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CANOAS, 2017/2
Sumário
1. ÁLGEBRA MATRICIAL ................................................................................................................. 1
1.1 MATRIZES ................................................................................................................................ 1
1.1.1 Introdução ............................................................................................................................ 1
1.1.2 Matrizes especiais ................................................................................................................ 2
1.1.2.1 Matriz Linha....................................................................................................................... 2
1.1.2.2 Matriz Coluna .................................................................................................................... 2
1.1.2.3 Matriz Nula ........................................................................................................................ 2
1.1.2.4 Matriz Quadrada ............................................................................................................... 2
1.1.2.5 Matriz Diagonal ................................................................................................................. 3
1.1.2.6 Matriz Identidade .............................................................................................................. 3
1.1.2.7 Matriz transposta .............................................................................................................. 4
1.1.2.8 Matriz Simétrica ................................................................................................................ 4
1.1.2.9 Matriz triangular Superior ................................................................................................. 4
1.1.2.10 Matriz triangular inferior................................................................................................. 4
1.1.3 Operações com matrizes ...................................................................................................... 5
1.1.3.1 Igualdade de Matrizes ....................................................................................................... 5
1.1.3.2 Adição de Matrizes ............................................................................................................ 5
1.1.3.2.1 Propriedades da soma de matrizes ................................................................................ 5
1.1.3.3 Subtração de Matrizes ...................................................................................................... 6
1.1.3.4 Produto por Escalar ........................................................................................................... 6
1.1.3.5 Produto Matricial .............................................................................................................. 7
1.1.3.5.1 Propriedades do produto matricial ................................................................................ 8
1.1.3.6 Matriz inversa.................................................................................................................... 9
1.2 DETERMINANTES ................................................................................................................... 11
1.2.1 Introdução .......................................................................................................................... 11
1.2.2 Determinante de uma matriz 1x1 ...................................................................................... 11
1.2.3 Determinante de uma matriz 2 x 2. ................................................................................... 12
1.2.4 Determinante de uma matriz 3 x 3 .................................................................................... 12
1.2.5 Teorema de Laplace ou Método do Cofator ...................................................................... 13
1.2.6 Propriedades dos determinantes ....................................................................................... 14
1.3 SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ...................................................................................... 15
1.3.2 Definições e generalidades ................................................................................................ 15
1.3.2.1 Equações lineares ............................................................................................................ 15
1.3.2.2 Equações homogêneas.................................................................................................... 15
1.3.2.3 Sistema linear .................................................................................................................. 16
1.3.2.3.1 Classificação dos sistemas lineares .............................................................................. 18
1.3.2.3.2 Representação gráfica de um sistema ......................................................................... 18
1.3.2.3.3 Expressão matricial de um sistema de equações lineares ........................................... 20
1.3.2.3.4 Regra de Cramer .......................................................................................................... 21
1.3.2.3.5 Discussão de um sistema linear ................................................................................... 23
1.3.2.3.6 Escalonamento de sistema........................................................................................... 24
1.3.2.3.6.1 Processo para escalonamento de um sistema linear ................................................ 24
1.3.2.3.6.2 Classificação e resolução de sistemas lineares escalonados .................................... 27
2. ÁLGEBRA VETORIAL ................................................................................................................. 28
2.1 DEFINIÇÕES E GENERALIDADES............................................................................................. 28
2.2 OPERAÇÕES COM VETORES .................................................................................................. 33
2.2.1 Adição de vetores ............................................................................................................... 33
2.2.1.1 Método do polígono para a soma vetorial...................................................................... 33
2.2.1.2 Método do paralelogramo para a soma vetorial ............................................................ 34
2.2.2 Subtração entre dois vetores ............................................................................................. 35
2.2.3 Produto de um escalar (número real) por um vetor .......................................................... 35
2.3 VETORES NO ESPAÇO ............................................................................................................ 36
2.3.1 Decomposição de vetores no espaço................................................................................. 36
2.3.2 Igualdade de vetores .......................................................................................................... 37
2.3.3 Operações com vetores ..................................................................................................... 37
2.3.4 Vetor definido por dois pontos .......................................................................................... 37
2.3.5 Módulo de um vetor .......................................................................................................... 37
2.3.6 Cálculo das componentes de um vetor .............................................................................. 37
2.3.7 Relação entre cossenos diretores de um vetor no espaço ................................................ 38
2.3.8 Condição de paralelismo entre dois vetores...................................................................... 38
2.3.9 Versor de um vetor ............................................................................................................ 39
2.4 PRODUTOS ENTRE VETORES: PRODUTO ESCALAR ................................................................ 39
2.4.1 Produto escalar .................................................................................................................. 39
2.4.1.1 Propriedades do produto escalar.................................................................................... 39
2.4.1.2 Ângulo entre dois vetores ............................................................................................... 40
2.4.1.3 Condição de ortogonalidade entre dois vetores ............................................................. 42
2.5 PRODUTOS ENTRE VETORES: PRODUTO VETORIAL E PRODUTO MISTO .............................. 42
2.5.1 Produto vetorial ................................................................................................................. 42
2.5.1.1 Significado geométrico do produto vetorial ................................................................... 43
2.5.1.2 Propriedades do produto vetorial ................................................................................... 44
2.5.2 Produto misto..................................................................................................................... 45
2.5.2.1 Significado geométrico do produto misto ...................................................................... 45
2.6 A RETA ................................................................................................................................... 46
2.6.1 Equação vetorial da reta .................................................................................................... 46
2.6.2 Equações paramétricas da reta .......................................................................................... 47
2.6.3 Equações simétricas da reta............................................................................................... 48
2.6.4 Equações reduzidas da reta ............................................................................................... 49
2.6.5 Reta definida por dois pontos ............................................................................................ 49
2.6.6 Condição de alinhamento de três pontos .......................................................................... 49
2.6.7 Ângulo entre duas retas ..................................................................................................... 50
2.6.8 Condição de paralelismo entre duas retas......................................................................... 51
2.6.9 Condição de Ortogonalidade entre duas retas .................................................................. 51
2.6.10 Condição de coplanaridade entre duas retas .................................................................. 52
2.6.11 Posições relativas entre duas retas .................................................................................. 52
2.6.12 Intersecção de duas retas ................................................................................................ 53
2.6.13 Distância de um Ponto e uma reta ................................................................................... 54
2.7 O PLANO ................................................................................................................................ 55
2.7.1 Equação geral do plano ...................................................................................................... 55
2.7.2 Ângulo Entre Dois Planos ................................................................................................... 56
2.7.3 Condição de paralelismo entre dois planos ....................................................................... 56
2.7.4 Condição de perpendicularidade entre dois planos .......................................................... 57
LISTAS DE EXERCÍCIOS ................................................................................................................. 58
1
1. ÁLGEBRA MATRICIAL
1.1 MATRIZES
1.1.1 Introdução
Observação 1
Exemplos:
9 3
1. 𝐴 = [1 4 ] é uma matriz do tipo 4 x 2
0 −3
2 0
−8 7
3. 𝐶 = ‖ 7 0‖ é uma matriz de ordem 2 x 2
5
2
−9
0
1
4. 𝐷 = 6 é uma matriz 6 x 1
0
1
[ 3 ]
Uma matriz A é denominada matriz linha quando possuir uma única linha.
Notação: A = (aij )
1xn
Notação: A = (aij )
mx1
3
Exemplo: 𝐴 = (9)
1 3𝑥1
Notação: 𝐴 = 0𝑚𝑥𝑛
0 0 0
Exemplo: 02𝑥3 = ( )
0 0 0
Uma matriz A é uma matriz quadrada quando possuir o mesmo número de linhas e de
colunas, isto é, m = n.
3
Notação:
𝐚𝟏𝟏 a12 ⋯ a1n
a 𝐚𝟐𝟐 ⋯ a2n
A = ( 21
⋮ ⋮ ⋮ ) (1.2)
⋱
an1 an2 ⋯ 𝐚𝒏𝒏
Exemplo:
2 3 4
𝐴=[5 7 0] ,
10 −1 9 3𝑥3
2 0 0
Exemplo: 𝐴 = (0 1 0)
0 0 3
Observação 2
Notação: 𝐼𝑛
1 0 0
1 0
Exemplo: 𝐼2 = ( ) 𝐼3 = (0 1 0)
0 1
0 0 1
4
Seja a matriz A = (aij )mxn , Define-se a matriz transposta como sendo uma
matriz B tal que B = (bij )nxm e bij = aji , isto é, é a matriz obtida a partir da matriz A
pela troca de suas linhas pelas colunas correspondentes.
Notação: B = At
Exemplo: Dada a matriz A abaixo temos que
2 −1
2 3 0
𝐴=( ) ⇒ 𝐴𝑡 = (3 −2)
−1 −2 1
0 1
Exemplo: A matriz
3 5 6
𝐴 = [ 5 2 4]
6 4 8
É simétrica, pois 𝑎12 = 𝑎21 = 5, 𝑎13 = 𝑎31 = 6 e 𝑎23 = 𝑎32 = 4.
