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Washington Luiz
Vice-Governador
POLÍTICA E HISTÓRIA EM
CAIO PRADO JÚNIOR
2ª Edição, revisada e aumentada.
São Luís
2013
© copyright 2013 by UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Todos
os direitos desta edição reservados à EDITORA UEMA.
EDITOR RESPONSÁVEL
Iran de Jesus Rodrigues dos Passos
CONSELHO EDITORIAL
Porfirio Candanedo Guerra - PRESIDENTE
Iran de Jesus Rodrigues dos Passos – EDUEMA
Joel Manuel Alves Filho - CCT/UEMA
José Bello Salgado Neto - CCT/UEMA
Ricardo Macedo Chaves - CCA/UEMA
Ilmar Polary Pereira - CCSA/UEMA
Evandro Ferreira das Chagas - CECEN /UEMA
Lincoln Sales Serejo - CECEN/UEMA
José Carlos de Castro Dantas - CECEN /UEMA
Gílson Soares da Silva - CCA/UEMA
Rossane Cardoso Carvalho - CCT/UEMA
Nordman Wall B. de Carvalho Filho - CCA/UEMA
Sebastiana Sousa Reis Fernandes - CECEN/UEMA
Rita de Maria Seabra Nogueira de Candanedo Guerra - CCA/UEMA
José Mílton Barbosa - CCA/UEMA
Marcelo Cheche Galvês - CECEN/UEMA
Protásio César dos Santos - CCSA/UEMA
Rosirene Martins Lima - CCSA/UEMA
Zafira Silva de Almeida - CECEN/UEMA
ISBN: 978-85-8227-021-9
INTRODUÇÃO............................................................................................. 13
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presente que se prepara, nosso presente dos dias que correm. Mas esse novo processo
histórico se dilata, se arrasta até hoje. E ainda não chegou a seu termo. É por isso que
para compreender o Brasil contemporâneo precisamos ir tão longe; e subindo até lá, o
leitor não estará se ocupando-se apenas com devaneios históricos, mas colhendo dados,
e dados indispensaveis para interpretar e compreender o meio que o cerca na
atualidade” (PRADO JR., 1942, p. 6).
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PENSAMENTO POLÍTICO DE CAIO PRADO JR.
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defender, como solução para a questão agrária, a extensão para o campo das legislações
social e trabalhista. Manteve, no entanto, sua idéia central de que o processo histórico
brasileiro caracterizar-se-ia pela passagem ou transformação da economia colonial em
economia nacional. Mas se modificou seu posicionamento diante da reforma agrária,
não alterou, substancialmente, em última instância, sua posição quanto ao papel que
sua nova proposta desempenharia no processo de transformação da economia colonial
em economia nacional. Tanto na proposta de reforma agrária como na da extensão da
legislação social e trabalhista para o campo, entendia que haveria uma elevação do
nível de vida da população beneficiada por esta proposta, criando-se um mercado
interno suficientemente sólido para possibilitar que a produção voltasse para o mesmo,
ao invés de atender às necessidades do mercado externo.
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de que não podemos explicar suas obras e seu pensamento político por
meio da doutrina marxista.
A principal conseqüência de se analisar a obra de Caio Prado
como um conjunto homogêneo, sem soluções de continuidade, é
atribuir ao conjunto de seu pensamento político formulações que
pertencem somente a um dado momento de sua trajetória. Esse
equívoco pode ocorrer de dois modos distintos.
O primeiro é atribuir à sua fase inicial formulações que
pertencem apenas ao seu período de maturidade intelectual. Com
efeito, parte do que se costuma atribuir como próprio do seu
pensamento político, se não no início da sua trajetória intelectual, ao
menos em grande parte dela, na verdade, verifica-se somente em
momento avançado da mesma.
É o que ocorre com relação ao seu livro A Revolução Brasileira.
