi com relação a autoridade, e, em se-
guida, preocupou-se com a lei natural que sancionava a autoridade (e por que não o
estado) e a fundamentação da mesma (autoridade ou estado).
5 Metáfora para indicar que as pessoas eram obrigadas pelo uso da força (bélica, ou corporal) a aderirem a
um estado civil como religião.
99
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
A vida política, nesse sentido, só pode ser entendida a partir do “direito na-
tural”. Uma das preocupações é pelo direito à propriedade que, segundo Locke, é
natural, anterior à sociedade civil, não depende do estado, mas está vinculado ao
trabalho que, por sua vez, é a origem e o fundamento da propriedade. O acordo/
contrato que se dá após, com a instituição do estado civil, é para preservar a vida,
a liberdade e a propriedade. Locke, nesse sentido, é também visto como empirista
na teoria do conhecimento, pois valoriza a experiência; na política, é visto junto com
Hobbes e outros, como um jusnaturalista, isso porque via como fundamento último
das questões políticas e sociais a natureza do homem7.
6 OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. ÉTICA E SOCIABILIDADE. Locke: A emergência do “indivíduo livre” no
horizonte do ético. São Paulo: Loyola, 1999.
7 Por jusnaturalismo pode ser entendido também como as teorias pelas quais os seus formadores propuse-
ram limites ao poder estatal. Segundo Bobbio para Locke “o bom governo é aquele que nasce com limites que
não podem ser ultrapassados, limites impostos pelo fato de que as leis políticas vem depois das leis naturais,
estando, por assim dizer, a seu serviço” (BOBBIO, 1997, p. 151).
100
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Hobbes ao falar dos direitos naturais, diz que o homem é que detém os mesmos.
O homem de Hobbes vive num contexto em que ocorre um estado permanente de
guerra de todos contra todos e, por isso, as ações se darão por antecipação, ou
seja, antes que o outro me ataque, me cause prejuízo eu o ataco até, talvez, a seu
extermínio. Isso apenas será resolvido com um contrato social ou um pacto social, ao
menos o que será proposto mais adiante.
8 Estado de Natureza é “um estado em que eles (homens) sejam (seriam) absolutamente livres para decidir
suas ações, e dispor de seus bens e de suas pessoas, como bem entenderem, dentro dos limites do direito
natural, sem pedir a autorização de nenhum outro homem e nem depender de sua vontade” (Locke, 1999,
p. 83). Um estado que só tem como guias as leis naturais, e por tal o homem tende a perder-se, ou seja, por
falta de alguém que seja soberano e de certa forma policie a ação do homem, este tende a começar se achar
diferente dos demais e também agraciado praticando atos “injustos”, desiguais, sendo que a salvação dessa
violência é a criação do Estado Civil e, por consequência, as leis positivas. Se compararmos Locke com Hobbes,
notar-se-á que no primeiro, o estado natural é diferente do estado de guerra. Pode se transformar em estado
de guerra, mas o homem não nasce em estado de guerra como em Hobbes (este coloca o surgimento do
Estado Civil com poder absoluto para poder determinar o fim da guerra, ao contrário de Locke em que o
estado é liberal e não determina, apenas coloca as regras, como juiz, e tem poucos poderes, apenas fiscaliza,
é um estado mínimo). No Estado de Natureza, o homem é juiz de si mesmo.
101
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
102
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Locke, a princípio, parece dizer que a posse é dada pelo trabalho empregado
no objeto e o quanto este lhe permitir adquirir, ou seja, pode-se acumular o tanto
de objetos ou coisas que o indivíduo lhe empregar trabalho, contanto que sobre
o necessário para a sobrevivência dos demais. Há, assim, o direito de se adquirir
propriedade para garantir a própria vida, sendo um direito adquirir e um dever
respeitar a aquisição do outro. Isso porque, há, também, no Estado de Natureza, o
reconhecimento da lei de natureza e o respeito de seus direitos, bem como de seus
deveres. Nesse estágio, então,
103
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
A partir disso, poder-se-ia criar uma série de outras questões que poderiam ser
a preocupação com o dever-ser do Estado, as questões éticas e outras mais. A presente
reflexão tem por finalidade apenas mostrar o que acontece no Estado de Natureza, ou
seja, o que possivelmente ocorreria num lugar em que sendo os indivíduos como são
(para Hobbes os indivíduos no estado de natureza são maus, ou tendem ao mal, são
“imorais”; agem por instinto etc.) não houvesse quem impusesse a obrigatoriedade
de algumas leis ou do contrato. E pelo fato dos indivíduos serem maus, “injustos”,
“imorais”, no estado como se encontram (um estado anterior ao civil, o de natureza)
se justificaria a necessidade de um Estado para colocar ou assegurar alguns direitos
aos indivíduos. A fundamentação em Hobbes também muda um pouco de lugar, ou
seja, anteriormente se baseava no cosmos, na divindade, agora se dá a partir do
indivíduo, do sujeito, o fundamento é mais antropocêntrico.
104
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
O outro passa a ser um empecilho para a minha finalidade, por que há várias
coisas que não podem ser desfrutadas por dois ou mais (membros de um grupo).
Como se percebe, neste Estado de Natureza, há uma primeira característica que é
não existir limites, fronteiras, demarcações, praticamente um homem sem lei (agir
humano não regrado eticamente) que vai a procura de saciar suas vontades próprias,
individuais, saciar suas necessidades e os próprios desejos.
Para atingir o que se quer (neste Estado de Natureza), qualquer meio usado e
que se dispõe, seria justificável, numa espécie maquiavélica de que “os fins justificam
os meios”. Nesse momento, poderia se dar o início de um possível estado de guerra,
um estado de disputa de um indivíduo contra o outro. O outro (indivíduo) passa,
ou poderia ser usado, também, como meio para chegar aos fins desejados. Existe,
então, como que uma predisposição para a “guerra de todos contra todos”.
Em si, por esses motivos colocados e outros que serão elencados, pode-se
dizer que o homem, para Hobbes, não é nenhum selvagem, embora seja pessimista
em relação a natureza humana.
9 Ou melhor, os homens são “iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito” (HOBBES, p.74) de
maneira que há uma harmonia, uma compensação, um equilíbrio. Isso significa dizer que um pode ter mais
força física do que um segundo. Porém, este segundo pode se unir a um terceiro e, assim, juntar mais força
que o primeiro. A sabedoria neste caso pode compensar a força física.
105
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Isso significa que é uma possibilidade que o homem tem de entrar em guerra
quando não há lei, e até lei positiva no sentido de regras e jurisprudência. A única
“sorte” que o homem tem, no Estado de Natureza, é que o homem também tem
paixões que o levam a negar o Estado de Natureza para poder supri-las e, assim, se
tem algumas condições para superar o conflito que são: o medo da morte, o desejo
10 Como no estado de natureza ninguém sabe o que é seu ou do outro, não há propriedade particular.
Porém, se tem o direito a propriedade, de se apossar do alimento etc. Assim como, não há igualdade, mas se
tem o direito a igualdade etc.
106
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
de uma vida confortável e a esperança de conseguir a mesma. Isso faz com que o
homem passe a procurar elementos de uma vida em sociedade e, por tal, uma or-
ganização racional a qual se submeta para poder ter e usufruir da satisfação dessas
necessidades, ou escapar da angústia do medo da morte e outras.
Atenção:
Agora mais uma parada no livro para aprofundar nossos estudos no texto
2 – Racionalidade comunicativa ou dialógica. Lembre-se que deverá es-
tudá-lo antes de realizar as atividades ou avaliações, pois é parte integran-
te do conteúdo. Na sequência, volte e continue seus estudos. Bom trabalho!
Bom trabalho!
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Filosofia e ética ADisciplina
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Unidade III
3
Objetivos da Unidade:
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ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
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Filosofia e ética ADisciplina
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ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Por fim, outro aspecto, é que as normas morais e éticas requerem sempre
a característica da universalidade. Em contrapartida, as normas jurídicas somente
exigem que cumpram aqueles cidadãos ou partícipes de determinada comunidade
política, de determinada organização. São, por exemplo, alguns ordenamentos es-
tatais, municipais, de determinadas escolas ou universidades que funcionam como
leis específicas. No caso da moralidade e da ética, se exige o cumprimento de todos
os indivíduos que se encontram numa situação em que a norma possa ser aplicada
(CORTINA E MARTINEZ, 1996, p. 42).
Cortina, por exemplo, vai observar que nem sempre a norma jurídica, em vista
da sua particularidade, contribui para uma sociedade justa. Isso quer dizer que as
leis, a dimensão jurídica é necessária, mas que não são suficientes para que se efeti-
ve uma sociedade em que paire a justiça social. Diz:
Por outro lado, este tipo de lei não contempla certos casos parti-
culares que, não obstante, requerem consideração.