1 3 5
Exemplo: 𝐴 = (0 8 9)
0 0 6
1 0 0
Exemplo: 𝐴 = (√3 8 0)
7 −3 −1
5
2 0 2 𝑐
𝐴=( ), 𝐵=( )
−1 𝑏 −1 3
Sejam iguais.
2 0 2 𝑐
𝐴=𝐵 ⇔ ( )=( )
−1 𝑏 −1 3
i) Comutativa: A + B = B + A
ii) Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
iii) Elemento neutro: Existe uma única matriz 0mxn (matriz nula) tal que A + 0 = 0 + A =
A
iv) Elemento simétrico: A + (−A) = (−A) + A = 0
0 −4
1 2 −1
𝐴=( ), 𝐵 = (−7 5 )
5 3 4
2 5
Determine a matriz 𝐶 = 𝐴 + 𝐵𝑡
1 2 −1 0 −7 2
𝐶 = 𝐴 + 𝐵𝑡 = ( )+( )
5 3 4 −4 5 5
1 + 0 2 − 7 −1 + 2 1 −5 1
𝐶 = 𝐴 + 𝐵𝑡 = ( )=( )
5−4 3+5 4+5 1 8 9
3 0 1 2
𝐴=[ ], 𝐵 = [ ].
4 −7 0 −2
3 0 1 2 3−1 0−2 2 −2
𝐶=[ ]−[ ]=[ ]=[ ]
4 −7 0 −2 4 − 0 7 − (−2) 4 −5
1 0
𝐴 = ( 3 −5)
−1 7
−3 ∙ 1 −3 ∙ 0 −3 0
𝐵 = −3𝐴 = ( −3 ∙ 3 −3 ∙ (−5)) = (−9 15 )
−3 ∙ (−1) −3 ∙ (7) 3 −21
Observação 3
A equação acima está dizendo que o elemento 𝑐𝑖𝑗 do produto é igual à soma
dos produtos dos elementos da i-ésima linha de 𝐴 pelos elementos correspondentes
da j-ésima coluna de 𝐵.
𝑝
O símbolo ∑𝑘=1 𝑎𝑖𝑘 ∙ 𝑏𝑘𝑗 significa que estamos fazendo uma soma em que o
índice 𝑘 está variando de 𝑘 = 1 até 𝑘 = 𝑝. Lê-se “somatório de 𝑘 variando de 1 a 𝑝 de
𝑎𝑖𝑘 ∙ 𝑏𝑘𝑗 ".
A figura (1.1) ilustra o cálculo do elemento 𝑐𝑖𝑗 da matriz produto 𝐶 = 𝐴𝐵.
Observação 4
a) A ∙ B ≠ B ∙ A
b) A ∙ I = I ∙ A = A
c) A ∙ (B + C) = A ∙ B + A ∙ C
d) (A + B) ∙ C = A ∙ C + B ∙ C
e) (A ∙ B) ∙ C = A ∙ (B ∙ C)
f) (A ∙ B)t = B t ∙ At
g) 0 ∙ A = A ∙ 0
2 3
1 2 3
𝐴 = [ 0 1] , 𝐵=[ ]
−2 0 4
−1 4
𝑐11 = 2 ∙ 1 + 3 ∙ (−2) = −4
𝑐12 = 2 ∙ 2 + 3 ∙ 0 = 4
𝑐13 = 2 ∙ 3 + 3 ∙ 4 = 18
𝑐21 = 0 ∙ 1 + 1 ∙ (−2) = −2
𝑐22 = 0 ∙ 2 + 1 ∙ 0 = 0
𝑐23 = 0 ∙ 3 + 1 ∙ 4 = 4
𝑐31 = −1 ∙ 1 + 4 ∙ (−2) = −9
𝑐32 = −1 ∙ 2 + 4 ∙ 0 = −2
𝑐33 = −1 ∙ 3 + 4 ∙ 4 = 13
𝑑11 𝑑12 −1 17
𝐷 = 𝐵𝐴 = [ ]=[ ],
𝑑21 𝑑22 −8 10
𝑑11 = 1 ∙ 2 + 2 ∙ 0 + 3 ∙ (−1) = −1
𝑑12 = 1 ∙ 3 + 2 ∙ 1 + 3 ∙ 4 = 17
𝑑21 = −2 ∙ 2 + 0 ∙ 0 + 4 ∙ (−1) = −8
𝑑22 = −2 ∙ 3 + 0 ∙ 1 + 4 ∙ 4 = 10
Fica claro por este exemplo que 𝐴𝐵 ≠ 𝐵𝐴 de acordo com observação (4).
𝐴𝐵 = 𝐵𝐴 = 𝐼𝑛 ,
Exemplo 1: Mostre que a matriz 𝐴 dada abaixo é invertível com sua inversa data por
𝐴−1 .
2 5 3 −5
𝐴=( ), 𝐴−1 = ( )
1 3 −1 2
Solução: pela definição de matriz inversa devemos verificar se 𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐴−1 ∙ 𝐴 = 𝐼2.
Com efeito,
2 5 3 −5 1 0 3 −5 2 5
𝐴 ∙ 𝐴−1 = ( )∙( )=( )=( )∙( ) = 𝐴−1 ∙ 𝐴
1 3 −1 2 0 1 −1 2 1 3
a b
A matriz A = ( ), é invertível se a ∙ d − b ∙ c ≠ 0, e neste caso sua inversa é dada
c d
pela fórmula:
1 𝑑 −𝑏
𝐴−1 = ∙( )
𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐 −𝑐 𝑎
3 2 4 6
𝐴=( ), 𝐵=( )
2 2 2 3
Solução: Pelo teorema (1) temos que verificar a condição de existência da inversa.
Para a matriz 𝐴 temos 𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐 = 2 ≠ 0, assim existe 𝐴−1 sendo dada por
1
−1
𝐴−1
=( 3)
−1
2
Exemplo:
2 3
𝐴=( )
2 5
Sabemos que a matriz 𝐴−1 será uma matriz quadrada de mesma ordem.
Explicite uma matriz inversa com elementos quaisquer. Sendo assim, usaremos letras
para representar estes elementos.
𝑎 𝑏
𝐴−1 = ( )
𝑐 𝑑
1 0
𝐼𝑛 = ( )
0 1
𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐼𝑛
2 3 𝑎 𝑏 1 0
( )∙( )=( )
2 5 𝑐 𝑑 0 1
2𝑎 + 3𝑐 2𝑏 + 3𝑑 1 0
( )=( )
2𝑎 + 5𝑐 2𝑏 + 5𝑑 0 1
2𝑎 + 3𝑐 = 1 2𝑏 + 3𝑑 = 0
1) { 2) {
2𝑎 + 5𝑐 = 0 2𝑏 + 5𝑑 = 1
Resolvendo o sistema 1) pelo método da adição.
11
2𝑎 + 3𝑐 = 1
−(2𝑎 + 5𝑐 = 0)
1
−2𝑐 = 1 → 𝑐 = −
2
1 3 3 5 5
2𝑎 + 3𝑐 = 1 → 2𝑎 + 3 ∙ (− 2) = 1 → 2𝑎 − 2 = 1 → 2𝑎 = 1 + 2 → 2𝑎 = 2 ∴ 𝑎 = 4
3 1
𝑏 = −4 e 𝑑 = 2
5 3
−
𝐴−1 =( 4 4)
1 1
−
2 2
1.2 DETERMINANTES
1.2.1 Introdução
𝑎11 𝑎12
O determinante de 𝐴 = (𝑎 𝑎22 ) é:
21
𝑎11 𝑎12
det 𝐴 = |𝑎 𝑎22 | = 𝑎11 ∙ 𝑎22 − 𝑎12 ∙ 𝑎21 .
21
6 −3 6 −3
Por exemplo, se 𝐴 = ( ), então det 𝐴 = | | = 6 ∙ 9 − (−3) ∙ 5 = 69.
5 9 5 9
+ + +
𝑎11 𝑎12 𝑎13 ⋮ 𝑎11 𝑎12
|𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋮ 𝑎21 𝑎22 | = +(𝑎11 𝑎22 𝑎33 + 𝑎12 𝑎23 𝑎31 + 𝑎13 𝑎21 𝑎32 )
𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋮ 𝑎31 𝑎32
13
− − −
𝑎11 𝑎12 𝑎13 ⋮ 𝑎11 𝑎12
|𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋮ 𝑎21 𝑎22 | = −(𝑎13 𝑎22 𝑎31 + 𝑎11 𝑎23 𝑎32 + 𝑎12 𝑎21 𝑎33 )
𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋮ 𝑎31 𝑎32
Assim,
+ + + − − −
𝑎11 𝑎12 𝑎13 ⋮ 𝑎11 𝑎12
det 𝐴 = |𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋮ 𝑎21 𝑎22 | =
𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋮ 𝑎31 𝑎32
= +(𝑎11 𝑎22 𝑎33 + 𝑎12 𝑎23 𝑎31 + 𝑎13 𝑎21 𝑎32 ) − (𝑎13 𝑎22 𝑎31 + 𝑎11 𝑎23 𝑎32 + 𝑎12 𝑎21 𝑎33 )
Exemplo: Dada a matriz de ordem 3 abaixo, calcule seu determinante pela regra de
Sarrus.