Seus estudiosos o abordam como se constituísse uma espécie de síntese
do pensamento político de Caio Prado e, assim, apresentam as
formulações contidas nessa obra como se expressassem o conjunto do
seu pensamento. Em síntese, esses estudiosos acreditam que o exame
dessa única obra seria suficiente para dar conta do seu pensamento
político. Todavia, como assinalamos, sua trajetória intelectual sofreu ao
menos uma importante alteração. Por conseguinte, A Revolução é, de
fato, a expressão final de uma trajetória, mas, de maneira alguma,
expressa o seu conjunto. É somente dessa perspectiva que podemos
considerá-la como uma espécie de síntese do seu pensamento político.
Mas, ressalte-se, síntese de uma construção, ponto culminante de um
processo, cujo estudo isolado não é suficiente para se conhecer o
conjunto, especialmente as transformações verificadas no seu
pensamento político.
Para explicar melhor, tomemos duas formulações que fazem
parte do pensamento político de Caio Prado e que seus estudiosos
costumam apresentar como se estivessem vinculadas desde o início da
sua trajetória intelectual: a negação da existência de relações feudais ou
semifeudais no Brasil e a crítica à proposta de reforma agrária de
natureza distributivista. Em seu primeiro livro, encontramos a
afirmação de que no Brasil não tinham existido relações feudais, ou
melhor, de que o ensaio de feudalismo na colônia fracassara e, a partir
do estabelecimento do Governo Geral, não se poderia mais falar desse
tipo de relações. No entanto, em seu texto sobre o programa da Aliança
Nacional Libertadora, encontramos a defesa enfática do parcelamento e
distribuição da propriedade fundiária, revelando que, nessa época,
para Caio Prado, não existia nenhuma contradição entre a crítica da
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nesse caso, os indivíduos são tudo e o contexto nada. Mas, sob certos
aspectos, é o que acontece, pois o contexto funciona como uma simples
moldura para a ação dos indivíduos.
De certa maneira, a história é um feixe de potencialidades que
somente se tornam realidade se os indivíduos, por meio das suas ações,
incluindo-se aqui as suas obras, as concretizam. Assim, os homens não
partem do nada. Antes, são agentes ativos na constituição daquilo que
se convencionou denominar contexto histórico. Todavia, isso não
significa que fazem história de acordo com seus desejos. Ao contrário,
existem condicionantes, que estamos denominando potencialidades,
das quais não podem fugir.
Também cabe assinalar que não podemos aqui fazer
generalizações, já que nem todas as obras se prestam a esse
entendimento. Geralmente, os grandes autores, aqueles que marcam
uma época, são os que explicitam determinadas potencialidades e dão
aos homens os elementos para pensar e explicar suas ações. Dito de
outro modo: podemos afirmar que as obras desses grandes autores,
que, justamente por isso, são grandes, tornam consciente aquilo que,
até então, era apenas potencialidade. Assim, as obras que expressam as
tendências ou as potencialidades de uma maneira mais contundente ou
explícita são, muito provavelmente, as que adquirem grande projeção.
Em virtude disso, sobressaem-se em face das demais e permanecem
para além da sua época.
Acreditamos residir nesse ponto a grande virtude de Caio
Prado. Esse seria o motivo pelo qual ele se destacou entre os demais
autores da sua época, mantendo-se, até os nossos dias, como uma
referência, com a qual uma parcela significativa dos historiadores e
leitores se identifica. Para se certificar disso basta considerar que, ainda
que os estudiosos arrolem junto com Caio Prado autores como Gilberto
Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, o fato é que nenhum dos últimos
criou uma escola, influenciou decisivamente a historiografia e teve
discípulos. Assim, já que eles são celebrados como os grandes
intérpretes do Brasil, é preciso indagar o motivo pelo qual apenas Caio
Prado teve grande repercussão e influência. Sob certos aspectos, ao uni-
los sob um mesmo denominador, ignora-se o que os diferencia. Na
verdade, juntá-los sob denominações como “intérpretes do Brasil” ou
“explicadores do Brasil” pouco contribui para a compreensão do
pensamento político de Caio Prado.
