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UNIVERSIDADE POTIGUAR

ESCOLA DE ENGENHARIAS E TI

ADEMAR DANTAS DE LIRA NETO

EDUARDO DA SILVA RODRIGUES

ENZO HÊNDRIO GOMES ARAÚJO

LUCAS GURGEL BEZERRA DE SOUZA

PEDRO HENRIQUE SANTIAGO COSTA

YTALO CARLOS SILVA DA CUNHA

ENSAIO SOBRE TERMOLOGIA:


EQUILÍBRIO TÉRMICO E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

NATAL/RN
2018
1
ADEMAR DANTAS DE LIRA NETO

EDUARDO DA SILVA RODRIGUES

ENZO HÊNDRIO GOMES ARAÚJO

LUCAS GURGEL BEZERRA DE SOUZA

PEDRO HENRIQUE SANTIAGO COSTA

YTALO CARLOS SILVA DA CUNHA

ENSAIO SOBRE TERMOLOGIA:


EQUILÍBRIO TÉRMICO E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Segundo Relatório Parcial apresentado à


disciplina de Física: Ondas e Calor,
correspondente à 3º unidade do semestre
2018.2 da Universidade Potiguar, sob
orientação da Profª. Cláudia Patrícia
Torres Cruz.

NATAL/RN
2018

2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................ 5
2.1 Temperatura ................................................................................................................ 5
2.2 Equilíbrio Térmico....................................................................................................... 6
2.3 Escalas Termométricas ............................................................................................. 7
2.4 Calor e Energia interna ............................................................................................ 12
3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 14
3.1 Materiais..................................................................................................................... 14
3.2 Procedimentos Experimentais ................................................................................ 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 16
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 24
APÊNDICE A – GRÁFICO DAS TEMPERATURAS EM FUNÇÃO DO TEMPO ........... 25

3
1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios o homem busca compreender o mundo ao seu redor


e, com essa necessidade de conhecimento, diversas áreas e ferramentas
surgiram para o auxiliar nesse quesito. É nesse contexto que surge a física e
seus estudiosos, visando analisar e entender as mais diversas situações
existentes em nosso mundo. Não só a física, se tratando de um escopo geral,
todas as ciências contribuíram para desenvolvimento de diversas tecnologias
que foram de extrema importância para o avanço da sociedade.

A observação é fundamental para a física, pois através da análise de


fenômenos naturais, o físico pode encontrar os princípios e padrões que
relacionam esses acontecimentos. Um dos ramos que estuda tais eventos é a
Termologia. Essa grande área da física (também chamada de Termofísica)
estuda procedimentos e fenômenos térmicos, dentre eles: calor, temperatura,
energia térmica e etc.

É a partir desses conceitos que se origina o estudo da Termodinâmica.


Segundo Serway (2014, p. 129) “A termodinâmica se preocupa com a
transferência de energia entre um sistema e seu ambiente e com variações
resultantes na temperatura ou mudanças de estado.”. Baseado nessa definição
surgem as máquinas térmicas, elementos capazes de converter energia térmica
em energia mecânica. Em virtude dos fatos e conceitos apresentados, fica
evidente a importância desses dois ramos da física na sociedade atual.

Esse projeto visa aplicar os conhecimentos acerca da termologia e


termodinâmica para comprovar e analisar os conceitos de equilíbrio térmico e
transferência de calor, a partir de um experimento, observando a validade das
equações e teorias que caracterizam essas definições.

4
2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste tópico são apresentados e discutidos aspectos, características,


definições e conceitos, a respeito do estudo da termologia e termodinâmica. É
necessário o entendimento de teorias, grandezas e unidades presentes no que
diz respeito ao estudo dos fenômenos térmicos. Para tal, serão evidenciados a
seguir alguns desses fatores que são de extrema importância para a
compreensão dos resultados obtidos neste projeto.

2.1 Temperatura

Geralmente, a definição de temperatura é correlacionada com os termos


“quente” e “frio”. No entanto, tal pensamento é relativo, tornando essa definição
vaga. Portanto, a seguir essa grandeza será conceituada de maneira mais clara
e específica, levando em conta as definições físicas e químicas.

Sabe-se que toda a matéria existente é composta por átomos e


moléculas, e que esses corpos estão em constante agitação, isto é, eles
possuem uma certa energia cinética. Logo, temperatura é uma grandeza que
determina o grau de agitação dessas partículas, indicando assim a energia
interna média de um corpo. A temperatura é uma das sete grandezas
fundamentais, presentes no Sistema Internacional de unidade (S.I.).

