Empreendedorismo

em 2019
7 tendências para quem
tem um negócio próprio
(ou quer abrir o seu)
Como aproveitar ao
máximo os recursos
deste e-book
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Índice

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O empreendedorismo é um tema muito discutido em todo o mundo, e no Brasil tem ganha-
do força principalmente nos últimos anos. Em tempos de recuperação de uma forte recessão
econômica vivida pelo país, pessoas com o sonho de abrir a própria empresa estão sendo
incentivadas a tirar as ideias do papel – e o dinheiro do bolso, é claro – para apostar em seus
projetos e trabalhar para que deem certo.

Isso porque os novos negócios podem ter papel fundamental para o crescimento econômico:
em linhas gerais, com a abertura de novos postos de trabalho, e com a consequente redução
da taxa de desemprego, pessoas endividadas e que viviam no aperto por causa do orçamento
doméstico enxuto agora poderão voltar a consumir. Assim, a roda da economia gira e todos
saem ganhando.

Não à toa, os incentivos ao empreendedorismo e a desburocratização dos processos de

abertura de novas empresas estão ganhando cada vez mais espaço dentro da adminis-
tração pública. É fato que, facilitando a vida de quem deseja empreender, a sociedade só
tende a se beneficiar.

E o que levam as pessoas a abrirem seu próprio negócio?

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Motivações
pessoais para
empreender
Engana-se quem pensa que a maior motiva-
ção para dar início a um empreendimento
seja a necessidade de uma nova fonte de
renda ou um plano alternativo para ganhar
dinheiro. Na realidade, grande parte das
pessoas que tomam esta importante deci-
são realmente deseja melhorar a própria
situação financeira – o que é natural –, mas
o que mais lhes chama a atenção são as inú-
meras oportunidades que um novo negócio
é capaz de trazer à carreira e até mesmo à
vida pessoal.
Pelo menos é o que afirma a pesquisa Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada
ao longo de 2017 e divulgada em fevereiro
do ano seguinte. Fruto de uma parceria en-
tre o Babson College e a London Business
School, que iniciou em 1999, a GEM se pro-
põe a estudar o comportamento dos indiví-
duos economicamente ativos em relação à
abertura e administração de empresas.
Segundo a pesquisa, 36% da população par-
ticipante da economia atua como empreen-
dedora, sendo que 20% são considerados
“empreendedores iniciais” – classificação
dada aos donos de empreendimentos que
não trouxeram rendimentos a seus proprie-
tários num período de 42 meses (ou três
anos e meio).
Dentre os “empreendedores de primeira
viagem”, cerca de 16 milhões de pessoas
– o equivalente a 12% dos respondentes
da pesquisa – afirmam ter iniciado o seu
próprio negócio por razões de oportuni-
dades de carreira.
Página 5
O contexto
favorece?
Dizer que vivemos em uma era altamen-
te tecnológica pode ser clichê, mas é a
mais pura verdade. E isso tem tudo a ver
com o momento para se abrir um novo
negócio: apesar da crise e do cenário ma-
croeconômico (que não pode ser ignora-
do), o grande acesso à informação e aos
meios necessários para idealizar uma nova
ideia tornam o ambiente muito propício ao
empreendedorismo.
Se hoje 59% dos novos empreendedores
afirmam ter iniciado um negócio próprio de-
vido à oportunidade “batendo à porta”, há
15 anos eram 42% – um salto significativo
para o período.
Portanto, é seguro afirmar que a tendência
geral é que cada vez mais brasileiros se
tornem empreendedores e donos de seus
próprios negócios daqui para frente. Atual-
mente, eles consistem em pouco mais de
um terço da população economicamente
ativa. Como será daqui a 10 anos? Por ora,
prestemos atenção nas tendências para os
empreendedores do presente.
