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RESUMO
O texto pretende aprofundar o debate sobre a Chancela da Paisagem Cultural Brasileira, criada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009 como instrumento de reconhecimento do valor cultural
de porções singulares do território nacional, onde as relações intrínsecas do homem com o meio constituem
um fato notável, digno de preservação como patrimônio nacional, mas para os quais, até então, não haviam
mecanismos de proteção adequados. Procura-se assinalar a importância da chancela não apenas como
ferramenta de reconhecimento de valor, mas como instrumento de gestão territorial cuja aplicação
encontra-se ainda embrionária e enfrenta desafios importantes. Para ilustrar a questão, são apresentadas
informações sobre o projeto Roteiros Nacionais de Imigração, em Santa Catarina que, apesar de ainda não ter
tido seu processo de chancela instruído pela Portaria 127/09, pode servir de exemplo prático no momento em
que nenhuma paisagem cultural brasileira foi ainda reconhecida por meio da chancela.
Palavras-chave: patrimônio cultural; paisagem cultural; chancela
1. APRESENTAÇÃO
O presente artigo não é a síntese ou uma parcela de um trabalho científico, mas antes o
registro de entendimentos, impressões e experiências profissionais desenvolvidas dentro
do IPHAN, apontando os benefícios e as dificuldades inerentes à aplicação do conceito de
paisagem cultural no bojo dos instrumentos e das ações voltadas para a preservação do
patrimônio cultural brasileiro. As referencias e exemplos citados são todos oriundos da
prática institucional e do contato diário com questões que tangenciam ou dizem diretamente
respeito à aplicação da chancela da Paisagem Cultural Brasileira como instrumento de
preservação que busca abordar os contextos culturais de maneira complexa.
2. INTRODUÇÃO
Desde a primeira definição de paisagem cultural proposta por Carl Sauer no início do século
XX (RIBEIRO, 2007) e até o presente, muitos foram os conceitos utilizados para definir ou
mesmo polemizar sobre a relação estabelecida entre o homem e o planeta Terra. No
âmbito acadêmico-científico, a evolução do conceito de paisagem cultural (ou mesmo o seu
total esvaziamento) continuará, provavelmente, sendo alvo de discussões,
ressignificações, novos estudos e de variadas propostas de aplicação. Na prática
patrimonial, especialmente a partir do lançamento da Portaria 127/09, a Paisagem Cultural
Brasileira passou a ser definida como “uma porção peculiar do território nacional,
representativa do processo de interação do homem com o meio natural, à qual a vida e a
ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores”.
Assim, para fins de sua aplicação como instrumento de reconhecimento e preservação do
patrimônio cultural do país, a delimitação dos objetos da chancela passa pelo emprego
desta definição.
A definição dada pela Portaria 127/09 teve como princípio possibilitar uma abordagem
ampla, sem sugerir classificações ou categorizações antecipadas – como, por exemplo,
procede a UNESCO ao definir três categorias de paisagens culturais: paisagens
claramente definidas, paisagens organicamente evoluídas e paisagens culturais
associativas. Ao abordar o conceito de forma ampla, intencionou-se permitir a aplicação da
chancela no maior número de contextos culturais possíveis, considerando a dimensão, a
riqueza e a diversidade de manifestações e de contextos geográficos do território brasileiro.
Sua caracterização e seu delineamento são dados pelo próprio processo de investigação e
reconhecimento, não de antemão.
Contudo, a seleção ou a avaliação de quais porções territoriais chancelar deve passar pelo
estabelecimento de uma política nacional, integrada aos outros instrumentos de proteção
existentes – já que ela é complementar aos demais. Como ferramenta de preservação do
patrimônio cultural definida e gerenciada pelo IPHAN, não se pode perder de vista a
necessária importância do contexto chancelado para o reconhecimento e a valorização da
diversidade cultural do país, por isso a definição utiliza-se do termo “peculiar” como
diferenciação primordial da paisagem cultural a ser chancelada de todas as demais.
É a partir da qualificação dada pelo adjetivo peculiar que se diferencia, se ressalta ou se
particulariza a porção do território que será alvo da chancela. A existência e a compreensão
desta diferenciação são necessárias para que não se caia no generalismo de que “tudo é
ou pode ser compreendido como paisagem cultural” – e é nesse ponto que reside a
necessidade de distinguir a abordagem científica do conceito de sua aplicação prática
proposta pela chancela. A rigor, qualquer ambiente que possua alguma interferência
humana pode ser definido como paisagem cultural. Neste caso, cabe à ciência estabelecer
ou polemizar sobre os limites desse entendimento.