Ainda que para se entender as formulações de Caio Prado fosse
suficiente situá-lo no interior dos embates políticos verificados em sua
época, a análise da historiografia, referente tanto a ele como às questões
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9Acreditamos que, enquanto a concepção de colônia de Caio Prado não for superada,
sua hegemonia se manterá. Entretanto, é importante destacar que a maneira de superar
sua concepção de colônia não é apenas formulando outra que se lhe contraponha, mas
mostrando o vínculo da sua concepção com suas propostas políticas. Afirmamos isso
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10 A rigor, pode-se questionar a inclusão de Iglesias nessa relação. Com efeito, seu
estudo sobre Caio Prado foi publicado como parte de um projeto maior, uma coleção
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12Em linhas gerais, podemos dividir os textos acerca de Caio Prado em quatro tipos.
Adotando-se, de forma não rigorosa, o critério cronológico, podemos dizer que o
primeiro tipo de texto é formado por autores que fizeram resenhas dos seus livros por
ocasião da sua publicação. No segundo tipo, estão os textos cujos autores polemizaram
com ele em questões de natureza política. Além das críticas produzidas por ocasião da
publicação de A Revolução Brasileira, poderíamos citar os artigos de Calvino Filho
(1957a; 1957b). O terceiro tipo é formado por historiadores que polemizaram com Caio
Prado na questão da interpretação da colonização. São os textos de Lapa (1980),
Cardoso (1985; 1987; 1988) e Gorender (1978), entre outros. Por fim, o quarto tipo é
composto por análises que tomam a obra de Caio Prado em seu conjunto ou apenas
uma parte ou aspecto dela. A nosso ver, são estes últimos textos, o dos estudiosos da
obra de Caio Prado, que merecem atenção especial, pois nos conduzem ao papel
político atribuído a Caio Prado e que nos dias de hoje se encontra sintetizado em temas
como “a atualidade de Caio Prado” e “o que está vivo e o que está morto em Caio
Prado”.
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REFERÊNCIAS
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colonização como produção para o mercado
externo13.
INTRODUÇÃO
13Este texto, com modificações, foi publicado inicialmente em ALVES, Paulo (org.)
Estudos historiográficos. Assis/SP: Autores Associados, 1997. O texto é uma parte do
primeiro capítulo da nossa tese de doutorado, Construindo um mundo novo. Os escritos
coloniais do Brasil nos séculos XVI e XVII, defendida na USP, em 1996.
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14Nos comentários acerca da polêmica travada nos anos 70 e 80, a partir das críticas de
Cardoso às análises da escravidão colonial, fica patente que este autor pretendia
formular uma interpretação alternativa à de Caio Prado Júnior. Vejamos o que nos diz
Linhares: “Nos anos 70, a discussão sobre os fundamentos desta sociedade foi
enriquecida com novas contribuições: de Ciro F. S. Cardoso e Jacob Gorender, que
desenvolveram o conceito de modo de produção escravista colonial em substituição ao
dependentismo implícito no esquema de Caio Prado Júnior e seus seguidores; (...).”
(Linhares, 1990, p. 9-10)
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15 A crítica a Caio Prado, por este ter afirmado que na colônia não existia uma
sociedade propriamente dita deriva de uma incompreensão das suas formulações e
proposta políticas. Para Caio Prado, uma verdadeira sociedade somente poderia existir
quando sua economia estivesse voltada para atender às necessidades da nação. Dessa
maneira, somente poderia existir uma sociedade a partir do momento em que existisse
uma nação.
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16Caio Prado define economia nacional em contraposição a economia colonial. Por esta
última compreende uma produção voltada para o mercado externo. Por nacional,
entende uma produção destinada à satisfação das necessidades da população
brasileira. Por conseguinte, voltada para o mercado interno.