1 −2 1
𝐴 = (3 0 5)
2 1 4
1 −2 1 ⋮ 1 −2
Solução: det 𝐴 = |3 0 5 ⋮ 3 0 | = +(0 − 20 + 3) − (+5 − 24) = 2
2 1 4 ⋮ 2 1
2 3 −2
Exemplo: seja a matriz 𝐷 = [1 4 8 ], calcule 𝐷11 , 𝐷12 e 𝐷13 .
7 5 3
4 8
𝐷11 = (−1)1+1 det 𝑀11 = | | = 12 − 40 = −28
5 3
1 8
𝐷12 = (−1)1+2 det 𝑀12 =| | = −1(3 − 56) = 53
7 3
1 4
𝐷13 = (−1)1+3 det 𝑀13 =| | = (5 − 28) = −23
7 5
14
2 3 −1 3
Exemplo: Seja a matriz 𝐵 = [1 1 1 3]
5 0 3 4
3 1 7 −1
Solução: Perceba que a linha 3 contém um zero, logo vamos escolhê-la como fixa ao
aplicar o teorema de Laplace, ou seja,
2 3 −1 3
det(𝐵) = |1 1 1 3 | = 5𝐵31 + 0𝐵32 + 3𝐵33 + 4𝐵34 ,
5 0 3 4
3 1 7 −1
onde cada cofator 𝐵31 , 𝐵33 e 𝐵34 é dado por (calculados via regra de Sarrus)
3 −1 3 ⋮ 3 −1
𝐵31 = (−1)3+1 det(𝑀31 ) = (+1) |1 1 3 ⋮ 1 1| =
1 7 −1 ⋮ 1 7
= −3 − 3 + 21 − 3 − 63 − 1 = −52
2 3 3 ⋮ 2 3
𝐵33 = (−1)3+3 det(𝑀33 ) = (+1) |1 1 3 ⋮ 1 1| =
3 1 −1 ⋮ 3 1
= −2 + 27 + 3 − 9 − 6 + 3 = 16
2 3 −1 ⋮ 2 3
𝐵34 = (−1)3+4 det(𝑀34 ) = (−1) |1 1 1 ⋮ 1 1| =
3 1 7 ⋮ 3 1
= −(14 + 9 − 1 + 3 − 2 − 21) = −2
𝑎1 𝑥1 + 𝑎2 𝑥2 + 𝑎3 𝑥3 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥𝑛 = 𝑏
Exemplo: As equações
𝑥 + 3𝑦 = 7
1
𝑦 = 𝑥 + 3𝑧 + 𝑡 + 1
2
𝑥1 − 2𝑥2 − 3𝑥3 + 𝑥4 = √3
são lineares. Observe que uma equação linear não envolve quaisquer produtos ou
raízes de incógnitas. Todas as incógnitas ocorrem na primeira potência (são
monômios de grau 1) e não aparecem como argumento de funções trigonométricas,
logarítmicas ou exponenciais. As equações
𝑥 + 3√𝑦 = 5
3𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 + 𝑥𝑧 = 4
𝑦 = sin(𝑥)
são não-lineares.
Exemplo:
3 ∙ (−1) − 2𝑦 = 5
−3 − 2𝑦 = 5
−2𝑦 = 5 + 3
8
𝑦=−
2
𝑦 = −4
2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 0
{ 𝑥 + 𝑦 + 4𝑧 = 0
5𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
Exemplo:
𝑦
𝑥 + 3𝑦 = −5 3𝑥 + = 2
𝑆1 : { 𝑆2 : {−𝑥+𝑦 2
2𝑥 − 𝑦 = 4 = −1
3
Solução:
𝑥 + 3𝑦 = −5
Sistema 1: {
2𝑥 − 𝑦 = 4
−2𝑥 − 6𝑦 = 10
{
2𝑥 − 𝑦 = 4
−7𝑦 = 14 ⇔ 𝑦 = −2
−2𝑥 − 6 ∙ (−2) = 10
−2𝑥 + 12 = 10
−2𝑥 = −2 ⇔ 𝑥 = 1
Sistema 2:
𝑦
3𝑥 + =2
2
{−𝑥 + 𝑦
= −1
3
𝑦 =𝑥−3
𝑥−3
3𝑥 + =2
2
6𝑥 + 𝑥 − 3 = 4
7𝑥 = 7 ⇔ 𝑥 = 1
𝑦=𝑥−3
𝑦 = 1 − 3 ⇔ 𝑦 = −2
Determinado
(admite uma única solução)
Possível ou Compatível
(quando admite solução)
Indeterminado
(admite infinitas soluções)
Sistema Linear
Possível ou Compatível
(quando não admite solução)
Para cada equação dos sistemas (a), (b) e (c) abaixo representa uma reta no
plano cartesiano 𝑥𝑦. Para cada ponto destas retas, temos associados um par (𝑥, 𝑦)
que satisfaz a primeira ou a segunda equação, ou seja, é solução de uma ou outra.
Logo, o conjunto solução do SISTEMA em cada caso dar-se-á, então, quando
confrontarmos estas soluções com as soluções da equação. Isto é, corresponderá ao
conjunto intersecção de soluções das duas retas (equações).
19
2𝑥 + 𝑦 = 4
(𝑎) {
−𝑥 + 2𝑦 = 3
2𝑥 + 𝑦 = 4
(𝑏) {
8𝑥 + 4𝑦 = 12
4𝑥 − 5𝑦 = 2
(𝑐) {
−12𝑥 + 15𝑦 = −6
Na figura (1.5) temos que as retas estão uma sobreposta a outra e assim
possuem infinitos pontos de intersecção, logo o sistema é SPI.
Resumindo, para sistemas de equações lineares de duas incógnitas com
duas equações, tem-se a seguinte tabela que sumariza as conclusões obtidas destes
exemplos.
Observe que se você efetuar a multiplicação das matrizes indicadas irá obter
o sistema dado.
Se a matriz constituída pelos coeficientes das incógnitas for quadrada, o seu
determinante é dito determinante do sistema.
2𝑥1 + 5𝑥2 − 𝑥3 = 0
Exemplo: Expresse matricialmente o sistema: {4𝑥1 − 3𝑥2 + 6𝑥3 = −1
7𝑥1 + 𝑥2 − 2𝑥3 = 8
Solução:
2 5 −1 𝑥1 0
[4 −3 6 ] ∙ [𝑥2 ] = [ −1 ]
7 1 −2 𝑥3 8
Vamos determinar agora a matriz 𝐴𝑥1 , que se obtém a partir da matriz 𝐴, substituindo-
se a coluna dos coeficientes de 𝑥1 pela coluna dos termos independentes.
𝑏1 a12 ⋯ a1n
𝑏2 a22 ⋯ a2n
𝐴𝑥1 =[ ]
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑏𝑚 am2 ⋯ a𝑚𝑛
det 𝐴𝑥1
Pela regra de Cramer: 𝑥1 =
det 𝐴
22
a11 𝑏1 ⋯ a1n
a21 𝑏2 ⋯ a2n det 𝐴𝑥2
𝐴𝑥2 =[ ] ⇔ 𝑥2 =
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ det 𝐴
am1 𝑏𝑚 ⋯ a𝑚𝑛
a11 a12 ⋯ 𝑏1
a21 a22 ⋯ 𝑏2 det 𝐴𝑥𝑛
𝐴𝑥𝑛 =[ ] ⇔ 𝑥𝑛 =
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ det 𝐴
am1 am2 ⋯ 𝑏𝑚
det 𝐴𝑥𝑖
𝑥𝑖 =
det 𝐴
Vejamos um exemplo:
2𝑥 − 𝑦 = 7
Resolver, pelo método de Cramer, o sistema {
𝑥 + 5𝑦 = −2
2 −1 𝑥 7
[ ] ∙ [𝑦] = [ ]
1 5 −2
2 −1
𝐴=[ ] ⇒ det 𝐴 = 11
1 5
7 −1
Calculamos o determinante de 𝐴𝑥 = [ ] ⇒ det 𝐴𝑥 = 33
−2 5
2 7
Calculamos o determinante de 𝐴𝑦 = [ ] ⇒ det 𝐴𝑦 = −11
1 −2
det 𝐴𝑥 33
Agora calcularemos a componente 𝑥 da solução: 𝑥 = det 𝐴
= 11 = 3
det 𝐴𝑦 −11
E finalmente a componente 𝑦 da solução: 𝑦 = det 𝐴
= 11
= −1
𝑆 = {(2, −1)}
23
det 𝐴 = 0
Possível e Indeterminado ⇒ { 𝑒
det 𝐴1 = det 𝐴2 = ⋯ = det 𝐴𝑛 = 0
det 𝐴 = 0
Impossível ⇒ { 𝑒
𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑢𝑚 det 𝐴𝑛 ≠ 0
Exemplo:
3𝑥 + 𝑚𝑦 = 2
Discutir o sistema {
𝑥−𝑦 =1
3 𝑚
𝐴=[ ] ⇒ det 𝐴 = −3 − 𝑚
1 −1
2 𝑚
𝐴𝑥 = [ ] ⇒ det 𝐴𝑥 = −2 − 𝑚
1 −1
3 2
𝐴𝑦 = [ ] ⇒ det 𝐴𝑦 = 3 − 2 = 1
1 1
Fazendo: det 𝐴 = 0 ⇒ −3 − 𝑚 = 0 ⇒ 𝑚 = −3
det 𝐴𝑥 = 0 ⇒ −2 − 𝑚 = 0 ⇒ 𝑚 = −2
SI ⇒ 𝑚 = −3 (sistema impossível).