112
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
113
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Atenção:
Que tal você que está lendo até aqui pensar num exemplo também? Depois
acesse a plataforma e poste lá como mensagem aos tutores e/ou professor...
Como prévia conclusão, devemos orientar que uma ética, para ser universal,
que seja válida para todas as pessoas, precisa ser laica (livre da moralidade de cunho
religioso). Em outras palavras, a ética precisa ser válida para todos, crentes ou não,
de diversas crenças, ou independente das crenças particulares, tais são, por exem-
plo, os princípios civis compartilhados: o respeito mútuo, igualdade de condições,
garantia de direitos etc.
114
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Tem-se, com assim, uma série de normativas que a ética engloba, sejam elas
a respeito da bioética, ou da Ética para os negócios. Os problemas mais comuns da
bioética são os seguintes:
115
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
Para refletir:
Atenção:
Bom trabalho!
116
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Bom trabalho!
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Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
4 Unidade IV
Objetivos da Unidade:
119
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
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Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Kant parte de uma distinção rígida entre instintivo e racional, como capacidade
de pensar e não pensar. No entanto, o pensamento posterior mostrou que a proble-
mática do tratamento da fronteira entre o instintivo e o racional é muito mais com-
plexa. Temos então, que todas as reações em prol da vida têm também suas vanta-
gens, mas também têm seus limites. A humanidade talvez esteja criando níveis cada
vez mais aperfeiçoados de sobrevivência e essa distribuição é muito diversificada
desde a autopreservação numa concepção não civilizada, luta direta pela sobrevivên-
cia (selvagem), até outras formas, que se caracterizam pela luta política, do poder, do
dinheiro, e outras. Um dos indicativos para a solução da problemática é não localizar
a explicação num único fator, mas considerar como um processo dinâmico, que so-
fre a influência de vários condicionantes.
Outra ideia importante é que para conceber o ser humano como ser em po-
tencial, a educação moral tende a ser uma arte, ou seja, uma fonte de provocação
permanente, atualmente dir-se-ia uma mobilização pedagógica. É esse tom de pro-
vocação que faz da educação moral um processo reflexivo e lhe confere caráter de
constante busca de um horizonte.
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ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
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Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
11 HERMENAU, Frank. “No fundo, educamos desde sempre para um mundo saído de seus eixos”: sobre a
relação entre política e educação em Immanuel Kant e Hannah Arendt. IN: DALBOSCO, C. A. Filosofia Prática
e Pedagogia. Passo Fundo: Ed. UPF, 2003.
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ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
mos formar o caráter das crianças, importa muito que lhes mos-
tremos em tudo certo plano, algumas leis que possam seguir
exatamente. É assim, por exemplo, que lhe fixamos um horário
para o sono, um para o trabalho, um para o lazer; esse tempo,
uma vez fixado, não pode ser diminuído nem aumentado. (...)
enviamos as crianças cedo à escola, não tanto para que apren-
dam coisa alguma, mas sobretudo para que se acostumem a fi-
car tranquilamente sentadas e a observar pontualmente o que
lhes é ordenado, a fim de que mais tarde, saibam tirar bom pro-
veito de todas as ideias que terão (p.143,144).
Porém, Kant parece deixar claro que não se deve humilhar às crianças.
Aquilo que aqui se aplica às crianças, pode servir também para a formação dos
profissionais e dos adultos de um modo geral. Por isso, consideram esses itens como
parte dos fundamentos da formação moral e ética do indivíduo.
Veja que alguns destes fundamentos são discutidos, de outra forma, nas
teleaulas.
Atenção:
Bom trabalho!
124
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Quer dizer, sujeitos mais instruídos ou mais competentes no sentido moral são
aqueles que recorrem e dispõe de vários argumentos a fim de poder optar pela alter-
nativa que contempla com maior perspicácia o ponto de vista de todos, para relem-
brar, que contemple talvez a Vontade Geral (Rousseau), evitando assim, de alguma for-
ma, os efeitos colaterais. A competência moral pode ser resumida da seguinte forma:
125
ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
126
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Ou na sequência,
E, por fim,
Em ética, ainda, não se pode tomar o vigente, a facticidade, aquilo que é, como
critério para determinar as normas. Isso quer dizer que pode haver normas, vigen-
tes, que se diferenciam ou contradizem as normas válidas, por exemplo, o “jeitinho
brasileiro”. É vigente, mas não válido e não se pode tomar como norma, como escusa
em tribunais. O válido é porque é digno de que seja reconhecido como universal, é o
dever ser, não, portanto, o ser.
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ADisciplina
Braz Cubas2 Filosofia e ética
128
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Para fechar, quero reforçar que esta unidade se completa com a quarta teleau-
la e leitura do material complementar. Anote suas dúvidas e compartilhe-as com o
grupo no fórum para solucionarmos juntos.
Até mais...
129
Filosofia e ética ADisciplina
Braz Cubas2
Referências
CORTINA, Adela & MARTÍNEZ, Emílio. Ética. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
131
Produção do conteúdo: 2º sem./2011
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Sumário da Disciplina
Apresentação 137
O Professor 139
Introdução 141
1Unidade I
Direito tributário 143
1.1 História dos tributos 144
1.2 Aspectos gerais 147
1.3 Limitações ao poder de tributar - princípios constitucionais tributários 149
1.4 Considerações da unidade I 150
2Unidade II
Obrigação, responsabilidade, processo tributário e crimes contra a ordem
tributária 151
2.1 Obrigação tributária 152
2.1.1 Modalidades de obrigações tributárias 153
2.1.2 Sujeito passivo da obrigação acessória 154
2.1.3 Sujeito passivo da obrigação principal 155
2.1.4 Aspectos gerais da sujeição passiva 155
2.2 Crédito tributário 157
2.2.1 Lançamento 158
2.2.2 Elisão e evasão tributária 159
2.3 Considerações da unidade II 159
3Unidade III
Seguridade social 161
3.1 Seguridade social na Constituição Federal de 1988 162
3.2 Regimes previdenciários no Brasil 163
3.3 Imunidades na seguridade social 164
3.3.1 Imunidade sobre aposentadoria e pensão do regime geral de previdência social
164
3.3.2 Imunidade sobre as receitas decorrentes de exportação 165
3.3.3 Imunidade das entidades beneficentes de assistência social 165
3.4 Previdência social 166
3.5 Considerações da unidade III 167
4Unidade IV
Benefícios previdenciários 169
4.1 Benefícios previdenciários - introdução 170
4.2 Carência 170
4.2.1 Carência parcial 174
4.3 Salário de contribuição 175
4.3.1 Diferenças entre os benefícios decorrentes de acidente do trabalho e os benefícios
previdenciários 176
4.4 Considerações da unidade IV 177
Referências 179
135
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Apresentação
Caro(a) aluno(a), nossa disciplina é composta por duas matérias: Direito Tribu-
tário e Direito Previdenciário.
Nos estudos sobre o Direito Tributário temos por objetivo proporcionar o co-
nhecimento necessário a respeito do sistema tributário do Brasil, possibilitando a
aplicação dos conceitos e sistemáticas na organização dos diversos setores públicos.
137
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
O Professor
139
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Introdução
Com as grandes civilizações a busca por terras trouxe grandes conflitos e guer-
ras, nessa época, os reis começaram a exigir tributo para sustentar seus exércitos.
Os Tributos exigidos eram exorbitantes e não existia uma regulamentação eficiente,
com tratamento igualitário a todos.
A Saúde está prevista nos artigos 196 a 200, sendo direito de todos, indepen-
dentemente das condições econômicas. A Previdência Social está disciplinada nos
artigos 203 a 204, sendo um sistema contributivo. A Assistência Social, com previsão
nos artigos 201 e 202, não exige contribuição, porém, diferentemente do direito à
saúde, não são todos que terão direito, é necessário demonstrar necessidade para
a obtenção dos benefícios assistenciais.
141
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
1 Unidade I
Direito tributário
Objetivos da Unidade:
143
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
O rei Ricardo Coração de Leão, enquanto viajava em guerra, deixou seu povo
sendo governado por um parente chamado João Sem Terra.
João Sem Terra formou seu próprio exército e cobrava tributos dobrados.
