Sie sind auf Seite 1von 5

Questão: Participação Brasil Minustah vs Operações Militares internas

I argue that narratives of the military’s effectiveness in Haiti have been used to legitimise the growing scope of
internal public security missions.

Relações Civis-Militares e Envio de Tropas para a ONU

Posição Favorável: Participating in UN peacekeeping is widely considered to help direct the focus
of armed forces towards external missions, as it provides the military with a
professional purpose that guides them away from problematic internal
roles

Contrário: Cunliffe argued that peacekeeping reinforced praetorian instincts


among some countries’ troops and therefore contributed to military coups.2
In a similar vein, Dwyer found that peacekeeping might trigger military
mutinies.3 Sotomayor debunked the ‘myth’ that sending troops to UN peacekeeping
would improve civil–military relations.

Sotomayor argues, some armed forces might even be able to use


peacekeeping as an opportunity to entrench political prerogatives or increase
their role in internal public security

UN missions: revolve around peace-enforcement.

a focus will be placed on how politicians and some members of the military used the supposed
effectiveness of Brazilian actions in Haiti as legitimation for demanding changes in
internal military missions.

Auftragstaktik – liberdade de ação e de interpretação de ordens, não uso de instruções detalhadas.


Autorização do uso da força letal contra oponentes.

Metodologia: Questionário tropas conhecidamente destacadas para missões de paz da ONU e GLO.

119 entrevistas respondidas

MG, RJ, SP

2014;2015

Sargentos e Tenentes

- Contribuiçao do artigo: apresentar e analisar a perspectiva das tropas. Não apresenta visão da
população.

- MINUSTAH – ponto de virada na história da contribuição brasileira nas missões de paz da ONU. (pg.
4, linha 4/5)

Questão: ponto de virada ou participação pontual única? Tem continuidade?

- 37.000 tropas para o Haiti – contra 50.000 desde 1948.


MINUSTAH was the first UN mission with the explicit but ill-defined goal
of ‘stabilisation’, which at least in NATO’s understanding ‘is about using military
means to stabilise a country, often with all necessary means to neutralise
potential “spoilers” to a conflict’. (p. 4)

MINUSTAH’s mandate, therefore, challenged


Brazil’s usual emphasis on non-violent conflict resolution.

Questão: conflito entre a tendenção da diplomacia vs. interesse militar brasileiro?

Discurso dos diplomatas - In order to maintain the appearance of Brazil’s traditional


position against using force in UN peacekeeping, diplomats insisted
on the rather creative interpretation that MINUSTAH did not constitute a
fully-fledged Chapter VII mission and that Brazil would be mostly concerned
with its goals of socio-economic development.25

visao dos militares - Closer to reality, the armed forces clearly referred to their actions in Haiti as backed
by Chapter VII – which allows military action.

Brazilian troops were accused of acting disproportionately and engaging in targeted killings of gang
leaders. Deaths of innocent bystanders in Brazilian-led operations sparked
an outcry from civil society and the Haitian population.31 Residents of
Brazil’s area of responsibility in Port-au-Prince furthermore questioned
whether operations in their neighbourhood were actually as successful as it
had been claimed by Brazilian diplomats and military officers.

Uso das Forcas armadas na Segurança Pública

- José Viegas: missão Haiti como um exercício para a luta contra a criminalidade no Brasil
(2003-2004)

- Jobim (2007-2011) – Haiti como treinamento para operações militares no Rio.

- At first sight, MINUSTAH (2004–2017) does not seem to have triggered a


significant increase in internal operations (p.5)

- Força NAcional: criada em 2004 espelhada nas forças de paz da ONU. Supostamente criadas para
auxiliar os estdaos em emergências de segurança nacional.
- Força Nacional nunca completa esse papel, forças armadas crescentemente se tornam
peacekeepers internos.

- Haiti: estratégia legitimadora para aumentar o escopo e alcance das operações GLO, visto que
autoridades tentaram retratar a Operação Arcanjo como um tipo de “peacekeeping em casa”.

30.000 tropas – Operação Arcanjo + Operação São Francisco.

Via de mao dupla: Brasil usa o que aprendeu no Haiti e usou no Haiti conhecimentos que tinha sobre
operações táticas em ambiente urbano, aperfeiçoou-as e reincorporou essas abordagens no contexto
doméstico.

Questionamento: Missão no Haiti considerada missão de maior sucesso da ONU. Por causa do
capítulo VII?
REIMPORTANDO LIÇÕES DO ‘ROBUST TURN’

- visão das tropas – influencia na aplicação da doutrina e consequencias políticas

- Autor argumenta que: a missão no Haiti sob mandato Cap VII tem alimentado as demandas militares por
regras similares nas operações GLO.