𝑥 − 2𝑦 + 5𝑧 = 7 3𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = −6
{ 3𝑦 + 2𝑧 = 1 { 4𝑦 − 2𝑧 = 0
4𝑧 = 8 5𝑧 = 10
1º) Eliminamos uma equação que tenha todos os coeficientes e o termo independente
nulos. Por exemplo: 0𝑥 + 0𝑦 + 0𝑧 = 0 pode ser eliminada, pois todos os termos de
números reais são soluções.
3𝑥 − 2𝑦 = 6 𝑥 + 4𝑦 = 1
{ ⇒ {
𝑥 + 4𝑦 = 1 3𝑥 − 2𝑦 = 6
3º) Podemos multiplicar todos os termos de uma equação pelo mesmo número real
diferente de zero: 3𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 5 ⇒ 6𝑥 − 2𝑦 + 2𝑧 = 10
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
1) { 4𝑥 + 2𝑦 − 3𝑧 = 0
−2𝑥 − 3𝑦 + 5𝑧 = 5
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1 X (2)
{
4𝑥 + 2𝑦 − 3𝑧 = 0
−4𝑥 + 2𝑦 + 2𝑧 = 2
+ (4𝑥 + 2𝑦 − 3𝑧 = 0)
4𝑦 − 𝑧 = 2 (substituir esta equação no lugar da segunda equação no sistema)
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
Assim, obtemos um sistema equivalente: { 4𝑦 − 𝑧 = 2
−2𝑥 − 3𝑦 + 5𝑧 = 5
Agora vamos multiplicar a primeira equação por (-1) e somar com a terceira:
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1 X (-1)
{
−2𝑥 − 3𝑦 + 5𝑧 = 5
2𝑥 − 𝑦 − 𝑧 = −1
+(−2𝑥 − 3𝑦 + 5𝑧 = 5)
−4𝑦 + 4𝑧 = 4 (substituir esta equação no lugar da terceira equação no sistema)
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
Reescrevendo o sistema temos: { 4𝑦 − 𝑧 = 2
−4𝑦 + 4𝑧 = 4
4𝑦 − 𝑧 = 2
+(−4𝑦 + 4𝑧 = 4)
3𝑧 = 6
Reescrevendo o sistema:
−2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1
{ 4𝑦 − 𝑧 = 2 , Portanto 𝑥 = 1, 𝑦 = 1 e 𝑧 = 2. (sistema possível e determinado)
3𝑧 = 6
26
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4
2) { 5𝑥 + 6𝑦 + 7𝑧 = 8
9𝑥 + 10𝑦 + 11𝑧 = 12
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4 X (-5)
{
5𝑥 + 6𝑦 + 7𝑧 = 8
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4
Reescrevendo o sistema: { −4𝑦 − 8𝑧 = −12
9𝑥 + 10𝑦 + 11𝑧 = 12
Agora vamos multiplicar a primeira equação por (-9) e somar com a terceira.
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4 X (-9)
{
9𝑥 + 10𝑦 + 11𝑧 = 12
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4
Reescrevendo o sistema: { −4𝑦 − 8𝑧 = −12
−8𝑦 − 16𝑧 = −24
Por fim iremos multiplicar a segunda equação por (-2) e soma-la com a terceira.
8𝑦 + 16𝑧 = 24
+(−8𝑦 − 16𝑧 = −24)
0𝑧 = 0 (substituir esta equação no lugar da terceira equação no sistema)
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 4
{−4𝑦 − 8𝑧 = −12,
0𝑧 = 0
Analisando esta última equação podemos notar que qualquer valor real de z satisfaz a
igualdade. Portanto o sistema é possível e indeterminado pois admite infinitas
soluções.
27
𝑥1 + 2𝑥2 − 3𝑥3 = 4
3) { 2𝑥1 + 3𝑥2 + 4𝑥3 = 5
4𝑥1 + 7𝑥2 − 2𝑥3 = 12
𝑥1 + 2𝑥2 − 3𝑥3 = 4
{ −𝑥2 + 10𝑥3 = −3
4𝑥1 + 7𝑥2 − 2𝑥3 = 12
Agora multiplicando a primeira equação por (-4) e somando-a com a terceira obtemos:
𝑥1 + 2𝑥2 − 3𝑥3 = 4
{ −𝑥2 + 10𝑥3 = −3
−𝑥2 + 10𝑥3 = −4
E por fim multiplicamos a segunda equação por (-1) e somamos ela com a terceira:
𝑥1 + 2𝑥2 − 3𝑥3 = 4
{ −𝑥2 + 10𝑥3 = −3
0𝑥3 = −1
Analisando a ultima equação pode-se notar que não existe valor real de 𝑥3 que
satisfaz a igualdade. Portanto ∄ 𝑥3 ∈ ℝ tal que 0𝑥3 = −1, logo o sistema é impossível.
3𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = −6
1º caso: se o sistema for da forma: { 4𝑦 − 2𝑧 = 0
5𝑧 = 10
9𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 − 𝑤 = 1
𝑦 − 2𝑧 + 4𝑤 = 6
2º caso: se o sistema for da forma: {
5𝑧 + 2𝑤 = 3
0𝑤 = 9
Sistema já escalonado.
A 4ª equação permite dizer que o sistema é impossível, logo 𝑆 = ∅
−2𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 1
3º caso: se o sistema for da forma: { 3𝑦 + 𝑧 = 0
0𝑧 = 0
28
Sistema já escalonado.
A 3º equação permite dizer que o sistema é possível e indeterminado, logo
possui infinitas soluções.
𝑥+𝑦+𝑧 =0
4º caso: se o sistema for da forma: {
3𝑦 − 6𝑧 = 0
2. ÁLGEBRA VETORIAL
Reta orientada – eixo: Uma reta é orientada quando se fixa nela um sentido de
percurso, considerado positivo e indicado por uma seta.
A B
29
Obs.: neste caso a representação geométrica será um ponto e não mais uma reta.
A B
B A
̅̅̅̅
𝐴𝐵 = 5 𝑢. 𝑐.
A B
u → unidade
Direção e sentido:
A B r
Exemplos:
B
D B D F
E
A G
C A C
H
F H
A B
E G
C D
Representação: 𝐴𝐵 ~ 𝐶𝐷
𝐸𝐹 ~ 𝐺𝐻
B
r (reta suporte)
A
⃗⃗⃗⃗⃗ ou 𝐵 − 𝐴 ou 𝑣 .
O vetor determinado por 𝐴𝐵 é indicado por 𝐴𝐵
Como um vetor é representado por um segmento orientado, suas
características são as mesmas deste segmento, isto é: o módulo, a direção e o
sentido.
O módulo de 𝑣 se indica por |𝑣 | ou por 𝑣.
31
Vetores iguais: Dois vetores são iguais se e somente se forem equipolentes entre si.
Exemplo:
Dado que |𝑢
⃗ | = |𝑣 | = |𝑤
⃗⃗ | e 𝑢
⃗ // 𝑣 // 𝑤
⃗⃗ , olhando a figura abaixo é possível afirmar que:
𝑢
⃗ =𝑣
𝑢
⃗ ≠𝑤
⃗⃗
𝑣≠𝑤⃗⃗
𝑢
⃗ 𝑣
𝑤
⃗⃗
Vetor nulo: Vetor nulo é aquele onde a sua extremidade coincide com a sua origem.
O vetor nulo possui módulo igual a zero e é indicado por ⃗0.
⃗⃗⃗⃗⃗ , o vetor 𝐵𝐴
Dado um vetor 𝑣 = 𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ é o oposto de 𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ e se indica por −𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ ou por −𝑣.