Quando o rei Ricardo Coração de Leão voltou das cruzadas, lutou contra João Sem
Terra para recuperar seu trono. O povo, cansado de ser explorado, exigiu que o novo
rei assinasse um documento que o protegesse contra tanto abuso: a Magna Carta, a
primeira limitação legal ao poder dos reis de cobrar tributos.1
1 Uma das marcas significativas da Magna Carta é a instituição do Princípio do Devido Processo Legal.
Por conta disso, a administração da justiça torna-se um dever do Estado e, ainda, um direito da pessoa a
ele vinculado. A propósito, dispunham os artigos 48 e 49 da Magna Carta: “art. 48. Ninguém poderá ser
detido, preso ou despojado dos seus bens, costumes e liberdades, senão em virtude de julgamento de seus
pares, segundo as leis do país. Art. 49. Não venderemos, nem recusaremos, nem dilataremos a quem quer
que seja, a administração da justiça.” (Magna Carta In: Ivan de Oliveira Silva. A Morosidade Processual e a
Responsabilidade Civil do Estado. São Paulo: Pillares, 2004, p. 165).
144
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
No final da Idade Média, surgiu uma nova classe social: a dos comerciantes, in-
dustriais e banqueiros. O comércio cresceu e se diversificou, esse movimento atraiu
cada vez mais pessoas para as cidades.2
em reinados
erna transformados
Idade Mod Os feudos foram
s
e tinham suas riqueza
co lôn ias , co mo o Br asil, eram exploradas
As
rar qualquer benefício
tra ída s e ma nd ad as para a Europa sem ge
ex
s colônias.
para os habitantes da
ias, na França, os
çã o nã o to ma va co nta apenas das colôn
A insatisfa o rei, pois só os
mp on es es e ar tes ão s se revoltaram contra
burgueses, ca rigação de pagar
, ind us tri ais e tra ba lhadores tinham a ob
comerciantes
nobreza e o clero não.
pesados impostos, a
A principal reação a tais injustiças foi a Inconfidência Mineira, que teve como
causa principal a cobrança do quinto do ouro (a quinta parte de todo o ouro extraído
nos garimpos era pago à coroa portuguesa como tributo).3
2 A propósito do crescimento do comércio e aglutinação das pessoas nas cidades, vide: Edgar Salvadori de
Decca. O Nascimento das Fábricas. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. 77 p. 4° reimp. da 10. ed. de 1995.
(Coleção Tudo é História, 51).
145
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
o governo
as minas de ouro português,
endividado
No final do começaram a se , não admit
ia
receber me
século XVIII exaurir e a produção nos.
caiu muito.
inspirou,
o movimento mineiro
Apesar de derrotado,
ependência do Brasil.
anos mais tarde, a ind
146
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
essa função, de modo que podemos incluir nessa missão todos os demais poderes
da República. Assim, os três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário tem a função
de zelar pelos limites constitucionais ao poder de tributar.
Sujeito ativo
De acordo com o artigo 119 do CTN (Código Tributário Nacional), sujeito ativo é
o credor da relação jurídica, ou seja, é a pessoa jurídica de direito público credo-
ra do tributo (União, Estado, Distrito Federal ou Município).
5 A respeito dos ramos do Direito, vide: Ivan de Oliveira Silva; Cláudio José Franzolin e Roberta Cardoso.
Lições de Teoria Geral do Direito. São Paulo: Atlas, 2013.
6 Renato Lopes Brecho. Lições de Direito Tributário: teoria geral e constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011.
147
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Sujeito passivo
De acordo com o artigo 121 do CTN, sujeito passivo é a parte devedora, ou seja,
é a pessoa que possui o dever de pagar o tributo.
Hipótese de incidência
Fato gerador
Exemplos:
O fato gerador do imposto de renda é auferir renda, portan-
to, a partir do momento que eu aufiro renda, realizo o fato
gerador e devo realizar o pagamento do tributo;
148
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Conheça mais:
Bons estudos!
Dica de Leitura:
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito Tributário. 11. ed. São Paulo: RT, 2009.
149
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Com tudo isso, você é capaz de identificar que tributo é toda prestação pecuniá-
ria compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada, e que, são espécies tributárias: os impostos, taxas, contribui-
ções de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições.
150
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Unidade II
2
Objetivos da Unidade:
151
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
O sujeito passivo tem de pagar o tributo e o sujeito ativo tem o direito de exigi-lo:
152
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
dever
Reflete um dever patrimonial. O
lar deve
ibutária patrimonial significa que o particu
Obrigação Tr
entregar dinheiro ao Estado.
Principal
al.
sória Não reflete um dever patrimoni
ibutária Aces
Obrigação Tr
8 Luciano Amaro. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 375 e seguintes.
153
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
154
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
O sujeito passivo pode ser de dois tipos, a depender do motivo de seu dever
de pagar o tributo:
155
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes. Este artigo trata do papel que as
convenções particulares exercem no Direito Tributário.
156
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Este artigo disciplina a capacidade tributária passiva, dizendo quem pode ser
sujeito passivo. De acordo com o artigo 126, do CTN, poderão ser sujeitos passivos
qualquer pessoa física ou jurídica, independentemente da capacidade civil ou
constituição regular. Lembrar da máxima tributo “non olet” comentada na teleaula.
Conheça mais:
157
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
2.2.1 Lançamento
158
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Mas vamos entender melhor esse assunto com o estudo do texto 2 desta
unidade – Elisão e evasão tributária – que está disponível na midiateca.
Bons estudos!
Dica de Leitura:
Nesta unidade, vimos que a relação jurídica tributária é composta por um tripé:
de um lado, o dever do sujeito passivo; do outro o direito do sujeito ativo e, no meio,
o objeto, que é o tributo. Poderão ser sujeitos passivos qualquer pessoa física ou
jurídica, independentemente da capacidade civil ou constituição regular.
Com tudo isso, você é capaz de identificar que o crédito Tributário é o direito de
crédito da Fazenda Pública, devidamente apurado por procedimento administrativo
denominado lançamento, estabelecendo um vínculo jurídico que obriga o contribuinte
ou responsável a realizar o pagamento do tributo. O contribuinte pode auxiliar o fisco
no ato de lançar, em maior ou menor escala. Conforme a intensidade do auxílio, o
159
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Vimos ainda, que os crimes contra a ordem tributária estão previstos na Lei
8.137/90 e no Código Penal (art. 168-A - Apropriação indébita previdenciária; art.
334, CP - Contrabando ou descaminho e art. 337-A - Sonegação de contribuição
previdenciária).
160
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Unidade III
3
Seguridade social
Objetivos da Unidade:
161
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Conheça mais:
11 OLIVEIRA, Lamartino França de. Direito Previdenciário: manuais para concursos e graduação. São Paulo:
RT, 2005 (Série manuais para concursos e graduação; v. 4 / coordenação geral Luiz Flávio Gomes), p. 30.
162
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Outras mídias:
Bons estudos!
Regimes principais
99 Militar: Policiais.
Regimes complementares
Oficial Privado
163
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
São casos de não incidência com previsão na CF/88, também chamadas de limi-
tação constitucional ao poder de tributar.
Exemplo:
Imaginemos que João recebe, como única fonte de renda, uma aposen-
tadoria do RGPS. Ele não pagará contribuição sobre a aposentadoria, por
conta da regra da imunidade; já Roberto recebe aposentadoria do RGPS e
recebe remuneração de determinado trabalho que lhe garante outra ren-
da mensal. Neste caso, ele terá imunidade sobre a aposentadoria, mas
pagará contribuição sobre os rendimentos do seu trabalho.
164
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Essa imunidade tem por finalidade fomentar a exportação, pois imuniza as re-
ceitas decorrentes de exportação.
165
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
166
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Outras mídias:
Dica de Leitura:
Nesta unidade, vimos que a Seguridade Social é dividida em três ramos: Saú-
de, Assistência Social e Previdência Social, sendo esta última um sistema contributivo.
Estudamos os princípios que regem a Seguridade Social e suas aplicações práticas.
167
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
dos de qualquer idade; Segunda classe: Pais; Terceira classe: Irmãos menores de
21 anos, não emancipados ou inválidos de qualquer idade).
168
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
4 Unidade IV
Benefícios previdenciários
Objetivos da Unidade:
169
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Dos dez benefícios, dois são devidos aos dependentes: o auxílio reclusão e a
pensão.
4.2 Carência
170
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Período de graça é aquele em que o segurado não paga, mas tem direito
ao benefício. Como o nome sugere, é de graça, está previsto no art. 15, Lei
8.213/91.
171
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Foi fixada uma regra de transição (art. 142, Lei 8.213/91), para aqueles que
eram segurados e pagavam na vigência da lei anterior e continuou pagando quando
da entrada em vigor da Lei 8.213/91.
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho
de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previ-
dência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e
especial, obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado
implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
172
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
173
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Exemplo:
meses de parto.
• 10 meses de contribuição 09
meses de parto.
• 09 meses de contribuição 08
meses de parto.