A chamada Nova Economia já é uma rea-
lidade e, como não poderia deixar de ser,
grande parte das novas e futuras atividades
empreendedoras deverão estar ligadas a al-
guma inovação no mercado. Neste sentido,
diversas novidades deverão dar as caras já
nos próximos anos.
Continue lendo para entender mais sobre
como o empreendedorismo se encaixa no
mercado atual e quais as tendências para
2019 e para quem deseja dar este impor-
tante passo na carreira.
Página 6
O mercado de
trabalho está
em constante
mudança
A evolução da tecnologia é um dos fatores
que mais contribuem para alavancar o em-
preendedorismo – não só no Brasil, mas no
mundo todo. Novos recursos digitais possi-
bilitam que as pessoas ampliem o horizonte
para novas oportunidades disponíveis no
mercado de trabalho. Assim, não é exage-
ro dizer que há várias pessoas neste exato
momento quebrando a cabeça para encon-
trar problemas em seu dia a dia que possam
ser solucionados por meio de algum projeto
inovador e com potencial de sucesso.
Se pararmos para pensar na rapidez com
que as coisas têm mudado ultimamen-
te, tampouco é errado afirmar que novas
oportunidades e tendências estão sempre
surgindo. Ideia, portanto, é o que não falta
– e provavelmente nem faltará.
O mercado de trabalho, pela necessidade
de se adaptar ao contexto, segue essa mes-
ma linha – e não só no ramo do empreen-
dedorismo. A famosa transformação digital
vem provocando intensas modificações em
todos os setores da economia e das mais
diferentes maneiras, o que acaba tornando
obsoletas algumas figuras bastante tradicio-
nais, como a do funcionário que trabalha oito
horas ou mais por dia dentro do escritório.
Hoje, muitos profissionais já abandonaram
tal prática e optam por trabalhar em mais de
um lugar ao longo da semana – ou mesmo
durante o dia.
Os espaços de coworking também são
um bom exemplo deste momento, uma
vez que estão sendo cada vez mais aderi-
dos principalmente por pequenas startups,
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que costumam ter poucos funcionários no Todas essas características estão presentes
início e não têm dinheiro sobrando em caixa em muitos empreendimentos modernos,
para alugar um espaço próprio. que surgem com a busca por inovação e
novas oportunidades de trabalho, negócio
Devido ainda à automatização, proporciona-
e carreira. A atual dinâmica, portanto, encai-
da pela própria tecnologia, novas funções e
xa-se perfeitamente no empreendedorismo
demandas estão surgindo. Assim, estima-se
e nos objetivos profissionais daqueles que
que 50% dos empregos que conhecemos
desejam empreender.
hoje deixarão de existir até 2030 – o que é
algo a ser explorado, também, pelos futuros Vale ressaltar, porém, que é cada vez mais
empreendedores. essencial que o profissional desenvolva a
capacidade de resolver problemas que as
As mudanças afetam até mesmo a forma
máquinas não conseguem. É fato que tais
com que as empresas estão organizadas. A
soluções se tornarão cada vez mais comple-
ideia de hierarquia, por exemplo, também já
xas, visto a constante evolução da tecnolo-
está sendo enxergada sob uma nova ótica:
gia, mas quem tiver o olhar voltado para o
o modelo tradicional, de ter sempre alguém
futuro certamente sairá na frente e terá mais
acima para tomar decisões e delegar tare-
chances de sucesso.
fas, já está abrindo espaço para equipes
mais horizontais, num estilo de trabalho mais
democrático e participativo.

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Características do
empreendedorismo
atual
Hoje, o empreendedorismo pode ser defini-
do como um modelo de negócio que atua
principalmente no ramo dos serviços e que
se baseia na inovação como forma de se
posicionar bem no mercado. A hierarquia
está sendo cada vez mais deixada de lado,
priorizando um modelo de operação mais
horizontal em que todos participam da to-
mada de decisão e atuam de forma respon-
sável, cuidando do trabalho como se fosse
o seu próprio negócio.
