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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 18

23/08/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 171.503 SÃO PAULO

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RONALDO MOREIRA
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
AGDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DE MOGI
DAS CRUZES

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE HOMICÍDIO
QUALIFICADO, DE ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO E
VILIPÊNDIO A CADÁVER. ARTIGOS 121, § 2º, I, III E VI, 125 E 212
DO CÓDIGO PENAL. PRETENSÃO DE REVOGAÇÃO DA
CUSTÓDIA CAUTELAR. TEMA NÃO DEBATIDO PELA INSTÂNCIA
PRECEDENTE. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS. AUSÊNCIA DE
JULGAMENTO COLEGIADO DE MÉRITO NO TRIBUNAL A QUO.
ÓBICE AO CONHECIMENTO DO WRIT NESTA CORTE.
INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE.
INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. NECESSIDADE DE SE AFERIR A
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO À LUZ DAS
ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO. REITERAÇÃO DAS
RAZÕES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A impetração é incabível, consoante enunciado da Súmula nº 691
do Supremo Tribunal Federal, in verbis: “Não compete ao Supremo Tribunal
Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em
habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.
2. A supressão de instância impede o conhecimento de habeas corpus
impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante o
Tribunal a quo. Precedentes: RHC 158.855-AgR, Segunda Turma, rel. min.
Celso de Mello, DJe de 27/11/2018; HC 161.764-AgR, Segunda Turma, rel.
min. Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/2019.

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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 2584-9890-757D-0A6E e senha D430-F53B-ACBC-FE8E
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HC 171503 AGR / SP

3. A razoável duração do processo é insuscetível de ser aferida de


modo dissociado das especificidades da hipótese sub examine.
Precedentes: HC 125.144-AgR, Primeira Turma, rel. min. Rosa Weber, DJe
de 28/6/2016; e HC 132.610-AgR, Segunda Turma, rel. min. Dias Toffoli,
DJe de 6/6/2016.
4. In casu, o paciente foi preso preventivamente em razão da suposta
prática dos crimes previstos nos artigos 121, § 2º, I, III e VI, 125 e 212 do
Código Penal.
5. O habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame
minucioso do acervo fático-probatório engendrado nos autos.
6. A reiteração dos argumentos trazidos pela parte agravante na
petição inicial da impetração é insuscetível de modificar a decisão
agravada. Precedentes: HC 136.071-AgR, Segunda Turma, rel. min.
Ricardo Lewandowski, DJe de 9/5/2017; HC 122.904-AgR, Primeira Turma
rel. min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016; e RHC 124.487-AgR, Primeira
Turma, rel. min. Roberto Barroso, DJe de 1º/7/2015.
7. Agravo regimental desprovido.
ACÓRDÃO

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, na conformidade


da ata de julgamento virtual de 16 a 22/8/2019, por maioria, negou
provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Marco Aurélio.
Brasília, 23 de agosto de 2019.
Ministro LUIZ FUX - RELATOR
Documento assinado digitalmente

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23/08/2019 PRIMEIRA TURMA

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RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RONALDO MOREIRA
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
AGDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DE MOGI
DAS CRUZES

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo


regimental interposto por RONALDO MOREIRA contra decisão que
negou seguimento a habeas corpus, assim ementada:

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E PENAL.


CRIMES DE HOMICÍDIO QUALIFICADO, DE ABORTO
PROVOCADO POR TERCEIRO E VILIPÊNDIO A CADÁVER.
ARTIGOS 121, § 2º, I, III E VI, 125 E 212 DO CÓDIGO PENAL.
PLEITO DE REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. NECESSIDADE DE SE
AFERIR A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO À LUZ DAS
ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO. TEMA NÃO
DEBATIDO PELA INSTÂNCIA PRECEDENTE. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA.”

Em sua petição inicial, o impetrante, de próprio punho, veiculou


habeas corpus, com pedido de liminar, contra decisão do Superior Tribunal
de Justiça, que indeferiu a medida liminar no HC 445.847.

Consta dos autos que o paciente foi preso preventivamente em razão


da suposta prática dos crimes previstos nos artigos 121, § 2º, I, III e VI, 125
e 212 do Código Penal.