• 08 meses de contribuição 07
A carência parcial está prevista no art. 24, parágrafo único da Lei 8.213/91.
174
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Exemplo 1:
Exemplo 2:
175
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
Outras mídias:
HO
IDENTE DE TRABAL
BENEFÍCIO POR AC BENEFÍCIO P
REVIDENCIÁ
segura- RIO
• Gera estabi lidade provisória do
• Não gera es
213/91). tabilidade pro
do (art.118 da lei 8. vi-
sória do segu
- rado.
ncia da Justiça Esta
• Em regra, competê •
Lei 8.213/91). Em regra, co
dual (art. 129, II da mpetência d
a
Justiça Feder
al.
Médico que
Seus Sindicato da Outra
Segurado assistiu o
dependentes categoria autoridade
trabalhador
A emissão do CAT, por qualquer das pessoas citadas acima, não afasta a impo-
sição de multa à empresa pela não emissão do CAT.
176
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Não podemos esquecer que os benefícios citados nesta unidade, são devidos
a partir do 16º dia do afastamento. Nos primeiros quinze dias, competirá à empresa
o pagamento.
Dica de Leitura:
177
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
Referências
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 23. ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
__________. Curso de Direito Tributário. 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 10. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2009.
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
DENARI, Zelmo. Curso de Direito Tributário. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ICHIHARA, Yoshiaki. Direito Tributário. 14ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.
KFOURI JR., Anis. Curso de Direito Tributário. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
LOPES, Mauro Luis Rocha. Processo Judicial Tributário. 5. ed. Rio de Janeiro: Lúmen
Juris, 2009.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: Malheiros,
2008.
MARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. São Paulo: Atlas, 2002.
179
ADisciplina
Braz Cubas3 Direito previdenciário e tributário
MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Fontes do Direito Tributário. 1. ed. São Paulo: Max
Limonad, 2008.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 24ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio Franco da. Manual de Direito Financeiro e Direito
Tributário. 1. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.
SOUZA, Jadir Cirqueira. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Pillares, 2010.
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito Tributário. 11. ed. São Paulo: RT, 2009.
Constituição Federal do Brasil 1988:
180
Direito previdenciário e tributário ADisciplina
Braz Cubas3
<http://www.direitovirtual.com.br/>.
<http://jus.com.br/revista/texto/10519/a-boa-fe-conceito-evolucao-e-caracterizacao-
como-principio-constitucional>. Acesso em: 11 de junho. 2013.
181
Produção do conteúdo: 2º sem./2011
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Sumário da Disciplina
Apresentação 187
O Professor 189
Introdução 191
1 Unidade I
Da Origem à Importância da Diferenciação de Produtos e Serviços 193
1.1 Origem do Marketing 194
1.2 Conceito de Marketing 195
1.2.1 Características do Marketing de Neandertal 197
1.3 Segmentação de Mercado 200
1.4 Diferenciação e Posicionamento da Oferta 200
1.4.1 Estratégias de Posicionamento 201
1.4.2 Diferenciação 202
1.5 Considerações da Unidade I 203
2 Unidade II
Marketing Mix 205
2.1 Mix ou composto de Marketing 206
2.2 Marketing de Serviços 207
2.3 Considerações da Unidade II 209
3 Unidade III
Ambiente de Marketing 211
3.1 Ambiente de Marketing 212
3.1.1 O Microambiente 213
3.1.2 A Empresa 213
3.1.3 Os Fornecedores 214
3.1.4 Os Intermediários 214
3.1.5 Os Clientes 215
3.1.6 Os Concorrentes 215
3.1.7 Os Públicos 215
3.1.8 Macroambiente 216
3.2 Considerações da unidade III 218
4 Unidade IV
Tendências de Marketing 219
4.1 Marketing 3.0 219
4.1.1 Um Mundo Melhor 223
4.2 Considerações da Unidade IV 223
Referências 225
185
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Apresentação
187
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
O Professor
189
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Introdução
MARK – ET – ING
Para Las Casas (2004) é por aí que podemos entender essa disciplina tão im-
portante nos dias atuais. Por volta de 1954 quando se pretendia introduzir o curso
em instituição de ensino superior o marketing foi traduzido como mercadologia, ou
seja, estudo de mercado. Porém, como vimos o termo em inglês significa ação no
mercado, contendo uma conotação de forma dinâmica e não apenas estudo de mer-
cado como a palavra foi traduzida.
191
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
Na verdade, nós fazemos marketing o tempo todo. O ser humano quer ser
bem visto pela sociedade. Todos nós passamos uma imagem para o outro. O nosso
corpo e as nossas atitudes também são veículos que passam mensagens para socie-
dade. Fazemos marketing quando nos vestimos, quando falamos, por meio dos luga-
res que frequentamos, com os amigos que temos, com a nossa família e até quando
estamos namorando. Nós somos o produto mais valioso do composto de marketing.
192
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
1 Unidade I
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
193
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
O escambo
194
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
99 Era do relacionamento.
Atenção:
195
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
-
A abordagem social define mar
que in-
keting como um processo em
O Marketing apresen m aqu ilo que
ta duas vi- divíduos ou grupos obtê
sões. Uma com uma dades
abordagem so- querem e atendem suas necessi
cial e outra com um e troc a de
a abordagem ge- por meio da criação, oferta
rencial. (Kotler, 2005) mente
produtos além de serviços livre
5)
com outras pessoas. (Kotler, 200
ele come-
m gerencial,
Na abordage
nérica, como
descrição ge
ça com uma r- Atualmente, os co
nceitos
os e mais ta
nder produt relacionados ao ma
a arte de ve tin g rketing e
de marke
de fin e ge renciamento principalmente as su
de as aplica-
aplicar os con-
e a ciência de ções estão gerando
como a arte cialização, um marke-
s fu nd am en tais de comer ting de alta qualidade
ceito o , de 1ª., 2ª.,
alvo e visand
o mercado 3ª. e 4ª. gerações, inc
escolhendo ero dos luindo es-
m an te r e au mentar o núm tratégias novas como
obter, e marketing
ção, entrega
ie nt es po r meio da cria de guerrilha, maxi-
cl consumido- marketing,
aos próprios marketing de serviços
transmissão prestação , marketing
de um va lo r superior na de relacionamento, ma
res, ler, 2005) rketing vi-
tegrados. (Kot ral, marketing de nic
de serviços in hos, e assim
por diante.
idades de mar-
as que não correspondem as ativ
É importante frisar característic
a. Kotler classifica de
entender o conceito da disciplin
keting para que enfim possamos ns conceitos que
ão aos homens das cavernas, algu
marketing de neandertal, em alus
algumas organizações
dos ainda insistentemente por
estão ultrapassados e são usa
strong, 2007)
iplina representa. (Kotler e Arm
que não tem noção do que a disc
196
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
197
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
198
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
199
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
99 Deve existir alguém com necessidade que seja satisfeita com a compra do
produto;
99 A pessoa deve ter o poder aquisitivo para comprar o produto; e
99 Condições para efetuar a compra.
Atenção:
Agora você deverá voltar ao AVA para continuar seus estudos. Todo o ma-
terial sobre segmentação está disponível. Após o estudo, vá para o fórum e
trabalhe com os seus colegas e o tutor a discussão proposta.
Para Oliveira (2007) uma vez que a empresa tenha definido seu mercado-alvo,
é preciso posicionar o seu produto ou serviço nesse mercado. Fazer um posiciona-
mento de produto significa conseguir que um produto ocupe um lugar claro, distin-
to e desejável, em relação aos produtos concorrentes na mente dos consumidores.
Para Kotler (2005), posicionamento é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da
empresa, de maneira que ocupem uma posição competitiva distinta e significativa
nas mentes dos consumidores. A estratégia de posicionamento do produto é funda-
mental para desenvolver o composto de marketing adequado.
200
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Para Kotler e Armstrong (2007) por mais especializado que seja o produto, as
empresas devem converter um produto indiferenciado em uma oferta diferenciada.
Os profissionais podem posicionar a oferta de várias maneiras:
cíficos
Atributos espe Ocasiões de uso
dos
Benefícios do pr
do produto, oduto, emplo,
por exemplo, re produtos, por ex
por exemplo, duz as é
cáries, faz emag cerveja bock que
desempenho. recer; o.
cerveja de invern
Classes de us orrentes,
uários, Contra os conc
produtos de uma
crianças comparação de
que são posici outra
onados empresa com
para o uso de
adultos. direta
ou indiretamente.