Tarefas Similares, Diferentes Regras de Engajamento

1. Ambas tem abordagem inspirada em contrainsurgencia: território a ser conquistado pelas


forças de segurança e conquista da confiança dos residentes.
2. Pesquisa: maioria ve ambas missões (RIO e HAITI) como mistura de operações típicas de
polícia e uma guerra entre o povo.

https://www.youtube.com/watch?v=RqeLPhcXN8U – Min.4:00

Diferenças significativas nas regras de engajamento da GLO e MINUSTAH:

1. Uso de força letal autorizada pelo Cap VII na MINUSTAH.


2. População Haiti menos hostis que as das favelas do Rio.
3. Limitações em revistas de casas somente com base em inteligência
4. Tensão criada pelas operações de GLO: entre aplicação da lei e a efetividade militar, as
tropas claramente dão mais ênfase na ultima.

Visão das tropas mais positiva da missão da ONU do que das missões internas .

Missão amarrada – impossibilidade de uso de força letal.

Desmoralização das tropas: resultante da não conclusão eficaz das missões de GLO. Consistente
com dados sobre soldados europeus que tem dificuldade em se identificar como peacekeepers.

Autor: frustação seria menor se as tropas brasileiras não tivessem participado desta missão da ONU.
Não tivesse se acostumado como as regras de engajamento menos restritivas da missão da ONU.

Missão no Haiti criou expectativas dentro das tropas que dificilmente se harmonizam com as leis
numa democracia liberal.

Para as tropas, função mais importante das Forças Armadas

1. Defesa Território Nacional


2. Missões de Paz da ONU
Para o autor – crescimento no poder de barganha militar. Com a requisição das operações GLO pelos
governantes, as forças armadas usam essa vantagem para demandar legislações mais favoráveis.

Nelson Jobim: proteção da tropa em questões jurídicas após potencial má-conduta em ações GLO
baseada na proteção legal aos brasileiros então no Haiti.

- Cortes militares para agentes de GLO – população sob diferente situação legal que seus
concidadãos.

- hile the armed forces succeeded in broadening the scope of military jurisdiction
for internal missions, they still express discontent with rules of
engagement in GLO operations. Contrary to Haiti, where opponents’
12 C. HARIG
hostile acts or even intentions were enough to warrant lethal force, troops in
GLO operations are only allowed to use lethal force in cases of legitimate selfdefence.

- Importação das lições da MINUSTAH entram no estágio político – oficiais aposentados do


governo de Bolsonaro. Ex: General Heleno – uso de snipers justificando que foi usado no
Haiti

REPERCUSSÕES DA MINUSTAH NAS MISSÕES MILITARES DE SEGURANÇA PÚBLICA EM 3 NÍVEIS

1. LEGITIMAÇÃO NO USO DAS FORÇAS ARMADAS NO CONTEXTO DE VIOLENCIA URBANA


2. CRIOU ALTOS NÍVEIS DE DESCONTENTAMENTO NAS TROPAS PARTICIPANTES
3. PROPAGOU OS PEDIDOS POR UMA POSTURA MAIS COERCITIVA NAS MISSÕES INTERNAS

Proteção de cidadãos inocentes vs Efetividade Militar: ethos profissional do militar os direciona ao


último.

Dilema: Brazilian governments have navigated themselves


into an uneasy position. If they continue requesting the military for
internal purposes, they have the choice to either meet the military’s
demands – and thus undermine citizens’ rights in contested areas – or to
maintain a relatively restrictive legal framework and thus increase the military’s
reluctance to be engaged in internal security issues.

Risco – México: frustração como causa principal de má-conduta em operações de segurança pública.

- Brazilian governments have trivialised requests for GLO operations without considering the risks this
development implies – and the trend towards more involvement of soldiers in crime fighting is unlikely to
end.

Governo – busca apoio military contra taxas altas de criminalidade ao invés de se mostrarem
responsáveis pelo desafiante mas necessária tarefa de longo prazo de reforma da segurança pública.
- Consequencia problemática de envolver militares em problemas de segurança pública: generais
reformados em papéis políticos.

- Bolsonaro: agrava o problema. Governo com politica de segurança com “punho de ferro”.

CONCLUSÃO

- consequências das missões de paz na ONU nas tropas dos países do Sul Global.

- 1. Aparato legal permitindo uso da força e protegendo soldados de serem processados são
elementos cruciais para o sucesso da missão.

- 2. MINUSTAH como justificativa do uso das forças armadas em GLO.

3.

'Meu filho morreu para quê? Nada


mudou', lamenta mãe de militar
assassinado no Rio
Antes de ser enviado para a Maré, ele chegou a servir por seis meses na Missão de Paz
das Nações Unidas no Haiti.

Segundo Michele, o trabalho no Rio foi o mais difícil. Quando ele foi morto, faltavam
quatro dias para concluir sua missão. Ao longo dos dois meses em que serviu, sua
mãe notou uma rápida piora em seu comportamento, que atribui ao estresse do
ambiente de "guerra" em que vivia na operação.

"Meu filho era muito fechadão, ele não se abria. Só que a gente percebeu, pelo
comportamento dele, que ele mudou. Começou a ficar muito agressivo, muito
nervoso, qualquer coisa ele estourava", lembra.

Das könnte Ihnen auch gefallen