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Material de Apoio
Professor: Nestor Távora
Índice
I. Tópicos de Aula
II. Lousas
I. Anotações de Aula
Obs. Regras para o alistamento dos jurados – art. 425 e 426 do CPP.
2º Ato: sorteio do conselho de sentença: dos jurados presentes serão sorteados 7 para efetivamente integrar o
julgamento, decidindo a sorte do réu.
Obs: recusas:
a) motivadas: as partes poderão arguir no momento do sorteio eventual suspeição ou impedimento do jurado, não
havendo limitação numérica.
b) imotivadas/peremptórias: a defesa e a acusação poderão recusar cada uma, sem motivar até 3 jurados diante da
respectiva estratégia
ADVERTÊNCIA1: se em virtudes das recusas não subsistir o número de 7 jurados para integrar o conselho estaremos
diante do fenômeno conhecido como “estouro de urna”.
Conclusão: resta ao juiz remarcar a sessão para o primeiro dia útil subsequente e que esteja desimpedido, convocando
jurados suplentes.
ADVERTÊNCIA: enquadramento normativo: as recusas e as estratégias na formação do conselho estão disciplinadas nos
artigos 466 a 472, CPP.
3º Ato: compromisso do conselho de sentença: a bem e fielmente desempenhar o seu papel sendo informados do
dever de incomunicabilidade já que não poderão conversar entre si ou por terceiros sobre o fato objeto do casamento
(art. 472, CPP).
CONCLUSÃO: a quebra do dever de incomunicabilidade é fato gerador de nulidade absoluta (art. 564, III, “j”, CPP).
Obs. Estruturalmente a sequência lógica de atos é similar a 1ª fase do júri com alteração do número de testemunhas
que no plenário é de 5 para cada parte (art. 473 a 475, CPP).
5º Ato: debates orais: as partes apresentarão as suas teses aos jurados na expectativa de convencê-los da realidade dos
autos.
Distribuição temporal:
a) acusação: 01h30min.
b) defesa: 1h30min.
c) réplica: 01h
d) tréplica: 01h
ADVERTÊNCIA1: réplica e tréplica são sempre facultativas, mas o pressuposto da tréplica é a existência de réplica.
ADVERTÊNCIA2: pluralidade de réus: neste caso acrescentaremos 01 hora em cada trecho dos debates, independente
da quantidade de réus a mais.
ADVERTÊNCIA3: proibições - não se pode fazer referência:
- uso de algemas;
- decisão de pronúncia;
- silêncio invocado pelo réu, sob pena de nulidade absoluta já que tal argumento é um mero argumento de poder,
invocado para impressionar o jurado (art. 478, CPP).
Conclusão1: Vale lembrar que o jurado receberá uma cópia da pronúncia juntamente com o relatório do processo que
nada mais é do que uma síntese dos principais acontecimentos
Conclusão2: eventual documento novo a ser utilizado na sessão plenária exige que a parte contrária tenha sido
informada com antecedência mínima de 3 dias úteis, sob pena de nulidade absoluta (art. 479, CPP)
ADVERTÊNCIA4: Apartes - é a intromissão de uma das partes na fala da outra; Vale lembrar que o tempo do a parte
será acrescentado ao tempo de fala de quem foi interrompido.
6º Ato: atuação do juiz – o magistrado indagara aos jurados se estão aptos a julgar a causa, promovendo a leitura dos
quesitos e oportunizando que as partes apresentem eventuais contribuições.
Obs1. Vale lembrar que as atenuantes e as agravantes não serão quesitadas cabendo ao juiz valorá-las no momento da
prolação da sentença.
Obs2. Havendo mais de um crime ou mais de um réu a quesitação para cada elemento será individual.
Obs3. Havendo mais de uma qualificadora, ou causa de aumento e de diminuição, teremos um quesito para cada uma
delas.
Obs3.1. Segundo o STF na súmula 162 a quesitação de qualificadoras ou causas de aumento antes das causas de
diminuição, invertendo-se a ordem, é fato gerador de nulidade absoluta.
Obs4. Para o STF na súmula 156 haverá nulidade absoluta se deixar de ser formulado qualquer dos quesitos
obrigatórios.
Obs5. Eventual tese da tentativa ou da desclassificação do crime também deve ser quesitadas (§ 5º do art. 483, CPP).
