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O juiz tal concedeu liminar – a noção é que existia uma situação de perigo
ou urgência que exigiu pronunciamento imediato – não necessariamente. O novo CPC
permite que o jurisdicionado tenha fruição de certos direitos antes do mérito final. Se
alguém vai no Judiciário e demonstra entendimento sumulado por Tribunal Superior,
já pode conseguir procedimento liminar.
CPC 73 foi marcado por uma crise de ordem pública, pois imagina-se o
Estado de Jurisdição como titular do impulso Oficial. O CPC 2015 compartilha
responsabilidades – art. 6 – p´rincípio de cooperação.
O CPC 2015 remete à questão: não perguntem o que o processo pode fazer
por vocês, mas o que você pode fazer com o processo.
Por fim, a situação dos juizados especiais. Para os autores do CPC 73,
dentre os procedimentos comuns, estava o ordinário e sumário. Nos juizados, mesmo
em relação ao sumário, os juizados acaba, sendo mais abreviados, pois foram
construídos a partir do art. 98 da CF, de informalidade e celeridade, de pequenas
causas, fala-se que existe o procedimento sumaríssimo. É uma classificação extraída do
sistema de 73.
Art. 190 – Código de 2015 abre espaço para o protagonismo das partes,
convenção processual – princípio da ponderação – art. 6º
O simples fato de existir essa regra no Novo CPC, faz com que tenhamos de
rever muitas lições clássicas de processo, baseado no desenho e contorno geral do
caráter público da norma procedimental.
O princípio do impulso oficial não vai sumir, mas as partes tem sim papel
protagônico, devendo assumir suas posições do processo cooperativo apontado no art.
6º. Testemunhas inquiridas em escritório de advocacia, por exemplo, poderia ser
permitida, com gravação audiovisual, como é feito hoje nos EUA. Ata notarial em
cartório (fé pública), poderia ser instrumento de testemunha, por exemplo,
encerrando a instrução rapidamente, tirando ônus do judiciário, e jogando-os para as
partes, advogados.
Hipóteses Inviáveis
Petição Inicial
Petição Inicial
houver sanção, as pessoas não vão cadastrar, pois não há reserva legal que preveja
sanção. > e o domicílio ou sede das pessoas jurídicas ou entidades.
O Inciso III faz menção aos fatos e fundamentos jurídicos do pedido. Fala-se
em causa de pedir. O CPC 73 e o de 2015 têm a mesma redação, consagrando a teoria
da substanciação. A causa de pedir é indicada na inicial com a descrição de um fato e
com a descrição das consequências jurídicas decorrentes do fato. Isso não significa
apenas transcrever dispositivos de lei que deem base à pretensão, apesar de poder
fazê-lo. Superação do Iuranovit cúria, conexão com o sistema de precedentes, e
advogado não pode fazer uma colagem de ementas, pois não vai chegar a um
resultado que se deseja – valoriza a teoria da substanciação, porém deverá passar por
algumas modificações, frente à proibição das decisões surpresa.
Teoria da decisão – 489 – juiz não pode decidir citando ementas sem dizer
porque são aplicados a casos concretos.
A linguagem tem uma importância cada vez maior, deve-se evitar o uso de
expressões difíceis, pois está desconexa com o volume de trabalho presente no
judiciário. Preza-se pela clareza.
demanda pode ser julgava procedente pelo acolhimento de uma das causas de pedir,
que pode ser suficiente em relação à outra. Uma petição pode ter três causas de pedir
distintas, que podem ser cumuladas para caracterização do evento cukpa. NO CPC
2015, de fato, analisando a caracterização do evento culpa, cada causa de pedir tem
um aspecto de suficiencia, podemos ter o pedido com uma causa de pedir. O CPC 2015
veda a decisão surpresa. Código de 2015 exige contraditório substancial, a decisão
passa a ser algo mais elaborada, temos que ter o enfrentamento ode todas as causas
de pedir.
devendo o pedido ser certo e determinado, para tentar coibir práticas abusivas de
dano moral.
(permitido pelo CPC 2015), sob a ótica e conhecimento do adquirente. Tornar litigiosa
a coisa gera o seguinte cenário: em princípio a parte não deveria dispor da parte
litigiosa, mas se assim o fizer, e de má-fé, quem aliena responderá por evicção.
A questão do valor da causa tem importância inclusive sobre aspecto
tributário. As custas judiciais tem natureza jurídica de taxa, que é modalidade
tributária. Podemos categorizar espécies tributárias em impostos, contribuições
(soliedariedade social) e taxas (contraprestação estatal). Se é espécie tributária, só a lei
pode exigir custas, ainda que seja algo óbvio, existem taxas cobradas de forma
regimental. A taxa judiciária é calculada pelo valor da causa. No Brasil criou-se uma
cultura de que, dependendo do valor da causa, a taxa pode ser maior ou menor, a
cobrança seria progressiva. Critério duvidoso: o que está sendo remunaerado quando
alguém paga custas? Dá mais trabalho julgar demanda de pequena ou grande
expressão patrimonial? Não é possível aferir, então, o que parece, é que não há um
diálogo entre categorias processuais e categoriais tributárias. Se fosse levado à sério a
cobrança de custas, deveríamos considerar o custeio do trabalho em relação ao
volume de trabalho.
O art. 284 CPC 2015 – todos os processos estão sujeitos à registro, devendo
ser distribuídos onde houver mais de um juiz. Pode ser em vara única ou por critério
de sorteio onde houver mais de um juízo com competência territorial, de forma
eletrônica. Parágrafo único prevê a publicidade de distribuição.