O dispositivo capaz de averiguar essa grandeza é denominado de


termômetro, em que para realizar essa medida tal aparelho utiliza grandezas
físicas que variam linearmente com a temperatura. Grandezas como resistência
elétrica, pressão de um gás e volume de um líquido são utilizadas nesses
instrumentos. A Figura 1 apresenta um tipo de termômetro, que utiliza de uma
dessas grandeza mencionadas.

5
Figura 1: Termômetro.

Fonte: disponível em:< http://www.qualividros.com/produto/60531/termometro-quimico-para-


laboratorio-escala-externa-capilar-prismatico-amarelo-liquido-vermelho>, acesso em
20/11/2018.

2.2 Equilíbrio Térmico

Utilizando do conceito de Temperatura, explanado anteriormente, pode-


se definir a ideia de Equilíbrio Térmico. Supondo dois corpos, A e B, em que os
dois possuem diferentes temperaturas. Considerando que eles estão em contato
térmico1, será observado após algum tempo que ambos se encontrarão à
mesma temperatura, isto é, não existe mais a troca de energia entre eles. Em
razão disso, afirma-se que os dois objetos estão em equilíbrio térmico.

No entanto, para obter resultados mais precisos em relação ao equilíbrio


térmico deve-se dispor os corpos em um sistema termicamente isolado do meio
externo. Vale ressaltar que essa troca de energia acontece do corpo de maior
temperatura para o de menor (ver item 2.4.3).

É fundamentado pelo conceito de equilíbrio térmico que surge a chamada


Lei Zero da Termodinâmica ou Princípio Fundamental da Termodinâmica, que
diz: “Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, eles estão em

1
Quando dois ou mais corpos estão em contato, e há a troca de energia através de calor.

6
equilíbrio térmico entre si.”. O terceiro corpo seria, por exemplo, um termômetro.
A Figura 2 demostra um esquema ilustrativo da definição de equilíbrio térmico.

Figura 2: Equilíbrio Térmico.

Fonte: Autoria própria.

2.3 Escalas Termométricas

Para determinar a temperatura de um corpo necessita-se de um meio para


encontrar um valor numérico que represente essa grandeza. Para realizar tal
processo surgiram as escalas termométricas, com a finalidade de indicar o valor
medido da temperatura. Com o intuito de se estabelecer uma escala
termométrica, é necessário utilizar-se o processo que será evidenciado abaixo.

Primeiro determina-se as características do termômetro que será utilizado


no processo. Como dito no item 2.1, o aparelho deve utilizar grandezas físicas
que variam linearmente juntamente com a temperatura.

Após isso, são definidos dois sistemas com estados térmicos distintos.
Esses estados são denominados pontos fixos e geralmente são: o ponto de
fusão do gelo sob pressão normal (1 atm) e o ponto de ebulição da água (também
sob 1 atm). Com isso, em determinado momento o termômetro irá alcançar o
equilíbrio térmico com os pontos fixos e, em seguida, será conferido a eles
valores numéricos arbitrários (para o ponto de fusão do gelo será 𝑇𝑔 e para o

7
ponto de ebulição será 𝑇𝑣 ). A Figura 3 evidencia esse processo a partir de um
esquema ilustrativo.

Figura 3: Pontos Fixos.

Fonte: Autoria própria.

Ao averiguar o termômetro fica perceptível que houve uma alteração na


altura em que se encontra a substância que varia linearmente com a temperatura
(para cada ponto fixo). Chamando a altura que corresponde ao número atribuído
ao ponto de fusão 𝑇𝑔 de ℎ𝑔 e a altura do ponto de ebulição 𝑇𝑣 de ℎ𝑣

Figura 4: Alturas correspondentes aos pontos fixos.

Fonte: Autoria própria.

8
Posteriormente, divide-se o intervalo entre os pontos fixos em partes
iguais. Cada uma dessas partes corresponde a uma unidade que é denominada
de grau. Chamando o ponto médio entre 𝑇𝑣 e 𝑇𝑔 de 𝑇 e o ponto médio entre ℎ𝑔 e
ℎ𝑣 de ℎ, obtém-se o gráfico representado pela Figura 5.

Figura 5: Função Termométrica.

Fonte: Autoria própria.

Aplicando conceitos matemáticos na função termométrica, como


semelhança de triângulos e o Teorema de Tales, determina-se a equação
termométrica de uma escala. A Equação 1 evidencia tal afirmação.