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Sob este aspecto, podemos afirmar que, a rigor, Caio Prado não
é um historiador do nosso passado colonial. Se ele analisa a época
colonial, é unicamente para buscar elementos que lhe permitam fazer
uma reflexão sobre o conjunto da nossa história e oferecer uma direção
para o desenvolvimento do Brasil.
Foi por discordar das propostas existentes e dos caminhos que a
história estava tomando que Caio Prado buscou alternativas. Caio
Prado discordava dos que acreditavam que o Brasil poderia se
desenvolver nos moldes clássicos do capitalismo e, em conseqüência,
seguiam os princípios da Economia Política Clássica. Discordava
também dos que propunham a luta direta pelo socialismo. Por
conseguinte, transformá-lo em historiador da Colônia significa amputá-
lo; implica retirar sua substância, qual seja, a de um autor preocupado
com os destinos do país.
Como a interpretação da história do Brasil de Caio Prado é
extremamente expressiva e exerce grande influência sobre os
historiadores, seus estudiosos geralmente se esquecem de que sua
interpretação tem como ponto de partida o modo como se posicionou
frente às questões de sua época. Militante político, autor que refletia
acerca dos destinos do Brasil, interessado em encontrar soluções para
seus problemas, concordemos ou não com ele, o fato é que ele fez da
sua interpretação do passado colonial não apenas um instrumento de
crítica, mas também a diretriz da luta política.
Como salientamos, os estudos sobre sua obra ou não
estabeleceram uma conexão entre sua interpretação da história e sua
proposta política ou o fizeram no interior da própria formulação de
Caio Prado. Como, geralmente, predomina nestes estudos a ligação
entre sua análise e o marxismo, costuma-se explicar a compreensão que
Caio Prado teve de nossa realidade colonial pela sua utilização do método
marxista - apressando-se todos, é verdade, em ressaltar que ele o fez de
maneira criativa, sem ceder a possíveis esquematismos e
mecanicismos17. Notamos anteriormente que Caio Prado
17 Estudiosos que comentaram a obra de Caio Prado costumam lembrar que o livro
Formação do Brasil contemporâneo foi o primeiro de uma tríade que o autor pretendia
escrever sobre a história do Brasil. Ele escreveu apenas o volume dedicado à Colônia.
Os demais volumes seriam dedicados ao Império e à República. Costuma-se mesmo
lamentar que ele não tivesse levado adiante seu projeto. Todavia, uma leitura atenta de
Formação nos leva à conclusão de que Caio Prado não escreveu os dois outros livros
pelo fato de que, além dos problemas de ordem pessoal, eles não eram necessários do
ponto de vista político. A questão que pretendeu colocar já se encontrava exposta em
Formação. Com efeito, apesar de o subtítulo ser “Colônia”, a obra tem como eixo o
encaminhamento das questões políticas da sua época. Aliás, sob esse aspecto, o título
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18Um dos poucos autores de que temos notícia que, nos primórdios do século XIX,
postulava a adoção de medidas protecionistas para a indústria era João Severiano
Maciel da Costa, que afirmava que a prosperidade e grandeza do Brasil somente
poderiam ser alcançadas por meio do desenvolvimento da indústria nacional.
Analisamos esse autor na nossa tese de doutorado (MENDES, 1996).
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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obra. Afirma ainda que, apesar de terem uma mesma matriz teórica, os
dois livros apresentam interpretações distintas do processo de
emancipação do Brasil, fato observável até mesmo nos títulos
(evolução/formação). Prossegue: “Essa diferença é matriz de leituras
variadas que, partindo das matrizes caiopradianas, oferecem
interpretações divergentes para o processo de emancipação política”
(COSTA, 2005, p. 76).
Para Costa, em Evolução, Caio Prado enfatizou a idéia de
descontinuidade: a Independência é caracterizada como uma Revolução.
De seu ponto de vista, a idéia de descontinuidade advém da “(...) sua
visão de conjunto da economia colonial e de seus traços definidores”
(2005, p. 76). Já em Formação, “(...) sua obra mais significativa e
influente (...)”, Caio Prado destaca, “(...) muito mais do que no livro
anterior, [n]a idéia de continuidade entre a Colônia e o Brasil
Independente e, até mesmo, o Brasil seu contemporâneo” (2005, p. 79).