O art. 286 – foge da regra de distribuição autônoma aqueles processos que
guardam conexão com demanda já instaurada, pois temos a prevenção de
determinado juízo com processos com conexão ou continência.
Inciso II – aqui seria uma hipótese de coibir o fórum shopping.
O parágrafo único diz que havendo intervenção de terceiro, reconvenção
ou outra hipótese de ampliação objetiva da demanda, serão feitas anotações no
cartório distribuidor a posteriori.
DIA 28 DE MARÇO
Processo Civil 2015 –
Indeferimento da petição inicial, impunha-se previamente a intimação da
parte autora para que ela regularizasse o vício. A extinção do processo só poderia
ocorrer se a parte autora não suprisse o vício. Entretanto, normalmente era comum
que os pronunciamentos não fossem detalhados – “emende a parte autora a petição
inicial” – dúvida sobre o que era defeituoso. Agora com o novo código, dentro da ideia
de dever de cooperação do juiz com as partes, o art. 321 passa a estabelecer que o juiz
ao intimar a parte para emendar deve apontar o que faltou ou o que era defeituoso.
Evitar extinção anômala do processo.
Artigo 6 fala em cooperação. Artigo 4 fala em primazia do julgamento de
mérito, maximização do processo jurisdicional – o normal é que exista
pronunciamento a respeito da pretensão deduzida em juízo. Há aproveitamento
máximo da atividade jurisdicional. O juiz sai da posição de neutralidade e passa a agir
em prol do nivelamento de hipóteses de hipossuficiência, indicando o defeito da
inicial.
A extinção do processo somente ocorrerá se não for apresentado o
documento ou corrigido o vício no prazo que venha a ser assinalado pelo legislador.
recheado de conceito abertos. Dentro dessa abertura do sistema jurídico, passa a ser
importante essa compreensão do art. 9 e 10.
Paradigma da linguagem.
- O inciso II fala quando o citando for incapaz. Uma criança com pouca
idade fica fácil presumir a incapacidade. Existem situações em que não é possível aferir
incapacidade, cabendo ao responsável prestar a informação necessária devolvendo a
citação postal, ou ao serventuário não expedir a citação. Também quando for pessoa
jurídica de direito publico (Estado, Município)
Inciso V – quando o autor requerer de outra forma.
Não há mais vedação quanto ao processo de execução. O código usa a
teoria da aparência em certas situações – seguindo a lógica que a citação deve ser real,
imagina-se que o carteiro tenha acesso imediato ao sócio gerente, administrador. Na
realidade, não ocorre dessa forma. Não se entrega a carta de citação diretamente ao
representante estatutário da companhia. É por isso que no Brasil se consagrou a teoria
da aparência – no caso de pessoas jurídicas, a presunção é de que a citação tenha sido
efetivada, e cabe ao destinatário arguir sua nulidade. Apesar do cenário de revelia,
deve-se levar em conta a teoria da aparência, pois não há como realizar citação postal
entregando individualmente ao destinatário.
Art. 248 – pgfo segundo – regra e exceção a partir de funcionário.
04 de abril
PROCESSO CIVIL
Ainda que seja possível arguir a nulidade do ato citatório, ele deve
demonstrar prejuízo. SE houve a nulidade e isso de fato ensejou revelia (perdeu o
prazo), nesse caso, o código prevê o desfazimento do ato e retorno das partes ao
Estado anterior. Essa questão do decreto quando há prejuízo tende a ficar cada vez
mais relativizada.
Citação por Oficial de Justiça – 249 – CPC 2015 – nas hipóteses previstas o
código ou quando se frustrar a citação por correio, ou seja, resposta inconclusiva
(mudou-se, endereço não encotnrado – não pode se aplicar a teoria da aparência).
Nesses casos a citação é frustrada. Podem acontecer casos em que o AR voltou com
assinatura não identificada – nesse caso a citação não foi frustrada (teoria da
aparência, presume-se citado, e caso não, cabe a nulidade).
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
O mandado citatório deve estar com certos requisitos (art. 250) – mandato
de citação mais a contra-fé (cópia da inicial).
Citação por hora certa – art. 252, CPC 2015. – antes era necessário três
tentativas mais suspeita de ocultação. Agora apenas duas diligencias infrutíferas mais a
suspeita de ocultação. Na certidão do oficial, ele pode descrever a situação que pode
se encaixar na ocultação. A certidão deve dar indicativo do que ocorreu para suspeitar-
se a ocultação. O procedimento é simples: deixa um aviso de que voltará no dia e hora
determinado; se não encontrar o citando, se fará citação presumida. Depois, deve-se
mandar uma carta avisando que foi efetivada a citação (253).As tentativas devem
ocorrer em turnos e horários diferentes.
Citação por Edital – art. 256 – duas formas, segundo o texto da lei: a)
quando desconhecido ou incerto o paradeiro do réu – os juízes sempre tiveram
dificuldade em aceitar citação por edital quando nessa hipótese, de largada. O que
acaba sendo mais comum é a hipótese b) quando as diligências forem infrutíferas,
demonstrando as tentativas de localização do citando. Frustradas as hipóteses inicais,
parte-se para citação editalícia. A citação por edital é presumida: a informação em
diário de justiça ou no fórum chegaria ao citando, o que é muito improvável.
Revel, nomeia-se um curador, que faz uma defesa por negativa geral.
Não confundir o prazo do edital com o prazo da defesa. O juiz vai fixar o
prazo de permanência do edital. Finalizado o prazo do edital começa o prazo de
defesa.