𝑇 − 𝑇𝑔 ℎ − ℎ𝑔
= (1)
𝑇𝑣 − 𝑇𝑔 ℎ𝑣 − ℎ𝑔

Onde:

𝑇 – Ponto médio entre 𝑇𝑣 e 𝑇𝑔 ;

ℎ – Ponto médio entre ℎ𝑣 e ℎ𝑔 ;

𝑇𝑣 – Temperatura no ponto de ebulição;

𝑇𝑔 – Temperatura no ponto de fusão;

ℎ𝑣 – Altura no ponto de ebulição;

ℎ𝑔 – Altura no ponto de fusão.

9
Utilizando esses procedimentos, qualquer pesquisador pode criar uma
escala termométrica. Acredita-se que na Idade Média existiam cerca de
aproximadamente 300 escalas espalhadas ao redor do mundo. Atualmente,
estimasse que 9 escalas, mesmo aquelas que estão em desuso, ainda são
utilizadas em práticas termométricas, são elas: Celsius, Fahrenheit, Kelvin,
Rankine, Réaumur, Newton, Delisle, Leiden e Rømer. No entanto, para esse
projeto, será necessário o conhecimento apenas das 5 primeiras escalas
apresentadas.

As escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin são as mais utilizadas ao redor


do mundo. O físico sueco Anders Celsius adotou para sua escala o ponto de
fusão do gelo o valor 0 e, para o ponto de ebulição, o valor 100. Dessa forma, o
intervalo entre os pontos fixos fica dividido em cem partes iguais, fazendo com
que essa escala seja muitas vezes chamada de centígrada, em que cada
unidade da escala constitui 1 grau Celsius, simbolizado por ºC.

A escala Fahrenheit foi estabelecida pelo físico polonês Daniel Gabriel


Fahrenheit em que se atribui ao ponto de fusão o valor de 32 e, para o ponto de
ebulição o valor 212. Assim, o intervalo entre os pontos fixos fica dividido em 180
partes iguais e seu símbolo é ºF. William Thomson, conhecido como Lorde
Kelvin, propôs em 1848 a escala Kelvin, considerada a escala absoluta. Isso
ocorre pois nas pesquisas de Kelvin foi determinado o menor grau de agitação
das moléculas, denominado zero absoluto. O seu ponto de fusão recebe o valor
de 273 e o ponto de ebulição é de 373. A escala Kelvin é a utilizada no Sistema
Internacional de Unidades e o seu símbolo é K.

Foi em 1850 que o físico escocês William John Macquorn Rankine


formulou a sua escala termométrica, intitulada Rankine, em que os pontos fixos
possuem os seguintes valores: 492 para o ponto de fusão e 672 para o ponto de
ebulição. Seu símbolo é ºRa. René-Antoine Ferchault de Réaumur foi um físico
francês que inventou, em 1731, a escala Réaumur. Seus pontos fixos são 0 para
o ponto de fusão e 80 para o ponto de ebulição. Seu símbolo é ºRé. A Figura 6
demonstra um esquema ilustrativo com as 5 escalas que serão utilizadas nesse
projeto.

10
Figura 6: Escalas Termométricas para o projeto.

Fonte: Autoria própria.

Por fim, analisando a Figura 6 e utilizando os conceitos abordados


anteriormente, pode-se determinar a fórmula que estabelece a relação entre as
5 escalas termométricas apresentadas. A Equação 2 demostra esse
pensamento.

𝑇𝐶 𝑇𝐹 − 32 𝑇𝐾 − 273 𝑇𝑅𝑎 − 492 𝑇𝑅é


= = = = (2)
100 180 100 180 80

Onde:

𝑇𝐶 – Temperatura na escala Celsius;

𝑇𝐹 – Temperatura na escala Fahrenheit;

𝑇𝐾 – Temperatura na escala Kelvin;

𝑇𝑅𝑎 – Temperatura na escala Rankine;

𝑇𝑅é – Temperatura na escala Réaumur.

11
2.4 Calor e Energia interna

Utilizando o conceito de temperatura, previamente explanado, sabe-se


que um corpo é constituído por partículas que estão em constante movimento e,
que esse movimento está associado a energia cinética média desse corpo. Tal
agitação recebe o nome de energia térmica. Quanto maior for a temperatura de
um objeto, maior será o grau de agitação das moléculas e, por consequência,
maior será sua energia térmica.

