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M T

A MATEMÁTICA A
.º ANO
CRISTINA VIEGAS
SÉRGIO VALENTE
MANUAL DO
PROFESSOR

Novo REVISÃO CIENTÍFICA


SIMULADOR Programa

VOL. DE EXAMES Metas


Curriculares
FACULDADE DE CIÊNCIAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Índice vol. 2

3
Tema
Funções Reais
de Variável Real

1. Limites e continuidade
Sucessões: revisão 6
Limites de sucessões 8
Propriedades das funções contínuas 17
Síntese 25
5 + 5 | Teste 1 26
Exercícios propostos 28

2. Derivadas de funções reais de variável real


e aplicações
Derivadas de funções reais de variável real 31
Interpretação cinemática da derivada de
segunda ordem de uma função posição 42
5 + 5 | Teste 2 44
Estudo e traçado de gráficos de funções
diferenciáveis 46
Síntese 61
5 + 5 | Teste 3 62
Exercícios propostos 64

+Exercícios propostos 68
No final encontras:

4
Funções
Exponenciais Calculadoras gráficas
Tema

Casio fx-CG 20 188


e Funções Texas Instruments TI-84 Plus C SE /
192
Logarítmicas / CE-T
Texas Instruments TI-Nspire CX 197
Respostas
Exercícios propostos 204
1. Juros compostos e número de Neper
Juros compostos 80
Número de Neper 84
Exercícios propostos 87
No volume 1 encontras:

2. Funções exponenciais
Função exponencial de base a 88

1
Tema
Função exponencial de base e 97
Cálculo
Limite notável e derivada da função exponencial 100 Combinatório
5 + 5 | Teste 4 102
Exercícios propostos 104

3. Funções logarítmicas
Logaritmo de base a
5 + 5 | Teste 5
Funções derivadas das funções exponenciais
108
118
2
Tema

No volume 3 encontras:
Probabilidades

e das funções logarítmicas 120


122

5
Mais limites notáveis
5 + 5 | Teste 6 134 Trigonometria
Tema

Exercícios propostos 136


e Funções
Trigonométricas
4. Modelos exponenciais

6
Equações diferenciais 144
Exemplos de outros modelos envolvendo funções Primitivas
Tema

exponenciais e funções logarítmicas 150 e Cálculo


Síntese 154 Integral
5 + 5 | Teste 7 156
Exercícios propostos 158

+Exercícios propostos 162

7
Tema

Números
Complexos
3
Tema

Funções Reais
de Variável Real
Este tema está organizado em:

1. Extensão
Limites e da
continuidade
trigonometria a
ângulos
Síntese retos e obtusos e
resolução de triângulos
5 + 5 | Teste 1
5 + 5 | Teste 1
Exercícios Propostos
Síntese
2. Exercícios
DerivadasPropostos
de funções reais de variável real
e aplicações
2. ??? |
5 + 5 Teste 2
5 + 5 | Teste 2
Síntese
Síntese
5 + 5 | Teste 3
Exercícios Propostos
Exercícios Propostos
+Exercícios Propostos
+Exercícios Propostos
1. Limites e continuidade

Sucessões: revisão
Resolução
Exercícios de «Limites
e continuidade»
Já no 11.º ano estudaste vários conceitos relativos a sucessões. Dado que alguns
desses conceitos sustentam outros que pretendemos introduzir, começaremos
com uma breve revisão, na forma de perguntas-respostas-exemplos.

RECORDA
Pergunta 1
Conceitos importantes: O que é uma sucessão?
• Sucessão Resposta
• Termo de uma sucessão
Uma sucessão é uma função cujo domínio é o conjunto dos números naturais (N).
• Ordem de um termo
• Termo geral Quando nada é referido, subentende-se que o conjunto de chegada é o conjunto
• Sucessão monótona dos números reais (R).
• Sucessão limitada A imagem de um objeto i é designada por termo de ordem i e a imagem de um
• Limite de uma sucessão objeto genérico n também é referida como termo geral da sucessão.
• Sucessão convergente Uma sucessão u é frequentemente designada por ( un ) .
• Sucessão divergente
EXEMPLO
• Indeterminação
2n + 1 , o termo de ordem 5 é
Na sucessão ( un ) , de termo geral un = _____
n + 2
2 * 5 + 1 11 8 + 1 = __
8
u5 = _______ = ___ e __ não é termo da sucessão porque a equação 2n
_____
5+2 7 5 n+2 5
11 , ou seja, é impossível em N .
é equivalente a n = ___
2

Pergunta 2
Qual é o significado da expressão «un tende para a»?
Resposta
Dizer que «un tende para a» é dizer que a é limite da sucessão ( un ) .
Escreve-se un " a ou lim un = a .
E o que significa ser «limite de ( un )»?
Não especificámos aqui a natureza de a ; no contexto do estudo feito no
11.º ano, a pode ser um número real, pode ser + ∞ ou - ∞ .
Analisemos os vários casos.

RECORDA
• Diz-se que um número real a é limite da sucessão ( un ) quando, para todo
o número real positivo δ , existir uma ordem p å N tal que
|u
n |
- a < δ § a - δ < un < a + δ
|
An å N, n ≥ p ± un - a < δ |
• Diz-se que a sucessão ( un ) tem limite + ∞ quando, para todo o número real
positivo L , existir uma ordem p å N tal que An å N, n ≥ p ± un > L .
• Diz-se que a sucessão ( un ) tem limite - ∞ quando, para todo o número real
positivo L , existir uma ordem p å N tal que An å N, n ≥ p ± un < - L .

6 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Quando existe um número real que é limite da sucessão ( un ) diz-se que a suces-
são é convergente.
Quando uma sucessão não é convergente diz-se divergente.

EXEMPLOS
Calculadoras gráficas
1 - n tende para - __
1. A sucessão ( un ) definida por un = _____ 1 pois, dado um Casio fx-CG 20 ...... pág. 188
2n + 1 2 TI-84 C SE / CE-T .... pág. 192
qualquer número real positivo δ , tem-se: TI-Nspire CX .......... pág. 197

| 1 - n - - __
_____
2n + 1 ( 2 )
3
| 3 - 2δ
| 4n + 2
§ __ < 4n + 2 § _____ < 4n § n > _____
|
2 - 2n + 2n + 1 < δ § _____
1 < δ § ___________

3 - 2δ
3
| |
4n + 2
<δ§

δ δ 4δ
Portanto, para qualquer δ > 0 , sendo p um número natural maior do
3 - 2δ

1
__
clui que lim un = - .
|
que _____ , tem-se: An å N, n ≥ p ± un - (- __
|
1 < δ , de onde se con-
2) 1 Sejam ( un ) , ( vn ) e ( wn ) as
sucessões definidas por:
2 __
3n - 1 √2 n - 1
A sucessão ( un ) é convergente. un = _____ , vn = _____ e
2n + 5 3
2 n - 1 tende para + ∞ pois, dado um
2. A sucessão ( un ) definida por un = ______
2
- 3n
5_____
wn =
3 2
qualquer número real positivo L , tem-se: Mostra, recorrendo às defini-
3L + 1
2 n 2 - 1 > L § 2 n 2 - 1 > 3L § n 2 > ______
______ ções, que:
3
3 2 a) lim un = __
Portanto, para qualquer L > 0 , sendo p um número natural maior do 2
______ b) lim vn = + ∞
3L + 1 2 n 2 - 1 > L , de onde se conclui
que √______
2
, tem-se: An å N, n ≥ p ± ______
3
c) lim wn = - ∞

que lim un = + ∞ .
A sucessão ( un ) é divergente.

3. A sucessão ( un ) definida por un = 1 - 5n tende para - ∞ pois, dado um


qualquer número real positivo L , tem-se: 2 Recorrendo a teoremas so-
L+1
1 - 5n < - L § 5n - 1 > L § n > ____
bre limites (11.º ano), calcula
5 os limites seguintes.
Portanto, para qualquer L > 0 , sendo p um número natural maior do a) lim (1 − 2 n 2 )
que L + 1 , tem-se: An å N, n ≥ p ± 1 - 5n < - L , de onde se conclui
____ 1
5 b) lim _____
2n + 3
que lim un = - ∞ .
c) lim [(2n − 1) (3 − n)]
A sucessão ( un ) é divergente.
2n − 1
d) lim _____
n+3
Pergunta 3
O que são «indeterminações», no contexto do cálculo de limites?
Resposta
Numa situação de cálculo do limite da soma, produto ou quociente de duas
sucessões, ( un ) e ( vn ) , se o conhecimento dos limites de ( un ) e ( vn ) não é PROFESSOR
u
suficiente para obter o limite de ( un + vn ) , de ( un * vn ) ou de ___n , diz-se que
Soluções
( vn ) 2. a) 1 - 2 * (- ∞)2 = 1 - 2 * (+ ∞) = - ∞
existe uma situação de indeterminação.
∞ , __0 b) _____
1 =0
As situações de indeterminação que estudámos são do tipo ∞ - ∞ , ___ e +∞
∞ 0
0*∞. c) + ∞ * (- ∞) = - ∞
Recordamos, em seguida, alguns exemplos de indeterminações e o modo de d) __
2=2
1
«levantar essas indeterminações».

Capítulo 1 | Limites e continuidade 7


EXEMPLOS

∞-∞
1. lim (10 n 2 - n 3 ) = lim (- n 3 ) = - ∞
______ ______
______ (√n 2 + 10 - n) (√n 2 + 10 + n)
2. lim (√n 2 + 10 - n) = lim ____________________________
∞-∞
______ =
RECORDA √n 2 + 10 + n
(a + b) (a - b) = a2 - b2 ______ 2
2 + 10 ) - n 2
(√n______ 2 + 10 - n 2
n______ 10 10
= lim ________________ = lim _________ = lim _________
______ = ____ = 0
√n 2 + 10 + n √n 2 + 10 + n √n 2 + 10 + n + ∞
n
n ∞-∞ n 3
__ ( )
3. lim (2n + 1 - 3 ) = lim
(2 (2 - ( 2 ) )) = + ∞ * (2 - + ∞ ) = - ∞

___
RECORDA 3n2 - n - 2 ∞ 3n⟋2
• lim an = + ∞ se a > 1 4. lim _________ = lim ____ =3
n +n+1
2 ⟋2
n
• lim an = 0 se 0 < a < 1 __ _____ _____

______ ___
4 n

2 + 1 ∞
√n 2 * 4 +
√ n
1
___ ⟋ 1
n * 4 + ___
n √

____
4+0 2
5. lim ______ = lim _________ = lim ___________ = ____ = __
2 2

3n + 1 1 1 3 +0 3
n * (3 + __) n * (3 + __)

3
n n
Calcula cada um dos limi- -n -n
3 3
2 (1 + ___ lim (1 + ___
tes seguintes. n

-n ___ n)
2 )
n n n
2 +3 ∞
_______ 2 2
a) lim (10n - 2 n 2 ) 6. lim n n+1
= lim ________________
n = lim (__) * _________________ n =
_____ __ 3 +2 2 *2 3 2 *2
3 (1 + (__ __
n
lim 1 +
b) lim (√4n + 3 - 2√n ) 3) ) ( (3 ) )
1+0
c) lim (3 - 2
n n-1
-5 )
-n = 0 * _______ = 0
1+0*2
2n2 - 1
d) lim __________
2
_____ 0
__ ∞
___
n + 3n + 10 n 2 + 1 0
______ 4n2 + 6 ∞
______ 4 n 2 = lim __ 4 =0
4 = ____
= lim ____
3
7. lim ______
n = lim 3
2n
e) lim _______
_______ n +n n3 n +∞
√9 n 2 + 4n 2n2 + 3

___ ___ __
__2 __n

= 2 lim ___ n 2 = 2 lim √n = 2 * (+ ∞) = + ∞
n
3 - 22n - 1 __ 0*∞
__ ∞
f) lim ________ 8. lim *n = 2 lim
2n
2 +3 n+1 (√n ) √n n
1
____
____
√n + 1
______ Estamos agora em condições de avançar.
g) lim _____
√ n + 10
_____
n Limites de sucessões
2 n 2 - 1 × n____
h) lim ( ______
+1
n 3 + 10 4 ) Vamos enunciar teoremas que permitem obter conclusões acerca da existência
e natureza do limite de sucessões por comparação com outras sucessões, desde
que se cumpram as condições da hipótese.

SERÁ QUE…? A afirmação falsa

Sejam ( un ) e ( vn ) duas quaisquer sucessões e seja a å R .


PROFESSOR Considera as afirmações seguintes:
Soluções a) Se, a partir de certa ordem, un ≤ vn e lim un = a , então lim vn ≥ a .
3. a) - ∞ b) 0
b) Se, a partir de certa ordem, un ≤ vn e lim un = + ∞ , então lim vn = + ∞ .
c) + ∞ d) 0
c) Se, a partir de certa ordem, un ≤ vn e lim vn = - ∞ , então lim un = - ∞ .
e) __
2 f) − __1
3 2 Uma destas afirmações é falsa.
g) 1 h) __1
2 Será que consegues identificar a afirmação falsa e provar uma das afirma-
Mais sugestões de trabalho ções verdadeiras?
Exercícios propostos n.os 31 a 33 Será que, relativamente à afirmação falsa, consegues completar a hipótese de
(pág. 28). modo a obteres uma afirmação verdadeira?

8 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


NOTA
Teoremas de comparação*
*  Estes teoremas permitem con-
1. Dadas sucessões convergentes (un ) e (vn ) , se un ≤ vn a partir de certa cluir que as afirmações b) e c) do
Será que…? da página anterior são
ordem, então lim un ≤ lim vn . verdadeiras.
2. Dadas sucessões ( un) e ( vn) , se un ≤ vn a partir de certa ordem A afirmação a) seria verdadeira acres-
centando a hipótese de (vn) ser
e lim un = + ∞ , então lim vn = + ∞ . convergente.
3. Dadas sucessões ( un) e ( vn) , se un ≤ vn a partir de certa ordem
e lim vn = - ∞ , então lim un = - ∞ .

NOTA
Vamos demonstrar os teoremas 1** e 2. A demonstração do teorema 3 é análoga ** A demonstração do teorema 1 vai
à demonstração do teorema 2. ser feita usando o método de redu-
ção ao absurdo.

Demonstração do teorema 1

Sejam ( un ) e ( vn) sucessões convergentes tais que lim un = a e lim vn = b . 4 Identifica as afirmações ver-
dadeiras.
Seja p1 å N tal que An å N, n ≥ p1 ± un ≤ vn .
n
a) An å N, _____
n
< ___2
Vamos supor que a > b . n +1 n
2

n + 1 < ___
b) An å N, ____
2n
a-b a-b
Seja δ = ____ . Como estamos a admitir que a é maior do que b , ____ é um n2 n2
2 2
n+1
c) An å N, _____ ≥ ___
n
número positivo.
2n + 1 3n
Dado que lim un = a , sabemos que existe p2 å N tal que

| |
An å N, n ≥ p2 ± un - a < δ , ou seja, An å N, n ≥ p2 ± a - δ < un < a + δ .
5 Determina o menor valor de
Analogamente, dado que lim v n = b , sabemos que existe p 3 å N tal que
p å N tal que, para todo n å N ,
| |
An å N, n ≥ p3 ± vn - b < δ , ou seja, An å N, n ≥ p3 ± b - δ < vn < b + δ . se tenha:
1
a) n ≥ p ± _____ < __
1
Seja p o máximo do conjunto {p1 , p2 , p3} .
2n - 1 n
n + 5 ___3n
Então, An å N, n ≥ p ± a - δ < un ≤ vn < b + δ . b) n ≥ p ± ____ < 2
n2 n
a-b n + 4 < ___
Sendo δ = ____ , tem-se: c) n ≥ p ± _____
2n
2 n2 + 1 n2
- b 2a
a____ -a+b a+b
• a-δ=a- = ________ = ____
2 2 2
a - b 2b + a - b a + b
• b + δ = b + ____ = ________ = ____
2 2 2
a+b a+b
Concluímos, portanto, que An å N, n ≥ p ± ____ < un ≤ vn < ____ , o que é
2 2
a+b a+b
absurdo, pois ____ < ____ é uma afirmação falsa.
2 2
O absurdo surgiu de admitir a > b e, assim, concluímos, conforme pretendía- PROFESSOR
mos, que a ≤ b . Soluções
4. a) Verdadeira, pois
O absurdo de admitir a > b nas condições da hipótese pode ser evidenciado na An å N, n2 + 1 > n2 > 0 .
representação seguinte, em que, a partir de certa ordem, todos os termos de b) Falsa, pois, se n = 1 , então
(vn) se encontram à esquerda de termos de (un) . n + 1 = 2n .
c) Verdadeira, pois
vn un
An å N, n + 1 > n ‹ 0 < 2n + 1 ≤ 3n .
b–δ b b+δ=a–δ a a+δ
5. a) 2 b) 3 c) 4

Capítulo 1 | Limites e continuidade 9


Demonstração do teorema 2
Sejam (un ) e (vn ) sucessões e suponhamos que lim un = + ∞ .
Seja p1 å N tal que An å N, n ≥ p1 ± un ≤ vn e seja L um qualquer número
real positivo.

6 Dado que lim un = + ∞ , sabemos que existe p2 å N tal que


Prova que, dadas sucessões
An å N, n ≥ p2 ± un > L .
( un ) e ( vn ) , se un ≤ vn a partir
de certa ordem e lim vn = - ∞ , Seja p o máximo do conjunto {p1 , p2} .
então lim un = - ∞ (teorema 3).
Então, An å N, n ≥ p ± vn ≥ un > L , de onde se conclui que lim vn = + ∞ .

Exercícios resolvidos n
2 + 5n
7 1. Prova que a sucessão (un ) de termo geral un = ( _____) tende para
Seja ( un ) uma sucessão que 3n
tende para + ∞ e seja (vn ) +∞ .
uma sucessão tal que Resolução
An å N, vn + un ≤ 0 .
2 + 5n 5n
Indica, justificando, qual é o Tem-se, _____ > ___ . Portanto, para qualquer n å N ,
3n 3n
limite de ( vn) . n n n n
+ 5n
2_____ 5n
___ + 5n
2_____ 5
__
( 3n ) > ( 3n ) , ou seja, ( 3n ) > ( 3 )
n
5
Dado que lim (__) = + ∞ , concluímos, aplicando o teorema 2, que
3
lim un = + ∞ .

8 Determina, por comparação,


2. Seja ( un ) a sucessão de termo geral un = n 4 (cos n - 2) .
os seguintes limites: Mostra que lim un = - ∞ .
a) lim [n(2 - cos n )] Resolução
n
2n + 1
b) lim ( _____)
Vamos construir uma sucessão (vn ) tal que An å N, vn ≥ un e
n lim vn = - ∞ .
n
3n + 2 O contradomínio da função cosseno é [- 1, 1] ;
c) lim ( _____ )
n+1
portanto, An å N, cos n ≤ 1 .
cos n ≤ 1 § cos n - 2 ≤ 1 - 2 § cos n - 2 ≤ - 1
Multiplicando os dois membros desta última desigualdade por n 4 , con-
9 Seja (un ) a sucessão defi- clui-se que An å N, n 4(cos n - 2) ≤ - n 4 .
3n - 1
nida por un = _____ . Então, sendo vn = - n4 , tem-se An å N, vn ≥ un e lim vn = lim (- n4) = - ∞ .
2n + 4
a) Mostra que existe uma or- Portanto, por aplicação do teorema 3, conclui-se que lim un = - ∞ .
dem a partir da qual os ter-
mos da sucessão são todos n
1
maiores do que 1,4.
n
3. Prova que a sucessão (un) de termo geral un = ∑ ____ ____ tende para + ∞ .
3n - 1 i = 1 √n + i
b) Calcula lim ( _____ ) . Resolução
2n + 4
Comecemos por escrever alguns termos da sucessão.
PROFESSOR 1
1
Soluções u1 = ∑ ____ ____ 1
= ____
____ 1__
= __
i = 1 √1 + i √1 + 1 √2
7. lim vn = - ∞ , pois
2
An å N, vn ≤ - un e -un " - ∞ . 1
u2 = ∑ ____
____ 1
= ____
____ 1
+ ____
____ 1__ + __
= __ 1__
8. a) + ∞ b) + ∞ c) + ∞ i=1 √2+i √2+1 √2+2 √ 3 √ 4
9. b) + ∞
continua

10 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação
3
1
u3 = ∑ ____
____ 1
= ____
____ 1
+ ____
____ 1
+ ____
____ 1__ + __
= __ 1__ + __
1__
i=1 √3+i √3+1 √3+2 √3+3 √ 4 √ 5 √ 6

n
1
un = ∑ ____
____ 1
= ____
____ 1
+ ____
____ 1
+ … + ____
____
i=1 √n + i 
√n+1 √n+2 √n+n
n parcelas

A escrita destes termos permite-nos evidenciar que, de termo para termo,


o número de parcelas vai aumentando, mas as parcelas são cada vez
menores. De facto, o número de parcelas tende para infinito e as parcelas
tendem para zero.

Vamos recorrer ao teorema 2 para provar que a sucessão tende para + ∞ ,


construindo uma sucessão (vn) em que cada termo se obtém substituindo
no termo da mesma ordem da sucessão (un) cada parcela pela menor
das parcelas do somatório, como se ilustra em seguida.
1__ = 1 * _____
v1 = __ 1
_____
√2 √2 * 1

1__ + __
v2 = __ 1__ = 2 * __
1__ = 2 * _____
1
_____
√4 √4 √4 √2 * 2

1__ + __
v3 = __ 1__ + __
1__ = 3 * _____
1
_____
√6 √6 √6 √2 * 3

4
1
Tem-se u4 = ∑ ________ , ou seja, o quarto termo da sucessão (un ) é a
i=1 √4+i
soma de quatro parcelas das quais a menor é ____1
____ 1
= _____
_____ .
√4 + 4 √2 * 4 10 Determina, por comparação,
1 os seguintes limites:
Obtemos v4 substituindo cada uma das parcelas de u4 por _____ _____ , n
√2 * 4 n
garantindo deste modo que v4 vai ser menor do que u4 . a) lim ∑ _____
3
_____
k = 1 √n 4 +k
__
1
Será v4 = 4 * _____
_____ . n
1 - √n
b) lim ∑ ____
√2 * 4 n+k
k=1

Raciocinando de forma análoga e tendo em consideração que un é a


1
soma de n parcelas das quais a menor é ____
____ 1___ , conclui-se que
= ___
√n + n √2n
1___ .
vn = n * ___
√2n

Calculemos lim vn . Temos uma situação de indeterminação ∞ * 0 que


sabes «levantar».

___ ___ __
(
1___ ∞=* 0 lim ___
lim vn = lim n * ___
√2n )
n___ ∞
√2n
= lim √
n 2 = lim __
___
2n √
n = +∞
2 PROFESSOR
Soluções
Ora, dado que An å N, un ≥ vn e que lim vn = + ∞ , concluímos, por 10. a) + ∞
aplicação do teorema 2, que lim un = + ∞ . b) - ∞

Mais sugestões de trabalho


Exercícios propostos n.os 34 a 37
O teorema 1 vai ser uma boa ajuda para demonstrar o teorema seguinte que (pág. 28).
constitui uma ferramenta importante no cálculo de limites.

Capítulo 1 | Limites e continuidade 11


Teorema das sucessões enquadradas
Se ( un ) e ( vn ) são duas sucessões convergentes com o mesmo limite, a , e se
uma sucessão ( wn ) é tal que, a partir de certa ordem, un ≤ wn ≤ vn , então
( wn ) é convergente e lim wn = a .

Demonstração
Se provarmos que a sucessão ( wn ) é convergente, podemos aplicar o teorema 1
para concluir que lim un ≤ lim wn ≤ lim vn e, de lim un = lim vn = a , decorre que
lim wn = a .

No entanto, o caminho que nos vai permitir concluir que a sucessão ( wn ) é


convergente envolve precisamente a conclusão de que o limite de ( wn ) é a .
Vejamos como.

Seja δ um qualquer número real positivo.

Dado que lim un = a , sabe-se que existe p1 å N tal que


| |
An å N, n ≥ p1 ± un - a < δ , ou seja, An å N, n ≥ p1 ± a - δ < un < a + δ .

De modo análogo, dado que lim vn = a , sabe-se que existe p2 å N tal que
| |
An å N, n ≥ p2 ± vn - a < δ , ou seja, An å N, n ≥ p2 ± a - δ < vn < a + δ .

Seja p3 å N tal que An å N, n ≥ p3 ± un ≤ wn ≤ vn e seja p o máximo do


conjunto {p1 , p2 , p3} .

Então, An å N, n ≥ p ± a - δ < un ≤ wn ≤ vn < a + δ , de onde se conclui que


An å N, n ≥ p ± a - δ < wn < a + δ .

Dado que δ é um qualquer número real positivo, conclui-se que a é limite


de ( wn ) . Portanto, ( wn ) é convergente e lim wn = a .

O esquema seguinte ilustra o teorema das sucessões enquadradas.


un ≤ wn ≤ vn
¢ 3 4
a

Exercícios resolvidos

cos ___
6
_______
1. Seja ( wn ) a sucessão de termo geral wn = .
2n + 3
Determina lim wn .
in Caderno de Apoio, 12.º ano

Resolução
O limite da sucessão ( wn ) pode ser calculado recorrendo a um teorema
enunciado e demonstrado no 11.º ano relativo ao limite do produto de
uma sucessão limitada por uma sucessão que tende para 0:
Se ( un ) é uma sucessão limitada e ( vn ) é uma sucessão que tende para 0,
então lim ( un * vn ) = 0 .
continua

12 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

Esse teorema não é mais do que um caso particular do teorema das suces-
sões enquadradas que vamos, agora, aplicar.
Atendendo a que o contradomínio da função cosseno é o intervalo
[- 1, 1] , tem-se:

cos ___
An å N, - 1
_____ ≤
6
_______ 1
≤ _____
2n + 3 2n + 3 2n + 3
Então, se considerarmos as sucessões ( un) e (vn ) definidas por
- 1 e por v = _____
un = _____ 1 , tem-se:
n
2n + 3 2n + 3
An å N, un ≤ wn ≤ vn e lim un = lim vn = 0
Recorrendo ao teorema das sucessões enquadradas, conclui-se que:
lim wn = 0 11 Determina, aplicando o
n teorema das sucessões enqua-
2n
2. Determina lim (_____ . dradas, o limite de cada uma
5n + 3 ) das sucessões que a seguir se
Resolução definem pelo termo geral.
Tem-se, para todo o número natural n , _____2n < ___
2n e, sendo n um 2n - 1
n

5n + 3 5n a) un = ( _____)
4n
número natural maior ou igual a 3, tem-se _____ 2n .
2n ≥ ___ n + cos2 n
5n + 3 6n b) vn = ________
n+1
2n ≤ _____
Então, existe uma ordem a partir da qual ___ 2n ≤ ___
2n e, portanto, n
sen n
6n 5n + 3 5n c) wn = (_____)
existe uma ordem a partir da qual se tem: 2
n
n n n 1 cos (2n)
1
__ 2n
_____ 2
__ d) xn = (__ + ________)
( 3 ) ≤ ( 5n + 3 ) ≤ ( 5 ) 2 3
n n
Dado que as sucessões de termo geral (__1 e __ 2 NOTA
3) ( 5 ) tendem ambas para
*  Desde o momento em que se
zero*, conclui-se, pelo teorema das sucessões enquadradas, que: reconhece que a sucessão majoran-
n n
2n
lim (_____ =0 te, __ 2 , tende para 0, é natural
5n + 1 ) (5)
que se considere como sucessão
n minorante a sucessão constante
1
3. Seja (wn) a sucessão de termo geral wn = ∑ _____3
_____ . Determina lim wn . igual a 0, dado que a sucessão em
k = 0 √n3 + k estudo é uma sucessão de termos
Resolução positivos.
n
1 1
Tem-se wn = ∑ _____ 3 3
1
_____ = _____
_____ + _____
3
_____ + _____
3
1 1
_____ + … + _____
3
_____ .
k = 0 √n3 + k √n3 + 0 √n3 + 1 √n3 + 2 √n3 + n

Portanto, o termo de ordem n desta sucessão é uma soma de n + 1 par-


celas, das quais a menor é aquela em que k toma o valor n e a maior
é a parcela em que k toma o valor 0.
n
1
Assim, a sucessão ( un ) definida por un = ∑ _____
3
_____ é tal que
PROFESSOR
k = 0 √n + n
3 Soluções
n
1
An å N, un ≤ wn e a sucessão ( vn ) definida por vn = ∑ ____
11. a) 0 b) 1 c) 0 d) 0
3
__ é tal que
k = 0 √n 3
An å N, wn ≤ vn .
Os dois somatórios são somas de n + 1 parcelas todas iguais (pois não RECORDA
n
dependem de k** ). **  ∑ c = (n - m + 1) * c
k=m
n + 1 e v = _____
Então, un = _____ n+1.
3
_____ n 3
__
√n + n
3 √n3

continua

Capítulo 1 | Limites e continuidade 13


continuação
12 Determina o limite de cada
uma das sucessões (wn) dadas Calculemos os limites destas duas sucessões.
pelo termo geral: 1
n (1 + __ ⎛ 1 ⎞
1 + __
⎜ ⎟

___
n
n + 1 = lim ___________ n ) n n
lim un = lim _____ __ _____
2n ∞
a) wn = ∑ ______ _____ __ 3 _____ = lim n * 3 _____ = 1
2
i = 1 3n +i 3

√ 1
___
√ 1
1 + ___
√ n3 + n 3
√n 3 1 +
52n n2 ⎝ n2 ⎠
b) wn = ∑ _____
3
_____ ∞
___
n+1∞
lim vn = lim _____ n+1 n
+k
__ = lim ____ = lim __ = 1
k = 0 √n 3
3
√n 3 n n

Mais sugestões de trabalho Dado que, An å N, un ≤ wn ≤ vn e que lim un = lim vn = 1 , o teorema


Exercícios propostos n.os 38 e 39 das sucessões enquadradas permite concluir que ( wn ) é convergente
(págs. 28 e 29). e que lim wn = 1 .

PROFESSOR O conceito de limite de funções reais de variável real quando x tende para um
Gestão curricular ponto aderente ao domínio, ou quando x tende para - ∞ ou para + ∞ , que
Os professores que optaram, no 11.° ano, estudaste no 11.º ano, tem por base o conceito de limite de uma sucessão.
por concluir o descritor 4.5 de FRVR11 Portanto, é natural que dos teoremas anteriores decorram teoremas análogos
(assíntotas ao gráfico de funções defi- para funções de variável real.
nidas pelo radical de uma função racio-
nal) no 12.° ano, devem agora fazê-lo. Recordemos, em seguida, o conceito de limite de uma função real de variável
real segundo Heine.

Limite segundo Heine


NOTA Dada uma função real de variável real f e um número real a que seja ponto
* b pode ser um número real, pode aderente ao domínio de f , diz-se que b*  é limite de f(x) quando x tende
ser - ∞ ou + ∞ . para a quando, para toda a sucessão ( xn ) de elementos do domínio de f
que tende para a , a correspondente sucessão (f( xn )) tende para b .

No caso de o domínio de f não ser majorado (respetivamente, minorado),


na definição anterior, admite-se que a seja + ∞ (respetivamente, - ∞).
13 Aplicando a definição de li-
Teorema 4
mite segundo Heine, calcula os
limites seguintes: Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D e sendo a å R um
1 - 3x ponto aderente a D , se Ax å D, f(x) ≥ g(x) e se lim g(x) = + ∞ , então
a) lim _____ x"a
x " 2 x2 + 1
lim f(x) = + ∞**.
x"a
b) lim (x - 3x2)
x"-∞

Demonstração
NOTA
**  Este teorema também é válido Nas condições do teorema, seja ( un ) uma qualquer sucessão de elementos de D
considerando os limites laterais em que tende para a . Queremos provar que a sucessão (f( un ) ) tende para + ∞ .
a , uma vez que estes não são mais do
que limites de restrições de f e g a Ora, dado que lim g(x) = + ∞ e que ( un ) é uma sucessão de elementos de D
x"a
subconjuntos de D . que tende para a , sabe-se que a sucessão (g( un )) tende para + ∞ .
Como Ax å D, f(x) ≥ g(x) , podemos afirmar que An å N, f( un ) ≥ g( un ) e, por
PROFESSOR aplicação do teorema 2 enunciado na página 9, conclui-se que a sucessão (f( un ))
Soluções tende para + ∞ .
12. a) _
2 b) 10 Assim, e dado que ( un ) é uma qualquer sucessão de elementos de D que tende
3
para a , pode afirmar-se que lim f(x) = + ∞ .
13. a) - 1 b) - ∞ x"a

14 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


As demonstrações dos teoremas 5, 6 e 7 são análogas à apresentada na página NOTA
anterior. Recorda a aplicação dos teoremas
sobre limites e as técnicas para
«levantar indeterminações» resol-
vendo os exercícios propostos suge-
Teoremas ridos abaixo.

5. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D e sendo a å R


um ponto aderente a D , se Ax å D, f(x) ≥ g(x) e se lim f(x) = - ∞ , NOTA
x"a
então lim g(x) = - ∞*. *  Este teorema também é válido
x"a
considerando os limites laterais
em a .
6. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D , não majorado (respe-
tivamente, não minorado), se Ax å D, f(x) ≥ g(x) e se lim g(x ) = + ∞
x " +∞

(
respetivamente, lim g(x) = + ∞) , então lim f(x) = + ∞ (respetivamen-
x " -∞ x " +∞
te, lim f(x) = + ∞).
x " -∞

7. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D , não majorado (res-


petivamente, não minorado), se Ax å D, f(x) ≥ g(x) e se lim f(x) = - ∞
x " +∞

(
respetivamente, lim f(x) = - ∞) , então lim g(x) = - ∞ (respetiva-
x " -∞ x " +∞
mente, lim g(x) = - ∞).
x " -∞
NOTA
8. Teorema das funções enquadradas* *  Estes teoremas também se apli-
cam se as hipóteses forem verifica-
Dadas funções reais de variável real f , g e h de domínio D e sendo das na restrição das funções a uma
a å R um ponto aderente a D , se Ax å D, g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) e se vizinhança de a , no caso dos limi-
tes quando x tende para a , ou a
lim g(x) = lim h(x) = b , com b å R , então lim f(x) = b . intervalos não majorados (respeti-
x"a x"a x"a
vamente, não minorados) no caso
dos limites quando x tende para
+ ∞ (respetivamente, - ∞) .

Demonstração do teorema 8

Nas condições do teorema, seja (un) uma qualquer sucessão de elementos de D


que tende para a . Queremos provar que a sucessão (f(un )) tende para b .

Ora, dado que lim g(x) = lim h(x) = b e que (un ) é uma sucessão de elementos
x"a x"a
14 Acerca de uma função f sa-
de D que tende para a , sabe-se que as sucessões (g (un )) e (h (un )) tendem be-se que:
x(x + 2)
para b . Ax > 0, f(x) ≥ _______
x+1
Determina, justificando,
Como Ax å D, g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) , podemos afirmar que:
lim f(x) .
x " +∞

An å N, g( un) ≤ f( un) ≤ h( un)

e, por aplicação do teorema das sucessões enquadradas, conclui-se que (f (un )) PROFESSOR
Soluções
tende para b . Assim, e dado que (un ) é uma qualquer sucessão de elementos
14. + ∞
de D que tende para a , pode afirmar-se que lim f(x) = b .
x"a
Mais sugestões de trabalho

Se o domínio, D , não for majorado (respetivamente, minorado), o teorema das fun- Exercícios propostos n.os 40 a 42
(pág. 29).
ções enquadradas também é válido no caso de a ser + ∞ (respetivamente, - ∞).

Capítulo 1 | Limites e continuidade 15


Exercícios resolvidos
2x2
________
1. Calcula lim .
x " +∞ x + cos x
in Caderno de Apoio, 12.º ano
15 Acerca de uma função f de Resolução
π π O contradomínio da função cosseno é [- 1, 1] ; portanto,
domínio D = ] - __ , __ [ , sabe-se
que: 2 2
Ax å R, - 1 ≤ cos x ≤ 1 .
Ax å D, 1 - x 2 ≤ f(x) ≤ 1 + x 2
f(x) Então, Ax å R, x - 1 ≤ x + cos x ≤ x + 1 e, sendo x > 1 , tem-se x - 1 > 0 .
Determina lim ______ .
x " 0 2 cos x
Portanto, Ax > 1, 0 < x + cos x ≤ x + 1 e, finalmente,
2x2 2x2
Ax > 1, ________ ≥ ____ .
x + cos x x + 1

___
2x2 ∞ 2x2
Dado que lim ____ = lim ____ = lim (2x) = + ∞ ,
x " +∞ x + 1 x " +∞ x x " +∞

2x2
________
conclui-se que lim = +∞ .
x " +∞ x + cos x

16 Sejam m e M números 2. Seja f uma função real de variável real tal que:
reais distintos e seja f uma 4 ( x 2 - 3)
função limitada, tal que Ax å R, x 2 - 4 ≤ f(x) ≤ __
3
Ax å R, m ≤ f(x) ≤ M .
Justifica que lim f(x) = - 4 .
Indica, justificando, qual é o x"0
valor lógico de cada uma das Resolução
proposições seguintes. 4 ( x 2 - 3) .
Sejam g e h as funções definidas por g(x) = x 2 - 4 e h(x) = __
a) Ax å R, 3
f(x) Tem-se Ax å R, g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) .
m ≤ _____
_____ M
≤ _____
x2 + 1 x2 + 1 x2 + 1 Dado que:
b) Ax å R \ {- 1}, • lim g(x) = lim ( x 2 - 4) = 0 - 4 = - 4
f(x) x"0 x"0
m ≤ _____
_____ M
≤ _____
x3 + 1 x3 + 1 x3 + 1 4 ( x 2 - 3) = __
• lim h(x) = lim (__ 4
x"0 x"0 3 ) 3 * (0 - 3) = - 4
o teorema das funções enquadradas permite concluir que lim f(x) = - 4 .
17 Acerca de uma função f , x "0

sabe-se que: x2 + 2
Ax å R, x ≤ f(x) ≤ x + 1
3. Seja f uma função real de variável real tal que Ax å R, 1 ≤ f(x) ≤ _____ .
x2 + 1
Determina, justificando,
Justifica que lim f(x) = 1 .
x " +∞
f(x) Resolução
lim ____ . x2 + 2
x" -∞ x Sejam g e h as funções definidas por g(x) = 1 e h(x) = _____ .
x2 + 1
Tem-se Ax å R, g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) .
18 Recorrendo ao teorema das
É imediato reconhecer que lim g(x) = 1 .
funções enquadradas, calcula: x " +∞
x - sen x
lim _______ Determinemos agora lim h(x) .
x " +∞
x " +∞ x + sen x

___
2 + 2 ∞
x_____ x2
lim h(x) = lim = lim ___ = 1
x " +∞ x 2 + 1 x " +∞ x 2
x " +∞
PROFESSOR
Aplicando o teorema das funções enquadradas, podemos concluir
Soluções
que lim f(x) = 1 .
15. _1 x " +∞
2 Esquematicamente, quando x " + ∞ ,
16. a) Verdadeira, pois Ax å R, x 2 + 1 > 0 .
g(x) ≤ f(x) ≤ h(x)
b) Falsa, pois x < - 1 ± x3 + 1 < 0 .
¢ 3 4
17. 1
1
18. 1

16 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Propriedades das funções contínuas
SERÁ QUE…? Arrefecimento de um pudim
RECORDA
As cozinhas dos grandes restaurantes têm Dada uma função f e um ponto
equipamentos de refrigeração rápida. a å Df , diz-se que f é contínua
A Susana trabalha num restaurante e colo- em a se existir lim f(x) .
x"a

cou um pudim acabado de confecionar num Atendendo a que a å Df , a existên-


desses equipamentos. cia de limite em a obriga a que
esse limite seja igual a f(a) . Portan-
A temperatura do pudim, quando foi coloca- to, f é contínua num ponto a å Df
do a arrefecer, era 70 ºC e, em menos de cin- se e só se lim f(x) = f(a) .
x"a
co minutos, ficou à temperatura de 12 ºC.
Será que, em algum instante, a temperatura do pudim foi 65 ºC?

SERÁ QUE…? Missão possível ou missão impossível?

1. Esboça o gráfico de uma função f de domínio [1, 5] , sendo f(1) = - 2 e


f(5) = 4 e tal que a equação f(x) = 0 seja impossível.
2. Esboça o gráfico de uma função f de domínio [1, 5] , sendo f(1) = - 2 e
f(5) = 4 e tal que a equação f(x) = 3 seja impossível.
3. Alguma das funções cujo gráfico representaste nos itens anteriores é uma
função contínua?

Será que é possível esboçar o gráfico de uma função contínua que cumpra as
exigências formuladas nos itens 1 ou 2?

O teorema que vamos enunciar de seguida garante que houve um instante em


que a temperatura do pudim da Susana foi 65 ºC e garante também que qual-
quer função que cumpra as exigências dos itens 1 e 2 do Será que…? acima não
pode ser uma função contínua.

NOTA
Teorema de Bolzano-Cauchy ou teorema dos valores intermédios
De modo informal mas muito su-
Dada uma função real de variável real f , contínua num intervalo I = [a, b] , gestivo, o enunciado do teorema de
Bolzano poderá ser: uma função
com a < b , se k pertence ao intervalo fechado de extremos f(a) e f(b) , contínua num intervalo não passa
então existe c å I tal que f(c) = k . de um valor a outro sem passar
por todos os valores intermédios.
Em particular, se k pertence ao intervalo aberto de extremos f(a) e f(b) ,
então existe c å ] a, b [ tal que f(c) = k . PROFESSOR
Gestão curricular
Esquematicamente, tem-se: A demonstração deste teorema não faz
• f contínua em [a, b] parte do Programa.
Ec å ] a, b [ : f(c) = k
• f(a) < k < f(b) ou f(b) < k < f(a)} Mais sugestões de trabalho
Exercícios propostos n.os 43 a 48
(pág. 29).

Capítulo 1 | Limites e continuidade 17


Em termos geométricos, podemos afirmar que, sendo f uma função contínua
HISTÓRIA em [a, b] , com a < b , e sendo k um valor entre f(a) e f(b) , a reta de equação
Teorema de Bolzano-Cauchy y = k e o gráfico da função f se intersetam em, pelo menos, um ponto cuja
O teorema de Bolzano-Cauchy pare- abcissa está entre a e b .
ce ter sido enunciado pela primeira
vez pelo matemático belga Stevin, y y
no final do século XVI. No entanto, só
f(b) f(b)
no século XIX, os matemáticos Bol-
zano e Cauchy, em trabalhos inde-
pendentes, fizeram a demonstração k k
deste teorema.
f(a) f(a)

O a c b x O ac d eb x

f(c) = k f(c) = f(d) = f(e) = k

Não sendo a função f contínua em [a, b] , a equação f(x) = k , com k com-


preendido entre f(a) e f(b) , pode ter, ou pode não ter, solução em ] a, b [ .
Bernard Bolzano (1781-1848)
A demonstração deste teorema por
Bolzano foi publicada sob o título:
EXEMPLOS
Prova puramente analítica do teore-
ma que afirma que entre dois valores
de sinais opostos existe pelo menos Em qualquer das situações seguintes, k está compreendido entre f(a) e f(b)
uma raiz real da equação. e, nos exemplos 2 e 3, não existe x å ] a, b [ cuja imagem por f seja k .
1. 2. 3.
y y y
f(b) f(b) f(b)
NOTA
k k k
No enunciado do teorema de Bolza-
no-Cauchy, é fundamental a condi-
f(a) f(a) f(a)
ção que exige que a função seja
contínua, mas também é decisivo o
facto de o domínio ser um intervalo O a c b x O a b x O a b x
de números reais. Como sabes do
11.° ano, toda a sucessão é uma fun-
ção contínua. No entanto, dada, por Nenhuma das funções representadas é contínua em [a, b] .
exemplo, a sucessão ( un ) , definida
Repara que, o facto de a função ser contínua em [ a, b [ , como sucede no
por un = n2 - 120 , tem-se u10 = - 20
e u12 = 24 e, no entanto, ( un) não exemplo 3, não é suficiente para garantir que a função tome o valor k .
toma o valor 0, para n entre 10
e 12.

Exercícios resolvidos
1. Acerca de uma função f , sabe-se que é contínua em [1, 6] , que f(1) = 3
e que f(6) = - 1 .
a) Justifica que é verdadeira a afirmação: Ex å ] 1, 6 [ : f(x) = 2 .
b) Mostra que a informação que é dada acerca da função f não é sufi-
ciente para dizer se a afirmação Ex å ] 1, 6 [ : f(x) = 4 é verdadeira ou
é falsa.
Resolução
a) Atendendo a que f(6) < 2 < f(1) e a que f é contínua em [1, 6] ,
o teorema de Bolzano-Cauchy garante que Ex å ] 1, 6 [ : f(x) = 2 .

continua

18 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

b) Os gráficos seguintes apresentam funções nas condições do enunciado.


A afirmação é verdadeira para a função do primeiro exemplo e é falsa
para a função do segundo exemplo.
1. 2.
y y

1 1

O 1 x O 1 x

2. Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = x 4 + 2x + 3 . 19 Seja f a função, de domí-


__
Por processos analíticos, mostra que Ec å ] - 1, 0 [ : f(c) = √5 . nio R , definida por:
f(x) = x 4 - x 3 - 1
Resolução
Por processos analíticos, prova
Como não temos __ conhecimentos que permitam resolver a equação
que f tem pelo menos dois ze-
x + 2x + 3 = 5 , vamos procurar mostrar que a equação tem solução no
4 √ ros no intervalo ]- 1, 2[ : um
intervalo ] - 1, 0 [ recorrendo ao teorema de Bolzano-Cauchy. A função f no intervalo ]- 1, 0[ e outro
é contínua e, portanto, é contínua em [- 1, 0] . no intervalo ]0, 2[ .

Tem-se:
• f(- 1) = (- 1)4 + 2 * (- 1) + 3 = 1 - 2 + 3 = 2
Resolução
• f(0) = 3 Exercício 19 (resolução
__ __ passo a passo)
Ora, dado que 2 __< √5 < 3 , ou seja, dado que f(- 1) < √5 < f(0) , pode
afirmar-se que √5 pertence ao intervalo de extremos f(- 1) e f(0) . 20
1 e seja f a
Seja a å ] 0, __
Como a função f é contínua em [- 1, 0] , o teorema de Bolzano-Cauchy 2[
__
permite concluir que Ec å ] - 1, 0 [ : f(c) = √5 . função, de domínio R , defini-
da por f(x) = a x 2 + x + a .
Por processos analíticos, prova
3. Por processos analíticos, prova que a equação cos x = x tem pelo menos que f tem pelo menos um zero
π
uma solução no intervalo ] 0, __ [ . no intervalo ]- 1, 0[ .
2
Resolução
A equação cos x = x é equivalente à equação cos x - x = 0 .
21 Prova, por processos analí-
π
Seja f a função, de domínio [0, __] , definida por f(x) = cos x - x . ticos, que a equação
2
π sen x - tg x = 1
A equação cos x = x tem pelo menos uma solução em ] 0, __ [ se e só se
2 tem pelo menos uma solução
a função f tem pelo menos um zero nesse intervalo. 3π
no intervalo ] ___, π [ .
A função f é uma função contínua, pois é a diferença de duas funções 4
contínuas.
π
Calculemos f(0) e f (__) .
2
π π π π π
• f(0) = cos 0 - 0 = 1 - 0 = 1 • f (__) = cos __ - __ = 0 - __ = - __
2 2 2 2 2
π π
Então, dado que - __ ≤ 0 ≤ 1 , ou seja, dado que f (__) ≤ 0 ≤ f(0) , o teorema
2 2
π
de Bolzano-Cauchy permite afirmar que Ec å ] 0, __ [ : f(c) = 0 .
2
continua

Capítulo 1 | Limites e continuidade 19


continuação
22 Seja f a função, de domí-
+ ∞ [ , definida por
nio [ 1,____ 4. Seja f uma função contínua em [a, b] . Sabe-se que f(a) < a e que
f(x) = x - 1 . No referencial
√ f(b) > b .
está representada parte do grá-
Prova que existe pelo menos um c , entre a e b , tal que f(c) = c .
fico da função f .
y Resolução
P
f A representação seguinte ilustra o enunciado do item. O ponto de coor-
denadas (a, f(a)) está «abaixo» da reta de equação y = x e o ponto de
O A B x coordenadas (b, f(b)) está «acima» dessa reta. Dado que a função é
contínua em [a, b] , o seu gráfico terá de intersetar (pelo menos uma vez)
Para cada ponto P do gráfico
de f , considera os pontos A e
a reta de equação y = x . Esse ponto de interseção, por pertencer à reta de
B pertencentes ao eixo Ox tais equação y = x , tem a ordenada igual à abcissa.
que o ponto A tem abcissa 1 e y
o ponto B tem abcissa igual à
f(b)
de P . y=x
Mostra, por processos analíti- b (c, c)
cos, que existe um ponto P de
abcissa entre 2 e 3 tal que a
área do triângulo [APB] é
igual a 1. a f
f(a)

23 Sejam f e g duas funções a b x


contínuas com domínio [a, b]
(a < b).
Vamos provar, por processos analíticos, o que o gráfico sugere.
Sabe-se que f(a) < g(a) e
Considera a função g , de domínio [a, b] , definida por g(x) = f(x) - x .
f(b) > g(b) .
Prova, por processos analíticos, Tem-se:
que os gráficos de f e g se
• g(a) = f(a) - a e, portanto, g(a) < 0 porque f(a) < a ;
intersetam.
Sugestão: considera a função h • g(b) = f(b) - b e, portanto, g(b) > 0 porque f(b) > b .
definida por h(x) = f(x) - g(x) .
Como a função g é contínua em [a, b] (pois é diferença de duas funções
contínuas) e g(a) < 0 < g(b) , o teorema de Bolzano-Cauchy permite con-
24 Representa graficamente uma
cluir que Ec å ] a, b [ : g(c) = 0 , ou seja, Ec å ] a, b [ : f(c) = c .
função f , contínua num inter-
valo [a, b] , tal que:
• f(a) * f(b) > 0 5. Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] , com a < b , tal que
f(a) * f(b) < 0 .
• Ex å ] a, b [ : f(x) = 0
Justifica que a função f tem pelo menos um zero no intervalo ] a, b [ .
PROFESSOR
Resolução
Soluções
24. Por exemplo: De f(a) * f(b) < 0 , conclui-se que f(a) e f(b) têm sinais contrários.
y
Então, 0 pertence ao intervalo aberto de extremos f(a) e f(b) .
f
a b Como, por hipótese, a função é contínua em [a, b] , o teorema de Bolzano-
O x
-Cauchy permite concluir que Ec å ] a, b [ : f(c) = 0 , ou seja, a função f
tem pelo menos um zero no intervalo ] a, b [ .
f(a) * f(b) > 0 e a função tem dois zeros. O conteúdo deste item é frequentemente identificado como corolário* do
NOTA
teorema de Bolzano-Cauchy (ou teorema dos valores intermédios): dada
* Um corolário de um teorema é um uma função f , contínua no intervalo [a, b] , com a < b , se f(a) * f(b) < 0 ,
teorema que decorre diretamente então Ec å ] a, b [ : f(c) = 0 .
do primeiro.
continua

20 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação
25 Seja f uma função contínua
6. Seja f uma função contínua em [a, b] . em [a, b] e tal que f(a) = 2 e
f(b) = - 5 . Seja k um número
Sabe-se que f(a) = - 3 e que f(b) = 5 . real e seja g a função definida
por g(x) = 2f(x) - k .
Seja g a função definida por g(x) = f(x) + k , com k å R .
Determina um conjunto de
Determina um conjunto de valores de k para os quais o teorema de valores de k para os quais o
Bolzano-Cauchy permita afirmar que a função g tem pelo menos um teorema de Bolzano-Cauchy
zero no intervalo ] a, b [ . garanta que a função g tem
pelo menos um zero em ] a, b[ .
Resolução

A função g é contínua em [a, b] porque é a soma de duas funções con-


tínuas (a função f é contínua, por hipótese, e qualquer função constante
é uma função contínua).
Calculemos g(a) e g(b) :

g(a) = f(a) + k = - 3 + k

g(b) = f(b) + k = 5 + k

O teorema de Bolzano-Cauchy permite afirmar que a função g tem pelo


menos um zero no intervalo ] a, b [ se g(a) e g(b) tiverem sinais contrá-
rios, ou seja, se g(a) * g(b) < 0 .
*  k å - 5, 3
g(a) * g(b) < 0 § (- 3 + k)(5 + k) < 0 § ] [ NOTA
* Resolvendo a inequação do 2.° grau.
Interpretemos geometricamente este resultado: o gráfico da função f
pode deslocar-se até cinco unidades «para baixo» ou até três unidades
«para cima», pois essas translações garantem que o gráfico continua a ter,
em simultâneo, pontos de ordenada negativa e pontos de ordenada posi-
tiva.