Exemplo:
−𝑣
Vetores unitários: Um vetor é unitário, quando seu módulo é igual a um, isto é,
quando |𝑣 | = 1.
𝑣
𝑣0 =
⃗⃗⃗⃗
|𝑣 |
Exemplo:
𝑣
𝑢
⃗
32
Representação: 𝑣 // 𝑢
⃗
Vetores colineares: São vetores que possuem a mesma direção, isto é, estão numa
mesma reta suporte ou em retas suportes paralelas.
Exemplo:
𝑣 𝑢
⃗ r
𝑤
⃗⃗ s
Vetores ortogonais: São vetores que formam entre si ângulo reto (90°).
Exemplo:
𝑣
𝑝
𝑢
⃗
𝑤
⃗⃗
Representação: 𝑢⃗ ⊥𝑣
𝑤
⃗⃗ ⊥ 𝑝
Vetores coplanares: São vetores que pertencem a um mesmo plano ou que possuem
representantes pertencentes a um mesmo plano.
Exemplo:
𝑎
𝑤
⃗⃗
𝑣
𝛼 𝑢
⃗
Os vetores 𝑣 , 𝑢
⃗ e𝑤⃗⃗ são coplanares.
Os vetores 𝑣 , 𝑢
⃗,𝑤
⃗⃗ e 𝑎 não são coplanares.
Ângulo entre vetores: Dados dois vetores não nulos, com mesma origem, o ângulo 𝜃
entre eles é tal que 0° ≤ 𝜃 ≤ 180°.
33
Exemplo:
A adição entre vetores resulta num vetor chamado vetor soma ou vetor
resultante. A representação geométrica da adição pode ser feita por dois métodos: do
polígono ou do paralelogramo. O vetor soma ou resultante substitui o conjunto de
vetores dados.
Exemplo:
Dado |𝑢 ⃗ | = 1 cm, |𝑣 | = 3 cm e |𝑤
⃗⃗ | = 5 cm determine a soma dos vetores
representados a seguir.
𝑢
⃗
𝑤
⃗⃗
Solução:
|𝑣 | = 3 cm
|𝑢
⃗ | = 1 cm
|𝑤
⃗⃗ | = 5 cm
3 cm
4 cm
ℎ
ℎ2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
ℎ 2 = 32 + 42
ℎ2 = 9 + 16
ℎ2 = 25
ℎ = 5 cm
𝑆 = √𝑎2 + 𝑏 2 + 2 ∙ 𝑎 ∙ 𝑏 ∙ cos 𝜃
Dado um vetor não nulo 𝑣 e um escalar 𝑘 também não nulo, o produto deste
vetor pelo escalar é um vetor 𝑤 ⃗⃗ , que possui as seguintes características:
Módulo: |𝑤⃗⃗ | = |𝑘 ∙ 𝑣 | = |𝑘| ∙ |𝑣 |
Direção: a mesma do vetor 𝑣
Sentido: a mesma do vetor 𝑣 se 𝑘 > 0, e sentido contrário do vetor 𝑣 se 𝑘 < 0
Obs. 2: Sempre que tivermos 2 vetores com mesma direção, (numa mesma reta
suporte ou em retas suportes paralelas), dizemos que um deles é igual ao outro
multiplicado por um escalar.
⃗V = ⃗⃗⃗⃗⃗
AB = B − A = (x2 − x1 , 𝑦2 − 𝑦1 , z2 − z1 )
⃗ | = √x 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2
|V
Obs.: o módulo do vetor definido por dois pontos é, numericamente, a distância entre
estes dois pontos.
𝑥
cos 𝛼 = ⃗ | cos 𝛼
⇒ 𝑥 = |V
⃗|
|V
𝑦
cos 𝛽 = ⃗ | cos 𝛽
⇒ 𝑦 = |V
⃗|
|V
𝑧
cos 𝛾 = ⃗ | cos 𝛾
⇒ 𝑧 = |V
⃗|
|V
⃗ | = √x 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 , podemos escrever x 2 + 𝑦 2 +
Do cálculo do módulo de um vetor: |V
2
⃗ | substituindo pelo valor das componentes:
𝑧 2 = |V
2
⃗ | cos 𝛼)2 + (|V
(|V ⃗ | cos 𝛽)2 + (|V
⃗ | cos 𝛾)2 = |V
⃗|
2 2 2 2 2
⃗ | ∙ cos2 𝛼 + |V
|V ⃗ | ∙ cos 2 𝛽 + |V
⃗ | ∙ cos2 𝛾 = |V
⃗ | (divide-se os dois membros por |V
⃗| )
2 2 2
cos 𝛼 + cos 𝛽 cos 𝛾 = 1
⃗⃗⃗
𝑉1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑉2 = x1 ∙ x2 + y1 ∙ y2 + 𝑧1 ∙ 𝑧2
Solução:
⃗⃗⃗
𝑉1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑉2 = 5 ∙ (−3) + (−4) ∙ (−2) + 2 ∙ 2
⃗⃗⃗
𝑉1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑉2 = −15 + 8 + 4
⃗⃗⃗
𝑉1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑉2 = −3
I) 𝑢
⃗ ∙𝑢 ⃗ = |𝑢 ⃗ |2
II) 𝑢
⃗ ∙𝑣 =𝑣∙𝑢 ⃗ (comutativa)
III) 𝑢⃗ ∙ (𝑣 + 𝑤 ⃗⃗ ) = 𝑢
⃗ ∙𝑣+𝑢 ⃗ ∙𝑤
⃗⃗ (distributiva em relação à adição de vetores)
IV) (𝛼 ∙ 𝑢 ⃗ ) ∙ (𝛽 ∙ 𝑣 ) = (𝛼 ∙ 𝛽) ∙ (𝑢
⃗ ∙ 𝑣)
V) 𝑢 ⃗ ∙𝑢⃗ ≥0e𝑢 ⃗ ∙𝑢
⃗ = 0 se e somente se 𝑢 ⃗ = (0, 0, 0)
⃗ =0
40
⃗ − 𝑣 |2 = |𝑢
|𝑢 ⃗ |2 + |𝑣 |2 − 2 ∙ 𝑢
⃗ ∙𝑣
Sabemos também, pelas propriedades do produto escalar que:
⃗ − 𝑣 |2 = |𝑢
|𝑢 ⃗ |2 + |𝑣 |2 − 2 ∙ |𝑢
⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ cos 𝜃
Comparando as igualdades:
⃗ |2 + |𝑣 |2 − 2 ∙ 𝑢
|𝑢 ⃗ |2 + |𝑣 |2 − 2 ∙ |𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = |𝑢 ⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ cos 𝜃
⃗ ∙ 𝑣 = |𝑢
𝑢 ⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ cos 𝜃
Esta última expressão nos mostra que o produto escalar entre dois vetores é igual ao
produto de seus módulos pelo cosseno do ângulo entre eles.
Retomando a igualdade:
⃗ ∙ 𝑣 = |𝑢
𝑢 ⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ cos 𝜃, e isolando-se cos 𝜃, temos:
⃗ ∙𝑣
𝑢 ⃗
cos 𝜃 = |𝑢⃗|∙|𝑣⃗| (que é a expressão para calcular o ângulo entre dois vetores)
Solução:
⃗ ∙ 𝑣 = 2 ∙ 3 + 3 ∙ (−1) + (−4) ∙ 2
𝑢
𝑢
⃗ ∙𝑣 =6−3−8
𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = −5
⃗ | = √22 + 32 + (−4)2
|𝑢
41
|𝑢
⃗ | = √4 + 9 + 16
|𝑢
⃗ | = √29
|𝑣 | = √32 + (−1)2 + 22
|𝑣 | = √9 + 1 + 4
|𝑣 | = √14
𝑢
⃗ ∙𝑣 −5 −5 −5
cos 𝜃 = = = = = −0,248
|𝑢
⃗ | ∙ |𝑣 | √29 ∙ √14 √29 ∙ 14 √406
cos 𝜃 = −0,248
𝜃 = 𝑐𝑜𝑠 −1 (−0,248) (usando a função inversa do cosseno para calcular o ângulo)
𝜃 = 104,36°
Exemplo 2:
Solução:
𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = 3 ∙ 2 + (−2) ∙ 1 + 𝑚 ∙ (−4)
𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = 6 − 2 − 4𝑚
𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = 4 − 4𝑚
⃗ | = √32 + (−2)2 + 𝑚2
|𝑢
⃗ | = √9 + 4 + 𝑚2
|𝑢
⃗ | = √13 + 𝑚2
|𝑢
|𝑣 | = √22 + 12 + (−4)2
|𝑣 | = √4 + 1 + 16
|𝑣 | = √21
4 − 4𝑚
cos 60° =
√13 + 𝑚2 ∙ √21
1 4 − 4𝑚
=
2 √(13 + 𝑚2 ) ∙ 21
√(13 + 𝑚2 ) ∙ 21 = (4 − 4𝑚) ∙ 2
42
√273 + 21𝑚2 = 8 − 8𝑚
273 + 21𝑚2 = (8 − 8𝑚)2
273 + 21𝑚2 = 64 − 128𝑚 + 64𝑚2
64𝑚2 − 21𝑚2 − 128𝑚 + 64 − 273 = 0
43𝑚2 − 128𝑚 − 209 = 0 (resolvendo essa equação)
𝑚 = −1,17 ou 𝑚 = 4,15
Testar os resultados:
4 − 4 ∙ (4,15)
cos 60° =
√13 + 4,152 ∙ √21
1 1
= − (Falso, portanto 𝑚 = 4,15 não é solução da equação racional)
2 2
4 − 4 ∙ (−1,17)
cos 60° =
√13 + (−1,17)2 ∙ √21
1 1
2
= 2 (logo 𝑚 = −1,17 é solução para a equação).