I – conceito: a apelação ao final da 2ª fase do júri tem fundamentação vinculada de forma que deveremos apontar a
alínea ou alíneas pelas quais estamos recorrendo e que retratam o conteúdo do próprio recurso (súmula 713 do STF).
ADVERTÊNCIA1: Vale lembrar que NÃO há limitação numérica para realização de novos júris em virtude da NULIDADE
dos julgamentos anteriores.
b) Sentença do juiz presidente é contrária ao texto da lei ou aos quesitos votados pelos jurados
Obs1. de acordo com § 1º do art. 593 do CPP, deve o tribunal ao dar provimento ao recurso proferir o acordão
ajustando a decisão ao texto da lei ou ao desejo dos jurados.
Obs1: a injustiça ocorre quando o juiz é muito duro ou muito brando dentro dos limites da lei; Já o erro acontece
quando o magistrado transborda os limites legais.
Obs2: de acordo com o § 2º do art. 593 do CPP, o tribunal ao dar provimento ao recurso proferirá um acórdão
substitutivo, afastando o erro ou corrigindo a injustiça.
d) jurados: quando os jurados julgam de forma manifestamente contrária a prova dos autos
Obs1. De acordo com o § 3º do art. 593, CPP, este fundamento da apelação só será invocado uma vez independente da
parte que o invocou primeiro.
REVISÃO CRIMINAL
1. Conceito: Ação autonoma de impugnação que almeja combater decisão que já transitou em julgado e que seja
desfavorável aos interesses da defesa.
2. momento: após o trânsito em julgado da decisão injusta a revisão criminal pode ser proposta a qualquer tempo já
que ela também almeja a reconstrução do patrimônio moral do agente.
3.1. lógico: existencia de decisão condenatória ou absolutória imprópria injusta, com trânsito em julgado.
3.2. formal: demonstração do transito em julgado da decisão, o que normalmente é feito por carta de sentença.
4. Legitimidade (preâmbulo)
4.1. conceito: a peça será apresentada em nome do nosso cliente (revisionando), devidamente assistido por advogado.
Obs1. Havendo falecimento do agente, a revisão pode ser proposta pelo CADI (Conjuge, Ascedente, Descendentes ou
Irmãos).
Obs2. Art. 623, CPP - O próprio réu poderá apresentar a revisão, mesmo não sendo advogado; Uma parte da doutrina
entende que o art. 623 do CPP, deve ser interpretado a luz do art. 133, da CF/88 de forma que a revisão seria
necessariamente proposta por advogado.
Obs3. O art. 623 do CPP, é absolutamente omisso quanto a legitimidade do MP para propor a revisão. Uma parte da
doutrina entende que o MP pode propor a revisão em favor dos interesses do réu.
5.1. conceito: a revisão criminal não é julgada pelo juiz de 1º grau, valendo destacar que cada tribunal é competente
para julgar a revisão dos seus próprios acordãos.
5.2. hipóteses:
a) sentença: juiz estadual de 1º grau transitar em julgado: será julgado pelo TJ.
b) sentença: juiz federal de 1º grau transitar em julgado: será julgado pelo TRF.
c) acórdao do TJ transitar em julgado: será julgado pelo próprio TJ.
d) c) acórdao do TRF transitar em julgado: será julgado pelo próprio TRF.
e) acórdao do STJ transitar em julgado: será julgado pelo próprio STJ.
f) acórdao do STF transitar em julgado: será julgado pelo próprio STF.
ADVERTÊNCIA: vale lembrar que a petição será endereçada ao presidente do tribunal competente para julgar a ação
revisional.
6.1. Conceito: o art. 621 do CPP, nos apresenta de forma taxativa as hipóteses de cabimento da ação revisional.
Obs1. Deveremos na peça apontar por qual dos incisos do art. 621 do CPP estamos apresentando a revisão criminal.
Obs2. Segundo o STF na súmula 611 a competencia para aplicar uma nova lei favorável ao réu após o trânsito em
julgado da decisão é do juiz das execuções não cabendo revisão criminal já que a nova lei surgiu após o trânsito em
julgado.
Art. 630, CPP - Estamos autorizado a pleitear na própria revisão a justa indenização pelos danos materiais e morais
causados pela decisão que transitou em julgado.
ADVERTÊNCIA: a alínea “b”, § 2º, 630, CPP, merece o devido filtro, afinal a indenização é cabível independente de ação
ser pública ou privada.
II. LOUSAS