7. Seja f uma função contínua, de domínio [0, 5] e contradomínio [- 4, - 3] 26 Seja f a função definida
e seja g a função definida por g(x) = f(x) + x . por:
2x3 + x + 1
f(x) = _________
Prova que a função g tem pelo menos um zero. x+2
Por processos analíticos, prova
Resolução que existe um ponto no gráfico
de f cuja abcissa pertence ao
A função g é contínua em [0, 5] porque é a soma de funções contínuas. intervalo ] 0, 1 [ e cuja ordena-
da é igual ao dobro da abcissa.
g(0) = f(0) + 0 = f(0) ; como f(0) å [- 4, - 3] , conclui-se que g(0) < 0 .

g(5) = f(5) + 5 ; como f(5) å [- 4, - 3] , tem-se que


f(5) + 5 å [- 4 + 5, - 3 + 5] , ou seja, g(5) å [1, 2] .

Portanto, g(5) > 0 .

Como a função g é contínua em [0, 5] e g(0) * g(5) < 0 , o corolário do


teorema de Bolzano-Cauchy garante que a função g tem pelo menos um PROFESSOR
zero no intervalo ] 0, 5 [ . Soluções
25. ] - 10, 4 [
continua

Capítulo 1 | Limites e continuidade 21


continuação
27 Seja f a função, de domí-
nio R , definida por: 8. Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = x 3 + 3x - 5 .
f(x) = 1 - x 3 - 3x Sem recorreres à calculadora (a não ser para eventuais cálculos numéri-
Mostra que a função f tem um cos), mostra que a função tem exatamente um zero no intervalo [1, 2]
único zero que pertence ao in- e determina um valor aproximado desse zero com erro inferior a 0,1.
tervalo ] 0, 1 [ .
Resolução
A função é contínua em [1, 2] , f(1) = 13 + 3 * 1 - 5 = - 1 e
28 Determina um valor apro- f(2) = 23 + 3 * 2 - 5 = 9 .
ximado do zero da função f
do exercício resolvido 8 com Portanto, o teorema de Bolzano-Cauchy permite concluir que a função
erro inferior a 0,05. tem, pelo menos, um zero em ] 1, 2 [ .
Sugerimos que apliques o mé-
todo da bisseção, descrito a se- Por outro lado, recorda que a monotonia de uma função pode estudar-se
guir. recorrendo à função derivada (mais à frente voltaremos a este assunto).
Neste caso, a função derivada da função f é a função f ' definida por
Método da bisseção: f '(x) = 3 x 2 + 3 .
Dado o intervalo [a, b] , com
f(a) * f(b) < 0 , determinamos Dado que Ax å R, f '(x) > 0 , conclui-se que a função f é crescente e,
a+b portanto, não pode ter mais do que um zero.
c = ____ .
2
Se f(c) = 0 , encontrámos o zero de f . Para obter um valor aproximado desse zero, vamos calcular, por exem-
Caso contrário, um dos produtos, plo, f(1,5) :
f(a) * f(c) ou f(b) * f(c) é negativo.
Suponhamos, por exemplo, que f(1,5) = 1, 53 + 3 * 1,5 - 5 = 2,875
f(a) * f(c) < 0 .
a+c Então, já sabemos que o zero pertence ao intervalo ] 1; 1,5 [ , pois f(1) < 0
Determinamos, então, d = ____ .
2 e f(1,5) > 0 .
Se f(d) = 0 , encontrámos o zero de f .
Caso contrário, repetimos o proces-
Calculemos, agora, por exemplo, f(1,2) :
so descrito anteriormente, e assim
sucessivamente até obtermos um f(1,2) = 1,23 + 3 * 1,2 - 5 = 0,328
intervalo a que possamos garantir
que pertence o zero de f e que tenha
a amplitude pretendida.
Podemos, então, concluir que o zero de f pertence ao intervalo ] 1; 1,2 [
e, portanto, 1,1 é um valor aproximado do zero de f com erro inferior
a 0,1.

Repara também que, por este processo, podemos ir obtendo valores apro-
ximados do zero de f com erro cada vez menor.

Importante
A utilização da calculadora para localizar zeros de uma função ou, de um modo
PROFESSOR mais geral, para obter valores aproximados de soluções de equações, conduz-nos,
Soluções por vezes, a respostas erradas ou a situações em que não conseguimos decidir se
28. 1,15625 a resposta apresentada é correta.

Mais sugestões de trabalho A fundamentação teórica, nomeadamente o recurso ao teorema de Bolzano-


-Cauchy (ou teorema dos valores intermédios), pode permitir uma análise crítica
Exercícios propostos n.os 49 a 57
(pág. 30).
dos resultados fornecidos pela calculadora. Mais à frente voltaremos a este
assunto.

22 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


SERÁ QUE…? Máximos e mínimos

1. Apresenta um exemplo (expressão analítica ou gráfico) de uma função f


de domínio ] 0, 1 [ , contínua, que:
a) não tenha máximo absoluto, mas tenha mínimo absoluto;
b) não tenha mínimo absoluto, mas tenha máximo absoluto;
c) não tenha nem máximo nem mínimo absolutos.

2. Considerando agora que o domínio da função é ] 0, 1] , responde ao item 1.

3. Procede de forma idêntica, sendo agora [0, 1] o domínio da função.

Será que conseguiste apresentar exemplos para todas as situações?

É possível encontrar exemplos para as três situações do item 1 e do item 2


(embora não seja fácil no caso de 2.c).
Não é possível encontrar exemplos para qualquer dos pedidos no caso do item 3.
O teorema seguinte justifica a referida impossibilidade.

PROFESSOR
Teorema de Weierstrass
Gestão curricular
Qualquer função real de variável real contínua num intervalo [a, b] , sendo A demonstração deste teorema não faz
a < b , admite mínimo e máximo absolutos. parte do Programa.

RECORDA
Dada uma função f e sendo a å Df ,
diz-se que:
Exercícios resolvidos • f(a) é máximo absoluto da fun-
ção se f(a) for a maior das ima-
π 3π
1. Seja g a função, de domínio [__ , ___] , definida por: gens;
4 4
• f(a) é mínimo absoluto da fun-
⎧___
1 π π
se __ ≤ x < __
ção se f(a) for a menor das ima-
⎪ gens.
tg x 4 2
g(x) = ⎨
⎪ π
__ 3π
___
⎩cos x se 2 ≤ x ≤ 4
29 Sejam a , b , c e d núme-
Justifica que a função g tem máximo e mínimo absolutos. ros reais tais que:
a<b<c<d
Resolução
Justifica a afirmação seguinte:
Dado que o domínio da função g é um intervalo da forma [a, b] , o teo- Se uma função f é contínua
rema de Weierstrass permite obter a conclusão pretendida, desde que em [a, b] ∂ [c, d] , então tem
a função seja contínua. máximo e tem mínimo absolu-
tos.
π π
Ora, como a função é contínua em [ __, __ [ (é o quociente entre uma fun-
4 2
π 3π
ção constante e uma restrição da função tangente) e em ] __, ___] (é uma
2 4
restrição da função cosseno), resta-nos investigar se a função é contínua
π
em __ .
2
continua

Capítulo 1 | Limites e continuidade 23


continuação
30 Seja k um número real e
• lim g(x) = lim 1 = ____
___ 1 =0
seja f a função, de domínio − − tg x + ∞
π π
[- 2, 2] , definida por: x " (__) x " (__)
2 2
⎧x 3 + 3x - k se - 2 ≤ x ≤ 1 π
⎪ • lim f(x) = lim cos x = cos __ = 0
f(x) = ⎨ _______
x 2 -____
x π
+
π
+ 2
⎪ se 1 < x ≤ 2 x " (__) x " (__)
2 2
⎩ 2 - √x + 3
π π
a) Justifica que, se k = 8 , o teo- • f (__) = cos __ = 0
rema de Weierstrass permite 2 2
concluir que a função tem
π
máximo e mínimo absolu- Dado que lim g(x) = lim g(x) = g (__) , conclui-se que a função
tos. π -
x " (__) π
+ 2
x " (__)
2 2
b) Considera a restrição de f π π 3π
ao intervalo [- 2, 1] e deter- é contínua em __ . Portanto, f é contínua no intervalo [__ , ___] . Assim,
2 4 4
mina, justificando, o máximo
e mínimo absolutos dessa
o teorema de Weierstrass garante que a função tem mínimo e máximo
restrição. absolutos.

PROFESSOR 2. Seja f a função, de domínio [- 3, 3] , definida por:


Soluções
30. b) f(- 2) = - 14 - k é mínimo abso- ⎰- x se - 3 ≤ x < - 1
f(x) =
luto e f(1) = 4 - k é máximo absoluto. ⎱x - 1 se - 1 ≤ x ≤ 3
Mostra que a função f tem mínimo e máximo absolutos e justifica que
a sua existência não pode ser garantida recorrendo ao teorema de
Weierstrass aplicado à função no intervalo [- 3, 3] .

Resolução
Caça aos
erros! O contradomínio da restrição de f ao intervalo [ - 3, - 1 [ é ] 1, 3] e o
Caderno de exercícios contradomínio da restrição de f ao intervalo [- 1, 3] é [- 2, 2] .
Limites e continuidade Portanto, a função tem máximo absoluto igual a 3 (atingido em - 3) e tem
Mais sugestões de trabalho mínimo absoluto igual a - 2 (atingido em - 1).
O teorema de Weierstrass não permite obter essa conclusão, pois a função
Exercícios propostos n.os 58 e 59
(pág. 30). não é contínua em - 1, não sendo, portanto, contínua em [- 3, 3] .

24
Síntese
1. Dadas sucessões convergentes ( un ) e ( vn ) , se un ≤ vn a partir
de certa ordem, então lim un ≤ lim vn .
Teoremas de comparação 2. Dadas sucessões ( un ) e ( vn ) , se un ≤ vn a partir de certa ordem
p. 9
para sucessões e lim un = + ∞ , então lim vn = + ∞ .
3. Dadas sucessões ( un ) e ( vn ) , se un ≤ vn a partir de certa ordem
e lim vn = - ∞ , então lim un = - ∞ .

Se ( un ) e ( vn ) são duas sucessões convergentes com o mesmo


Teorema das sucessões
p. 12 limite, a , e se uma sucessão ( wn ) é tal que, a partir de certa
enquadradas
ordem, un ≤ wn ≤ vn , então ( wn ) é convergente e lim wn = a .

4. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D e


sendo a ∈ R um ponto aderente a D , se ∀ x ∈ D, f(x) ≥ g(x)
e se lim g(x) = + ∞ , então lim f(x) = + ∞ .
x→a x→a

5. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D e


sendo a ∈ R um ponto aderente a D , se ∀ x ∈ D, f(x) ≥ g(x)
e se lim f(x) = - ∞ , então lim g(x) = - ∞ .
x→a x→a

6. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D ,


não majorado (respetivamente, não minorado), se
pp. 14 Teorema de comparação ∀ x ∈ D, f(x) ≥ g(x) e se lim g(x) = + ∞ (respetivamente,
x→+∞
e 15 para funções
lim g(x) = + ∞), então lim f(x) = + ∞
x→−∞ x→+∞

(
respetivamente, lim f(x) = + ∞).
x→−∞

7. Dadas funções reais de variável real f e g de domínio D , não


majorado (respetivamente, não minorado), se
∀ x ∈ D, f(x) ≥ g(x) e se lim f(x) = - ∞
x→+∞

(
respetivamente, lim f(x) = - ∞), então
x→−∞

lim g(x) = - ∞ (respetivamente, lim g(x) = - ∞).


x→+∞ x→−∞

Dadas funções reais de variável real f , g e h de domínio D e


sendo a ∈ R um ponto aderente a D , se
∀ x ∈ D, g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) e se lim g(x) = lim h(x) = b , com
x→a x→a
p. 15 Teorema das funções enquadradas b ∈ R, então lim f(x) = b .
x→a
Se o domínio, D , não for majorado (respetivamente, minorado),
o teorema das funções enquadradas também é válido no caso de a
ser + ∞ (respetivamente, - ∞).

Dada uma função real de variável real f , contínua num intervalo


Teorema de Bolzano-Cauchy ou
p. 17 I = [a, b] , com a < b , se k pertence ao intervalo fechado de
teorema dos valores intermédios
extremos f(a) e f(b) , então existe c ∈ I tal que f(c) = k .

Qualquer função real de variável real contínua num interva-


p. 23 Teorema de Weierstrass
lo [a, b] , sendo a < b , admite mínimo e máximo absolutos.

Capítulo 1 | Limites e continuidade 25


Teste 1 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1
(B) __
n

i=0
n un
1. Seja (un) a sucessão de termo geral un = ∑ Ci . Qual é o valor de lim ____
2n+1
?

5
(A) 0 (C) 1 (D) + ∞
2

2. Seja f a função, de domínio R , representada graficamente.


Sabe-se que f é uma função decrescente.
Qual das proposições seguintes é verdadeira?
f(x) f(x) y
(A) ∀ x ∈ R , ________ ≥ ____
+
2 − cos x 3
f
f(x) f(x)
(B) ∀ x ∈ R , ________ ≤ ____
+
2 − cos x 2
O x
f(x) f(x)
(C) ∀ x ∈ R , ________ ≥ ____

2 − cos x 3
f(x) f(x)
(D) ∀ x ∈ R , ________ ≤ ____

2 − cos x 2

3. Seja f uma função polinomial de domínio [− 5, 5] , contínua, e tal que


f(− 5) = − 3 e f(5) = − 1 .
1
Seja g a função definida por g(x) = ______ .
f(x) + 2
Qual das afirmações seguintes, relativas ao gráfico de qualquer função g
nas condições descritas, é verdadeira?
(A) Pode ter uma assíntota oblíqua.
(B) Tem, pelo menos, uma assíntota horizontal.
(C) Não tem assíntotas verticais.
(D) Tem, pelo menos, uma assíntota vertical.

4. Uma escola tem 2600 alunos. Cada aluno vai receber um cartão de identifi-
cação com um código que é uma sequência de vogais.
Todos os cartões devem ter sequências de igual dimensão.
Qual é a dimensão mínima das sequências a utilizar para que todos os alunos
possam ficar identificados com sequências diferentes?
(A) 4 (B) 5 (C) 7 (D) 8

5. Seja W , conjunto finito, o espaço de resultados associado a uma certa expe-


riência aleatória.
PROFESSOR Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ W e B ƒ W). Sabe-se que:
Soluções • os acontecimentos A e B são acontecimentos independentes;
1 e P(B) = __
• P(A) = __ 1.
1. (B)
2 3
2. (C)
Qual é o valor de P(A ∪ B) ?
3. (D)
5 4 3 2
4. (B) (A) __ (B) __ (C) __ (D) __
Ajuda 6 5 4 3
5. (D)

26 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1. Considera as sucessões ( un ) e ( vn ) definidas, respetivamente, por


n
10n − 15 2
un = ________ e vn = ∑ ______
_____ .
3n + 8 i=1 √ 4n2 + i
a) Mostra que existe uma ordem p ∈ N tal que ∀ n ∈ N, n ≥ p ⇒ un > 2 .
n
b) Seja ( wn ) a sucessão definida por wn = ( un ) . Determina lim wn .
c) Determina lim vn , recorrendo ao teorema das sucessões enquadradas.

2. Seja f a função definida ao lado. ⎧__________


x 2 − 7x + 13
se x ≤ 2
a) Mostra que 1 está entre f(0) e ⎪ √ x
4−x
____
−1−1
f(5) e que a equação f(x) = 1 é f(x) = ⎨_______ se 2 < x ≤ 5
impossível. ⎪ x−2
x−5
__________ se x > 5
b) Justifica que a restrição da função f ⎩x 2 − 7x + 10
ao intervalo [3, 6] tem mínimo
e tem máximo absolutos.

3. Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = x 4 + kx + 2 , k ∈ R .


Justifica que, se k å ] - ∞, - 3 [ ∂ ] 3, + ∞ [ , então a função f tem pelo menos
um zero no intervalo ] − 1, 1 [ .

4. Seja a um número real e seja f uma função contínua de domínio [a, a + 2] .


Sabe-se que: • f(a) = f(a + 2) = 0 • f(a + 1) = 0
Prova que a equação f(x) = f(x + 1) tem pelo menos uma solução no inter-
valo ] a, a + 1 [ .

5. O prédio onde mora a Maria tem, à entrada,


dez botões de campainha, numerados de 1 a 10.
Todos os dias, o António passa no prédio da
Maria e toca em quatro campainhas diferentes.
a) De quantas maneiras é que o António pode
escolher os botões em que vai carregar? PROFESSOR
Soluções
b) Se o António tiver escolhido hoje os botões
1. b) + ∞
de campainha com os números 2, 4, 5 e 8 e se
c) 1
tocar num de cada vez, ao acaso, qual é a
5. a) 10C4 = 210
probabilidade de tocar o número 5 imediata-
mente a seguir ao 8? b) __1
4
Apresenta a probabilidade na forma de fra- __
2
c)
ção irredutível. 5
c) Se o António escolher ao acaso os botões de campainha em que vai tocar,
qual é a probabilidade de tocar no botão de campainha da casa da Maria?
Apresenta a probabilidade na forma de fração irredutível. Resolução

Capítulo 1 | Limites e continuidade 27


Exercícios propostos
31 Sejam ( u ) e ( v ) as sucessões definidas por 34 Seja a um número real positivo e seja ( u )
n n n
n
2n - 1 e v = - __ 1 uma sucessão. Determina o conjunto dos valores de
un = _____ n ( 2) .
3n + 2 a que permitem concluir que lim unn = + ∞ , sabendo
a) Prova que a sucessão ( un ) é monótona e que a apenas que An å N, un ≥ a .
sucessão ( vn ) é não monótona.

b) Prova que as duas sucessões são convergentes. 35 Seja ( u ) uma sucessão. Em qual das opções
n
seguintes está definida uma sucessão (vn) que per-
c) Alguma das sucessões, ( un ) e ( vn ) , é limitada?
mite concluir que lim un = - ∞ , sabendo apenas
que An å N, un ≤ vn ?
32 Considera as proposições seguintes relativas -n n
(A) vn = 2 (B) vn = (- 2)
a uma qualquer sucessão ( un ) .
1-n
(C) vn = ____
n2 - 1
(D) vn = _____
p: «A sucessão ( un ) é monótona.» n+1 1 - 2n
q: «A sucessão ( un ) é limitada.»
36 Sejam ( u ) e ( v ) duas sucessões.
n n
r: «A sucessão ( un ) é convergente.»
Sabe-se que lim vn = - ∞ e que
Escreve, em linguagem corrente, cada uma das pro-
posições seguintes e indica o seu valor lógico. An å N, n ≥ 100 ± un ≥ 3 - vn
Indica, justificando, qual é o limite de ( un ) .
a) p ± q b) r ± p c) p ‹ q ± r

d) ~q ± ~r e) ~r ± (~p › ~q) 37 Recorrendo a teoremas de comparação, calcula


os seguintes limites.
33 Determina, caso existam, os seguintes limites n
cos n - n 2 3n + 1
a) lim ________ b) lim _____
de sucessões. 3n + 2 ( n+2)
__
1 - n + n2 - n3 (1 - n 2 )2 - n 4 n √
a) lim ___________ b) lim __________
n
____
c) lim ∑
2 n2 + 1 i=1 n + i
______ _____
c) lim (√n 2 + 2n - √n 2 + 1 )
38 Sejam ( u ) , ( v ) e ( w ) três sucessões. Sabe-
n n n
n+1
2 -se que ( un ) e ( vn ) são convergentes e que:
d) lim ____
3n
n e) lim ( 2 - 32n )
3
• lim ( un + vn ) = 5
|100 - n| + 2n
f) lim ___________
n
4k - 1
g) lim ∑ _____ • lim ( vn - un ) = 1
2n + 5 k=1 n2 + 1
• An å N, un + 2 ≤ wn ≤ vn + 1
n k
2
__ Justifica que a sucessão (wn) é convergente e indica
h) lim ∑
( )
k=1 3 qual é o seu limite.

PROFESSOR b) Se uma sucessão é conver- e) Se uma sucessão não é con- n - 1 = -∞ .


35. (D) porque lim _____
2

gente, então é monótona; pro- vergente, então não é monó- 1 - 2n


Soluções
posição falsa. tona ou não é limitada; propo- 36. + ∞
31. c) São limitadas, pois todas
c) Se uma sucessão é monó- sição verdadeira. 37. a) - ∞ b) + ∞ c) + ∞
as sucessões convergentes são
limitadas. tona e limitada, então é conver- 33. a) - ∞ b) - 2 c) 1 d) 0 38. lim (un + 2) = 4 e
gente; proposição verdadeira.
e) - ∞ f) __ g) 2 h) 2 lim (vn + 1) = 4 , portanto,
32. a) Se uma sucessão é mo- 3
nótona, então é limitada; pro- d) Se uma sucessão não é limi- 2 lim wn = 4 .
posição falsa. tada, então não é convergente; 34. a å ] 1, + ∞ [
proposição verdadeira.

28 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


39 Recorrendo ao teorema das sucessões enqua- 43 Recorrendo a teoremas de comparação, calcula
dradas, calcula os limites seguintes. os seguintes limites.

cos (___) n
x 2 (3 + cos2 x)
a) lim ____________ b) lim
x 2 (3 + cos2 x)
____________
a) lim
3
_________ 2n + 1
b) lim _____ x " +∞ x + 50 x " -∞ x + 50
3n + 2 ( 5n )
3 x2
n n c) lim ________
2n + 1
c) lim _______
2n
d) lim ∑ ____
x " +∞ sen x - 2x
( 3n - 10 ) i=0n + i
2
__ 3 __ __ 5 __ __ 2n + 1 __ 44 Recorrendo ao teorema do limite das funções
e) lim [(√2 - √2 ) (√2 - √2 ) … (√2 - √2 )]
enquadradas, determina os seguintes limites.
x cos x 3 x 2 - sen (2x)
40 Calcula, caso existam, os seguintes limites. a) lim ______ b) lim ___________
x " +∞ x 2 + 1 x " -∞ x2 + 5
____
x 2 + 3x
a) lim ______2 b) lim √x + 5 x + cos x - 1
x"2 (x + 1) x " -1 c) lim ___________
2x - cos x + 2
x " +∞
3 + 3x
x______ 2
c) lim d) lim _______
x " -∞ 2 x " +∞ x(3 - x) 45 Acerca de uma função f , sabe-se que:
- 3xx3 x+1
e) lim ______ f) lim ____ x2 + x - 2 f(x) x 2 + 2x - 1
2
- 1)
x " 1 (x x"2 2-x Ax ≥ - 1, _______ ≤ _____ ≤ _________
x+2 x2 + 1 x+2
3x
_____ x+3
g) lim - h) lim ______ Determina lim + f(x) .
x " 2 4 - x2
3
x"1 (x - 1) x " -1

46 Acerca de uma função g , sabe-se que:


41 Calcula, caso existam, os limites seguintes.
2 x 2 - 3x - 2 3 x 2 - 7x + 2
x 2 + 2x x 2 - 2x Ax > 2, __________ ≤ g(x) ≤ __________
a) lim _______2 b) lim ______ x-2 x-2
x " +∞ (2x + 1) x " 2 x3 - 8
______ ______ Determina lim + g(x) .
x"2
√x 2 - 3x - 2
_________ √ x 2 - 2x
______
c) lim d) lim
x " -1 x2 - 1 x " -∞ 2x
47 Determina os valores de k para os quais a
e) lim
x 2 - 3x
______ - x)
|x - 2x|
2
lim ________
x" +∞ ( x + 1
f)
x " -∞ | x - 3 | × x
função f é contínua, sendo:
2__x 2 - x -1 x 2 + 3x ⎧ k 2 x - 4 se x ≤ 2
g) lim _________ _____ h) lim ______ ⎪

x " 1 √x - √2x - 1 x " -3 | x + 3 | f(x) = ⎨ ______


4 - x2
⎩ x 2 - 2x se x > 2

42 Seja f a função definida por:


48 Justifica que é contínua a função g definida por:
_____ __
⎧ √x 2 + 1 - √2
⎪ ________ se x < 1 ⎧ _____________
3x + 3
se x < - 1
f(x) = ⎨

x-1

___ se x ≥ 1
⎪1 - 2x - 2x 2 + x 3
⎩ sen 4 3
g(x) = ⎨ __ se x = - 1
Determina, caso exista: ⎪ _____________
5
x +x 2
___________ se x > - 1
a) lim f(x) b) lim f(x) c) lim f(x)
⎩ 3 - √x 2 + 12x + 20
x " -∞ x " +∞ x"1

PROFESSOR f) Não existe 42. a) - 1 b) Não existe 46. 5


__
Soluções g) + ∞ h) Não existe √
__2 47. - 1 e 1
c)
39. a) 0 b) 0 c) 0 d) 2
41. a) __1 b) __1 c) __ d) - __1
5 2
e) 0 4 6 8 2 43. a) + ∞ b) - ∞ c) - ∞
40. a) __ b) 2 c) - ∞ e) - 4 f) - 1 g) - 6
10
44. a) 0 b) 3 c) __1 Resolução
9 h) Não existe 2 Exercício 41 f)
d) 0 e) - ∞ 45. - 4 (resolução passo
a passo)

Capítulo 1 | Limites e continuidade 29


49 Seja g a função, de domínio R , definida por 54 Seja f uma função contínua em -1, 3 .
[ ]
3
g(x) = x + x - 1 . Em qual dos intervalos seguintes, Sabe-se que f(- 1) < - 1 e que f(3) > 3 .
é possível garantir, pelo teorema de Bolzano, a exis- Usa o teorema de Bolzano para provar que f tem
tência de uma solução da equação g(x) = - 8 ? pelo menos um ponto fixo em ] - 1, 3 [ , ou seja, um
ponto c tal que f(c) = c .
(A) ] - 3, - 2 [ (B) ] - 2, - 1 [ (C) ] - 1, 0 [ (D) ] 0, 1 [
55 Considera, para um certo número real a , posi-
50 Acerca de uma função f , de domínio R , sabe- tivo, uma função f , contínua, de domínio [- a, a] .
-se apenas que é contínua em [- 2, 2] . Sabe-se que f(- a) = f(a) e que f(a) > f(0) .
Mostra que a condição f(x) = f(x + a) tem, pelo
Tem-se f(- 2) = 1 e f(2) = 3 . Indica qual das expres-
menos, uma solução em ] - a, 0 [ .
sões seguintes define uma função g , de domínio R ,
para a qual o teorema de Bolzano-Cauchy garante 56 Seja f uma função contínua em
[a, b] , tal
a existência de um zero no intervalo ] - 2, 2 [ .
que f(a) = 3 e f(b) = - 1 . Justifica que a função g ,
(A) g(x) = x + f(x) (B) g(x) = x - f(x) 1 , não pode ter domí-
definida por g(x) = ____
f(x)
2
(C) g(x) = x + f(x)
2
(D) g(x) = x - f(x) nio [a, b] .

57 No referencial da figura está representado o


51 Seja f a função, de domínio 1, + ∞ , defini-
____ [ [ gráfico de uma função f , contínua, de domí-
da por f(x) = √x - 1 + x 2 . Prova, por processos nio [1, 5] .
analíticos, que a equação f(x) = x + 1 tem pelo y
f
menos uma solução em ] 1, 2 [ . 4

2
52 Seja f a função definida por:

f(x) = x 3 - 3x + k , k å R O 1 5 x
_ _
Mostra que, se k å ] - 2, -√2 [ ∂ ] 0, √2 [ , o teore- Recorrendo ao teorema de Bolzano-Cauchy, prova
ma de Bolzano-Cauchy permite garantir que a fun- que existe um ponto no gráfico de f cuja ordena-
ção f tem pelo menos um zero entre - 1 e k . da é igual ao quadrado da abcissa.

58 Representa graficamente uma função f , de


53 De uma função f , de domínio 1, 2 , sabe-se
[ ] domínio [- 2, 2] , que não tenha máximo nem mí-
que: nimo absolutos.
• é contínua; • Ax å [1, 2] , f(x) < 0
59 Sejam a , b , c e d números reais tais que
• f(1) = 3f(2)
a < b < c < d e seja f uma função contínua
Seja g a função, de domínio [1, 2] , definida por em [ a, b [ ∂ ] c, d] . Indica, justificando, se a infor-
g(x) = 2f(x) - f(1) . mação dada permite concluir que a função f tem
Prova que a função g tem pelo menos um zero. mínimo e tem máximo absolutos.

PROFESSOR 58. Por exemplo: 59. Não; por exemplo, a função nem tem mínimo absolutos.
Soluções y definida por:
y k
⎧ __1
⎪- se x å [ - 2, 0 [
49. (B) f
⎨ x
50. (A) f(x) = 4
⎪____
1 se x å 2, 4
] ] -2 O 2 x
-2 O 2x ⎩2 - x
é contínua e não tem máximo

30 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


3
1. Extensão da trigonometria
2.aDerivadas
ângulos retos
ede
resolução
de funções
variável real
e obtusos
reais
de triângulos
e aplicações

Derivadas de funções reais de variável real


Funções Reais de
Variável Real
As expressões «concavidade voltada para cima» e «concavidade voltada para
baixo» já fazem parte do vocabulário que utilizas para caracterizar gráficos de
funções, de acordo com a definição seguinte:
Resolução
Exercícios de
«Derivadas de funções
reais de variável real
Dada uma função real de variável real f e um intervalo I contido no domí- e aplicações»

nio de f , diz-se que o gráfico de f tem a concavidade voltada para cima


(respetivamente, para baixo) em I se, dados quaisquer três pontos A , B e
C do gráfico, de abcissas, respetivamente, a , b e c , pertencentes a I e tais
que a < b < c , o declive da reta AB é inferior (respetivamente, superior) ao
da reta BC .

Concavidade voltada para cima

y y y
C C C 60 Seja f uma função definida
no intervalo [1, 6] . Os pontos
B B B
A , B e C , de coordenadas
f
A
f
A A (2, 3) , (3, 5) e (5, 7) , respe-
tivamente, pertencem ao gráfico
O a b cx O a b cx O a b cx
de f .
a) Mostra que o gráfico de f
O declive da reta AB é inferior ao declive da reta BC . não tem a concavidade vol-
tada para cima no interva-
lo [2, 5] .
Concavidade voltada para baixo
b) Será que a informação dada
y C y C y C permite concluir que o gráfi-
B B B co de f tem a concavidade
f f
voltada para baixo? Justifica
a tua resposta.
A A A

O a b c x O a b c x O a b c x

O declive da reta AB é superior ao declive da reta BC .

Pode provar-se que:


O gráfico de uma função real de variável real f tem a concavidade voltada para
cima (respetivamente, para baixo) num intervalo I contido no seu domínio se e
só se, dados quaisquer dois pontos A e B do gráfico de f , de abcissas, respe-
tivamente, a e b , pertencentes a I , a parte do gráfico de abcissas estritamente PROFESSOR
situadas entre a e b ficar abaixo (respetivamente, acima) do segmento de Soluções
reta [AB] . 60. b) Não.

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 31


61 Seja f uma função definida Concavidade voltada para cima, Concavidade voltada para baixo,
no intervalo [- 1, 5] . Sabe-se gráfico abaixo de [AB] gráfico acima de [AB]
que: y y
_
• f(√2 ) = _1
2
_ f
• f(_1 = √2
A
2) A
B f B
• o gráfico de f tem a concavi-
dade voltada para cima no
_
intervalo [_ 1 , √2 .
2 ] O a I b x O a I b x
a) Escreve a equação reduzida da
reta que passa nos pontos do
_
gráfico de abcissas _1 e √2 .
2
b) Justifica que é falsa a propo-
sição: «f (1) = 1». Vamos estudar de que forma é que a função derivada de uma função derivável
permite estudar o sentido da concavidade do seu gráfico e é com esse objetivo
que começamos por recordar alguns conceitos fundamentais nesta área.

Dada uma função real de variável real f e um ponto x0 do seu domínio,


NOTA f (x) - f (x0)
considera-se lim ________ , se existir e for finito, como sendo a taxa ins-
O ponto x0 tem de ser aderente a x"x x - x0
0

Df \ {x0} para que faça sentido consi-


tantânea de variação de f no ponto x0 , designa-se por derivada de f no
f (x) - f (x0)
derar lim ________ . ponto x0 e representa-se por f ' (x0) .
x"x x - x0
f (x) - f (x0)
0

f '(x0) = lim ________


x"x0 x - x0
Quando existe derivada de f em x0 , diz-se que f é diferenciável em x0 ou
que f é derivável em x0 .
Se f é diferenciável em todos os pontos de um conjunto A , diz-se que f é
diferenciável em A .
Diz-se que uma função é diferenciável se for diferenciável no domínio.

A definição de derivada de f no ponto x0 que apresentámos é equivalente a:


62 Se os limites seguintes exis-
tirem e forem números reais, f (x0 + h) - f (x0)
identifica o que representa cada f '(x0) = lim ____________
um deles. h"0 h
f(x) - f(2)
a) lim _
x"2 x-2
f(-1 + h) - f(-1) Geometricamente, o declive da reta tangente ao gráfico de uma função diferen-
b) lim ___________
h"0 h ciável num ponto é o valor da derivada da função na abcissa desse ponto, como
se apresenta em seguida.
PROFESSOR
Soluções __
61. a) y = − x + √2 + __1 Dada uma função real de variável real f , diferenciável num ponto x0 , e dado
2
b) O ponto da reta__ que tem abcissa 1 um referencial o.n., a reta que passa no ponto P0(x0, f (x0)) e tem declive
tem ordenada √2 - __1 que é menor do igual a f '(x0) diz-se reta tangente ao gráfico de f no ponto P0 .
que 1. 2
Uma equação desta reta é y = f '(x0) (x - x0) + f (x0) .
62. a) f ' (2) b) f ' (- 1)

32 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Exercício resolvido
63 Seja f a função definida
Seja f a função definida por f(x) = 3 x 2 - 4x - 1 . Recorrendo à definição por f(x) = x 2 - 4x + 1 .
de derivada de uma função num ponto, calcula f '(1) e determina a equa-
ção reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1. a) Determina f '(1) , recorrendo
à definição de derivada de
Resolução uma função num ponto.
f(1 + h) - f(1)
f '(1) = lim ___________ = b) Escreve a equação reduzida
h"0 h da reta tangente ao gráfico
2 2 de f no ponto de abcissa 1.
3 (1 + h) - 4(1 + h) - 1 - (3 * 1 - 4 * 1 - 1)
= lim _________________________________ =
h"0 h
2 Calculadoras gráficas
3(1 + 2h + h ) - 4 - 4h - 1 + 2
= lim ______________________ = Casio fx-CG 20 ...... pág. 188
h"0 h TI-84 C SE / CE-T .... pág. 192
2
h(3h + 2) TI-Nspire CX .......... pág. 198
3 h + 2h
= lim _______ = lim ________ = lim (3h + 2) = 2
h"0 h h"0 h h"0
PROFESSOR
Tem-se f '(1) = 2 . Portanto, o declive da reta tangente ao gráfico da fun- Soluções
ção no ponto de abcissa 1 é igual a 2. 63. a) f ' (1) = - 2 b) y = - 2x

Dado que f(1) = - 2 , uma equação dessa reta é y = 2(x - 1) - 2 . Mais sugestões de trabalho
A equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1 Exercícios propostos n.os 83 a 87
é y = 2x - 4 . (pág. 64).

PROFESSOR
Provavelmente, recordas que a derivada da função f no ponto 1 poderia ter
Gestão curricular
sido obtida de uma forma mais expedita, recorrendo à função derivada da fun-
Os professores que optaram, no 11.° ano,
ção f . por transitar as regras de derivação cor-
respondentes aos descritores 7.11 e 7.12
Dada uma função real de variável real f , designa-se por função derivada de f para o 12.° ano, devem agora lecioná-las.

a função de domínio D = {x å Df : f é diferenciável em x} que a cada NOTA


x å D faz corresponder f '(x) . * Embora de modo formalmente in-
correto, escreve-se, frequentemente
(f(x)) ' no lugar de f '(x) .
Exercícios resolvidos RECORDA
1. Determina f '(x)* , sendo f a função definida por: __ Derivadas de referência e regras de
2 x 3 + √2 x + π4
__________ derivação (nos pontos em que as fun-
a) f(x) = x - 3x + 1
2 b) f(x) = ções estão definidas e existe derivada).
__ 33__ 4 __
2x + 1
_____ • k' = 0 • x' = 1
c) f(x) = 2 d) f(x) = x + √x + √x

x +3 • ( x2) ' = 2x • ( x3) ' = 3 x2
'
Resolução • __1 = - __
1 , x00
(x) x
2
a) f '(x) = ( x 2 - 3x + 1) ' = ( x 2) ' - 3(x) ' + (1) ' = 2x - 3 * 1 + 0 = 2x - 3 __
__ '
__ __ • (√x ) = ___
1 __ , x > 0
2 x 3 + √2 x + π4 ' ________________
__________ (2 x 3 + √2 x + π4) ' ______
6 x 2 + √2 √
2 x
b) f '(x) = ( )= =
3 3 3 • (kf ) ' = k f ' , k å R
2x + 1 ' _______________________________
(2x + 1) '( x + 3) - (2x + 1 ) ( x + 3) '
2 2
• (f + g) ' = f ' + g '
c) f '(x) = _____
( x2 + 3 ) = ( x 2 + 3)
2
=
• (f * g) ' = f ' * g + f * g '
2( x 2 + 3) - (2x + 1) * 2x ______________
2 x 2 + 6 - 4 x 2 - 2x ___________
- 2 x 2 - 2x + 6
= ___________________ = = f ' f' * g - f * g'
( x 2 + 3)
2
( x 2 + 3)
2
( x 2 + 3)
2 • __ = ___________
(g) g2
__ 3 __ 4 __ '
d) f '(x) = (√x + √x + √x ) = ___
1 __ + ____ 1 + ____ 1__ • (x )' = α xα - 1 , α å Q
α
3
__ 4
2√x 3√x 2 4√x 3 __
'
• (√x ) = _____
n
1
____ , nåN
n
n√x n - 1
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 33


continuação
RECORDA
Derivada da função composta: 2. Seja g a função definida por g(x) = x 2 + 3x e y
(g ∘ f ) '(a) = f '(a) * g '(f(a)) seja f a função representada graficamente.
f
A reta r , de equação y = - 2x - 1 , é tangente
ao gráfico de f no ponto A , de abcissa 1. r

Determina:
g '
b) __ (1)
O x
a) (f * g)'(1)
(f)

c) (g ∘ f ) '(1) d) (f
3 ' A
)(1)
Resolução
É necessário calcular g(1) , g '(x) , g '(1) e f(1) e identificar o valor de
f '(1) .
g(1) = 12 + 3 * 1 = 4 g'(x) = 2x + 3
g '(1) = 2 * 1 + 3 = 5 f(1) = - 2 * 1 - 1 = - 3
f '(1) é igual ao declive da reta r ; portanto, f '(1) = - 2 .
a) (f * g) '(1) = f '(1) * g(1) + f(1) * g '(1) = - 2 * 4 - 3 * 5 = - 23

g '
__ g '(1) * f(1) - g(1) * f '(1)
b) (1) = _____________________ =
(f) (f(1))
2

5 * (- 3) - 4 * (- 2) 7
= ________________
2
= - __
(- 3) 9
Mais sugestões de trabalho c) (g ∘ f ) '(1) = f '(1) * g '(f(1)) = - 2 * g '(- 3) = - 2 * (2 * (- 3) + 3) = 6
os

d) (f )'(1) = f '(1) * 3 * (f(1)) = - 2 * 3 * (- 3) = - 54


Exercícios propostos n. 88 e 89 3 2 2
(pág. 64).

RECORDA Falámos, recentemente, em extremos (mínimo e máximo) absolutos de uma função.


Uma função f atinge um mínimo
(respetivamente, máximo) relativo O teorema seguinte refere-se a extremos relativos.
em a se existir uma vizinhança de
a tal que a imagem de a é a menor
Teorema
(respetivamente, maior) das ima-
gens, considerando todos os objetos Seja f uma função real de variável real cujo domínio contém um intervalo
pertencentes a essa vizinhança.
não vazio I = ] a, b [ . Se f atinge um extremo relativo em x0 ∈ I e se f é
diferenciável em x0 então f '( x0 ) = 0* .
NOTA
* Num intervalo fechado I = [a, b] ,
a função pode atingir um extremo
A função f representada graficamente atinge um máximo relativo em x1 e um
em a ou em b sem que a derivada mínimo relativo em x2 . As retas tangentes ao gráfico nos pontos de abcissas x1
nesse ponto seja 0. e x2 são paralelas ao eixo das abcissas.
y

x2
x1 O x
NOTA
Se f é uma função diferenciável em
] a, b [ , um ponto c ∈ ] a, b [ tal que
f '(c) = 0 diz-se um ponto crítico (ou
ponto de estacionaridade) de f .

34 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


A implicação recíproca do teorema anterior é falsa.
O facto de a derivada de uma função num ponto ser zero não implica que a fun-
ção atinja um extremo nesse ponto, conforme se exemplifica com a função g , y
3 2
definida por g(x) = (x - 1) + 1 . Tem-se g '(x) = 3 (x - 1) . Portanto, g '(1) = 0 . g
No entanto, a função g não atinge nem um máximo, nem um mínimo relativos
no ponto 1, como se pode observar no gráfico que se apresenta à direita.
Em breve, vamos estudar uma condição suficiente para que num zero da deriva-
O 1 x
da a função atinja um extremo relativo.
Recordamos, ainda, os teoremas que relacionam o sinal da função derivada com
a monotonia da função.

Teorema
Seja f uma função real de variável real, contínua num intervalo I de extremo
esquerdo a e extremo direito b e diferenciável em ] a, b [ .
• Se ∀ x ∈ ] a, b [ , f '(x) > 0 (respetivamente, ∀ x ∈ ] a, b [ , f '(x) < 0), então f é NOTA
crescente (respetivamente, decrescente) em I*. * A conclusão também é válida se a
derivada anular num número finito
• Se ∀ x ∈ ] a, b [ , f '(x) ≥ 0 (respetivamente, ∀ x ∈ ] a, b [ , f '(x) ≤ 0), então f é
de pontos.
crescente em sentido lato (respetivamente, decrescente em sentido lato) em I .
• Se ∀ x ∈ ] a, b [ , f '(x) = 0 , então f é constante em I .

Exercício resolvido
RECORDA
Estuda quanto à monotonia e quanto à existência de extremos relativos Diz-se que uma função é monótona
x4
a função f definida por f(x) = __ - x 3 + x 2 - 1 , sem recorrer à calcula- num conjunto A contido no seu do-
4 mínio se e só se a função é crescen-
dora. Na tua resposta, indica o(s) intervalo(s) em que a função é crescente, te ou é decrescente em A .
o(s) intervalo(s) em que a função é decrescente e a(s) abcissa(s) do(s) Dada uma função real de variável
ponto(s) em que a função atinge um extremo relativo. real f , diz-se que um intervalo I ƒ Df
é um intervalo de monotonia de f
Resolução se a restrição de f a I é monótona.
Vamos recorrer à função derivada. Se uma função é monótona num in-
x4 '
f '(x) = (__ - x 3 + x 2 - 1) = x 3 - 3 x 2 + 2x
tervalo, então é monótona em qual-
4 quer intervalo que esteja contido
nesse. Quando se pede para indicar
f '(x) = 0 § x 3 - 3 x 2 + 2x = 0 § x( x 2 - 3x + 2) = 0 § os intervalos de monotonia de uma
§x=0∨x=1∨x=2 função, subentende-se que se pre-
Registemos a variação de sinal de f ' e o sentido de variação de f numa tendem os intervalos «maximais»
de monotonia, ou seja, intervalos
tabela. em que a função seja monótona e
x -∞ 0 1 2 +∞ não estejam contidos estritamente
noutros em que a função seja mo-
x - 0 + + + + +
nótona.
x 2 - 3x + 2 + + + 0 - 0 +
Sinal e zeros de f ' - 0 + 0 - 0 +
Variação
Mín. Máx. Mín.
e extremos ¢ relativo
£ relativo
¢ relativo
£
de f

• f é decrescente em ] - ∞, 0] e em [1, 2] ;
Mais sugestões de trabalho
• f é crescente em [0, 1] e em [ 2, + ∞ [ ;
Exercícios propostos n.os 90 a 92
• f atinge um máximo relativo em 1 e atinge mínimos relativos em 0 e em 2. (pág. 65).

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 35


Voltemos à localização de extremos relativos de uma função. Com esse objetivo,
vamos introduzir o conceito de derivada de segunda ordem.

Dada uma função real de variável real f , diferenciável num intervalo I tal que
a função derivada f ' é diferenciável em a ∈ I , designa-se a derivada (f ')'(a)
por derivada de segunda ordem de f no ponto a e representa-se por f "(a) .

NOTA Uma função real de variável real f diz-se duas vezes diferenciável num inter-
A derivada de segunda ordem tam- valo I se f "(a) existir para todo a ∈ I . Nesse caso, designa-se por f " a
bém pode ser designada por segun- função que a cada x ∈ I faz corresponder f "(x) .
da derivada.

64 Sejam f , g e h as funções
Exercício resolvido
definidas por:
Seja f a função definida por f(x) = 2 x 3 - 3x + 5 . Determina a derivada
f(x) = x 4 - 3 x 3 + 1
3
de segunda ordem de f no ponto –1.
g(x) = (2x - 1)
Resolução
2x
h(x) = ____
x+1 Pretende-se calcular f "(- 1) .
Determina a derivada de se- A função f é uma função polinomial e, portanto, é diferenciável em R .
gunda ordem de cada uma das
funções f , g e h no ponto 1. A função derivada de f é a função f ' definida por f '(x) = 6 x 2 - 3 que
também é diferenciável em R . Tem-se f "(x) = (6 x 2 - 3) ' = 12x .
Portanto, f "(- 1) = - 12 .

PROFESSOR
Teorema
Gestão curricular
Todos os alunos devem conhecer este Dados uma função real de variável real f , duas vezes diferenciável num inter-
teorema e saber aplicá-lo. No entanto, valo I = ] a, b [ , a < b , e um ponto c ∈ ] a, b [ tal que f '(c) = 0 , se f "(c) > 0
a elaboração da demonstração é facul-
tativa, não sendo, portanto, exígivel aos
(respetivamente, f "(c) < 0), então f atinge um mínimo (respetivamente,
alunos. máximo) relativo em c .