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HC 171503 AGR / SP

Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de


origem, não tendo, contudo, logrado êxito.

Ato contínuo, foi impetrado o habeas corpus 414.652 perante o


Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do writ.

Posteriormente, a defesa manejou novo mandamus, HC 445.847,


perante a Corte Superior, que indeferiu o pedido de liminar.

No presente habeas corpus, sustenta, em síntese, a existência de


constrangimento ilegal consubstanciado na constrição cautelar do
paciente.

Argumenta que “o Delegado de Mogi das Cruzes, sem ouvir ou intimar o


paciente para esclarecimentos, requereu a prisão temporária de forma arbitrária,
fazendo juízo de valor negativo do paciente, o qual não teve oportunidade de
defender-se em solo policial, o que também infelizmente aconteceu em juízo, pois
o juiz, literalmente, ‘cortou’ a fala do paciente, um cerceamento de defesa
clássico, somado à deficiência técnica do patrono que não abordou os inúmeros
pontos controvertidos”. (sic).

Alega que “não há mais lógica em manter o paciente preso, pois sua
soltura não influirá na instrução criminal (audiência plenária), até porque as
testemunhas de acusação já foram ouvidas por carta precatória”.

Sustenta, ainda, que “há suspeitas de crime político contra o paciente”,


pois, à época, o paciente era pré-candidato a vereador na cidade de
Bertioga. Destaca, também, que “a investigação policial, além de ser
direcionada, pois havia outros suspeitos, foi ineficaz, pois algumas provas não
foram produzidas”.

Aponta, também, a ocorrência de “latente excesso de prazo, a que o


paciente não deu causa”.

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HC 171503 AGR / SP

Ao final, requer a concessão da ordem para revogar a prisão


preventiva do paciente, ainda que mediante imposição de medidas
cautelares diversas.

O writ teve seguimento negado, nos termos da ementa


supratranscrita.

Sobreveio o presente agravo regimental, no qual a defesa pugna pelo


reconhecimento do excesso de prazo da prisão cautelar.

Assevera que “a demora para se atingir o desfecho do processo crime a que


responde o paciente foge à razoabilidade e, considerada a excepcionalidade de que
se reveste em nosso sistema jurídico, o excesso de prazo na prisão processual
traduz situação anômala que compromete a efetividade do processo”.

Aduz que “a duração prolongada e abusiva da prisão cautelar de alguém


ofende, de modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana”.

Afirma ser inegável “a morosidade da marcha processual e, encontrando-


se preso o paciente desde 15/07/2106, aguardando, portanto há quase 3 (três)
anos o desenrolar dos fatos, tem-se por certa a configuração de constrangimento
ilegal”.

Ao final, formula pedido recursal nos seguintes termos:

“Ante o exposto, requer:


a) nos termos do § 2º do art. 317 do RISTF, a parcial
reconsideração da decisão monocrática, para que seja deferida,
ainda que de ofício, a ordem pleiteada, afastando-se o excesso de
prazo da custódia cautelar;
b) caso não haja a reconsideração, que o presente agravo
seja submetido ao colegiado competente;
c) ao colegiado competente, que reforme a decisão

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HC 171503 AGR / SP

agravada, para que seja deferida, ainda que de ofício, a ordem


pleiteada no habeas corpus, afastando-se o excesso de prazo da
custódia cautelar.”

É o relatório.

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AG.REG. NO HABEAS CORPUS 171.503 SÃO PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação


não merece prosperar.

Em que pesem as razões expendidas no agravo, resta evidenciado


que a parte agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a
decisão hostilizada, motivo pelo qual ela deve ser mantida, por seus
próprios fundamentos.

A competência originária do Supremo Tribunal Federal para


conhecer e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102,
I, d e i, da Constituição Federal:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,


precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(…)
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas
data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
(…)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos
estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.”