No entanto, há outras características muito
presentes no empreendimento atual que
não podem ser deixadas de lado na tentati-
va de idealizar uma nova ideia de negócio.
Confira abaixo três das principais:
Consciência social e
confianças nas pessoas
O conceito de Economia Compartilhada,
ou Economia do Compartilhamento, trouxe
à tona a ideia de mutualização de bens, ou
seja, a ideia de que algo pode ser criado para
ser compartilhado. Isso ajudou a resgatar a
confiança entre as pessoas, principalmente
no que diz respeito à prestação de serviços.
Atualmente, as empresas se portam como
plataformas, a fim de intermediar a relação
entre as pessoas interessadas tanto em
prestar o serviço quanto em contratá-lo. Tal
confiança envolvida na negociação é algo
que havia sido perdido nos últimos tempos,
quando a economia ainda era totalmente
pautada na indústria.
Da mesma forma, o que hoje norteia muitas
organizações – principalmente as novas –
é o seu propósito. Evidentemente que todo
Página 9
empreendimento, para se manter funcio-
nando e financeiramente viável, visa o lucro,
mas quando falamos em marca (que é basi-
camente a forma como uma empresa se po-
siciona no mercado perante a concorrência
e o mundo à sua volta), ter um potencial claro
e que se traduz tanto nos produtos quanto
na forma como a empresa se comunica é
uma variável que faz toda a diferença.
Por isso, diversos serviços e projetos ligados
a questões sociais estão sendo lançados
nas plataformas digitais. Peguemos o exem-
plo do Airbnb. Por mais que seu modelo de
negócio seja oferecer acomodações do-
mésticas de nativos para turistas que procu-
ram alternativas mais baratas para viajar, seu
propósito oficial é “ajudar a criar um mundo
onde pessoas têm um sentimento de per-
tencer a qualquer lugar”.
O objetivo é claro: chamar a atenção de
pessoas que desejam conhecer lugares
diferentes, oferecer acomodações mais
baratas, mas que proporcionam uma expe-
riência que hotéis não são capazes de pro-
porcionar: a sensação de efetivamente viver
naquele local.
E isso não seria possível se não fosse a tec-
nologia simples aplicada ao negócio. Por
meio de alguns comandos muito simples em
um aplicativo de celular, qualquer pessoa
com acesso à internet, em qualquer parte
do mundo, consegue fazer uma reserva no
seu destino de viagem e “comprar” a expe-
riência que o Airbnb quer oferecer.
Projetos voltados para
diversidade
Por consciência social no empreendedoris-
mo pensamos em serviços que, de alguma
forma, auxiliam em questões sociais de com-
plexa resolução. A administração pública é
apenas um exemplo. Por mais que, afinal,
o empreendedor tenha ganhos prestando
o  seu serviço ao governo, as mudanças
propiciadas neste âmbito acabam fazendo
a diferença na sociedade como um todo.
No entanto, empreendimentos inovadores
não necessariamente ligados às instituições
públicas também podem contribuir para tor-
nar o mundo melhor. A preocupação cada
vez mais evidente com as minorias e classes
sociais menos favorecidas ajuda a ilustrar
este movimento. Como exemplo, peguemos
a Saneamentos Sustentáveis, uma startup
de São Paulo que desenvolveu um vaso sa-
nitário com coletor acoplado para atenuar
a falta de saneamento em grandes centros
urbanos. A proposta da empresa é que os
dejetos sejam recolhidos por um caminhão
e transferidos a um biodigestor, onde serão
transformados em biogás – uma fonte de
energia alternativa.
Embora a diversidade esteja muito ligada à
consciência social como um todo, a questão
aqui diz respeito ao acesso a esse tipo de
Página 10
serviço por parte das classes sociais desfa-
vorecidas, que necessitam do empreende-
dorismo social para somarem à parcela da
população com potencial de consumo deste
serviço. É bom para um lado e bom para o
outro também.