Contudo, no campo patrimonial, é função dos órgãos de proteção definir a estratégia e os
limites para a aplicação da paisagem cultural como instrumento de preservação. É preciso
selecionar, mediante o estabelecimento de critérios de valoração e diferenciação, o que é
passível de ser chancelado como Paisagem Cultural Brasileira e o que não é.
Assim, para fins do estabelecimento de uma política de preservação das paisagens
culturais brasileiras, nem todas as porções do território nacional (por mais importantes que
sejam local ou regionalmente) poderão receber a chancela pelo IPHAN, sob pena de
esvaziar-se o conceito, tornando o instrumento ineficaz e, principalmente, inócuas suas
consequências.
Importante destacar também o caráter complementar da chancela. Se os fatores
preponderantes que singularizam o sítio forem materiais é possível que o tombamento seja
o instrumento de proteção mais indicado. Se as manifestações imateriais sobressaírem e
os elementos materiais forem secundários ou acessórios, o registro será possivelmente o
melhor instrumento. Nos sítios onde as manifestações culturais, materiais ou imateriais,
forem indissociáveis do seu contexto natural ou geográfico, aí então caberá a chancela da
Paisagem Cultural Brasileira, que poderá estar ou não associada à aplicação do
tombamento, do registro ou ainda do cadastro do patrimônio arqueológico.
Por isso, o passo mais importante para dar início a um estudo com vistas à chancela da
Paisagem Cultural Brasileira é a definição do recorte territorial e de uma abordagem clara a
ser aplicada sobre este território para fins de reconhecimento como patrimônio cultural.
Em resumo, é crucial compreender que a chancela da Paisagem Cultural Brasileira é, antes
de tudo, a aplicação do conceito de paisagem cultural nas políticas de preservação do
patrimônio cultural do país. Ato contínuo, é importante também perceber que, como
mecanismo de preservação, ela é mais um instrumento de reconhecimento através da
gestão integrada do que um mero ato declaratório do IPHAN.
5.1. Antecedentes
O projeto dos Roteiros Nacionais de Imigração tem servido como exemplo de ação ampla e
integrada de preservação do patrimônio cultural no Brasil. Foi iniciado como um inventário
de conhecimento, no ano de 1983, quando o Vale do Itajaí, no estado de Santa Catarina,
passou por uma das maiores enchentes da sua história. Na época, o inventário tinha como
objetivo cadastrar as edificações de maior relevância no contexto dos milhares de bens que
fazem parte do rol do patrimônio construído dos imigrantes alemães, italianos e poloneses,
principalmente, na região sul do país.
Logo no princípio do trabalho verificou-se a riqueza das paisagens rurais, caracterizadas
pelas pequenas propriedades das quais faziam parte as casas (com maior destaque para
as edificações construídas com a técnica enxaimel e com vedações de tijolos aparentes) e
os ranchos de madeira. Chamava-se “ilhas culturais” as pequenas comunidades de
descendentes de imigrantes que ainda remanesciam nas áreas rurais cultivadas, operadas
com base na mão de obra familiar. Casas, ranchos e também igrejas, salões de baile,
escolas, clubes de caça e tiro, ainda fazem parte do acervo edificado de muitas áreas
urbanas e rurais das regiões que se desenvolveram a partir do século XIX com o ingresso
de imigrantes europeus. Juntamente com a riqueza das paisagens e da arquitetura
verificou-se uma extraordinária gama de manifestações imateriais que incluem a língua (até
hoje em muitos lugares do Vale do Itajaí ou do norte de Santa Catarina não são raras as
pessoas idosas que mal falam o português, comunicando-se apenas pelos dialetos
alemães trazidos pelos imigrantes no século XIX), celebrações religiosas e profanas,
artesanato, culinária e o próprio trato com a terra – seja nas plantações, nas hortas ou nos
jardins domésticos.
Até 2006, mais de mil propriedades haviam sido catalogadas pelo inventário realizado pelo
IPHAN em conjunto com a Fundação Catarinense de Cultura e prefeituras, em mais de
trinta municípios catarinenses localizados nas principais regiões de imigração do estado.
Em 2007, sessenta e três bens foram selecionados para o tombamento federal, por meio da
aplicação do Decreto Lei 25/37, incluindo um conjunto urbano – de Alto Paraguaçu, na
divisa com o Paraná – e um conjunto rural – constituído pelo recorte de duas localidades
entre os municípios de Pomerode e Jaraguá do Sul e que, no processo de tombamento, foi
também proposto para reconhecimento como paisagem cultural. Juntamente com a
seleção de tombamentos federais, foram propostas mais de duas centenas de
tombamentos por meio da lei estadual e outra série foi indicada pra reconhecimento por
cada um dos municípios, constituindo uma proposta de proteção integrada entre as
instâncias federais, estadual e municipais que permanece inédita no Brasil.