In casu, a parte recorrente não está arrolada em nenhuma das


hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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HC 171503 AGR / SP

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgR, Plenário, relator o


ministro Celso de Mello, DJe de 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto
à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“EMENTA: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO


CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE
CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE
INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL -
NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.
- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de
Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando
promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem
na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal,
precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.
A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -
CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO
ESTRITO.
- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por
qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de
extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito
estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser
estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus
clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da
República. Precedentes.
O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa
competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal,
por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar,
do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o
julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no
texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações
cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares),

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HC 171503 AGR / SP

mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra


qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e
c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que,
em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata
do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir


interpretação extensiva para abranger no rol de competências do
Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de


jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária,
imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da
organicidade do direito, especificamente no que tange às competências
originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar
habeas corpus, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve
ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades
processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a


correção de rumos, bem discorreu o ministro Marco Aurélio no voto
proferido no HC 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na
Segunda Turma:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,


expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da
Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também
considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é
sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do
artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal,
enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que,
nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se
a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em
tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior

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indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de


tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por
tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida
implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que
requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação
maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas
substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno
que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição
do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante
a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Ademais, em consulta ao sítio eletrônico da Corte Superior, verifico


a inexistência de julgamento colegiado, acerca do mérito da demanda,
perante a Corte a quo. Nesse contexto, assento que o constituinte fez clara
opção pelo princípio da colegialidade ao franquear a competência desta
Corte para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do
inciso II do artigo 102 da CRFB – quando decididos em única instância
pelos tribunais superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de
flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo
matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada
para alcançar autoridades – no caso, membros de tribunais superiores –
cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal
Federal. Daí por que, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte,
por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus
108.877/RS, relatora ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que “não se
conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática
proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC
117.267/SP, relator ministro Dias Toffoli.

Portanto, a Constituição Federal, ao restringir a competência desta


Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por
tribunal superior, considerou o princípio da colegialidade.

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Divergir desse entendimento para alcançar os atos praticados por


membros de tribunais superiores seria atribuir à Corte competência que
não lhe foi outorgada pela Constituição.

Demais disso, no que concerne ao exame da matéria de fundo


trazida nestes autos, consigno que o conhecimento desta impetração sem
que a instância precedente tenha examinado o mérito do habeas corpus lá
impetrado consubstancia indevida supressão de instância e, por
conseguinte, violação das regras constitucionais definidoras da
competência dos tribunais superiores, valendo conferir os seguintes
precedentes desta Corte:

“RECURSO ORDINÁRIO EM ‘HABEAS CORPUS’ –


DECISÃO EMANADA DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA QUE JULGOU PREJUDICADO O ‘WRIT’ LÁ
IMPETRADO – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ORDINÁRIO
COM APOIO EM FUNDAMENTO NÃO EXAMINADO PELO
ÓRGÃO JUDICIÁRIO APONTADO COMO COATOR:
HIPÓTESE DE INCOGNOSCIBILIDADE DO RECURSO –
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. – Revela-se insuscetível de
conhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, o recurso ordinário em
‘habeas corpus’, quando interposto com suporte em fundamento que
não foi apreciado pelo Tribunal apontado como coator, conforme
devidamente assentado pela decisão agravada. Precedentes. Se se
revelasse lícito ao recorrente agir ‘per saltum’, registrar-se-ia indevida
supressão de instância, com evidente subversão de princípios básicos
de ordem processual. Precedentes.” (RHC 158.855-AgR, Segunda
Turma, rel. min. Celso de Mello, DJe de 27/11/2018)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA O JULGAMENTO DE HABEAS
CORPUS CONTRA DECISÃO DE CORTE SUPERIOR.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INVIABILIDADE DO WRIT.

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AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I –


O pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de
instância e de extravasamento dos limites de competência do Supremo
Tribunal Federal, descritos no art. 102 da Constituição Federal, que
pressupõem seja a coação praticada por Tribunal Superior. II – Agravo
regimental a que se nega provimento.” (HC 161.764-AgR, Segunda
Turma, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/2019)

Sob outro prisma, o exame das questões de fato suscitadas pela


defesa, além de não ter sido realizado pela Corte a quo, demandaria uma
indevida incursão na moldura fática delineada nos autos. Desta sorte,
impende consignar, ainda, que o habeas corpus é ação inadequada para a
valoração e exame minucioso do acervo fático-probatório engendrado nos
autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se
amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL


E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO
DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS:
CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA
AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA
CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA.
INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA.
CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE
FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A
JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO.
INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.”
(HC 130.439, rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de
12/5/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.


PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA.

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INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A MODIFICÁ-


LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À SÚMULA VINCULANTE 56.
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. REEXAME INVIÁVEL EM
RECLAMAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A
inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento
monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2. No RE
641.320/RS, julgado de relatoria do Ministro Gilmar Mendes que
espelha a Súmula Vinculante 56, o Tribunal Pleno concluiu que “os
juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos
destinados aos regimes semiaberto e aberto, para qualificação como
adequados a tais regimes.” 3. No caso concreto, o Tribunal de Justiça
reconheceu a compatibilidade entre o local de custódia e o regime
semiaberto, conclusão que, por desafiar reexame ou dilação
probatórias, não admite rediscussão pela via reclamatória. 4. A
alegação de que o Tribunal local considerou estabelecimento prisional
distinto do atual local de custódia, por não traduzir violação à
autoridade desta Corte, não admite acolhimento em sede reclamatória.
O acerto ou desacerto da decisão, à luz das particularidades fáticas do
caso concreto, é tema que incumbe às instâncias próprias. 5. Agravo
regimental desprovido.” (Rcl 25.328-AgR, Primeira Turma, rel.
min. Edson Fachin, DJe de 7/11/2016)

Outrossim, em relação ao alegado excesso de prazo, cumpre destacar


que não há informações suficientes para caracterizar uma morosidade
injustificada no andamento da ação penal. Deveras, cumpre destacar que
que não pode a razoável duração do processo ser aferida de modo
dissociado das especificidades da hipótese sub examine. Nesse sentido,
verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS.


SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. HOMICÍDIO. PRISÃO PREVENTIVA.
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA. EXCESSO DE PRAZO NÃO CONFIGURADO. 1.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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HC 171503 AGR / SP

Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário.


Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a
impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia
o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito
constitucional. 2. Prisão preventiva decretada forte na garantia da
ordem pública, presentes as circunstâncias concretas reveladas nos
autos. Precedentes. 3. A razoável duração do processo não pode ser
considerada de maneira isolada e descontextualizada das
peculiaridades do caso concreto. 4. Agravo regimental conhecido e não
provido.” (HC 125.144-AgR, Primeira Turma, rel. min. Rosa
Weber, DJe de 28/6/2016)

“Agravo regimental em habeas corpus. Matéria criminal. Writ


denegado monocraticamente na forma do art. 192 do RISTF. Demora
no julgamento de impetração perante o STJ não reconhecida.
Conhecimento do agravo regimental. Agravo não provido. 1. Segundo
o art. 192 do Regimento Interno da Corte, “quando a matéria for
objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal, o Relator poderá
desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de ofício, à vista da
documentação da petição inicial ou do teor das informações”. 2. Está
sedimentado, em ambas as Turmas da Suprema Corte, que a demora
no julgamento do writ impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, por
si só, não pode ser interpretada como negativa de prestação
jurisdicional, não se ajustando ao presente caso as situações fáticas
excepcionais. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC
132.610-AgR, Segunda Turma, rel. min. Dias Toffoli, DJe de
6/6/2016)

Não se cuida, portanto, de hipótese de superação do Enunciado 691


da Súmula deste Supremo Tribunal Federal. Deveras, não se pode
fragilizar a estrutura constitucional de competências estipulada pelo
constituinte originário.

Nesse diapasão, consoante acima afirmado, esta Suprema Corte não


pode, em razão da sua competência constitucionalmente delineada e da
organicidade do direito, conhecer, nesta via mandamental, questões não

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Voto - MIN. LUIZ FUX

Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 18

HC 171503 AGR / SP

examinadas definitivamente no Tribunal a quo, sob pena de estimular a


impetração de habeas corpus per saltum, em detrimento da atuação do
Superior Tribunal de Justiça, órgão jurisdicional que igualmente ostenta
atribuições de envergadura constitucional.