Dois vetores são ortogonais quando formam um ângulo de 90° entre si. Como
cos 90° = 0, substituindo na igualdade:
⃗ ∙ 𝑣 = |𝑢
𝑢 ⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ cos 𝜃
⃗ ∙ 𝑣 = |𝑢
𝑢 ⃗ | ∙ |𝑣 | ∙ 0
𝑢
⃗ ∙ 𝑣 = 0 ou seja, dois vetores são ortogonais quando o produto escalar entre eles é
nulo.
⃗ | = |V
a) Módulo: |V ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 | ∙ |⃗⃗⃗⃗⃗
V2 | = |V V2 | ∙ sen θ
43
𝑖 𝑗 𝑘⃗
⃗ = ⃗⃗⃗
V V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 = |x1 y1 𝑧1 |
x2 y2 𝑧2
O vetor ⃗⃗⃗
V1 é a base do paralelogramo e h é a altura. A área do paralelogramo
é dada pelo produto da base pela sua altura.
Área do paralelogramo = |V⃗⃗⃗1 | ∙ h
⃗⃗⃗1 | ∙ |V
Área do paralelogramo = |V ⃗⃗⃗⃗2 | ∙ sen θ
Vimos anteriormente que |V⃗ | = |V ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 | ∙ |⃗⃗⃗⃗⃗
V2 | = |V V2 | ∙ sen θ
Portanto,
⃗ | = |V
Área do paralelogramo = |V ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 |
Conclusão: o módulo do produto vetorial entre dois vetores calcula a área do
paralelogramo formado por eles.
Exemplo:
Solução:
𝑖 𝑗 𝑘⃗
⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ + 4k
V1 X V2 = |3 −2 4 | = 8i + 8j + 9k ⃗ − 12i + 12j
2 3 −4
= −4i + 20j + 13k ⃗
= (−4, 20, 13)
𝑖 𝑗 𝑘⃗
⃗⃗⃗⃗
V2 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ − 9k
V1 = |2 3 −4| = 12i − 12j − 4k ⃗ − 8i − 8j
3 −2 4
= 4i − 20j − 13k⃗
= (4, −20, −13)
I) ⃗V𝑋0⃗ = ⃗0
⃗ 𝑋V
II) V ⃗ =0 ⃗
III) ⃗⃗⃗
V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 = −(V ⃗⃗⃗⃗2 X⃗⃗⃗⃗⃗
V1 )
IV) ⃗⃗⃗
V1 X(V ⃗⃗⃗⃗2 + ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 ) = ⃗⃗⃗ V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 + ⃗⃗⃗
V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V3
V) k(V ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 )X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 ) = (kV ⃗⃗⃗1 X(kV
V2 = V ⃗⃗⃗⃗2 )
VI) ⃗⃗⃗
V1 X⃗⃗⃗⃗⃗ V2 = ⃗0 se, e somente se um dos vetores é nulo ou se ambos são colineares.
VII) ⃗⃗⃗
V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 é ortogonal a ⃗⃗⃗ V1 e ⃗⃗⃗⃗⃗
V2 ao mesmo tempo, ou seja, ⃗⃗⃗
V1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 é ortogonal ao
plano formado pelos vetores V ⃗⃗⃗1 e ⃗⃗⃗⃗⃗
V2 .
⃗⃗⃗1 ∙ (V
VIII) V ⃗⃗⃗⃗2 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V3 ) = (V V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3
45
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
N = (V V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3
x1 y1 𝑧1
N = (V ⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 = |x2 y2 𝑧2 |
x3 y3 𝑧3
Considerando N = (V⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 produto misto entre os três vetores nesta
ordem, então, se N = 0, então um dos vetores é nulo, ou dois deles são colineares ou
os três são coplanares.
O volume do paralelepípedo é:
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
Área da base = |V V2 |
⃗⃗⃗⃗3 | ∙ |cos θ|
h = |V
46
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V = |V V2 | ∙ |V ⃗⃗⃗⃗3 | ∙ |cos θ| chamando o produto vetorial |V
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ |, temos:
V2 | = |V
⃗ | ∙ |V
V = |V ⃗⃗⃗⃗3 | ∙ |cos θ|
⃗V ∙ ⃗⃗⃗⃗ ⃗ | ∙ |V
V3 = |V ⃗⃗⃗⃗3 | ∙ cos θ então |V
⃗ ∙ ⃗⃗⃗⃗ ⃗ | ∙ |V
V3 | = |V ⃗⃗⃗⃗3 | ∙ |cos θ|
⃗ | ∙ |V
V = |V ⃗⃗⃗⃗3 | ou V = |(V
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 | ou V = |N|
Exemplo: Calcule o volume do paralelepípedo cujos lados são os vetores ⃗⃗⃗
V1 =
(3, 5, −4), ⃗⃗⃗⃗
V2 = (−4, 1, 2) e ⃗⃗⃗⃗
V3 = (1, 2, −1).
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
V = |(V V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 |
3 5 −4
⃗⃗⃗1 X⃗⃗⃗⃗⃗
(V V2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
V3 = |−4 1 2 | = −3 + 10 + 32 + 4 − 12 − 20 = 11
1 2 −1
V = |11| = 11
2.6 A RETA
Seja uma reta r que passa por um ponto A(x1 , y1 , z1 ) e que tem a direção de
um vetor 𝑣 = (𝑎, 𝑏, 𝑐). Considere também um ponto P(x, y, z) qualquer que pertence à
reta. Veja a figura a seguir:
47
⃗⃗⃗⃗⃗ // v
AP ⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ = tv
AP ⃗
P − A = tv ⃗
P = A + tv ⃗
(x, y, z) = (x1 , y1 , z1 ) + t(a, b, c)
Todas estas equações são chamadas de equações vetoriais da reta r.
O vetor v ⃗ = (a, b, c) é chamado de vetor diretor da reta r e t é chamado parâmetro.
Exemplo: Determine a equação vetorial da reta r que passa pelo ponto A(1, −1, 4) e
⃗ = (2, 3, 2).
que possui vetor diretor v
Solução:
Então:
x = x1 + at
y = y1 + bt Equações paramétricas da reta
z = z1 + ct
Solução:
x−x1
t= a
y−y1
t= b
x−x1
=
y−y1
=
z−z1
→ Equações simétricas da reta
z−z1 a b c
t= c
Solução:
x+3
t=
2
y+5 x+3 y+5 z−7
t= = = → Equações simétricas da reta
−3 2 −3 5
z−7
t= 5
1 + 3 −11 + 5 2 − 7
= =
2 −3 5
4 −6 −5
= =
2 −3 5
2 = 2 = −1, Como essa igualdade não é verdadeira o ponto P não pertence à reta.
−1 + 3 −8 + 5 12 − 7
= =
2 −3 5
2 −3 5
= =
2 −3 5
1 = 1 = 1, Como essa igualdade é verdadeira podemos concluir que o ponto Q
pertence à reta.
49
⃗ = (1, 2, −3)
Seja a reta r definida pelo ponto 𝐴(2, −4, −3) e pelo vetor diretor v
x−2 𝑦+4 𝑧+3
e expressa pelas equações simétricas: 1
= 2
= −3
A partir destas duas equações pode-se expressar duas variáveis em função
da terceira. Isolando, primeiramente, as variáveis y e z e expressando-as em função
de x, obtém-se:
Exemplo: Determine a equação vetorial da reta que passa pelos pontos A(5, −2, 3) e
B(−2, 6, 4).
Solução:
⃗⃗⃗⃗⃗
AB = B − A = (−7, 8, 1)
⃗⃗⃗⃗⃗ = B − A = (x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ) e
AB
⃗⃗⃗⃗⃗
AC = C − A = (x3 − x1 , y3 − y1 , z3 − z1 )
Então:
x2 −x1 y −y z −z
x −x
= y2 −y1 = z2 −z1 (que é a condição de alinhamento de três pontos)
3 1 3 1 3 1
50
Exemplo: Verifique se os pontos A(1, 2, 7), B(−1, 6, 10) e C(3, −2, 4) estão alinhados.
