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Universidade do Vale do Itajaí

Escola do Mar, Ciência e Tecnologia.


Curso de Engenharia Química

ALLAN SATURNINO DA SILVA

ERICK VILI RIGO STEINBRENNER

MAGNUM LEPKOSKI DA SILVA

RAFAEL MELO DO NASCIMENTO

VICTORIA KATHARYNA DESANTIS VIANA

PRÁTICA: EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

Itajaí – SC
2018
ALLAN SATURNINO DA SILVA
ERICK VILI RIGO STEINBRENNER

MAGNUM LEPKOSKI DA SILVA

RAFAEL MELO DO NASCIMENTO

VICTORIA KATHARYNA DESANTIS VIANA

PRÁTICA: EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

Elaboração de relatório como requisito parcial para


a obtenção de nota para a M3 da disciplina de
Engenharia Bioquímica, do curso de Engenharia
Química da Universidade do Vale do Itajaí, Escola
do Mar, Ciência e Tecnologia.

Professor: Pablo Angel Sanchez Podlech

Itajaí – SC
2018
RESUMO
O relatório apresenta pontos importantes da prática realizada no laboratório de
química. Nesta prática determinou-se a energia de ativação da reação entre o
Tiossulfato de Sódio e Ácido Sulfúrico através da equação de Arrhenius. Construiu-se
o gráfico da velocidade em função da temperatura, bem como o gráfico de K
(constante da velocidade específica) em função do inverso da temperatura absoluta.
Através dos dados obtidos experimentalmente determinou-se uma energia de
ativação de 9,0494 kcal / mol. O relatório apresenta toda fundamentação teórica para
um melhor entendimento da prática, bem como a metodologia, discussão dos
resultados obtidos e conclusão.

Palavras-chave: Arrhenius. Energia de ativação. Catalisador.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 7
2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 7

2.1.1 Objetivos específicos ............................................................................... 7


3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 8
3.1. Cinética Química ............................................................................................. 8

3.2. Energia de Ativação ........................................................................................ 8

3.3. Equação de Arrhenius .................................................................................... 9

3.3. Equação de Arrhenius e sua importância química e biológica................... 9

4. MATERIAIS E MÉTODOLOGIA ........................................................................... 11


4.1 Materiais e Reagentes ................................................................................... 11

4.2 Procedimento experimental .......................................................................... 11

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 13


6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 15
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 16
1. INTRODUÇÃO

A cinética química é o estudo do comportamento temporal das reações químicas


ou seja o estudo da velocidade (taxas) na qual as reações químicas ocorrem e tem
como objetivo compreender as reações químicas em sua evolução macroscópica e
microscópica (reações químicas no nível molecular) Existem quatro fatores
importantes que afetam as velocidades das reações, que são: o estado físico dos
reagentes, as concentrações dos reagentes, a temperatura na qual a reação ocorre e
a presença de um catalisador. A velocidade da reação pode ser medida de duas
formas, a primeira se baseia no fato de que a velocidade em que o produto é formado
e a segunda que se baseia na velocidade na qual o reagente é consumido.

Em muitos casos a velocidade observada de uma reação química aumenta com o


aumento da temperatura, mas a extensão deste aumento varia muito de reação para
reação. Em termos da equação de velocidade, a causa da variação da velocidade de
reação com a temperatura reside em que a constante k varia quando se altera a
temperatura. A relação entre ambas foi descoberta em 1887 por Van’t Hoff e,
independentemente, em 1889, por Arrhenius. A relação, conhecida como equação de
Arrhenius, é dada por:
−𝐸𝑎
𝑘 = 𝐴𝑒 𝑅𝑇

Onde A é denominado como “constante de Arrhenius” ou “fator pré-exponencial”,


Ea, energia de ativação, R é a constante de gases ideais e T, temperatura absoluta.
De acordo com a equação de Arrhenius, o valor da constante de velocidade k aumenta
com a temperatura. Isto significa que um aumento da temperatura deve produzir um
aumento da velocidade da reação. Na hipótese de se ter muitos dados, pode-se
determinar Ea e A graficamente reformulando a equação de Arrhenius:

𝐸𝑎
ln 𝑘 = − + ln 𝐴
𝑅𝑇

A partir da equação acima, um gráfico ln k versus 1/T terá uma inclinação de –Ea/R e
interceptação de ln A. A construção do gráfico referente à equação de Arrhenius é
apresentado na figura 1.1.
Figura 1.1. Gráfico referente a equação de Arrhenius.

A constante de velocidade de reação (K), não é verdadeiramente uma constante,


mas apenas independente das concentrações das espécies envolvias na reação. A
quantidade K também é referida como a velocidade específica de reação. É quase
sempre fortemente dependente da temperatura absoluta. Em reações em fase
gasosa, depende do catalisador, e pode ser uma função da pressão total.

As moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energia para uma


reação efetiva, para que formem produtos, as ligações químicas devem ser quebradas
nos reagentes e formadas nos produtos e a quebra de ligação requer energia. Neste
relatório tem-se como objetivo utilizar a equação de Arrhenius para determinar a
energia de ativação de uma reação química iônica através da constante de velocidade
em diferentes temperaturas, a partir de dados obtidos em laboratório.
2. OBJETIVO

O tópico está dividido em objetivo geral e os objetivos específicos.