Prática de equity
crowdfunding em
crescimento
Uma característica que ajuda o empreen-
dedorismo a se popularizar cada vez mais
entre a população economicamente ativa é
o interesse de pequenos investidores em
contribuir para o crescimento de uma em-
presa – e, futuramente, lucrar com isso.
Seguindo essa linha de raciocínio, o equity
crowdfunding é uma espécie de setor à
parte no mercado de capital de risco. Essa
prática consiste em facilitar a captação
de investimento por parte de startups e
pequenos projetos que estão apenas ini-
ciando suas atividades. Ele possibilita que
pequenos investidores injetem seus recur-
sos em algum empreendimento visando re-
torno financeiro no futuro.
Para que essa comunicação ocorra de ma-
neira eficaz, hoje já existem empresas que
fazem a ponte entre investidores e esses
novos empreendimentos. Em linhas gerais,
o objetivo é propiciar um ambiente finan-
ceiro mais democrático, em que mesmo os
empreendedores que não possuem mui-
to capital para investir no início do projeto
possam seguir em frente com suas ideias.
Desta forma, contribui-se para um ambiente
empreendedor ainda mais acessível, além
de possibilitar que mais pessoas contribuam
para o crescimento de uma startup que pos-
sa fazer a diferença com a prestação de al-
gum serviço à sociedade.
Página 11
Como identificar
uma tendência
Mesmo acessível, o âmbito empreendedor
é muito competitivo. Vemos a todo momento
novos conceitos e inovações tecnológicas
adentrando o mercado, e este cenário é
aquecido toda vez que novos recursos tec-
nológicos surgem para transformar o com-
portamento de consumo das pessoas. Por
isso, estar atento a todos os movimentos
recentes e, principalmente, às demandas
dos consumidores é importantíssimo para
sair na frente dos concorrentes e se des-
tacar no mercado com um eventual novo
produto empreendedor.
Por definição, a tendência é uma ação
pelo qual o corpo tende a se mover para
alguma direção. É importante notar que,
neste caso, o corpo em questão apenas
“tende” a se mover – não sendo, portanto,
um movimento inevitável e incontrolável.
Ou seja, não confunda “tendência” com
“transformação iminente”. Em se tratando
do mundo dos negócios, a tendência é uma
corrente relacionada a alguma mudança ou
inovação que deverá ser seguida por um
amplo número de empreendedores com
objetivo semelhantes.
Também podemos dizer que uma tendên-
cia é como se fosse uma aposta bem em-
basada, ainda que com riscos de não se
concretizar. Isso porque não são somente
os avanços tecnológicos que ditam se
uma tendência se confirmará ou não, e sim
outros importantes fatores, como o com-
portamento do consumidor e o próprio de-
senvolvimento do mercado em que essa
tendência está inserida.
Todo tipo de produto surge do zero, partindo
do desconhecimento do público até o seu
estabelecimento nos costumes da socieda-
de. Conforme ele se posiciona nessa linha
de crescimento, mais propício se torna o ce-
nário para uma inovação mais ousada, a fim
de alavancar a presença da marca entre os
consumidores. Neste sentido, a tendência
pode estar relacionada à alteração de um
produto já existente, e não necessariamente
a uma inovação disruptiva.
Página 12
Então, quais são as Economia da Experiência
tendências para o 1 cada vez mais em alta
empreendedorismo O conceito de Economia da Experiên-
em 2019? cia não é novo, já que foi cunhado há
pelo menos 20 anos. No entanto, na era
digital e dos serviços, é inevitável que a
experiência se torne um fator ainda mais
importante para o consumidor, sendo de-
terminante para uma eventual reincidên-
cia do consumo.
1
Por “experiência”, estamos falando da
sensação de agrado gerada na utilização
do produto ou durante a prestação do ser-
viço por parte de determinada empresa.