No CPC 2015 foi criada modalidade especial de citação por edital: ações
possessórias – conflito de posse rural – ampla publicidade nas demandas dessa
matéria.
Impedimentos à citação
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
Materiais:
retroage à data da distribuição. O réu foi citado depois dos três anos, mas como os
atos não dependem dele, o efeito interruptivo ocorre com a situação válida mas
retroage à data da distribuição. A demora imputável ao poder judiciário não pode
prejudicar o autor. O autor tem dez dias para adotar providencias necessárias para
viabilizar a citação. O efeito retroativo também se aplica à decadência. A demora pode
ser imputável à parte autora ou ao judiciário.
06 DE ABRIL –
Art 240 – efeito interruptivo da prescrição não significa que ele reste para
sempre, pois pode ocorrer prescrição intercorrente, ligada ao fenômeno processual.
Art. 272 – as partes podem requerer que as intimações venham a ser feitas
na pessoa da sociedade de advogados. Para evitar que continue havendo intimação
para algum advogado que venha a se desligar do escritório, é feito em nome da
sociedade.
como se obrigassem o juiz a conhecer de mais temas (indireta) . Ex: alguém que numa
ação de cobrança responde que nada deve, essa não amplia o universo de cognição
(direta) – se ele diz eu nada deve porque houve novação (indireta – ampliação de
tema), porque houve prescrição, porque nega a relação de parentesco em ação de
alimentos. Aquele que traz defesas indiretas, normalmente traz pra si o ônus de prova-
las.
Quem oferece impugnação ao valor da causa é o réu. O réu vai falar isso na
peça de defesa, num item em separado. Outras exceções que tinha autuação em
apartado: suspeição e impedimento. Nesses casos, o autor argui de duas formas: se
tramitar em vara de competência única, já pode fazer isso na petição inicial ou
havendo mais de um juiz competente, aguarda-se distribuição, prazo de 15 dias úteis
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
contado da ciência do fato (219) – não precisa ser no início do processo, mas aí atrai a
alegação do fato em si e a prova da ciência do fato, esse último não necessário na
contestação - para arguir a matéria, por petição avulsa. O réu argui o impedimento ou
suspeição na contestação.
10 de Abril
Art. 341 – CPC 2015 – Trata do ônus de impugnação especificada dos fatos
arguidos pelo autor. Incumbe ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações
de fato as alegações, presume-se verdadeiras aquelas que não forma impugnadas.
Aquilo que não impugnado, também será matéria incontroversa. Dos diferentes fatos
narrados cabe ao réu se manifestar quanto a cada um deles.
audiência marcada, considerando a fluência de resposta do réu, visto que ele disse por
último. A controvérsia está quando apenas um dos sujeitos diz que não tem interesse.
a) O autor diz na inicial que não quer. Neste cenário, o juiz marca ou não
marca a audiência? Juiz gerenciador do processo.
13 de Abril
Revelia
O réu, uma vez citado, pode aparecer me juiz e apresentar defesa; pode
apresentar em juízo e reconhecer a procedência do pedido (tem possibilidade de
responder por 50% dos honorários advocatícios – Art. 90). Ao mesmo tempo, devemos
pensar nas hipóteses de ausência de defesa/resposta de forma tempestiva.
Aquele que apresente defesa intempestiva, também é considerado revel.
O CPC 2015 traz esse tema da revelia no art. 344 e seguintes. Algumas
pequenas mudanças:
I - Se o réu não contestar ação será considerado revel.
Art. 345 – a revelia não produz efeitos mencionados
Inciso I – pluralidade de réus, um deles contestar;
Inciso II – direitos indisponíveis
Inciso III – se petição não for instruída com instrumento indispensável;
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
346 -
Parágrafo único – o réu pode intervir no processo em qualquer momento,
recebendo o processo no estado em que se encontra.
Reconvenção
Nos juizados especiais, sabemos que quem pode promover ação é a pessoa
física, o microempresário e sociedade unipessoal. Pessoas físicas ou microempresa.
As pessoas jurídicas não podem demandar os juizados, mas serão
demandados. Se a pessoa jurídica poderia ou não oferecer pedido contraposto?
Enunciado 31 do Fórum Permanente – admissível contraposto no caso de a
parte ré ser originariamente jurídica.
18 DE ABRIL
Providências preliminares
haja declaração que existe ou não relação jurídica, criando coisa julgada, além da
matéria principal. O art. 469 dizia que não se fazia coisa julgada a verdade dos fatos,
que era critério de julgamento, mas não era mérito. As questões incidentais também
não faziam coisa julgada. O remédio era essa ação declaratória incidental.
A ação foi extinta porque mudou o alcance da coisa julgada. Não se faz
mais necessária a manutenção desse instituto. Art. 503 – além da questão referente ao
objeto principal da demanda, as questões prejudiciais decididas de forma expressa em
incidente, são também incluídas na proteção da coisa julgada, nos limites da questão
principal.
O que mudou de forma mais profunda? O alcance da coisa julgada. Por
isso, como estas questões prejudiciais podem vir a fazer coisa julgada, desaparece a
razão de ser da ação declaratória incidental.