Aplicando essa definição, tem-se que ao colocar dois corpos com


temperaturas diferentes (com energias térmicas distintas) em contanto térmico,
a energia térmica é transmitida espontaneamente do corpo de maior temperatura
para o de menor. Essa energia em trânsito, é chamada de calor. Vale ressaltar
que um corpo não possui calor, pois, como já foi dito, calor é uma energia em
movimento quando diferença de temperatura entre objetos.

A quantidade de calor de um corpo é representada pela letra Q e refere-


se ao valor de energia que trocada entre os corpos em contato térmico quando
há temperaturas distintas entre os corpos. Convenciona-se que quando um
corpo recebe calor sua quantidade térmica é maior que zero e, quando cede sua
quantidade térmica é menor que zero.

Existe outro conceito presente no estudo da termodinâmica que é de


extrema importância sua definição e distinção da ideia de calor, pois
frequentemente é utilizado de maneira errônea. Tal preposição refere-se a
Energia Interna.

Anteriormente, foi definido que energia térmica é relacionada com o


movimento das partículas de um corpo, isto é, uma energia cinética. No entanto,
além dessa energia cinética existem outras que fazem influência no corpo (como
por exemplo energia potencial relacionada com as ligações entre as moléculas).

Portanto, define-se Energia Interna como a soma total de todas as


energias no interior de um objeto, relacionada a seus elementos microscópios
(átomos e moléculas) quando vistos em um sistema de referência em repouso
com relação ao centro de massa do sistema. Vale mencionar que quando um

12
corpo absorve ou cede calor, a sua energia interna aumenta ou diminui. É a partir
dessa definição que surge a Primeira Lei da Termodinâmica e ao analisar ela
percebe-se que a energia interna é uma variável de estado.

A ideia de transferência de calor já vem sendo abordada desde o primeiro


item dessa seção. Isso implica que o conceito dessas trocas já foi trabalhado ao
decorrer do projeto. No entanto, com as novas definições estabelecidas pode-se
adicionar mais informações a essa ideia. Utilizando da Lei geral das trocas de
calor pode-se afirmar que a soma algébrica das quantidades de calor
transferidas entre corpos é nula. Isso implica que a soma entre a quantidade de
calor recebido e a quantidade de calor cedido deve ser igual a zero. Com isso,
utiliza-se do mesmo esquema da Figura 2 para construir um diagrama ilustrativos
como todos os conceitos explanados. A Figura 7 apresenta tal diagrama.

Figura 7: Temperatura, Equilíbrio térmico, Escalas Termométricas, Calor e Troca de calor.

Fonte: Autoria própria.

13
3 METODOLOGIA

Para a realização deste projeto utilizou-se do método experimental.


Conforme Prodanov e Freitas (2013, p. 37) “O método experimental consiste em
submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições
controladas e conhecidas, para observar os resultados.” Além disso, pode-se
classificar essa pesquisa como aplicada, com uma abordagem qualitativa e com
procedimentos experimentais. A seguir, serão listados os materiais utilizados no
projeto, bem como os métodos utilizados.

3.1 Materiais

I. Becker 300mL;
II. Erlenmeyer 150mL;
III. Cronômetro;
IV. Aquecedor Elétrico;
V. Termômetro.

3.2 Procedimentos Experimentais

O processo utilizado para realizar este experimento térmico será descrito


e enumerado a seguir:

I. Adicionar água em temperatura ambiente nos frascos de ensaios.


Acrescentar 100mL no Erlenmeyer e 200mL no Becker e verificar
a temperatura em que a água se encontra nos dois recipientes. O
termômetro deve permanecer até a finalização do experimento;
II. Aquecer o Becker no Aquecedor elétrico até atingir 80ºC;
III. Imediatamente após atingir os 80ºC, deve-se adicionar o
Erlenmeyer no Becker e acionar o cronômetro. Lembrando de
permanecer com o termômetro nos dois recipientes;
IV. Averiguar a temperatura dos dois frascos em intervalos de 30s e
registrar essas informações. Realizar esse processo até atingir 5
minutos;

14
V. Após 10 minutos, verificar e registrar as temperaturas em cada
frasco. Estes serão os últimos valores do ensaio.

A Figura 8 apresenta o registro fotográfico do sistema pendular


implementado em laboratório, utilizando os devidos equipamentos de segurança
e sob orientação.

Figura 8: Montagem do experimento térmico no Laboratório.

Fonte: Autoria própria.

