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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Jurisdição II
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JURISDIÇÃO II

O Estado detém o monopólio de solução dos conflitos?


Resposta: Em tese, a jurisdição é a função do Estado de solucionar os confli-
tos e “dizer o direito”. Apesar disso, evidentemente não há que se falar em mono-
pólio quanto a tal capacidade, sendo cabível também a solução de conflitos aos
chamados equivalentes jurisdicionais, que são meios de solução do conflito
sem que haja necessariamente a participação do Estado.

Equivalentes jurisdicionais

O Estado não possui o monopólio de solução de conflitos, não sendo atribui-


ção exclusiva do mesmo. Entre as outras formas de solução de conflitos estão os
equivalentes jurisdicionais ou formas alternativas de solução de conflitos.
No estudo do processo civil, são duas as formas alternativas disponíveis:

1. Autotutela
Ato de valer o direito pelas próprias mãos. Remete a imposição de vontade
contra a parte contrária, geralmente vencendo o “mais forte”, mesmo que esse
não seja o legítimo detentor do direito discutido.
Considerada a forma mais antiga de solução de conflitos, a autotutela ocorre
em virtude do sacrifício de interesses de uma das partes envolvidas no processo
de defesa do direito e está diretamente relacionada ao uso da força, que corres-
ponde a qualquer meio que o sujeito possua a seu dispor para impor vontades,
como a força física, a afetiva, a econômica, a religiosa etc. A solução alcan-
çada pela autotutela não prestigia o atual sistema do direito e nem o próprio
Estado democrático de direito, não podendo o uso da autotutela ser admitido
como regra, sendo permitido somente diante de limites estabelecidos por lei e
com aplicabilidade definida para casos específicos sob pena de exercício arbi-
trário das próprias razões.
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Principal justificativa para a utilização da autotutela: o Estado não está


em todos os lugares, não sendo possível solucionar todas as violações de direi-
tos existentes.
Exemplos de autotutela:
• Legítima defesa (art. 188, CC);
• Desforço imediato (art. 1210, CC).

Atenção!
A autotutela, ainda que aplicada respeitando os limites estabelecidos, sempre
poderá ser questionada junto ao Poder Judiciário quanto a sua legitimidade.

2. Formas consensuais
Visam à pacificação social, que constitui o verdadeiro objetivo da jurisdição.
São privilegiadas conforme art. 3º do CPC.
2.1 Autocomposição: tradicionalmente chamada de conciliação, é uma
forma bastante popular de solução de conflitos. Divide-se em três situações:
2.1.1 Transação: acordo envolvendo concessões recíprocas. Caráter bilateral.
2.1.2 Submissão: a parte reconhece e assume o dever proposto, cumprindo
a obrigação. Ato unilateral.
2.1.3 Renúncia: a parte que alega o direito abdica-se. Ato unilateral.

Atenção!
As situações previstas pela autocomposição podem ocorrer também durante o
andamento do processo (esfera jurídica), incidindo nos fenômenos da transação
(acordo), do reconhecimento de pedido (submissão) e da renúncia.

2.2 Mediação: não se confunde com a conciliação, estando presente no


art. 165 do CPC. A mediação é estabelecida pelo mediador, que, assim como na
conciliação, também possui conhecimentos técnicos acerca da situação apre-
sentada, porém seu objetivo não é a apresentação de uma proposta de acordo
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entre as partes, uma vez que o próprio objetivo inicial da mediação não é o
acordo, mas sim o reestabelecimento da convivência, do diálogo e da harmonia
entre as partes. Possui ampla utilização no campo de direito da família.

Atenção!
Para que haja a mediação, é necessário o vínculo anterior entre as partes.

2.3 Arbitragem: solução particular de conflitos, sendo regida pela Lei n.


9.307/1996, e instaurada por meio do compromisso arbitral (estabelecido entre
as partes com litígio já instaurado) ou da cláusula compromissória (prevista de
maneira específica no contrato), possuindo fundamentalmente dois elementos:
• As partes escolhem o terceiro (árbitro) para solucionar o conflito;
• A decisão desse terceiro será impositiva.

A ideia é que a decisão do árbitro tenha o mesmo valor de uma sentença do


juiz proferida no âmbito judiciário, não cabendo sua revisão pelo Poder Judiciário.

Atenção!
A arbitragem não afasta o princípio da inafastabilidade da jurisdição, podendo
ser utilizada somente diante de conflitos que envolvam interesses patrimoniais,
sendo considerada uma “jurisdição privada”.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pela professora Roberta Queiroz.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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