Demonstração
Dado que existe f "(c) e que f "(c) > 0 , sabe-se que existem e são positivos os
f '(x) - f '(c) f '(x) - f '(c)
limites lim __________ e lim __________.
x→c +
x-c x→c -
x-c
f '(x) - f '(c)
Tem-se, portanto, lim __________ > 0 e, dado que f '(c) = 0 , concluímos que
x→c +
x-c
f '(x)
_
lim > 0 . Então, existe um intervalo da forma ] c, c + ε [ , ε > 0 , no
x→c x - c
+

f '(x)
PROFESSOR qual __________ é maior do que 0 e, nesse intervalo, f '(x) > 0 pois x - c > 0 .
x-c
Soluções De modo análogo se conclui que existe um intervalo ] c - ε', c [ , ε' > 0 , no qual
64. f "(1) = - 6 f '(x) < 0 .
g"(1) = 24
h"(1) = − __1
Então, a função f é decrescente em ] c - ε', c] e é crescente em [ c, c + ε [ .
2 Concluímos, portanto, que atinge um mínimo relativo em c .

36 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Exercício resolvido
65 Seja f a função definida
Seja f a função definida por f(x) = x 3 - 3 x 2 + 1 . por f(x) = 6x - x 3 + 1 . Mostra
__
Prova que a função f atinge um mínimo no ponto 2. que f atinge um extremo em √2
e indica a sua natureza.
Resolução
f '(x) = 3 x 2 - 6x Calculadoras gráficas
Portanto, f '(2) = 3 * 22 - 6 * 2 = 0 . Casio fx-CG 20 ...... pág. 188
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 193
f "(x) = (3 x 2 - 6x) ' = 6x - 6 TI-Nspire CX .......... pág. 198

Portanto, f "(2) = 6 * 2 - 6 = 6 .
66 Seja a um número real e
Dado que f '(2) = 0 e que f "(2) > 0 , o teorema anterior permite concluir
seja g a função definida por
que a função f atinge um mínimo no ponto 2. g(x) = a x 3 + x 2 + 2 .
Mostra que a função g atinge
um máximo no ponto 1 se
2.
a = - __
Observação 3
No caso de uma função f , diferenciável num intervalo I = ] a, b [ , a < b , ser
duas vezes diferenciável em c ∈ ] a, b [ e f '(c) = f "(c) = 0 , nada se pode concluir
acerca da existência de um extremo em c , sem mais informação.
Resolução
Exercício 66
(resolução passo
EXEMPLO a passo)

3 4
Considera as funções g e h definidas por g(x) = (x - 1) e h(x) = (x - 1) .
Tem-se:
2
• g '(x) = 3 (x - 1)
• g "(x) = 6(x - 1)
3
• h '(x) = 4 (x - 1)
2
• h "(x) = 12 (x - 1)

Portanto,
g '(1) = g "(1) = 0 e h '(1) = h "(1) = 0

A função g não atinge extremo no ponto 1 e a função h atinge um mínimo


no ponto 1.

y y

g h

O 1 x O 1 x

Mais sugestões de trabalho


Exercícios propostos n.os 93 a 95
(pág. 65).

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 37


SERÁ QUE…? Concavidade do gráfico da função e monotonia da derivada

Na tabela seguinte estão indicados os declives das retas tangentes aos gráficos
de quatro funções f , g , h e j , nos pontos A , B e C .

Função f Função g Função h Função j


Declive da reta tangente no ponto A - 0,25 0,25 - 1,96 1,96
Declive da reta tangente no ponto B - 0,69 0,69 - 0,69 0,69
Declive da reta tangente no ponto C - 1,96 1,96 - 0,25 0,25

Nos referenciais seguintes estão representadas as quatro funções f , g , h e j .


Os gráficos não se apresentam, necessariamente, por esta ordem e não estão
identificados.

I. II.

y y

C
C
B
B
A
A

O x O x

III. IV.

y y

A
B A

C B
C

O x O x

1. Identifica os gráficos, fazendo-os corresponder a cada uma das funções f ,


g , h e j . Explica o teu raciocínio.

2. Completa as frases seguintes e risca o que não interessa de modo a que as


frases obtidas sejam verdadeiras.

a) Os gráficos I e IV têm a concavidade voltada para .


Os declives das retas tangentes a esses gráficos nos pontos A , B e C
sugerem que as funções derivadas das funções representadas sejam fun-
ções crescentes / decrescentes.

b) Os gráficos têm a concavidade voltada baixo. Os declives


das retas tangentes a esses gráficos nos pontos A , B e C sugerem
que as funções derivadas das funções representadas sejam funções
crescentes / decrescentes.

Será que as conjeturas que formulaste vão ao encontro do teorema seguinte?

38 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


PROFESSOR
Teorema
Gestão curricular
Seja f uma função diferenciável num intervalo I . Todos os alunos devem conhecer este
teorema e saber aplicá-lo. No entanto,
O gráfico de f tem a concavidade voltada para cima em I se e só se a função a elaboração da demonstração é facul-
derivada, f ' , for crescente em I . tativa, não sendo, portanto, exígivel aos
alunos.
O gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo em I se e só se a fun-
ção derivada, f ' , for decrescente em I .
RECORDA
A expressão «função crescente»
Deste teorema decorrem as seguintes propriedades, no caso de a função f ser (respetivamente, decrescente) é
duas vezes diferenciável em I . usada, no contexto do Programa em
vigor, no sentido de «função estrita-
mente crescente» (respetivamente,
estritamente decrescente).
Dada uma função f duas vezes diferenciável num intervalo I de extremo
esquerdo a e extremo direito b , se, para todo x å ] a, b [ , f "(x) > 0 (respe- NOTA
tivamente, f "(x) < 0), então o gráfico da função f tem a concavidade voltada Esta conclusão também é válida se
para cima (respetivamente, para baixo) no intervalo I . a segunda derivada anular num nú-
mero finito de pontos.

Justificação
Este resultado é consequência do teorema anterior e da relação entre o sinal da
função f " , função derivada de f ' , e a monotonia da função f ' . Com efeito, por
exemplo, se ∀ x ∈ ] a, b [, f "(x) > 0 , então f ' é crescente em I e, portanto, de
67 Representa graficamente
acordo com o teorema anterior, o gráfico de f tem a concavidade voltada para
uma função duas vezes diferen-
cima nesse intervalo.
ciável no intervalo [0, 5] que
seja crescente e cuja função de-
rivada seja decrescente.
Dada uma função f duas vezes diferenciável num intervalo I , se o gráfico da
função f tem a concavidade voltada para cima (respetivamente, para baixo) no
intervalo I então, para todo x ∈ I , f "(x) ≥ 0 (respetivamente, f "(x) ≤ 0).

Justificação
Já sabemos que, se o gráfico da função f tem a concavidade voltada para cima NOTA
no intervalo I , então f ' é crescente em I e, portanto, (f ')' ≥ 0 em I* . * O teorema que estamos a aplicar
neste último passo foi enunciado e
Se o gráfico de uma função tem a concavidade voltada para cima (respetivamente, justificado no 11.° ano.

para baixo) num intervalo, então tem a concavidade voltada para cima (respeti-
vamente, para baixo) em qualquer intervalo que esteja contido nesse. Quando se
pede para indicar os intervalos em que o gráfico tem a concavidade voltada para
cima (respetivamente, para baixo) subentende-se que se pretende os intervalos PROFESSOR
Soluções
«maximais», ou seja, os intervalos em que o gráfico da função tenha a concavi-
67. Por exemplo:
dade voltada para cima (respetivamente, para baixo) e não estejam contidos
estritamente noutros em que a concavidade esteja voltada para cima (respetiva- y O gráfico deve ter
a concavidade vol-
mente, para baixo). tada para baixo.
O 5 x
68 Seja f a função definida
Exercício resolvido
por:
x4 x3 Seja f uma função, duas vezes diferenciável, cuja derivada de segunda
f(x) = ___ - __ + x 2 - 1
12 2 ordem é definida por f "(x) = 4 x 3 - x 2 - 3x . Determina os intervalos em
Determina os intervalos em que o gráfico da função f tem a concavidade voltada para cima.
que o gráfico de f tem a con-
cavidade voltada para cima, Resolução
sem recorrer à calculadora.
Vamos determinar os intervalos em que f " é positiva. Comecemos por
determinar os zeros de f " .
3
f "(x) = 0 § x(4 x 2 - x - 3) = 0 § x = 0 › x = - __ › x = 1
4

3
x -∞ - __ 0 1 +∞
4

x - - - 0 + + +

4x2 - x - 3 + 0 - - - 0 +

Sinal e zeros de f " - 0 + 0 - 0 +

Portanto, concluímos que o gráfico da função f tem a concavidade voltada


3
para cima no intervalo [- __ , 0] e no intervalo [ 1, + ∞ [ .
4
Para indicar que a concavidade do gráfico está voltada para cima (respe-
tivamente, para baixo) é habitual usar o símbolo 8 (respetivamente,
{ ).

No referencial seguinte está representada uma função f e a reta tangente ao


gráfico de f no ponto de abcissa c .
y
Ponto de
inflexão
f(c)

O c x

A parte do gráfico situada à esquerda do ponto de abcissa c tem a concavidade


PROFESSOR voltada para baixo e a parte do gráfico à direita desse ponto tem a concavidade
Soluções voltada para cima.
68. f "(x) = x 2 − 3x + 2 ; a concavidade
está voltada para cima em ] − ∞, 1] e Diz-se que o ponto de coordenadas (c, f(c)) é um ponto de inflexão do gráfico de f .
em [ 2, + ∞ [ .
Dados uma função f de domínio D e c ∈ D , diz-se que o ponto (c, f(c)) é ponto
de inflexão do gráfico de f se existirem números reais a e b , a < c e b > c ,
Mais sugestões de trabalho tais que [a, b] ⊂ D e a concavidade do gráfico de f no intervalo [a, c] tem
Exercícios propostos n.os 96 a 101 sentido contrário à concavidade do gráfico de f no intervalo [c, b] . Também
(págs. 65 e 66). se diz, neste caso, que o gráfico da função f tem ponto de inflexão em c .

40 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Seja f uma função duas vezes diferenciável e suponhamos que o seu gráfico tem NOTA
um ponto de inflexão em c . Isso quer dizer que o gráfico de f muda o sentido Os gráficos seguintes têm um ponto
da concavidade no ponto de coordenadas (c, f(c)) . de inflexão em c .

• Se a concavidade está voltada para cima à esquerda de c e voltada para baixo y

à direita de c , a função f ' passa de crescente para decrescente;


f
• Se a concavidade está voltada para baixo à esquerda de c e voltada para cima
à direita de c , a função f ' passa de decrescente para crescente.
O c x
Em qualquer destas situações, a função f ' atinge um extremo relativo em c
(máximo no primeiro caso e mínimo no segundo) e, portanto, f "(c) = 0 . y
g
Dada uma função f duas vezes diferenciável num intervalo I , se o gráfico
de f tem ponto de inflexão em c , então f "(c) = 0 .

O c x
Exercícios resolvidos
1. Sejam a e b números reais e seja f a função definida por: y
h
f(x) = x 3 + a x 2 + b
Determina a e b , sabendo que o ponto de coordenadas (- 1, 3) é ponto
de inflexão do gráfico de f .
O c x
Resolução
Dado que o ponto de coordenadas (- 1, 3) pertence ao gráfico de f ,
tem-se f(- 1) = 3 , ou seja, - 1 + a + b = 3 e, dado que a função é duas
vezes diferenciável e que o gráfico tem um ponto de inflexão em – 1, tem-
-se f "(- 1) = 0 .
Como f "(x) = 6x + 2a , conclui-se que - 6 + 2a = 0 , ou seja, a = 3 .
Então, b = 1 .

2. Seja f a função definida por f(x) = 0,2 x 5 - x 4 + 3x - 2 . 69 Seja k um número real e


Estuda o gráfico da função quanto ao sentido das concavidades e identifica seja g a função definida por:
x2
a(s) abcissa(s) do(s) ponto(s) de inflexão. g(x) = k x 5 - __ + 1
4
Resolução Determina k , sabendo que o
O estudo será feito recorrendo à função f " , derivada de segunda ordem gráfico da função g tem um
ponto de inflexão com abcis-
da função f . 1.
sa __
f '(x) = x 4 - 4 x 3 + 3 e, portanto, f "(x) = (x 4 - 4 x 3 + 3)' = 4 x 3 - 12 x 2 . 2
Vamos determinar os zeros de f " e estudar e registar a sua variação de sinal.
f "(x) = 0 § 4 x 3 - 12 x 2 = 0 § 4 x 2 (x - 3) = 0 § x = 0 › x = 3

x -∞ 0 3 +∞
x 2 + 0 + + +
x-3 - - - 0 +
Sinal e zeros de f " - 0 - 0 +
Concavidades e pontos 8
de inflexão { P.I.

O gráfico tem a concavidade voltada para baixo no intervalo ] - ∞, 3]


PROFESSOR
e tem a concavidade voltada para cima no intervalo [ 3, + ∞ [ .
Soluções
O ponto de coordenadas (3, f(3)) é ponto de inflexão do gráfico. 69. k = __1
5
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 41


continuação

Repara que uma representação gráfica obtida com uma calculadora não
permite alcançar as conclusões que obtivemos por processos analíticos,
nomeadamente no que respeita à identificação exata do ponto de inflexão.

Mais sugestões de trabalho


Exercícios propostos n.os 102 a 107
(págs. 66 e 67).

PROFESSOR
Gestão curricular
Interpretação cinemática da derivada de
Os professores que optaram, no
segunda ordem de uma função posição
11.° ano, por não lecionar os descritores
6.1, 6.2 e 9.2 de FRVR11, devem fazê-lo Recorda que, dada uma função posição de um ponto P que se desloca numa
agora.
reta, interpretámos a taxa média de variação e a função derivada como sendo
a velocidade média e a velocidade instantânea de P , respetivamente.
De modo análogo, a derivada de segunda ordem também pode ser interpretada
no contexto da cinemática do ponto.

SERÁ QUE…? Uma viagem de automóvel

A família Silva vai de viagem. Quando chegaram à


autoestrada, o pai, que ia a conduzir, mantinha a velo-
cidade instantânea em 100 km/h.
O filho mais novo, Tiago, constantemente perguntava:
o carro não anda mais?!
Será que reconheces o que o Tiago está a pedir ao pai?

Se o carro «não andasse mais» era certamente porque tinha avariado… O que o
Tiago pretendia era que o pai aumentasse a velocidade, ou seja, queria que o pai
«acelerasse».
NOTA
Sejam fixados um instante para origem das medidas de tempo, uma unidade
1 m/s2 é a aceleração de um ponto
cuja velocidade aumenta 1 m/s em de tempo (o segundo, por exemplo), uma reta numérica r com unidade de
1 segundo. comprimento (que pode ser, por exemplo, o metro), e um intervalo I (não
vazio nem reduzido a um ponto).
Nestas condições, dada uma função posição, p , de um ponto P que se des-
loca sobre a reta r durante o intervalo de tempo I e dados dois instantes t1
e t2 do intervalo I , com t1 < t2 , a aceleração média de P no intervalo de
tempo [t1 , t2] é a taxa média de variação de p ' entre t1 e t2 , ou seja,
p '( t2 ) - p '( t1 )
é ____________ , na unidade m/s2 (m s-2) e, dado t ∈ I , a aceleração instantânea
t2 - t1
de P no instante t na unidade m/s2 (m s-2) é a derivada de segunda ordem de
p em t , ou seja, é p "(t) , caso exista.

42 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Exercício resolvido
70 A ficha técnica do Bugatti
Uma partícula desloca-se sobre uma reta numérica, cuja unidade é o Veyron indica que este auto-
metro. A abcissa (nessa reta) da posição da partícula no instante t , em móvel pode ir de 0 a 100 km/h
segundos, é dada por: em 2,46 segundos.

p(t) = 4 t 2 + 20t
a) Determina a velocidade média e a aceleração média da partícula entre
os instantes t = 0 e t = 2 .
b) Calcula a velocidade e a aceleração da partícula no instante t = 2 .

c) Supondo que a partícula esteve em movimento entre os instantes t = 0


Qual é a aceleração média na
e t = 8 , qual foi a velocidade máxima atingida? situação anunciada? Apresenta
o resultado em m/s2, com os
Adaptado do Caderno de Apoio, 12.º ano metros arredondados às déci-
mas.
Resolução
a) A velocidade média entre os instantes t = 0 e t = 2 é dada, em m s-1,
Calculadoras gráficas
p(2) - p(0)
por _________ . Casio fx-CG 20 ...... pág. 188
2-0 TI-84 C SE / CE-T .... pág. 193
p(2) - p(0) _______________ TI-Nspire CX .......... pág. 199
_________ 4 * 22 + 20 * 2 - 0
= = 28
2-0 2
71 Uma partícula é introduzi-
A velocidade média nos dois primeiros segundos é 28 m s . -1
da num acelerador linear de
partículas e submetida desde o
A aceleração média entre os instantes t = 0 e t = 2 é dada, em m s-2,
instante inicial a uma acelera-
por: ção constante de 3 m/s2. Se a
p '(2) - p '(0)
___________ velocidade inicial for igual a
2-0 1000 m/s, qual é a velocidade
da partícula decorrido 0,01 s?
Calculemos p '(t) : p '(t) = (4 t 2 + 20t) ' = 8t + 20
72 Seja s = 2 + 3t + 5 t 2 a
Portanto:
equação que dá (em metros) a
• p '(2) = 36 • p '(0) = 20 posição de um móvel no ins-
tante t (em segundos). O movi-
p '(2) - p '(0) 36 - 20 mento associado a esta equação
Assim, ___________ = _______ = 8 . diz-se «uniformemente variado».
2-0 2
Explica porquê.
A aceleração média da partícula nos dois primeiros segundos é 8 m s-2.

b) A velocidade no instante t = 2 é dada, em m s-1, por p '(2) .

Portanto, a velocidade da partícula no instante t = 2 é 36 m s-1.


A aceleração no instante t = 2 é dada, em m s-2, por p "(2) .
Calculemos p "(t) :
p "(t) = (p '(t)) ' = (8t + 20) ' = 8
Assim, p "(2) = 8 .
A aceleração da partícula no instante t = 2 é 8 m s-2 . PROFESSOR
Soluções
c) At å [0, 8] , p "(t) > 0 . Portanto, p ' é crescente em [0, 8] . Assim, 70. 11,3 m/s2
a velocidade máxima é dada por p '(8) = 8 * 4 + 20 = 52 . 71. 1000,03 m/s
A velocidade máxima que a partícula atingiu foi 52 m s . -1
72. Porque tem aceleração constante,
pois s"(t) = 10 .

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 43


Teste 2 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1. Sejam f ' e f " , de domínio R , a primeira e a segunda derivada de uma


função f , respetivamente. Sabe-se que:

5
• a é um número real; • P é o ponto do gráfico de f de abcissa a ;
f(x) - f(a)
• lim ________ = 0 • f "(a) = - 2
x→a x-a
Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?
(A) a é um zero da função f .
(B) f(a) é um máximo relativo da função f .
(C) f(a) é um mínimo relativo da função f .
(D) P é um ponto de inflexão do gráfico da função f .

y 2. Na figura ao lado está representada parte do gráfico de uma função polino-


r mial f . Tal como a figura sugere, o gráfico de f tem a concavidade voltada
f para baixo em ] - ∞, 0] e voltada para cima em [ 0, + ∞ [ .
A reta r , tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 0, é paralela à bissetriz
dos quadrantes pares e interseta o eixo Ox no ponto de abcissa 1.
O 1 x Qual é o valor de f(0) + f '(0) + f "(0) ?
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3

3. Seja f uma função de domínio R , duas vezes diferenciável, e seja f " a


segunda derivada da função f . Sabe-se que f "(x) = x 2 (x - 1) .
Qual das afirmações seguintes é verdadeira?
(A) O gráfico da função f não tem pontos de inflexão.
(B) O gráfico da função f tem exatamente um ponto de inflexão.
(C) O gráfico da função f tem exatamente dois pontos de inflexão.
(D) O gráfico da função f tem exatamente três pontos de inflexão.

4. Sejam f e g duas funções. Sabe-se que:


• f(x) = x 3 - 6x - 2 • g(1) = 0 2
• g '(x) = __
x
Qual é o valor de (f ∘ g) '(1) ?
(A) 0 (B) - 6 (C) - 9 (D) - 12

PROFESSOR 5. Seja a um número racional positivo, seja f a função, de domínio R+ , defi-


Soluções nida por f(x) = xa + a 2 x e seja r a reta tangente ao gráfico de f no ponto
1. (B) de abcissa a .
2. (A)
Qual é o declive da reta r ?
3. (B)
4. (D) (A) a a - 1 + a 3 (B) aa + a 3 (C) a a - 1 + a 2 (D) aa + a 2
5. (D) Ajuda

44 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


PROFESSOR
Soluções
Grupo II
2. a) k = 4
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos b) A função é crescente em ] − ∞, 1]

e em __ , + ∞ e é decrescente
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões. 5
[3 [

em 1, __ .
5
1. Seja f uma função cujo gráfico tem a concavidade voltada para baixo no [ 3]
intervalo [- 2, 4] . Sabe-se que f(- 2) = 1 e f(4) = 5 .
f(1) = 1 é máximo relativo e
A proposição «f(- 1) = __4 » é uma proposição falsa. Justifica.
f __ = ___ é mínimo relativo.
3 5 23
( 3 ) 27
2. Seja k um número real e seja f a função definida por f(x) = x 3 - k x 2 + 5x - 1 . O gráfico tem a concavidade vol-
a) Determina k de modo que a função atinja um extremo em 1. tada para baixo em − ∞, __ 4 e tem
] 3]
b) Considera k = 4 . Determina os intervalos de monotonia e os extremos da a concavidade voltada para cima
função f e estuda o gráfico da função quanto ao sentido das concavidades em __4 , + ∞ ; o ponto de
[3 [
e existência de pontos de inflexão.
coordenadas __ 4 , ___
25
é ponto de
( 3 27 )
+
3. Esboça o gráfico de uma função diferenciável, de domínio R , que seja inflexão do gráfico.
decrescente, cuja função derivada também seja decrescente e tal que a reta
3. Por exemplo:
de equação y = 3 - 2x seja assíntota ao seu gráfico.
y

4. Nos Estados Unidos, as corridas de dragsters são muito populares. Os carros


têm um arranque rapidíssimo porque as corridas duram poucos segundos. O x
A velocidade é nula à partida e vai aumentando até à meta. Numa corrida,
um dos carros atingiu a meta à velocidade máxima. Para esse carro, a equa-
1 t 3 + 3 t 2 + 3t .
ção da velocidade, em metros por segundo, é dada por v = - __
3 4. a) 54,7 m/s
a) Quanto tempo demorou o carro a chegar à meta e qual a velocidade que b) A aceleração média é 7,7 m/s2
atingiu? Apresenta o tempo em segundos, arredondado às décimas, e a e a aceleração ao fim de 1 s é 8 m/s2.
velocidade em m/s, com os metros arredondados às décimas. c) A aceleração é máxima ao fim de
3 segundos.
b) Determina a aceleração média nos dois primeiros segundos e a aceleração
ao fim de 1 segundo. Apresenta os valores em m/s2, com os metros arre- 5. A afirmação I é falsa.
dondados às décimas. A afirmação II é verdadeira.
A afirmação III é falsa.
c) Determina o instante em que a aceleração foi máxima.

5. Na figura ao lado está representada, num referencial o.n. xOy , parte do y

gráfico de uma função polinomial de grau 3. Seja h uma função, de domí-


f(x)
nio R , cuja função derivada, h ' , é definida por h '(x) = _____ . Sabe-se que: f
x2 + 1
• - 2 e 3 são os únicos zeros da função f ; O x
-2 3
• a função f tem um extremo relativo para x = - 2 ;
• lim h(x) = 3
x→+∞

Considera as afirmações seguintes:


I. A função h tem dois extremos relativos. II. h"(- 2) = 0
III. y + 3 = 0 é uma equação da assíntota ao gráfico da função h quando x
tende para + ∞ .
Indica, justificando, se cada uma das afirmações é verdadeira ou é falsa.
Adaptado de Exame Nacional, 12.º ano, 2.ª fase, 2014
Resolução

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 45


Estudo e traçado de gráficos de funções
diferenciáveis
Quando se fala no traçado do gráfico de uma função, provavelmente a primeira
ideia que te surge é recorrer à calculadora gráfica. Trata-se, como é óbvio, de
uma ferramenta muito útil nesta área mas, se usada sem conhecimento teórico
consistente, pode ser fonte de erros e de conclusões desadequadas.
Começamos por te lançar um desafio.
73 Fixado no plano um refe- SERÁ QUE…? Nem tudo o que parece é!
rencial o.n., a reta de equação
y = x é frequentemente identi- Nas figuras seguintes estão representadas partes dos gráficos, obtidos com
ficada com as bissetrizes dos
quadrantes ímpares porque uma calculadora gráfica, das funções cujas expressões estão indicadas.
«divide» cada um desses qua- (A) (B)
drantes em dois ângulos iguais.
Numa calculadora gráfica, vi-
sualiza a reta de equação y = x
em diferentes «janelas». Certa-
mente observas que nem sempre
a reta representada «divide» os
quadrantes ímpares em ângu-
x2
los iguais. a(x) = ____ b1 (x) = sen x
x-1
Qual é a explicação que encon- b2 (x) = sen (- 40x)
tras para esse facto?
(C) (D)

74 Tendo em consideração o
que conheces acerca das fun-
ções representadas nos gráficos
(A), (C) e (D) do Será que…?,
obtém «janelas de visualização»
na calculadora que permitam c(x) = x - 40 d(x) = x 3 + 10 x 2
obter gráficos semelhantes aos
Com base apenas nestes gráficos, seríamos levados a concluir que:
apresentados.
x2
• a função definida por a(x) = ____ tem domínio R , é ímpar e é crescente;
x-1
• o período da função definida por y = sen (- 40x) , representada a encarnado,
Simulador é metade do período da função seno, representada a azul;
Geogebra: Estudo de
uma função • a função definida por c(x) = x - 40 tem por gráfico uma reta paralela ao
eixo Ox e, portanto, é uma função constante;
• a função definida por d(x) = x 3 + 10 x 2 tem por gráfico uma parábola,
simétrica em relação ao eixo Oy e, portanto, é uma função par.

Será que alguma das conclusões sugeridas é correta, tendo em consideração


o que conheces acerca das funções representadas?
PROFESSOR
Soluções
73. Provavelmente estás a utilizar refe- O que te propomos em seguida é o traçado do gráfico de algumas funções, em
renciais não monométricos. resultado do estudo que é possível fazer-se determinando o domínio, os pontos
74. (A) [− 100, 100] * [− 100, 100] de interseção do gráfico com os eixos (caso existam), os intervalos de monotonia,
(C) [− 0,5; 0,5] * [− 100, 100] os extremos relativos e absolutos (caso existam), o sentido das concavidades,
(D) [− 1, 1] * [− 3,1; 3,1] pontos de inflexão e assíntotas ao gráfico.

46 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Exercícios resolvidos
1 , depois de estu-
1. Esboça o gráfico da função f definida por f(x) = _____
x2 + 1
dares a função e o seu gráfico em relação aos itens atrás referidos.
Resolução
Domínio
A função f é uma função racional. O seu domínio é R , pois
∀x ∈ R , x2 + 1 0 0 .
Pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados NOTA

As abcissas dos pontos de interseção do gráfico com o eixo Ox , se esses No caso desta função, e dado que
x 2 + 1 designa sempre um número
pontos existirem, são as soluções da equação f(x) = 0 . Neste caso, positivo, o gráfico vai ficar todo aci-
1
a equação _____ = 0 é uma equação impossível e, portanto, o gráfico ma do eixo das abcissas.
x2 + 1
não interseta o eixo Ox .
O ponto de interseção do gráfico com o eixo Oy é o ponto do gráfico
que tem abcissa 0.
1
Tem-se f(0) = _____ = 1 e, portanto, o gráfico interseta o eixo Oy no
02 + 1
ponto de coordenadas (0, 1) .
Intervalos de monotonia e extremos relativos
Vamos determinar f '(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f ' .
1 ' = - ________
f '(x) = (_____
( x 2 + 1) ' 2x
= - _______2
x +1
2 ) ( x 2 + 1)
2
( x 2 + 1)
NOTA
2x
f '(x) = 0 § - _______2 = 0 ∧ x ∈ Df ' * § 2x = 0 § x = 0 * O domínio de f ' é igual ao domínio
( x + 1)
2
de f , pois as funções racionais são
diferenciáveis no domínio. Neste
x -∞ 0 +∞ caso, Df ' = R .
- 2x + 0 -
NOTA
2
( x 2 + 1) + + + Pode evitar-se a segunda e a tercei-
Sinal e zeros de f ' + 0 - ra linhas da tabela ao lado se se re-
ferir que, dado que ( x 2 + 1) só toma
2

Variação e extremos Máx. valores positivos, o sinal de f ' é


de f
£ relativo ¢
determinado pelo sinal de - 2x .

A função é crescente em ] - ∞, 0] e é decrescente em [ 0, + ∞ [ .


A função atinge um máximo relativo (e absoluto) igual a 1 em 0 (f(0) = 1)
e não tem mínimos relativos.
Pontos de inflexão e sentido das concavidades do gráfico
Vamos determinar f "(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f " .

' (2x) ' * ( x 2 + 1) - 2x [( x 2 + 1) ]'


2 2
2x
f "(x) = - _______2 = - ___________________________ =
( ( x 2 + 1) ) ( x 2 + 1)
4

2
2 * ( x 2 + 1) - 2x * 2x * 2 * ( x 2 + 1)
= - _____________________________
4
( x 2 + 1)

No numerador, 2 e ( x 2 + 1) são fatores comuns às duas parcelas. Vamos


colocar esses fatores em evidência e simplificar a expressão obtida.

continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 47


continuação

2 * ( x 2 + 1) [x 2 + 1 - 2x * 2x] 2(3 x 2 - 1)
2(1 - 3 x 2 ) _________
f "(x) = - _______________________ 4
= - _________ 3
= 3
( x 2 + 1) ( x 2 + 1) ( x 2 + 1)
NOTA
2(3 x 2 - 1) 1§
* O domínio de f " , tal como o domí- f "(x) = 0 § _________ 3
= 0 ‹ x ∈ Df " * § 2(3 x 2 - 1) = 0 § x 2 = __
nio de f ' , é R . ( x 2 + 1) 3
__ __
√3 √3
§ x = - __ › x = __
3 3
__ __
√3
__ √3
__
x -∞ - +∞
3 3
2(3 x 2 - 1) + 0 - 0 +
3
( x + 1)
2 + + + + +
Sinal e zeros de f " + 0 - 0 +
Sentido da concavidade 8 P.I. { P.I. 8
do gráfico de f
__
RECORDA √3
__
O gráfico tem a concavidade voltada para cima em ] - ∞ , - e em
Uma função f é par se 3 ]
__ __ __
∀x, x ∈ Df ± - x ∈ Df e √ 3 √ 3 √ 3
__ __ __
∀x ∈ Df , f(- x) = f(x) [ 3 , + ∞ [ e tem a concavidade voltada para baixo em [- 3 , 3 ] .
__ __
Uma função f é ímpar se √
__ 3 √__3
Os pontos do gráfico de abcissas - e são pontos de inflexão.
∀x, x ∈ Df ± - x ∈ Df e __ 3 3
√3 1 1 = __
1 = ____ 3
∀ x ∈ Df , f(- x) = - f(x)
f (- __) = _________
__ 2 = ____
Num referencial cartesiano ortogo- 3 √
1
__ +1 4
__ 4
__3
nal, o gráfico de uma função par é (- 3 ) + 1 3 3
__
simétrico em relação ao eixo Oy e o

__3 3
__
gráfico de uma função ímpar é simé- e, dado que a função f é uma função par, também f (- )=4.
trico em relação à origem do refe- __ __ 3
rencial. √
__3 __ 3 √
__3 __ 3
Os pontos de coordenadas (- , e ( , são pontos de
3 4) 3 4)
inflexão do gráfico da função f .

RECORDA
Assíntotas ao gráfico
A reta de equação y = b é assíntota Assíntotas verticais
ao gráfico de f em + ∞ (respetiva-
A função tem domínio R e é contínua; portanto, não existem assíntotas
mente, em - ∞) se e só se
verticais.
lim f(x) = b
x→+∞
Assíntotas horizontais
(respetivamente, lim f(x) = b).
x→-∞ 1 = ____
lim f(x) = lim _____ 1 =0
x→¿∞ x→¿∞ x 2 + 1 +∞
75 Esboça o gráfico da função f
x
Portanto, a reta de equação y = 0 é assíntota (horizontal) ao gráfico da
definida por f(x) = _____ , função em - ∞ e em + ∞ .
x2 + 1
depois de fazeres um estudo
Todo o estudo realizado e o facto de a função ser contínua permite obter
análogo ao apresentado no
texto. o gráfico que apresentamos de seguida.

y
PROFESSOR
Soluções 1
3
75. 4 f

-1 - 3 O 3 1 x
3 3

continua

48 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

x2
2. Esboça o gráfico da função f definida por f(x) = ____ , depois de estu-
x-1
dares a função e o seu gráfico.
Resolução NOTA
Domínio No caso desta função, e dado que x 2
não toma valores negativos, conclui-
A função f é uma função racional. -se que f(x) < 0 § x < 1 ∧ x 0 0 .
O seu domínio é Df = {x ∈ R : x - 1 0 0} = R \ {1} . Portanto, o gráfico vai ocupar as re-
giões coloridas a azul.
Pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados
y
As abcissas dos pontos de interseção do gráfico com o eixo Ox , se esses
pontos existirem, são as soluções da equação f(x) = 0 .
x2
f(x) = 0 § ____ = 0 ∧ x ∈ Df § x 2 = 0 ∧ x 0 1 § x = 0 O 1 x
x-1
Portanto, o gráfico interseta o eixo Ox na origem do referencial.
O ponto de coordenadas (0, 0) é o ponto de interseção do gráfico de f
com os eixos.
Intervalos de monotonia e extremos relativos
Vamos determinar f '(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f ' .
x 2 ' ( x 2) ' * (x - 1) - x 2 * (x - 1) '
f '(x) = (____) = ________________________ =
x-1 (x - 1)
2

2x(x - 1) - x 2 * 1 ______
x 2 - 2x
= ______________
2
= 2
(x - 1) (x - 1)
x 2 - 2x
f '(x) = 0 § ______2 = 0 ∧ x ∈ Df '* § x 2 - 2x = 0 ∧ x 0 1 § NOTA
(x - 1) * O domínio de f ' é igual ao domínio
§ x(x - 2) = 0 ∧ x 0 1 § x = 0 ∨ x = 2 de f , pois as funções racionais são
diferenciáveis no domínio.
x -∞ 0 1 2 +∞
x - 2x
2 + 0 - - - 0 + NOTA
2 Na elaboração do quadro (ao lado)
(x - 1) + + + 0 + + +
não podes deixar de ter em conside-
ração o domínio da função.
Sinal e zeros de f ' + 0 - n.d. - 0 +
Variação e Máx. Mín.
£ ¢ n.d. ¢ £
extremos de f relativo relativo

A função é crescente em ] - ∞, 0] e em [ 2, + ∞ [ e é decrescente em [ 0, 1 [


e em ] 1, 2] .
A função atinge um máximo relativo igual a 0 em 0 (f(0) = 0) e atinge um
mínimo relativo igual a 4 em 2 (f(2) = 4).
Pontos de inflexão e sentido das concavidades do gráfico
Vamos determinar f "(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f " .
2 '
x 2 - 2x ' _______________________________________
2
______ ( x 2 - 2x) ' * (x - 1) - ( x 2 - 2x) * ((x - 1) )
f "(x) = = =
( (x - 1)2 ) (x - 1)
4

2 1
(2x - 2) * (x - 1) - ( x 2 - 2x) * 1 * 2 * (x - 1)
= ____________________________________
4
=
(x - 1)
2
2(x - 1) * (x - 1) - ( x 2 - 2x) * 2(x - 1)
= ______________________________
4
(x - 1)
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 49


continuação

No numerador, 2 e (x - 1) são fatores comuns às duas parcelas. Vamos


colocar esses fatores em evidência e simplificar a expressão obtida.
2
2(x - 1) [(x - 1) - ( x 2 - 2x)] __________________
2( x 2 - 2x + 1 - x 2 + 2x) ______
2
f "(x) = ______________________
4
= 3
= 3
(x - 1) (x - 1) (x - 1)
A função f " não tem zeros, mas muda de sinal em 1.

x -∞ 1 +∞

3
(x - 1) - 0 +

Sinal de f " - n.d. +

Sentido da concavidade
{ n.d. 8
do gráfico de f

O gráfico tem a concavidade voltada para baixo em ] - ∞, 1 [ e tem a


concavidade voltada para cima em ] 1, + ∞ [ e não existem pontos de
inflexão.
Assíntotas ao gráfico
Assíntotas verticais
A função é contínua; portanto, só a reta de equação x = 1 poderá ser
RECORDA
assíntota vertical ao seu gráfico.
A reta de equação x = a (a ∈ R) é
x2 1 = -∞
assíntota ao gráfico de f se e só se lim f(x) = lim ____ = ___-
x→1 x - 1 0
- -
lim f(x) = ¿ ∞ ou lim f(x) = ¿ ∞ . x→1
x→a− x→a+
Já podemos concluir que a reta de equação x = 1 é assíntota ao gráfico
de f . No entanto, como o objetivo é fazer uma representação gráfica da
função, vamos determinar também o limite à direita de 1.
x2 1 = +∞
lim f(x) = lim ____ = ___
+
x→1
+
x→1
+
x - 1 0
Assíntotas não verticais
x2
____ ∞
___
f(x)
____ x-1
____ x2
_______ x2 ∞
_____ x2
RECORDA lim = lim = lim = lim 2 = lim __2 = 1
x→+∞ x x→+∞ x x→+∞ x(x - 1) x→+∞ x - x x→+∞ x
Se a reta de equação y = mx + b é
assíntota ao gráfico de f em + ∞ ,
então: Então, se existir uma assíntota em + ∞ , será uma reta com declive igual a 1.
f(x)
m = lim ____ e b = lim [f(x) − mx] x2 x 2 - x(x - 1)
lim [f(x) - 1 * x] = lim (____ - x) = lim __________ =
x→+∞ x x→+∞
∞-∞
x→+∞ x→+∞ x - 1 x→+∞ x-1

___
x2 - x2 + x x ∞ x
= lim ________ = lim ____ = lim __ = 1
Simulador x→+∞ x-1 x→+∞ x - 1 x→+∞ x
Geogebra: Assíntotas
não verticais A reta de equação y = x + 1 é assíntota ao gráfico de f em + ∞ .
f(x)
De modo análogo se conclui que lim ____ = 1 e lim [f(x) - 1 * x] = 1 .
x→-∞ x x→-∞
Portanto, a reta de equação y = x + 1 também é assíntota ao gráfico de f
em - ∞ .
Num referencial o.n. xOy , assinalamos os pontos de coordenadas (0, 0) ,
(2, 4) e representamos as retas de equações x = 1 e y = x + 1 (em traço
interrompido).
continua

50 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

Tendo em consideração o estudo da monotonia da função e do sentido


das concavidades do seu gráfico e o facto de a função ser contínua, pode-
mos obter o gráfico em baixo.
y

76 Esboça o gráfico da função f


x2 − x
(2, 4) definida por f(x) = _____ ,
2−x
1 depois de fazeres um estudo
O x
análogo ao apresentado no
1 texto.

O estudo feito também permite concluir que o contradomínio da função


é D f' = ] - ∞, 0] ∪ [ 4, + ∞ [ .

Repara que é esta função que está representada graficamente na figura (A),
da página 46, bem como nas figuras seguintes.

_____
3. Esboça o gráfico da função f definida por f(x) = √x 2 - 4 , depois de
estudares a função e o seu gráfico em relação aos itens atrás referidos.

Resolução

Domínio

O domínio da função f é {x ∈ R : x 2 - 4 ≥ 0} = ] - ∞, - 2] ∪ [ 2, + ∞ [ .

Pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados

As abcissas dos pontos de interseção do gráfico com o eixo Ox , se esses


pontos existirem, são as soluções da equação f(x) = 0 .
_____
√x 2 - 4 = 0 § x 2 - 4 = 0 § x 2 = 4 § x = - 2 ∨ x = 2
PROFESSOR
O gráfico interseta o eixo Ox nos pontos de coordenadas (- 2, 0) e (2, 0) Soluções
e não interseta o eixo Oy , pois 0 não pertence ao domínio da função. 76.

Intervalos de monotonia e extremos relativos

Vamos determinar f '(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f ' .


_____ ' ( x 2 - 4) '
2x x
f '(x) = (√x 2 - 4 ) = _________
_____ = ______
_____ = _____
_____ NOTA
2√x 2 - 4 2√x 2 - 4 √x 2 - 4 * O domínio de f ' é
x * ] − ∞, − 2 [ ∪ ] 2, + ∞ [ ,
f '(x) = 0 § _____
_____ = 0 ∧ x ∈ Df ' § x = 0 ∧ x ∈ Df '
√x 2 - 4 pois a função não é diferenciável em
− 2 e em 2.
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 51


continuação

Dado que 0 ∉ Df ' , a função derivada não tem zeros.

x -∞ -2 2 +∞
2x - - + +
x -4
2
+ 0 0 +
Sinal e zeros de f ' + n.d. n.d. +
Variação e extremos Mín. Mín.
de f
¢ rel. rel. £

A função é decrescente em ] - ∞, - 2] e é crescente em [ 2, + ∞ [ .


A função atinge um mínimo relativo (e absoluto) igual a 0 em - 2 e em 2
(f(- 2) = f(2) = 0) e não tem máximos relativos.

Pontos de inflexão e sentido das concavidades do gráfico


Vamos determinar f "(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f " .
_____ _____
' x ' * √x 2 - 4 - x * (√x 2 - 4 )'
x
f "(x) = _____
_____ = __________________________
_____ 2 =
(√x 2 - 4 )
(√x 2 - 4 )
_____ _____
x2
1* x -4-x*
√ 2 2x
______
_____ √ - 4 - _____
x 2_____ _____
2√x 2 - 4 _________________√x 2 - 4
= __________________
(* √x - 4 )
2

= =
x -4
2 x -4
2

x2 - 4 - x2 _____- 4
= _____________
_____ = _____________
√x - 4 * ( x - 4) √x 2 - 4 * ( x 2 - 4)
2 2

_____
Dado que ∀ x ∈ Df " ,√x 2 - 4 * ( x 2 - 4) > 0 , conclui-se que
∀ x ∈ Df " , f "(x) < 0 .
Portanto, o gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo em
] - ∞, - 2] e em [ 2, + ∞ [ e não existem pontos de inflexão.
Assíntotas ao gráfico
Assíntotas verticais
A função é contínua e não existem pontos aderentes ao domínio que não
lhe pertençam. Portanto, não existem assíntotas verticais.
Assíntotas não verticais
_____ ___
∞ _____ _______
f(x) √x2 - 4 ∞ x2 - 4
lim ____
x→+∞ x
= lim
x→+∞
_____
x
= lim _____
x→+∞ √
x2
= √ x2
lim __2 = 1
x→+∞ x

Se existir assíntota em + ∞ é uma reta com declive igual a 1.


_____ _____
_____ (√x 2 - 4 - x) (√x 2 - 4 + x)
∞-∞
lim [f(x) - x] = lim (√x 2 - 4 - x) = lim __________________________
_____ =
x→+∞ x→+∞ x→+∞ √x 2 - 4 + x
2 - 4 - x2
x_____ -4 4 =0
= lim ________ = lim _______
_____ = - ____
x→+∞ √x 2 - 4 + x x→+∞ √x 2 - 4 + x +∞
NOTA Portanto, a reta de equação y = x é assíntota ao gráfico da função em
* A função é par, pois +∞ .
x ∈ Df ± − x ∈ D_______
f e Como a função f é uma função par*, pode concluir-se que a reta de
Df , f(−x) = √(− x) − 4 =
∀x ∈_____
2
equação y = - x é assíntota ao gráfico da função em - ∞ .
= √x − 4 = f(x)
2

continua

52 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

Todo o estudo realizado e o facto de a função ser contínua permite obter


o gráfico que apresentamos em seguida.
y

77 Esboça o gráfico da função f


f _____
definida por f(x) = 3 − √x 2 + 4 ,
depois de fazeres um estudo
-2 O 2 x análogo ao apresentado no
texto.

|x + 3|
4. Esboça o gráfico da função f definida por f(x) = _____ , depois de estu-
2x + 1
dares a função e o seu gráfico.
Resolução
Domínio
Dado que a função módulo tem domínio R , só temos de nos «preocu-
⎰ 1⎱
par» com o denominador. Portanto, Df = R \ ⎱- _ .
2⎰
Pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados (ver gráfico ao
lado)
1 § x = -3
f(x) = 0 § |x + 3| = 0 ∧ x 0 - __
2 y
O gráfico interseta o eixo Ox no ponto de coordenadas (- 3, 0) . 3

|0 + 3|
f(0) = _______ = 3
2*0+1 -3 O x

O gráfico interseta o eixo Oy no ponto de coordenadas (0, 3) .


Intervalos de monotonia e extremos relativos
A função f é contínua mas, pelo que conhecemos da função módulo,
é possível que não seja diferenciável em todo o domínio.
Comecemos por definir a função sem recorrer ao módulo:
⎧______
-x - 3
⎪ se x < - 3
⎨ 2x + 1
f(x) =
x+3
⎪_____ 1
__
⎩2x + 1 se x ≥ - 3 ∧ x 0 - 2
Portanto, para x < - 3 , tem-se:
- x - 3 ' (- x - 3) ' * (2x + 1) - (- x - 3) * (2x + 1) '
f '(x) = (______) = ____________________________________ =
2x + 1 (2x + 1)
2

- 1 * (2x + 1) - (- x - 3) * 2 _____________
- 2x - 1 + 2x + 6 _______
5
= ______________________
2
= 2
= 2
(2x + 1) (2x + 1) (2x + 1)
1 , atendendo a que -______
Para x > - 3 ∧ x 0 - __
x-3 x+3
= - _____ , tem-se:
2 2x + 1 2x + 1
5 PROFESSOR
f '(x) = - _______
(2x + 1)
2 Soluções
77.
A função não é diferenciável no ponto - 3, pois:
-x - 3
______
f(x) - f(- 3) -0 - (x + 3)
__________ 2x + 1
________ - 1 = __
1
lim = lim = lim ____________ = lim _____
x→-3

x+3 x→-3

x+3 x→-3 (x + 3) (2x + 1)

x→-3 2x + 1

5
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 53


continuação

x+3
_____
f(x) - f(- 3) -0
__________ 2x + 1
________ x+3 1 = - __
1
lim = lim = lim ____________ = lim _____
x→-3
+
x+3 x→-3 x+3
+
x→-3 (x + 3) (2x + 1)
+
x→-3 2x + 1 5 +

Concluindo:
⎧_______
5
⎪ (2x + 1)2 se x < - 3
f '(x) = ⎨
5
⎪- _______ 1
2
se x > - 3 ∧ x 0 - __
⎩ (2x + 1) 2

A observação das expressões que definem f ' evidencia que esta função
não tem zeros. Se existir um extremo, será atingido em - 3, onde a função
não é diferenciável.

x -∞ -3 1
- __ +∞
2
5
_______
2 +
(2x + 1)

5
- _______2 - n.d. -
(2x + 1)
Sinal de f ' + n.d. - n.d. -
Variação e extremos Máx.
£ ¢ n.d. ¢
de f rel.

Dado que a função é contínua e é crescente em ] - ∞, - 3] e é decrescente


1 , conclui-se que a função atinge um máximo relativo em - 3.
em [ - 3, - __
2[
A função também é decrescente em ] - __ 1 , + ∞ e não tem mínimos.
2 [
Pontos de inflexão e sentido das concavidades do gráfico
Vamos determinar f "(x) e, em seguida, estudar a variação de sinal de f " .

' 5 [(2x + 1) ]'


2 1
5
_______ ______________ 5 * 2 * 2 * (2x + 1)
_________________ 20
=- =- = - _______3
( (2x + 1) )
2
(2x + 1)
4
(2x + 1)
4
(2x + 1)
⎧ _______
20
⎪- (2x + 1)3 se x < - 3
f "(x) = ⎨
20
⎪_______ 1
se x > - 3 ∧ x 0 - __
⎩ (2x + 1)3 2

x -∞ -3 1
- __ +∞
2
20
- _______3 +
(2x + 1)

20
_______
3 - n.d. +
(2x + 1)
Sinal de f " + n.d. - n.d. +
Sentido da 8 P.I. { n.d. 8
concavidade de f

continua

54 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

Assíntotas ao gráfico
Assíntotas verticais
1
A função é contínua no domínio; portanto, só a reta de equação x = - __
2
poderá ser assíntota vertical ao seu gráfico.

5
__
lim f(x) = lim
|_____
x + 3 | ___
= 2- = - ∞
1
x→(- __
-
1
x→(- __
-
2x + 1 0
2) 2)

1 é assíntota ao gráfico
Já podemos concluir que a reta de equação x = - __
2
de f . No entanto, como o objetivo é fazer uma representação gráfica da
1:
função, vamos determinar também o limite à direita de - __
2

5
__
lim f(x) = lim
|_____
x + 3 | ___
= 2 = +∞
+
1
x→(- __
+
1
x→(- __
+
2x + 1 0
2) 2)

Assíntotas horizontais

___
-x - 3 ∞ -x 1
lim f(x) = lim ______ = lim ___ = - __
x→-∞ x→-∞ 2x + 1 x→-∞ 2x 2

1 é assíntota (horizontal) ao gráfico da


Portanto, a reta de equação y = - __
2 78 Esboça o gráfico da função f
função em - ∞ . |x − 2|
definida por f(x) = _____ , de-

___ 2x
x+3 x 1 pois de fazeres um estudo aná-
lim f(x) = lim _____ = lim ___ = __

x→+∞ x→+∞ 2x + 1 x→+∞ 2x 2 logo ao apresentado no texto.