15
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção serão apresentados os resultados obtidos a partir da


realização da pesquisa fundamenta e explanada anteriormente. Foi
desenvolvido e analisado um sistema térmico a fim de comprovar e validar os
conceitos que definem o equilíbrio térmico e trocas de calor. A seguir será
exposto, por meio de tabelas, imagens, gráficos e procedimentos matemáticos,
tais resultados.

Após realizar os procedimentos descritos no item 3 deste projeto,


registrou-se as devidas temperaturas dos corpos do sistema. Além disso,
previamente, averiguou-se as temperaturas ambientes de cada objeto. Dessa
forma, obteve-se os valores que constam na Tabela 1, cuja apresenta as
medidas de temperatura para cada intervalo de tempo.

Tabela 1: Valores de temperatura para os dois corpos.

𝑡/𝑚𝑖𝑛 𝜗1 /℃ 𝜗2 /℃
0,5 65 27
1,0 56 31
1,5 51 35
2,0 48 36
2,5 46 38
3,0 44 39
3,5 43 40
4,0 42 40
4,5 41,5 40,5
5,0 41 41
10,0 41 41
Fonte: Autoria própria.

Vale ressaltar que, 𝜗1 refere-se as temperaturas do Becker e, o 𝜗2 são as


temperaturas do Erlenmeyer. Além disso, é imprescindível citar que o

16
termômetro empregado no experimento utilizava da escala Celsius em suas
medidas.

Com os dados averiguados e registrados na Tabela 1, pode-se plotar um


gráfico das temperaturas do Becker e do Erlenmeyer em função do tempo. Para
tal, será utilizado dois meios. Um gráfico será gerado no software Excel, com o
intuito de obter uma plotagem com uma maior exatidão. A outra maneira utilizada
será um gráfico realizado manualmente em um papel milimetrado (ver Apêndice
A), com o intuito de complementar os dados obtidos. O Gráfico 1 apresenta os
valores das temperaturas em função do tempo.

Gráfico 1: Valores de temperatura em função do tempo.

Temperaturas em função do tempo

70

60

50

40

30

20

10

0
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 10,0

ϑ1 ϑ2

Fonte: Autoria própria.

Ao analisar o Gráfico 1, percebe-se que na primeira medição realizada,


no instante de tempo de 0,5 minutos, os dois corpos possuem temperaturas
distintas. Tal característica se mantém durante várias medições realizadas,
comprovando que os dois corpos iniciaram o experimento com temperaturas
diferentes.

Ainda com relação as temperaturas dos objetos, observa-se que após um


longo tempo, as temperaturas se tornam iguais. Portanto, o conceito de Equilíbrio
17
térmico é validado. Além disso, sabe-se a velocidade de variação da temperatura
dos corpos depende de vários fatores, como: Pressão, Volume, Forças
dissipativas e etc.

Vale mencionar também que as curvas de temperatura seriam afetadas


se durante a realização das medidas ocorressem trepidações no sistema
térmico, pois com isso a energia interna da água em cada frascos iria aumentar
e, consequentemente, sua temperatura também iria ser alterada. A Figura 9
apresenta o registro fotográfico do sistema térmico.

Figura 9: Montagem do experimento térmico no Laboratório.

Fonte: Autoria própria.

Partindo-se das discussões apresentadas nos tópicos anteriores, fica


evidente que as definições de calor e energia interna são comprovadas. Nota-se
que a energia em trânsito é transferida do corpo de maior temperatura para o de
menor, confirmando o pensamento que o calor é uma propriedade extensiva da
matéria. Observando os dados e as curvas obtidas verifica-se que a energia

18
interna varia de acordo com a alteração de temperatura da água. No entanto,
nem toda mudança de energia interna está associada à variação de temperatura.

Para complementar os dados do projeto, será convertida todas as


temperaturas encontradas para as 5 escalas termométricas explanadas
anteriormente. O processo de cálculo para as conversões será exposto apenas
para uma temperatura e, os demais resultados constarão na Tabela 2. A
temperatura escolhida para evidenciar os processos matemáticos será a
primeira do Becker, isto é, 65ºC.