Classes de pr
aos odutos,
Em contraste como o bicarb
, na onato de
concorrentes sódio que foi
s usado para
contramão do desodorante
es . de geladeiras.
concorrent
99 Vantagens competitivas;
201
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
1.4.2 Diferenciação
dutos
almente, a diferenciação nos pro
Diferenciação por produto: atu
idores, pois os
ceptível aos olhos dos consum
esta ficando cada vez menos per
lizados. Para
dut os cad a vez ma is estã o ficando comoditizados e especia
pro
s prestados.
sendo a diferenciação nos serviço
Las Casas (1999) a solução está
s de marketing
presas que por meio de esforço
Mas mesmo assim existem em
dutos podem
seus produtos físicos. Os pro
estão conseguindo diferenciar
ronizadas ou
as: design, características pad
ser diferenciados de várias form
fiabilidade, entre
consistência, durabilidade, con
opcionais, desempenho, estilo,
outros diferenciais.
os se-
dias de hoje, os serviços prestad
Diferenciação nos serviços: nos
os. Pode ser
o fazendo a diferença nos produt
gundo Las Casas (1999) é que estã
a entrega rápi-
mento ao consumidor eficaz, um
através de um serviço de atendi
. Um serviço
imagem da empresa ou da marca
da, conveniência, instalação, por
o de treinamento ao cliente.
que está fazendo a diferença é
diferencia-
soas: conforme Kotler (2005), a
Diferenciação através de pes
etivos. Assim, as
colaboram para alcançar os obj
ção pode estar nas pessoas que
dial que os seus
ciação na maneira rápida e cor
empresas investem em diferen
organizações
r diferenciação por pessoas, as
colaboradores atentem. Para cria
is em treinamento.
estão investimento cada vez ma
itivas de
al: uma das vantagens compet
Diferenciação através de can
ndo se fala de
seus canais de distribuição. Qua
uma empresa pode estar em
toda a cadeia genérica de valor.
canal de distribuição quer dizer
correntes
gem: Nesse caso, quando os con
Diferenciação através de ima
sua reputação e
a a empresa difere através da
apresentam uma oferta parecid
empresa.
tradição da marca ou da própria
202
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Segundo Mintzberg (2006) para que uma estratégia de diferenciação seja efi-
ciente e eficaz é importante que a empresa considere os desejos e necessidades dos
consumidores. Os atributos diferenciadores só terão valor se os consumidores per-
ceberem e aprovarem as mudanças. Nesse caso é fundamental enfatizar a qualidade
percebida do produto ou serviço.
Na maioria das vezes o marketing é uma prática que segue tendências. Assim,
ele tem a função de explorar as necessidades do cliente, suas preferências com o
objetivo de direcionar ações na empresa que atendam e satisfaçam este cliente, uti-
lizando instrumentos variados de promoção.
203
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Unidade II
2
Marketing Mix
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
205
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
Atenção:
206
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra
e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Funda-
mentalmente, podemos definir Serviços em Marketing como o conjunto de esforços
e ações que aperfeiçoam uma venda com o objetivo de encantar o cliente, diferen-
ciando a empresa da concorrência. Assim, com a mudança constante do cenário eco-
nômico, torna-se necessário criar novas formas de serviços para conquistar o cliente
e, principalmente, surpreendê-lo.
A palavra-chave para Kotler e Keller (2006) que norteia todas essas ações é
conveniência, ou seja, o quanto conveniente devemos ser aos nossos clientes atuais
e potenciais. Hoje em dia, o tempo tornou-se moeda forte, visto que as pessoas têm
cada vez menos tempo e, assim, necessitam de novos serviços (mesmo sem saber
que querem...).
207
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
208
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
1% Morre
3% se mudam
9% Motivos de concorrência
de preço
209
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
210
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Unidade III
3
Ambiente de Marketing
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
211
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
212
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
AMBIENTE DE MARKETING
3.1.1 O Microambiente
3.1.2 A Empresa
213
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
3.1.3 Os Fornecedores
3.1.4 Os Intermediários
214
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
3.1.5 Os Clientes
Segundo Kotler e Armstrong (2007) a empresa pode ter cinco tipos de clientes:
3.1.6 Os Concorrentes
3.1.7 Os Públicos
215
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
99 Público financeiro;
99 Público da mídia;
99 Público do governo;
99 Público local;
99 Público geral; e
99 Público interno.
3.1.8 Macroambiente
AMBIENTE DEMOGRÁFICO
A demografia é o estudo e análise da população humana em termos de tamanho,
densidade, localização, idade, sexo, raça, ocupação e outros dados estatísticos. É de gran-
de interesse para os profissionais de marketing porque envolve pessoas e são estas que
constituem os mercados.
A explosão da população mundial tem grandes implicações nos negócios. Uma po-
pulação crescente significa crescentes necessidades a serem satisfeitas, dependendo do
poder aquisitivo, pode também significar crescentes oportunidades de mercado.
Os executivos acompanham as novas tendências e desenvolvimentos dos seus
mercados nacionais e estrangeiros, assim como as possíveis mudanças de estrutura etá-
ria e familiar, mudanças na distribuição geográfica da população, características educacio-
nais e diversidade populacional.
216
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
AMBIENTE ECONÔMICO
Dependendo tanto do poder de compra como dos consumidores, o ambiente eco-
nômico consiste em fatores que afetam o poder de compra e os hábitos de gasto do con-
sumidor. Os países são muito diferentes quanto aos seus níveis e distribuição de renda.
Alguns países têm economia de subsistência, ou seja, consomem a maior parte
de seus produtos agrícolas e industriais e oferecem portanto, poucas oportunidades de
mercado.
Na outra ponta vêm os países de economia industrial, que constituem mercados ri-
cos para muitos tipos de bens. Os profissionais de marketing devem estar sempre atentos
às principais tendências e hábitos de gasto dos consumidores nos mercados mundiais.
AMBIENTE NATURAL
O ambiente natural está relacionado aos recursos naturais que os gestores de mar-
keting usam como subsídios ou que são afetados pelas atividades de marketing. As preo-
cupações ambientais cresceram muito nas duas últimas décadas. O ambiente natural é o
tema mundial de maior importância para as empresas e para o público, se tornando um
diferencial em muitos casos.
Os profissionais de marketing devem conscientizar-se de quatro tendências do am-
biente natural:
• Escassez de matéria-prima;
• Aumento do custo de energia;
• Aumento da poluição, e
• Intervenção governamental na administração dos recursos naturais.
AMBIENTE TECNOLÓGICO
Talvez a força mais significativa que atualmente molda nosso destino, o ambiente
tecnológico se apresenta como uma realidade. Toda tecnologia nova substitui uma tec-
nologia antiga. Os transistores prejudicaram a indústria de válvulas, a xerografia afetou o
negócio de papel carbono, o automóvel teve impacto nas ferrovias, e os CDs prejudicaram
os discos de vinil. Toda vez que as indústrias velhas lutaram com as novas tecnologias ou
as ignoraram seus negócios declinaram.
Dessa forma, as novas tecnologias se tornam sinônimos de novos mercados e opor-
tunidades, portanto os gestores devem observar as seguintes tendências tecnológicas:
• Rapidez das mudanças tecnológicas;
• Orçamentos elevados para planejamento e desenvolvimento; e
• Concentração em pequenos aprimoramentos.
AMBIENTE POLÍTICO
As estratégias e decisões de marketing são seriamente afetadas e modificadas pelo
desenvolvimento e relacionamento com ambiente político. O ambiente político é cons-
tituído de leis, agências governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam
várias organizações e indivíduos em uma dada sociedade.
217
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
AMBIENTE CULTURAL
Constituído de instituições e outras forças que afetam os valores básicos, as
percepções, as preferências e os comportamentos da sociedade o ambiente cultural é
representado pelos nossos valores e crenças básicos, absorvendo uma visão de mun-
do que define nossos relacionamentos com o mundo e com os outros.
As seguintes características culturais podem afetar as decisões do marketing:
• Persistência de valores culturais;
• Mudanças dos valores culturais secundários;
• A visão das pessoas sobre si mesmas;
• A visão das pessoas sobre os outros;
• A visão das pessoas sobre as organizações;
• A visão das pessoas sobre a sociedade;
• A visão das pessoas sobre a natureza; e
• A visão das pessoas sobre o universo.
Apesar de ser um elemento incontrolável, as empresas não devem aceitar pas-
sivamente esse ambiente. Ele deve ser estudado e acompanhado com frequência. As
organizações devem analisar as forças ambientais e elaborar estratégias que ajudarão
a empresa a evitar as ameaças e a tirar vantagem das oportunidades que o ambiente
proporciona.