Ainda de acordo com a autora, no primeiro livro, Caio Prado
ressaltou a ruptura, precisamente por atribuir à luta de classes um
caráter de centralidade. Assim, sem ignorar outros conflitos, ele
colocou no centro do processo a oposição de interesses entre os
proprietários de terra, de um lado, e a Coroa e os comerciantes, de
outro. Em razão disso, a Independência foi caracterizada como uma
revolução, que se desdobrou em um longo processo, abarcando o
período compreendido entre 1808 e 1831 e, em algumas passagens, até
mesmo 1850, data que marca o momento em que as forças
conservadoras consolidam seu poder, derrotando as rebeliões
populares. Para a autora, ao ir além de 1822, Caio Prado, ao lado do
conflito principal, chamou a atenção para a existência das lutas
populares e para o caráter conservador da revolução da Independência.
Em Formação, ainda acompanhando Costa, Caio Prado assinalou
a continuidade entre Colônia e o Brasil independente. A idéia que
percorre a interpretação é a presentificação do passado, ou seja, “(...) na
Colônia se encontra a formação do Brasil contemporâneo, o estudo do
período colonial sendo a chave para a sua compreensão” (2005, p. 79).
Ela acrescenta que, se bem que em Formação a análise se encerre antes
da emancipação, Caio Prado deixou, em cores fortes, nos dois capítulos
finais, o esboço de outra visão da Independência. Segundo a autora,
“(...) depois de analisar a economia e a administração da sociedade
colonial, ele disseca aquela formação social, revelando seu caráter
invertebrado, sua incapacidade de geração de um pensamento
genuinamente transformador e de uma ação política orgânica” (2005, p.
79).
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23 O trecho é bastante sugestivo para deixar de citá-lo: “A nossa evolução politica segue
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25 Como já notamos, o próprio Caio Prado caracteriza seu livro Evolução como um
ensaio, observando não ter tempo nem material suficientes para empreender uma
história. Entretanto, para além desses obstáculos, acreditamos que Caio Prado valeu-se
da forma ensaística por motivos práticos. Em princípio, por meio da história, seu autor
propõe-se descrever determinado período da história, abarcando todos os processos
que possibilitam sua explicação. No ensaio, o autor tem mais liberdade, ressaltando
apenas os processos que lhe permitam provar uma tese. Assim, partindo de uma tese, o
autor do ensaio dedica-se apenas a comprová-la por meio da história, selecionando
apenas aquilo que contribui para o esclarecimento do que pretende provar.
26 Acreditamos que a intenção de Caio Prado com Evolução é destacar três aspectos da
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27Ainda que nem sempre tenham explicitado isso, alguns estudiosos de Caio Prado
pressentem a diferença entre as duas obras, mostrando uma indisfarçável preferência
por Formação. Alguns chegam mesmo a afirmar que Evolução ainda possui traços do
marxismo ortodoxo, assinalando tratar-se de uma obra marcada pelo esquematismo.
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29 Ao invés de buscar entender o que leva Caio Prado a caracterizar como uma
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30 Aqui, mais uma vez, assinale-se nossa discordância com a historiografia. Apenas
podemos concordar com o entendimento desta autora de que Caio Prado estava
preocupado em tornar o Brasil uma nação se fizermos a ressalva de que, para ele, a
base da nação seria uma economia nacional, cuja produção estaria voltada para o
atendimento das necessidades da população brasileira.
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31 Vide o artigo Caio Prado Júnior e a história do Brasil. A colonização como produção
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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138
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nacionalização do marxismo no Brasil. São Paulo:
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de São Paulo; FAPESP; Ed. 34, 2000.
142
RESENHA: RICUPERO, BERNARDO. CAIO PRADO JR. E A NACIONALIZAÇÃO DO MARXISMO NO BRASIL
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PALESTRA: CAIO PRADO E A REVOLUÇÃO RUSSA33.