O cliente se sentir satisfeito é crucial para
o sucesso do produto em determinada
situação. Por isso, pensa-se muito em
proporcionar ao cliente uma experiên-
cia única, para que o momento de consu-
mo do produto ou serviço oferecido pela
empresa seja um acontecimento, que o
marque de alguma maneira e que o faça
repetir e até indicar para outras pessoas.
Perceba que essa tendência não é uma
inovação disruptiva em si, já que é um
processo que já vem acontecendo natu-
ralmente nos últimos anos, mas se liga a
um formato de empreendimento com uma
demanda crescente – e que deve se con-
cretizar já a partir de 2019.
Página 13
 O Marketing Interativo para
2 a coleta de dados dos usuários
Não só uma tendência para empresas
que prestam serviços de marketing e
publicidade, o marketing interativo é um
conceito a ser observado por empreen-
dedores que trabalham diretamente com
seus consumidores. Para filtrar ainda mais
as informações do público-alvo de um
produto ou serviço, a coleta de dados é
2
imprescindível. Assim, que outra fonte de
informações pode ser melhor do que o
próprio consumidor?
O marketing interativo consiste, portan-
to, em ações de interação de uma marca
com os consumidores, a fim de absorver
dados preciosos e construir uma base
sólida de informações para novas cam-
panhas, novos lançamentos e até para a
tomada de decisões mais assertivas.
Essa interação, claro, não seria tão produ-
tiva não fossem os algoritmos, cujos robôs
coletam os dados fornecidos pelos próprios
usuários e os armazenam num banco com
incontáveis e preciosíssimas informações.
Tudo isso permite que uma empresa pro-
porcione ao usuário um atendimento mais
personalizado, surpreendendo-o e incen-
tivando novas interações.
Página 14
 Serviços relacionados
3 à Internet das Coisas
Segundo dados de dezembro de 2017
da Internet World Stats, 54,4% da po-
pulação mundial está imersa no mun-
do digital. Estamos falando de mais de
4 bilhões de pessoas. Assim, é natural
que as inovações em produtos e servi-
ços voltados para o consumo cotidiano
estejam cada vez mais associadas ao
3
âmbito digital.
A Internet das Coisas é um conceito que
surgiu conforme a vida em sociedade foi
se tornando cada vez mais digital, e con-
siste na inserção da web nos objetos e
atividades comuns do nosso dia a dia.
É a confirmação de que a digitalização do
cotidiano é inevitável, e a tendência é que
serviços e produtos novos surjam basea-
dos neste conceito. Já imaginou um mun-
do em que a internet está presente na vida
de mais de 90% da população?
Aqui, porém, vale ressaltar que a porcen-
tagem ainda se mantém em 54,4%, pouco
mais da metade. Por mais que a aparência
é de que uma grande parte da sociedade
já esteja conectada à web, pensar que
ainda existe uma extensa parcela que não
o faz pode ser um motivo relevante para
empreender nesta direção.
Página 15
 Serviços voltados à
4 automação dos processos
A presença da tecnologia no cotidiano se
dá, principalmente, no âmbito do trabalho,
em que esses recursos podem ajudar a
tornar os processos muito mais eficientes
e precisos do que por meio do trabalho
humano – e muitas vezes falho. Por isso,
a automação com foco na melhor produti-
vidade e proveito de recursos financeiros
4
e materiais é uma tendência que já vem
sendo antecipada há alguns anos.
Porém, quando nos referimos a este mo-
vimento não estamos vislumbrando o
cenário em que seres humanos serão
substituídos por máquinas. A tendência
não é essa, mas sim de uma melhor distri-
buição de trabalho, utilizando a tecnologia
a favor das atividades humanas e permi-
tindo que as pessoas possam econo-
mizar tempo no dia a dia e dedicá-lo a
outras atividades.
A automação dos processos está total-
mente relacionada à uma gestão mais efi-
ciente, por isso está inserida num âmbito
mais administrativo dos novos negócios.
