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obras fundamentais na
HISTÓRIA DA ARTE

ANDRÉ DORIGO
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SANTÍSSIMA TRINDADE
Masaccio

1
1425-28
6,8 x 3,2 m
Afresco
Basílica de Santa Maria Novella
Florença, Itália
RENASCIMENTO
O termo Renascimento se refere à recuperação da arte clássica,
considerada a verdadeira (e superior) fonte da beleza e do conhecimento.

Segundo o poeta italiano Petrarca, que viveu no século 14, após a queda do
Império Romano, o mundo passou a viver uma “idade de trevas”. No
entanto, ao recuperar os valores da cultura clássica, os homens “traziam
luz” àquela época.

Para os artistas do Renascimento, a imitação era fundamental, tanto dos


modelos clássicos, quanto da natureza, da realidade visível. Porém, a ideia
de imitação significava ter um exemplo a seguir, que poderia ser igualado ou
mesmo superado.

Masaccio, por exemplo, foi um dos grandes inovadores do Renascimento


italiano. Ele usou as leis da perspectiva linear, definidas pelo arquiteto
Filippo Brunelleschi, que se baseava, dentre outras fontes, na geometria de
Euclides, matemático que viveu no século 4 a.C.
BASÍLICA DE SANTA
MARIA NOVELLA
Florença, Itália
A fachada foi reformada INTERIOR DA BASÍLICA DE
por Leon Battista Alberti SANTA MARIA NOVELLA
no século 15 No canto esquerdo, está a o
afresco pintado por de
Masaccio, representando a
Santíssima Trindade
Na pintura a fresco A Trindade, realizada na Igreja de
Santa Maria Novella, Florença, Masaccio cria a ilusão de
que havia um nicho arquitetônico inserido na parede.

Em primeiro plano, vemos a figura de Cristo crucificado


com o pombo do Espírito Santo e Deus Pai acima dele.
Aos pés da cruz estão representados Maria e São João.
A IMAGEM EM PERSPECTIVA
PV
No Renascimento, a perspectiva linear estrutura uma
forma de representação espacial na pintura, que
vigorou soberana na arte ocidental até o século 19.

Linha do Horizonte (LH): representa o nível dos


olhos do observador. Nas paisagens, separa o céu
da terra.

LH Ponto de Vista (PV): é uma linha perpendicular a


linha do horizonte, que situa a posição do
PF
observador.

Linhas de Fuga (LF): são linhas imaginárias que


convergem para um ponto, criando a ilusão de
profundidade.

Ponto de Fuga (PF): é o ponto para onde todas as


linhas de fuga convergem.
ESQUEMA PERSPECTIVO DA
SANTÍSSIMA TRINDADE
Segundo o esquema perspectivo, o
ponto de fuga está abaixo da cruz.

A linha do horizonte, que representa a


altura dos nossos olhos, coincide com a
base do nicho.

As linhas de fuga podem ser


identificadas através da estrutura da
abóboda cilíndrica, representada acima
dos personagens.

Fora do nicho estão dois personagens


ajoelhados, que seriam os mecenas que
encomendaram a obra. Portanto, numa
mesma imagem, os sagrado e o terreno
estão representados, num realismo
jamais visto até então.
LAS MENINAS
Diego Velázquez

2
1656
321 x 281 cm
Óleo sobre tela
Museu do Prado
Madri, Espanha
BARROCO
Na História da Arte ocidental, definiu-se como Barroco o estilo
artístico desenvolvido ao longo do século 17 e que foi impulsionado
principalmente pela Contra-reforma católica (definida no Concílio
de Trento de 1545) e pela ascensão do absolutismo na Europa.

Diego Velázques foi um dos maiores artistas do barroco espanhol.


Os retratos foram a sua maior especialidade, principalmente de
membros da corte espanhola e do rei Felipe IV.

A obra mais conhecida de Velázquez é, sem dúvida, Las Meninas.


Ela foi reinterpretada por diversos artistas como Goya, Dalí e
Picasso e muitos teóricos fizeram estudos interpretativos sobre ela,
como Michel Foucault.
No canto esquerdo do quadro, vemos o artista e o
fundo da sua tela.

Ao centro, vemos a infanta Margarida, filha de


Felipe IV, cercada pelas damas de companhia,
além de duas anãs da corte e um cão.

Mais atrás vemos uma freira e um funcionário da


corte e, ao fundo, um espelho com o reflexo do
casal real, além de outro funcionário da corte
numa escada.
Uma janela à direita proporciona a iluminação dos
personagens em primeiro plano e uma linha
sinuosa pode ser traçada desde o cão até a
imagem do casal real no espelho, que é a chave
para o entendimento da imagem.

O fato é que, nós, os espectadores, somos


colocados no mesmo ponto de vista do casal real,
que está sendo retratado por Velásquez.

A razão para tanto encantamento por essa obra,


até os dias de hoje, é que ela levanta várias
questões sobre o que é uma pintura, ou o que é
ver e ao mesmo tempo ser visto por uma
imagem.
IMPRESSÃO,
SOL LEVANTE

3
Claude Monet
1872
Óleo sobre tela
40 x 63 cm
Museu Marmottan
Paris, França
IMPRESSIONISMO
Claude Monet foi um dos principais nomes do
impressionismo, movimento que modificou
profundamente a arte ocidental no século 19.