1 é assíntota (horizontal) ao gráfico da


Portanto, a reta de equação y = __
2
função em + ∞ .

Para fazer um esboço do gráfico, começamos por representar as assínto-


tas, a traço interrompido, e os pontos de interseção com os eixos. Neste
caso, o ponto de interseção com o eixo Ox , coincide com um ponto em
que a função atinge um extremo e é um ponto de inflexão.
PROFESSOR
Soluções
y
78.
3

1
2
-3
-1 O x
2

Mais sugestões de trabalho


Exercícios propostos n.os 108 e 109
(pág. 67).

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 55


Problemas resolvidos
4x
1. Considera as funções f e g , de domínio R , definidas por f(x) = _____2
1+x
x+1
e g(x) = ____ .
2
Resolve os itens de a) a d2) sem recorreres à calculadora gráfica.
a) Estuda a função f quanto à monotonia e existência de extremos
e quanto à existência de assíntotas não verticais ao seu gráfico.
b) Determina o contradomínio da função f .

c) Justifica que, se o gráfico de g intersetar o gráfico de f , a(s) abcissa(s)


do(s) ponto(s) de interseção pertence(m) ao intervalo [− 5, 3] .
d) Considera a função h definida por h(x) = f(x) − g(x) .

d1) Calcula h(− 5) , h(0) , h(1) e h(3) e identifica três intervalos dis-
juntos de modo que a cada um deles pertença, pelo menos, um zero
da função h . Justifica.
d2) Seja ε o erro que se comete ao considerar 2 como um valor aproxi-
mado de um zero da função h no intervalo ] 1, 3 [ .
Sem efetuares mais cálculos, indica um majorante de ε .
d3) Utilizando uma calculadora gráfica, determina valores aproximados
às décimas para as soluções da equação f(x) = g(x) .
Resolução
x ' 1 * (1 + x ) − x * 2x
2
1 − x2
a) f '(x) = 4 _____2 = 4 * ________________ = 4 * _______2
(1 + x ) 2
(1 + x 2 ) (1 + x 2 )
f '(x) = 0 § 1 − x 2 = 0 § x = − 1 ∨ x = 1

x -∞ −1 1 +∞
1−x 2 - 0 + 0 -
79 Seja f uma função, de do- 2 2
(1 + x ) + + + + +
mínio R , duas vezes diferen-
Sinal de f ' - 0 + 0 -
ciável.
Sabe-se que f '(1) * f '(3) < 0 e Variação e extremos Mín. Máx.
¢ £ ¢
que ∀x ∈ [1, 3] , f "(x) < 0 . de f rel. rel.
Prova que a função tem um e
um só extremo no intervalo A função é crescente em [− 1, 1] e é decrescente em ] − ∞, − 1] e
] 1, 3 [ e indica se é mínimo ou em [ 1, + ∞ [ . A função atinge um mínimo relativo em – 1 e atinge um
se é máximo. máximo relativo em 1.

___
4x ∞ 4x 4=0
lim f(x) = lim _____2 = lim ___2 = lim __
x→¿∞ x→¿∞ 1 + x x→¿∞ x x→¿∞ x

Portanto, a reta de equação y = 0 é a única assíntota não vertical ao


gráfico de f .
Como a função é decrescente em ]- ∞, -1] e crescente em [-1, 1] ,
sabemos que f(-1) = -2 é o valor mínimo de f em ]- ∞, 1] . Além
disso, sendo f decrescente em [1, + ∞[ e lim f(x) = 0 , podemos
x → +∞
concluir que f é positiva em [1, + ∞[ e, portanto, -2 é de facto míni-
PROFESSOR mo absoluto. Um argumento idêntico permite concluir que f(1) = 2 é
Soluções máximo absoluto.
79. É máximo.
continua

56 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

b) O estudo feito na alínea a) e o facto de a função ser contínua, permi-


tem afirmar que o contradomínio de f é o intervalo [− 2, 2] .
c) Dado que o contradomínio da função f é [− 2, 2] , os eventuais pontos
de interseção do gráfico da função f com o gráfico da função g só
podem ter ordenadas neste intervalo.
x+1 x+1
− 2 ≤ g(x) ≤ 2 § ____ ≥ − 2 ∧ ____ ≤ 2 § x ≥ − 5 ∧ x ≤ 3
2 2
Portanto, as abcissas dos pontos de interseção que eventualmente exis-
tam pertencem ao intervalo [− 5, 3] .
20 16
d1) h(− 5) = f(− 5) − g(− 5) = − ___ − (− 2) = ___
26 13
1 1
h(0) = f(0) − g(0) = 0 − __ = − __
2 2
h(1) = f(1) − g(1) = 2 − 1 = 1
12 − 2 = − __
h(3) = f(3) − g(3) = ___ 4
10 5
Dado que a função h é contínua em qualquer dos intervalos [− 5, 0] ,
[0, 1] e [1, 3] , o teorema de Bolzano-Cauchy permite concluir que a
função tem pelo menos um zero em cada um dos intervalos ] − 5, 0 [ ,
] 0, 1 [ e ] 1, 3 [ .
d2) Sabemos que a função h tem pelo menos um zero no intervalo ] 1, 3 [ .
Este intervalo tem amplitude igual a 2; então, o ponto médio desse in-
tervalo é um valor aproximado de um zero da função com erro inferior
a metade da amplitude do intervalo, ou seja, com erro inferior a 1.
Portanto, 1 é majorante de ε .
d3) As soluções da equação f(x) = g(x) são os zeros da função h , que já
sabemos que pertencem ao intervalo [− 5, 3] .
Recorrendo a uma calculadora gráfica, obtemos os valores - 3,2 , 0,1
e 2,1 , com arredondamento às décimas.

80 Sejam f e g as funções
definidas por f(x) = x 3 + x 2 e
g(x) = 1 - x 2 . Por processos
analíticos, prova que, no inter-
2. Seja f a função definida por f(x) = - x 3 + 3 x 2 - x + 4 . De todas as retas 3
valo [− 2, − __] , os gráficos
tangentes ao gráfico de f , há uma que tem declive maior do que o declive 2
de todas as outras. Determina a abcissa do ponto do gráfico em que essa das duas funções se intersetam
num único ponto e determina a
reta lhe é tangente. abcissa desse ponto recorrendo
Resolução à calculadora gráfica.
Apresenta o valor pedido arre-
Já sabes que o declive da reta tangente ao gráfico de uma função (diferen-
dondado às décimas.
ciável) num ponto é dado pela derivada da função na abcissa desse ponto.
Portanto, pretende-se determinar o valor de x para o qual a função deri-
vada atinge o valor máximo. Vamos recorrer à função derivada de f ' , PROFESSOR
ou seja, vamos recorrer a f " . Soluções
80. − 1,6
continua

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 57


continuação

Simulador f "(x) = (f '(x))' = (− 3 x 2 + 6x − 1)' = − 6x + 6


Geogebra: A central
elétrica f "(x) = 0 § − 6x + 6 = 0 § x = 1
Dado que a função derivada de f " é constantemente igual a − 6 e, por-
tanto, é negativa, concluímos que 1 é um máximo de f ' (1 é zero da deri-
vada de f ' e a segunda derivada de f ' é negativa).
A reta tangente que tem maior declive é tangente ao gráfico no ponto de
abcissa 1.
RECORDA
• Se uma função é diferenciável num
ponto, então é contínua nesse 3. Seja f uma função diferenciável em R que tem dois zeros. Prova que a
ponto. derivada tem, pelo menos, um zero.
• Se uma função é diferenciável
Resolução
em I = ]a, b[ e atinge um extremo
num ponto de I , então a derivada Suponhamos que f(a) = f(b) = 0 , com a < b .
nesse ponto é zero.
Podemos justificar que a derivada tem pelo menos um zero em ] a, b [
recorrendo ao teorema de Lagrange. Dado que a função é diferenciável,
81 Observa a figura seguinte. também é contínua e, portanto, o teorema de Lagrange permite afirmar
f(b) − f(a)
B que ∃ c ∈ ] a, b [ : f '(c) = ________ , ou seja, ∃ c ∈ ] a, b [ : f '(c) = 0 , pois
b−a
f(a) = f(b) .
E F O mesmo resultado pode ser justificado recorrendo ao teorema de Weiers-
trass. Como a função é contínua em [a, b] , o teorema de Weierstrass
A C
D G garante que a função tem máximo e mínimo absolutos nesse intervalo.
Sabe-se que: Se o máximo e o mínimo são iguais, a função é constante em [a, b] e,
• o triângulo [ABC] é isósceles portanto, a derivada é nula nesse intervalo. Se o máximo e o mínimo são
‾ = BC
(AB ‾); diferentes, então pelo menos um dos extremos é atingido num ponto que
• os pontos D e G perten- pertence a ] a, b [ e, nesse ponto, a derivada é zero.
cem a [AC] , o ponto E per-
tence a [AB] e o ponto F
pertence a [BC] ; 4. Seja f uma função polinomial de grau 3 que tem três zeros distintos.
• [DEFG] é um retângulo; Mostra que a função f ' tem exatamente dois zeros.
•‾DG = 2 e ‾ DE = 1 . Resolução
Determina ‾ AC de modo que a
área do triângulo seja a menor Sejam a , b e c os zeros de f , com a < b < c .
possível. O exercício anterior permite concluir que f ' tem pelo menos um zero
entre a e b e tem pelo menos um zero entre b e c , ou seja, f ' tem pelo
menos dois zeros.
82 Seja f uma função diferen- Ora, dado que f ' é uma função polinomial de grau 2, não pode ter mais
ciável num intervalo e cuja de- do que dois zeros.
rivada não tem zeros. Prova y
que a função tem, no máximo,
um zero.
Sugestão: usa o método de re-
dução ao absurdo.
a O b c x

PROFESSOR
Soluções Então, f ' tem exatamente dois zeros.
‾=4
81. AC
continua

58 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


continuação

5. Considera a função f definida por f(x) = x 4 − 8x .


Determina o conjunto dos valores de k ∈ R para os quais a equação
f(x) = k é impossível.

Resolução
A equação f(x) = k é impossível se e só se k não pertencer ao contrado-
mínio de f .
Podemos recorrer a uma calculadora para obter uma representação gráfica
de f análoga à que se apresenta abaixo e, visualizando o gráfico, pesquisar
o mínimo.

No entanto, a informação apresentada pela calculadora não é suficiente


para responder ao problema, atendendo à «aparente» irracionalidade do
mínimo que é indicado.

Aliás, a calculadora também pode não apresentar o valor exato, mesmo


no caso do valor ser racional.

Vamos, então, recorrer à função derivada para confirmar que a função


atinge um mínimo absoluto e obter o seu valor.
f '(x) = ( x 4 − 8x) ' = 4 x 3 − 8

Portanto:
f '(x) = 0 § 4 x 3 − 8 = 0 §
3
__
§ x 3 = 2 § x = √2

3
__
x -∞ √2 +∞

4x3 − 8 - 0 +
Sinal e zeros de f ' - 0 +
Variação e extremos Mín. NOTA
de f
¢ absoluto £ * Para esta conclusão também con-
tribui o facto de sabermos que
3
__
Então, o mínimo de f é igual a f (√2 ) . lim f(x) = lim x 4 = + ∞
x→¿∞ x→¿∞
e o facto de a função ser contínua.
3
__ 3
__ 4 3
__
f (√2 ) = (√2 ) − 8 * √2 = Caderno de exercícios
3
__ 3 3 __ 3
__
= (√2 ) * √2 − 8 * √2 =
Derivadas de funções reais
de variável real e aplicações
3
__ 3
__ 3
__
= 2√2 − 8√2 = − 6√2
__ Mais sugestões de trabalho
* 3
Concluímos, então, que o contradomínio de f é o intervalo [ − 6√2 , + ∞ [ Exercícios propostos n.os 110 a 112
e, portanto, o conjunto dos valores de k ∈ R para os quais a equação (pág. 67).
3
__ +Exercícios propostos
f(x) = k é impossível é ] − ∞, − 6√2 [ . (págs. 68 a 77).

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 59


As calculadoras, para além de não permitirem, em muitos casos, obter valores
exatos, podem ser «enganadoras» acerca dos gráficos que apresentam.
Seja f a função definida por:
f(x) = sen (40x)
O gráfico seguinte é obtido com uma calculadora na denominada «janela trigonomé-
trica»:
[− 3π, 3π] * [− 1,6; 1,6]

NOTA
*  O modelo Casio fx-CG 20, por
exemplo, assinala, em qualquer
janela, 378 pontos. Podes verificar
esse facto considerando vários in- De acordo com o gráfico apresentado, a função tem, neste intervalo, exatamente
tervalos para x e observando as 13 zeros.
alterações no dot, que indica preci-
samente o intervalo entre duas Na verdade, a função definida por f(x) = sen (40x) tem 241 zeros no intervalo
abcissas consecutivas. Observa, por [− 3π, 3π] .
exemplo, estas duas situações:

O que se passa?!

As calculadoras obtêm coordenadas de um número finito de pontos do gráfico*


que unem, dois a dois, considerando que a função é monótona nos intervalos
definidos pelas suas abcissas. Ora, por vezes isso não acontece. Por exemplo, no
π 3π
gráfico acima, a função apresenta-se como crescente no intervalo [__ , ___] .
2 4
π 3π
Se obtivermos um gráfico que bem represente a função no intervalo [__ , ___]
2 4
constatamos como «fomos enganados».

No primeiro caso,
12,6
____ ) 0,03333333
378
e, no segundo caso,
____
20
) 0,05291005291
378

60 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Síntese
Dada uma função real de variável real f , diferenciável num intervalo I tal
que a função derivada f ' é diferenciável em a ∈ I , designa-se a derivada
(f ')'(a) por derivada de segunda ordem de f no ponto a e representa-se
p. 36 Derivada de segunda ordem por f "(a) .

Uma função real de variável real f diz-se duas vezes diferenciável num in-
tervalo I se f "(a) existir para todo a ∈ I . Nesse caso, designa-se por f "
a função que a cada x ∈ I faz corresponder f "(x) .

Dados uma função real de variável real f , duas vezes diferenciável num interva-
Teorema lo I = ] a, b [ , a < b , e um ponto c ∈ ] a, b [ tal que f '(c) = 0 , se f "(c) > 0
p. 36
(extremos) (respetivamente, f "(c) < 0), então f atinge um mínimo (respetivamente,
máximo) relativo em c .

Seja f uma função diferenciável num intervalo I .

O gráfico de f tem a concavidade voltada para cima em I se e só se a fun-


ção derivada, f ' , for crescente em I .

Teoremas O gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo em I se e só se a


p. 39
(concavidades) função derivada, f ' , for decrescente em I .

Dada uma função f duas vezes diferenciável num intervalo I de extremo


esquerdo a e extremo direito b , se, para todo x ∈ ] a, b [ , f "(x) > 0 (res-
petivamente, f "(x) < 0), então o gráfico da função f tem a concavidade
voltada para cima (respetivamente, para baixo) no intervalo I .

Dados uma função f de domínio D e c ∈ D , diz-se que o ponto (c, f(c)) é


ponto de inflexão do gráfico de f se existirem números reais a e b , a < c
e b > c , tais que [a, b] ⊂ D e a concavidade do gráfico de f no inter-
pp. 40 valo [a, c] tem sentido contrário à concavidade do gráfico de f no inter-
e 41
Ponto de inflexão valo [c, b] . Também se diz, neste caso, que o gráfico da função f tem
ponto de inflexão em c .

Dada uma função f duas vezes diferenciável num intervalo I , se o gráfico


de f tem ponto de inflexão em c , então f "(c) = 0 .

Sejam fixados um instante para origem das medidas de tempo, uma unida-
de de tempo (o segundo, por exemplo) uma reta numérica r com unidade
de comprimento (que pode ser, por exemplo, o metro) e um intervalo I
(não vazio nem reduzido a um ponto).

Nestas condições, dada uma função posição, p , de um ponto P que se


p. 42 Aplicação à cinemática desloca sobre a reta r durante o intervalo de tempo I e dados dois instan-
tes t1 e t2 do intervalo I , com t1 < t2 , a aceleração média de P no inter-
valo de tempo [t1 , t2] é a taxa média de variação de p' entre t1 e t2 , ou
p'( t2) − p'( t1)
seja, é __________ , na unidade m/s2 (m s−2) e, dado t ∈ I , a aceleração
t2 − t1
instantânea de P no instante t na unidade m/s2 (m s−2) é a derivada de
segunda ordem de p em t , ou seja, é p"(t) , caso exista.

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 61


Teste 3 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1. Na figura está o gráfico de uma função f de domínio ] 1, 3 [ , duas vezes


diferenciável. Seja x ∈ ] 1, 3 [ .

5
y
Qual das afirmações é verdadeira?
f
(A) f '(x) > 0 ∧ f "(x) > 0
(B) f '(x) < 0 ∧ f "(x) > 0
O x
(C) f '(x) > 0 ∧ f "(x) < 0 1 3

(D) f '(x) < 0 ∧ f "(x) < 0


Adaptado de Teste Intermédio, 12.º ano

2. De uma função f , sabe-se que a sua derivada de segunda ordem é dada por:
2
f "(x) = ( x 2 − 4) ( x 2 + 3) (x + 1)
Quantos pontos de inflexão tem o gráfico da função f ?
(A) Um (B) Dois (C) Três (D) Quatro

3. Sejam f e g duas funções diferenciáveis em R . Sabe-se que:


• f(1) = f '(1) = 1
• ∀ x ∈ R, g(x) = (2x − 1) * f(x)

Qual é a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de g no ponto de


abcissa 1?
(A) y = 2x + 1 (B) y = 2x - 1
(C) y = 3x − 2 (D) y = 3x + 2

4. Seja f : R " R uma função tal que:


• f é diferenciável • f '(0) > 0 • ∀x ∈ ] − ∞, 0 [ , f "(x) < 0

Em qual dos referenciais pode estar representada a função f ?


(A) (B) (C) (D)
y y y y

O x O x O x O x

PROFESSOR
Soluções 5. Num teste de Filosofia um aluno deve indicar o valor lógico de cada uma de
1. (A) quatro proposições. Se o aluno responder ao acaso, qual é a probabilidade
2. (B) de errar todas as respostas?
3. (C) 1 4 1 4
(A) ___ (B) ___ (C) __ (D) __
4. (C) 16 16 8 8
5. (A) Ajuda

62 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões. y

1. No referencial ao lado está representado o gráfico de uma função polino-


f'
mial de grau 3 que é a função derivada de uma função f .
Pela observação do gráfico de f ' , indica, justificando, os intervalos de mono-
tonia e as abcissas dos extremos da função f , os intervalos em que o gráfico
da função f tem a concavidade voltada para cima e as abcissas dos pontos O x
-3 -1 2
2 3
de inflexão.
PROFESSOR
2
2. Para cada k å R , seja f a função definida por f(x) = k x 3 − k x 2 + 5x − 3 . Soluções
a) Determina k de modo que a função f atinja um máximo em 1. 1. A função f é decrescente em

− ∞, − __ e é crescente em
b) Considera k = − 1 e determina os intervalos de monotonia e os extremos 3
] 2]
da função e estuda o sentido das concavidades do seu gráfico e a existência
− __ , + ∞ .
3
de pontos de inflexão. [ 2 [
x3
3. Considera a função f definida por f(x) = _____
A função f atinge um mínimo rela-
. Estuda a função de modo
tivo no ponto de abcissa − __ e não
3
x −3
2

a fazeres um esboço do seu gráfico, sem recorreres à calculadora. tem máximos. 2


O gráfico da função f tem a
Nesse estudo deves determinar: concavidade voltada para cima
• o domínio da função e as coordenadas dos pontos de interseção do gráfico
em − ∞, − __1 e em [ 2, + ∞ [ .
com os eixos; ] 3]
• os intervalos de monotonia e extremos, caso existam; O gráfico tem pontos de inflexão nos
pontos de abcissas − __1 e 2.
• o sentido das concavidades do gráfico e as coordenadas dos pontos de 3
inflexão, caso existam; 2. a) − 1
• equações das assíntotas ao gráfico da função. b) A função f é decrescente em

− ∞, − __ e em [ 1, + ∞ [ e é
5
‾ = BC
4. Considera todos os triângulos isósceles [ABC] , com AB ‾ = 4 . Deter- ] 3]
mina o comprimento do lado [AC] do triângulo que tem maior área.
crescente em − __ , 1 .
5
[ 3 ]
5. Seja f uma função, de domínio R . Sabe-se que :
f - _ = - _ é mínimo relativo e
5 310
• a reta de equação x = 0 é assíntota ao gráfico da função f ; ( 3) 27
f (1) = - 2 é máximo relativo.
• f(− 5) * f(3) < 0 • lim [f(x) + 3x] = 0
x→−∞
O gráfico tem a concavidade voltada
f(x + h) − f(x)
• lim ___________ existe e é positivo, para qualquer número real x não nulo. para cima em − ∞, − __1 e tem
h→0 h ] 3]
Considera as afirmações seguintes: a concavidade voltada para baixo

I I. O teorema de Bolzano-Cauchy permite garantir, no intervalo ] − 5, 3 [ , em − __1 , + ∞ ; o ponto do gráfico


[ 3 [
a existência de pelo menos um zero da função f .
de abcissa - __1 é ponto de inflexão.
I II. O gráfico da função f admite uma assíntota horizontal quando x tende __ 3
para − ∞ . 4. 4√2

IIII. A função f é necessariamente crescente em R \ {0} . 5. A afirmação I é falsa.


A afirmação II é falsa.
Elabora uma composição na qual indiques, justificando, se cada uma das A afirmação III é falsa.
afirmações é verdadeira ou é falsa. Na tua resposta, apresenta três razões
diferentes, uma para cada afirmação.
Adaptado de Exame Nacional, 12.º ano, Época especial, 2014
Resolução

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 63


Exercícios propostos
__
x 4 − 2x + √2
_________
83 Seja f uma função de domínio R e seja k um c) f(x) =
5
__ 3 __ 4 __
número real. Sabe-se que os pontos A(1, 2) , B(5, 6)
d) f(x) = √2x + √3x + √4x
e C(6, k) pertencem ao gráfico de f . Determina o
x2 + 1
conjunto dos valores de k para os quais o declive da e) f(x) = _____
5x - 3
reta AB é superior ao declive da reta BC . 4
f) f(x) = (2x + 1)
3
84 Sejam f e g as funções definidas por: 1
g) f(x) = (___)
____ 2x
f(x) = √x + 2 2
g(x) = ____ _____
x-3 h) f(x) = √x 2 + 1
Recorrendo à definição de derivada de uma função 4
i) f(x) = (2x + 1) (3x + 1)
num ponto, calcula f '(- 1) e g '(1) .
3
j) f(x) = x 2 ( x 2 + 1)
f(- 2 + h) - f(- 2)
85 Determina lim _____________ , sabendo
h→0 5h 2x − 1
que f '(- 2) = 3 . 89 Seja f a função definida por f(x) = _____ e
3−x
86 Acerca de uma função g sabe-se que g(1) = - 1 seja g a função representada graficamente. A reta r
é tangente ao gráfico da função g no ponto de
e que g '(1) = - 3 .
abcissa - 2.
g(x) + 1
a) Determina lim _______ . y r
2 x→1 x -1
b) Escreve a equação reduzida da reta tangente ao
g
gráfico de g no ponto de abcissa 1.

87 Seja d uma função par. 1

f(1 + h) - f(1) O 1 x
Sabe-se que lim ___________ = 3 .
h→0 h
Indica, justificando, o valor de f '(- 1) .
Determina:
88 Determina f '(x) , sendo f a função definida por: a) f '(− 2) e g '(− 2)
'
b) (f * g) '(− 2) e __f (− 2)
a) f(x) = 1 - 3x (g)
b) f(x) = 3 x 2 - x 3 + π4 c) (f ∘ g) '(− 2)

g) f '(x) = − ___ b) (f * g) ' (− 2) = − __


3 11 e
PROFESSOR 88. a) f '(x) = − 3
8x4 10
Soluções b) f '(x) = 6x − 3 x 2 '
h) f '(x) = ____ x
____ __f (− 2) = ___19
83. ] - ∞, 7 [ 4x − 2
c) f '(x) = _____
3
√x 2 + 1 (g) 40
84. f '(- 1) = _1 ; g ' (1) = - _1
5
i) f '(x) = 2 (3x + 1) (15x + 7)
3
c) (f ∘ g) ' (− 2) = __
15
2 2 d) f '(x) = __1_ + _____ + ___
1 1
__
85. _ j) f '(x) = 2x ( x 2 + 1) (4 x 2 + 1)
3 4
2 2
√2x √ 3
3x √4x
2 3
5
5 x 2 − 6x − 5 89. a) f '(- 2) = __1 e
86. a) - _
3
b) y = - 3x + 2 e) f '(x) = _________ 5
(5x − 3)
2
2
g '(− 2) = __
3
87. f '(- 1) = - 3 f) f '(x) = 8 (2x + 1)
3
2

64 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


90 Estuda quanto à monotonia e quanto à exis- 3x
94 Seja f a função definida por f(x) = ____ .
x+1
tência de extremos as funções definidas por:
Determina a equação reduzida da reta tangente ao
a) f(x) = x - x + 1
2 3
gráfico de f ' no ponto de abcissa 1.
x2 + 3
b) f(x) = _____
x+2
95 Sejam a e b números reais e seja f a função
definida por f(x) = a x 3 + b x 2 − 3 .
x
91 Seja f a função definida por f(x) = _____ .
2 x -9 Determina a relação que tem de existir entre a e b
Mostra que ∀x ∈ Df , f '(x) < 0 , mas a função não é
para que a função atinja um máximo relativo no
decrescente.
ponto - 1.

92 Acerca de uma função f , diferenciável, de 96 Seja f uma função duas vezes diferenciável
domínio R , conhece-se a variação de sinal da fun-
em ] a, b [ e seja c ∈ ] a, b [ .
ção derivada.
a) Se a função atinge um máximo em c , o que
x −∞ 1 2 3 +∞ podes dizer acerca de f "(c) ?
f' − 0 + 0 − 0 −
b) Se f "(c) > 0 e f '(c) = 0 , o que podes dizer acerca
de f(c) ?
Indica os intervalos de monotonia e identifica a
existência de extremos da função f .
97 Representa graficamente uma função duas
93 Determina f "(x) , sendo f a função definida vezes diferenciável no intervalo [0, 5] que seja
por: decrescente e cuja função derivada seja crescente.

3 x 2 + x 4 − 6x
a) f(x) = __________
2 98 Estuda o sentido das concavidades do gráfico
3
b) f(x) = (2x + 1) da função f definida por:
x2 + 3
2
c) f(x) = ____ a) f(x) = _____
x-1 x +1
2

x x2
d) f(x) = _____ b) f(x) = _____
2x − 3 x -2
2

__
PROFESSOR d) f "(x) = ______
12 98. a) Concavidade voltada
em ] - 2, - 2 + √7 ] ; (2x − 3)
3 __
Soluções __ √
__3
f (- 2 - √7 ) __é máximo relativo para cima em - ∞, -
] e
90. 94. y = − __ x + __
3 3 3 ]
e f (- 2 + √7 ) é mínimo rela- 4 2 __
a) f é decrescente em ] − ∞, 0] √3
tivo. em __, + ∞ e voltada para
e em __ 2 , + ∞ e é crescente 95. b = __ a ∧ a ≥ 0
3 [ 3 [
[3 [ 92. f é decrescente em 2 __ __

__3 √
__
3
em 0, __ ; f(0) é mínimo
2
] − ∞, 1] e em [ 2, + ∞ [ e é 96. a) f "(c) ≤ 0 baixo em -
[ 3 , 3 ].
[ 3]
crescente em [1, 2] ; f(1) é mí- b) É mínimo da função.
relativo e f __2 é máximo nimo relativo e f(2) é máximo b) Concavidade voltada para
(3) 97. Por exemplo: __
relativo. relativo.
cima em ] - ∞, - √ 2 [ e em
b) f é crescente em y __
93. a) f "(x) = 3 + 6 x 2
__ ] √ 2 , + ∞ [ e voltada para
] − ∞, − 2__− √7 ] e em b) f "(x) = 48x + 24 __ __
O x baixo em ] -√2 , √2 [.
[ − 2 + √7 , + ∞ [ e __é decres- c) f "(x) = _____
4
(x − 1)
3
cente em [ - 2 - √ 7 , - 2 [ e

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 65


99 Na figura está parte da re- 103 Sejam a , b e c números reais e seja g a
y
presentação gráfica de uma fun- função definida por g(x) = x3 + ax2 + bx + c .
h
ção polinomial h , de grau 4.
O x Determina a , b e c de modo que a função atinja
Qual das expressões seguintes em 1 um extremo relativo igual a 6 e o seu gráfico
pode definir a função h'' ? tenha um ponto de inflexão com abcissa 3.
2 2
(A) (1 - x) (B) (1 + x)
(C) x2 - 1 (D) 1 - x2 104 A reta t é tangente ao gráfico de f no ponto A
de abcissa 4.
100 Já sabes que o gráfico de uma função quadrá-
tica tem a concavidade voltada para cima se e só se y
t
o coeficiente do termo de grau 2 é positivo. Prova f
este resultado recorrendo à segunda derivada. 2 A

O 4 x
101 Sejam a e b números reais e seja f a função
definida por f(x) = 2 x 3 + a x 2 + 2b + 1 .
Sabe-se que o ponto de coordenadas (2, - 3) é A segunda derivada de f no ponto 4:
ponto de inflexão do gráfico da função f . 1
(A) é 2. (B) é __.
a) Determina a e b . 2

b) Estuda o sentido das concavidades do gráfico da (C) é 0. (D) não existe.


função f .
105 No referencial seguinte está representado o
102 De uma função f , de domínio R , sabe-se que gráfico da função f ' , função derivada da função f
a primeira derivada é positiva em R , e a segunda é de domínio [0, a] .
negativa em R- e é positiva em R+ .
y
Qual pode ser a representação gráfica de f ? f'
a
(A) (B)
y y O x

O x O x

(C) (D)
y y
a) Justifica que a função f é contínua e que atinge
dois extremos relativos no intervalo ] 0, a [ .
O x O x
b) Justifica que o gráfico da função f tem um ponto
de inflexão.

PROFESSOR 101. a) a = − 12 e b = 14 102. (B)


Soluções b) A concavidade está voltada 103. a = − 9 , b = 15 e c = − 1
99. (C) para baixo em ] − ∞, 2] e está
104. (C)
voltada para cima em [ 2, + ∞ [ .

66 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


106 Na figura seguinte está a representação gráfica 109 Esboça o gráfico de uma função f , de domí-
da função f ' . nio R , compatível com cada uma das afirmações.
y
a) ∀x ∈ R, f '(x) > 0 ∧ f "(x) = 0
f'
1
b) ∀x ∈ R, f '(x) > 0 ∧ f "(x) > 0
O 1 x
c) ∀x ∈ R, f '(x) < 0 ∧ f "(x) > 0

Indica, justificando, os valores de x para os quais x3 - 1


110 Seja f a função definida por f(x) = _____ .
x+2
a função f atinge extremos e as abcissas dos pon-
a) Determina o declive da reta secante ao gráfico
tos de inflexão do seu gráfico.
da função f nos pontos A e B de abcissas - 1
e 0.
107 Seja g uma função de domínio R e seja
b) Justifica a existência de um ponto C do gráfico
g '(x) = (x + 3)2 a sua função derivada.
de f em que a reta tangente tem declive igual ao
Qual das afirmações é verdadeira? da reta AB .
(A) g é decrescente em ] - ∞, - 3] . c) Determina, recorrendo à calculadora, um valor,
(B) g tem um extremo para x = - 3 . aproximado às centésimas, da abcissa de um
ponto C nas condições da alínea anterior.
(C) g tem um ponto de inflexão para x = - 3 .
(D) O gráfico de g tem a concavidade sempre vol- 111
Um polinómio P de grau 5 tem cinco zeros
tada para cima.
distintos. Mostra que P ' tem quatro zeros.
in Caderno de Apoio, 12.º ano
108 Sem recorreres às potencialidades gráficas da
calculadora ou a programas de gráficos, estuda a 112 Seja f uma função diferenciável cuja deriva-
função f e esboça o respetivo gráfico, sendo a fun-
da tem, pelo menos, um zero. Prova que não pode
ção f definida por:
haver mais do que um zero da função maior do que
x 2 + 2x + 1
a) f(x) = _______ o maior zero da função derivada.
2x + 1
3x
b) f(x) = ______2
(x - 1)
x
c) f(x) = _____
x2 - 1
x
d) f(x) = _____ Resolução
|x - 2| Exercício 108 c)
x (resolução passo
e) f(x) = _____
_____ a passo)
√x 2 - 1

PROFESSOR 109. Por exemplo: b) c)


Soluções y y
a)
106. A função f atinge um mí- y
nimo em x = − 2 . O gráfico de
O x
f tem dois pontos de inflexão: O x
um de abcissa − 1 e outro de
abcissa 1. O x

110. a) m = __
107. (C) 3
2
c) - 0,62

Capítulo 2 | Derivadas de funções reais de variável real e aplicações 67


+Exercícios propostos
Itens de escolha múltipla
Resolução
Exercícios de Limites e continuidade
«+Exercícios
propostos» 113 Seja (u ) uma sucessão. Em qual das opções seguintes está definida uma su-
n
cessão (xn) que permite concluir que lim un = + ∞ sabendo que ∀n ∈ N, un ≥ xn ?
n2 + 1
(A) xn = _____
1 - 2n
(B) xn = _____
1 - 2n n +1
2

-n n
1
(C) xn = (__)
1
(D) xn = (__)
2 2

114 Seja f a função definida por f(x) = - x 3 e seja ( x ) y


n
uma sucessão tal que lim f( xn) = - ∞ . f

A sucessão ( un ) é tal que ∀n ∈ N, un ≥ xn . O x


Qual das afirmações seguintes é verdadeira?
(A) lim un = − ∞ (B) lim un = 0

(C) lim un = + ∞ (D) Não existe lim un .

115 Seja f a função, de domínio R , representada graficamente.

y
f

O x

Sabe-se que f é uma função decrescente.


Qual das proposições seguintes é verdadeira?
f(x) f(x) f(x) f(x)
(A) ∀x ∈ R , ________ ≥ ____ (B) ∀x ∈ R , ________ ≤ ____
+ +
2 - cos x 3 2 - cos x 2
f(x) f(x) f(x) f(x)
(C) ∀x ∈ R , ________ ≥ ____ (D) ∀x ∈ R , ________ ≤ ____
− −
2 - cos x 3 2 - cos x 2

116 De uma função f , contínua em R , sabe-se que f(3) = 7 e f(6) = 1 .

Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?


PROFESSOR (A) 1 < f(5) < 7
Soluções
113. (C)
(B) f(5) > f(4)

114. (C) (C) A função f não tem zeros em [3, 6] .


115. (C) (D) 2 pertence ao contradomínio da função f .
116. (D)

68 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


117 Para um certo valor de k é contínua em R a função f definida por:
⎧_______
x____
⎪ se x < 0
f(x) = ⎨ 3 − √9 − x

⎩k(x − 2) se x ≥ 0
Qual é esse valor de k ?
(A) − 3 (B) − 2
(C) 2 (D) 3

118 Seja f uma função contínua de domínio - 4, 4 . Sabe-se que:


[ ]
• f é par; • f(4) = - 2
Qual das afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) A equação f(x) = 0 é impossível.
(B) A equação f(x) = 0 tem exatamente duas soluções.
(C) A equação f(x + 2) = 0 tem pelo menos uma solução.
(D) A equação f(x) + x = 0 tem pelo menos uma solução.

Derivadas de funções reais de variável real


119 Acerca de uma função diferenciável g , sabe-se g(− 2) = g '(− 2) = − 2 .
g(x) + 2
Qual é o valor de lim _______ ?
x→−2 x 2 − 4

(A) 0
1
(B) __
2
(C) 1
1
(D) __
4

120 Seja g uma função com derivada nula no ponto 2.

Pode afirmar-se que:


(A) g tem um extremo relativo no ponto 2.
(B) g é contínua no ponto 2.
(C) g(2) = 0
(D) g "(2) = 0

121 Acerca de uma função g duas vezes diferenciável em R , sabe-se que atinge
um máximo em 1. PROFESSOR
Qual das afirmações é necessariamente verdadeira? Soluções
(A) g '(1) = 0 ∧ g "(1) ≥ 0 117. (A)

(B) g '(1) > 0 ∧ g "(1) = 0 118. (D)

(C) g '(1) = 0 ∧ g "(1) ≤ 0 119. (B)

(D) g '(1) > 0 ∧ g "(1) > 0 120. (B)


121. (C)

Tema 3 | Funções Reais de Variável Real 69


122 A função f satisfaz a condição f '(a) · f "(a) < 0 .

Qual pode ser o gráfico de f ?


(A) (B)
y y
f
f

O a x O a x
(C) (D)
y y
f f

O a x O a x

123 Observa a representação gráfica da função g .

y
g

O a x

Qual das afirmações é verdadeira?


(A) g(a) · g '(a) > 0 (B) g '(a) · g "(a) < 0

(C) g(a) · g "(a) < 0 (D) g(a) · g '(a) · g "(a) < 0

124 Seja h'(x) = (x - 1)n a função derivada da função h . Quais, de entre as


opções seguintes, podem ser valores de n para os quais h tem, respetivamente,
um extremo e um ponto de inflexão no ponto de abcissa 1?
(A) 2 e 3 (B) 1 e 2 (C) 1 e 3 (D) 2 e 4

Itens de construção
Limites e continuidade

125 Sejam ( a ) e ( b ) duas sucessões, tais que:


n n

• lim an = + ∞ • lim bn = − ∞
Indica o valor lógico de cada uma das proposições seguintes, em que ( un ) é uma
qualquer sucessão.
PROFESSOR a) Se ∀n ∈ N, un > an , então lim un = + ∞ .
Soluções
122. (C) b) Se ∀n ∈ N, un < an , então un não tende para + ∞ .
123. (C) c) Se ∀n ∈ N, un > bn , então un não tende para − ∞ .
124. (B) d) Se ∀n ∈ N, un < bn , então lim un = − ∞ .
125. a) V b) F c) F d) V

70 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


126 Sejam ( a ) e ( b ) duas sucessões e sejam a e b dois números reais dife-
n n
rentes tais que:
• lim an = a
• lim bn = b
Seja ainda ( cn ) uma qualquer sucessão tal que ∀ n ∈ N, an ≤ cn ≤ bn .
Indica o valor lógico de cada uma das proposições seguintes.
a+b
a) A sucessão (cn) é convergente e lim cn = ____ .
2
a+b
b) Se a sucessão (cn) for convergente, então lim cn = ____ .
2
c) Se a sucessão (cn) for convergente, então a ≤ lim cn ≤ b .

127 Determina os seguintes limites de sucessões.


n
3n + 1 3n + 1
a) lim _____ b) lim (_____)
n+3 n+3
n + sen n n2 + 1
c) lim _______ d) lim ______2
2 1 − 2n
n+1 n
2 +π 2i − 3
e) lim ______
n f) lim ∑ ______
3 2
i=1 2n + 1
n n
n 1 + cos n
g) lim ∑ ______
2 + 2i
h) lim (________)
i=0 n 3
n n n
n2 + 1
i) lim (______2 )
2
j) lim ∑ __i
1 − 2n i= 0 2

n 2 , sabendo que ∀n ∈ N, n ≥ 4 ± 2n ≥ n 2 .
128 Determina lim __
n
3

1 . Tal como o grá-


129 Seja f a função definida por f(x) = __
x y
fico sugere, os eixos coordenados são as únicas assíntotas ao PROFESSOR
f Soluções
gráfico da função.
O x 126. a) F b) F c) V
Seja ( xn ) uma sucessão tal que lim f( xn ) = + ∞ e seja ( un )
127. a) 3 b) + ∞
uma sucessão de termos positivos tal que ∀n ∈ N, un ≤ xn .
Determina lim un . Justifica. c) + ∞ d) − _1
2
e) 0 f) __1
2
130 Calcula os limites seguintes. g) 1 h) 0
2x − x + 1 x +1 j) + ∞
a) lim _________ b) lim ______2
3 2 i) 0
x→+∞ 2 x +1 (x + 1)
x→−1
______ 128. lim __
n2 = 0
n
3
x2 − 9 √ 2x2 + 1
c) lim ______ d) lim ______
129. lim un = 0
x→3 x − 3x
2 x→−∞ x
_____ 130. a) + ∞ b) + ∞__
1 − √ 2x − 1 x
e) lim ________ f) lim _____2 c) 2 d) −√2
x→1 x3 − 1 x→2 4 − x

e) − __1 f) + ∞
3

Tema 3 | Funções Reais de Variável Real 71


131 Considera funções f e g , de domínio R , tais que f é limitada e lim g(x) = 0 .
x→a
Mostra que existe uma função h de domínio R e de limite nulo tal que
∀x ∈ R, − h(x) ≤ f(x) * g(x) ≤ h(x) e conclui que lim [f(x) * g(x)] = 0 .
x→a

in Caderno de Apoio, 12.º ano

132 Determina:
2x2 x + sen x
a) lim _______ b) lim ________
x→−∞ x + sen x x→+∞x + cos x

133
a) g é uma função contínua no intervalo [a, b] . O que podes dizer acerca do
número de zeros de g se:
a1) g(a) * g(b) < 0 ? a2) g(a) * g(b) > 0 ?
b) Repete a alínea a) supondo que g é contínua e injetiva.

134 Seja g a função, de domínio


[1, 2] , definida por g(x) = x 3 − 2x − 1 .
a) Prova, recorrendo ao teorema de Bolzano-Cauchy, que a função tem exata-
mente um zero.
b) Sem recorreres à calculadora, a não ser para efetuares cálculos numéricos,
determina um valor aproximado do zero da função com erro inferior a 0,1.

135 Seja f a função definida por f(x) = x 3 − x .

a) Por processos analíticos, mostra que existe um ponto no gráfico de f com


abcissa entre 1 e 2 cuja ordenada é igual ao inverso da abcissa.
b) Recorrendo à calculadora, determina a abcissa do ponto referido na alínea a),
arredondada às décimas.

136 Seja g uma função contínua em R , tal que:

• ∀x ∈ R, (g ∘ g ) (x) = x
PROFESSOR • para um certo número real a , tem-se g(a) > a + 1 .
Soluções Mostra que a equação g(x) = x + 1 é possível no intervalo ] a, g(a) [ .
132. a) − ∞ b) 1
133. a1) A função g tem pelo menos Derivadas de funções reais de variável real
um zero em ] a, b [ .
a2) Nada se pode concluir acerca da π
137 Seja f a função, de domínio 0, __
existência de zeros de g em ] a, b [ .
[ ] , definida por:
2
⎧_________
x π
se 0 ≤ x < __
b1) A função g tem exatamente um
zero em ] a, b [ . ⎪ tg x + __π 4
b2) A função g não tem zeros em f(x) = ⎨ ( 4)
] a, b [ . ⎪sen __π − x se __π ≤ x ≤ __π
134. b) 1,6
⎩ (4 ) 4 2
135. b) 1,3 Justifica que a função f tem máximo e mínimo absolutos.

72 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


PROFESSOR
Soluções
1
138 Seja f a função definida por f(x) = ____
____ . 138. b) y = __
1 x + __
11
√1 − x 16 16
1
a) Mostra que f '(− 3) = ___ , recorrendo à definição de derivada de uma função
16 139. a) f '(1) = 5 , g(1) = − 2 e g '(1) = __1 .
num ponto. 2
b) − __ d) ___
21 25
c) 6
b) Escreve a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de 2 4
140. a) f '(x) = __ x − x 2 e
10
abcissa − 3. 3
f "(x) = __ − 2x
10
3
2 e seja g uma função diferen-
139 Seja f a função definida por f(x) = x 3 − __ b) f '(x) = _____2 e f "(x) = − _____ 4
x (x + 1)
2
(x + 1)
3

ciável em R e tal que a reta de equação x − 2y = 5 é tangente ao seu gráfico no c) f '(x) = ____ x
____ e
ponto de abcissa 1. √x 2 + 1
f "(x) = ________ 1 ____
Determina: ( x 2 + 1)√x 2 + 1
x 2 − 6x − 1
a) f '(1) , g(1) e g '(1) b) (f * g)' (1) d) f '(x) = _______ e
( x 2 + 1)
2

− 2 x 3 + 18 x 2 + 6x − 6
c) (g 3)' (1) d) (f ∘ g)' (1) f "(x) = ______________
( x 2 + 1)
3

141. Por exemplo:


140 Determina as derivadas de primeira e segunda ordem das funções defini- a) y
das por: f
5x2 − x3 2x
a) f(x) = _______ b) f(x) = ____ O 6x
3 x+1 1 3
_____
3−x
c) f(x) = √x 2 + 1 d) f(x) = _____
x2 + 1 b) y

141 Nos casos em que seja possível, esboça o gráfico de uma função f derivá-
vel em [1, 6] e tal que: O 1 2 3 f 5 6x

a) f tem um zero em x = 3 e f ' não tem zeros; c) Não é possível, pois entre dois
zeros da função teria de existir pelo
b) f e f ' têm cada uma um único zero em x = 2 e x = 5 , respetivamente; menos um zero da derivada.
c) f tem dois zeros em x = 1 e x = 3 e f ' não tem zeros; d) y
f
d) f não tem zeros e f ' tem dois zeros em x = 3 e em x = 5 .
O 1 3 5 6x

142 Seja P(x) = 18 x 6 − 3 x 4 + 0,1 um polinómio.


143. a) a = - 3 e b = - 6
Mostra, por processos não gráficos, que o polinómio P(x) não tem zeros no
b) f é crescente em - 1, - __1 e
1 , __
intervalo [__ 1 . [
3]
3 2] é decrescente em ] - ∞, - 1] e

143 Sejam a e b números reais e seja f a função definida por: em - __1 , + ∞ ; f(- 1) = 1 é mí-
[ 3 [
nimo relativo e f - __ 1 = __ 13
é
f(x) = a x 3 + b x 2 − 3x + 1 ( 3) 9
máximo relativo; o gráfico de f tem
a) Determina a e b de modo que a função atinja um extremo relativo igual a concavidade voltada para cima
a 1 em – 1.
em - ∞, - __ 2 e tem a concavidade
] 3]
b) Considera a = − 3 e b = − 6 e determina os intervalos de monotonia e extre-
voltada para baixo em - __2, + ∞ ;
mos de f e estuda o gráfico da função quanto ao sentido das concavidades [ 3 [
e pontos de inflexão do seu gráfico. o ponto de coordenadas - , __
2 __
11
( 3 9)
é ponto de inflexão.

Tema 3 | Funções Reais de Variável Real 73


2x2 + 1
144 Considera a função g definida por g(x) = ______ .
x +1
2

Determina o contradomínio da função, sem recorreres à calculadora. Apresenta


os cálculos que efetuares.

145 A função f , representada graficamente, é uma função polinomial de grau 3.

y
1
O
1 x
f

Determina, recorrendo à observação do gráfico, o conjunto-solução de cada


uma das condições:

a) f '(x) ≥ 0

b) f(x) * f "(x) ≥ 0

146 A figura representa parte do gráfico de h' (função derivada de h).

h'
x5
x1 x2 O x
3
x4 x6 x7 x

Para que valor (ou valores) de x , de entre os assinalados:

a) h' toma o maior valor?

b) h atinge um extremo?

c) h" é positiva?

147 A reta representada no referencial em baixo é o gráfico da segunda derivada


de uma função f , duas vezes diferenciável em R .
f'' y
PROFESSOR
Soluções
144. D ' = [ 1, 2 [
O 2 x
145. a) ] − ∞, 0] ∪ [ 4, + ∞ [
b) ] − ∞, 2] ∪ [ 6, + ∞ [
146. a) x1 Justifica que o gráfico de f tem exatamente um ponto de inflexão e indica
b) x4 e x6 o número mínimo e máximo de extremos relativos da função e o seu tipo.
c) x6 e x7

74 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


148 Uma partícula é introduzida num acelerador linear de partículas e submetida,
desde o instante inicial, a uma aceleração constante de tal forma que a respetiva
velocidade sofre um acréscimo de 1000 m/s para 5000 m/s em 0,001 segundos,
instante em que choca com a parede do acelerador. Determina:

a) a aceleração da partícula;

b) o espaço percorrido pela partícula no referido período de 0,001 segundos.


in Caderno de Apoio, 12.º ano

149 Sem recorreres às potencialidades gráficas da calculadora ou a programas


de gráficos, estuda a função f e esboça o respetivo gráfico, sendo a função f
definida por:
x4 4x
a) f(x) = __ − 2 x 2 + 4 b) f(x) = _____2
4 1+x
x2 x2 − 1
c) f(x) = _____
_____ d) f(x) = _____
√x 2 − 4 2−x
2x3 x2
e) f(x) = ______2 f) f(x) = _____2
(x − 2) 2+x

⎧ 2
150 Sejam a e b números reais e seja f definida por f(x) = ⎨x − b se x < 2
⎩ax − 3 se x ≥ 2
Determina a e b de modo que a função seja diferenciável em 2.