Solução:
⃗⃗⃗⃗⃗
AB = B − A = (−2, 4, 3)
⃗⃗⃗⃗⃗
AC = C − A = (2, −4, −3)
−2 4 3
= =
2 −4 −3
−1 = −1 = −1, Como a igualdade é verdadeira podemos concluir que estes 3 pontos
estão alinhados.
x = −3 + 2t
𝑥−2 𝑦−5 𝑧+3
r: y = −5 − 3t e s: = =
2 3 −3
z = 7 + 5t
Solução:
|v
⃗1 ∙v ⃗ 2|
cos θ =
|v
⃗ 1 | ∙ |v
⃗ 2|
|(2, −3, 5) ∙ (2, 3, −3)|
cos θ =
√22 + (−3)2 + 52 ∙ √22 + 32 + (−3)2
|2 ∙ 2 − 3 ∙ 3 + 5 ∙ (−3)|
cos θ =
√4 + 9 + 25 ∙ √4 + 9 + 9
|4 − 9 − 15|
cos θ =
√38 ∙ √22
|−20|
cos θ =
√38 ∙ √22
51
20
cos θ =
√38 ∙ 22
20
cos θ =
√836
cos θ ≅ 0,69 ∴ θ ≅ 46,23°
x = 6 − 2t
𝑥+4 𝑦−1 𝑧+2
r: y = 4t e s: 2
= 1
= 5
z=7
Solução:
⃗v1 = (−2,4, 0)
⃗ 2 = (2,1, 5)
v
−2 4 0
= =
2 1 5
−1 = 4 = 0, logo r não é paralelo a s.
⃗v1 ∙ v
⃗2 = 0
(−2,4, 0) ∙ (2,1, 5) = 0
−4 + 4 + 0 = 0
0 = 0, logo r⏊ s
52
Seja a reta r1 que passa pelo ponto A(x1 , y1 , z1 ) e possui um vetor diretor v ⃗1 =
(a1 , b1 , c1 ) e reta r2 passa pelo ponto B(x2 , y2 , z2 ) e possui vetor diretor v ⃗ 2 = (a2 , b2 , c2 ).
Estas retas são coplanares se os vetores v ⃗ 2 = (a2 , b2 , c2 ) e ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ 1 = (a1 , b1 , c1 ), v AB =
(x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ) forem coplanares. Para que isso aconteça o produto misto
entre os vetores deve ser nulo:
a1 b1 c1
𝑁 = (v ⃗ 2 ) ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ 1 𝑋v AB = | a2 b2 c2 | = 0
x2 − x1 y2 − y1 z2 − z1
x=t
𝑥+2 𝑦−1 𝑧−3
r: y = −3 − 2t e s: = =
3 4 −2
z = 9 + 3t
Solução:
A(0, −3, 9)
⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵 − 𝐴 = (−2, 4, −6)
𝐴𝐵
B(−2, 1, 3)
1 −2 3
(v
⃗ 1 𝑋v ) ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ 2 ∙ AB = | 3 4 −2| = 0
−2 4 −6
−24 − 8 + 36 + 24 + 8 − 36 = 0
0 = 0, portanto as retas r e s são coplanares.
As retas reversas não estão num mesmo plano, portanto não possuem pontos em
comum.
x=t
x+2 y−1 z−3
r: {y = −3 − 2t e s: 3
= 4
= −2
z = 9 + 3t
Solução:
x=t
y = −3 − 2t, então:
54
t + 2 −3 − 2t − 1
= ⇒ 4t + 8 = −6t − 12 ⇒ t = −2
3 4
x = t ⇒ x = −2
y = −3 − 2t ⇒ 𝑦 = 1 (−2, 1, 3)
z = 9 + 3t ⇒ z = 3
Seja uma reta r que passa pelo ponto A(x, y, z) e possui um vetor diretor v ⃗ =
(a, b, c). Seja um ponto P(x0 , y0 , z0 ) do espaço. Conforme a figura a seguir, vemos que
os vetores v ⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗
AP determinam um paralelogramo de altura d, que corresponde à
distância entre o ponto P e a reta r.
2.7 O PLANO
Observações:
Exemplo: Determine a equação geral do plano que passa pelo ponto 𝐴(3, 2, −7) e que
⃗ = (2, −5, 3).
possui vetor normal n
Solução:
ax + by + cz + d = 0
Substituir as coordenadas do vetor normal na equação geral do plano:
2x − 5y + 3z + d = 0
Substituir as coordenadas do ponto A na equação geral do plano:
2 ∙ 3 − 5 ∙ 2 + 3 ∙ (−7) + d = 0
Isolar o d na equação:
𝑑 = 21 + 10 − 6 = 25
56
Logo,
2x − 5y + 3z + 25 = 0
|n
⃗1∙n ⃗ 2| π
cos θ = , com 0 ≤ θ ≤ .
|n
⃗ 1 | ∙ |n
⃗ 2| 2
⃗ 1 = (2, 1, −3) e n
Solução: n ⃗ 2 = (1, 2, 3)
|n
⃗1∙n ⃗ 2|
cos θ =
|n
⃗ 1 | ∙ |n
⃗ 2|
|(2, 1, −3) ∙ (1, 2, 3)|
cos θ =
|√22 + 12 + (−3)2 | ∙ |√12 + 22 + 32 |
|2 ∙ 1 + 1 ∙ 2 − 3 ∙ 3|
cos θ =
|√22 + 12 + (−3)2 | ∙ |√12 + 22 + 32 |
|2 + 2 − 9|
cos θ =
|√4 + 1 + 9| ∙ |√1 + 4 + 9|
|−5|
cos θ =
|√14| ∙ |√14|
|−5|
cos θ =
|√142 |
5
cos θ =
|14|
5
cos θ = ≈ 0,36 ∴ 𝜃 = 69,08°
14
a1 b c d
Obs.: Se tivermos também as seguintes igualdades: a2
= b1 = c1 = d1 , então
2 2 2
os planos são coincidentes.
Exemplo: Determine m e n para que os planos π1 : mx + (n − 2)y − 3z + 4 e
π2 : x + 2y + 3z − 1 = 0 sejam paralelos.
Solução:
m n − 2 −3
= =
1 2 3
m −3
= ∴ m = −1
1 3
n − 2 −3
= ∴ n − 2 = −2 ∴ n = 0
2 3
Solução:
⃗1∙n
n ⃗2=0
(1, 2, −2) ∙ (3p + 2, −4, −2) = 0
1 ∙ (3p + 2) + 2 ∙ (−4) − 2 ∙ (−2) = 0
(3p + 2) − 8 + 4 = 0
(3p + 2) − 4 = 0
3p + 2 = 4
2
3p = 2 ∴ p =
3
58
LISTAS DE EXERCÍCIOS
59
1
1) Resolva a equação matricial 2X − B + At = 0
3
0 −6 0 2
𝐴=[ ] 𝐵=[ ]
−6 0 4 6
1 1 2 −1
A=( ), B=( )
0 −1 1 0
Determine:
(a) 2A + 3B t
(b) BA
(c) A−1
(d) det (BA)
(e) Se p(x) = x 2 − 3, obtenha p(A).
3) Considerando que A e B são duas matrizes e k1 e k 2 números reais, marque verdadeiro (V)
ou falso (F):
( ) (−A)t = −(A)t
( ) (A + B)t = B t + At
( ) (k1 A)(k 2 B) = (k1 k 2 )AB
( ) Se AB = 0, então A = 0 ou B = 0
( ) (A + B)2 = A2 + 2AB + B 2
4) Escreva as matrizes definidas por A = (aij ) tal que aij = 2i + 3j e B = (bij ) tal que
2x3 3x3
i2 , se i = j
bij = {
i + j, se i ≠ j
1 −1 14 0
5) Sendo A = [ ]eB=[ ], determine a matriz X de modo que A ∙ X = B
1 2 8 2
2 −3 1
6) Considerando as matrizes A = [1 y ] e B = [2], para quais valores de x e de y o produto
x 2 1
At ∙ B é nulo?
x + y + 2z = −1
7) Resolva o sistema de equações {3x + 2y + 5z = −3
4x + 3y + 7z = −4
8) Nos problemas abaixo, desenhe os gráficos correspondentes aos sistemas lineares dados.
Determine geometricamente qual é o comportamento da solução do sistema. Se for possível
resolver o sistema, resolva-o.