218
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
4 Unidade IV
Tendências de Marketing
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
A nova definição de Marketing proposta por Kotler (2010) retrata diversos fato-
res influenciadores da nova política comportamental e comercial do mundo digitali-
zado. Ele se refere nesta publicação como a era da sociedade criativa, o ser humano
tratado como um ser pleno, que possui mente, coração e espírito. Esses indivíduos
tem a necessidade de satisfazer os anseios de transformar o mundo globalizado
num mundo melhor.
219
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
Para ter uma noção da diferença dos 3 momentos do marketing, Kotler (2010)
exemplifica a era do Marketing 1.0 como a era da do Marketing centrado no produto,
a relação do profissional de marketing tinha representatividade única e exclusiva-
mente em fazer com que existisse produção para atender a demanda de clientes.
Esse modelo foi chamado de marketing 2.0, que representa a era da informa-
ção. Dessa forma, se trabalha neste modelo até os dias atuais, se estuda mercados,
criam-se nichos e o marketing é responsável por manter acesa a chama dos seus
consumidores para seus produtos e serviços.
Na era da sociedade criativa, nos impactamos com o avanço das redes e mídias
sociais, onde é possível ter a opinião de todos de qualquer parte do planeta. Essa
nova sociedade acredita mais na opinião dos iguais a elas do que nas magníficas
campanhas publicitárias, campanhas essas que não são mais atrativas nos meios
tradicionais.
Kotler (2010) explica que o novo patamar do marketing, chamado de 3.0, tem
justamente três grandes forças:
99 Era da participação;
99 Globalização; e
99 Sociedade criativa.
220
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
No marketing 3.0 cada vez mais há uma cocriação realizada em parceria com
os stakeholders das organizações.
Para Mitchel, Agle e Wood (2011) são várias as formas de classificar os diferentes
stakeholders. A mais usual é a classificação em internos e externos. Para os autores
existem sete tipos de stakeholders que são classificados em:
221
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
sua
ele que tem poder para impor
Stakeholder Adormecido: é aqu
ia e assim
não tem legitimidade ou urgênc
vontade na organização, porém
ração com a
do ele pouca ou nenhuma inte
seu poder fica em desuso, ten
eholder para
deve conhecer esse tipo de stak
empresa. Entretanto, a gestão
seguir um segundo atributo;
monitorar seu potencial em con
s não
ele que possui legitimidade, ma
Stakeholder Arbitrário: é aqu
atenção que
presa e nem alega urgência. A
tem poder de influenciar a em
ilidade so-
ressada diz respeito à responsab
deve ser dada a essa parte inte
ser mais receptivos;
cial corporativa, pois tendem a
e na
ndo o atributo mais important
Stakeholder Reivindicador: qua
poder e
urgência ele é reivindicador. Sem
administração do stakeholder for
deve ser
legi tim ida de, não dev em atra palhar tanto a empresa, porém
sem
o;
de obterem um segundo atribut
monitorado quanto ao potencial
sa
que tem sua influência na empre
Stakeholder Dominante: aquele
atenção
timidade. Espera e recebe muita
assegurada pelo poder e pela legi
da empresa;
existe
há poder e urgência, porém não
Stakeholder Perigoso: quando
lmente vio-
stakeholder coercitivo e possive
a legitimidade, o que existe é um
e;
pode ser um perigo literalment
lento para a organização, o que
ência e
ele que tem alegações com urg
Stakeholder Dependente: aqu
a ver suas
poder de outro stakeholder par
legitimidade, porém depende do
consideração; e
reivindicações sendo levadas em
timi-
o stakeholder possui poder e legi
Stakeholder Definitivo: quando
além disso,
figura como definitivo. Quando,
dade ele praticamente já se con
priorizada a
devem dar atenção imediata e
ele alega urgência, os gestores
esse.
E quanto mais você escuta o consumidor, mais ele pode ajudá-lo. Kotler (2010)
menciona um caso da marca Doritos que abriu mão de uma agência de publicidade
para fazer uso da estratégia de Crownd Sourcing, na qual todos os clientes foram en-
volvidos e convidados a criar uma campanha. Esta campanha recebeu milhares de
premiações ao redor do mundo, provando que uma multidão pode trazer milhões de
ideias e o seu consumidor pode ser sua melhor publicidade e propaganda.
222
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Mais do que isso, o marketing 3.0 prevê empresas que realmente pensam no
futuro e estão atentas às preocupações de seus clientes.
Cada vez mais as pessoas se preocupam com um mundo melhor para todos.
Dessa forma, para Kotler (2010), o Marketing 3.0 tem a função de criar um elo
com o cliente, melhorar a vida dos pobres e criar sustentabilidade para o planeta. O
autor ainda ressalta que estes devem ser os desafios do marketing do futuro.
Mas para que isto aconteça, Kotler (2010) entende que é preciso provar aos
investidores que “a sustentabilidade vai melhorar a produtividade de custo, a receita
e a empresas serão mais respeitadas”. Por fim, o executivo resume o conceito do
marketing 3.0 sugerindo aos congressistas que “sejam eficientes, lucrativos e preocu-
pados com os outros”, trabalhando em prol de um mundo melhor.
Segundo a última unidade, dentro das novas tendências de marketing foi pos-
sível identificar que os clientes modernos não são mais induzidos a comprar apenas
pelo valor pago pelo produto ou simplesmente pela marca da empresa fabricante.
Hoje em dia, eles são capazes de ver os produtos e comparar os benefícios e valores
gerados pelos produtos de acordo com o posicionamento da corporação. Por essa
razão, é preciso que os profissionais de marketing tratem os clientes como seres hu-
manos completos, dotados de corpo, mente e espírito.
223
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
abordagem com visão holística e voltada para o ser humano, não apenas para o con-
sumidor, como era feito há algum tempo.
224
Marketing ADisciplina
Braz Cubas4
Referências
CHURCHILL, Gilbert ª e Peter, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São
Paulo: Saraiva, 2000.
DANIELS, John e Daniels, Caroline. – Visão Global, São Paulo: Makron, 1996.
LAS CASAS, Alexandre. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 6 ed., São Paulo:
Atlas,2004.
LAS CASAS, Alexandre. Qualidade Total em Serviços. 3 ed., São Paulo: Atlas, 1999.
225
ADisciplina
Braz Cubas4 Marketing
RIBEIRO, Júlio César. Marketing para micro e pequenas empresas: guia básico de
sobrevivência. Porto Alegre: Senac, 1998.
ROMERO, R. R. Marketing: para pequenas e médias empresas. São Paulo: Érica, 1998.
Agradecimento especial ao Mundo das Marcas por propor uma interação prática
entre conceitos e teorias através de estudos de casos de grandes empresas. Links
relacionados na íntegra pelo Mundo das Marcas:
Guaraná Antarctica
http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2006/06/guaran-antarctica-original-do-
brasil.html
Omo
http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/omo-lava-mais-branco.html
Kopenhagen
http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/kopenhagen-os-mais-finos-
chocolates.html
Havaianas
http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/havaianas-as-legtimas.html
226
Produção do conteúdo: 2º sem./2013
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Sumário da Disciplina
Apresentação 231
O Professor 233
Introdução 235
1Unidade I
Proporção, regra de três, porcentagem e potenciação 237
1.1 Proporção 238
1.1.1 Razão 238
1.1.2 Propriedade fundamental 239
1.1.3 Cálculo de um termo desconhecido 240
1.2 Divisão proporcional e regra da sociedade 240
1.2.1 Divisão proporcional 241
1.2.2 Regra da sociedade 243
1.2.3 Regra de três simples 245
1.2.4 Regra de três composta 245
1.3 Porcentagem 247
1.4 Raízes e Radicais 247
1.4.1 Propriedades 248
1.5 Considerações da unidade I 249
2Unidade II
Operações sobre mercadorias e juros simples 251
2.1 Operações sobre mercadorias 252
2.1.1 Vendas com lucro sobre o preço de custo 253
2.1.2 Vendas com lucro sobre o preço de venda 254
2.1.3 Vendas com prejuízo sobre o preço de custo 254
2.1.5 Vendas com prejuízo sobre o preço de venda 255
2.2 Juros 256
2.2.1 Juros simples 257
2.3 Considerações da unidade II 263
3Unidade III
Juro composto, taxa de equivalência e desconto 265
3.1 Juro composto 266
3.1.1 Cálculo do montante 268
3.1.2 Cálculo do capital 270
3.1.3 Taxas equivalentes 271
3.2 Considerações da unidade III 273
4Unidade IV
Capitalização composta, amortização, empréstimos e abatimentos 275
4.1 Capitalização e amortização compostas 276
4.1.1 Rendas 276
4.2 Capitalização composta 278
4.2.1 Renda imediata 278
4.2.2 Renda antecipada 279
229
4.3 Utilizando a calculadora financeira 280
4.3.1 Renda imediata 281
4.3.2 Renda antecipada 281
4.4 Amortização composta 282
4.4.1 Amortização antecipada 283
4.5 Empréstimos 284
4.6 Considerações da unidade IV 286
Referências 289
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Apresentação
Olá!