2.1 Objetivo geral


Tem-se como objetivo geral utilizar a equação de Arrhenius para determinar a
energia de ativação entre a reação de Tiossulfato de Sódio e Ácido Sulfúrico
através das constantes de velocidade em diferentes temperaturas, obtidas
experimentalmente.

2.1.1 Objetivos específicos

 Determinar a energia de ativação do Tiossulfato de sódio através da


equação de Arrhenius;

 Construir o gráfico da velocidade em função da temperatura;

 Construir o gráfico de K em função do inverso da temperatura absoluta.


3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Cinética Química


A Cinética Química estuda a velocidade das reações químicas e os fatores que
a influenciam. O conhecimento e o estudo da velocidade das reações são muito
importantes em termos industriais, e também estão relacionados ao nosso dia-a-dia,
como por exemplo, quando colocamos um alimento na panela de pressão para
acelerar seu cozimento (SOUZA, 2016).

As reações químicas ocorrem com velocidades diferentes e estas podem ser


alteradas, porque além da concentração de reagentes e produtos, as velocidades das
reações dependem também de outros fatores como temperatura, superfície de
contato, pressão, concentração de reagentes e catalizador (SOUZA, 2016).

3.2. Energia de Ativação


Um dos fatores envolvidos no processo reacional é a energia de ativação. Em
um sistema os reagentes tendem a colidir para formar produtos, no entanto a colisão,
ou choque, deve ser efetiva para que gere a energia necessária para iniciar a reação
(PEDROLO, 2014). A quantidade de energia necessária para que uma reação ocorra
se chama energia de ativação, o qual pode ser observada na figura 3.2.

Figura 3.2. Gráfico da equação de Arrhenius.


Na figura, percebe-se que a energia de ativação é o caminho dos reagentes até
o ponto mais energético (mais alto) do gráfico que é o complexo ativado, momento
reacional onde reagentes e produtos coexistem. Após isso está representada a
formação dos produtos. Devemos entender que quanto maior for o caminho dos
reagentes até a formação do complexo ativado (a energia de ativação) mais tempo a
reação leva para ocorrer (PEDROLO, 2014).

Os catalisadores são muito utilizados na indústria principalmente porque eles


têm por função acelerar a reação sem alterar a formação, ou a quantidade formada
de produtos. Quando se utiliza o catalisador a reação tem seu caminho reacional
diminuído, ou seja, diminui a energia de ativação (linha vermelha no gráfico), fazendo
com que a reação se torne mais rápida. Quando se utiliza o inibidor ocorre o contrário,
o caminho reacional aumenta e a reação torna-se mais lenta (PEDROLO, 2014).

3.3. Equação de Arrhenius


Em termos da equação de velocidade, a causa da variação da velocidade de
reação com a temperatura reside em que a constante k varia quando se altera a
temperatura. A relação entre ambas foi descoberta em 1887 por Van’t Hoff e,
independentemente, em 1889, por Arrhenius. A relação, conhecida como equação de
Arrhenius, é dado por:
−𝐸𝑎
𝑘= 𝐴𝑒 𝑅𝑇

Onde A é denominado como “constante de Arrhenius” ou “fator pré-


exponencial”, Ea, energia de ativação, R é a constante de gases ideais e T,
temperatura absoluta. De acordo com a equação de Arrhenius, o valor da constante
de velocidade k aumenta com a temperatura. Isto significa que um aumento da
temperatura deve produzir um aumento da velocidade da reação.

3.3. Equação de Arrhenius e sua importância química e biológica


A equação de Arrhenius consiste em calcular como a temperatura se relaciona
com a velocidade em uma reação química, sendo esta equação utilizada na cinética
química, e na determinação da energia de ativação de reações. Sendo importante
biologicamente em reações catalisadas por enzimas que podem apresentar uma
dependência em relação à temperatura (a elevação da temperatura provoca
mudanças chegando até desnaturação e degradação da enzima, ocasionando um
abaixamento na efetividade da enzima), sendo, por exemplo, uma das razões pela
qual o organismo combate infecções com uma febre, perturbando o equilíbrio da
velocidade de reação do agente infeccioso, e, portanto, destruí-lo pelo aumento da
temperatura. Quimicamente, reações são altamente influenciadas pela temperatura,
como na reação de hidrólise do etanoato de metila que possui como constante de
velocidade 1,8 vezes maior a 35°C do que a 25°C.
4. MATERIAIS E MÉTODOLOGIA

Neste capítulo são apresentados os materiais, equipamento e todo


procedimento experimental envolvido na prática.