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MITO34
INTRODUÇÃO
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
INTRODUÇÃO
35Moisés (2004, p. 146) procurou caracterizar o ensaio: “Ensaio. Lat. Exagium. Ação de
pesar. Fr. essai; it. saggio; ing. essay; esp. ensayo; al. Essay, Versuch.
O vocábulo ‘ensaio’, que significa ‘experiência’, ‘exame’, ‘prova’, ‘tentative’, designa
um espécime literário de contorno indefinível. Como o próprio rótulo evidencia, torna-
se praticamente impossível estabelecer com rigorosa precisão os limites do ensaio. Daí
que os estudiosos do assunto tendem a reunir sob idêntica denominação obras
contrastantes, enquanto certos autores empregam abusivamente a palavra “ensaio” no
título dos seus livros.
(...) Tomando por base as reflexões do moralista francês [Montaigne], pode-se assentar
que o ensaio se caracteriza pelo ‘alto exercício da razão que - por isso mesmo que repele
toda e qualquer autoridade externa – busca, dentro da disciplina interior da própria
razão legisladora, tornar inteligíveis as coisas’; portanto, regem o ensaio ‘três idéias
básicas: a) o auto exercício das faculdades; b) a liberdade pessoal; c) o esforço constante pelo
pensar original’”.
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36Para um estudo mais detalhado desta questão, ver os seguintes textos: (CARDOSO,
1985; 1987; 1988; 1990).
37A tese de Fragoso foi defendida em finais de 1990; a de Florentino foi defendida em
1991. Além destes livros, vide FRAGOSO e FLORENTINO (2001).
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
39 Como livro de história estamos nos referindo a Varnhagen, ainda no século XIX, e os
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ensaio está organizado em torno de uma tese que seu autor busca
demonstrar e que, geralmente, ela aparece no início do texto.
O livro de história fica preso aos fatos na medida em que
considera o processo histórico em sua cronologia. O ensaio, por sua
vez, é mais livre. É verdade que ambos se baseiam em documentos e
textos. Mas, o livro de história precisa citar os fatos e acontecimentos,
manter-se rente a eles, ao passo que no ensaio os mesmos são
mencionados em poucas oportunidades, apenas para comprovar
determinadas afirmações de caráter mais geral e teórico. Sob este
aspecto o ensaio comporta uma interpretação mais geral dos fatos, não
se detendo nas particularidades e nos episódios singulares.
Desse modo, podemos afirmar que, enquanto o livro de história
constitui uma interpretação do passado fundada nos fatos e
acontecimentos, o ensaio busca descrever as tendências gerais da
história. Como assinalam muitos dos autores de um ensaio, busca-se,
principalmente, expor nele a linha mestra ou o fio condutor do
processo histórico. Em suma, no ensaio se formula uma espécie de
filosofia da história.
Enquanto o livro de história se preocupa, geralmente, mais com
o passado, o ensaio, ainda que se ocupe dele, tem os olhos postos mais
no presente e no futuro. Na verdade, faz um enlace entre passado,
presente e futuro. Esse enlace constitui, inclusive, uma das principais
características da ensaística da primeira metade do século XX. São
obras que abarcam o conjunto da história do Brasil, formulando uma
interpretação geral dela. Em Formação da sociedade brasileira, Sodré deixa
patente sua intenção ao escrever um ensaio: “Escrevendo esta Formação
da Sociedade Brasileira não tive outra intenção que a de oferecer ao leitor
comum, dentro das possibilidades de um levantamento tão sumário,
uma visão de conjunto de como viveu nosso povo, até os dias que
precederam a crise de 1929” (SODRÉ, 1944, p. 5).