Impende destacar, ainda, que esta Corte sufraga o entendimento de


que a reiteração dos argumentos aduzidos na petição de habeas corpus, os
quais já foram objeto de exame pelo relator, não possui o condão de
infirmar os fundamentos da decisão agravada. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


REITERAÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPOSTOS NA INICIAL
QUE NÃO INFIRMAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA. WRIT CONTRA DECISÃO LIMINAR DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSTERIOR
JULGAMENTO DO MÉRITO: PREJUDICIALIDADE DA
IMPETRAÇÃO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
I - O agravante reitera os argumentos anteriormente expostos na
inicial do habeas corpus, sem, contudo, aduzir novos elementos
capazes de afastar as razões expendidas na decisão agravada. II - A
superveniência do julgamento do mérito de habeas corpus pelo
Superior Tribunal de Justiça torna prejudicada a impetração que ataca
a decisão que indeferiu a liminar. III – Agravo ao qual se nega
provimento.” (HC 136.071-AgR, Segunda Turma, rel. min.
Ricardo Lewandowski, DJe de 9/5/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.


PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA.
INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A MODIFICÁ-
LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
DELITO DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. RITO ESPECIAL.
RESPOSTA À ACUSAÇÃO. PRESCINDIBILIDADE. PRISÃO
PREVENTIVA. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO. 1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o
julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2.
O artigo 396 do CPP, que assegura ao acusado a apresentação de

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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HC 171503 AGR / SP

resposta à acusação após a admissão da imputação, não se aplica ao


rito disciplinado na Lei 11.343/06, hipótese em que a defesa escrita
precede ao recebimento da denúncia. Ademais, ambas as defesas são
direcionadas a evitar a persecução criminal temerária, de modo que,
forte no princípio da especialidade, não há direito subjetivo à
acumulação das oportunidades de defesa. 3. Não há ilegalidade na
decisão que impõe prisão preventiva com lastro em argumentos que
evidenciam o fundado receio de reiteração delituosa. 4. Agravo
regimental desprovido.” (HC 122.904-AgR, Primeira Turma, rel.
min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016)

“Direito Penal e Processo Penal. Agravo Regimental. Recurso


Ordinário em Habeas Corpus. Ação Penal. Desobediência. Coação
no Curso do Processo. Nulidade do Processo em que Ocorreu o Crime.
1. O crime de coação no curso do processo é formal. Sua consumação
independe de resultado naturalístico, bastando a simples ameaça
praticada contra qualquer pessoa que intervenha no processo, seja
autoridade, parte ou testemunha. É irrelevante que a conduta produza
o resultado pretendido. 2. A conduta foi praticada quando o processo
se encontrava em curso, o que atende à descrição típica do art. 344 do
Código Penal. 3. A reiteração dos argumentos trazidos pelo agravante
na inicial da impetração não é suficiente para modificar a decisão
agravada (HC 115.560-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli). 4. Agravo
regimental a que se nega provimento.” (RHC 124.487-AgR,
Primeira Turma, rel. min. Roberto Barroso, DJe de 1º/7/2015)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo regimental.

É como voto.

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Voto Vogal

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AG.REG. NO HABEAS CORPUS 171.503 SÃO PAULO

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : RONALDO MOREIRA
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
AGDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DE MOGI
DAS CRUZES

VOTO

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O habeas corpus é ação


constitucional voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão. O
processo que o veicule, devidamente aparelhado, deve ser submetido ao
julgamento de Colegiado. Descabe observar quer o disposto no artigo 21
do Regimento Interno, no que revela a possibilidade de o Relator negar
seguimento a pedido manifestamente improcedente, quer o artigo 932 do
Código de Processo Civil. Ante o fato de atuar na sessão virtual, quando
há o prejuízo da organicidade do Direito, do devido processo legal,
afastada a sustentação da tribuna, provejo o agravo para que o habeas
corpus tenha sequência.

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Extrato de Ata - 23/08/2019

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 171.503


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : RONALDO MOREIRA
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
AGDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DE MOGI DAS
CRUZES

Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo, nos


termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, Sessão Virtual de 16.8.2019 a 22.8.2019.

Composição: Ministros Luiz Fux (Presidente), Marco Aurélio,


Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

João Paulo Oliveira Barros


Secretário da Turma

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