4.1 Materiais e Reagentes

Os materiais e reagentes utilizados na prática estão listados abaixo:

 Bureta de 50 mL;
 Estante de arame para tubos de ensaios;
 Agitador magnético com aquecimento;
 Béckeres de 100 e 500 mL;
 Pipeta volumétrica de 1mL;
 Pipetador;
 Micropipeta;
 Água destilada;
 Termômetro;
 Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,05 M;
 Solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,05 M;

4.2 Procedimento experimental

Inicialmente rotulou-se duas buretas de 50 mL e dois béckeres de 100 mL por


Na2S2O3 e H2SO4. Em cada bureta, colocou-se o reagente correspondente com seu
respectivo béquer até completar 50 mL. Posteriormente nomeou-se de 1 a 4, quatro
tubos de ensaio. Transferiu-se 4 mL de ácido sulfúrico da bureta para cada tubo
anteriormente nomeado. Posteriormente nomeou-se mais 4 tubos, desta vez, rotulou-
se de 1a a 4a os tubos. Foi transferido da bureta 4 mL de tiossulfato de sódio para
cada um desses tubos. Colocou-se aproximadamente 250 mL de água no béquer de
500 mL, posteriormente levou-se o béquer de 500 mL ao agitador magnético com
aquecimento, mantendo a temperatura em 30 ºC.
Introduziu-se no béquer de 500 mL os tubos 1 e 1a, cronometrou-se dois
minutos para que temperatura dos tubos se igualarem a temperatura da água (30ºC),
posteriormente, o reagente do tubo 1 foi misturado ao tubo 1a, mantendo sempre
imerso na água o tubo 1a. Assim que os reagentes foram misturados, o cronometro
foi novamente ativado, visto que no exato momento em que o tubo 1a ficou turvo, o
tempo foi registrado.

Em seguida aumentou-se a temperatura do agitador para 40ºC e introduziu-se


no béquer de 500 mL os tubos 2 e 2a, cronometrou-se dois minutos para que
temperatura dos tubos se igualarem a temperatura da água (40ºC) e posteriormente,
o reagente do tubo 2 foi misturado ao tubo 2a, mantendo sempre imerso na água o
tubo 2a. Assim que os reagentes foram misturados, o cronometro foi novamente
ativado, visto que no exato momento em que o tubo 1a ficou turvo, o tempo foi
registrado.

Executou-se os mesmos procedimentos para os tubos 3 e 3a, porem com a


temperatura de 50 ºC. Para os tubos 4 e 4a utilizou-se a temperatura de 60ºC. Ao final
do experimento montou-se a tabela e calculou-se os resultados.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na reação entre o tiossulfato de sódio e o ácido sulfúrico, há liberação de enxofre,
que ao ser insolúvel na água, provoca uma turvação visível que permite observar
quando a reação corre. A reação química que ocorre com os respectivos reagentes
são:
H2SO4 + Na2S2O3 Na2SO4 + H2O + SO2 + S

A tabela 4.1 apresenta os dados obtidos no experimento, estes que serão


utilizados para posteriores cálculos.

Tabela 4.1. Tabela com os dados obtidos na prática.


Tubo T (K) Tempo (s) Velocidade (1/s)
1 e 1a 303,15 51 0,01961
2 e 2a 313,15 32 0,03125
3 e 3a 323,15 17 0,05880
4 e 4a 333,15 12 0,08333

Após a linearização da equação de Arrhenius, com os dados obtidos no


experimento, construiu-se o gráfico 4.2. Posteriormente, com a equação da reta do
gráfico de Arrhenius, foi possível determinar o valor da energia de ativação da reação.

Gráfico 4.2. Gráfico da equação de Arrhenius.

GRÁFICO DE ARRHENIUS
0
0.00295 0.003 0.00305 0.0031 0.00315 0.0032 0.00325 0.0033 0.00335
-1
ln K (1/s)

-2 y = -4554,3x + 11,098
R² = 0,9994
-3

-4

-5
T (1/K)
A equação da reta obtida no gráfico 4.2 é dado por:

y = -4554,3x + 11,098

Com a equação da reta pode-se obter os valores de a = -4554,3 e b = 11,098


e desta forma, calcular o valor da energia de ativação do tiossulfato de sódio.
Utilizando a constante dos gases ideais (R) igual a 1,987 cal / mol. K, tem-se que a
energia de ativação do tiossulfato de sódio é dada por:

𝐸𝑎
− = −4554,3
𝑅

Desta forma, encontrou-se uma energia de ativação de 9,0494 kcal / mol para
a reação do tiossulfato de sódio com o ácido sulfúrico.
6. CONCLUSÃO

O valor calculado experimentalmente da energia de ativação do Tiossulfato de sódio


com ácido sulfúrico por meio do gráfico de Arrhenius de aproximadamente 9,0494 kcal / mol
está de acordo com o valor encontrado na literatura. A partir deste experimento, pode-se
concluir que a equação de Arrhenius pode ser utilizada para determinar a energia de ativação
de uma reação química. A prática foi extremamente proveitosa para o entendimento mais
aprofundado do uso da equação de Arrhenius, assunto este que foi discutido durante as
aulas.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOUZA L. Cinética Química. Disponível em: <


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/cinetica-quimica.htm>. Acesso em: 01
dez. 2016.

PEDROLO C. Energia de ativação. Disponível em: <


https://www.infoescola.com/quimica/energia-de-ativacao/>. Acesso em: 01 dez. 2016.

Arrhenius. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp06.htm>. Acesso em: 02


dez. 2018.

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