Toda empresa precisa de uma boa gerên-
cia para produzir melhor, mas nem todas
têm o conhecimento necessário para algo
tão imprescindível. Daí a busca constan-
te por soluções que ajudem a cobrir este
gargalo, sentido por muitos empreende-
dores Brasil afora.
Página 16
 O aquecimento do mercado
5 da Segurança Digital
Com a ratificação da Lei Geral de Pro-
teção de Dados Pessoais (LGPDP) em
agosto de 2018, foram regulamentadas
diversas questões que dizem respeito à
privacidade e à segurança de informações
na internet. Antes, muitas instituições se
aproveitavam do fácil acesso e manipula-
ção do âmbito digital para absor­verem in-
5
formações confidenciais com propósitos
comerciais e publicitários.
Por lei, agora essa prática está proibida,
e quem desrespeitar a privacidade do
usuário estará sujeito a diferentes níveis
de pena. Com isso, vê-se dois caminhos
possíveis repletos de oportunidades para
os empreendedores: serviços de consul-
toria e adequação das empresas às nor-
mas estipuladas pela LGPDP ou mesmo
de segurança para os dados já fornecidos
pelos clientes – aos quais a lei define que
também devem estar seguros sob domí-
nio da instituição.
Mesmo ratificada, a LGPDP entra em vigor
somente depois de 18 meses decorridos
após a aprovação da lei – ou seja, em
fevereiro de 2020. Tendo isso em vista,
2019 é o ano certo para que novas ideias
e serviços relacionados à segurança digi-
tal sejam colocados em prática para entrar
com tudo no mercado no ano seguinte.
Página 17
 O estabelecimento dos
6 softwares como serviço
Problemas sempre irão existir no âmbito
empresarial. Mesmo com a automação
dos processos e a qualificação dos co-
laboradores, é bem provável que a tec-
nologia seja necessária para solucionar
ou auxiliar mais alguma tarefa de gestão,
por exemplo. Neste sentido, diversos em-
preendedores oferecem softwares como
6
serviços para resolver esses problemas,
desde os mais simples até aqueles com
alto grau de complexidade.
Tal prática é definida com o termo “Soft-
ware as a Service” (Software como Servi-
ço, em tradução livre), e é uma tendência
que não surgiu para 2019, mas que está
em ritmo de crescimento. Na verdade, os
softwares já são vistos como serviços há
algum tempo, mas, mesmo assim, trata-
-se de um nicho em que a demanda não
para de crescer. Não tendo um foco de
atuação definido, a cada ano que passa
esse mercado apresenta novos softwares
para diferentes áreas que precisam de um
determinado serviço.
Esse modelo de negócio, vale ressaltar,
costuma exigir suporte técnico por parte
da proprietária do produto. Por isso, é fun-
damental que o empreendedor mantenha
uma relação próxima ao seu cliente para
que sua experiência não seja prejudicada
pela falta de assistência.
Página 18
 Modelos de negócio baseados
7 em tecnologia disruptiva
Para fechar as tendências, vale tratar de
uma das características mais associadas
ao empreendedorismo atual: a quebra
de padrões.
De fato, em um cenário em que há ampla
concorrência, é necessário se diferenciar
dos demais para atingir uma posição de
7
destaque no mercado. Assim, utiliza-se
a tecnologia para se criar contextos dis-
ruptivos, que quebrem padrões de algum
tipo de produto ou serviço já conhecidos
pelas pessoas.
Para isso, no entanto, é necessário estar
atento às necessidades dos consumido-
res, além de entender os limites de possi-
bilidades do mercado em questão. Ousar
e apostar, nesse caso, são duas palavras-
-chave essenciais.
No mercado do empreendedorismo, uma
tendência que se mostra muito presente
é a tentativa de inovar. Alguns obtém su-
cesso, enquanto outros logo percebem
que a aposta não foi bem-sucedida. No
entanto, arriscar é algo intrínseco de um
empreendedor, e não à toa faz parte de
grande parte das histórias de sucesso do
ramo que tanto ouvimos por aí.
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