Os impressionistas costumavam pintar ao ar livre e


os quadros eram produzidos com pinceladas rápidas
e manchas de cores vivas. O objetivo deles era
representar as sensações imediatas das cenas
presenciadas.
Mas qual é a origem do nome impressionista?

Em 1874, alguns dos artistas recusados pelo júri do


Salão Oficial de Paris, decidem expor as suas obras no
atelier do fotógrafo Nadar.

A exposição foi organizada pela “Sociedade Anônima de


Pintores, Escultores e Gravadores”, que era composta
por artistas como Camille Pissarro, Claude Monet, Edgar
Degas, Pierre-Auguste Renoir, Paul Cézanne, dentre
outros.

Ao fazer uma resenha sobre essa exposição, o crítico


Louis Leroy usou o termo “impressionista”, fazendo
CARICATURA DA EXPOSIÇÃO referência ao título do quadro de Claude Monet:
DOS IMPRESSIONISTAS “Impressão, sol levante”.
1874
Jean-Loup Charmet
Nessa obra, podemos observar as
pinceladas curtas e distintas de Monet, que
formavam um mosaico de borrões
irregulares. De perto os borrões eram
incompreensíveis, mas de longe se fundiam
oticamente fazendo com que a imagem se
constituísse.

Como as pinturas tinham uma aparência de


inacabadas, a reação contrária dos
tradicionalistas foi enorme! Mas apesar das
críticas, o nome “impressionista” acabou
sendo adotado por aquele grupo de artistas,
que hoje são admirados em todo mundo.
AS SENHORITAS
DE AVIGNON
Pablo Picasso

4
1907
Óleo sobre tela
144 x 234 cm
Museu de Arte Moderna
Nova York
Estados Unidos
CUBISMO
Pablo Picasso foi um dos mais importantes artistas modernos.
Sua poderosa criatividade fez com que sua carreira fosse uma
constante inovação.

Em 1907, Picasso e Georges Braque desenvolvem uma nova


forma de pintar, o Cubismo.

Para eles, a arte não poderia copiar a natureza, como na


tradição acadêmica, apenas transformá-la.

São características cubistas: a geometrização das formas, o


rompimento com a perspectiva e o claro-escuro, a
representação do volume em superfícies planas e o uso de
cores sóbrias.
Em 1907, Picasso pinta a obra As Senhoritas de
Avignon. Trata-se de uma representação de
prostitutas de um bordel de Avignon, um bairro de
prostituição de Barcelona.

A falta de profundidade na cena, o uso de formas


angulosas e de outras referências culturais se
tornaram um marco para a pintura moderna. O rosto
da mulher à esquerda está de perfil, se
assemelhando às representações da figura humana
no Antigo Egito.

Já as duas mulheres à direita têm o rosto distorcido


se assemelhando a mascaras de culturas africanas.
É também interessante observar as frutas na parte
inferior da tela, fazendo referências às naturezas-
mortas, a única menção à arte da tradição
acadêmica.
DETALHE DA OBRA AS
SENHORITAS DE AVIGNON
(esquerda)

MÁSCARA DAN (direita)


Costa do Marfim ou Libéria
24,5 cm de altura
Museu do Homem
Paris, França
“Não devemos ter medo de inventar seja o que
for. Tudo o que existe em nós existe também
na natureza, pois fazemos parte dela.”
PABLO PICASSO
FONTE

5 Marcel Duchamp
1917
DADAÍSMO
O dadaísmo teve origem em 1916 em Zurique, na Suíça. O
movimento não tinha uma estética específica, mas se voltava
contra o equilíbrio, a coerência e a racionalidade na arte.

Seus artistas defendiam a espontaneidade e a reutilização de


objetos jogados fora. Para eles qualquer coisa pode se
transformar em arte, apesar da arte não ser tudo.

Marcel Duchamp talvez seja o nome mais reconhecido do


dadaísmo. Ele produziu pinturas, esculturas e poemas, sempre
com grande ironia e humor.
A obra mais polêmica do artista foi a Fonte, de 1917. A história
dessa obra é a seguinte: ele foi convidado para participar do
júri de um evento autônomo de arte em Nova York, “o Salão
dos Independentes”. Não conformado em apenas julgar,
Duchamp resolveu também enviar uma obra para ser julgada,
um urinol branco de banheiro assinado com o pseudônimo
R.Mutt.

O júri negou de forma veemente a obra, alegando não se


tratar de arte, mas apenas de um mero objeto industrializado e
sem nenhum trabalho criativo manual. No entanto, Duchamp
argumentou que o objeto estava disposto de uma forma não
convencional (estava de cabeça para baixo) e, principalmente,
estava assinado. Qual seria a intenção do artista que assinou
a obra? Qual seria o seu conceito? Dessa forma, Duchamp
causava um terremoto nas definições até então aceitas do que
seria ou não seria arte!
“A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas
qualquer que seja o adjetivo empregado, temos
de chamá-la de arte, do mesmo modo como
uma emoção ruim é uma emoção.”
MARCEL DUCHAMP

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