Concomitante ao tombamento, foi assinado um Acordo de Cooperação que tinha como
objetivo oficializar o projeto Roteiros Nacionais de Imigração entre os signatários,
estabelecendo linhas de ação a serem seguidas por cada parceiro no prazo de cinco anos
renováveis. Fizeram parte do Acordo de Cooperação o IPHAN, os ministérios da Cultura,
do Turismo e do Desenvolvimento Agrário (marcando a proposta de criação de uma política
conjunta em vários níveis e temáticas), o Governo do Estado (por meio das suas
secretarias de cultura, turismo e agricultura), a representação catarinense do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e os dezesseis municípios que
possuíam bens propostos para tombamento federal.
O Acordo de Cooperação assinado em 2007 instituía um programa abrangente de ações
entre os parceiros e era voltado para a criação dos Roteiros Nacionais de Imigração como
um projeto especial, aliando turismo, desenvolvimento agrário e preservação do patrimônio
cultural nos municípios signatários. Em síntese, dentre as ações acordadas estava a
criação, pelos municípios, de centros de referencia e vendas de produtos tradicionais, que
serviriam de apoio aos visitantes interessados em conhecer os roteiros de cada cidade; a
criação e implementação de leis municipais de proteção do patrimônio cultural e de um
fundo municipal de preservação; a destinação de ao menos um técnico por município para
a gestão do projeto; o permanente envolvimento das secretarias de cultura, turismo e
agricultura e a complementação, no que coubesse, dos inventários. À instância estadual
caberia, especialmente, a inserção do projeto nos seus roteiros turísticos, com produção de
guias e material de divulgação. Ao IPHAN a finalização dos estudos de tombamento e
paisagem cultural, a alocação de recursos para a restauração de imóveis protegidos e a
articulação institucional com os demais órgãos do governo federal.
Em 2007, quando se instruiu o processo de tombamento dos bens relativos à imigração em
Santa Catarina, a aplicação do conceito de paisagem cultural como nova forma de
reconhecimento do patrimônio cultural era uma proposta embrionária no IPHAN – apesar
do conceito vir sendo aplicado e difundido pelo arquiteto paisagista Carlos Fernando de
Moura Delphim, reconhecido por sua histórica contribuição no setor de patrimônio natural
do IPHAN e atual Coordenador-Geral de Patrimônio Natural, Paisagem Cultural e Jardins
Históricos.
Mesmo assim, considerando as peculiaridades do patrimônio da imigração no estado e a
excepcionalidade de muitas das paisagens até hoje preservadas, o dossiê de tombamento
propunha também o reconhecimento como paisagem cultural dos núcleos rurais de Testo
Alto (em Pomerode) e Rio da Luz (em Jaraguá do Sul).
Figura 1 – Mapa com a delimitação dos perímetros de tombamento e entorno dos Conjuntos Rurais de Testo
Alto e Rio da Luz, nos municípios de Pomerode e Jaraguá do Sul respectivamente. Em vermelho, estão
assinaladas as propriedades que foram também tombadas individualmente em nível estadual. Em azul, as
propostas de tombamento estadual e em cinza os bens indicados para proteção municipal.
O processo de tombamento foi apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
em duas etapas: a primeira em 2007 e a segunda em 2011. Na primeira reunião, em
dezembro de 2007, a proposta de reconhecimento dos núcleos rurais de Testo Alto e Rio da
Luz como paisagem cultural foi julgada pelo Conselho Consultivo como uma hipótese a ser
analisada com maior propriedade em momento posterior, a partir da construção de um
instrumento específico para tal finalidade. Seu tombamento foi, contudo, aprovado por
unanimidade, juntamente com uma série de bens individuais (casas, igrejas, salões,
escolas, clubes...).
A instrução do processo de reconhecimento por meio da chancela da Paisagem Cultural
Brasileira não havia sido efetivada quando, em 2011, a proposta de tombamento foi
novamente levada à apreciação do Conselho Consultivo (que deliberaria sobre o
tombamento de outra série de bens individuais que não haviam podido ser notificados em
2007 por falta de documentos). Na ocasião, a indicação de reconhecimento como
paisagem cultural foi colocada em pauta pela relatora e imediatamente aprovada pelo
Conselho, o que fez com que a paisagem cultural da imigração, representada pelos núcleos
rurais de Testo Alto e Rio da Luz, fosse reconhecida sem ter passado pelo processo
específico de instrução da chancela por meio da Portaria 127/09.
Imagem 1 – Vista do Vale do Rio da Luz a partir do alto da serra, na divisa com o município de Pomerode. O
proprietário da casa de madeira à direita, de caractrísticas arquitetônicas próprias da região, recentemente
solicitou ao IPHAN a demolição do imóvel, pedido negado em virtude do tombamento. Foto: Maria Regina
Weissheimer, 2012, acervo IPHAN-SC.