151 Considera a função f definida por f(x) = x 4 − x 2 − 1 .

Resolve os itens seguintes sem recorreres à calculadora.

a) Determina o conjunto dos valores reais de k para os quais a equação f(x) = k


é impossível.

b) Seja a um número real. A condição f(x) > a tem como conjunto-solução


a reunião de três intervalos disjuntos. Determina o conjunto dos valores que a
pode tomar.

152 Sejam f e g as funções, de domínio R , definidas, respetivamente, por


f(x) = x − x 3 e g(x) = 2 x 3 .
PROFESSOR
Seja a um número real e sejam r e s retas, tais que: Soluções
148. a) 4 * 10 m/s2
6
• a reta r é tangente ao gráfico da função f no ponto de abcissa a − 1 ;
b) s = 1000 * 0,001 + __1 * 4 * 10 *
6

• a reta s é tangente ao gráfico da função g no ponto de abcissa a . −6


2
* 10 = 1 + 2 = 3 (metros)
Sabe-se que as retas r e s são perpendiculares.
150. a = 4 e b = − 1
a) Por processos analíticos, mostra que existe um valor de a , nas condições
151. a) − ∞, − __
5
descritas, que pertence ao intervalo ] 1, 2 [ . ] 4[
b) − __, − 1
b) Determina o valor de a referido na alínea a) recorrendo a uma calculadora 5
[ 4 [
gráfica. Apresenta o valor pedido arredondado às décimas.
152. b) a ) 1,6

Tema 3 | Funções Reais de Variável Real 75


153 Mostra que, de todas as retas com declive negativo que passam no ponto
A(4, 2) , existe uma que determina com os eixos coordenados um triângulo de
área mínima.
Determina uma equação dessa reta e mostra que é paralela à reta r que passa
nos pontos de coordenadas (0, 2) e (4, 0) .

154 Numas águas-furtadas, pretende-se abrir uma janela retangular de área


máxima. A janela deve ser aberta numa fachada em forma de triângulo isósceles,
e dois dos respetivos lados devem ser paralelos à base do triângulo, como se
ilustra na figura. Representando esta fachada por [ABC] , ‾
AB = ‾
AC , determina
as dimensões da janela em função da base a = BC‾ e da altura b = AH
‾ do triân-
gulo (onde H é, portanto, o ponto médio do segmento de reta [BC] ).

H
B C
a

in Caderno de Apoio, 12.º ano

«Os seis mais»

n
i
155 Seja ( w ) a sucessão de termo geral w = ∑ ____
* n n 2
. Determina lim wn .
i=1 n +i

* 156 Num certo dia, um montanhista saiu às 8 horas de um abrigo de monta-


nha (abrigo A) e iniciou a sua escalada, tendo chegado às 15 horas a outro
abrigo (abrigo B). Passou o resto do dia e a noite nesse abrigo e, no dia seguinte,
iniciou às 8 horas o regresso pelo mesmo caminho, tendo chegado ao abrigo A
às 14 horas (para baixo todos os santos ajudam!)
Mostra que, apesar do ritmo das viagens não ser o mesmo, o montanhista esteve,
em ambos os dias, pelo menos uma vez, à mesma hora, no mesmo local.

* 157 Seja f uma função contínua em [a, b] .

a) Prova que a média geométrica de dois valores da função, ambos positivos,


PROFESSOR também é valor da função. ____
Soluções Nota: A média geométrica de dois números positivos r e s é √r * s .
154. _ e _.
a b
2
2 2 b) Verifica, em particular, que a equação f (x) = f(a) * f(b) admite solução no
155. __1
intervalo [a, b] se f(a) e f(b) forem ambos positivos.
2

76 Tema 3 | Funções Reais de Variável Real


* 158 Para x ∈ R , seja E(x) a «parte inteira de x», isto é, o maior número
inteiro menor ou igual a x , ou ainda, o único número inteiro E(x) tal que
x ∈ [E(x), E(x) + 1] .
1 .
Calcula o valor de lim xE (__
x→0 [
+
x )]

* 159 Mostra que, de todas as retas com declive negativo que passam no ponto
A(a, b) , com a > 0 e b > 0 , existe uma que determina com os eixos coordena- Simulador
Geogebra: O triângulo
dos um triângulo de área mínima.
de área mínima
Determina uma equação dessa reta, mostra que é paralela à reta r que passa
nos pontos de coordenadas (0, b) e (a, 0) e que, consequentemente, a reta r e
as retas paralelas aos eixos que passam no ponto A decompõem esse triângulo
em quatro triângulos iguais.
in Caderno de Apoio, 12.º ano

* 160 Do mesmo modo que definimos f " nos pontos em que f ' é diferenciável,
podemos definir f ''' como função derivada de f " nos pontos em que esta é dife-
(n)
renciável, e assim sucessivamente. Vamos designar por f a função derivada de
ordem n de uma função f , n vezes diferenciável (escrevemos, em geral, f ' , f "
(1) (2) (3)
e f '" no lugar de f , f e f ).
1.
Seja f a função, de domínio R \ {0} , definida por f(x) = __
x
a) Define f '(x) , f "(x) e f '"(x) .
(n)
b) Conjetura uma expressão para f (x) e comprova a sua validade recorrendo
ao método de indução matemática.

PROFESSOR
Soluções
158. 1

160. a) f '(x) = − __ 1 , f "(x) = __


2 e
x2 x3
f '''(x) = − __
6
x4
n
(− 1) n !
b) f (x) = ______
( n)

x n+1

Tema 3 | Funções Reais de Variável Real 77


Funções

4 Exponenciais
Tema

e Funções
Logarítmicas
Este tema está organizado em:

1. Juros compostos e número de Neper


Exercícios Propostos

2. Funções exponenciais
5 + 5 | Teste 4
Exercícios Propostos

3. Funções logarítmicas
5 + 5 | Teste 5
5 + 5 | Teste 6
Exercícios Propostos

4. Modelos exponenciais
Síntese
5 + 5 | Teste 7
Exercícios Propostos

+Exercícios Propostos
1. Juros compostos e número
de Neper

Juros compostos
Uma aplicação importante das progressões geométricas diz respeito aos juros
compostos: quando se deposita um dado capital numa instituição bancária, se o
juro proporcionado por esse capital, terminado o período estipulado, é acres-
centado ao capital inicial e é sobre esse novo capital que é calculado o juro no
período seguinte, e assim sucessivamente, diz-se que o depósito é feito em regime
de juros compostos.

EXEMPLO

Resolução Suponhamos que, no dia 1 de julho de 2014, foram depositados 1000 euros,
Exercícios de «Juros em regime de juros compostos, a uma taxa anual de 2%. O depósito prolon-
compostos e número gou-se por três anos.
de Neper»
Então, decorrido o período de um ano, no dia 30 de junho de 2015, os 1000
euros proporcionaram 20 euros de juro (0,02 * 1000). Esse valor foi acres-
centado aos 1000 euros iniciais e foi sobre 1020 euros que foi aplicada a taxa
de 2% pelo período de um ano com início em 1 de julho de 2015.
Decorrido o segundo ano de depósito, ou seja, no dia 30 de junho de 2016,
os 1020 euros que constituíam o valor acumulado em 1 de julho de 2015,
proporcionaram um juro de 20,40 euros (0,02 * 1020) que foi acrescentado
aos 1020 euros.
Assim, no dia 1 de julho de 2016, o capital disponível era 1040,40 euros,
e foi a esse capital que se aplicou a taxa de 2% no período de tempo que
terminou em 30 de junho de 2017, data em que se levantou o montante de
1060,80 euros (1040,40 + 0,02 * 1040,40).

De modo formal, tem-se:

Dados um número real r , uma unidade de medida de tempo T e um número


natural n , designa-se por «aplicar a um dado capital, disponível num instante
inicial t0 , juros compostos à taxa de r% pelo período de tempo T , durante
n períodos de tempo T » a operação que consiste em calcular um juro igual
a r% do capital disponível no início de cada período de tempo com duração
igual a T e adicioná-lo ao capital findo esse período, começando este proces-
so a partir do instante t0 e levando-o a cabo n vezes seguidas.

No exemplo que apresentámos, tem-se que:


NOTA • r é 2; • T é o período de 1 ano;
Quando se aplicam juros compos- • t0 é o dia 1 de julho de 2014;
tos, cada vez que o juro é acrescen-
tado ao capital existente, diz-se que • a taxa de r% relativamente ao período de tempo T é de 2% ao ano;
o juro é capitalizado. • os n períodos de tempo T são 3 períodos de 1 ano e, portanto, n é 3.

80 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


SERÁ QUE…? Juros compostos

Supõe que o António tem algum dinheiro disponível e que uma instituição
bancária lhe propõe aplicar a esse capital juros compostos à taxa de 2% ao
ano. Admite que o António aceita a proposta e quer ter ideia do «potencial»
do seu investimento. Vamos ajudar o António «nas contas».
Sejam C0 o capital inicial e Cn o capital disponível decorridos n anos.
Completa os espaços em branco: 1 Determina qual é o capital
• Decorrido um ano, o capital é igual a C0 + * C0 euros, ou seja: acumulado pelo António se in-
vestir, durante quatro anos,
C1 = C0 (1 + ) = C0 * numa modalidade de juros
compostos à taxa de 2,5% ao
• Decorridos dois anos, o capital é igual a C1 + 0,02 * , ou seja: ano, um capital inicial de 500
euros.
C2 = C1 (1 + ) = C1 * = C0 * 1,02 * = C0 * 1,02
• Decorridos três anos, o capital é igual a C2 + * , ou seja:
C3 = C2 (1 + ) = C2 * = C0 * 1,02 * = C0 * 1,02

Será que consegues escrever uma expressão que dê o capital que o António
vai ter disponível decorridos n anos, se nunca fizer levantamentos nem
depósitos durante esses anos?

A expressão que deves ter encontrado como resposta ao desafio anterior resulta RECORDA
de os capitais disponíveis, ano após ano, serem termos consecutivos de uma pro- Uma sucessão ( un ) de termos não
gressão geométrica de razão 1,02. nulos é uma progressão geométrica
un + 1
se e só se o quociente ____ for
Com efeito, tem-se: un
constante. Esse quociente é a razão,
Cn + 1 ____________
____ Cn (1 + 0,02)
C + Cn * 0,02 ___________ r , da progressão e tem-se:
= n = = 1 + 0,02 = 1,02
Cn Cn Cn un = u1 * r n - 1

De um modo geral:

Aplicando, a um capital inicial C0 , juros compostos à taxa de r% por um


período de tempo T , o capital disponível ao fim de n períodos de tempo T ,
com n å N , é dado por: n
r
Cn = C0 (1 + ____)
100

Justifiquemos esta afirmação.


r
Cn + Cn * ____ Cn (1 + ____)
r
C 100 100 r
Dado que ____n+1
= ____________ = ___________ = 1 + ____ , a sucessão dos capi- NOTA
Cn Cn Cn 100
r
tais disponíveis é uma progressão geométrica de razão 1 + ____ .
No caso de r ser negativo, a situação
100 traduz-se, em linguagem corrente,
dizendo que o capital se desvaloriza
r
Como o primeiro termo é C0 (1 + ____) , tem-se: à taxa - r % .
100
n-1 n
r r r
Cn = C0 (1 + ____) (1 + ____) = C0 (1 + ____)
100 100 100
PROFESSOR
n
r Soluções
Portanto, Cn = C0 (1 + ____) .
100 1. 551,91 €

Capítulo 1 | Juros compostos e número de Neper 81


2 Foi efetuado um depósito Exercícios resolvidos
de 800 € num banco, em regi-
me de juro composto, à taxa 1. No dia 15 de setembro de 2015, a Sofia soube que tinha entrado na uni-
anual de 1,9%. versidade. Nesse mesmo dia depositou o dinheiro que tinha recebido no
a) Qual é o capital acumulado seu dia de anos. Quer levantar o dinheiro quando acabar o mestrado,
decorrido um ano de depó- para fazer uma jantarada.
sito?
Sabendo que a Sofia depositou 135 euros em regime de juros compostos
b) Se o depósito durar três anos,
qual é o «ganho» proporcio-
à taxa de 2,2% ao ano e que prevê levantar o capital acumulado no dia
nado pelo depósito feito? 14 de setembro de 2020, qual é o montante que vai receber?
c) Escreve uma expressão que Resolução
permita obter o capital acumu-
De 15 de setembro de 2015 a 14 de setembro de 2020, decorrem cinco
lado ao fim de n anos.
períodos de um ano.
d) Determina, recorrendo a uma
calculadora, ao fim de quan- Portanto, o capital acumulado em regime de juros compostos à taxa anual
tos anos é possível obter um de 2,2% ao ano é dado por:
capital acumulado superior 5
2,2
a 1000 €.
C5 = 135 * (1 + ____) = 135 * 1, 022 ) 150,52
5
100

3 No dia 14 de setembro de 2020, a Sofia vai receber 150,52 euros.


Foi feito um depósito de
2400 €, em regime de juro com-
posto, no dia 1 de setembro de 2. O sr. Rodrigues ganhou 1520 euros numa aposta premiada. Depositou
2016. Determina a taxa de juro 1500 euros em regime de juros compostos à taxa anual de 2,4% no dia
anual que foi aplicada a esse
capital, sabendo que em 31 de 15 de dezembro de 2016. Determina, recorrendo à calculadora, a partir
agosto de 2018 o capital acumu- de que data é que o sr. Rodrigues pode levantar o capital acumulado se
lado ascendia a 2521,50 €. quiser obter, no mínimo, um lucro de 250 euros.
Resolução
4 Determina, recorrendo a O sr. Rodrigues pretende obter, no mínimo, 1750 euros.
uma calculadora, quantos anos Ora, o capital acumulado decorridos n períodos de um ano é dado por:
são necessários para que o ca- n
pital acumulado seja mais do 2,4
Cn = 1500 * (1 + ____) = 1500 * 1, 024
n
que o dobro do capital deposi- 100
tado em regime de juro com- Tem-se:
posto à taxa anual de 2%. 5
C5 = 1500 * 1,024 ) 1688,85

Calculadoras gráficas C10 = 1500 * 1,02410 ) 1901,48


7
Casio fx-CG 20 ...... pág. 189 C7 = 1500 * 1,024 ) 1770,89
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 193
TI-Nspire CX .......... pág. 199 C6 = 1500 * 1,0246 ) 1729,38
Portanto, o sr. Rodrigues só poderá levantar o capital no dia 14 de dezembro
de 2023 se quiser obter, pelo menos, 250 euros de lucro.

SERÁ QUE…? Dividindo uma taxa anual


PROFESSOR
Soluções Suponhamos, agora, que a Beatriz quer depositar 1000 euros durante um
2. a) 815,20 € ano. A instituição a que entrega o seu capital oferece uma taxa de 4% ao
b) 46,47 € ano. A Beatriz sugere que se divida o ano em quatro trimestres e se aplique
n
c) 800 * 1, 019 , n å N juros compostos à taxa de 1% por trimestre durante os quatro trimestres
d) 12 anos do ano.
3. 2,5%
Será que a proposta da Beatriz lhe traz alguma vantagem no fim do ano?
4. 36 anos

82 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


À primeira vista, pode parecer que é indiferente aplicar, durante um ano, a taxa
anual de 4% ou aplicar juros compostos de 1% por trimestre.
No entanto, os cálculos que fizeste devem mostrar que a segunda modalidade é
vantajosa, embora a diferença seja quase irrisória: o capital acumulado é 1040 €
no primeiro caso e 1040,60 € no segundo caso.
Mas pode ser que a Beatriz esteja a pensar depositar em breve um milhão de
euros e fazer um bom «negócio»!

De um modo geral, tem-se:

Dado um número real r , um número natural n e um capital C0 , disponível


no início de um determinado período de um ano, dividindo esse ano em n
períodos iguais de medida temporal T e aplicando ao capital inicial C0 juros
r
compostos à taxa de __ % durante esses n períodos, o capital disponível no
n n
r
_____
fim do ano é dado por Cn = C0 (1 + .
100n )

No caso do depósito da Beatriz (Será que …? da página anterior) tem-se:


• r=4
• n=4
• C0 = 1000
NOTA
1 do ano, ou seja, T é um trimestre;
• T é __ r diz-se taxa de juro nominal – é a
4 r 4
• a taxa de 1% corresponde a _______ , ou seja, _______ . taxa fixada para o período de um
100 * n 100 * 4 ano.

Exercícios resolvidos 5 Qual é a taxa nominal que


1. O Carlos depositou 2000 euros num banco à taxa nominal de 3%. corresponde à taxa mensal de
0,15%?
Pretende que apliquem juros compostos semestrais. Qual será o capital
disponível decorrido um ano de depósito? Apresenta a resposta em euros,
arredondada às centésimas. 6 A Maria vai fazer um depó-
Resolução sito de 10 000 €, por um ano,
em regime de juro composto.
Dado que o período T é o semestre, tem-se n = 2 , pois um ano corres- Indica, justificando, qual das
ponde a dois semestres. Então, o capital disponível decorrido um ano é, modalidades seguintes é mais
2
3 vantajosa:
em euros, dado por C2 = 2000 (1 + _______) ) 2060,45 .
100 * 2 • taxa nominal de 2%, sendo
os juros capitalizados men-
2. A Dora tem 1000 euros que quer investir e vai fazer um depósito em regime salmente;
de juros compostos mensais. A taxa nominal é 3,6% e o depósito vai • taxa nominal de 2,1%, sendo
durar três anos. os juros capitalizados semes-
tralmente.
Qual será o capital disponível decorridos esses três anos?
Resolução PROFESSOR
Dado que o período T é o mês, tem-se n = 12 , pois um ano tem 12 meses, Soluções
ou seja, tem 12 períodos T . Então, o capital disponível decorrido um ano 5. 1,8%
12
3,6 6. A segunda modalidade é mais vanta-
é, em euros, dado por C12 = 1000 (1 + ________) . 2 12
100 * 12
josa, pois 1 + ____ > 1 + ___ .
0,021 0,02
( 2 ) ( 12 )
continua

Capítulo 1 | Juros compostos e número de Neper 83


continuação

No início do segundo ano, é este o capital inicial e, mantendo-se as condi-


ções, no final do segundo ano, o capital disponível é dado por:
12 12 24
3,6 3,6 3,6
C24 = 1000 (1 + ________) (1 + ________) = 1000 (1 + ________)
100 * 12 100 * 12 100 * 12

Um raciocínio análogo permite concluir que o capital disponível no final


do terceiro ano é dado, em euros, por:
36
3,6
C36 = 1000 (1 + ________) ) 1113,87
100 * 12

Podemos generalizar este resultado:


nk
r
A expressão Ck = C0 * (1 + _______) dá o capital acumulado em k anos por
100 * n
um capital inicial C0 depositado, em regime de juros compostos, a uma taxa de
juro anual de r% , sendo n o número de vezes que o juro é capitalizado, durante
r
um ano, à taxa de __ % .
n

EXEMPLO

7 Qual é o capital acumulado


Consideremos um capital de 3000 euros depositado por 5 anos a uma taxa
por 7500 €, depositados durante anual de 2,4%. Os juros vão ser capitalizados todos os meses.
10 anos em regime de juro com-
posto, à taxa nominal de 1,8%, Então, o capital acumulado ao fim dos 5 anos é dado por:
se os juros forem capitalizados: 12 * 5
2,4
a) a cada três meses? C5 = 3000 * (1 + ________)
100 * 12
b) semestralmente?
ou seja, é aproximadamente 3382,09 euros.

Número de Neper
SERÁ QUE…? Taxa de juro ao segundo

Numa campanha publicitária destinada a cativar clientes jovens, uma insti-


tuição bancária vai aplicar juros à taxa de 100%, durante um ano, aos pri-
meiros dez jovens investidores, com idade inferior a 18 anos, que queiram
fazer um depósito não superior a 100 euros. A Beatriz quer depositar 100
euros nesta campanha, mas pretende propor que sejam aplicados juros com-
postos. Está indecisa acerca dos períodos que quer pedir para serem conside-
rados: trimestre, mês, dia, … porque quer ganhar muito, mas não quer levar
o banco à falência, o que pensa que deve acontecer se o período considerado
for o segundo, ou a décima de segundo.
PROFESSOR Recorda o resultado enunciado na caixa da página 83 e ajuda a Beatriz, cal-
Soluções culando os valores em falta na tabela seguinte em que n é o número de
7. a) 8975,51 € períodos de medida T .
b) 8971,90 €
continua

84 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

Capital disponível no final do ano


T n
(em euros, arredondado ao cêntimo)
6 meses 2
1 mês 261,30 €
365
1 hora
1 minuto 525 600
1 segundo

Será que há hipótese de o capital da Beatriz atingir 300 euros, decorrido


um ano?

Se calculaste o capital acumulado considerando períodos de 1 segundo ou, even-


tualmente, períodos de medida ainda inferior, deves estar a «desconfiar» que a
Beatriz não consegue obter 300 €. Talvez nem consiga obter 280 € …

Na verdade, é possível provar que, ainda que o período seja «infinitamente


pequeno», ou seja, ainda que os juros sejam capitalizados de forma contínua, os
100 euros depositados pela Beatriz pelo período de um ano nunca chegam a
atingir 272 euros.

Para obteres os valores do capital disponível no final do ano multiplicaste o


n
1 .
capital inicial por fatores do tipo (1 + __
n)

Tem-se:
1 2
1 =2
• (1 + __ 1 = 2,25
• (1 + __
1) 2)

10 50
1
• (1 + ___ ) 2,594 1
• (1 + ___ ) 2,692
10 ) 50 )

100 500
1
• (1 + ____ ) 2,705 1
• (1 + ____ ) 2,716
100 ) 500 )

1000 5000
1
• (1 + ___ ) 2,717 1
• (1 + ___ ) 2,718
1000 ) 5000 )
NOTA
* Estas demonstrações são faculta-
Pode-se provar que, tal como os cálculos efetuados sugerem, a sucessão ( un ) , tivas. Podes encontrá-las consul-
n tando o seguinte QR Code:
1 , é crescente e é majorada*.
de termo geral un = (1 + __
n)

Então, (un) é uma sucessão convergente.


RECORDA
O limite desta sucessão é um número irracional, que se designa por número de Toda a sucessão crescente e majo-
Neper e se representa por e . rada é convergente.

Capítulo 1 | Juros compostos e número de Neper 85


NOTA
Número de Neper
O número de Neper também se
designa por número de Euler. O número representado pela letra e designa-se por número de Neper e é o
n n
Neper e Euler são matemáticos; 1 , ou seja, lim 1 + __
1 =e.
limite da sucessão de termo geral un = (1 + __
o primeiro é escocês e viveu nos sé-
n) ( n)
culos XVI e XVII e o segundo é suíço
e viveu no século XVIII. O número e é um número irracional cujo valor arredondado às milésimas
é 2,718.

8 Admite que a Beatriz (Será Exercícios resolvidos


que… da página anterior) de- 2n
1
1. Determina o limite das sucessões ( un ) e ( vn ) definidas por un = (1 + __
positou 100 euros, depois de
conseguir que o banco concor- n+2 n)
1
__
e vn = (1 + ) .
dasse em capitalizar os juros de
n
forma contínua à taxa de 100%,
durante um ano.
Resolução
Qual será o capital acumulado
pelo depósito da Beatriz? 2n n 2
1 = lim 1 + __
lim un = lim (1 + __ 1 =
n) [( n) ]
n 2
9 Determina os seguintes limi- 1
= [lim (1 + __ =
tes de sucessões. n) ]
n
n+1 = e2
a) lim (____)
n
2-n n+2
1
b) lim (1 + __)
1
lim vn = lim (1 + __ =
n n)
n
2
c) lim (2 + __)
n 2
1 * lim 1 + __
= lim (1 + __ 1
n
n) ( n) =
= e * 12 = e

2 - 3n
1
2. Determina o limite da sucessão ( un ) definida por un = (1 + __ .
n)
Resolução
2 - 3n 2
1
lim (1 + __ 1 * ______________
= lim (1 + __ 1 =
n) n) 1
n 3
__
[lim (1 + n ) ]
1 =
= 12 * __
e3
PROFESSOR = e- 3
Soluções
n
8. 271,83 € 2n + 2 .
3. Determina o limite da sucessão ( un ) definida por un = (__
9. a) e b) __1 c) + ∞ 3n )
e
Resolução
n n
Caderno de exercícios 2n + 2 = lim _
lim (__ n+1
2 __
Juros compostos e número 3n ) (3 * n ) =
de Neper
n n
2 * 1 + __
= lim (_ 1 =
Mais sugestões de trabalho 3) ( n)
Exercícios propostos n.os 10 a 17
(pág. 87). =0*e=0

86 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Exercícios propostos
10 Um capital foi depositado em regime de juros 15 O Tio Patinhas depositou dinheiro num banco
compostos à taxa anual de 1,3%. Os capitais acumu- que capitaliza o juro de mês a mês. Qual é a taxa de
lados, ano após ano, são termos consecutivos de juro anual mínima para que o capital ao fim de
uma progressão geométrica. um ano tenha duplicado? Apresenta a taxa aproxi-
Qual é a razão dessa progressão geométrica? mada às unidades.

(A) 0,013 (B) 1,3 (C) 1,13 (D) 1,013


16 Determina os seguintes limites de sucessões.
3n -n
1
a) lim 1 + __
1
b) lim 1 + __
11 Determina o capital acumulado ao fim de um ( n) ( n)
ano por um capital de 1000 euros depositado a n
n
c) lim ____
2-n
n+1
d) lim ____
uma taxa anual nominal de 8%, sendo o juro capi- (n + 1) ( 2n )
talizado:
n+1 2n - 3
3 + 3n 1
a) semestralmente; e) lim _____ f) lim 1 + __
( n ) ( n)
b) de 2 em 2 meses;

c) mês a mês. 17 Seja ( un ) a sucessão de termo geral


n
un = (1 + __1 e seja f uma função tal que
12 Calcula a taxa anual a que esteve depositado n)
lim f( un ) = + ∞ .
um capital que duplicou em 18 anos, sendo os juros
capitalizados uma vez por ano. Indica o resultado Em qual dos referenciais seguintes pode estar repre-
em percentagem, aproximado às décimas. sentada a função f ?
(A) (B)
y y
13 Uma população está a diminuir à taxa anual
de 2%. Se nada for feito para contrariar essa evolu-
ção, daqui a quantos anos a população terá dimi- O e x O e x
nuído 20% em relação à população atual?

14 Uma bateria recarregável perde 10% da sua (C) (D)

capacidade de carga por cada 20 carregamentos. y y

Se inicialmente acumula energia para 130 h de fun- e e


cionamento e se deixa de ser funcional quando não
acumula energia para 24 h, determina quantas vezes O x O x
pode ser recarregada.

PROFESSOR c) 1083,00 € 15. 72% e) + ∞


Soluções 12. 3,9% 16. a) e 3 f) e 2
10. (D) b) e −1 17. (A)
13. 11 anos (aproximadamente).
11. a) 1081,60 € c) e
14. Até 320 vezes.
b) 1082,71 € d) 0

Capítulo 1 | Juros compostos e número de Neper 87


2. Funções exponenciais

Função exponencial de base a


Considera um estudo relativo a uma população de bactérias numa
cultura. Recorrendo a técnicas laboratoriais foram recolhidos
alguns dados.
A contagem inicial revelou a existência de 1000 bactérias.
Representemos por Q(t) o número, em milhares, de bactérias exis-
tentes na cultura t horas depois da contagem inicial.
Tem-se, portanto, Q(0) = 1 .
A contagem do número de bactérias foi sendo feita de hora a hora.
Em relação ao número de bactérias ao fim de 1, 2 e 3 horas, os
resultados obtidos foram os seguintes:
Q(1) = 1,198 Q(2) = 1,451 Q(3) = 1,743
Q(t + 1)
O cálculo de ______, para t = 0 , t = 1 e t = 2 , conduz aos seguintes resulta-
Q(t)
Resolução dos (tomando os valores aproximados com arredondamento às milésimas):
Exercícios de «Funções
exponenciais» Q(1)
____ Q(2)
____ Q(3)
____
= 1,198 ) 1,211 ) 1,201
Q(0) Q(1) Q(2)
Vamos admitir que, numa situação ideal, esta população de bactérias tem cresci-
Q(t + 1)
mento geométrico, com ______ = 1,2 e, portanto, Q(t) = 1, 2 , t å N0 .
t

Q(t)
Se representarmos graficamente parte desta função, podemos obter um gráfico
como o seguinte:
y

Calculadoras gráficas 2
Casio fx-CG 20 ...... pág. 189
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 194
1
TI-Nspire CX .......... pág. 200

0 1 2 3 4 5 6 7 x

t
Consideremos agora Q1(t) = 1,2 , com t å Q .
Se admitirmos que recolhemos dados de meia em meia hora, podemos acrescentar
alguns pontos a este gráfico.
1
__ ___ 3
__ ____
Temos, por exemplo, 1,2 2 = √1,2 ) 1,095 e 1,2 2 = √1,23 ) 1,315 .

88 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Obtemos, então, esta representação:
y

0 1 2 3 4 5 6 7 x

x
Recorrendo a uma calculadora gráfica e introduzindo a expressão 1,2 , podemos
obter uma representação idêntica à seguinte:

18 Escreve como potência de ex-


poente natural.
-1
a) 3
-2
3
A representação gráfica sugere-nos que o domínio desta função possa ser R . b) (__)
4
Mas nunca, até agora, atribuímos significado a potências de expoente irracional. -3
c) (__)
1
Vamos ver que é possível atribuir significado a a x para qualquer valor real de x , 2
desde que a seja um número positivo.

Relativamente a potências de expoente racional, recorda: 19 Escreve na forma de raiz.


1
__
a) 5 2
Propriedade Exemplos
3
__
0
1 =1 b) 2 4
Aa å R, a 1 = a •5 =51
• (_
2)
1
- __
c) (__)
2 2
1
• (- 3) = - 3 3
Aa å R \ {0}, a 0 = 1
• 01 = 0 • 30 = 1

Aa å R, an = 
a * a * … * a , n å N2 • 34 = 3__* 3 * 3 *__3__ 20 Escreve como potência de base
2
n fatores • (- √5 ) = -√5 * (- √5 )
natural.
__

1 = __
n
1 ,nåN
1
• 2 = __
-3

23 √ 1
a) __
3
Aa å R \ {0}, a-n = (__ _____
a ) an -4 4


2 3 -2
• (__ = (__)
3
1
b) (__)
3) 2 4
1
____
• 3 = √3
2
m
__
n
__ 1
__ __
+
A a å R , a n = √am , n å N2 , m å Z 0,2 5 PROFESSOR
•4 = 4 5 = √4
3 -3 ___ Soluções
- __ ___ 4
• 5 4 = 5 4 = √5-3 1 2
18. a) __1 b) __4 3
c) 2
(3) (3)
__
__ __ 4 __
Uma função, de domínio R , definida por uma expressão do tipo f(x) = ax ,

c) __
4
3
19. a) √5 b) √2 = √8
3

sendo a um número real positivo, diferente de 1, designa-se por função expo- - __1 __
2
2
nencial de base a . 20. a) 3 2 3
b) 4

Capítulo 2 | Funções exponenciais 89


21 Escreve: Um dos objetivos deste capítulo é a definição das funções desta família e o
estudo dessas funções quanto à monotonia, quanto à continuidade e quanto aos
a) 16 como potência de base 4;
limites em - ∞ e em + ∞ .
1
b) 8 como potência de base __ ;
2 Para cumprir esse objetivo, vamos começar por estudar a família de funções
c) 1 como potência de base - 2; definidas por f(x) = ax , com a > 0 e x å Q .
d) 8 como potência de base 4;
São exemplos de funções desta família, as funções, de domínio Q , definidas por
e) 0,01 como potência de base 10; x __
1 e j(x) = √3 x .
g(x) = 2 , h(x) = (__
x
f) 0,04 como potência de base 5. 2)

Seja a > 1 e seja f a função, de domínio Q , definida por f(x) = ax . A restrição


da função f a N é a sucessão de termo geral un = an .

Vamos provar que a sucessão (un) é crescente, ou seja, vamos provar que, dado
a > 1 e sendo m e n números naturais quaisquer, n < m ± an < am .

NOTA Comecemos por recorrer ao método de indução matemática para provar que,
* Repara que a variável de indução dado um número natural n , A k å N, an < a n + k* .
é k.
Para k = 1 , obtém-se a afirmação an < a n + 1 que é verdadeira, pois
PROFESSOR a > 1 ‹ an > 0 ± a * an > 1 * an ± an + 1 > an .
Soluções -3
21. a) 42 b) __1 Seja k um qualquer número natural.
(2)

0
__
3
Hipótese de indução: an < a n + k
c) (- 2) d) 4 2
-2
e) 10 f) 5- 2 Tese de indução: an < a n + k + 1

Mais sugestões de trabalho a > 1 ‹ an + k > 0 ± a * an + k > 1 * an + k ± an + k + 1 > an + k


Exercícios propostos n.os 38 a 44 Ora, an < a n + k ‹ a n + k < a n + k + 1 ± an < a n + k + 1 .
(pág. 104).
Concluimos, portanto, que A k å N, an < a n + k . Pode, então, afirmar-se que, para
quaisquer n, m å N, n < m ± an < am , pois n < m § ∃ k å N : m = n + k .

NOTA Esta conclusão pode estender-se ao caso em que n e m são números racio-
**  Se estiveres interessado, podes nais** e traduz que a função definida no conjunto dos números racionais por
consultar a justificação desta afir- f(x) = ax , com a > 1 , é crescente.
mação no QR Code seguinte.
Consideremos, agora, a função, de domínio Q , definida por f(x) = ax , com
0<a<1.

Sejam p, r å Q , tais que p < r .

1>1.
Tem-se: p < r § - p > - r e 0 < a < 1 § __
a
-p -r
Então, p < r ± - p > - r ± (__ 1 > __ 1
( a ) ± a > a , de onde se conclui que
p r
a)
a função definida por f(x) = ax , com 0 < a < 1 , é decrescente.

Em resumo:

NOTA Dado um número real positivo, a , a função f definida no conjunto dos


Se a = 1 , a função definida por números racionais por f(x) = ax é crescente se a > 1 e é decrescente se a < 1 .
f(x) = ax é constante.

90 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


A demonstração de que a função f definida no conjunto dos números racionais
por f(x) = ax é contínua em 0 pode ser consultada no QR Code ao lado.

A continuidade da função f em qualquer ponto do domínio pode ser justificada PROFESSOR


recorrendo à continuidade da função no ponto zero, de modo artificioso, mas Gestão curricular
simples. A demonstração do descritor 2.2 é fa-
cultativa, não sendo, portanto, exigível
Sendo q um qualquer número racional, tem-se ax = a q * a x - q . aos alunos.

Então, lim ax = lim ( a q * a x - q ) = a q * lim a x - q =* a q * 1 = a q NOTA


x"q x"q x"q
* Tem em consideração que
x " q § x - q " 0 e que
Dado um número real positivo, a , a função f definida no conjunto dos lim ax = 1 .
x"0
números racionais por f(x) = a x é contínua.

Vamos agora justificar que, no caso de a > 1 , lim ax = + ∞ e lim ax = 0 . PROFESSOR


x " +∞ x " -∞
Gestão curricular
Recorda que, sendo a > 1 , provámos no 11.º ano que lim an = + ∞ . Todos os alunos devem saber que
lim ax = + ∞ (descritor 2.3). No entanto,
Então, dado um número real positivo L , existe p1 å N tal que x"+∞
a respetiva demonstração é facultativa,
A n å N, n ≥ p1 ± an > L . não sendo, portanto, exigível aos alunos.

Seja (qn) uma sucessão de números racionais que tende para + ∞ . Então, existe
p å N tal que An å N, n ≥ p ± qn > p1 .
NOTA
Assim, An å N, n ≥ p ± a > a > L , de onde se conclui que lim a = + ∞ .
qn ** p1 x ** Aplicamos aqui o facto de a função
x " +∞
definida por ax , x å Q , ser crescen-
1
Ainda no caso de a > 1 , tem-se: lim ax = lim a-x = _______ 1 =0.
= ____
te, dado que estamos a considerar
x " -∞ x " +∞ lim ax + ∞ a>1.
x " +∞

Finalmente, e repetindo raciocínios análogos aos aplicados em situações anterio-


res, pode-se justificar que, se 0 < a < 1 , lim ax = + ∞ e lim ax = 0 .
x " -∞ x " +∞

Concluindo:

Seja a um número real positivo e seja f a função definida no conjunto dos


números racionais por f(x) = a x .
• Se a > 1 , então lim a x = + ∞ e lim a x = 0 .
x " +∞ x " -∞

• Se 0 < a < 1 , então lim a x = 0 e lim a x = + ∞ .


xĺ+∞ xĺ-∞

Estudámos a família de funções definidas por f(x) = ax , sendo a > 0 e sendo x


um número racional.

O passo seguinte é definir uma extensão de f ao conjunto dos números reais.


Para que essa extensão tenha significado, é necessário dar sentido a ax , sendo x
um número irracional.

A extensão é feita de modo que as características e as propriedades da função


definida por f(x) = ax , de domínio Q , se mantenham para a função definida
por f(x) = ax , de domínio R .

Capítulo 2 | Funções exponenciais 91


Dado um número irracional, x , e sendo ( qn ) uma sucessão de números racio-
nais que tende para x , prova-se que a sucessão definida por a q é convergente n

e que o limite dessa sucessão não depende da sucessão ( qn ) escolhida; define-


-se a x como sendo esse limite.

Vamos, de modo informal, ilustrar este conceito.


π
SERÁ QUE…? O número 2

Sejam ( un ) e ( vn ) duas sucessões das quais apresentamos os primeiros


quatro termos.
u1 = 3,1 u2 = 3,14 u3 = 3,141 u4 = 3,1415
v1 = 3,2 v2 = 3,15 v3 = 3,142 v4 = 3,1416
O termo de ordem n da sucessão ( un ) é o valor arredondado, por defeito,
Simulador
Geogebra: do número irracional π , com n casas decimais, e o termo de ordem n da
Transformações de sucessão ( vn ) é o valor arredondado, por excesso, do número irracional π ,
gráficos de funções
exponenciais com n casas decimais.

1. Escreve os dois termos seguintes de cada uma das sucessões ( un ) e ( vn ) .


22 Seja k um número real me-
2. Obtém valores aproximados dos seis primeiros termos das sucessões ( xn )
nor do que 2 e seja f a função, un vn
de domínio R , definida por e ( yn ) definidas por xn = 2 e yn = 2 .
x
f(x) = (2 - k) .
Será que as sucessões ( xn ) e ( yn ) são convergentes? Em caso afirmativo,
Determina o conjunto dos va-
lores de k para os quais a fun- qual é o limite de cada uma delas?
ção f é decrescente.

23 Sem recorrer à calculadora, Estamos, agora, em condições de estender ao conjunto dos números reais a função
definida no conjunto dos números racionais por f(x) = ax .
compara os seguintes pares de
números (se não são iguais,
indica qual deles é o maior). Seja a um número real positivo, diferente de 1.
__ __
√5 √2
a) 2 e4 A função, de domínio R , definida por f(x) = a x é designada por função
__
b) 8
√8
e 23π exponencial de base a .
__
√2
1 1
c) (__) e __ Pode-se provar que esta função tem contradomínio R+ e mantém as caracte-
3 9
rísticas que já reconhecemos para a correspondente função de domínio Q :
• é contínua;
PROFESSOR
• é decrescente se 0 < a < 1 e é crescente se a > 1 ;
Soluções
22. ] 1, 2 [
• se 0 < a < 1 , então lim ax = 0 e lim ax = + ∞ ;
x " +∞ x " -∞
__ __ __
23. a) 4
√2
=2 2√2 √8
=2 ; se a > 1 , então lim a = + ∞ e lim ax = 0 .
x
__ __ x " +∞ x " -∞
√2 √5
portanto, 4 >2 .
__ __
√8 √8
b) 8 = 23 ; __
__ Tem-se, também, para quaisquer números reais x e y e sendo a e b números
, pois π > √8 .
√8
portanto, 2 > 23

2
reais positivos, as propriedades algébricas seguintes:
c) __1 = __1 ;
9 (3) 1
• __x = a -x
y
• ax * ay = a x + y • (ax) = a x y
__
√2
portanto, __1 < __1 a
9 (3) x
ax ax a
• __y = a x - y • __x = (__)
x x
• a x b = (ab)
repara que 0 < __1 < 1 . a b b
( 3 )

92 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Nos referenciais seguintes representam-se graficamente duas funções exponen- 24 No referencial seguinte estão
ciais, uma de base maior do que 1 e outra de base entre 0 e 1. Estes gráficos representadas partes dos gráficos
evidenciam algumas das características das funções que foram referidas no des- das funções f , g e h definidas,
taque da página anterior. respetivamente, por:
x x
f(x) = 1,5 , g(x) = 2 e
• a>1 • 0<a<1 x
h(x) = 3
y y
y

y = ax y = ax

1 1
a

O x O x O x
1 1

a) Identifica o gráfico de cada


Introduzido o conceito de potência de expoente irracional, pode-se considerar, uma das funções f , g e h .
+
em R , a função potência definida por f(x) = x b , com b å R . Pode-se provar b) Por observação dos gráficos,
que esta função também é contínua. determina os conjuntos-solu-
ção das condições seguintes:
Observação b1) f(x) = g(x)
Não confundas função exponencial com função potência. b2) f(x) ≤ g(x)
Numa função exponencial, a variável está no expoente, numa função potência, b3) h(x) ≤ g(x)
a variável está na base. Observa os seguintes exemplos:
Calculadoras gráficas
Funções exponenciais: Funções potência: Casio fx-CG 20 ...... pág. 190
x x TI-84 C SE / CE-T .... pág. 195
x↦3 x ↦ 0, 5 x ↦ πx x ↦ x3 x ↦ x 0,5 x ↦ xπ TI-Nspire CX .......... pág. 201

Exercícios resolvidos NOTA


Abreviadamente, escrevemos:
1. Determina os limites seguintes.
• se a > 1 :
x
a) lim
1
2 + (__
x 2x + 1
b) lim ____ a +∞ = + ∞ a -∞ = 0
x " -∞ ( 3) ) x " +∞ πx
• se 0 < a < 1 :
Resolução a +∞ = 0 a -∞ = + ∞
x -∞
a) lim
x 1
2 + (__ =2
-∞ 1
+ (__ = 0 + (+ ∞) = + ∞
A observação dos gráficos é suges-
x " -∞ ( 3) ) 3) tiva dos resultados enunciados aci-
x x ma.
b) lim
2x + 1 = lim _____
____ 2 * 2 = 2 * lim 2 =2*0=0
__ y = ax
x " +∞ πx x " +∞ πx x " +∞ ( π )
y
1
__
x
2. Prova que não existe lim 2 .
x"0 0<a<1 a>1
Resolução
1
__ 1
__
-∞ +∞
Este limite não existe, pois lim 2x = 2 -
= 0 e lim 2 x = 2+
= +∞ . O x
x"0 x"0

PROFESSOR
x x+1
3. Sabendo que 3 = 6 e que 2 = k , determina o valor de: Soluções
x-1 x
a) 3 b) 9 24. a) f " azul ; g " verde ;
x x+1 h " vermelho
c) 2 (em função de k) d) 6 (em função de k)
b1) {0} b2) [ 0, + ∞ [ b3) ] - ∞, 0]
continua

Capítulo 2 | Funções exponenciais 93


continuação
25 Explica por que razão os grá-
ficos das funções f e g defini- Resolução
x x
3 6
das por f(x) = 2 e g(x) = (__)
1 x-1
= __ = __ = 2
x
a) 3
2 3 3
são simétricos em relação ao eixo x 2 x x 2 2
das ordenadas. b) 9 = (3 ) = (3 ) = 6 = 36

k
1 = __
* 2-1 = k * __
x x+1
c) 2 = 2
2 2
x+1 x
d) 6 = 2x + 1 * 3x + 1 = k * 3 * 3 = k * 6 * 3 = 18k
26 Sabendo que 4x = 6 , deter-
mina:
x+1 x-2 2x
4. Resolve as equações seguintes.
x
a) 4 b) 4 c) 4 1__ 8
= __ c) ____
x x+1 -x
x -x
a) 2 = 8 b) 25 x+3
=2
d) 2 e) 4 √5 4
x -2 x x-1 2x x
d) x * 3 = 9x e) 3 + 3 = 108 f) 3 + 3 = 12

NOTA Resolução*
x x 3
*  As funções exponenciais de base a) 2 = 8 § 2 = 2 § x = 3
a são funções crescentes se a > 1 1
- __
e são funções decrescentes se b) 25
1__ § 5
= __x +1 2(x + 1)
=5 2 1 § x + 1 = - __
§ 2(x + 1) = - __ 1§
0 < a < 1 ; portanto, são sempre √5 2 4
5
§ x = - __
funções injetivas. Então, para quais-
quer números reais x1 e x2 , tem-se: 4
x1 x2
a = a § x1 = x2 x x x x
8 8 8 8
c) ____ = 2 § ______ = 2 § __x = 2 * 43 § __
-x -x -x -x 6

4x+3 x 3
4 *4 4 (4) = 2 * 2 §
x -x + 6
§2 =2 § x = - x + 6 § 2x = 6 § x = 3
27 Resolve as equações seguintes.
x-2
x+1 d) x * 3 = 9x § x * 3x - 2 - 9x = 0 § x(3x - 2 - 9) = 0 §
a) 2 = 16
b) 8
x+1
=4
x § x = 0 › 3x - 2 = 9 § x = 0 › 3x - 2 = 32 § x = 0 › x - 2 = 2 §
x §x=0›x=4
c) 5 = 0,04
__ x x-1 x x x
d) 5 * 5 = √5
x
e) 3 + 3 = 108 § 3 + 3 * 3-1 = 108 § 3 (1 + 3-1 ) = 108 §
x+1
- 4 = 24
x
1 = 108 § 3x * __ 108 * 3
4 = 108 § 3x = _______
e) 4
§ 3 (1 + __
x
§
f) 12 * 3 - 3 = 27
x 2x 3) 3 4
x x
g) 2
3+x
- 21 - x = 6 § 3 = 81 § 3 = 34 § x = 4
2x x x 2 x
f) 3 + 3 = 12 § (3 ) + 3 - 12 = 0
Podemos considerar esta equação como uma equação do 2.º grau na
PROFESSOR x x
variável 3 . Substituindo 3 por y , obtém-se:
Soluções _____ ___
−x
25. g(x) = 2 = f(- x) ; portanto, o grá- - 1 ¿ √1 + 48
_________ - 1 ¿ √49
______
y + y - 12 = 0 § y =
2 §y= §
fico de g obtém-se aplicando ao grá- 2 2
fico de f a reflexão de eixo Oy . -1 ¿ 7
§ y = _____ § y = - 4 › y = 3
2
b) __
3
26. a) 24
8 __ x x x
Tem-se, portanto, 32x + 3 = 12 § 3 = - 4 › 3 = 3 § x = 1
c) 36 d) √6 ⏟equação

e) __1 impossível
6 5. Resolve as condições seguintes e apresenta o conjunto-solução recorrendo
27. a) x = 3 b) x = - 3 à notação de intervalos.
1
__
c) x = - 2 d) x = - __1 4-x x x x
2 a) 3 >9 b) 5 ≥ 7 c) 2 ≤ 8
e) x = __
3
f) x = 1 › x = 2 x2
d) 4 ≥ 8
x
e) 2
2-x
+3>2
x x
f) (2 - 1)(4 - 2 ) ≤ 0
x
2
g) x = 0
continua

94 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
NOTA
Resolução • Se a > 1 , tem-se, para quaisquer
4-x 4-x 2 números reais x1 e x2 :
a) 3 >9§3 > 3 § 4 - x > 2 § -x > -2 § x < 2
x1 > x2 § a x > a x 1 2

C.S. = ] - ∞, 2 [ pois as funções exponenciais de


x x 0 base maior do que 1 são funções
5 5 5
b) 5 ≥ 7 § __x ≥ 1 § __ __
x x
(7) ≥ (7) § x ≤ 0
crescentes, e também se tem:
7 a x > a x ± x1 > x2
1 2

C.S. = ] - ∞, 0] Portanto, a > a x § x1 > x2 .


x1 2

1
__ 1
__ • Se 0 < a < 1 , tem-se, para quais-
1 1 - 3x
c) 2 ≤ 8 § 2 ≤ 2 § __ ≤ 3 § _____ ≤ 0
x x 3
quer números reais x1 e x2 :
x x
x1 > x2 § a x < a x 1 2

pois as funções exponenciais de


x -∞ 0 1
__ +∞
3 base entre 0 e 1 são funções
decrescentes, e também se tem:
1 - 3x + + + 0 -
a x < a x ± x1 > x2
1 2

x - 0 + + + Portanto, a > a x § x1 < x2 .


x1 2

1 - 3x
_____ - n.d. + 0 -
x
Cálculos auxiliares
n.d. – não definida
1 , +∞ 2 x 2 - 3x = 0 §
C.S. = ] - ∞, 0 [ ∪ [ __ [ § x(2x - 3) = 0 §
3
x2 x 2x 2
§ x = 0 › 2x - 3 = 0 §
d) 4 ≥ 8 § 2 ≥ 23x § 2 x 2 ≥ 3x § 3
§ x = 0 › x = __
3 2
§ 2 x 2 - 3x ≥ 0 § x ≤ 0 › x ≥ __ (ver cálculos auxiliares ao lado)
2
3 0 3
C.S. = ] - ∞, 0] ∪ [ __ , + ∞ [ 2
2
x x 2
4 + 3 * 2 - (2 )
4 + 3 > 2x § ____________
+ 3 > 2 § __ *
2-x x NOTAS
e) 2 x x >0⇔
2 (*2 ) (*2 ) 2 x x
* Tem-se Ax å R, 2 > 0 .
x

x 2 x
§ - (2 ) + 3 * 2 + 4 > 0 ** Esta substituição pode ser feita
logo que reconheças que é útil.
x
Substituindo 2 por y**, obtém-se - y 2 + 3y + 4 > 0 . Pode, por exemplo, ser feita na con-
dição __
4 + 3 > 2x , obtendo-se:
x
- y 2 + 3y + 4 > 0 § y > - 1 ‹ y < 4 (ver cálculos auxiliares ao lado) 2
__
4+3>y
x 2 x x x y
Portanto, - (2 ) + 3 * 2 + 4 > 0 § 2 > - 1 ‹ 2 < 4 .
x
Ora, a condição 2 > - 1 é uma condição universal em R . Então, a sua Cálculos auxiliares
conjunção com outra condição é equivalente a essa outra condição. - y 2 + 3y + 4 = 0 §
x 2 x x x 2 _____
Portanto: - (2 ) + 3 * 2 + 4 > 0 § 2 < 4 § 2 < 2 § x < 2 - 3 ¿ √9 + 16
§ y = _________ §
-2
C.S. = ] - ∞, 2 [
-3 ¿ 5
_____
§y= §
x
f) (2 - 1)(4 - 2 ) ≤ 0
x -2
§ y = -1 › y = 4
Vamos determinar os zeros e estudar a variação de sinal de cada um
x x
dos fatores, 2 - 1 e 4 - 2 , para, em seguida, identificarmos a varia-
-1 4
ção de sinal da função definida pelo produto dos dois fatores.
x x x x
2 -1=0§2 =1§x=0 e 2 -1>0§2 >1§x>0
x x x
4 - 2 = 0 § 2 = 4 § 2 = 22 § x = 2 e
x x x
4 - 2 > 0 § 2 < 4 § 2 < 22 § x < 2
continua

Capítulo 2 | Funções exponenciais 95


continuação
28 Resolve as inequações seguin-
tes. Organizemos estes resultados numa tabela, para obtermos conclusões
acerca da variação de sinal da função definida por (2 - 1) (4 - 2 ) .
x x
1-x x x
a) 3 >9 b) 2 ≥ 3

c) 2
-x + 1
> 43x x+1 1__
≥ __ x -∞ 0 2 +∞
d) 5 x
√5 x
2 -1 - 0 + + +
1
__
x2 x x
e) 3 < 9 f) 2 ≤ 4 4-2
x
+ + + 0 -
x
1-3
g) _____ ≤0 (2x - 1) (4 - 2x)
x - 0 + 0 -
2 -8
x x
Portanto, (2 - 1)(4 - 2 ) ≤ 0 § x ≤ 0 › x ≥ 2
C.S. = ] - ∞, 0] ∂ [ 2, + ∞ [

29 Sejam f e g as funções, de 6. Dois balões esféricos, balão A e balão B,


domínio R , definidas por: deslocam-se na atmosfera, por cima de
x 2-x um solo plano e horizontal. Num de-
f(x) = 3 e g(x) = 10 - 3
terminado instante, é iniciada a conta-
a) Determina, por processos ana-
gem de tempo. Durante dois minutos,
líticos:
as distâncias medidas em metros, do
a1) as coordenadas dos pontos
de interseção dos gráficos centro do balão A ao solo e do centro
das duas funções em refe- do balão B ao solo, são dadas, respeti-
rencial o.n.; vamente por:
a2) o conjunto-solução da con- -0,01t -0,02t
dição f(x) ≥ g(x) .
a(t) = 2 - 0,02t + 3 e b(t) = 6 * 2 - 0,02t + 2

b) Obtém representações dos grá- A variável t designa o tempo, medido em segundos, que decorre desde
ficos das funções f e g que o instante em que foi iniciada a contagem de tempo.
permitam visualizar os pontos
de interseção dos dois gráficos. Sabe-se que, alguns segundos após o início da contagem do tempo, os
centros dos dois balões estavam à mesma distância do solo.
Determina quanto tempo decorreu entre o instante inicial e o instante em
que os centros dos dois balões estavam à mesma distância do solo.
Apresenta o valor pedido em segundos.
PROFESSOR
Soluções Adaptado de Teste Intermédio, 12.º ano, 2013
28. a) x < -1 b) x ≤ 0 Resolução

c) x < __1 d) x ≥ - __
2 a(t) = b(t) § 2-0,01t - 0,02t + 3 = 6 * 2-0,02t - 0,02t + 2 §
7 3
e) x > 0 ‹ x < 2 f) x < 0 › x ≥ __1 § 2-0,01t + 1 = 6 * 2-0,02t § 6 * 2-0,02t - 2-0,01t - 1 = 0 §
2
g) x ≤ 0 › x > 3 2
§ 6(2-0,01t) - 2-0,01t - 1 = 0 § 6y2 - y - 1 = 0 §
y = 2-0,01t
29. a1) (0, 1) e (2, 9) ______________
a2) ] - ∞, 0] ∪ [ 2, + ∞ [ √ 2
1 ¿ (-1) - 4 * (-6) 1¿5 1§
1 › y = __
§ y = ___________________ § y = _____ § y = - __
b) 2*6 12 3 2
1 › 2-0,01t = __
§ 2-0,01t = - __ 1 § 2-0,01t = __


3 2 2
equação impossível

§ 2-0,01t = 2-1 § - 0,01t = - 1 §


§t=_ - 1 § t = 100
- 0,01
Mais sugestões de trabalho
Assim, t = 100 .
Exercícios propostos n.os 45 a 53
(págs. 104 a 106).
Portanto, decorreram 100 segundos.