60
x+y=0 3x − 2y = 1 −x + 2y = 4
(a) {1 (b) { (c) {
x+y=3 6x − 4y = 2 5x − 10y = −3
3
9) Para que valor(es) de 𝑘, se houver, o sistema terá (i) nenhuma solução, (ii) uma única solução
e (iii) infinitas soluções?
x − 2ky + 3z = 2
kx + 2y = 3
(a) { (b) { x + y + z = 1
2x + 4y = 6
2x − y + 4kz = 1
2 3 1
10) Dada a matriz 𝐵 = [4 1 2], determine:
3 2 1
(a) det (B) (b) det (4B) (c) det (B 2 ) (d) det (B t ) (e) det (B −1 )
11) Calcule o determinante da matriz A abaixo, via Teorema de Laplace, deixando claro qual
linha ou coluna permanece fixa no processo, onde
1 −2 0 7
A = ( 1 2 0 0)
2 3 3 1
6 4 0 3
2x − 3y + 7z = 1
13) Dado o sistema { x + 3z = 5
2y − z = 0
1 −1 0
14) Encontre, se existir, a inversa de 𝐴 = ‖2 3 0‖
0 1 4
61
a) u
⃗ e −v
⃗ b) −u
⃗ e 2v
⃗ c) −u
⃗ e −v
⃗ d) 3u
⃗ e 5v
⃗
a) Um representante do vetor x⃗ + y
⃗ , sendo: x⃗ = u
⃗ + 2v
⃗ ey
⃗ =v
⃗ − 2u
⃗;
4) Provar que os pontos A(−2, −1), B(2, 2), C(−1, 6) e D(−5, 3), nesta ordem, são vértices de
um quadrado.
5) Determine os pontos que dividem o segmento AB em quatro partes iguais, dados A(0, 0) e
B(4, 8).
6) Determine as coordenadas dos pontos que dividem o segmento AB em três partes iguais,
sendo A(1, 2) e B(10, 8).
1
7) Calcular os valores de a para que o vetor v
⃗ = (a, 2) seja unitário.
a) v
⃗ = −i + j c) v
⃗ = (1, √3)
b) v
⃗ = 3i − j ⃗ = (0, 4)
d) v
10) A reta que passa pelos pontos A(−2, 5, 1) e B(1, 3, 0) é paralela à reta determinada por
C(3, −1, −1) e D(0, m, n). Determine o ponto D.
13) Dados os pontos A(1, 0, −1), B(4, 2, 1) e C(1, 2, 0), determinar o valor de m para que |v
⃗| =
7, sendo v ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ = mAC + BC⃗⃗⃗⃗⃗
a) sentido contrário ao de v
⃗ e três vezes o módulo de v
⃗;
b) o mesmo sentido de v ⃗ e módulo 4;
c) sentido contrário ao de v
⃗ e módulo 5.
15) (MACKENZIE-SP) Com seis vetores de módulo iguais a 8u, construiu-se o hexágono
regular abaixo. O módulo do vetor resultante desses seis vetores é:
⃗ iguais em módulo.
16) (URCAMP-RS) No sistema plano figurado, representamos os vetores R
Calcule a intensidade do vetor soma.
⃗⃗⃗ , N
17) (FCC-SP) Qual é a relação entre os vetores M ⃗⃗ , P
⃗ eR
⃗ representados abaixo?
⃗⃗⃗ + N
a) M ⃗⃗ + P
⃗ +R
⃗ =0
d) ⃗P − ⃗R = ⃗M
⃗⃗ − ⃗N
⃗
⃗ +M
b) P ⃗⃗⃗ = R
⃗ +N
⃗⃗
e) ⃗P + ⃗R + ⃗N
⃗ = ⃗M
⃗⃗
c) ⃗P + ⃗R = ⃗M
⃗⃗ + ⃗N
⃗
18) (UFAL) Uma partícula está sob ação das forças coplanares conforme o esquema abaixo. A
resultante delas é uma força, de intensidade, em N, igual a:
A) 110 b) 70 c) 60 d) 50 e) 30
64
19) (ACAFE) Os módulos das forças representadas na figura são F1 = 30N, F2 = 20N e F3 =
10N. Determine o módulo da força resultante:
20) Quais são as componentes x e y de um vetor a⃗ do plano xy que faz um ângulo de 250° no
sentido anti-horário com o semieixo x positivo e tem módulo de 7,3 m?
21) um vetor deslocamento r no plano xy tem 15m de comprimento e faz um ângulo de 30° com
o semieixo x positivo, como mostra a figura. Determine a componente x e y do vetor.
d) calcule |u ⃗ |.
⃗ −v
65
e) calcule (u ⃗ ) ∙ (u
⃗ +v ⃗)
⃗ −v
26) Um vetor ⃗V do espaço forma com os vetores i e j ângulos de 60° e 120°, respectivamente.
Determinar o vetor ⃗V, sabendo que |v
⃗ | = 2.
⃗ eb
29) Qual o valor de n para que os vetores a⃗ = ni + 2j − 4k ⃗ = 2i + (1 − 2𝑛)j + 3k
⃗ sejam
ortogonais?
⃗ tal que |u
30) Determinar o vetor u ⃗ | = 2, o ângulo entre u ⃗ = (1, −1, 0) é 45° e u
⃗ ev ⃗ é ortogonal
⃗⃗ = (1, 1, 0).
aw
⃗ = (1, −2, 1) e w
b) u ⃗⃗ = (−1, 1, 0)
33) Determinar o vetor ⃗x, tal que x⃗ seja ortogonal ao eixo dos y e u
⃗ = x⃗ x v
⃗ , sendo u
⃗ =
(1, 1, −1) e v
⃗ = (2, − 1, 1).
a) ortogonal a u
⃗ ev
⃗;
b) ortogonal a u
⃗ ev
⃗ e unitário;
c) ortogonal a u
⃗ ev
⃗ e tenha módulo 4;
d) ortogonal a u
⃗ ev
⃗ e cota igual a 7.
35) Sendo |u
⃗ | = 2√2, |v
⃗ | = 4 e 45° o ângulo entre u
⃗ e v
⃗ , calcular
a) |2u ⃗|
⃗ xv
2 1
b) |5 u
⃗ x 2 ⃗v|
37) Os pontos médios dos lados do triângulo ABC são M(0,1,3), N(3, −2,2), P(1,0,2).
Determine a área do triângulo ABC.
⃗ = (3, −1, 2) e v
38) Dados u ⃗ = (−2, 2, 1) calcular:
39) Calcular a distância do ponto P(4, 3, 3) à reta que passa por A(1, 2, −1) e B(3, 1, 1)
44) Para que valor de m os pontos A(m, 1, 2), B(2, −2, −3), C(5, −1, 1) e D(3, −2, −2) são
coplanares?
45) Calcular a distância do ponto D(2, 5, 2) ao plano determinado pelos A(3, 0, 0),
B(0, −3, 0) e C(0, 0, 3).
46) Determinar uma equação vetorial da reta r definida pelos pontos A(2, −3, 4) e
2
B(1, −1, 2) e verificar se os pontos C (5 , −4, 5) e D(−1, 3, 4) pertencem a reta r.
47) Dada a reta r: (x, y, z) = (−1, 2, 3) + t(2, −3 ,0), escrever as equações paramétricas,
simétricas e reduzidas na variável x.
48) Escrever as equações paramétricas da reta que passa por A(1, 2, 3) e é paralela à reta
r: (x, y, z) = (1, 4, 3) + t(0, 0, 1).
67
x=2+t
49) Dada a reta r: { y = 3 − t , determinar o ponto de r tal que
z = −4 + 2t
a) a ordenada seja 6;
b) a abscissa seja igual à ordenada;
c) a cota seja o quádruplo da abscissa.
50) A reta r passa pelo ponto A(4, −3, −2) e é paralela à reta
x = 1 + 3t
s: {y = 2 − 4t
z=3−t
51) Seja o triângulo de vértices A(−1, 4, −2), B(3, −3, 6) e C(2, −1, 4). Escrever as
equações paramétricas da reta que passa pelo ponto médio do lado AB e pelo vértice oposto
C.
2x+1 3y−2
52) Obter o ponto de abscissa 1 da reta r: = = z + 4 e encontrar um vetor diretor
3 2
de r que tenha ordenada 2.
⃗ = (2, 4, 5);
a) que passa por A(4, 0, −3) e tem a direção de v
x = −2 − t
x y+6 z−1
a) 𝑟1 : { y = t e r2 : 2 = 1
= 1
z = 3 − 2t
y = −2x + 3 z+1
b) r1 : { e r2 : y = ; x=4
z=x−2 −1
x = 1 + √2t x=3
c) 𝑟1 : { y = t e r2 : {
y=2
z = 5 − 3t
56) seja um plano π determinado pelos pontos A(1, 0, 2), B(−1, 2, −1) e C(1, 1, −1),
determine:
x=2+t
r: { y = 1 − t ; t ∈ ℝ
z = 3 + 2t
x = 1 + 2t x = 1 − 2t
r1 : {y = −2 + 3t e r2 : {y = −2 − t; t ∈ ℝ
z=3−t z = 3 + 2t
π1 : x + my + 2z − 7 = 0 e π2 : 4x + 5y + 3z + 2 = 0
π1 : mx + y − 3z − 1 = 0 e π2 : 2x − 3my + 4z + 1 = 0