Se, pela frase acima, você já ficou de cabelos arrepiados, não se preocupe, não
tenho a pretensão de transformá-lo em cientista da NASA!
231
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
O Professor
233
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Introdução
O material da nossa disciplina é composto por três principais mídias: o livro di-
dático, este que você está lendo, as teleaulas e o Ambiente Virtual de Aprendizagem,
também conhecido como AVA.
Nas teleaulas veremos alguns tópicos adicionais, cujo conteúdo também está
neste livro didático. Desta forma, aproveito os recursos de áudio e vídeo para com-
plementar o conteúdo do livro didático, que não será uma simples repetição do que
lerá aqui. No AVA, para cada unidade, você encontrará outros materiais e uma ativi-
dade por unidade para fazer, que o auxiliará na fixação dos conteúdos estudados.
Há um documento de apoio, contendo o formato ou modelo para você registrar o
conteúdo que pesquisar.
Acredito que agora estamos prontos para começar, mas lembre-se: o seu su-
cesso vai depender de todos nós. Eu, enquanto professor, farei o meu melhor, a
Universidade Braz Cubas (UBC) disponibilizará a você todo o material e a tecnologia
necessária para o seu desenvolvimento, o restante é com você! Seu estudo e dedi-
cação é que farão a diferença.
(Thomas Edison)
235
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
1 Unidade I
Objetivos da Unidade:
237
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
1.1 Proporção
1.1.1 Razão
Exemplo:
1/
A razão de 6 para 18 é 3 , ou seja, um terço (0,33333)
6 = 1 = 0,3333
18 3
238
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
15 = 5 20 = 5
3 4
15 = 20
3 4
Assim:
Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios, ou seja:
239
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
4 = 2 = 4 x 3 = 6 x 2 = 12
6 3
5 = 6 = 5 x 12 = 6 x 10 = 60
10 12
240
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Exemplo 1:
Resolução:
3 + 7 + 10 = 20
20 = 3 20 = 7 20 = 10
100.000 X 100.000 X 100.000 X
Então, o valor total de cada filho, proporcional às suas respectivas idades, é de:
241
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
1º Filho:
2º Filho:
3º Filho:
Exemplo 2:
Resolução:
90.000 = 1,5
60.000
242
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
243
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
Para confirmar, somando-se a parte que cabe a cada um temos o lucro total
(R$ 420.000)
244
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Razão conhecida: 30 / 45
30 = 210
45 X
30X = 210 x 45
30X = 9.450
X = 9.450 / 30
X = 315
30 = 210
45 315
30 / 45 = 0,666
Como o próprio nome fala, regra de três composta ocorre quando temos três
ou mais grandezas relacionadas entre si. Para que possamos fazer o cálculo, é ne-
cessário ter dois valores de cada grandeza, exceto uma que tem apenas um valor.
245
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
Essas grandezas devem ser relacionadas entre si. Vamos a um exemplo para tornar
mais fácil:
600 5 6
X 12 10
Resolução:
600 = 5 = 6
X 12 10
600 = 5 * 6
X 12 10
30 X = 600 * 120
X = 72000
30
X = 2.400
246
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
1.3 Porcentagem
Atenção:
Bons estudos!
Ele indica que deverá ser calculada a raiz cúbica (3) do número 8. Popu-
larmente, fala-se “Raiz cúbica de oito”. Essa expressão é chamada de radical e é
composta pelo índice (3), pelo símbolo de radiciação ( ) e pelo número 8 que
é o radicando.
2
• 144 = 12
247
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
2
• -4 = Não existente
• - 16 = - 4
1.4.1 Propriedades
n
am = m:p am:p
1 Dividindo o índice do radical e o expoente do radicando por um mesmo núme-
ro diferente de 0, o valor do radical não se altera.
8
ar = 8p arp
2 Multiplicando o índice do radical e o expoente do radicando por um mesmo
número diferente de 0, o valor do radical não se altera.
n
ab = n a. n
b
3
A raiz de um produto é igual ao produto das raízes do mesmo índice.
a
n
a
n =
4 b n
b
A raiz de um quociente é igual ao quociente das raízes com o mesmo índice.
m
n = n m
a a
5
Para elevar um radical a um expoente eleva-se o radicando.
m n mn
a = a
6
A raiz de uma raiz é equivalente a um radical onde o índice é o produto dos
índices.
m n m
a n = a
7 Uma potência de expoente fracionário é equivalente a um radical onde o deno-
minador representa o índice do radical e numerador o expoente do radicando.
248
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Exemplos:
8 2
1. 94 = 91 = 9 = 3
3 9
2. 4 = 43
4 4 2
4. = =
9 9 3
1
2
5. 4 2 = 41 = 4 = 2
3 3 3 3
6. 2 2. 24 = 22.24 = 26 = 22 = 4
4 4
4
8 4 8 4 4
7. 8: 2 = = = 4 = 22 = 2
4
2 2
5
4 4 5 4 4 4 4
8. 6 = 6 = 6 = 6 = 6. 6
3 4 3 4 12
9. 6. a = 64 .a = 64 .a
3 log 9 = 2
Ou seja:
32 = 9 e 9 =3
Nesta primeira unidade, meu objetivo era chamar a sua atenção para a im-
portância da matemática financeira em nosso dia a dia. No entanto, fiz questão de
lembrar que a base principal é a boa e velha matemática.
Não quero que você, com base nos meus ensinamentos, se torne um especia-
lista, pois, para isso, é necessário muito mais estudo e dedicação, no entanto, não
posso deixar de mostrar a importância do tema nos dias de hoje.
249
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
Até lá!
250
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Unidade II
2
Objetivos da Unidade:
251
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
Acredito que agora estamos prontos para começar, mas lembre-se: o seu
sucesso vai depender de todos nós. Eu, enquanto professor, farei o meu melhor, a
Universidade Braz Cubas (UBC) disponibilizará a você todo o material e a tecnologia
necessária para o seu desenvolvimento, o restante é com você! Seu estudo e
dedicação é que farão a diferença.
A taxa de juros é como se fosse uma ponte entre dinheiros em datas diferentes,
pois um dinheiro na data 1 tem valor diferente do dinheiro em uma data futura.
Na verdade, você vai perceber que esses conceitos também serão úteis para
que você resolva questões pessoais (que envolvem compra e venda) e comerciais
com mais facilidade.
252
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Na prática você irá perceber que esse conhecimento irá ajudá-lo a resolver
questões comerciais com maior facilidade.
Mãos à obra!
Por exemplo:
253
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
Desta vez, temos o processo inverso, ou seja, vamos calcular o lucro a partir do
preço de venda.
2.1.4
254
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Para poder ter mais liquidez, ou seja, transformar um bem em dinheiro, uma
pessoa vendeu um imóvel que estava avaliado por R$ 102.000,00 com um prejuízo
de 20% sobre o preço de venda. Calcule o preço de venda.
255
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
2.2 Juros
Muito bem, vamos introduzir o conceito de taxa de juros. Esse conceito que
faz parte de nosso dia a dia, por meio das notícias, pelas compras que realizamos
no crediário ou por um financiamento. Ou seja, a taxa de juros está a nossa volta, o
tempo todo. Mas, será que sabemos exatamente o que ela significa? Vamos começar
a entender a seguinte questão.
Considerando que:
Toda vez que fazemos uma compra em parcelas, e a quantidade dessas parcelas
for maior que três, é muito provável que o vendedor aplique um percentual no valor
da mercadoria pelo “empréstimo” de seu capital pelo prazo determinado.
256
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
A loja lhe cobrará uma taxa de juros pelo empréstimo do seu dinheiro, já que
você não possui o dinheiro para compra à vista e deseja levar o bem para sua casa
naquele momento. Portanto, podemos dizer que:
257
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
J = C * i * t,
Onde:
M= C + J
J=juros
M = montante final
C=capital
C = capital
i=taxa de juros
J = juros
t = tempo de aplicação (mês, bimestre,
trimestre, semestre, ano etc.)
Exemplo 1:
M=C+j
Capital: 2000
J=C*i*t M = 2000 + 400
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao
J = 2000 * 0,02 * 10 M = 2400
mês (a.m.)
J = 400 O montante produzido
t = 10 meses
será de R$ 2.400,00
Exemplo 2:
258
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
O montante final foi igual a R$ 8.160,00 e o valor dos juros produzidos foi de
R$ 2.160,00.