Imagem 2 – Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Testo Alto, com vista do vale aos fundos. Imagem da
década de 1980. Foto: Leopoldo Plentz e Luiz Carlos Felizardo, 1983, acervo IPHAN-SC.
Imagem 3 – Um dos loteamentos aprovados pela Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, dentro da área
tombada em Rio da Luz, sem aprovação do IPHAN. Foto: Maria Regina Weissheimer, 2012, acervo
IPHAN-SC.
No primeiro semestre de 2012, o IPHAN elaborou as normativas de preservação que
passaram a estabelecer os parâmetros a serem seguidos para novas intervenções, de
caráter urbanístico ou arquitetônico, nas áreas tombadas e entornos dos núcleos de Testo
Alto e Rio da Luz. Mais uma vez buscou-se o acordo com as Prefeituras Municipais,
entendendo que as diretrizes do IPHAN devem, idealmente, coadurnar-se com os
parâmetros urbanos estabelecidos pelos Planos Diretores. Apesar de avançar na
cooperação técnica entre os setores de patrimônio, um acordo formal ainda não foi possível
de ser estabelecido. As restrições que têm sido impostas pelo IPHAN, visando minimizar o
processo de descaracterização das paisagens provocado pelo avanço das zonas urbanas,
somente são possíveis graças ao tombamento. Note-se, contudo, que o que está – com
dificuldades – sendo preservado neste caso ainda não é a paisagem cultural, mas os
valores paisagísticos (cênicos) atribuídos aos dois núcleos pelo tombamento.
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Título I
Disposições gerais
I - Da definição
Art. 1º. Paisagem Cultural Brasileira é uma porção peculiar do território nacional,
representativa do processo de interação do homem com o meio natural, à qual a vida e a
ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores.
Parágrafo único - A Paisagem Cultural Brasileira é declarada por chancela instituída pelo
Iphan, mediante procedimento específico.
II - Da finalidade
Art. 2º. A chancela da Paisagem Cultural Brasileira tem por finalidade atender ao interesse
público e contribuir para a preservação do patrimônio cultural, complementando e
integrando os instrumentos de promoção e proteção existentes, nos termos preconizados
na Constituição Federal.
III - Da eficácia
Art. 3º. A chancela da Paisagem Cultural Brasileira considera o caráter dinâmico da cultura
e da ação humana sobre as porções do território a que se aplica, convive com as
transformações inerentes ao desenvolvimento econômico e social sustentáveis e valoriza a
motivação responsável pela preservação do patrimônio.
IV – Do pacto e da gestão
Título II
Do Procedimento
V - Da legitimidade
Art. 6º. Qualquer pessoa natural ou jurídica é parte legítima para requerer a instauração de
processo administrativo visando a chancela de Paisagem Cultural Brasileira.
Art 7º. O requerimento para a chancela da Paisagem Cultural Brasileira, acompanhado da
documentação pertinente, poderá ser dirigido:
I – às Superintendências Regionais do Iphan, em cuja circunscrição o bem se situar;
II – ao Presidente do Iphan; ou
III – ao Ministro de Estado da Cultura.
VI - Da instauração
VII – Da instrução
Art. 9º. Para a instrução do processo administrativo poderão ser consultados os diversos
setores internos do Iphan que detenham atribuições na área, as entidades, órgãos e
agentes públicos e privados envolvidos, com vistas à celebração de um pacto para a gestão
da Paisagem Cultural Brasileira a ser chancelada.
Art. 10. Finalizada a instrução, o processo administrativo será submetido para análise
jurídica e expedição de edital de notificação da chancela, com publicação no Diário Oficial
da União e abertura do prazo de 30 dias para manifestações ou eventuais contestações ao
reconhecimento pelos interessados.
Art. 11. As manifestações serão analisadas e as contestações julgadas pelo Departamento
do Patrimônio Material e Fiscalização – Depam/Iphan, no prazo de 30 (trinta) dias,
mediante prévia oitiva da Procuradoria Federal, remetendo-se o processo administrativo
para deliberação ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Art. 12. Aprovada a chancela da Paisagem Cultural Brasileira pelo Conselho Consultivo do
Patrimônio Cultural, a súmula da decisão será publicada no Diário Oficial da União, sendo o
processo administrativo remetido pelo Presidente do Iphan para homologação final do
Ministro da Cultura.
Art. 13. A aprovação da chancela da Paisagem Cultural Brasileira pelo Conselho Consultivo
do Patrimônio Cultural será comunicada aos Estados-membros e Municípios onde a porção
territorial estiver localizada, dando-se ciência ao Ministério Público Federal e Estadual, com
ampla publicidade do ato por meio da divulgação nos meios de comunicação pertinentes.