De um modo geral, o ensaio, nos moldes como foi praticado no
Brasil, divide-se em três partes. A primeira compreende o estudo
passado, no caso, a colonização do Brasil, momento em que teriam sido
lançados os fundamentos da história do Brasil. Como salientamos, a
maneira como se caracteriza a colonização constitui a base sobre a qual
se ergue a interpretação da história do Brasil em seu conjunto. Em
outras palavras, o passado é a pedra de toque dessa interpretação.
A segunda examina o presente, a época do autor, que é
explicado, fundamentalmente, pelo passado colonial. Os problemas do
presente e que deveriam ser então solucionados são considerados
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
40Acreditamos, mesmo, que este tenha sido o principal motivo que levou Caio Prado a
abandonar o projeto, iniciado com Formação, de escrever outros livros, na sequência
deste, abarcando a época imperial e a republicana. De certa maneira, em Formação,
Caio Prado apresentou, em linhas gerais, a interpretação geral da história do Brasil.
Também é verdade que este autor realizou, mais ou menos, este projeto com História
econômica do Brasil. Neste livro, com base nas linhas gerais traçadas em Formação, ele
analisou a história do Brasil até a Revolução de 30. Posteriormente, publicou outras
edições em que acrescentou capítulos atualizando a obra, sempre mantendo a linha
geral da sua interpretação da história do Brasil.
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
Um pouco mais adiante: “Essas forças não são ainda ou não são
sobretudo as do socialismo que começa apenas a esboçar-se entre nós e
precisará aguardar ainda, para amadurecer, um largo processo das
forças produtivas que não será possível sem a preliminar destruição do
sistema colonial” (PRADO JR., 1954, p. 236). Como podemos observar,
verificamos duas questões anteriormente assinaladas. Primeiro, a
oposição ao socialismo, considerada uma proposta prematura para as
condições do Brasil. Segundo, a oposição não é frontal, postergando-se
a proposta de socialismo para o futuro remoto. Antes, era preciso
superar certas etapas para, então, propor-se o socialismo.
Por fim, assinalamos anteriormente que o caráter ensaístico da
historiografia brasileira é mais visível na primeira metade do século
XX. Com efeito, aos poucos, este caráter ensaístico vai perdendo sua
força. Isto aparece claramente no livro Formação histórica do Brasil, de
Sodré, do início da década de 60. Sodré acompanha, em linhas gerais, o
processo histórico brasileiro, tratando dos seus temas maiores. No
entanto, ainda que essa obra se aproxime de uma história do Brasil, ela
guarda uma característica do ensaio propriamente dito. Defende o
autor, indicando as particularidades da história brasileira, que
existiriam etapas a serem transpostas antes de se colocar a questão do
socialismo (SODRÉ, 1967).
CONCLUSÃO
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43Em uma direção e com conclusões distintas das nossas, mas chamando a atenção
para as transformações verificadas nos intelectuais, vide Chasin (2001, p. 18).
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O ENSAÍSMO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
REFERÊNCIAS
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A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM
DEBATE POLÍTICO44
INTRODUÇÃO
44 Este texto foi publicado na revista Notandum, ano XVI, n. 32, maio-ago 2013.
45 Para um estudo mais aprofundado da obra de Caio Prado vide nosso livro Política e
47 Diga-se de passagem, esta era uma das críticas que Caio Prado fazia ao Partido
Comunista e que a historiografia assimilou acriticamente. Vide, por exemplo: Santos
(1996, p. 43)
48Ainda que a elaboração mais acabada apareça no livro de 1942, Caio Prado já havia
esboçado essa interpretação nos artigos que escreveu em 1935 para defender o
programa da ANL (PRADO JR., 1935).
192
A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
1. QUESTÕES TEÓRICAS
observar que o estoque de categorias marxistas utilizadas por Caio Prado era pequeno,
questionando-se, com isso, seu marxismo. Mas, segundo nosso ponto de vista, a
compreensão do marxismo não deriva de questões de natureza pessoal ou mesmo de
formação. Aliás, diga-se de passagem, aqueles que observam que o estoque de
categorias marxistas de Caio Prado era reduzido não se aventuram explicar as razões
disso.