96 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Função exponencial de base e
n
1
Recorda que a sucessão de termo geral un = 1 + __
( n ) é convergente para um
número que se designa por e .

No contexto do nosso estudo, a função, de domínio R , definida por f(x) = ex ,


ou seja, a função exponencial de base e será designada apenas por função
exponencial e pode ser representada por exp: exp (x) = ex .

Pode-se provar que o número e também é limite, quando y tende para + ∞ ou 30 Mostra que o conjunto-solu-
y
1 :
para − ∞ , da função f , de domínio R \ [- 1, 0] , definida por f(y) = 1 + __ 1
ção da condição 1 + __ > 0
( y) y
é R \ [- 1, 0] .
y y

lim 1 = lim 1 + __
1 + __ 1 =e
y " +∞ ( y ) y " -∞ ( y)

Deste resultado, decorre o seguinte:

Seja (un) uma sucessão que tende para + ∞ ou para - ∞ e seja k um número
real. Então:
u n
k
__
lim 1 + = ex
( un )

Justifiquemos esta conclusão, no caso de k ser um número real positivo e ( un )


ser uma sucessão que tende para + ∞ .
k
u ⎛ u⎞
__ n

⎜ ⎟
⎛ ⎞k u
n
k
__ 1
__
Tem-se que 1 + = 1+ e que a sucessão definida por vn = __n tende
( un ) ⎜ __
un ⎟ k
⎝ ⎝ ⎠
k ⎠
para + ∞ .

y
un
1 = e e que a sucessão definida por v = __
1 + __
RECORDA
Então, dado que lim n é
y " +∞ ( y) k Se lim f(x) = b , então, se ( xn ) é
un
__ x " +∞
1⎞ =e. ⎛ uma sucessão que tende para + ∞ ,
uma sucessão que tende para + ∞ , pode concluir-se que lim 1 + ___
k

⎜ __ un ⎟ a sucessão (f(xn)) tende para b .


⎝ k⎠
k
u ⎛ u⎞
__ n

⎜ ⎟
⎛ ⎞k
n
k
__ 1
__
Portanto, lim 1 + = lim 1 + = ek .
( un ) ⎜ __ un ⎟
⎝ ⎝ k⎠ ⎠

No caso de k ser um número negativo ou no caso de ( un ) ser uma sucessão que


tende para - ∞ , as justificações são análogas à anterior e, no caso de k ser 0,
un
k
tem-se lim 1 + __ = lim (1) = 1 = e 0 = ex .
u n

( un )

Capítulo 2 | Funções exponenciais 97


O resultado anterior e a definição de limite segundo Heine permitem concluir
que, sendo k um número real:

x x
k k
lim (1 + __) = lim (1 + __) = e k
x " +∞ x x " -∞ x

EXEMPLOS
n
2
1. lim (1 + __) = e 2
n
n+2 n+2
3 -3
2. lim (1 - ____) = lim (1 + ____) = e -3
n+2 n+2
n n n
4 2
3. lim (1 - __2 ) = lim (1 + __) * lim (1 - __) = e 2 * e -2 = e 0 = 1
2
n n n
2x x 2
π π
1 + __) = (lim (1 + __) ) = ( eπ ) = e 2π
2
4. lim
x " +∞ ( x x " +∞ x

Exercícios resolvidos
1. Calcula os seguintes limites de sucessões ou justifica que o limite não existe.
n n+3
n-2
a) lim ____ b) lim 1 + _____
3
(n + 3) ( 2n + 1 )
n n
3n - 3 1
c) lim _____ d) lim __ - 1
( n+2 ) (n )

31 Calcula, caso existam, os se- Resolução


n n
2 ⎞ lim 1 - __
2 ⎛
n (1 - __
guintes limites de sucessões.
n) ( n ) e -2 -5
⎜ ⎟
n n
3 n-2 1
a) lim ____ = lim _______ = ___________n = ___

a) lim (1 - __) (n + 3) =e
n 3
__ 3
__ e3
n 1+ ) lim (1 + )
n ⎝ ( n ⎠ n
3
b) lim (1 + ___)
2n
2n + 5 b) Vamos apresentar a resolução deste item por dois processos.
c) lim (1 + ___)
2
3n
1.º processo
n
n+3 n+3 n
d) lim (____)
3
3 3 3
lim (1 + _____) = lim (1 + _____) * lim (1 + _____) =

1
n+2
2n + 1 2n + 1 2n + 1
2n
3
e) lim (__ - 1)
n
4 ⎞ ⎛
2n (1 + ___
⎜ ⎟
n
2n )
nn
2n + 1 + 3 2n + 4 = lim _________
= lim (_______) * 13 = lim (_____ =
2n + 1 2n + 1 ) 1
2n (1 + ___
n ⎝ 2n ) ⎠
PROFESSOR 2
__
lim (1 + ) 1 3
n 2 - __ __
e2
Soluções __ = ___________n = _____1 = e 2 = e 2
⎛ 1⎞
3

31. a) e -3 b) e 2 __
⎜ ⎟ e2
__
4
lim ⎝1 + 2
__
c) e 3 d) e n⎠
-6
e) e
continua

98 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

2.º processo n+3


3 ⎞
__ ⎛
⎜ ⎟
n+3
3 2
lim (1 + _____) = lim 1 + ____

1
=
2n + 1 1
n + __
⎝ 2⎠
1
n + __ 5
__
⎛3 ⎞
__ 2 ⎛
3 ⎞2
__
⎜2
= lim 1 + ____
1
n + __
⎟ 2
* lim 1 + ____
n +

1
__
= ⎟
⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠
3
__ 5
__ 3
__
= e2 * 12 = e 2

c) Vamos apresentar a resolução deste item por dois processos.


32 Determina o limite da suces-
1.º processo n são ( un ) definida por
3 ⎞ ⎛
3n (1 - ___)
⎜ ⎟
n n
3n + 1
3n - 3 3n
lim (_____) = lim _________ = un = (_____)

3

n+2 2 2n - 1
n 1 + __)
⎝ ( n ⎠ por dois processos diferentes, um
n
dos quais deve recorrer a um dos
1
lim (1 - __
teoremas de comparação para
n) e -1 sucessões.
= lim ( 3 ) * __________n = + ∞ * ___
n
= +∞
2 e2
lim (1 + __
n)

2.° processo (recorrendo a um dos teoremas de comparação para


sucessões). 33 Determina o limite da suces-
3n - 3 2,5n 3n - 3
An å N4, _____ > _____ , ou seja, An å N4, _____ > 1,25 são ( un ) definida por
n+2 2n n+2 n
n+3
3n - 3
n
un = (_____)
Então, A n å N4, ( _____) > 1,25 . 2n + 2
n

n+2 por dois processos diferentes, um


n dos quais deve recorrer ao teore-
Dado que lim 1,25 = + ∞ , pois 1,25 > 1 , conclui-se que:
ma das sucessões enquadradas.
n
3n - 3
lim ( _____) = + ∞
n+2
n n
n n
1
d) lim __ - 1
(-1) 1
__ n 1
__
(n ) = lim (- 1 * (1 - n )) = lim ((- 1) * (1 - n ) )
Este limite não existe. 34 Mostra que a sucessão ( u )
n
definida por
Com efeito, tem-se: n
3-n
un = (____)
n
1 é convergente para e -1 , portanto
• a sucessão de termo geral (1 - __ n+1
n)
-n não tem limite.
1
a sucessão de termo geral (1 - __ é convergente para e ;
n)
n
• a sucessão de termo geral (- 1) não tem limite (os termos desta
sucessão são, alternadamente, iguais a - 1 e a 1).
n
n 1
Se existisse lim (( - 1) * (1 - __ , então, também existia
n) )
n -n
1 * 1 - __
lim((- 1) * (1 - __
n 1 .
n) ( n) ) PROFESSOR
n -n Soluções
n 1 * 1 - __
Ora este limite não existe, pois (- 1) * (1 - __ 1 n
= (- 1) . 32. + ∞
n) ( n)
33. 0

Capítulo 2 | Funções exponenciais 99


ex - 1
_____
Limite notável, lim
,
x" 0 x
e derivada da função exponencial
RECORDA Calculemos a função derivada da função exponencial.
f(x + h) - f(x)
f '(x) = lim __________
exp (x + h) - exp (x)
exp ' (x) = lim ________________ =
h"0 h h"0 h
e -e x ex ( e h - 1)
= lim ______ = lim _______ =
x + h

h"0 h h"0 h
eh - 1
= ex * lim _____
h"0 h
eh - 1
Dado que a função exponencial é contínua, lim _____ é uma situação de inde-
0 h"0 h
terminação do tipo __ .
0
eh - 1
No entanto, pode-se provar que lim _____ = 1 . Este limite é habitualmente refe-
h"0 h
Simulador rido como um limite notável.
Geogebra: Limites
notáveis
Limite notável
ex - 1
lim _____ = 1
x"0 x

e h - 1 = ex * 1 = ex = exp (x) .
Então, exp ' (x) = ex * lim _____
h"0 h
Tem-se, portanto, exp ' (x) = exp (x) , o que quer dizer que a função exponencial
é solução da equação f ' = f .

exp ' (x) = exp (x) , ou seja, ( ex) ' = ex A função exponencial é diferenciável em R e exp ' (x) = exp (x) .

35 Calcula os limites seguintes. Exercícios resolvidos


e 3x - 1
a) lim _____
x"0 5x 1. Calcula os limites seguintes.
e -1 - 1
b) lim ______
x
e 3x - 1 x2 - 4
x " 1 x - x2 a) lim _____ b) lim ______
x"0 2x x " -2 1 - ex + 2
ex - e 3
c) lim _____
x"3 x - 3
Resolução
ex - e-x
d) lim ______ 0
__
x e 3x - 1 0 1 e 3x - 1 1 e 3x - 1
a) lim _____ = __ * lim _____ = __ * lim _____ * 3 =
x"0

e -__1
x
2x 2 x"0 x 2 x " 0 3x
e) lim _____ x"0 3x = y
x " 0 √x e -1
y
1 * lim _____ 3
1 * 1 * 3 = __
= __ * 3 = __
1
__ 2 y"0 y 2 2
f) lim [x (e x - 1)]
x " +∞ 0
__
x2 - 4 0 x+2 1
x ex - 2 e 2
g) lim _______ b) lim ______ = lim (x - 2) * lim ______ = - 4 * ___________ =
x " -2 1 - e x + 2 x " -2 1 - e x + 2 ex + 2 - 1
x-2 - lim ______
x"2 x " -2
x " -2 x + 2
PROFESSOR
1
= 4 * ____________ 1
= 4 * ___________ 1
= 4 * ___ = 4
Soluções ex + 2 - 1 x + 2 = y
_______ ey - 1
_____ 1
35. a) __ b) − 1
3 lim lim
c) e 3 d) 2 e) 0 x " -2 x + 2 y"0 y
5
f) 1 g) 3 e 2
continua

100 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

2. Determina f '(x) , sendo f a função definida por: Simulador


Geogebra: A exponencial
a) f(x) = x ex b) f(x) = e x2 + 1 e a reta tangente

Resolução
a) f '(x) = (x ex) ' = x ' * e x + x * ( ex) ' = 1 * ex + x * e x = ex (1 + x)

b) Tem-se f(x) = (g ∘ h) (x) , sendo h(x) = x 2 + 1 e g(x) = ex . RECORDA

Então, f '(x) = (g ∘ h) '(x) = h '(x) * g '(h(x)) . Se f e g são funções diferenciáveis,


então:
E, dado que g '(x) = ( ex) ' = ex , tem-se g '(h(x)) = g '( x 2 + 1) = e x + 1 .
2
(f ∘ g) '(x) = g '(x) * f '(g(x))

Portanto, f '(x) = ( e x + 1) ' = ( x 2 + 1) ' * e x + 1 = 2x e x + 1 .


2 2 2

(e u(x))' = u'(x) * e u(x)

3. Mostra que, se g é uma função diferenciável e f é a função definida por


36 Determina f '(x) e os zeros
f(x) = e g(x) , então f '(x) = g '(x) * e g(x) .
de f ' , sendo f a função definida
Resolução por:

Seja h(x) = ex . a) f(x) = x e 2x


x
Então, f = h ∘ g e h '(x) = ex . b) f(x) = ____
0,2x
e
2
Portanto, f '(x) = g '(x) * h '(g(x)) = g '(x) * e g(x) c) f(x) = ( e 3x - 1)
3
__
d) f(x) = x e x

4. Seja f a função definida por f(x) = e - e + 2 . 2x x

Escreve a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f que tem 37 Seja f a função definida por:
____
declive igual a 1. f(x) = √ex + 1
Resolução Escreve a equação reduzida da
reta tangente ao gráfico de f no
O declive da reta tangente ao gráfico de uma função num ponto é o valor ponto de abcissa 0.
da derivada na abcissa desse ponto. Vamos, portanto, resolver a equação
f '(x) = 1 .
PROFESSOR
f '(x) = ( e - e + 2) ' = (2x) 'e - e + 0 = 2 e - e
2x x 2x x 2x x Soluções
36. a) f ' (x) = e2x + 2x e2x = e2x (1 + 2x) ;
f '(x) = 1 § 2 e - e = 1 § 2 e - e - 1 = 0
2x x 2x x − __1
2
e0,2x − 0,2x e0,2x __________
1 − 0,2x
Substituindo ex por y , obtém-se 2 y 2 - y - 1 = 0 . b) f ' (x) = ____________ 2
= ;5
(e )
0,2x e0,2x
____ c) f ' (x) = 2 * 3 e3x * ( e3x - 1) =
1 ¿ √1 + 8
______
2y - y - 1 = 0 § y =
2 § = 6 e3x ( e3x − 1) ; 0
4
3__ __ 3__ 3
d) f ' (x) = e x − x * __2 * e x = e x 1 − __ =
3 3
1¿3 1›y=1
§ y = ____ § y = - __ x ( x)
4 2 __
3
x-3
= e x * ____ ; 3
x
__
1 › ex = 1 § x = 0
Então, 2 e 2x - ex - 1 = 0 § ex = - __ √ __
37. y = __ 2
x + √2
2
4
⏟equação
impossível Caderno de exercícios
Funções exponenciais
Concluímos, portanto, que a reta tangente ao gráfico da função f que
tem declive igual a 1 é tangente ao gráfico no ponto de abcissa 0.
Mais sugestões de trabalho
Dado que f(0) = e 0 - e 0 + 2 = 2 , a equação reduzida da reta tangente ao
Exercícios propostos n.os 54 a 58
gráfico de f no ponto de abcissa 0 é y = x + 2 . (págs. 106 e 107).

Capítulo 2 | Funções exponenciais 101


Teste 4 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1. De acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatística), a percentagem de


utilizadores de internet, na faixa etária dos 10 aos 15 anos, atingiu 92,7%

5
em 2008.
Os dados fornecidos pelo INE permitem concluir que a utilização da inter-
net por indivíduos dessa faixa etária cresceu à taxa média anual de 8,05%
desde 2005.
Qual foi a percentagem (arredondada às décimas) de utilizadores da inter-
net, na faixa etária dos 10 aos 15 anos, em 2005?
(A) 71,5% (B) 72,5% (C) 73,5% (D) 74,5%

2. Seja e o número de Neper. Das afirmações seguintes apenas uma é falsa.


Qual?
(A) O número e é um número irracional. n
1
(B) O número e é o limite da sucessão (1 + __) .
n
(C) A sucessão de termo geral en tende para + ∞ .
(D) A sucessão de termo geral e-n tende para - ∞ .

3. No referencial da figura está parte do gráfico da


-x
função f definida por f(x) = 9 . y f
P é o ponto do gráfico de f que tem ordena-
1.
da __
1 P
3
3
Qual é a abcissa do ponto P ?
__
(A) √2 (B) 2 O x
__
√ 2 1
(C) __ (D) __
2 2

4. Seja r a função quadrática representada no y


referencial ao lado. 2
Qual é o contradomínio da função g , definida
r(x) r
por g(x) = 2 ?
(A) ] − ∞, 4] (B) ] 0, 4] O x
(C) ] − ∞, 2] (D) ] 0, + ∞ [

PROFESSOR 5. Sejam f , g , h e r as funções definidas por f(x) = 2 - 3x , g(x) = 2 - 3 x2 ,


Soluções x _
1 e r(x) = √2 x.
h(x) = (__
1. (C) 2)
2. (D) Escolhendo, ao acaso, duas destas funções, qual é a probabilidade de as duas
3. (D) funções escolhidas serem decrescentes?
1
(A) __
1
(B) __
1
(C) __
1
(D) __
4. (B)
2 4 6 8
5. (C) Ajuda

102 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1. O sr. António ganhou um prémio de 25 000 euros na lotaria de Natal. Esse


prémio está sujeito a um imposto de 20%. O sr. António quer «recuperar»
o que pagou de imposto e vai depositar o dinheiro que recebeu.
O depósito vai ser feito no regime de juro composto, a uma taxa anual de
1,9%.
Qual o número mínimo de anos que tem de durar o depósito, para que o
sr. António recupere o que pagou de imposto?

2. Resolve as condições seguintes:


x-1
a) 100 = 0,001
x
b) 5 + 5x − 2 = 150
x+1 x+1 -x
c) 9 + 3
x
=4 d) 2 * 3 -3 ≤5

⎧ __1x
3. Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = ⎨e se x < 0

⎩e - e -x
se x ≥ 0

x

a) Mostra que o gráfico da função f tem uma única assíntota horizontal


e não tem assíntotas verticais.
f(x)
b) Determina lim ____ .
x"0
+
x
c) Escreve a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto de
1.
abcissa - __
2

4. No referencial ao lado estão parcialmente y


representadas as funções f e g definidas por
x 2-x B
f(x) = 2 e g(x) = 5 - 2 .
Os gráficos intersetam-se nos pontos A e B ,
o ponto C pertence ao eixo Ox e os pontos A
PROFESSOR
B e C têm abcissas iguais.
Soluções
O C x
Resolve os itens que se seguem, sem recorrer 1. No mínimo, 12 anos.
à calculadora. 2. a) x = - __
3
b) x = 4
2
a) Identifica qual dos gráficos representa a função g . c) x = 0 d) x ≤ 0

b) Determina a abcissa do ponto do gráfico da função g que tem orde- 3. b) 2


nada - 3. c) y = - __
4 x - __
1
e2 e2
c) O gráfico da função g tem uma assíntota horizontal. Indica, justificando, 4. a) Azul b) x = - 1
uma equação dessa assíntota. c) y = 5 d) 4 (u.a.)
d) Determina a área do triângulo [ABC] . 5. 0

n
n+1
5. Considera a sucessão ( un ) de termo geral un = ____
( 2n ) .
Determina lim un , por dois processos diferentes. Resolução

Capítulo 2 | Funções exponenciais 103


Exercícios propostos
38 Escreve na forma de potência de expoente 42 Escreve, na forma de potência de expoente - 2,
natural: os números:
-1 2
2
__ 3
__ 2
b) 5
a)
(3)
a)
(5)
-6
-3 c) 16
2
__
b) 2 d)
(3)
1
-2 __ 12
__ e) 2
8 3
f) (√5 )
c)
(3)

39 Escreve na forma radical: 43 Escreve:

1
__ a) 8 como potência de base 2;
3
a) 2 1
3
__ b) 16 como potência de base __ ;
2 4
b) 3
1
c) 0,008 como potência de base 5;
- __
1 4
c) __ 1
(2) d) 0,125 como potência de base __ .
4

40 Escreve na forma de potência de base natural: 44 Dados a, b å R , qual das expressões seguin-
_____ tes não é equivalente a 3a + b ?

3
a)
1
__
4 (A) 3 * 3
a b
__
b) √2
-3
a -b
(B) 3 : 3
1 ,aåN a b
c) ___
5
__ (C) (3 )
√a
(D) _____
1
-a - b
3
41 Mostra, sem recorrer à calculadora, que são
inteiros os números: 45 Seja k um número real tal que 2k -1
______ >0 e
1
__ k
2
a) 16 2k - 1
x

seja f a função definida por f(x) = (_____ .


2
__
3
k )
b) 27
Determina o conjunto dos valores de k para os quais
1,5
c) 9 a função f é crescente.

__ -2 -2 __
3

42. a) __ b) __1 d) __1


5
41. a) √16 = 4 ou −3 2
PROFESSOR c) 5
__1 __
2
(3) (5) (4)
Soluções -2
1 (42)2 = 4 2 = 4 -2 44. (C)
c) __1 d) __
3
8
38. a) __ b) __1
3 2 ___ 3 __
c) 3 3
(4) ( 27 )
(2) b) √27 = √3 = 3 = 9 ou
2 6 2
(2) 45. ] - ∞, 0 [ ∪ ] 1, + ∞ [
__
2 __
6 -2 -2
_____ _ ___
(3 ) = 3 = 3 = 9 e) __1 f) __1
3 3 3 3 2
39. a) √2 b) √3 = √27
3
__
3 __ __ ( 16 ) ( 25 )
_____
c) 9 2 = √9 = √3 = 3 = 27 ou
4 3 6 3
c) √2 −2
b) __1
3
__
3 __
3 __
6 43. a) 2
(4)
9 = (3 ) = 3 = 3 = 27
2 2 2 2 3
- __1 - __
3 - __1
3 2 5
40. a) 4 b) 2 c) a

104 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


46 Sabendo que 5x = 2 , indica o valor de: 50 Determina o domínio e os zeros (caso existam)
2x da função f definida por:
a) 5
x
b) 5
-x a) f(x) = 3 - 3
x
__
2
2+x
b) f(x) = _______
c) 5
x x+1
-x 3 -9
d) 25
x+1
_____________
x -x
e) 5 c) f(x) = √( 4 - 1) ( 2 - 2)

47 Sabendo que 3x + 1 = 6 , calcula o valor de:


51 Sejam f e g duas funções definidas em R ,
x 2x
a) 3 b) 3 -3 x
respetivamente, por: f(x) = 2x e g(x) = 4 .
2

x
__
2 -x + 1
c) 3 d) 3 a) Mostra que f é uma função par. Como se reflete
essa característica no gráfico em referencial o.n.?
48 Escreve as expressões seguintes na forma de
b) Determina analiticamente o conjunto das solu-
produto.
x ções da condição f(x) ≥ g(x) .
x+1
- 5x 1
__ 1-x
a) 5 b)
(2) + 2
x+1
c) 8 + 23x - 2 d) 4 + 2
x x+1
52 Admite que o número de habitantes de uma
determinada freguesia de Lisboa pode ser dado, em
49 Determina o conjunto-solução de cada uma milhares, por n(t) = 15 * 2
0,04t
, sendo t expresso
das condições seguintes. em anos e correspondendo t = 0 ao ano 1950.
x 1-x
a) 2 = 0, 125 Responde aos itens seguintes utilizando processos
__ x
analíticos e de acordo com o modelo apresentado.
x 2
b) 4 ≤ (√8 )
a) Qual é o número de habitantes nesta freguesia,
x
c) 3 + 3
x+1
- 12 = 0 no corrente ano? Apresenta o valor arredondado
às unidades.
x+1
d) 9 + 3x + 2 = 4
b) Em que ano é que esta freguesia atingiu 60 000
e) 2
2-x
+3≤2
x habitantes?
n(t + 1)
x c) Determina o valor de ______ arredondado às
f) x * 2 > 8x n(t)
centésimas e interpreta esse valor no contexto
g) x 2x + 1 = x 4 da situação descrita.

c) ___ * 23x = 33 * 23x - 2


33
PROFESSOR 50. a) D = R ; 1 c) 1,03; a cada ano, a população
4 da freguesia aumenta 3%.
Soluções b) D = R \ {- 2}; não existem
__ d) 2x(2x + 2)
zeros
b) __1
46. a) 4

d) __1 e) 10
2
c) √2
2{}
49. a) __ b) 0, __
3 3
[ 4]
c) D = [- 1, 0] ; - 1 e 0

4 c) {1} d) {− 1} e) [ 2, + ∞ [ 51. b) ] - ∞, - 1] ∪ [ 3, + ∞ [
__
d) __
3
47. a) 2 b) 4 c) √2 f) ] − ∞ , 0 [ ∪ ] 3, + ∞ [ 52.

{ }
2 0,04(ano corrente - 1950)
a) 15 * 2 * 1000
g) 0, 1, __
-x 3
48. a) 4 * 5 x
b) 3 * 2
2 b) 2000

Capítulo 2 | Funções exponenciais 105


53 Um vírus atacou os perus de um aviário. 54 Determina, caso existam, os seguintes limites
O veterinário deste aviário estima que, t dias após de sucessões.
o dia em que o vírus foi detetado, o número de n+1
a) lim 1 + ____
2
perus infetados seja dado, aproximadamente, por: ( n + 3)
200
i(t) = ___________
2 - 0,1t 2n
1+6*2 2n + 1
b) lim _____
(t = 0 corresponde às 8 horas do dia em que o vírus ( 2n - 3 )
foi detetado.) n
3
c) lim 3 + __
( n)
n-2
2n + 1
d) lim _____
( 3n - 2 )
4n
2n - 1
e) lim _____
( 3 - 2n )
n
n2 - 1
f) lim _____
(n+1)

55 Determina, caso existam, os limites seguintes.


a) Na altura em que o vírus foi detetado, já havia
perus infetados e passados uns dias esse número 1 - e 2x
a) lim _____
já era dez vezes superior. Quantos dias tinham x " 0 3x
passado? ex - 2 - 1
b) lim ______
b) Um outro aviário também foi afetado por esse x"2 4-x
2

1 - e 2x
vírus, tendo o vírus sido detetado no mesmo dia c) lim _____
em que foi detetado no primeiro aviário. O nú- x"03x e -1
2x2 - x
d) lim _______
mero de perus infetados nesse aviário é dado,
aproximadamente, por: 2x-1
1
x " __
e -1
2
200
d(t) = ___________
2 - 0,05t
e 2x - 1
e) lim _____
1+3*2 x"0 2 x
(t = 0 corresponde às 8 horas do dia em que o 2
__
f) lim [3x (e x - 1)]
vírus foi detetado.) x " +∞

Num determinado dia, o número de perus infe- ex - 1 - x


g) lim ______
tados era idêntico nos dois aviários. Quantos x"1 x-1
dias tinham decorrido desde o dia em que o vírus xex + e
lim ______
2

h)
foi detetado? x " -1 x + 1

PROFESSOR d) 0 e) e 4 f) + ∞ f) 6 g) 0 h) 3e
Soluções
55. a) − __
2 b) − __1 c) − __
2
53. a) 40 b) 20 3 4 3
54. a) e 2 b) e 4 c) + ∞ d) __1 e) Não existe.
2

106 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


56 Determina os zeros da função f ' , sendo: 58 No referencial da figura estão representadas a
reta r e parte do gráfico da função f definida por
a) f(x) = ex (3x - 1)
f(x) = ex . A reta r passa na origem do referencial
ex + 1
b) f(x) = ____
2
e é tangente ao gráfico de f no ponto A .
x-1
y
c) f(x) = ( x 2 + 1) ex
r
x e-x
d) f(x) = ____
x+2 A

57 Sejam f e g as funções, de domínio R , defi-


nidas por: f

f(x) = e + x
x
O B x
g(x) = e 2x

Resolve a equação f '(x) = g '(x) . Determina a área do triângulo [AOB] , sabendo


que o ponto B pertence ao eixo das abcissas e que
o triângulo [AOB] é retângulo em B .

__ __
1 - √3
______ 1 + √3
______
PROFESSOR b) e
2 2 57. C.S. = {0}
Soluções
c) - 1
58. __
e
56. a) - __
2 __ __
3 d) - 1 - √3 e - 1 + √3 2

Capítulo 2 | Funções exponenciais 107


4
HISTÓRIA
John Napier (ou Neper)
Exponenciais e
Funções
Logarítmicas
3. Funções logarítmicas

Logaritmo de base a
SERÁ QUE…?

x
Como se vai designar?

1. Resolve as equações seguintes.


x
a) 3 = 9 b) 9 = 27
x
2. Justifica que a equação 2 = 6 tem exatamente uma solução em R e, sem
recorrer à calculadora, indica, justificando, um intervalo de amplitude
unitária a que pertença a solução da equação.

John Napier (1550-1617) Será que conheces uma forma de designar a solução desta equação?
«Senhor realizei esta longa jornada
propositadamente para ver a vossa x
pessoa e para saber por que meca-
A solução da equação 2 = 6 é o número a que se deve elevar 2 para obter 6 e é
nismo de imaginação ou de engenho provável que não saibas que esse número é designado por logaritmo de base 2
vós viestes a pensar, em primeiro de 6 e é representado por log2 (6) .
lugar, neste extraordinário auxiliar x
da Astronomia que são os logarit- Tem-se então: 2 = 6 § x = log2 (6) .
mos; mas, senhor, tendo sido inven-
tado por vós, eu pergunto a mim A equivalência anterior sugere a existência de uma relação entre a função inversa
próprio como é que ninguém os in- da função exponencial de base 2 e o conceito de logaritmo de base 2.
ventara antes, quando agora, que
são conhecidos, parece tão fácil.»
in Memoirs of John Napier of Merchiston,
Seja a um número real positivo, diferente de 1.
+
Edinburgh, 1834 – Saudação
de Briggs a Napier
A função f : R " R definida por f(x) = ax (função exponencial de base a)
-1 +
é uma função bijetiva. A sua inversa é uma função bijetiva f : R " R ,
-1
designada por logaritmo de base a . Escreve-se f (x) = loga (x) e tem-se:
Resolução
Exercícios de «Funções ax = y § x = loga (y)
logarítmicas»

RECORDA
EXEMPLOS
Se f é uma função bijetiva de A para
B , então, dados a å A e b å B , x -1 -1 x
f(a) = b § a = f (b)
-1 1. Se f(x) = 2 , então f (x) = log2 (x) . 2. Se f(x) = log3 (x) , então f (x) = 3 .
4 3
3. 3 = 81 § 4 = log3 (81) 4. log2 (8) = 3 § 8 = 2
59 Completa:
2
a) 3 = 9 § 2 =
1 1 Em particular, o logaritmo de base 10 designa-se por logaritmo decimal e repre-
b) log5 (__) = - 1 § __ =
5 5 senta-se por log e o logaritmo de base e designa-se por logaritmo neperiano
0
c) 4 = 1 § 0 = e representa-se por ln.

PROFESSOR EXEMPLOS
Soluções
b) __1 = 5-1
2
59. a) 2 = log3 (9) 1. log (x) = 2 § x = 10 2. ex = 5 § x = ln (5)
5
c) 0 = log4 (1)

108 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Tendo em consideração o conceito de inversa de uma função bijetiva*, tem-se: NOTA
* Se f é uma função bijetiva de A
+ para B , então:
Ax å R, loga ( a x) = x e A x å R , a log (x) = x a
-1
Ax å A, ( f ∘ f ) (x) = x e
-1
Ax å B, (f ∘ f ) (x) = x
60 Escreve o número 2 como:
EXEMPLOS
a) logaritmo de base 5;
= (a ) =3 =9
log2 (5) 2 2
1. ln ( e ) = π
π
2. 2 =5 3. a 2loga (3) loga (3)
b) potência de base 5.

61 Determina, sem recorrer à


As propriedades das funções logaritmo de base a decorrem de propriedades das calculadora:
funções exponenciais de base a . a) 5
1 + log5 (3)
b) 3
2log3 (4)

10
c) log (1000) d) log4 (2 )
Seja a um número real positivo, diferente de 1. 1
__
e) ln (
+ e3)
A função f , de domínio R e contradomínio R , definida por f(x) = loga (x)
é a função inversa da função exponencial de base a . Portanto, esta função:
• é contínua e é injetiva;

• tem um único zero (loga (x) = 0 § x = 1);

• é decrescente se 0 < a < 1 e é crescente se a > 1 ;

• se 0 < a < 1 , então lim loga (x) = - ∞ e lim loga (x) = + ∞ ;


x " +∞ x"0

• se a > 1 , então lim loga (x) = + ∞ e lim loga (x) = - ∞ . • a>1


x " +∞ x"0
y

y=x
a
Justifiquemos, por exemplo, que a função logaritmo de base a , sendo a > 1 ,
1
é crescente. y = ax
O
1 a x
Sejam x1 e x2 dois quaisquer números reais positivos tais loga ( x1) ≤ loga ( x2 ) .
y = log a (x)
Então, dado que a função exponencial de base maior do que 1 é uma função
crescente, tem-se: • 0<a<1
y
loga ( x1) ≤ loga (x2) ± a log (x ) ≤ a log (x ) ± x1 ≤ x2
a 1 a 2 y = ax
y=x
Portanto, por contrarrecíproco, tem-se: x1 > x2 ± loga ( x1) > loga ( x2 ) . 1
a

Assim, concluímos que a função logaritmo de base a , sendo a > 1 , é crescente. O a1 x

Tendo em consideração que o gráfico de uma função bijetiva e o da sua inversa y = log a (x)

são simétricos, num referencial ortonormado, em relação à reta de equação


PROFESSOR
y = x , apresentamos, na margem, gráficos para as funções logaritmo de base a .
Soluções
log5 (2)
60. a) 2 = log5 ( 52 ) b) 2 = 5
Estes gráficos sugerem características da função logaritmo de base a que apre-
log5 (3)
sentámos na caixa acima. 61. a) 5 * 5 = 5 * 3 = 15
2
log (4)
(
b) 3 3
) = 4 = 16
2

Tem-se também, para quaisquer números reais positivos x e y e qualquer c) log ( 10 ) = 3


3

número real z , sendo a e b números reais positivos diferentes de 1, as proprie- d) log4 (4 ) = 5


5

dades algébricas apresentadas na página seguinte. e) ln ( e -3 ) = - 3

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 109


62 Determina os valores reais de
Propriedade 1
a para os quais a função f defi-
nida por f(x) = 1 - log3 - a (x) é loga (x) + loga (y) = loga (xy)
crescente.

Demonstração

Tem-se:
63 Escreve, em linguagem cor- a log (x) + log (y) = a log (x) * a log (y) = x * y
a a a a

rente, as propriedades 1 a 4.
Então, a log (x) + log (y) = xy .
a a

De a log (x) + log (y) = xy e do conceito de logaritmo de base a decorre que


a a

64 Escreve as expressões seguin-


loga (x) + loga (y) = loga (xy) .
tes na forma de um logaritmo.
a) log3 (6) + log3 (2)
log (9) - log2 (3)
b) 2

c) 5 * log (2) Propriedade 2


d) 1 + log3 (4) 1 = - log (y)
loga __
(y) a
e) ln (5) - 2
log (5) + log (3)
______
f) Demonstração
2

1 + log (y) Prop.


loga __
1 1 * y = log (1) = 0
= loga __
(y) a
(y ) a

PROFESSOR 1 = - log (y) .


Portanto, loga __
Soluções (y) a

62. 0 < 3 - a < 1 § a å ] 2, 3 [


63. Considerando sempre números
positivos e logaritmos de bases iguais: Propriedade 3
a) A soma dos logaritmos de dois nú-
meros é igual ao logaritmo do produto x
loga (x) - loga (y) = loga __
desses números ou, abreviadamente, (y)
a soma de logaritmos é o logaritmo do
produto.
b) O logaritmo de um número é o si- Demonstração
métrico do logaritmo do inverso desse 1 Prop.
loga (x) - loga (y) = loga (x) + (- loga (y)) = loga (x) + loga __
Prop. 2 1
número. =
(y)
c) A diferença dos logaritmos de dois
= loga x * __1 = log __ x
números é igual ao logaritmo do quo- ( y) a
(y)
ciente desses números ou, abreviada-
mente, a diferença de logaritmos é o
logaritmo do quociente.
d) O logaritmo da potência de um nú- Propriedade 4
mero é igual ao produto do expoente
pelo logaritmo desse número. loga ( xz) = z loga (x)
64. a) log3 (12)
b) log2 (3) Demonstração
c) log ( 2 ) = log (32)
5

d) log3 (3 * 4) = log3 (12) Tem-se: x = a log (x) . a

z
e) ln __
5 Então, xz = (a log (x)) = a zlog (x) .
a a

( e2 )
__
f) log (3√5 ) De a z log (x) = xz e do conceito de logaritmo de base a , conclui-se que
a

z loga (x) = loga ( xz ) .

110 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


EXEMPLOS

65 Determina, recorrendo a pro-


1. log3 (6) + log3 (1,5) = log3 (6 * 1,5) = log3 (9) = 2 priedades dos logaritmos, o valor
5 1 exato de:
2. log2 (5) - log2 (20) = log2 (___) = log2 (__) = log2(4 ) = - log2 (4) = - 2
-1
20 4 a) log4 (8) + log4 (2)
1
__ ___ 1
ln (25) 1 b) ln (__)
3. _______ = __ ln (25) = ln (252) = ln (√25 ) = ln (5) e
2 2 ___ __
c) log (√20 ) - log(√2 )

Propriedade 5 (mudança de base) 66 Prova que, se u ∈ R+ e x 0 0 ,


então, loga (u) = loga (ux) e apli-
logb (x) x

loga (x) = ________ ca esta propriedade no cálculo de


logb (a) log√2__ (4) .

Demonstração
Prop. 4
Tem-se: loga (x) * logb (a) = logb (a log (x)) = logb (x)
a

logb (x)
Assim, de loga (x) * logb (a) = logb (x) , conclui-se que loga (x) = _______ .
logb (a)

EXEMPLO
3
log2 (8) log ( 2 ) __
log4 (8) = _______ = ________ =3
2 Fragmentos de um tabela de logaritmos de
log2 (4) log2 ( 22 ) 2 Briggs, calculados com 14 casas decimais

67 Recorre à calculadora para


log (x) ln (x)
Em particular, loga (x) = ________ e loga (x) = _______ . obteres valores arredondados às
log (a) ln (a)
centésimas de:
Na generalidade das calculadoras, as funções log e ln podem ser acedidas através a) log (6) b) ln (20)
do teclado e permitem, por aplicação da propriedade 5, obter valores (exatos ou
c) log5 (100) d) log3 (24)
aproximados) dos logaritmos de qualquer base de números positivos.
Atualmente, muitas calculadoras já permitem obter diretamente esses valores.

Exercícios resolvidos
1. Considera as funções reais de variável real f e g definidas, respetivamente,
por f(x) = 21 - x e g(x) = ln (3x + 2) .
a) Determina o domínio de f e o domínio de g .

b) Justifica que f e g são funções injetivas e, tomando para conjuntos de


-1
chegada os respetivos contradomínios, caracteriza as funções f e g -1
(funções inversas de f e de g).
PROFESSOR
c) Sabendo que g(a) = 5 , determina a . Soluções
Resolução 65. a) log4 (16) = log4 ( 42 ) = 2

a) O domínio da função f é R , pois a função f é a composta de duas fun- b) ln __1 = - ln (e) = - 1


(e)
ções de domínio R : uma função afim e a função exponencial de base 2. ___
__1

Em relação à função g , atendendo a que os números que têm logaritmo


c) log √
___
20
( 2)
= log (102) = __1
2
2, + ∞ .
são os números positivos, tem-se: Dg = {x å R : 3x + 2 > 0} = ] - __
3 [ 67. a) 0,78 b) 3,00
c) 2,86 d) 2,89
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 111


continuação
68 Sejam f e g as funções defi-
nidas por: b) Quer a função f quer a função g são funções injetivas, pois resultam

2ex - 2 + 1 da composição de funções injetivas: funções polinomiais de grau 1,


f(x) = _______
3 função exponencial de base 2 e funções logaritmo neperiano. Tem-se:
log (1 - 2x)
g(x) = __________ + 1 f(x) = y § 21 - x = y § 1 - x = log2 (y) § x = 1 - log2 (y)
3
Tomando para conjunto de che- e -2
g(x) = y § ln (3x + 2) = y § 3x + 2 = e y § x = _____
y

gada de f e g os respetivos con- 3


tradomínios, caracteriza a função
inversa de f e a função inversa Portanto, os contradomínios de f e g são, respetivamente, R+ e R .
de g .
Então, tomando para conjuntos de chegada os respetivos contradomí-
nios, as funções f e g são bijetivas e tem-se: f -1: R+ → R é a função
69 Seja f a função definida por
2, + ∞ é a
bijetiva definida por f -1(x) = 1 - log2(x) e g-1: R → ] - __
f(x) = 9 - x 2 e seja g a função [
3
definida por g(x) = log3(f(x)) . -1 ex - 2
______
função bijetiva definida por g (x) = .
a) Determina o domínio da fun- 3
ção g e o contradomínio da
restrição da função f ao do- c) Tem-se: g(a) = 5 § a = g -1 (5) .
mínio de g . e -2 .
Então, recorrendo à alínea b), conclui-se que a = _____
5

b) Determina o contradomínio da 3
função g (tem em considera-
ção a alínea a) e as característi- 2. Determina, sem recorrer à calculadora:
cas da função logaritmo – con- __
tinuidade, monotonia, limite a) log4 (32) b) log8(√2 )
quando x tende para 0).
Resolução

70 Determina, sem recorrer à a) Seja x o número log4 (32) .

calculadora: x 2x 5 5
x = log4 (32) § 4 = 32 § 2 = 2 § 2x = 5 § x = __
a) log2 (32) b) log __
√2 (1) 2
Portanto, log4 (32) = .5
__
c) log2 __
1__ d) log5 (0,04)
(√2 )
2
__ __
b) Seja x o número log8 (√2 ) .
3
e) log4(√2 )
__ __ 1
__
1 § x = __
x = log8 (√2 ) § 8 = √2 § 2 = 2 2 § 3x = __
x 3x 1
2 6
__
Calculadoras gráficas 1
Portanto, log8 (√2 ) = __ .
Casio fx-CG 20 ...... pág. 190 6
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 195
TI-Nspire CX .......... pág. 201
3. Acerca de dois números positivos x e y , sabe-se que loga (x) = 4 e
loga (y) = 5 .
PROFESSOR
Determina:
Soluções
3x - 1 a) loga (xy) b) loga ( x 2 )
68. f (x) = 2 + ln ____ ,
-1
( 2 )
Df = __1 , + ∞ e D 'f = R
-1 -1
c) logy (a) d) loga (y)
2

]3 [
3x - 3 Resolução
-
g-1 (x) = _______ , Dg = R e
1 10
-1

2 a) loga (xy) = loga (x) + loga (y) = 4 + 5 = 9


D 'g - ∞, __1
-1
b) loga (x 2) = 2 loga (x) = 2 * 4 = 8
] 2[
69. a) Dg = ] - 3, 3 [ e D 'f | ] - 3, 3[ = ] 0, 9] log (a) 1
c) logy (a) = _______ = __
a
b) ] - ∞, 2] loga (y)5
c) - __1
__ 1
__
70. a) 5 b) 0 2 1
d) loga (y) = loga (√y ) = loga (y ) = __ loga (y) = __ * 5 = __
1 5
2
d) - 2 e) __1
2
2 2 2
6
continua

112 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
71 Admite que log (2) = c e que
4. Na figura está parte da representação gráfica da função f , de domínio log (3) = d . Exprime, em função
R+ , definida por f(x) = ln x (ln designa logaritmo de base e). de c e/ou d :
a) log (9) b) log (200)
y c) log (18) d) log (15)
f
B C
Resolução 72 Determina 5x , sabendo que:
A Exercício 73 (resolução
D
passo a passo) x = log5 (4) * log4 (3)
O 2 6 x
73 No referencial abaixo, estão
representados parte do gráfico
da função f definida por
Os pontos A e C pertencem ao gráfico da função f e são vértices de um
f(x) = loga (x - 2)
retângulo [ABCD] , de lados paralelos aos eixos do referencial.
e um retângulo que tem dois vér-
As abcissas de A e de C são 2 e 6, respetivamente. tices sobre o gráfico de f e um
lado contido no eixo Ox .
Qual é a área do retângulo [ABCD] ? y

Resolução

A área do retângulo [ABCD] é dada por AD ‾ * CD ‾ , sendo ‾


AD = 6 - 2 = 4 O f 5 x
e sendo ‾CD igual à diferença entre as ordenadas dos pontos C e D .
Então, ‾ 6 = ln (3) .
CD = f(6) - f(2) = ln (6) - ln (2) = ln (__ Determina a , sabendo que o
2) retângulo tem área 8.
Portanto, ‾
AD * ‾
CD = 4 * ln (3) = ln (34) = ln (81) .
74 Determina, em R , o domí-
Assim, a área do retângulo [ABCD] é igual a ln (81) . nio de cada uma das funções f
definidas por:
a) f(x) = log3 (x + 2)
5. Determina o domínio, em R , de cada uma das funções f definidas por:
b) f(x) = log3 (x 2 + 2)
log2 (1 - x)
a) f(x) = log3 (2 - x) - log ( x 2 ) b) f(x) = __________ c) f(x) = log5 ( | x - 3 | )
1 + ln (x) ____________
d) f(x) = √1 + log __1 (x - 2)
2
Resolução
e) f(x) = log5 (4 - x 2 )
+
a) Dado que o domínio das funções logaritmo é R , o domínio da função f x+1
f) f(x) = ln (____)
é D = {x å R : 2 - x > 0 ‹ x > 0} . 2 x-2
PROFESSOR
Tem-se: 2 - x > 0 ‹ x 2 > 0 § x < 2 ‹ x 0 0
Soluções
Portanto, D = ] - ∞, 2 [ \ {0} . 71. a) 2d b) c + 2

+
c) c + 2d d) d + 1 - c
b) Dado que o domínio das funções logaritmo é R e dado que não é x log5 (4)
log4 (3)
log4 (3)
72. 5 = ( 5 ) =4 =3
log2 (1 - x)
possível dividir um número por 0, o domínio da expressão __________ 4
__
1 + ln (x) 73. a = √3
é D = {x å R : 1 - x > 0 ‹ x > 0 ‹ 1 + ln (x) 0 0} .
74. a) ] - 2, + ∞ [ b) R
Tem-se: c) R \ {3} d) ] 2, 4]

1 - x > 0 ‹ x > 0 ‹ 1 + ln (x) 0 0 § x < 1 ‹ x > 0 ‹ ln (x) 0 - 1 § e) ] - 2, 2 [

§ x < 1 ‹ x > 0 ‹ x 0 e -1 f) ] - ∞, - 1 [ ∂ ] 2, + ∞ [
Mais sugestões de trabalho
1
Portanto, D = ] 0, 1 [ \ __
{e} . Exercícios propostos n.os 100 a 108
(pág. 136).
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 113


continuação
75 Determina o domínio de cada
uma das funções f e g defini- 6. Considera as funções reais de variável real f e g definidas por:
das por: f(x) = log (x) + log (x - 1) g(x) = log [x(x - 1)]
a) f(x) = ln (x + 2) + ln (x - 1) Mostra que a função f é uma restrição da função g .
g(x) = ln [(x + 2) (x - 1)]
Resolução
b) f(x) = log3 ( x 2 )
Df = {x å R : x > 0 ‹ x - 1 > 0} = ] 1, + ∞ [
g(x) = 2 log3 (x)
Dg = {x å R : x(x - 1) > 0} = ] - ∞, 0 [ ∂ ] 1, + ∞ [

Dado que:
• as duas funções têm conjunto de chegada igual (R);
Simulador
Geogebra: • Df ƒ Dg ;
Transformações de
gráficos de funções • Ax å Df , f(x) = g(x) (Propriedade 1)
logarítmicas
conclui-se que a função f é uma restrição da função g .