Providências preliminares
20 de Abril
Saneamento do Processo
O Novo CPC coloca essa primeira audiência com finalidade distinta do novo
CPC, de apenas mediação ou conciliação. Além do NCPC, foi editada a lei de mediação
(13140) e a leia 13.129 (cuia topicamente de ajustar alguns itens da lei de arbitragem,
que aqui não se aplica). O art. 334 já prevê nomenclatura diversa (objetivo específico
de mediação ou conciliação, não havendo espaço para se fazer atividade de
saneamento – pelo simples motivo de o réu não ter apresentado defesa) e, além disso,
tem finalidade mais restrita aquilo que se tinah no código revogado, no art. 331 –
nomenclatura diversa e objetivo restrito. Não se faz saneamento nessa etapa inicial
pois a defesa é reservada para a etapa seguinte – não havendo conciliação, o réu
apresente defesa. O legislador fez uma aposta no seguinte sentido: a defesa
apresentada acabava acirrando ânimos, então ao invés de o autor chegar em audiência
com um clima favorável ao acordo, acabava colocando temas de defesa que inflavam o
litígio, sem pensar numa cultura de apaziguar. Está muito em voga no Brasil falar de
meios alternativos, hoje se colcoa de maneira muito enfática a questão de cultura
adversarial contraposta à cultura de pacificação ,adotada principalmente no
estrangeiro. Há também questão de interesse público: com as estatísticas do CNJ, as
taxas de congestionamento ficarma muito evidentes – o judiciário não cosnegeue dar
vazão aos processos pendentes na mesma proporção em que se propõem. Nessa
questão há ainda esse interesse público de descongestionar. Tivemos em 2015 dois
diplomas legais, além do próprio CPC, compactuados com esse objetivo.
mesmo objeto (temas de mediação e conciliação no novo CPC e a lei especial tratando
do mesmo tempo). Não posso usar o critério cronológico como principal:
insubsistência do critério cronológico como fatos de solução de conflitos. Esse
cirtéiroaprece não resolver o assunto, porque as leis tem alguns pontos de
convergência mas também situações muito distintas entre uma e outra. Dicussão
sobre exigibilidade ou não sobre a homologação da eventual transação ocorrida entre
as partes – no novo CPC parece haver uma ideia de que o juiz homologára a decisão
autocompositiva das partes – o mediador faz a autocomposição que é levada ao juiz
para homologar. Acontece que a lei da mediação não trbalaha com esse lógica. Temos
que inicialmente considerar quem foi que marcou o ato (impulso inicial ou escolha
autônoma das partes dentro da ideia de consensualidade).
Providência preliminares:
problema no Brasil é que a análise das condições da ação seriam deixadas para o final.
O CPC 2015 tenta separar as coisas – naqueles casos que já for possível sentença de
extinção na lógica do 485, melhor que ela venha antes – do contrário, estimula-se a
atividade processual desnecessária. Problema grave da prescrição: deixar que um
processo inviável vá adiante pode ser iludir as partes quando lá na frente, na hora da
decisão de mérito, não haja mais tempo hábil, em tempos de prazo prescricional, para
demandar da forma correta. Deve-se ficar inconformado com as hipóteses de extinção
sem resolução, mas se, de fato, não for possível decisão de mérito, quanto mais cedo
for proferida melhor.
02 de Maio
Diferenças:
O inciso II fala que também é possível se o réu for revel e se tiver ocorrido
o efeito do 344 relacionado à presunção relativa de veracidade dos fatos alegados na
inicial, a não ser que o autor queira apresentar outras provas.
que o MP atue como fiscal da lei, só sendo paga no final do processo em caso de
sucumbência. 82, parágrafo 1. O Estado paga.
Os meios de prova
• Para além delas, a lei autoriza provas atípicas desde que lícitas.
Classificação da prova
As presunções não são niveladas como meios de prova, mas elas podem
firmar a cognição judicial. O meio de prova se volta para a demonstração dos fatos
afirmados. Quando se fala em presunção falamos de situações que decorrem da lei
ou judiciais, onde não exatamente está em voga a demonstração de um fato,
mas se trabalha com uma presunção.
Objeto da Prova
1
Curso Direito Processual Civil, vol. 2 2015 Marinoni, Arenhart e Mitidiero
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
provas, não será necessário um ônus argumentativo tão complexo, e haverá uma
argumentação facilitada.
Objeto de prova
• Diante da máxima jura novit curia, tem-se que o direito “alegado” não é
objeto da prova, mas apenas os fatos ou, mais precisamente, as afirmativas
lançadas a respeito dos mesmos.
• Em caráter de exceção surge a necessidade de demonstração do direito
alienígena. Caracteriza aquelas regras jurídicas que não sejam do local onde o juiz
exerça sua jurisdição. O juiz conhece o direito. O que é razoável esperar que o juiz
conheça enquanto regra informativa do ordenamento jurídico? Se vivemos no Estado
Democrático, ele deve conhecer a CF, as leis federais, o direito estadual. Aquele que
invocou regra de direito estadual de outro estado, tem o ônus de provas o teor e a
vigência. Normalmente se costuma apresentar em juízo a prova do diário oficial de
onde saiu a lei. Aí eu provo o teor e o início da vigência, mas não é possível aferir que
a norma continue vigente, pois existe casos de revogação expressa e tácita. Não é
simples exigir que a pessoa demonstre a ausência de revogação tácita. É preciso,
portanto, provar em juízo teor e vigência.
Ônus da prova
aplicável nos casos em que não houvesse “prova suficiente” para formação do
convencimento (evitando-se, assim, o “non liquet”).