• Conversão Celsius para Fahrenheit:

𝑇𝐶 𝑇𝐹 − 32
=
100 180

65 𝑇𝐹 − 32
=
100 180

65 𝑇𝐹 − 32
=
5 9

585 = 5𝑇𝐹 − 160

585 + 160
𝑇𝐹 =
5

𝑇𝐹 = 149℉

• Conversão Celsius para Kelvin:

𝑇𝐶 𝑇𝐾 − 273
=
100 100

65 𝑇𝐾 − 273
=
100 100

65 = 𝑇𝐾 − 273

𝑇𝐾 = 65 + 273

19
𝑇𝐾 = 338𝐾

• Conversão Celsius para Rankine:

𝑇𝐶 𝑇𝑅𝑎 − 492
=
100 180

65 𝑇𝑅𝑎 − 492
=
100 180

65 𝑇𝑅𝑎 − 492
=
5 9

585 = 5𝑇𝑅𝑎 − 2460

585 + 2460
𝑇𝑅𝑎 =
5

𝑇𝑅𝑎 = 609°Ra

• Conversão Celsius para Réaumur:

𝑇𝐶 𝑇𝑅é
=
100 80

65 𝑇𝑅é
=
100 80

65 𝑇𝑅é
=
5 4

𝑇𝑅é = 52°Ré

20
Tabela 2: Conversões entre as escalas termométricas.

𝑇𝐶 /℃ 𝑇𝐹 /℉ 𝑇𝐾 /𝐾 𝑇𝑅𝑎 /°Ra 𝑇𝑅é /°Ré


65 149 338 609 52
56 132,8 329 562,47 44,8
51 123,8 324 583,47 40,8
48 118,4 321 578,07 38,4
46 114,8 319 574,47 36,8
44 111,2 317 570,87 35,2
43 109,4 316 569,07 34,4
42 107,6 315 567,27 33,6
41,5 106,7 314,65 566,37 33,2
41 105,8 314 565,47 32,8
40,5 104,9 313,65 564,57 32,4
40 104 313 563,67 32
39 102,2 312 561,87 31,2
38 100,4 311 560,07 30,4
36 96,8 309 556,47 28,8
35 95 308 554,67 28
31 87,8 304 547,47 24,8
27 80,6 300 540,27 21,6
Fonte: Autoria própria.

As Figuras 10, 11 e 12 apresentam os registros fotográficos dos


componentes do grupo realizando o experimente em laboratório.

21
Figura 10: Componentes do grupo - 1.

Fonte: Autoria própria.

Figura 11: Componentes do grupo - 2.

Fonte: Autoria própria.

Figura 12: Componentes do grupo - 3.

Fonte: Autoria própria.

22
5 CONCLUSÕES

Como consequência da aplicação dos critérios dos métodos propostos no


projeto, verificou-se que vários aspectos contemplados na teoria abordada são
válidos. Diante do exposto percebe-se a relevância do trabalho no que diz
respeito a compreensão de um sistema pendular e as grandezas envolvidas.

Após a realização desse projeto, foi perceptível a influência das variáveis


expostas na teoria, sobretudo no que diz respeito ao equilíbrio térmico e a
transferência de calor entre objetos. Foi comprovado, a partir do experimento,
que a troca de calor entre corpos em contato térmico ocorre do que tem maior
temperatura para o de menor, fazendo com que ambos atinjam o equilíbrio
térmico.

Para futuros projetos, seria notável a utilização de outros tipos de


termômetros, para assim obter comparações entre a precisão de cada um. Além
de realizar o experimento em um sistema termicamente isolado para que as
forças dissipativas possuam menos influência nos resultados finais.

23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:


Informação e documentação: Citações em documentos - Apresentação. Rio
de Janeiro, p. 7. 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação


e documentação: Artigo em publicação periódica científica impressa -
Apresentação. Rio de Janeiro, p. 5. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação


e documentação: Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, p. 24. 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Informação


e documentação: Numeração progressiva das seções de um documento
escrito - Apresentação. Rio de Janeiro, p. 3. 2003.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física:


gravitação, ondas e termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 292 p

HEWITL, Paul G. Física Conceitual. Bookman, Porto Alegre: 2015.

JOHN W. Jenett Jr, RAYMOND A. Serway, Física para Cientistas e


Engenheiros. V. 2, 8 ed. Cengage Learning: 2010.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica 2: Fluidos, Oscilações e


Ondas, Calor. 4a edição, Editora Edgard Blücher, 2002.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do


trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho
acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. 276 p.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.. Física II: Termodinâmica e Ondas.
12. ed. São Paulo: Pearson, 2008. 329 p.

24
APÊNDICE A – GRÁFICO DAS TEMPERATURAS EM FUNÇÃO DO TEMPO

25

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