NOTA 7. Determina lim log2 (x) - log__1 (x) e lim log2 (x) * log__1 (x) .
x"0
+
( 2 ) x"+∞ ( 2 )
Observa os gráficos das funções lo-
Resolução
garitmo de base 2 e de base __
1 , de
2 lim (log2 (x) - log __1 (x)) = - ∞ - (+ ∞) = - ∞ - ∞ = - ∞
modo a melhor perceberes o exercí- x"0
+ 2
cio resolvido 7.
lim (log2 (x) * log __1 (x)) = + ∞ * (- ∞) = - ∞
y x " +∞ 2
y = log 2 (x)
log ( x 3) + 2x
8. Determina lim ___________ .
x"0 log (x)
+

O x Resolução
-∞
log ( x 3) + 2x ____ 3 log (x) + 2x 3 log (x) 2x
lim ___________ = lim ___________ = lim ________ + _______ =
-∞
y = log 1 (x)
log (x) log (x) x " 0 [ log (x) log (x) ]
+ + +
2 x"0 x"0

= lim 2x
3 + _______ 0 =3+0=3
= 3 + ____
Abreviadamente, é habitual escrever:
x"0
+
[ log (x) ] -∞
• Se a > 1 :
loga (+ ∞) = + ∞ 9. Resolve as equações seguintes.
+
loga (0 ) = - ∞
a) log (2x - 1) = log (x - 2) b) log6 (x) + log6 (x - 5) = 2
• Se 0 < a < 1 : c) 2 log3 (x) - log3 (x - 2) = 2
loga (+ ∞) = - ∞
+
loga (0 ) = + ∞ Resolução
a) Atendendo a que a função logaritmo decimal é injetiva, somos tenta-
76 Calcula os seguintes limites.
dos a escrever: log (2x - 1) = log (x - 2) § 2x - 1 = x - 2 § x = - 1
1
ln (__
x)
No entanto, substituindo x por - 1 na equação log (2x - 1) = log (x - 2) ,
a) lim _______
x"0
+
x obtém-se a expressão log (- 3) = log (- 3) , que não tem significado
1 porque não existe logaritmo de um número negativo.
b) lim x log __1 (__
x " +∞ ( 2 x ))
Portanto, as equações log (2x - 1) = log (x - 2) e 2x - 1 = x - 2 não
2 ln (x) + 1
c) lim _______ são equivalentes.
x " +∞ ln (x) + 3
A resolução da equação log (2x - 1) = log (x - 2) pode ser apresentada,
PROFESSOR por exemplo, de uma das seguintes formas:
Soluções Resolução 1
75. a) Df = ] 1, + ∞ [ log (2x - 1) = log (x - 2) § 2x - 1 = x - 2 ‹ 2x - 1 > 0 ‹ x - 2 > 0 §
Dg = ] - ∞, - 2 [ ∂ ] 1, + ∞ [ 1 ‹ x > 2 § x = -1 ‹ x > 2
§ x = - 1 ‹ x > __
b) Df = R \{0} ; Dg = R
+ 2
Portanto, a equação log (2x - 1) = log (x - 2) é impossível.
76. a) + ∞ b) + ∞ c) 2
continua

114 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
NOTA
Resolução 2 Na resolução de equações com lo-
Comecemos por determinar o domínio da expressão. garitmos, usam-se, frequentemente,
as equivalências:
D = {x å R : 2x - 1 > 0 ‹ x - 2 > 0} loga (x) = loga (y) § x = y
2x - 1 > 0 ‹ x - 2 > 0 § x > __1 ‹x>2§x>2 loga (x) = y § x = a y
2
bem como as propriedades operató-
Para x > 2 , ou seja, para x å ] 2, + ∞ [ , tem-se: rias. Em todas as situações, é im-
portante ter presente que só os nú-
log (2x - 1) = log (x - 2) § 2x - 1 = x - 2 § x = - 1
meros positivos têm logaritmo.
Dado que - 1 não pertence ao intervalo ] 2, +∞ [ , a equação é impossível.
77 Resolve as equações seguintes.
b) log6 (x) + log6 (x - 5) = 2 § log6 [x(x - 5)] = 2 ‹ x > 0 ‹ x - 5 > 0 §
a) log2 (x + 3) = log2 (1 - x)
§ x 2 - 5x = 62 ‹ x > 5 § x 2 - 5x - 36 = 0 ‹ x > 5 §
b) ln (2 - x) - ln (x - 4) = 0
§ (x = - 4 › x = 9) ‹ x > 5 § x = 9
c) log2 (x - 6) + 1 = log2 (3 - x)
C.S. = {9} d) log3 (x) + log3 (x - 8) = 2
c) Comecemos por determinar o domínio: {x å R : x > 0 ‹ x - 2 > 0} e) log6 (x + 4) - log6 (x - 1) = 1
x>0‹x-2>0§x>2 f) 2 ln (x) = ln (5) + ln (x + 1,2)
No intervalo ] 2, + ∞ [ , tem-se:
2 log3 (x) - log3 (x - 2) = 2 § log3 ( x 2) = 2 + log3 (x - 2) §
§ log3 ( x 2) = log3 ( 32) + log3 (x - 2) § log3 ( x 2) = log3 [9(x - 2)] §
§ x 2 = 9x - 18 § x 2 - 9x + 18 = 0 § x = 3 › x = 6
O número 3 e o número 6 são solução da equação dada, pois são
ambos maiores do que 2.
C.S. = {3, 6} NOTA
Na resolução de inequações com lo-
garitmos, para além do domínio e
10. Resolve as inequações seguintes. das propriedades operatórias, tem
de ter-se em consideração que a
a) log__1 (2 - x) ≤ log__1 (x) b) log3 (x - 1) < 2
2 2 função logaritmo de base a :
c) log2 (x) ≤ 4 - log4 (x) d) 2 log2 (x + 1) - log2 (x + 5) ≤ 1 • é crescente se a > 1 ;
• é decrescente se 0 < a < 1 .
e) x ln (x) ≥ 2 ln (x)
Calculadoras gráficas
Resolução Casio fx-CG 20 ...... pág. 190
a) O domínio, neste caso, é {x å R : 2 - x > 0 ‹ x > 0} = ] 0, 2 [ . TI-84 C SE / CE-T .... pág. 196
TI-Nspire CX .......... pág. 202
Para x å ] 0, 2 [ , tem-se:
NOTA
* 2 - x ≥ x § - 2x ≥ - 2 § x ≤ 1
log __1 (2 - x) ≤ log __1 (x) ⇔
2 2
* Dado que 0 < __
1 < 1 , a função lo-
2
O conjunto-solução é ] 0, 2 [ © ] - ∞, 1] . garitmo de base __
1 é decrescente.
2
C.S. = ] 0, 1]
2
b) log3 (x - 1) < 2 § log3 (x - 1) < log3 3 §
§ x - 1 < 32 ‹ x - 1 > 0 § x < 10 ‹ x > 1 § x å ] 1, 10 [
C.S. = ] 1, 10 [ PROFESSOR
Soluções
Frequentemente, escreve-se, imediatamente, a equivalência
77. a) C.S. = {- 1} b) C.S. = ∅
log3 (x - 1) < 2 § x - 1 < 32 ‹ x > 1 , não apresentando a substituição
de 2 por log3 ( 32 ) , que se considera implícita. c) C.S. = ∅ d) C.S. = {9}
e) C.S. = {2} f) C.S. = {6}
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 115


continuação
78 Resolve as inequações se-
guintes e apresenta o conjunto- c) log2 (x) ≤ 4 - log4 (x) § log2 (x) + log4 (x) ≤ 4 §
-solução usando a notação de log2 (x) log2 (x)
intervalos de números reais. § log2 (x)+ _______ ≤ 4 § log2 (x) + _______ ≤4§
log2 (4) 2
a) log2 (x) < log2 (5)
b) log 1__ (x) < log 1__ (5) § 2 log2 (x) + log2 (x) ≤ 8 § 3 log2 (x) ≤ 8 §
2 2
8
__ 3
__
c) log3 (1 - x) ≤ 2 8 § x ≤ 23 ‹ x > 0 § x ≤ √
§ log2 (x) ≤ __
8
2 ‹x > 0 §
d) log (x + 2) + log (x + 3) >
3
__
> log (12) 3
§ x ≤ 4√4 ‹ x > 0
e) log81 (x 2) ≤ __
1 __
3
2 C.S. = ] 0, 4√4 ]

d) Comecemos por determinar o domínio da condição

2 log2 (x + 1) - log2 (x + 5) ≤ 1 .
D = {x å R : x + 1 > 0 ‹ x + 5 > 0} = ] - 1, + ∞ [
Vamos indicar três formas de apresentar a resolução, tendo já em conside-
ração que x å ] - 1, + ∞ [ .
Resolução 1
2
2 log2 (x + 1) - log2 (x + 5) ≤ 1 § log2 (x + 1) ≤ 1 + log2 (x + 5) §
2
§ log2 (x + 1) ≤ log2 (2) + log2 (x + 5) §
2 2
§ log2 (x + 1) ≤ log2 (2x + 10) § (x + 1) ≤ 2x + 10 §
§ x 2 + 2x + 1 ≤ 2x + 10 § x 2 - 9 ≤ 0 § x å [- 3, 3]
C.S. = [- 3, 3] © ] - 1, + ∞ [ = ] - 1, 3]
Resolução 2
2
2 log2 (x + 1) - log2 (x + 5) ≤ 1 § log2 (x + 1) - log2 (x + 5) ≤ 1 §
2 2
(x + 1) (x + 1)
§ log2(______) ≤ 1 § ______ ≤ 2 §
x+5 x+5
x 2 + 2x + 1 - 2 (x + 5) x2 - 9
§ _________________ ≤ 0 § _____ ≤ 0
x+5 x+5
Vamos resolver esta condição, em R , recorrendo a um quadro de
variação de sinal.

Cálculos auxiliares
x2 - 9 = 0 § x = - 3 › x = 3 x + 5 = 0 § x = -5

x -∞ -5 -3 3 +∞
x -9
2
+ + + 0 - 0 +

x+5 - 0 + + + + +
x -9
2
______ - n.d. + 0 - 0 +
x+5
PROFESSOR
x2 - 9
Soluções
Portanto, _____ ≤ 0 § x å ] - ∞, - 5 [ ∂ [- 3, 3]
78. a) ] 0, 5 [ b) ] 5, + ∞ [ x+5
c) [ - 8, 1 [ d) ] 1, + ∞ [ C.S. = (] - ∞, - 5 [ ∪ [- 3, 3] ) © ] - 1, + ∞ [ = ] - 1, 3]
e) [ - 3, 0 [ ∂ ] 0, 3]
continua

116 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
79 Resolve as inequações se-
Resolução 3 guintes e apresenta o conjunto-
x2 - 9
Tal como na resolução 2, chegamos à condição ______ ≤ 0 . Embora se -solução usando a notação de
x+5 intervalos de números reais.
trate de uma inequação fracionária, podemos resolvê-la sem construir
a) log2 (x - 1) ≥ 1 + log2 (2 - x)
um quadro de sinais atendendo a que, no domínio da inequação,
b) log2 (x - 1) ≤ 5 - log2 (13 - x)
a expressão x + 5 só toma valores positivos.
c) 2 log __1 (x + 1) ≤ log __1 (x) - 1
4 4
Tem-se, portanto: d) x ln (2 - x) ≥ 2x
2-x
x2 - 9
______ ≤ 0 ‹ x å ] - 1, + ∞ [ § x2 - 9 ≤ 0 ‹ x å ] - 1, + ∞ [ e) _____ ≤ 0
x-5 log (x)
§ x å [- 3, 3] © ] - 1, + ∞ [ f) log2 (x + 1) · log _1 (6 - 3x) ≥ 0
3

C.S. = ] - 1, 3]
+
e) O domínio é R .

x ln (x) ≥ 2 ln (x) § x ln (x) - 2 ln (x) ≥ 0 § (x - 2) ln (x) ≥ 0

Cálculos auxiliares
ln (x) = 0 § x = 1 x-2=0§x=2

x 0 1 2 +∞

ln (x) - 0 + + +

x-2 - - - 0 +

(x - 2) ln (x) + 0 - 0 +

C.S. = ] 0, 1] ∂ [ 2, + ∞ [

Observação
Nas resoluções que apresentámos, usámos, frequentemente, propriedades
algébricas dos logaritmos, nomeadamente, por exemplo, quando substi-
tuímos log6 (x) + log6 (x - 5) por log6 [x(x - 5)] , ou quando substituímos
2
2 log2 (x + 1) por log2 (x + 1) .
Nestas situações tivemos sempre em consideração os domínios das
expressões iniciais, domínios esses que estavam contidos nos domínios PROFESSOR
das expressões seguintes. Soluções

79. a) __, 2
5
A situação inversa, em que se substitui uma expressão por outra que tem [3 [
o domínio estritamente contido no primeiro, pode conduzir a resoluções
b) ] 1, 5] ∂ [ 9, 13 [
erradas, como se exemplifica em seguida.
c) ] 0, + ∞ [
A equação log3 ( x 2) = 2 tem como soluções os números - 3 e 3, pois: d) [2 - e2 , 0]
2
log3 ( x 2) = 2 § x 2 = 3 § x 2 = 9 § x = - 3 › x = 3 e) ] 0, 1 [ ∂ [ 2, + ∞ [

f) ] - 1, 0] ∂ __, 2
5
Se substituirmos log3 (x 2) por 2log3 (x) , obtemos a equação 2log3 (x) = 2 [3 [
que tem apenas a solução 3:
2 log3 (x) = 2 § log3 (x) = 1 § x = 3 Mais sugestões de trabalho
Exercícios propostos n.os 109 a 120
Ou seja, «perdeu-se» uma solução! (págs. 137 a 139).

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 117


Teste 5 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1. Seja f a função bijetiva, de domínio ] - 4, + ∞ [ , definida por:

f(x) = 2 log4 (x + 4)

5 Qual dos pontos seguintes pertence ao gráfico da função inversa de f ?

(A) A(1, 0) (B) B(1, 2)

+
(C) C(1, - 2) (D) D(1, - 1)

2. Considera a função f , de domínio R , definida por f(x) = log2 (x) . O ponto P


é o ponto do gráfico que tem ordenada __

1
1 . Qual é a abcissa do ponto P ?
2
1__
__
(A) 2 (B) __ (C) __ (D) √2
2 √2

3. Sejam a e b dois números reais positivos. Sabe-se que ln (ab) = k e que


ln ( a3) = 6k .
a
Qual é o valor de ln (__) ?
b
(A) - 2 (B) 2 (C) k (D) 3k

+
4. No referencial da figura está representada a função f , de domínio R ,
definida por f(x) = ln (x) .
y
f
D C

O A B x

Os pontos A e C pertencem ao gráfico da função e são vértices do retân-


gulo [ABCD] , cuja aresta [AB] está contida no eixo Ox .

Seja c a abcissa do ponto C .

A área do retângulo [ABCD] é dada por:


PROFESSOR (A) c ln (c) (B) (c - e) ln (c) (C) ln ( cc - 1 ) (D) c ec
Soluções
1. (C)
5. No desenvolvimento de (3x + 2)4 há um termo cuja parte literal é x3 .
2. (D)
3. (D) Qual é o coeficiente numérico desse termo?
4. (C) (A) 214 (B) 216 (C) 218 (D) 220
5. (B) Ajuda

118 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1 + ln (3x)
1. Considera a função f , de domínio ] 0, + ∞ [ , definida por f(x) = _________ .
x
Resolve, por processos analíticos, as alíneas a) a d).
a) Determina, caso existam, os zeros da função f .
b) Calcula lim f(x) .
x"0 n
1
c) Seja ( un ) a sucessão de termo geral un = 1 - __
( n) .
1 = ln ( 3e ) e determina o limite da sucessão (f( u )) .
Mostra que f (__
e) n

d) Resolve a condição x f(x) ≥ ln (e - ex) e apresenta o conjunto-solução


recorrendo à notação de intervalos.
e) Sejam A e B os pontos do gráfico da função f que têm ordenada igual
à abcissa. Determina a área do quadrado de que uma diagonal é o seg- PROFESSOR
mento de reta [AB] . Soluções
Recorre a uma calculadora gráfica para resolver este item. Apresenta os 1. a) ___
1
gráficos que te permitiram obter a resposta, bem como as coordenadas 3e
b) - ∞
dos pontos relevantes, com três casas decimais.
c) ln (3e)
Apresenta o valor pedido arredondado às décimas.
d) _1 , 1
[4 [
2. Considera a função f definida por f(x) = e x - e x2 - 2 .
2

e) 2,2 (u.a.)
Determina, recorrendo ao estudo da monotonia da função, o conjunto dos
valores de k para os quais a equação f(x) = k é impossível.

3. O tempo h , em horas, que uma bebida tirada do frigorífico a uma tempera-


tura de T graus Celsius demora a atingir a temperatura ambiente, A graus
A - T , sendo 0 < T < A - 2 .
Celsius, pode ser dada pela função h = 2log2(_____
2 ) 2. ] - ∞, - 2 [
a) Determina A sabendo que uma bebida que foi tirada do frigorífico a 3. a) 34 °C
uma temperatura de 2 graus Celsius demorou 8 horas a atingir a tempera-
4. y = __1 x + __
5
tura ambiente. 2 4
b) Supondo que A = 9T , mostra que h = 4 + log2(T ) .
2
5. a) 8C6 * 12C3 = 6160
12
C3 * 6C6 ___
+
4. Acerca de uma função g sabe-se que tem domínio R , não tem zeros e a reta b) 1 - _ = 27
8
C6 * 12C3 28
de equação y = 2x - 3 é assíntota ao seu gráfico. Seja f a função definida
x2 + x . Mostra que existe uma assíntota oblíqua ao gráfico de f
por f(x) = _____
g(x)
e determina a sua equação reduzida.
Resolução
5. Uma rádio local recebeu 20 pedidos para transmitir músicas, todas diferentes,
das quais vai escolher nove. Apenas 40% dos pedidos são de músicas portu-
guesas. A emissora, no entanto, faz questão de passar música portuguesa e
estrangeira na proporção de 2 para 1.
a) Mostra que há 6160 modos diferentes para fazer a seleção das nova músicas.
b) Supondo que o Pedro pediu duas músicas portuguesas, qual é a probabili-
dade de ouvir pelo menos uma delas, admitindo que a escolha das músicas
pela emissora é aleatória, dentro do critério estabelecido?

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 119


Funções derivadas das funções exponenciais
e das funções logarítmicas
Simulador Já sabemos que ( ex) ' = ex .
Geogebra: Derivada
da função exponencial Vamos agora obter uma expressão da função derivada da função exponencial de
e derivada da função base a (a > 0 e a 0 1).
logarítmica
Geogebra: Derivada da Dado k å R+ , tem-se k = e ln (k) . Então, se k = ax , tem-se ax = e ln (a ) . Aplicando x

função inversa a propriedade 5, relativa a logaritmos, conclui-se que ax = e x ln (a) = e ln (a)x .

RECORDA Seja f(x) = ax . Então, f(x) = e ln (a) x e, aplicando a regra de derivação da função
(f ∘ g) '(x) = g '(x) * f '(g(x)) composta, tem-se:
f '(x) = (e ln (a) x)' = (ln (a) x)'e ln (a) x = ln (a) e ln (a) x = ln (a) ax
Portanto:

Se f(x) = ax , então Ax å R, f '(x) = ln (a) f(x) = ln (a) ax

Repara que, se aplicarmos esta regra para calcularmos a derivada da função


(ax)' = ax · ln (a)
exponencial, obtemos o resultado que já conhecemos, pois ln (e) = 1 .

80 Determina uma expressão para EXEMPLOS


f '(x) e os zeros de f ' , sendo:
1. (3 )' = ln (3)3
x -x
x x
a) f(x) = 2 + 2
)' = ( x 2 + 1) ' · ln (5) · 5x
x2 + 1 +1
= 2x · ln (5) · 5x + 1 = 2 ln (5) x 5x + 1
1
__ 2 2 2
2. (5
b) f(x) = x * 3 x
(neste caso, aplicamos também a regra para derivar a função composta)

81 ln (x)
Para obter a função derivada da função logaritmo neperiano, comecemos por
Determina lim _____ e ex - 1
x"1 x - 1 observar que o limite notável lim _____ = 1 permite concluir que:
x + 2 , recorrendo a: x
lim ________
x"0
x " -2 ln (x + 3) ln (y + 1)
ex - 1 lim ________ = 1
a) lim _____ = 1 y"0 y
x"0 x
ln (x + 1) Seja y = ex - 1 . Então, x = ln (y + 1) e x " 0 ± y " 0 .
b) lim ________ = 1
x"0 x ex - 1 y ln (y + 1)
Assim, lim _____ = 1 ± lim ________ = 1 ± lim ________ = 1 .
x"0 x y " 0 ln (y + 1) y→0 y
ln (y + 1)
Vamos ver como o resultado lim ________ = 1 é útil para obter a função deri-
y"0 y
PROFESSOR
vada da função f definida por f(x) = ln (x) .
Soluções x+h
x -x
80. a) 2 ln (2) - 2 ln (2) = ln (____)
f(x + h) - f(x) ln (x + h) - ln (x) x
x -x
= ln (2) ( 2 - 2 ) ; 0
f '(x) = lim ___________ = lim ______________ = lim _________ =
h"0 h h"0 h h"0 h
__1 __1
b) 3 - x * ____
1 * 3 x ln (3) =
h 0 h
ln (1 + __ ln (1 + __
x

x2
x ) __
x) 1 ln (1 + y) 1 1 = __
1
= lim _________ = lim _________ * __ = lim ________ * __ = 1 * __
__1 0
x - ln (3)
= 3x * _______ ; ln (3) h"0 h h
__ " 0 h
__ x y= h
__ y " 0 y x x x
x x x
x
ln (x) Portanto:
81. lim _____ = 1
x"1 x - 1

x+2 =1 1.
Se f(x) = ln (x) , então Ax å R , f '(x) = __
+
lim _____ x
x " - 2 ln (x + 3)

120 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


ln (x)
Tendo em consideração que loga (x) = ______ , conclui-se que:
ln (a) ln ' (x) = __
1
x
ln (x) ' 1 ln ' (x) = _____
1 ⋅ __ 1
1 = _______ log 'a (x) = 1______
log 'a (x) = ______ = _____
( ln (a) ) ln (a) ln (a) x ln (a) x x ln (a)

Portanto: NOTA
ln ' (x) também se escreve (ln (x)) ' e
+ 1
Se f(x) = loga (x) , então Ax å R , f '(x) = ______ . log 'a (x) também se escreve
x ln (a)
[loga (x)]' .

EXEMPLOS

1
1. lo g '2 (x) = _______ , x > 0
ln (2) x NOTA
1 = 2x * _____
2. ln '( x2 + 1) =* ( x2 + 1) ' * _____
1 = _____
2x * Aplicando a regra de derivação da
x2 + 1 x2 + 1 x2 + 1 composta de funções.

Completamos a lista de «regras de derivação» com a função derivada da função 82 Seja f uma função diferenciá-
definida por f(x) = xa , com a å R e x > 0 . Esta função é diferenciável e vel tal que A x å Df , f(x) > 0 .
f '(x) = a x a - 1 , fórmula esta que generaliza a que já conhecias para a å Q . Mostra que:
f '(x)
a) [ln (f(x))] ' = ____
+ f(x)
Se f(x) = xa , a å R , então Ax å R , f '(x) = a x a - 1 .
f '(x)
b) [loga (f(x))] ' = _________
f(x) ln (a)
Este resultado pode justificar-se escrevendo xa na forma e a ln (x) .

1 * xa = a * x a - 1 .
Assim, ( xa) ' = (e a ln (x))' =* (a ln (x)) 'e xln (a) = a * __
83 Determina uma expressão
x para f '(x) e os zeros de f ' , sendo:
x
a) f(x) = _____
ln (x)
b) f(x) = ln (ex + 1)
Exercício resolvido 1 - log (x)
c) f(x) = _________
Determina uma expressão da função derivada da função f , sendo: x
2
log2 (x + 1) ln (x)
a) f(x) = x ln (2x) b) f(x) = __________ c) f(x) = ( x 2 + 1)
π
d) f(x) = ______
x+1 x
Resolução
a) f '(x) = (x ln (2x)) ' = x ' * ln (2x) + x * (ln (2x)) ' =
1 = ln (2x) + 1
= ln (2x) + x * 2 * ___
2x
log2 (x + 1) ' (log2 (x + 1))' * (x + 1) - log2 (x + 1) * (x + 1) '
b) f '(x) = (__________) = _______________________________________ =
x+1 (x + 1)
2 PROFESSOR
Soluções
1
__________ 1 - log (x + 1)
* (x + 1) - log2 (x + 1) ______ ln (x) - 1
(x + 1) ln (2) ln (2) 2
83. a) _______2 ; e
= ____________________________
2
= ________________
2
= [ln (x)]
(x + 1) (x + 1) ____
ex
b) x ; f ' não tem zeros
log2 (e) - log2 (x + 1) e +1
= ________________ log (x) - log (e) - 1
c) _____________ ; 10e
2
(x + 1)
x2
c) f '(x) = [( x 2 + 1) ]' = ( x 2 + 1) ' * π * ( x 2 + 1)
π π-1 π-1 ln (x) (2 - ln (x))
= 2πx ( x 2 + 1) d) ____________ ; 1 e e2
x2

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 121


RECORDA
Já referimos como «limite notável»
Mais limites notáveis
uma situação de indeterminação do
tipo __ envolvendo a função expo-
0 +
Já sabes que lim ex = + ∞ , lim ln (x) = + ∞ e lim x k = + ∞ , se k å R .
0 x " +∞ x " +∞ x " +∞
ex - 1
nencial: lim _____ = 1
x"0 x
Pode-se provar (exercício 84) que:
PROFESSOR
Gestão curricular ex
__
lim = + ∞, k å R
Todos os alunos devem saber que x " +∞ xk
lim __ = + ∞ . No entanto, a respetiva
ex
x " +∞ x k

demonstração é facultativa, não sendo, Este limite é referido como limite notável*.
portanto, exigível aos alunos.
Em particular, tem-se lim __ ex = + ∞ , o que permite concluir que:
NOTA x " +∞ x

*  Só se trata de uma situação de


indeterminação no caso de k ser ln (x)
positivo. lim _____ = 0
x " +∞ x

Justificação

Considerando y = ex , tem-se: x = ln (y) e x " + ∞ ± y → + ∞ .

Então,
ex y ln (y)
lim __ = + ∞ ± lim _____ = + ∞ ± lim _____ = 0
x " +∞ x y " +∞ ln (y) y " +∞ y

Os dois limites que destacámos, ambos referidos como limites notáveis, tradu-
zem, formalmente, o que se pode sugerir, em linguagem corrente, afirmando que
a função «exp» cresce mais rapidamente do que qualquer potência de x e que
84 a) Prova que
a função «ln» cresce mais lentamente do que x .
Ax ≥ 1, ( ex - x) ' > 0
e deduz que Ax ≥ 1, ex - x > 0 . Observa as tabelas abaixo.
b) Tendo em conta a conclusão A primeira, evidencia que a exponencial se torna muito superior à potência x 3
obtida em a), verifica que para valores elevados de x (os valores da exponencial são valores arredon-
x2 '
Ax ≥ 1, (ex - __) > 0 e de- dados).
2
duz que Ax ≥ 1, ex - __ x2 > 0 .
2 A segunda, evidencia que o logaritmo neperiano cresce muito lentamente para
c) Recorre a b) para concluir valores positivos de x , mesmo se o crescimento for comparado com o cresci-
ex x
que Ax ≥ 1, __ > __ e deduz mento de x .
x 2
ex
que lim __ = + ∞ .
x " +∞ x
+
x 1 2 3 … 10 … 20 … 60 …
d) Seja k å R .
Tem em consideração que e x
2,718 7,389 20,086 … 22 026,466 … 4,851 * 10 8
… 1,142 * 10 26

x k
__
k
⎛ __xk ⎞k x3 1 8 27 … 1000 … 8000 … 216 000 …
e e
⎜ ⎟
e
x
__ = __ = __ ___ 1
xk ( x ) kk __ x
⎝k⎠
e conclui que x 1 2 3 … 10 … 100 … 5000 …
ex
lim __k = + ∞ ln (x) 0 0,693 1,099 … 2,303 … 4,605 … 8,517 …
x " +∞ x

122 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Exercícios resolvidos
85 Calcula, caso existam, os se-
1. Calcula os limites seguintes. guintes limites.
__ ln ( x 2 )
e + ______
x
x
___3
ex + e-x
a) lim b) lim a) lim ______
x " +∞ ( x 3 x ) x " +∞ e 2x x " +∞ x
ln (2x + 1) e x+1
_____
b) lim
c) lim _________ d) lim [5x - 3 ln (x)] x " +∞ e x + x
x " +∞ x+3 x " +∞
x2
c) lim _____
e) lim ( x 2 ex ) f) lim (x ln (x)) x " +∞ 2 e 0,1x
x " -∞ x"0
+

2
ln ((x + 1) )
Resolução d) lim ___________
∞ ___
___ ∞
2x + 1
x " +∞

e ln ( x 2 )
x
ex ln ( x 2 ) ∞ + ∞
a) lim (__3 + ______) = lim __3 + lim ______ = 2
e) lim x ln (__)
x " +∞ x x x " +∞ x x " +∞ x x"0 [ x ]
+

ln (x) f) lim [x - ln (x)]


= + ∞ + 2 lim ______ = + ∞ + 2 * 0 = + ∞ x " +∞
x " +∞ x
loga (x)

___ 3 g) lim _______
x (2x) __
1 * lim _____ x " +∞ x
___ = __ 1
= 1 * _________
3 ∞
b) lim =
x " +∞ e 2x 8 e 8 e 2x 2x = y
lim _____3
x " +∞ 2x

x " +∞ (2x)

= __ 1
1 * _______ 1 * ____
= __ 1 = __ 1*0=0
8 ey 8 + ∞ 8
__
lim
y " +∞ y 3


___
ln (2x + 1) ∞ ln (2x + 1) 2x + 1
c) lim _________ = lim (_________ * _____) =
x " +∞ x+3 x " +∞ 2x + 1 x+3
ln (2x + 1) 2x + 1 ln (y)
= lim _________ * lim _____2x +=1 = y lim ____ * 2 = 0 * 2 = 0
x " +∞ 2x + 1 x " +∞ x + 3 y " +∞ y
ln (x)
x * (5 - 3 ______)] =
∞-∞
d) lim
x " +∞
[5x - 3 ln (x)] = lim
x " +∞ [ x
ln (x)
= lim [x * (5 - 3 lim ______ )] = + ∞ * (5 - 3 * 0 ) = + ∞ * 5 = + ∞
x " +∞ x " +∞ x

___
x 2 ∞ _________
1 1 1 =0
e) lim ( x 2 ex ) = lim ___ = _______ ____
∞*0
= y =
-x -x -x = y
e e e +∞
lim _____2 lim __2
x " -∞ x " -∞
x " -∞ (- x) y " +∞ y

1
- ln (__
x)

___
ln (x) ln (y)
= lim ______ = lim ________ 1= - lim _____ = 0
0 * (-∞) ∞
f) lim (x ln (x))
x"0
+
x"0 1
__ +
x"0 1
__ __ = y y " +∞
+
y
x
x x

2. Calcula os limites seguintes, tendo em consideração que, se u é um


número positivo e diferente de 1 e v é um qualquer número real, tem-se
RECORDA
uv = e vln (u).
Se x > 0 e a > 0 e a 0 1 , tem-se
x
2
a) lim __ b) lim ( xx ) x = alog (x) ; em particular, x = eln (x) .
a

x " +∞ x x"0
+
Portanto, uv = eln (u ) = ev ln (u) .
v

Resolução

PROFESSOR
x ___
e xln (2)
a) lim __ = lim _____ = ln (2) * lim _______
2 ∞ e xln (2) = Soluções
x " +∞ x x " +∞ x x " +∞ x ln (2) x ln (2) = y
85. a) + ∞ b) e c) 0
e y d) 0 e) 0 f) + ∞
= ln (2) * lim __ = ln (2) * (+ ∞) = + ∞ ln (x) _____
y " +∞ y g) lim _____ * 1 =0
x " +∞ x ln (a)
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 123


continuação
86 Calcula, caso existam, os 0 * (- ∞)

seguintes limites. 0
0 lim ( x ln (x) )
b) lim ( xx ) = lim ( e x ln (x)) = e
+
x"0
x
1
a) lim x * (__)
x"0
+
x"0
+

x " +∞ [ 2 ]
1
__
Na alínea f) do exercício resolvido 1, provámos que lim (x ln (x)) = 0 . +
x"0
b) lim x x
x " +∞ Portanto, lim ( x ) = e = 1 .
+
x 0
x→0

A estratégia que utilizámos no exercício 2 pode ser usada para calcular limi-
tes de algumas sucessões.

3. Calcula os seguintes limites de sucessões.


2n - 1
_____ 2n + 1
_____
3n - 2 n + 1 3 n 2 - 2 2 - 3n
a) lim _____ b) lim ______
( 4n + 1 ) ( n+3 )
Resolução
2n - 1
_____ 3n - 2
2n - 1 ln _____
_____
3n - 2 n + 1
a) lim _____
n + 1 ( 4n + 1 )
( 4n + 1 ) = lim (e )

_____ 3n - 2 = lim _____


2n - 1 ln _____ 2n - 1 3n - 2
_____
Ora, lim
[( n + 1 ) ( 4n + 1 )] ( n + 1 ) * lim (ln ( 4n + 1 )) .
3n - 2 = __
Dado que lim (_____ 3 e dado que a função «ln» é contínua,
87 Sejam (x ) e (y ) duas suces- 4n + 1 ) 4
n n
sões tais que: 3n - 2
conclui-se que lim ln (_____ 3 .
= ln (__
( 4n + 1 )) 4)
• An å N, xn > 0
• lim xn = a, a å R+ Então, lim _____ 3n - 2 = 2 * ln __
2n - 1 ln _____ 3
[( n + 1 ) ( 4n + 1 )] (4) .
• lim yn = b, b å R
Mostra que lim (xny ) = a b . n A continuidade da função «exp» permite, agora, concluir que:
2
_____ 3n - 2
2n - 1 ln _____ 3 3
( 4n + 1 ) 2 * ln (__) ln (__) 2
lim (e
n+1
)=e 4
= (e
4 3
) = __ 9
___
88 Usa o resultado do exercício ( 4 ) = 16
87 para calcular:
2n + 1
_____ 2n + 1 3n 2 - 2
2n - 1
_____ _____ ______
3 n 2 - 2 2 - 3n ln
b) lim ______ (e 2 - 3n ( n+3 )
n + 2 n+3
lim (_____ = lim )
2n + 3 ) ( n+3 )
3n2 - 2
2n + 1 * ln ______
Concentremos a atenção no cálculo de lim _____ ( n + 3 )] .
[ 2 - 3n
89 Calcula:
n2 + 1
_____
n + 2 2 - 3n lim _____ 3n2 - 2
2n + 1 * ln ______ 2n + 1
_____ 3n2 - 2
______
lim (_____ ( n + 3 )] = lim 2 - 3n * lim [ln ( n + 3 )]
2n + 3 ) [ 2 - 3n

3 n 2 - 2 = + ∞ e que lim (ln (x)) = + ∞ , conclui-se


Ora, dado que lim ______
PROFESSOR n+3 x " +∞

Soluções 3n2 - 2 = + ∞ .
que lim ln ______
86. a) 0 b) 1 [ ( n + 3 )]

88. __1 Assim, lim _____ 3n2 - 2


2n + 1 * ln ______ 2
__
4 [ 2 - 3n ( n + 3 )] = - 3 * (+ ∞) = - ∞ .
89. + ∞
Finalmente, dado que lim ex = 0 , pode-se concluir que:
x " -∞
Mais sugestões de trabalho 2n + 1
_____
3 n 2 - 2 2 - 3n
lim (______) =0
os
Exercícios propostos n. 121 a 129
(págs. 139 e 140). n+3

124 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Problemas resolvidos
1. Estuda a função f definida por f(x) = x 2 e-x quanto ao domínio, interva- NOTA
los de monotonia* e existência de extremos relativos; em relação ao grá- * Como é habitual, pretendem-se os
fico da função, estuda o sentido das concavidades* e existência de assín- intervalos «maximais» relativos à
monotonia da função e às concavi-
totas. Conclui qual é o contradomínio da função. dades do gráfico.
Resolução
Domínio: o domínio é R .
Monotonia e extremos: vamos obter a função derivada e os seus zeros.
f '(x) = (x 2 e-x)' = 2x e-x + x 2(- 1)e = 2x e-x - x 2 e-x
-x

f '(x) = 0 § 2x e-x - x 2 e-x = 0 § x e-x (2 - x) = 0 §


§ x = 0 › e-x = 0 › 2 - x = 0 § x = 0 › x = 2
⏟equação
impossível
Como a função é diferenciável em R , os extremos só podem ocorrer
em 0 e em 2.
Atendendo a que e-x só toma valores positivos, o sinal de f ' coincide
com o sinal de x(2 - x) .
Vamos resumir, num quadro, a variação de sinal da derivada e a sua
relação com a monotonia da função f .

x -∞ 0 2 +∞ 90 Determina expressões para


Sinal e zeros de f ' - 0 + 0 - f '(x) e f "(x) e os zeros de cada
uma das funções, f ' e f " , sen-
Monotonia e Mín. Máx. do f a função definida por:
¢ £ ¢
extremos de f rel. rel.
a) f(x) = 2(e0,5x + e-0,5x )
A função é decrescente em ] - ∞, 0] e em [ 2, + ∞ [ e é crescente b) f(x) = 3x e-0,2x
em [0, 2] . ln (x)
c) f(x) = _____
4 é máximo
4 ; portanto, 0 é mínimo relativo e __ x
f(0) = 0 e f(2) = __ x
d) f(x) = ______
e2 e2 ln (2x)
relativo.

Sentido das concavidades e pontos de inflexão: vamos obter a segunda


derivada.
PROFESSOR
f "(x) = (2x e-x - x 2e-x)' = 2 e-x + 2x(- 1) e-x - (2x e-x + x 2(- 1)e-x) = Soluções
= 2 e-x - 2xe-x - 2xe-x + x e = e-x(x 2 - 4x + 2)
2 -x
90. a) f '(x) = e0,5x - e-0,5x ; 0
__ __ f "(x) = 0,5(e0,5x + e-0,5x) ;
f "(x) = 0 § x2 - 4x + 2 = 0 § x = 2 - √2 › x = 2 + √2
f " não tem zeros
A variação de sinal de f " coincide com a variação de sinal da função b) f '(x) = e-0,2x (3 - 0,6x) ; 5
definida por x 2 - 4x + 2 , pois e-x só toma valores positivos. Então,
f "(x) = e-0,2x (0,12x - 1,2) ; 10
tem-se: 1 - ln (x)
c) f '(x) = ________ ; e
__ __ x2
x -∞ 2 - √2 2 + √2 +∞ 2 ln ( x)-3
__
3

f "(x) = _________ ; e 2
x3
Sinal e zeros de f " + 0 - 0 +
ln (2x) - 1 __
d) f '(x) = _________
e
;
Concavidades e pontos de 8 P.I. { P.I. 8 ln2 (2x) 2
inflexão do gráfico de f 2 - ln (2x) __
f "(x) = _________
e2
;
x ln3 (2x) 2
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 125


continuação

Assíntotas: a função é contínua em R e, portanto, o gráfico não tem


assíntotas verticais.
NOTA A decisão de procurar uma assíntota horizontal ou uma assíntota não
Caso tivéssemos optado por estu- vertical (que poderá ser horizontal ou oblíqua) pode ser tomada arbi-
dar a existência de assíntota não trariamente, ou pode resultar de algum conhecimento prévio acerca
vertical, teríamos começado por das funções envolvidas. Neste caso, vamos começar por investigar a
f(x)
calcular lim ____ e concluído que existência de assíntota horizontal, em + ∞ .
x → +∞ x
x2 1 1 =0
lim f(x) = lim (x 2 e-x) = lim __x = ______ = _____
∞*0
este limite é 0. O passo seguinte se-
x " +∞ e e x
+ ∞
lim __2
x " +∞ x " +∞
ria calcular lim [f(x) − 0x] , ou x " +∞ x
x → +∞
seja, lim f(x) .
x → +∞ Conclui-se, portanto, que a reta de equação y = 0 é assíntota horizon-
tal ao gráfico de f quando x " + ∞ .
Estudemos agora a existência de assíntotas quando x " - ∞ .
f(x) x 2 e-x
lim ____ = lim ____ = lim (x e-x) = - ∞ * (+ ∞) = - ∞
x"-∞ x x"-∞ x x"-∞

Não existem assíntotas ao gráfico de f quando x " - ∞ .


Contradomínio: o estudo da monotonia da função, conjugado com o
facto de Ax å R, f(x) ≥ 0 , permite concluir que 0 é mínimo absoluto.
Para obtermos o contradomínio da função, vamos calcular lim f(x) .
x " -∞
2
lim f(x) = lim ( x 2 e-x) = (- ∞) * e+∞ = + ∞ * (+ ∞) = + ∞
x " -∞ x " -∞

Dado que a função é contínua, o teorema de Bolzano-Cauchy permite


concluir que o contradomínio da função é [ f(0), + ∞ [ , ou seja,
D 'f = [ 0, + ∞ [ .
⎧2x + 1 + ex se x ≤ 0
91 Faz um estudo análogo ao do ⎪

2. Estuda a função f definida por f(x) = ⎨_________


3x + ln (x) quanto ao
texto para a função f , definida


se x > 0
por: x
domínio, continuidade, intervalos de monotonia e existência de extremos
a) f(x) = ex(x2 - x)
1
__
relativos; em relação ao gráfico da função, estuda o sentido das concavi-
b) f(x) = x e x dades e existência de assíntotas.
3 Resolução
c) f(x) = ________
1 + 2e-2x
Domínio, continuidade e diferenciabilidade
2x
________ O domínio é R . A função pode não ser contínua no ponto 0 e é con-
d) f(x) =
ln (x) - 1
tínua em todos os outros pontos.
1
__
e) f(x) = ln (x + ) lim f(x) = f(0) = 2 * 0 + 1 + e 0 = 1 + 1 = 2
x x"0
-

3x + ln (x) 0 + (- ∞)
f) f(x) = ln (e x - 1) lim f(x) = lim _________ = ________ + = -∞
1 x"0
+
x"0
+
x 0
__
g) f(x) = ln (x - )
x Conclui-se, portanto, que a função não é contínua em 0. Logo, não
é diferenciável no ponto 0.
Monotonia e extremos
(2x + 1 + ex) ' = 2 + 0 + ex = 2 + ex
3x + ln (x) '
_________ ln (x) ' ln ' (x) * x - ln (x) * x '
( ) = (3 + ______) = 0 + ___________________ =
x x x2
1 * x - ln (x) * 1
__
x
______________ 1 - ln (x)
= = ________
x 2 x2
⎧2 + e

x
se x < 0
Então, f '(x) = ⎨________
1 - ln (x)
⎩ x2

se x > 0
continua

126 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

Determinemos os zeros de f ' .


2 + ex = 0 ‹ x < 0) › (1 - ln (x) = 0 ‹ x > 0) § x = e
f '(x) = 0 § (
equação
impossível

A função poderá atingir extremos em e (zero da derivada) e em 0


(ponto em que a função não é diferenciável).
Registemos, num quadro, a variação de sinal da função derivada e as
conclusões relativas à monotonia da função f .

x -∞ 0 e +∞

2 + ex +

1 - ln (x) + 0 -

Sinal e zeros de f ' + n.d. + 0 -


NOTA
Variação e extremos Máx.* Máx. * Recorda que o limite de f(x) à di-
£ £ ¢
de f rel. rel.
reita de 0 é - ∞ .

A função é crescente em ] - ∞, 0] e em ] 0, 2] e decrescente em [ 2, + ∞ [ .


92 Faz um estudo análogo ao
Sentido das concavidades e pontos de inflexão: vamos obter a segunda do texto para a função f , defi-
derivada. nida por:
⎧x 3 ex se x ≤ 0
(2 + ex) ' = ex ⎪

f(x) = ⎨ x
_____
⎪2x + se 0 < x < 1
1 - ln (x) ' ______________________________
(1 - ln (x)) ' * x 2 - (1 - ln (x)) * ( x 2) ' ⎩ ln (x)
________ = =
( x2 ) x4
1 * x 2 - (1 - ln (x)) * 2x
- __
x
_____________________ - x - (1 - ln (x)) * 2x
= = _________________ =
x 4 x4
x(- 1 - (1 - ln (x)) * 2) _____________
- 1 - 2 + 2 ln (x) _________
2 ln (x) - 3
= ___________________ = =
x4 x3 x3
⎧e x

se x < 0
Então, f "(x) = ⎨_________
2 ln (x) - 3


se x > 0
x3
3
__
f "(x) = 0 § 2 ln (x) - 3 = 0 ‹ x > 0 § x = e 2
3
_
x -∞ 0 e2 +∞

ex +

2 ln (x) - 3 - 0 +

Sinal e zeros de f " + n.d. - 0 +

Concavidades e pontos de 8 — { P.I. 8


inflexão do gráfico de f

Assíntotas verticais
A função é contínua em R \ {0} ; como já verificámos que lim f(x) = - ∞ , +
x"0
podemos concluir que a reta de equação x = 0 é a única assíntota vertical
ao gráfico de f .
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 127


continuação
93 Obtém, com uma calcula-
dora, uma representação gráfi- Assíntotas não verticais
ca da função f definida e estu- f(x) 2x + 1 + ex 2x + 1 ex 0
dada no problema resolvido 2 lim ____ = lim ________ = lim _____ + lim __ = 2 + ____ =
e reflete sobre a importância
x " -∞ x x " -∞ x x " -∞ x x " -∞ x -∞
do estudo que fizemos para o =2+0=2
esclarecimento e compreensão
do gráfico obtido. lim [f(x) - 2x] = lim (2x + 1 + ex - 2x) = lim (1 + ex) = 1 + 0 = 1
x " -∞ x " -∞ x " -∞

Portanto, a reta de equação y = 2x + 1 é assíntota ao gráfico de f em


-∞ .
3x + ln (x) ln (x) ln (x)
Tendo em consideração que _________ = 3 + ______ e que lim ______ = 0 ,
x x x " +∞ x
justifica-se a «procura» de uma assíntota horizontal.
ln (x)
lim f(x) = lim (3 + ______) = 3 + 0 = 3
x " +∞ x " +∞ x
Portanto, a reta de equação y = 3 é assíntota ao gráfico de f em + ∞ .