LEGAL - No novo CPC, também existem situações em que a lei diz quem
deve provar determinadas situações fáticas. Regras pontuais em que há imposição
legal sobre tema probandum – ônus específico do empregador, por exemplo.
fazer essa prova negativa. Devemos ter essa sensibilidade de perceber que esse
artigo não pode impedir que a parte exerça o direito constitucional à prova. Portanto,
quando da inversão, deve haver possibilidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
O parágrafo 4 ainda diz que a convenção pode ser feita antes ou durante
o processo. Até o momento do saneamento.
que o artigo se aplica em situações em que os fatos ainda não lhe parecerem
esclarecidos. O juiz, portanto, tem o dever de esclarecer as alegações de fatos
relevantes da causa, aplicando o art. 370, e só após, se ainda remanescer dúvida a
respeito desses fatos, julgar com base na regra do ônus da prova.2
2
P. 286 Curso Marinoni
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
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outro processo, dizendo que o local não é insalubre – não constitui prova pericial, pois
não foi produzida, nesse caso, em regime contraditório. O elemento de prova extraído
no outro processo, tem um valor como indício de prova, pois a prova é aquilo
realizado em regime de contraditório. A legitimidade da prova emprestada depende
da observância do direito ao contraditório.
Procedimento Probatório
O artigo 1.015 deve ser entendido com o 1.009. O 1.009 fala que da
sentença cabe apelação e diz que as questões interlocutórias não preclusas poderão
ser novamente retomadas pela parte prejudicada pelo apelo final. Daí, teríamos dois
tipos de decisões interlocutórias: agraváveis (1.015) e não preclusas (1.009).
Momentos da prova
Proposição Autor: Petição inicial (CPC 73, art. 282, VI / CPC 2015, art.319, VI).
Proposição Réu: Defesa (CPC, art. 300 / CPC 2015, art. 336, caput).
(ii) FASE ADMISSÃO – CPC 2015, art. 357, II. Do saneamento e organização do
processo: “delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos”
Docs. Novos – CPC 2015, Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos
autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
O art. 1.015 diz que cabe recurso à decisão que fizer a inversão dinâmica
do ônus da prova. O indeferimento, pelo art. 1.009, parágrafo primeiro, teria cabimento
do recurso no final do processo, e não é passível do agravo de instrumento.
Prova Emprestada
Art. 382 - Petição avulsa nos casos do inciso I e II, ou pode ser a petição
inicial no caso da ação cautelar preparatória fundada no inciso III. Deverá apresentar
razões que justifiquem a antecipação.
livre convencimento motivado: por força de regra específica do CPC 73, mantida no
atual, o juiz atua livremente, não está sujeito à um valor tarifário, porém deve explicitar
as razões do porque considerou determinada prova e deixou de analisar outra.
Não é raro que hajam duas ou mais perícias, com prognósticos diferentes
para o mesmo assunto. Qual o valor que o juiz atribui para perícias diferentes? Exige-
se dele o dever de motivar. Hoje, não só há direito, como há dever de uma decisão
motivada, tentando evitar decisões standards. Art. 489.
Ainda que haja espaço crescente para a teoria do módulo da prova, pode
haver situações muito distintas, porque com mera prova possível se poderia provar um
fato que não necessariamente é verídico – situações de quase impossibilidade de
comprovação de um fato. Ler Arenhart e Marinoni!
3
Curso
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Curso
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Direito Processual Civil B
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conhece o direito, que ele é o destinatário de prova traz uma ideia de paternalismo l da
prova.
Prova documental
Prova documentada: nem tudo que está escrito no papel pode ser tido
como prova documental. Ao registrar, por exemplo, a prova oral no processo reduzida
a Termo, não transforma em prova documental. Portanto, as declarações estão
registradas, documentadas no processo, mas não se transformam, por isso, em prova
documental. A prova testemunhal é documentada no processo (art. 460, CPC), mas
nem por isso perde a qualidade de prova oral. “A necessidade de documentação da
prova atende ao imperativo de perpetuar-se a memória da coisa”6.
Classificação de documentos
Documentos Públicos
Art. 405 - Diferenciação pela forma de produção. A pública é produzia por aqueles que
têm fé-pública. O serviço notarial por exemplo, é serviço público, que pode entretanto
ser delegado à iniciativa privada. O fato de se tratar de alguém que esta exercendo
função do estado, corrobora com a publicidade do documento. Faz-se prova do objeto
declarado, diferente da prova de particular, como atestado medico. Prova-se um fato
declarado. Ainda, segundo o art. 405, o documento público faz prova também dos
fatos que ocorreram na presença do servidor de fé-pública. Segundo os comentários
de Marinoni, Arenhart e Mitidiero:
5
TALAMINI e WAMBIER, Curso Avançado.... p; 535
6
Código Comentado Marinoni
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Direito Processual Civil B
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Nesse sentido:
Dever de exibir
Desse direito de prova, vem o dever à prova. Trata-se do dever que incumbe às partes
e terceiros de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade
(arts. 378 do CPC 2015), decorre para o juiz o poder de determinar a exibição de
documento ou coisa que se ache na posse das referidas pessoas, sempre que o
exame desses bens for útil ou necessário para a instrução do processo7.
O art. 378 representa um dever geral, de modo que todos a ele se subordinam. É
também imposição sancionável por diversos dispositivos, como por exemplo o
atentado, litigantes de má-fé, etc.
7
THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil, v. 1. 55ª ed. Rio de Janeiro: Forense.
2014, p. 618.
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Direito Processual Civil B
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alguns autores ja dizem que é forma típica probatoria, outros entendem que é apenas
obtencao de prova documental. O CPC trata dessa figura, apesar de haver um artigo
da lei do MS que permite impetracao de mandado de seguranca sem documento. MS -
pode ser inpetrado quando houver direito liquido e certo, com prova documental pre-
constituida, podendo acontecer que essa prova esteja em maos da propria autoridade
impetrada. Pode pedir o documento ou impetrar sem o documento, explicando as
circunstancias.