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POLÍTICA E HISTÓRIA EM CAIO PRADO JÚNIOR
50 Esta concepção é compartilhada por muitos autores. Vide, por exemplo, Faleiros
(1989, p. 143): “As propostas — que continham diferentes vias para o desenvolvimento
e meios de ação — decorriam da diversidade nas interpretações sobre a natureza da
sociedade brasileira.”
51 De um modo geral, os estudiosos de dado autor resumem suas proposições sem
questioná-las. Assim, indicam que compartilham da visão do autor estudado: “No
prefácio do livro Formação histórica do Brasil, Sodré afirma que a motivação para o
estudo das raízes da nossa história era a compreensão do momento presente, buscar no
passado de nossa história elementos que lançassem uma luz sobre os dilemas
contemporâneos, já que sua sombra ainda se projetava sobre o presente” (SILVA, 2006,
p. 103).
194
A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
52 Bresser (1997, p. 17) oferece uma teorização sobre a relação entre a produção
intelectual e o processo histórico: “A produção intelectual e o desenvolvimento da
formação social brasileira são naturalmente dois fenômenos profundamente
interligados. Os intelectuais tentam analisar (e orientar) a sociedade, interpretando-a,
mas nesse processo são condicionados por essa própria realidade, que reflete o estágio
de desenvolvimento do país, os interesses de classe envolvidos e a forma de inserção
do país na economia capitalista internacional, e influenciados pelas ideologias e teorias
econômicas vigentes no mundo desenvolvido.” Todavia, a formulação de que os
intelectuais seriam condicionados pela realidade em que vivem dá-lhes um aspecto de
passividade. Há, na verdade, um aspecto ativo nas suas formulações, já que
decorrentes do posicionamento destes diante das questões colocadas em sua época.
53Entre 1960 e 1962, Caio Prado publicou na Revista Brasiliense quatro artigos sobre a
questão agrária. No artigo de março/abril de 1960, “Contribuição para a análise da
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A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
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57Nas páginas seguintes, Caio Prado prossegue em sua comparação entre a sociedade e
a economia formadas por meio da colonização e a economia feudal, inclusive como se
apresentava na Rússia tzarista. Insiste o autor que o fundamental na caracterização do
feudalismo é a presença de uma economia camponesa e a “(...) exploração parcelária da
terra ocupada e trabalhada individualmente e tradicionalmente por camponeses, isso é,
pequenos produtores” (PRADO JR., 1966, p. 45).
198
A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
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POLÍTICA E HISTÓRIA EM CAIO PRADO JÚNIOR
3.1. APROXIMAÇÕES
59 Ainda que Pinto (2011, p. 153) defenda a tese de que o modelo explicativo de Sodré
200
A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
3.2. DISTANCIAMENTO
201
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A QUESTÃO DO FEUDALISMO NO BRASIL: UM DEBATE POLÍTICO
REFERÊNCIAS
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204
REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO. A PROPÓSITO
DAS COMEMORAÇÕES DOS CENTO E CINQUENTA
ANOS DO MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA61.
206
REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
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REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
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63 Não são poucos os autores que observaram esse fato. Thurow é um deles: “Os ricos
eram mais espertos do que Marx pensava. Eles compreenderam que sua própria
sobrevivência prolongada dependia da eliminação de condições revolucionárias – e o
fizeram” (1997, p. 17).
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REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
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REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
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REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
64 Observa Bridges que “(...) o emprego moderno foi uma nova idéia assustadora – para
muitas pessoas, uma idéia desagradável e até mesmo socialmente perigosa. Seus
críticos afirmavam que era um modo antinatural e até desumano de se trabalhar.
Previam que a maioria das pessoas não seria capaz de conviver com suas exigências”
(1995, p. XIV-XV).
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REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
O segundo:
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218
REFLEXÕES ACERCA DO MARXISMO
219
POLÍTICA E HISTÓRIA EM CAIO PRADO JÚNIOR
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