Exemplo 3:
Determine o valor do capital que aplicado durante 14 meses, a uma taxa de 6%,
rendeu juros de R$ 2.688,00.
259
ADisciplina
Braz Cubas5 Matemática financeira
J=C*i*t
2688 = C * 0,06 * 14
2688 = C * 0,84
C = 2688 / 0,84
C = 3200
Exemplo 4:
Qual o capital que, aplicado a juros simples de 2,5% ao mês, rende R$ 5.000,00
de juros em 60 dias?
J = 5000
t = 60 dias = 60/30 = 2
J=C*i*t
5000 = C * 0,025 * 2
5000 = C * 0,05
C = 5000 / 0,05
C = 100.000
O capital é de R$ 100.000,00
Pois bem, vamos verificar mais alguns exemplos. No entanto, quero que você
perceba que nem todos os problemas são iguais, a cada problema a abordagem e a
pergunta muda.
260
Matemática financeira ADisciplina
Braz Cubas5
Exemplo 5:
Qual foi o capital que, aplicado à taxa de juros simples de 3% ao mês, rendeu
R$ 120,00 em um trimestre?
J=C*i*t
120 = C * 0,03 * 3
120 = C * 0,09
C = 120 / 0,09
C = 1333,33
Veja o resultado do exemplo acima: R$ 1.333,33. Inseri este exemplo para que
você veja que, nem sempre os resultados são todos “redondinhos”, os números e,
principalmente valores financeiros, possuem centavos!
Exemplo 6:
Qual o tempo de aplicação para que um capital dobre, considerando uma taxa
mensal de juros de 2% ao mês no regime de capitalização simples?
M = C * [1 + (i *t)]
2C = C * [1 + (0,02 * t)]
2C = C * 1 + 0,02t
2C/C = 1 + 0,02t
2 = 1 + 0,02t
2 – 1 = 0,02t
1 = 0,02t
t = 1 / 0,02
t = 50
261
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M = C * [1 + (i *t)]
A inclusão do termo 1+, na fórmula original (M=C+J) foi necessária pois estamos
falando de dobrar o capital, ou seja, precisamos de 100% de juros.
2C = C * [1 + (0,02 * t)]
Outras mídias:
Não só este exemplo, bem como uma lista completa de exercícios poderá
ser acessada no AVA. Vale a pena acessar e resolver os exercícios. Então,
vamos ao AVA para trabalhar um pouco e entender melhor esta questão.
Bons estudos!
Exemplo 7:
Prazo: = 90
262
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Valor de Resgate =
Você pode até estar pensando: “É fácil para ele que é professor!”, na verdade,
quanto mais você praticar, mais fácil se tornará para você também.
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Até lá!
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Unidade III
3
Objetivos da Unidade:
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Nesta unidade trabalharemos os conceitos mais utilizados no dia a dia das em-
presas e dos bancos, que é o sistema de capitalização de juros compostos.
Os juros compostos são chamados assim, pois sempre são aplicados sobre
o capital inicial corrigido, ou seja, é o chamado juros sobre juros.
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Perceba que no primeiro mês, o valor dos juros incide sobre os R$ 1.000,00
que é o capital inicial. A partir do segundo mês, o valor dos juros é calculado sobre o
capital inicial corrigido:
E assim sucessivamente.
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Veja como ficaria a situação caso a aplicação fosse feita com juros simples:
J = C * i * t,
J = 1.000,00 * 0,01 * 12
J = 120,00
M= C + J
M = 1.000,00 + 120,00
M = 1.120,00
Mn = C(1 + i)n
Onde:
M = Montante
C = Capital inicial
i = Taxa de juros e
n = Período
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Mn = C(1 + i)n
M12 = 1.126,83
Exercício:
Utilizando a fórmula
Mn = C(1 + i)n
M2 = 2000 * (1 + 0,05)2
M2 = 2000 * (1,05)2
M2 = 2000 * 1,10250
M2 = R$ 2.205
269
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C = Mn (1 + i) –n
Exemplo:
Exercícios:
C = Mn (1 + i) –n
C = 167250(1 + 0,03)-18
M = 167.250,00
C = 167250* (1,03) -18
n = 18
C = 167250 * 0,58739
i = 3% a.m. = 0,03
C = 98240,98
C = R$ 98.240,98
270
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C = Mn (1 + i) –n
C = 167250(1 + 0,01)-24
M = 167.250,00
C = 167250*(1,01 ) -24
n = 24
C = 167250 * 0,78756
i = 1% a.m. = 0,01
C = 131719,41
C = R$ 131.719,41
271
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Vamos verificar:
Logo:
C = 5.000
M1 = 5000(1 + 0,24)1
n = 1 ano
M1 = 5000 * 1,24
i = 24% ao ano = 0,24 ao ano
M1 = R$ 6.200,00
No segundo caso:
Logo:
M12 = R$ 6.341,20
Como M12 é diferente de M1 e as taxas empregadas (2% a.m. e 24% a.a.) são
proporcionais, podemos concluir que:
Atenção:
272
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Bom trabalho!
Nesta unidade você aprendeu alguns cálculos que serão úteis no seu dia a dia,
como negociar taxas bancárias e também administrar e gerenciar empréstimos.
Discutir a melhor forma de comprar um produto não é mais mistério para você,
por isso, assista à teleaula e verifique os materiais que estão na plataforma.
Preste sempre muita atenção aos índices, aos prazos, enfim, às variáveis de
cada problema, substituindo-as nas fórmulas nos lugares certos tudo se tornará fácil.
Não se esqueça de que, muitas vezes, fazemos cálculos unitários onde a dife-
rença pode parecer pequena, às vezes até mesmo desprezível, no entanto, no dia
a dia de uma empresa, os valores são multiplicados muitas vezes e isso acarretará
grandes mudanças no resultado.
Na próxima unidade você vai ser preparado para fazer financiamentos imobi-
liários. Até lá!
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4 Unidade IV
Objetivos da Unidade:
275
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Atravessamos a parte mais complexa do curso, que foi a Unidade III, agora
vamos consolidar o nosso curso estudando como utilizar a calculadora financeira
HP12C para realizar cálculos de capitalização composta, amortização, empréstimos,
abatimentos e também como fazer cálculos de Financiamentos Imobiliários através
do Sistema de Amortização Constante, SAC.
Você irá gostar muito desta unidade, pois ela é prática e útil para a nossa vida
como cidadão e irá fazer você ter mais voz ativa quando pensar em comprar uma casa.
4.1.1 Rendas
276
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Exemplo:
Quanto à data do vencimento do primeiro termo, uma renda certa pode ser
imediata, antecipada ou diferida.
T1 T2 T3 T4
termos
períodos
0 1 2 3 4
T1 T2 T3 T4 T5
termos
períodos
0 1 2 3 4
277
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T1 T2
termos
períodos
0 1 2 3 4
Uma pessoa deposita em uma financeira, no fim de cada mês, durante 5 me-
ses, a quantia de R$ 100,00. Calcule o montante da renda, sabendo que essa finan-
ceira paga juros compostos de 2% ao mês, capitalizados mensalmente.
Temos:
T=100
i = 2%
n = 5 meses
Esquema gráfico:
278
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Utilizando a fórmula
Mn = C(1 + i)n
Assim Renda =
Utilizando a fórmula:
Mn = C(1 + i)n
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Assim Renda =
280
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281
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Que dívida pode ser amortizada por 5 prestações mensais de R$ 100,00, sendo
de 2% ao mês a taxa de juro?
282
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Que dívida pode ser amortizada por 5 prestações mensais de R$ 100,00 sendo
de 2% ao mês a taxa de juro, e a primeira parcela é paga no ato da assinatura do
contrato?
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4.5 Empréstimos
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Exemplo:
n = 4 anos Amortização = C/ n
Pagamento
0 - - - - -
1 - - - - -
2 - - - - -
3 - - - - -
4 - - - - -
Pagamento
0 - - - - 100.000
1 - - 25.000 - -
2 - - 25.000 - -
3 - - 25.000 - -
4 - - 25.000 - -
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Pagamento
0 100.000 - - 100.000
Tenho falado e mostrado a você, desde o início de nosso curso, sobre a impor-
tância de conhecer bem a diferença entre os juros simples e os juros compostos.
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Lembre-se de que nosso conteúdo vai além desta leitura, você deve assistir
suas teleaulas e realizar as atividades na plataforma de estudos (AVA). Se houver
dúvidas quanto ao conteúdo, é importante que utilize o Fórum para compartilhar
conhecimento e experiência.
Até a próxima!
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Referências
FARIA, Rogério Gomes de. Matemática comercial e financeira. São Paulo: Makron
Books, 1999.
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