A partir do art. 396 - o juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou
coisa em seu poder - temos outra forma de apresentar documento, fugindo da lógica
de inicial/contestação. O juiz, por esse artigo, pode ordenar a exibição do documento
ou coisa mediante requerimento da parte, do assistente simples ou do MP ou também
requerer de ofício a exibição, quando entende ser a prova indispensável para a
adequada solução do mérito da causa, em consonância com o próprio art. 370:
“caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.”
Quando formulado contra terceiro, deve ser instaurada uma nova relação processual
paralela, em autos próprios apensados ao processo principal, devendo ser julgado por
sentença, impugnável por meio de recurso de apelação (arts. 361 e 513 CPC 1973).
Neste caso, o rito a se observar é aquele preconizado nos arts. 360 a 362 do CPC
1973 (arts. 403 e ss. do NCPC).
Aqui não se trata de mera intimação: quando falo em dirigir o pedido ao adversário,
este eh intimado na pessoa do adogado constituído. O terceiro esta sendo advertido
quando a essa medida incidental pleiteada, o CPC por isso da um status de ação a
este pedido incidental.
documentos. Ou seja, não se pode fixar multa diária, a qual tem por objetivo compelir
a parte ao cumprimento da ordem judicial. Isto não afasta, contudo, a possibilidade de
aplicação de multa sancionatória diante do comportamento reprovável consistente na
recusa injustificada.
O art. 536, parágrafo terceiro, fala que o executado incidirá nas penas de
litigância de má-fe quando injustificadamente descumprir ordem judicial. O parágrafo
terceiro ainda fala que não haverá prejuízo para o crime de desobediência. Ideia de
que o juiz tenha poderes de efetivação, em termos práticos, o código diz que ele pode
determinar a busca e apreensão, desde que em prol dos poderes de efetivação.
Quando se remete a ideia do 400 a ideia do 536, acabamos caindo na questão da
prisão civil como hipótese coercitiva. O CPC tentou evitar a discussão da prisão civil,
colocando a questão da responsabilidade.
30 de maio
Falsidade Documental
O 431 diz que deverão ser expostos os motivos que se fundam a alegação
é os meios de prova relacionados à apuração do documento falso, não relacionado
aos interesses das partes no processo, mas em relação à arguição de falsidade.
Depois de ouvida a parte, será feito o exame em 15 dias. Existe ainda a hipótese de
concordância da parte em retirar prova do processo, o que não exclui hipótese de
responsabilidade penal.
Art. 433 tem uma redação praticamente repetitiva da regra do CPC 73. Na
parte da coisa julgada ele traz uma diferença: o documento falso que enventualmente
for reconhecido como tal, pelo incidente, este só não poderia ser utilizado no âmbito
daquele processo. Obviamente que uma sentença que false explicitamente da
falsidade, acaba repercutindo na validade do documento. O CPC 73 dizia que a coisa
julgada se dava apenas na sentença final e não em relação ao seu fundamento. Hoje,
o art. 503 e 504 tratam da coisa julgada material de forma diferente - a questão
decidida incidentemente, se for debatida em contraditório, também faz coisa julgada.
Resolvido o incidente, como questão de prejudicialidade e sob regime de contraditório,
faz parte da coisa julgada. Nesse caso, não poderia haver uma ação tutelada pelo art.
19, uma vez que a questão prejudicial virou coisa julgada. A única função, portanto, do
art. 19 se dá no caso de preclusão.
Depoimento Pessoal
Às vezes, somente a parte tem completa notícia dos fatos. Por isso se justifica o uso
da parte como fonte de prova. Se de um lado a parte é a melhor fonte de prova, por
outro, ela pode ser a menos confiável, em virtude do interesse pessoal que tem sobre
o litígio.
A participação das partes na formação de prova no processo pôde-se dar de duas
formas: o depoimento pessoal (385) e o interrogatório livre, disciplinado pelo art. 139,
VIII. O depoimento pessoal tem nítido fim probatório, já que seu objeto principal é
obter a confissão da parte adversa. Já o interrogatório é medida adotada pelo juiz,
podendo ser feito em qualquer parte do processo para esclarecimento dos fatos pelo
juiz. O depoimento pessoal tem momento definido e será feito no caso de pedido da
parte contrária, podendo o advogado contrário fazer perguntas à parte. O objetivo é
que a parte incorra em contradições e apresente fatos contrários aos seus interesses.
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
Depoimento pessoal é, em regra, prestado em audiência (art. 336, caput CPC 1973/
art. 385, caput NCPC), salvante as exceções legais. Na audiência de instrução e
julgamento, depõem as partes depois das respostas do perito e dos assistentes
técnicos aos quesitos de esclarecimento, se for o caso, e antes da inquirição das
testemunhas. Primeiro presta depoimento o autor (ou os vários litisconsortes ativos
que tenham de fazê-lo), em seguida o réu (ou os vários litisconsortes passivos que
estejam obrigados a tanto). É defeso a quem ainda não depôs assistir o interrogatório
de outra parte (art. 344, par. único, CPC 1973 /art. 385, § 2º, NCPC).
O código 2015, no 385 diz que é vedado que aquele que ainda não prestou
depoimento assista depoimento alheio. Em termos práticos, há sequência da coleta da
prova oral, primeiramente o autor e depois réu
A questão do art. 387, que diz que a parte responderá pessoalmente, no caso da
pessoa jurídica, acaba ocorrendo relativização, pois nesse caso, convoca-se o
representante legal, aquilo que chamaríamos como presentante, fala-se também em
preposto. A pessoa deve ter conhecimento sobre os fatos.
Confissão
Esse prejuízo processual advindo da confissão dispensa a prova do fato pela parte
contrária (art. 374, II) e traz a presunção de veracidade (quase que absoluta) sobre o
fato confessado.
A confissão, entretanto, está longe de se assemelhar à renúncia do direito material ou
ao reconhecimento do pedido, pois opera exclusivamente no plano fático.
A confissão é apenas a afirmação de que determinado fato ocorreu de certa forma.
Diante disso, para as partes há verdade, não podendo ser produzidas provas no
JOAO ANTONIO T. FACHINELLO
Direito Processual Civil B
Sandro Marcelo Kozikoski
mesmo sentido. Para o juiz, a vinculação a essa "verdade" apenas ocorrerá se outros
meios de prova existentes não infirmarem essa conclusão lógica.
Marinoni e Arenhart defendem a existência de uma declaração de ciência é uma
declaração de vontade, formando a chamada declaração representativa. Basta a
vontade livre e consciente, não precisa de vontade de favorecer o adversário, por
exemplo. Quando a declaração de vontade decorrer de erro, dolo ou coação, poderá
ser anulada por ação anulatória ou ação rescisória. O motivo que leva a parte a
confessar, na realidade, é totalmente irrelevante.
A doutrina, como Didier e Moacyr Amaral Santos, ainda identificam três elementos na
confissão: objetivo, subjetivo e intencional.
Objetivamente, a confissão incide sobre fatos, jurídicos ou simples, desfavoráveis ao
confitentes e favoráveis à parte contrária. Mais que isso, os fatos não podem exigir
forma especial (394 e 406). O direito confessado também não pode ser indisponível
(392) e deve ser pessoal ao confitente.
Subjetivamente, a confissão só pode ser realizada pela parte capaz, ou seja, a que
possa renunciar ou dispor de um direito. O art. 213 do CC proíbe a confissão por
sujeito incapaz. No mesmo sentido, o CPC, restringe a confissão relativa à bens
imóveis ou a direitos sobre imóveis alheio para cônjuges, com exceção se o regime for
de separação absoluta (391).
Confissão X Admissão
Essa distinção tem assento na ideia de que a confissão é conduta nitidamente positiva
da parte, enquanto a admissão decorre de omissão sua. A confissão é testemunho da
parte: ao existe sem declaração, explícita ou implícita, do conhecimento do fato
confessado. Quando, entretanto, a parte não contesta a verdade de uma afirmação
adversária sem dizer ou fazer entender que conhece o fato, estamos em tema de
admissão. Nesse caso, há mera dedução legal de que o silêncio da defesa quanto a
afirmação feita pela parte contrária implica aceitação de sua veracidade, tal como
ocorre na revelia, admitindo prova em contrário. Por essa razão, da diferencia de
efeitos, Carnelutti afirma que o procurador judicial da parte sem poderes especiais não
pode confessar, mas pode admitir.
A distinção entre essas figuras vem expressa no art. 374, II e III. Além disso a lei
atribui efeitos diversos para ambas, a iniciar pelas própria exceções à admissão no art.
341. Ademais, a lei não prevê revogacao para admissão, visto que permite prova em
contrário.
Em resumo: a confissão é ato jurídico unilateral, que recai sobre fato deduzido por
qualquer sujeito, exige conduta ativa, pode ser feita por representante só com poder
especial e tem os efeito de dispensar prova do fato é presunção de veracidade. A
admissão é ato-fato sobre fato alegado pela parte contrária, e que depende da
omissão da parte. Pode ser feita por representante sem poder especial, visto que gera
confissão fica, com a presunção relativa de veracidade, admitindo prova em contrário.
Eficácia da confissão
Deve se equilibrar a eficácia da confissão: não se deve inibir o juiz de atuar segundo a
convicção racional, fazendo-o decidir, por vezes, de forma contrária à lógica do
processo. Ao mesmo tempo, não se pode reduzir a força da confissão à mero
elemento de prova.
A confissão tem duplo caráter: declaração de ciência sobre os fatos e vinculação das
partes à verdade concebida por ambas.
Enquanto declaração de ciência pela parte, merece prestígio sem igual em outros
meios decorava. Considerando que a parte declarou por verdade, deve-se dar
credibilidade.
Em relação à vinculação das partes à verdade produzida, a parte que confessou fica
presa à verdade do fato, sem poder produzir prova em contrário (venire contra factum
proprio), com efeito de preclusão. A parte contrária, por outro lado, se dispensa de
produzir prova sobre o fato confessado.
Se goza de eficácia plena frente às partes, o mesmo não ocorre frente ao juiz: pelo
princípio da persuasao racional, o juiz pode dar o valor que entender adequado à
prova, desde que justifique sua decisão. Não há portanto vinculação da decisão à
confissão.
Prova testemunhal
Pessoas distintas dos sujeito processuais chamadas a dar testemunho. Terceiros que
podem ser convocados a juízo a título de colaborar com o acerto do caso. É prova
acerca das alegações de fato do processo.
Muitas vezes se confunde o perito com a testemunha. Em tese o perito não conhece
os fatos do caso, mas tem domínio e conhecimento técnico, a é chamado para esse
acertamento. A testemunha é alguém que não necessariamente tem o domínio técnico
do objeto litigioso, mas que de tem conhecimento dos fatos.
A parte não pode usar seu próprio testemunho em interesse próprio. Pessoas que não
se confundem com os sujeitos parciais do processo.
Regra do art. 442 - prova testemunhal é sempre admissível se não houver disposição
em diverso. Em relação ao CPC 73, no art. 401 falava-se que não podia prova
testemunhal para questões de contrato que tinham valor econômico superior ao
décuplo do salário mínimo vigente, poderia usar só em reforço. A contrario sensu, a
existência dos contratos de valores inferiores ao décuplo do maior salário mínimo
vigente no país pode ser provada exclusivamente pela prova testemunhal.
O art. 401 não ficou mantido no CPC 2015. A questão atual é que o CC 2002 tem
regra equivalente a essa regra do antigo Código de Processo, em seu art. 227. As
relações são muito similares, quase correspondentes. Essa disposição foi, entretanto,
revogada pelo art. 1.072 do NCPC - dispositivo limitadores da prova testemunhal
foram retiradas do sistema.
O art. 442 do novo código, portanto, traz a ideia de que sempre é possível prova
testemunhal, salvo lei em contrário.
Art. 442. A prova testemunhal é sempre
admissível, não dispondo a lei de modo diverso.
Junto com as disposições contrárias de lei, o art. 443 traz as outras duas hipóteses de
inadmissibilidade de prova testemunhal. Sendo admissível, salvo se inútil ou
meramente protelatória a sua produção (370, CPC), há direito à produção de prova
testemunhal e o seu indeferimento pelo convencimento antecipado do magistrado viola
o direito fundamental à prova. O simples deferimento da prova, entretanto, não vai
contra o disposto no art. 442.
Na primeira hipótese, se o fato já for provado por documento e a prova não foi
impugnada, torna-se inviável a produção de prova testemunhal, por disposição legal.
Da mesma forma, em relação à confissão, uma vez que essa torna a alegação de fato
incontroversa, o que dispensa prova do fato.
No caso do inciso II, quando a lei afirma que o instrumento público é da substancia do
ato, nenhuma outra prova pode suprir sua falta. Daí é imprestável a prova
testemunhal, resultando na sua inadmissibilidade. A segunda questão, quando um fato
requer conhecimento técnico que foge do homem médio, o juiz determina a realização
de prova pericial (375).
Direitos e deveres das testemunhas - É notório que todo o cidadão tem o dever, e não
a faculdade, de colaborar com o Poder Judiciário na apuração da verdade, legitimando
a composição dos litígios. Da mesma forma, o depoimento testemunhal se constitui
em um dever, e não uma faculdade, imposto pelo art. 341 do CPC.
PS: a condição de informante, tutelada pelo art. 228 do CC, requer que se refiram a
prova de fatos que só determinadas pessoas conheçam. Além disso, outras provas
não podem ser equivalentes. O juiz ainda deve valorar o depoimento do informante,
devendo levar em contar as razoes que determinam a incapacidade, suspeição e
impedimento. Deve expor seus fundamentos que fazem ou não acreditar no interesse
da parte.
São suspeitos, segundo o parágrafo terceiro, quem tiver interesse no litígio ou for
amigo ou inimigo da parte.
O art. 449 deixa claro que a prova testemunhal deve ser produzidas na sede do juízo,
em principio na audiência de instrução em julgamento, salvo disposição em contrário.
Essa regra se estende para toda e qualquer prova que deva ser realizada perante o
juiz.
A lógica do 454 serve para preservar algumas situações em que são inquiridos em sua
residência ou onde exercida sua função. Preservar a dignidade das funções exercidas
pelas pessoas.
Passou a se entender que não sendo feita o uso da prerrogativa, ela estaria sendo
suscetível a ser intimada para um ato marcado na sede do juízo. Isso influenciou a
regra do parágrafo segundo, em que, passado um mês sem manifestação após
intimação, o juiz marcará data e hora no próprio local.
Passava-se a tutelar o depoimento por esçrito, mas daí não seria prova testemunhal.
Perde-se a espontaneidade. O parágrafo segundo parece que vai resolver isso.
Pode então acontecer uma coleta fora do juízo, mas com custos extra de coleta de
prova.
06 de junho
coercitiva. Essa questão pode demandar um alto grau de regulação - que tipo de
mensagem pode chegar dos advogados à testemunha, seria prudente que os tribunais
disponibilizassem modelo de carta de intimação. Linguagem adequada e não
ameaçadora. Segunda observação é que o código estabelece que a intimação deve
ser realizado por AR. O problema é que a cópia da intimação não chancela o
recebimento, precisa do AR. Se a testemunha foi intimada e não apareceu, pode
conduzir ao adiamento do ato.
Aquele que optar por apenas informar a testemunha, caso ocorra o não
comparecimento, é como se tivesse renunciado tacitamente a oitiva. Surge a
presunção de que a parte desistiu de sua inquiricao. A presunção é relativa, podendo
o interessado justificar o motivo da falta da testemunha. Se ela seguir o caminho da
intimação, ela pode insistir no depoimento.
O CPC 2015 trabalha com essas duas categorias, com o modus operandi
desejado sendo a intimação pelo correio. A intimação será feita por via judicial,
entretanto, nos casos do art. 455, parágrafo 4. Hipóteses: a) frustrado a intimação feita
pelo advogado por correio; B) quando for demonstrada a necessidade da citação
judicial pela parte; c) servidor público ou militar; d) a testemunha for arrolada pelo MP
ou Defensoria; e) testemunha egrégia.