3. Considera a função g definida por g(x) = ln (x + 1) - x .


a) Determina o conjunto-solução da condição g(x + 1) ≥ g(x) .
94 Seja h a função definida
por h(x) = ln ( x 2 + 1) - ln (x) . b) Escreve equações das assíntotas ao gráfico de g .

a) Determina o conjunto-solução c) Recorrendo ao estudo da monotonia da função, mostra que


da condição h(x) > ln (2) . Ax å Dg , g(x) ≤ 0 .
b) Estuda a função quanto à Resolução
monotonia.
a) g(x + 1) ≥ g(x) § ln (x + 2) - (x + 1) ≥ ln (x + 1) - x §
c) Mostra que o gráfico de h
tem uma assíntota vertical.
§ ln (x + 2) - 1 ≥ ln (x + 1) § ln (x + 2) ≥ 1 + ln (x + 1) §
d) Determina o contradomínio
da função h recorrendo às § ln (x + 2) ≥ ln (e) + ln (x + 1) § ln (x + 2) ≥ ln (e(x + 1)) §
alíneas b) e c) e reflete sobre
a resposta que apresentaste § x + 2 > ex + e ‹ x + 2 > 0 ‹ x + 1 > 0 § x - ex ≥ e - 2 ‹ x > - 1 §
em a). e-2
§ x(1 - e) ≥ e - 2 ‹ x > - 1 § x ≤ ____ ‹ x > - 1
1-e
e-2
C.S. = ] - 1, ____]
PROFESSOR
Soluções 1-e
93. O gráfico obtido com uma calcula- b) O domínio de g é Dg = ] - 1, + ∞ [ ; dado que a função é contínua, só a
dora não é elucidativo, nomeadamente,
reta de equação x = - 1 poderá ser assíntota vertical ao gráfico de g .
acerca do sentido das concavidades do
gráfico. +
lim g(x) = lim [ln (x + 1) - x] = ln ( 0 ) + 1 = - ∞ + 1 = - ∞
+ +
x " -1 x " -1

Portanto, a reta de equação x = - 1 é assíntota ao gráfico de g .

Estudemos, agora, a existência de assíntotas não verticais.


g(x) ln (x + 1) - x ln (x + 1) x
lim ____ = lim __________ = lim ________ - lim __ =
x " +∞ x x " +∞ x x " +∞ x x " +∞ x

+ ln (x + 1) ____
________ x+1
94. a) C.S. = R \ {1} = lim [ * - 1 = 0 * 1 - 1 = -1
x2 - 1 , x > 0 ; x + 1 " +∞ x+1 x ]
b) h '(x) = ______
x( x 2 + 1) lim [g(x) - (- x)] = lim [ln (x + 1) - x + x] = lim ln (x + 1) = + ∞
h é decrescente em ] 0, 1] e é cres- x " +∞ x " +∞ x " +∞

cente em [ 1, + ∞ [ .
Não existem assíntotas não verticais ao gráfico de g .
d) D ' = [ h(1), + ∞ [ = [ ln (2), + ∞ [
continua

128 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

1 1-x-1 -x
c) g '(x) = [ln (x + 1) - x] ' = ____ - 1 = _______ = ____
x+1 x+1 x+1
g '(x) = 0 § - x = 0 ‹ x å Dg § x = 0

x -1 0 +∞ 95 Seja f a função definida


-x + 0 - por f(x) = x ln (x 2) .
x+1 + + + a) Estuda a função f quanto à
monotonia e existência de
Sinal e zeros de g ' + 0 - extremos.
Máx.
Variação e extremos de g £ ¢ b) Determina os valores de k å R
abs.
para os quais a equação
f(x) = k tem exatamente
Tem-se: g(0) = ln (0 + 1) - 0 = ln (1) = 0 duas soluções.
Então, atendendo a que g(0) é máximo absoluto da função g e aten- Sugestão: recorre ao estudo
feito na alínea a) e aos limites
dendo a que g(0) = 0 , conclui-se que A x å Dg , g(x) ≤ 0 .
em - ∞ e em + ∞ .
c) Mostra que o gráfico da fun-
4. Considera a função real f , de domínio R \ {1} , definida por: ção f não tem pontos de infle-
2
____
x-1
xão e que não existem assín-
f(x) = 1 + e totas.
a) Determina uma expressão analítica da função derivada de f , identifica
os intervalos de monotonia da função f e os extremos, caso existam.
b) Estuda a existência de assíntotas ao gráfico de f .
c) Recorrendo a conclusões obtidas em a) e b), determina o contradomí-
nio de f .
d) Tomando para conjunto de chegada o contradomínio de f , a função f
é bijetiva. Mostra que f (x) = ________
-1 2 +1.
ln (x - 1)
Resolução
2
____ ' 2 e x-1
2
____
a) f '(x) = (1 + e
x-1
) = - ______ 2
(x - 1)
A função derivada não tem zeros; tem-se A x å R \ {1}, f '(x) < 0 . NOTA
Portanto, a função f é decrescente em ] - ∞, 1 [ e em ] 1, + ∞ [* e não *  Repara que não podes concluir
tem extremos. que a função é decrescente no do-
mínio porque o domínio não é um
b) A função f é contínua. Assim, só a reta de equação x = 1 poderá ser intervalo.
assíntota vertical ao gráfico da função.
2
____ 2
___
-

lim f(x) = lim (1 + e x - 1 ) = 1 + e 0 = 1 + e-∞ = 1 + 0 = 1


- -
x"1 x"1

O facto de o limite de f(x) à esquerda de 1 não ser - ∞ , nem ser + ∞ ,


não é conclusivo acerca da reta de equação x = 1 ser assíntota ao grá-
fico de f . Calculemos o limite de f(x) à direita de 1.
2
____ 2
___
+
PROFESSOR
lim f(x) = lim (1 + e x - 1 ) = 1 + e 0 = 1 + e+∞ = 1 + ∞ = + ∞
+ +
x"1 x"1 Soluções
Portanto, a reta de equação x = 1 é assíntota ao gráfico de f . 95. a) Decrescente em [ - e -1, 0 [ e
2
____ 1
____ em ] 0, e -1] e crescente em ] - ∞, - e -1]
lim f(x) = lim (1 + e x - 1 ) = 1 + e -∞ = 1 + e 0 = 1 + 1 = 2 e em [ e -1, + ∞ [ .
x " -∞ x " -∞

Concluímos, então, que a reta de equação y = 2 é assíntota ao gráfico f(- e -1 ) é máximo relativo e f( e -1 ) é mí-
nimo relativo.
de f em - ∞ .
b) k = - __2 , k = 0 e k = __
2
e e
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 129


continuação

2
____ 1
____
lim f(x) = lim (1 + e x - 1 ) = 1 + e +∞ = 1 + e 0 = 1 + 1 = 2
x " +∞ x " +∞

Assim, a reta de equação y = 2 também é assíntota ao gráfico de f em


+∞ .

c) Das alíneas a) e b) e do facto de a função ser contínua, conclui-se que


o contradomínio de f é ] 1, 2 [ ∪ ] 2, + ∞ [ .

2
____ 2
____
d) 1 + e
x-1 2 = ln (y - 1) §
= y § e x - 1 = y - 1 § ____
x-1
2
§ x - 1 = ________ 2
§ x = ________ +1
ln (y - 1) ln (y - 1)

-1 2
Então, f (x) = ________ +1.
ln (x - 1)

5. A partir do instante em que foi admi-


nistrada uma certa medicação por via
oral, a quantidade de medicamento
existente no sangue (em mg/l) é dada
por f(t) = 120( e -0,5t - e -t ) , sendo t
dado em horas.

a) Qual a quantidade de medicamento


no sangue 30 minutos depois de ter
sido administrada a medicação?

Apresenta o resultado em mg/l, com


os mg arredondados às décimas.

b) Por processos analíticos, mostra que


a quantidade máxima de medica-
mento no sangue é 30 mg/l.

c) Sabe-se que a eficácia do tratamento exige que a quantidade de medi-


camento no sangue não seja inferior a 10 mg/l. Recorrendo à calculado-
ra gráfica, determina durante quanto tempo é que é garantida essa
quantidade mínima.

Reproduz o(s) gráfico(s), devidamente identificado(s), que te permi-


tiu(ram) obter a resposta.

Apresenta o resultado em horas e minutos, com os minutos arredonda-


dos às unidades.

Resolução

a) 30 min = 0,5 h

f(0,5) = 120(e -0,5 * 0,5 - e -0,5) ) 20,7 (mg/l)


continua

130 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
96 A partir do instante em que
b) f '(t) = 120( e -0,5t - e -t) ' = 120(- 0,5 e -0,5t + e -t) foi administrada uma certa me-
dicação por via oral, a quanti-
f '(t) = 0 § - 0,5 e -0,5t + e -t = 0 § e -0,5t (- 0,5 + e -0,5t) = 0 § dade de medicamento X exis-
tente no sangue (em mg/l) é
dada pela fórmula:
§ e -0,5t = 0 › - 0,5 + e -0,5t = 0 § e -0,5t = 0,5 § - 0,5t = ln (0,5) §
f(t) = 50( e-0,3t - e-2t ) , com t em
⏟ equação
impossível
horas
a) Qual é a quantidade de me-
ln (0,5)
§ t = _______ § t = - 2 ln (0,5) § t = ln (0,5) § dicamento existente no orga-
-2
- 0,5 nismo ao fim de 5 horas?
-2
Apresenta o resultado arre-
1
§ t = ln (__ § t = ln (4) dondado às décimas.
2) b) Ao fim de quanto tempo a
quantidade de medicamento
no sangue atinge o valor má-
x 0 ln (4) +∞
ximo? Apresenta o resultado
120 e - 0,5t + + + em horas e minutos, com o
número de minutos arredon-
- 0,5 + e - 0,5t + 0 - dado às unidades.
Sinal e zeros de f ' + 0 - c) Sabe-se que a eficácia do tra-
tamento depende da existên-
Máx.
Monotonia e extremos de f £ abs.
¢ cia de uma quantidade míni-
ma de 5 mg/l no organismo.
Utiliza a calculadora gráfica
A quantidade máxima é atingida para t = ln (4) ; o valor máximo da para determinar durante
quanto tempo é garantida a
concentração é: quantidade mínima no orga-
nismo, efetuando um estudo
f(ln (4)) = 120( e -0,5ln (4) - e -ln (4)) = 120(e ln (4 ) - e ln (4 )) =
-0,5 -1
prévio da função que legitima
__ o processo.
= 120(4 - 4-1) = 120 ( __
-0,5
√ 1 - __
4 4)
1 =
Apresenta o resultado em
horas, arredondado às déci-
1 - __
= 120 (__ 1 = mas.
2 4) in Caderno de Apoio, 12.° ano

1 = 30
= 120 * __
4
A quantidade máxima de medicamento no sangue é 30 mg/l.

c)

y
PROFESSOR
Soluções
f 96. a) 11,2 mg/l b) 1 h 7 min
c) A função é contínua e é crescente
10 ⎡ 20 ⎤
ln __
⎢ (3) ⎥
em 0, _______ e decrescente
⎣ 1,7 ⎦
O 0,192 4,777 x ⎡ ⎡
ln __

20
(3)
em _______, + ∞ .

⎣ 1,7 ⎣
4,777 - 0,192 = 4,585
Recorrendo à calculadora, conclui-se
que a quantidade de medicamento no
A eficácia do medicamento está garantida durante, aproximadamente, organismo é superior a 5 mg/l durante,
4,585 horas, ou seja, 4 horas e 35 minutos. aproximadamente, 7,6 horas (entre os
instantes 0,063 e 7,675).
continua

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 131


continuação
97 Sejam f e g duas funções
x
de domínio [a, b] . 6. Seja f a função definida por f(x) = 2 + x 3 .
Prova que, se f é decrescente e Mostra, sem recorrer à calculadora, que esta função tem um único zero
g é crescente, então a função e que esse zero pertence ao intervalo ] - 1, 0 [ .
f - g é monótona.
Resolução
Dado que não temos «ferramentas» que nos permitam resolver a equação
98 Considera as funções f e g
f(x) = 0 , vamos recorrer ao teorema de Bolzano-Cauchy e ao estudo da
definidas por:
monotonia da função.
f(x) = ln (2 x 2 - 1)
g(x) = 2 - e (x + 1)
2
Comecemos por provar que a função f tem pelo menos um zero no refe-
a) Mostra que a função f é de- rido intervalo.
crescente e a função g é cres- 3 1 - 1 = - __
f(- 1) = 2-1 + (- 1) = __ 1 f(0) = 20 + 03 = 1 + 0 = 1
cente no intervalo ] - 2, - 1 [ . 2 2
b) Utilizando a alínea anterior,
A função f é contínua em R , portanto, é contínua em [- 1, 0] . Dado
prova que os gráficos das que f(- 1) < 0 < f(0) , o teorema de Bolzano-Cauchy permite concluir que
restrições das duas funções existe pelo menos um zero de f no intervalo ] - 1, 0 [ .
ao intervalo ] - 2, - 1 [ se in-
Por outro lado, tem-se f '(x) = (2 + x 3)' = 2 ln (2) + 3 x 2 .
x x
tersetam num único ponto e,
recorrendo à calculadora grá- x
Sabe-se que A x å R, 2 > 0 , que ln (2) é um número positivo e que
fica, determina valores apro-
ximados às centésimas para A x å R, 3 x 2 ≥ 0 . Então, A x å R, f '(x) > 0 .
as coordenadas desse ponto. Pode-se, então, concluir que a função f é crescente (em sentido estrito)
em R . Portanto, não pode ter mais do que um zero.
Como já sabemos que a função tem pelo menos um zero no intervalo
] - 1, 0 [ , pode-se garantir que esse zero é único.

7. A intensidade I , em decibéis, de
um som audível, pode ser dada
por I(P) = 170 + 10 log (P) ,
onde P é o valor da potência,
numa certa unidade, do som
emitido.
a) Determina a intensidade de um som
cuja potência é igual a 10-8, na referida
unidade.
b) Sabe-se que um som de intensidade
ntensidade
igual ou superior a 100 decibéis
béis é pre-
judicial à saúde. Determina a partir de
que potência devem ser usados
dos meios
de proteção auditiva.
c) Dois sons de potências P1 e P2 são
emitidos por uma mesma fonte.e. Sabendo
que a intensidade do primeiro é dupla da
do segundo, mostra que P1 = 1017 * P22 .
ue, qualquer que seja P , I(xP) = I(P) + 30
d) Determina o valor de x tal que,

PROFESSOR
e interpreta o valor de x no contexto descrito.
Soluções e) Exprime a potência de um som em função da sua intensidade.
98. b) (-1,31; 0,90)
continua

132 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
99 O altímetro é um aparelho
Resolução utilizado em aviões que permi-
-8 -8
a) I( 10 ) = 170 + 10 log ( 10 ) = 170 + 10 * (- 8) = 90 (decibéis) te obter a altitude a partir da
pressão atmosférica.
b) Vamos determinar os valores de P (na unidade considerada) para os
quais I(P) ≥ 100 .
-7
I(P) ≥ 100 § 170 + 10 log (P) ≥ 100 § log (P) ≥ - 7 § P ≥ 10
É necessário usar meios de proteção para sons de potência superior
-7
a 10 .
c) Tem-se I( P1) = 2I( P2 ) .
Admite que a altitude h acima
I( P1) = 2I( P2) § 170 + 10 log (P1) = 2 [170 + 10 log ( P2 )] § do nível do mar, em km, é dada
§ 170 + 10 log ( P1) = 340 + 20 log ( P2) § em função da pressão atmosfé-
rica, em atm, por:
§ 10 log ( P1) - 20 log ( P2) = 170 § 1
h(p) = 20 log __
(p)
§ log (P1) - 2 log ( P2) = 17 §
a) Num determinado instante a
§ log (P1) - log (P22) = 17 § pressão atmosférica é 0,4 atm.
P1 P1 A que altitude se encontra o
§ log ___ = 17 § ___ = 1017 § avião?
( P22 ) P2 2
Apresenta o resultado em
quilómetros, arredondado às
§ P1 = 1017 * P22 unidades.
b) Determina quantos quilóme-
d) I(xP) = I(P) + 30 §
tros subiu um avião se a
§ 170 + 10 log (xP) = 170 + 10 log (P) + 30 § pressão atmosférica se redu-
ziu a metade.
xP
§ log (xP) - log (P) = 3 § log (___) = 3 § Apresenta o resultado em
P quilómetros, arredondado às
§ log (x) = 3 § x = 103 § x = 1000 unidades.

Interpretação
A diferença de intensidade entre dois sons, em que a potência de um
PROFESSOR
é 1000 vezes superior à do outro, é igual a 30 decibéis.
Soluções
99. a) h(0,4) ) 8 (km)
e) 170 + 10 log (P) = I § 10 log (P) = I - 170 §
I - 170 p
b) h __ - h(p) =
______
I - 170
§ log (P) = ______ § P = 10
0,1I - 17
10
§ P = 10 (2)
10
0,1I - 17 = 20 log __
2 - 20 log __1 =
Portanto, P(I) = 10 . (p) (p)
= 20 log (2) ; aproximadamente 6 km.

Caça aos
erros!

Caderno de exercícios

PERIGO Funções logarítmicas

Mais sugestões de trabalho

RUÍDO Exercícios propostos n.os 130 a 141


(págs. 140 a 142).

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 133


Teste 6 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

x+e
1
__
x
x+3
1. Seja f uma função de domínio R . A reta de equação y = ____ é assíntota
2

5
ao gráfico de f . Qual é o valor de lim ______ ?
x " +∞ f(x)

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4

2. Seja a um número real e seja f a função, de domínio R , definida por


f(x) = ex + a . O teorema de Bolzano-Cauchy garante que a função f tem
pelo menos um zero no intervalo ] - 1, 1 [ . A qual dos intervalos seguintes
pode pertencer a ?

(A) ] - 2e, - e [
1
(B) ] - e, - __ [
e
1
(C) ] - __, e [ (D) ] e, 2e [
e

+
3. Seja f a função, de domínio R , representada
y
graficamente e seja g a função, de domínio R ,
x f
2 .
definida por g(x) = ______
ln (2)
A
A reta de equação y = -2x + 5 é tangente ao grá-
fico de f no ponto A de abcissa 1.
Qual é o valor de (g ∘ f ) ' (1) ?
(A) - 2 (B) - 4 O x
y = -2x + 5
(C) - 8 (D) - 16

n
n+3
4. Qual é o limite da sucessão de termo geral un = (____) ?
n+1
(A) 0 (B) 1 (C) e (D) e2

5. Considera uma grelha quadriculada como a da figura ao 1 2 3


lado. Nessa grelha vão ser colocadas cinco fichas, todas
4 5 6
iguais, não mais do que uma por quadrícula.
PROFESSOR 7 8 9
Soluções
Supondo que as fichas são colocadas ao acaso, qual é a pro-
1. (B)
babilidade de a linha de cima ficar toda preenchida?
1 3
2. (B) (A) __ (B) __
3 5
3. (D)
5 10
4. (D) (C) ___ (D) ___
42 63
5. (C) Ajuda

134 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1. A acidez ou alcalinidade de uma substância são medidas pelo valor do seu


+
pH que é dado por pH = - log (x) , sendo x a concentração de iões H3 O ,
3
medida em mol/dm .
+ 3
a) Determina a concentração de iões H3 O , em mol/dm , no sangue arterial
humano, sabendo que o pH do sangue arterial humano é 7,4.
PROFESSOR
Escreve o resultado em notação científica, isto é, na forma a × 10b , com
Soluções
b inteiro e com a entre 1 e 10. Apresenta o valor de a arredondado às
1. a) x ) 4 * 108 b) ) 0,5
unidades.
+ 2. A função é decrescente em
b) A concentração de iões H3 O no café é tripla da concentração de iões - _1
+
H3 O no leite. Qual é a diferença entre o pH do leite e o pH do café? ] 0, e 2] e é crescente em
- _1 - _1
Apresenta o resultado arredondado às décimas. [ e 2 , + ∞ [ ; g(e 2 ) = - ___
1 é mí-
2e
nimo absoluto.
2. Seja g a função definida por g(x) = x 2 ln (x) . O gráfico da função tem a concavi-
-_
3

Estuda a função g quanto à monotonia e existência de extremos e quanto ao dade voltada para baixo em ] 0, e 2 ]
sentido das concavidades do seu gráfico e existência de pontos de inflexão. e tem a concavidade voltada para
-_
3

cima em [ e 2 , + ∞ [ ; o ponto de
3. Seja g uma função de domínio R e seja g ' a sua função derivada. - _
3
__
3
(e , - 2e3 ) é ponto
2
Sabe-se que coordenadas
⎰ex + 2 e 2x - 3x se x < 0
g '(x) = de inflexão do gráfico.
⎱x ln (x) se x > 0
3. a) No intervalo ] - ∞, 0 [ , o grá-
e que g não é diferenciável em 0. fico da função g tem a concavidade
a) Estuda a função g quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e voltada para baixo em
quanto à existência de pontos de inflexão no intervalo ] - ∞, 0 [ . - ∞, ln _
3
e tem a concavi-
] ( 4 )]
b) Mostra que o gráfico de g ' tem uma única assíntota e define-a por uma
dade voltada para cima em
equação.
ln __ , 0 . O ponto de abcissa
3
c) A função g não é diferenciável em 0. Será que pode concluir-se que a
[ (4) [
função g não é contínua em 0?
ln _ é ponto de inflexão do grá-
3
(4)
4. Considera as funções f e g definidas, respetivamente, por f(x) = 2 ex - 3x fico da função g .
e g(x) = 4 ln (ex + 1) . b) y = -3x
a) Determina f '(1) recorrendo à definição de derivada de uma função num c) Da informação disponível não é
ponto. possível concluir que a função não
seja contínua em 0, porque há fun-
b) Sejam r e s duas retas. Sabe-se que a reta r é tangente ao gráfico de f ções que não são diferenciáveis em
no ponto A e que a reta s é tangente ao gráfico de g no ponto B . pontos em que são contínuas, como,
por exemplo, a função definida por
Determina as coordenadas dos pontos A e B , sabendo que os pontos
f(x) = |x| .
têm a mesma abcissa e que as retas r e s são paralelas.
4. a) f '(1) = - 1
b) A(ln (3), 6 - 3 ln (3)) e
5. Seja a um número real maior do que 1 e seja f a função, de domínio B(ln (3), 4 ln (4))
] - a, + ∞ [ , definida por f(x) = ln (x + a) . Sejam A e B os pontos de interse-
ção do gráfico de f com os eixos coordenados. Sabe-se que a reta AB tem
declive __1 . Mostra que a2 = e a - 1 .
2 Resolução

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 135


Exercícios propostos
100 Escreve o número 7 na forma de: 104 Se log (a) = x , qual das expressões seguintes
3

a) potência de base 2; b) logaritmo de base 10; é equivalente a log3 (9a2) ?


2
c) potência de base 7; d) potência de base 10; (A) 4x (B) 2x
__
(C) 2 + 2x (D) 4 + x
2
e) potência de base 49; f) logaritmo de base √2 .

101 Determina o valor de x que satisfaz cada 105 Simplifica as expressões seguintes para os va-
uma das equações seguintes. lores de x e y que lhes dão significado:
a) 3 = 8
x
b) ln (x) = - 1 log (xy) log (x2) + log (x)
a) _________ b) ________________
1
c) log8 (x) = __ 1 1
d) e = 3,6 log ___ log (y) + log ___
x
3 ( xy ) ( xy )
1
e) log4 (x) + __ = 0 f) 2
-x
= 12
2 106 Admite que log (3) = a e log (5) = b .
2 2

Exprime, em função de a e/ou b os logaritmos


102 Sem recorrer à calculadora, determina o valor
seguintes:
de:
__ __ ___ __
√3 √3 + 1 a) log2 (15) b) log2 (25) c) log2 (2,5)
a) log2(2 ) √
b) log5 (5 * 5 3)
√12
:2
__ __
log (5) + log (3) log3(√6 ) - log3(√2 ) d) log2 (120) e) log5 (2) f) log3 (5)
c) 2 2 2 d) 3
__ __
√7 3 log (p)
e) log3 (15 : 5 7)

f) 2 2

107 Caracteriza a função inversa da função bijeti-

103 Escreve na forma de um único logaritmo: va f definida por f(x) = log2 (x + 1) , sendo:

a) Df = ] - 1, + ∞ [
a) log (9) + log (3)
b) Df = ] - 1, 7]
b) 3 log2 (5) - 0,5 log2 (25)

1
c) log2 __
1
__
( x ) - log2( x2 ) , x > 0 108 Caracteriza a função inversa da função bijeti-
1
____
d) log2 (3) * log3 (6)
va g definida por g(x) = 2 - 3 x + 4 , sendo:
e) 1 + ln (x) , x > 0
a) Dg = R \ {- 4}
log (x)
f) _____ - 2 , x > 0
2 b) Dg = ] - ∞, - 4 [

PROFESSOR a) - 1 __
102. __ 104. (C)
__ Df = ] - ∞, 3] ; D 'f = ] - 1, 7]
-1 -1

Soluções b) √12 + √3 = 3√3 105. a) - 1 b) - 3


__ 108. a) g-1 (x) = ________
1 -4;
100. a) 2log2 (7) b) log (107) c) 15__ d) √3 log3 (2 - x)
106. a) a + b b) 2b
c) 71 d) 10log (7) e) √7 f) p3 Dg = ] - ∞, 2 [ \ {1} ;
__1 __7 c) b - 1 d) 3 + a + b -1

f) log√2 (√2 )
__
D 'g = R \ {- 4}
2
e) 49 103. a) log (27)
e) __1 f) __
b -1

b) log2 (25) c) log2 (x) b a b) g-1 (x) = ________


1
-1
101. a) log3 (8) b) e -4;
d) log2 (6) e) ln (ex) -1
107. a) f (x) = 2 - 1 ;
x log3 (2 - x)
c) 2 d) ln (3,6) _
√x Df = R ; D 'f = ] - 1, + ∞ [ Dg = ] 1, 2 [ ; D 'g = ] - ∞, - 4 [
e) __1
-1 -1

f) - log2 (12) ___


-1 -1

f) log
2 ( 100 ) -1 x
b) f (x) = 2 - 1 ;

136 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


109 Determina o domínio de cada uma das funções 114 Para um certo valor de a e para um certo valor
e
definidas por: de b , o gráfico da função f , de domínio ] - __, + ∞ [ ,
ln (9x - 1) 2 a
a) f(x) = 4 + log2 (1 - x) b) g(x) = ___________ definida por f(x) = ln (ax + e) + b está parcialmente
4
representado no referencial em baixo.
x+1
c) h(x) = ln (x) - ln [(x - 1) ] d) r(x) = log3 _____
2
(5 + x)
y
x
e) m(x) = _____________
2 f
f) n(x) = log2 [(x - 3) ] 2
2 - log (3 - x)
1

110 Determina, caso existam, os zeros das funções -1 O x

definidas por:
a) f(x) = 1 - log2 (x + 3)
Tal como a figura sugere:
b) g(x) = 2 + ln (x + 1)
2
• a reta de equação x = - 1 é assíntota ao gráfico
x+1
c) h(x) = x - x log3 _____
( 2 ) da função f ;
x-1
d) r(x) = ________ • o gráfico da função f interseta o eixo Oy no
log (x - 2) ponto de ordenada 2.

111 Determina a å R de modo que o ponto P de Quais são os valores de a e de b ?

coordenadas (a, 5) pertença ao gráfico da função f (A) a = e e b = 1 (B) a = - 1 e b = 1


definida por f(x) = log2 (x + 1) . (C) a = e e b = 2 (D) a = - 1 e b = 2

112 Seja A(a, 6) , com a å R , um ponto do gráfi- 115 Determina, caso existam, os limites seguintes.
x-3
co da função f definida por f(x) = 2 . Determi-
a) lim - ln (1 - x 2 )
na as coordenadas do ponto que é simétrico do x"1
ponto A em relação à reta de equação y = x .
b) lim log__1 (x + 1)
x " +∞ 2

113 O ponto de coordenadas (1, 3) pertence ao log2 (x)


_______
c) lim
x"0 x-1
gráfico de uma função bijetiva cuja inversa é definida
ln ( x 2 ) - 1
por f(x) = log2 (ax) , para um certo valor real de a , d) lim _________
x " +∞ 3 - ln (x)
diferente de 0.
e) lim
x " +∞
[log2 (8x + 1) - log2 (x + 2)]
Qual é o valor de a ?
1 2 ln (x + 2)
________
(A) __ (B) __ (C) 1 (D) 3 f) lim (subtrai e soma ln (x) ao numerador)
3 3 x " +∞ ln (x)

PROFESSOR d) ] - ∞, - 5 [ ∂ ] - 1, + ∞ [ d) Não tem zeros. 115. a) - ∞


Soluções e) ] - ∞, 3 [ \ {- 97} 111. a = 31 b) - ∞
109. a) ] - ∞, 1 [ f) R \ {3} c) + ∞
112. (6, 3 + log2 (6))
b) - ∞, - __1 ∂ __1 , + ∞ 110. a) - 1 d) - 2
] 3[ ]3 [ 113. (B)
e) 3
+
b) Não tem zeros.
c) R \ {1} 114. (A) f) 1
c) 0 e 5

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 137


116 Considera o gráfico da função f definida por i) log2 (x - 1) - log2 (3 - x) ≤ 1

f(x) = ln (4e - x) - 1 . j) 2 log (x) ≤ 1 + log (2 - 0,1x)


Sem recorrer à calculadora, responde aos itens se- k) ln (x) ≥ 2 - ln (x)
2

guintes.
l) log4 (x + 4) ≤ log2 (2x + 5)
a) Determina as coordenadas dos pontos em que o
gráfico de f interseta os eixos coordenados.
119 A fórmula A(p) = - 0,52 + 0,55 ln (p) , com p
b) Escreve uma equação da assíntota vertical ao
gráfico de f . expresso em quilogramas e A em metros, é usada
por alguns pediatras para determinar a altura que se
espera que tenha uma criança, em função da sua
117 Determina o conjunto-solução de cada uma
massa corporal. A fórmula só é um modelo adequa-
das equações seguintes. do para valores de p no intervalo [e2,3, e4,1] , ou
a) log5 (x2 - 6x - 2) = 1 seja, para crianças de massa corporal entre 10 kg e
60 kg, aproximadamente.
b) log2 (4x + 1) - log2 (5x - 2) = 0
a) Determina, de acordo com este modelo, a altura
c) log6 (x + 4) + log6 (x - 1) = 1
que se espera que tenha uma criança que pese
d) log81 (5x - 1) - log81 (x - 2) = __
1
45 kg e 200 g.
2
e) log2 (log16 (9x - 5)) = - 2 Apresenta o resultado em centímetros, arredon-
dado às unidades.
f) log3 (x + 3) - log9 ( x 2 + 8x + 15) = 1
b) Mostra que A(2p) - A(p) é constante. Determi-
na essa constante arredondada às centésimas e
118 Resolve as inequações seguintes e apresenta os
interpreta-a no contexto do problema.
conjuntos-solução usando a notação de intervalos.
c) Caracteriza a função inversa de p |" A(p) e
a) log2 (2 - x) ≥ log2 (2x + 1) explica o que exprime essa função.
b) log2 (x) < 3
1
c) f(x) - 1 ≥ f(x + 1) , sendo f(x) = log2 __ 120 É possível relacionar a energia libertada num
(x)
d) log __1 | x | > 1 sismo com a magnitude desse sismo através da
3 equação log (E) = 1,44M + 5,24 , em que E é a
2
e) log [(x - 2) ] < log ( x 2 + 3) energia libertada, em joule, e M é a magnitude do
f) x ln (2 - x) ≤ x sismo, na escala de Richter.
ln (x) a) Determina a magnitude de um sismo em que a
g) ________ ≥ 0
1 - ln (x) energia libertada é 6,3 * 1016 joule . Apresenta
h) log __1 (x - 1) - 1 ≥ log __1 (x + 5) o valor arredondado às unidades.
2 2

PROFESSOR 119. a) 158 cm


f) ] - ∞, 2 - e] ∂ [ 0, 2 [
Soluções 118. a) - __1 , __1 b) ) 0,38 (m)
] 2 3] g) [ 1, e [ a + 0,52
______
116. a) (3e, 0) e (0, ln (4)) b) ] 0, 8 [ h) ] 1, 7] c) p(a) = e
0,55
;
b) x = 4e
c) ] 0, 1] i) 1, __7 D = [0,745; 1,735] ;
117. a) {- 1, 7} b) {3} ] 3]
D ' = [ e 2,3 ; e 4,1 ] ; esta função
d) - __1 , __1 \ {0} j) ] 0, 4]
] 3 3[
d) __
17 exprime o peso esperado da
c) {2}
{4} k) ] 0, e-2] ∂ [ e, + ∞ [ criança em função da sua al-
e) __1 , + ∞ \ {2}
]4 [
e) __
7 tura.
{9}
f) ∅ l) - __ 7, + ∞
[ 4 [ 120. a) 8

138 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


b) A energia libertada num sismo de magnitude 6,2 122 Seja f a função definida por:
é equivalente à que foi libertada pela explosão
da bomba atómica em Hiroshima. ⎰2x se x ≤ 0
f(x) =
⎱3x se x > 0

a) Estuda a função f quanto à continuidade.

b) Caracteriza a função derivada de f .

123 Determina uma expressão da função derivada


da função f , sendo:
b1) Determina, na forma de potência de base 10,
o valor, em joule, dessa energia. a) f(x) = ln (x3) b) f(x) = ln (2) * log2 (x)

c) f(x) = log3 (9x)


b2) O sismo mais violento alguma vez registado x-2
d) f(x) = 2
ocorreu no Chile em 1960 e libertou energia
equivalente a 183 000 bombas de Hiroshima.
Qual foi a sua magnitude? Apresenta o valor 124 Determina os zeros da função f ' , sendo:
arredondado às décimas.
x2 + 1
b) f(x) = _____
2 x
a) f(x) = (x - 2) 2 -x
e
121 Seja f a função, de domínio R , definida por
c) f(x) = x ln (x) d) f(x) = x log2 (x)
f(x) = ex e seja g a função, de domínio R+ , definida
ln (x)
por g(x) = ln (x) . e) f(x) = ln (log2 (x)) f) f(x) = ______
3 x
No referencial seguinte estão parcialmente repre-
sentadas as funções f e g e a reta r que é tangente
ao gráfico de f no ponto de abcissa a e é tangente 125 Determina expressões f '(x) e f ''(x) , sendo:
ao gráfico de g no ponto de abcissa b .
a) f(x) = ln (x - 3)
2
y
b) f(x) = x e
2 x

f r
c) f(x) = e
2x
· ln (x)

d) f(x) = [ln (2x)]


2
a O b x
g

⎰- 2x2 + 4x se x ≤ 0
e) f(x) =
⎱ x2 se x > 0
Mostra que a + ln (b) = 0 .

ln (2x)
PROFESSOR c) _____
1 125. a) f '(x) = _____
2x d) f '(x) = 2 _____
x ln (3) x2 - 3 x
Soluções 2x2 + 6 1 - ln (2x)
2x ln (2)
d) _____ f "(x) = - ______ f "(x) = 2 ________
120. b1) 1014,168 J b2) M ) 9,9 (x2 - 3)2 x2
4
122. a) f é contínua. b) f '(x) = (x2 + 2x)ex
124. a) 2 - _____
2 e2
⎰- 4x + 4 se x < 0
⎰2 ln (2)
x
se x < 0 ln (2) f "(x) = (x2 + 4x + 2)ex e) f '(x) = ⎱
se x > 0
b) f ' (x) = x b) - 1 2x
⎱3 ln (3) se x > 0
c) e -1 c) f '(x) = e2x 2 ln (x) + __1 ⎰- 4 se x < 0
Df ' = R \ {0} ( x) f "(x) = ⎱
d) e -1
2 se x > 0
123. a) __
3
b) __1 e) Não f "(x) = e2x 4 ln (x) + __
4 - __ 1
x x 3
__ existem zeros. ( x x2 )

f) e

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 139


ex
______
126 Seja f a função, de domínio R+ , definida por f) lim g) lim ( x 2 e 1 - 3x )
x " +∞ ln (x) x " +∞

f(x) = x + ln (ax) , a > 0 .


h) lim (x ln (2x))
x"0
i) lim
x " +∞
[ln (x) - 4x]
Mostra que, qualquer que seja o valor de a , a reta
100
_____
x log0,5 (x)
________
tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 1 tem j) lim k) lim
x " +∞ x 100 x " +∞ x
declive 2.

129 Calcula os limites das seguintes sucessões:


127 Sejam f e g as funções, de domínios R+ e R ,
2n + 1
_____ 2n + 1
_____
definidas por f(x) = log1,1 (x) e g(x) = x . 4n - 1
_____ n n - 1 n +1
_____
2

f(x)
a)
( 3n + 2 ) b)
( 3n + 2 )
a) Qual é o valor de lim ________ ?
x " +∞ g(x)
b) No referencial seguinte encontram-se represen- 130 Considera a função g , de domínio R , defini-
tadas partes dos gráficos das funções f e g . da por:
g(x) = 1 + 3x2e-x
y
f g
Mostra que a função g tem dois extremos relati-
vos e determina-os.

131 Seja g a função, de domínio R , definida por:


O x
⎧ __1
x
g(x) = ⎨e se x < 0

⎩x - ln (1 + x ) se x ≥ 0

2

Nesta representação visualiza-se um ponto de a) Mostra que g é contínua em 0 mas não é deri-
interseção dos dois gráficos. vável nesse ponto.
Sem recorrer à calculadora, justifica que esse
b) Caracteriza g ' e estuda a função g quanto à
não é o único ponto de interseção dos gráficos
monotonia e existência de extremos relativos e
das funções f e g .
absolutos.

128 Determina, caso existam, os limites seguintes.


132 Seja f(x) = ln (2 + x - x2) .
ex + ln (x) e +x x
a) lim ________ b) lim __________
a) Determina o domínio de f .
x " +∞ x ln (x) + 2 ex
x " +∞

e +x x ln (1 + 2x) b) Calcula lim f(x) e lim f(x) .


c) lim __________ d) lim _ x " -1+ x " 2-
x"0 ln (x) + 2 e
x
x"0 4x
c) Estuda f quanto à monotonia e indica o contra-
e) lim
x " +∞
[x [ln (x + 1) - ln (x)] ] domínio de f .

PROFESSOR 130. 1 é mínimo relativo de g e


g é decrescente em ] - ∞, 0] f __1 = ln (2,25) é máximo
Soluções 1 + 12e-2 é máximo relativo de (2)
g. e é crescente em [ 0, + ∞ [ .
127. a) 0 absoluto.
g(0) = 0 é mínimo absoluto.
131. b) D 'f = ] -∞; ln (2,25)]
128. a) + ∞ b) __1 ⎧ __1
132. a) D = ] - 1, 2 [
2
c) 0 d) __1 e) 1
⎪- __
x
e
2
se x < 0 b) lim f(x) = - ∞
x " -1+
2 g '(x) = ⎨ x lim f(x) = - ∞
f) + ∞ g) 0 h) 0 ⎪_____
(x - 1)2
se x > 0
x " 2-

⎩ 1 + x2 c) f é crescente em - 1, __1 e
i) - ∞ j) + ∞ k) 0 ] 2]
129. a) __
16
b) 1 é decrescente em __1 , 2 ;
9 [2 [

140 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


133 Estuda o sentido das concavidades do gráfico 137 Dois medicamentos foram injetados a dois
de f , sendo: doentes. A concentração de um dos medicamentos,
em miligramas por mililitro de sangue, t horas depois
a) f(x) = xe x2
de ser administrado, é dada por c1 (t) = 2te-0,3t .
b) f(t) = (t - 3)e t
Para o outro medicamento, a concentração, em deci-
1
c) f(t) = ln (t) + ln 2t + __
1
, em ] 0, __ gramas por litro de sangue, t horas depois de ser
( t) 2]
adminstrado, é dada por c2 (t) = t 2e-0,6t .

134 Estuda as funções definidas por: Mostra, por via analítica, que o tempo necessário
para se obter a concentração máxima é igual para
1 - x2
a) g(x) = x 3 e-x b) r(x) = 2 os dois medicamentos. Em qual deles a concentra-
ln (x) ção máxima é superior?
c) f(x) = ex ( x 2 + x) d) j(x) = ______
x
x-1 x
e) h(x) = ________ f) s(x) = _________
ln (1 - x) 2 - ln ( x 2 )
2
(ln (x)) x
g) t(x) = ________ h) l(x) = __________
x 1 + ln( | x| )

135 Seja h a função, de domínio R+ , definida por:

ln (x) [ln (x) + 2]


h(x) = _______________
2
ln (x) + 1
a) Mostra que h'(x) = _ e escreve uma 138 O Peperrápido e o Dalhegás disputam uma
x
equação da reta tangente ao gráfico de h no corrida de atletismo. A distância, em metros, entre
ponto de abcissa 1. os dois atletas, t minutos depois da partida, pode
t
b) Estuda o gráfico de h quanto ao sentido das ser dada, aproximadamente, por d(t) = _____ , tendo
t2 + 1
concavidades e existência de pontos de inflexão. o Peperrápido andado sempre à frente do Dalhegás.
Utilizando métodos analíticos, resolve as questões
136 A distância percorrida por um paraquedista, seguintes.
t segundos depois de ter aberto o paraquedas, a) Se o Peperrápido fez a prova em 2 minutos e
é dada, em metros, aproximadamente, por: 5 segundos, quando cortou a meta, a que distân-
d(t) = 25 + 6t - 25e -1,7t cia estava do Dalhegás? Apresenta a resposta
aproximada ao centímetro.
Determina a aceleração na queda, 3 segundos
depois de se abrir o paraquedas. Arredonda o valor b) Qual é a maior distância que separou estes dois
às centésimas do metro. atletas e em que instante da prova ocorreu?

PROFESSOR
0, _1 a conca- 137. c1 __ > c2 __
10 10
No intervalo
Soluções ] 2] (3) (3)
133. a) Concavidade voltada vidade está voltada para cima.
138. a) Aproximadamente a
para baixo em ] - ∞, 0] e vol-
135. a) y = x - 1 39 cm.
tada para cima em [ 0, + ∞ [ .
b) h tem a concavidade vol- b) A distância máxima foi
b) Concavidade voltada para 50 cm e ocorreu ao fim de um
tada para cima em ] 0, 1] e
baixo em ] - ∞, 1] e voltada minuto de prova.
para cima em [ 1, + ∞ [ . voltada para baixo em [ 1, + ∞[ ;
P (1, 0) é ponto de inflexão.
c) Para t > 0 , f(t) = ln (2t + 1)
2

e esta função é mais fácil de 136. d "(3) = - 0,44 m/s2


derivar.

Capítulo 3 | Funções logarítmicas 141


139 Um paraquedista salta de um helicóptero. 141 Sejam f e g as funções definidas por
x
O espaço percorrido pelo paraquedista ao fim de t f(x) = ln (x) e g(x) = 1 - __x e seja h = g ∘ f .
e
segundos é dado, em metros, por:
a) Estuda a existência de assíntotas ao gráfico da
e-0,2t função g e escreve equações das assíntotas que
d(t) = 55 t + __________ - 275 , com 0 ≤ t ≤ 5
( 0,2 ) identificares.
b) Estuda a função h quanto à monotonia e exis-
Mostra que a velocidade do paraquedista é crescente
tência de extremos relativos ou absolutos e
durante os primeiros cinco segundos e conclui qual
determina o contradomínio da função h .
é a velocidade máxima que o paraquedista atinge
c) No referencial seguinte estão representados parte
neste intervalo de tempo. Apresenta o resultado em
do gráfico da função f , a reta r e o triângu-
m/s com uma casa decimal.
lo [ABC] , retângulo em B .
y
140 As ações de uma SAD foram hoje aceites na r

Bolsa de Valores de Lisboa. As previsões apontam A


para que o valor de cada ação, daqui a t meses,
C
seja dado, em euros, por: O B x

3 ln (t + 1)
v(t) = 5 - _____________ f
t+1
a) Recorrendo exclusivamente a processos analíti-
Sabe-se que:
cos, determina a altura ideal para comprar estas • o ponto B pertence ao eixo das abcissas;
ações. Apresenta a resposta com a aproximação • o ponto A é o ponto do gráfico da função f
que achares adequada. 1;
com ordenada __
2
b) Passados anos, um acionista gaba-se de ter ne- • a reta r é tangente ao gráfico da função f no
gociado 1000 ações e ter ganho 1150 euros. ponto A e interseta o eixo das abcissas no
Comenta a afirmação deste acionista, apresen- ponto C .
tando os argumentos em que baseias a tua res- Por processos analíticos, determina a área do
posta. triângulo [ABC] .

PROFESSOR ações é v(e - 1) que, arredon-


e-1
dado por defeito, é 3,89 € e o D 'h = ____, + ∞
Soluções [ e [
valor das ações nunca ultra- __
139. Aproximadamente √e
passa 5 €.
34,8 m/s . c) __ (u.a.)
1000 * (5 - 3,89) = 1110 (euros) 8
140. a) Daqui a, aproximada-
mente, um mês e 22 dias. 141. a) y = 1 (em + ∞)
b) É falsa; mesmo comprando b) h é decrescente em ] 0, e]
as ações ao preço mínimo e e é crescente em [ e, + ∞ [ ;
vendendo-as ao preço má- e-1
ximo, nunca teria ganho esse h(e) = ____ é mínimo absoluto;
e
montante. O valor mínimo das

142 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


4 Exponenciais e
Funções
Logarítmicas
4. Modelos exponenciais
Se observarmos os gráficos das funções f e g , somos tentados a dizer que a função
f cresce sempre «ao mesmo ritmo» e que a função g começa por «crescer cada vez
mais depressa» e, num certo instante, começa a «abrandar o crescimento».

y y
Resolução
Exercícios de «Modelos
exponenciais»

f g

O x O x

A que nos estamos a referir? No primeiro caso, estamos a reconhecer, de modo


informal, que a taxa de variação é constante. No segundo caso, estamos a reco-
nhecer, também informalmente, que a taxa de variação começa por ser crescente
e depois passa a ser decrescente, pois a concavidade do gráfico passa de «voltada
para cima» para «voltada para baixo».

A situação que vamos estudar neste capítulo diz respeito a funções cuja taxa de
variação é diretamente proporcional à variação da função.

EXEMPLOS

1. Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = 3 * e 2x .

Tem-se:
f '(x) = (3 * e 2x) ' = 3 * (2x) ' * e 2x = 3 * 2 * e 2x = 2 * 3 * e 2x = 2f(x)
A igualdade f '(x) = 2f(x) traduz uma relação de proporcionalidade entre
f '(x) e f(x) .

2. Seja g a função, de domínio R , definida por g(x) = 2 * e - 0,5x .

Tem-se:
g '(x) = (2 * e - 0,5x) ' = 2 * (- 0,5x) ' * e - 0,5x = 2 * (- 0,5) * e - 0,5x =
= - 0,5 * 2 * e - 0,5x = - 0,5g(x)
A igualdade g '(x) = - 0,5g(x) traduz uma relação de proporcionalidade
entre g '(x) e g(x) .

Vamos poder concluir que as funções que estão nestas condições pertencem
todas a uma mesma família. Para obtermos essa conclusão, vamos introduzir
o conceito de equação diferencial.

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 143


Equações diferenciais
O que são equações diferenciais?
De modo informal, podemos dizer que são equações cuja incógnita é uma função
e que envolvem, pelo menos, uma das suas funções derivadas.
São exemplos de equações diferenciais as equações:
• f(x) + x f '(x) = 0
• f(x) + f '(x) = 2f "(x)
• f '(x) + f "(x) = x

A incógnita de qualquer destas equações é uma função (de variável real x) que
está designada pela letra f . Uma solução de cada uma destas equações, se exis-
tir, é uma função f .
Podemos verificar, por exemplo, que a função f definida por f(x) = __ 1 é solução
x
da equação diferencial f(x) + x f '(x) = 0 .
1 ' = - __
Tem-se f '(x) = (__ 1 e, portanto, f(x) + x f '(x) = __ 1
1 + x * - __ 1 __
__ 1
x) x2 x ( x2 ) = x - x = 0 .
142 Prova que a função f defi- Podemos também verificar que a função f definida por f(x) = ex é solução da
x2 equação diferencial f(x) + f '(x) = 2f "(x) .
nida por f(x) = __ - x + 1 é so-
2
lução da equação diferencial De facto, tem-se f '(x) = f "(x) = ex e, portanto:
f '(x) + f "(x) = x . f(x) + f '(x) = ex + ex = 2 ex = 2f "(x)

A ordem de uma equação diferencial é a maior das ordens das derivadas que
nela figuram.
Assim, a primeira das equações que apresentámos diz-se uma equação diferencial
de primeira ordem e as outras duas são equações diferenciais de segunda ordem.
Existem problemas em diferentes áreas de conhecimento cujo estudo conduz a
um modelo matemático envolvendo equações diferenciais de primeira ordem
que podem ser escritas na forma:

f ' = kf , sendo k um número real

Uma solução de uma equação desta forma é uma função real de variável real f ,
diferenciável, tal que: Ax å Df , f '(x) = kf(x) .

Se a função f representar a evolução de uma grandeza (que pode ser, por exem-
plo, a massa de uma substância radioativa, a dimensão de uma população ou a
temperatura de um sistema) em função do tempo, a equação f ' = kf traduz que
a taxa de variação num dado instante é diretamente proporcional à quantidade
de grandeza presente nesse instante.
Essa situação de proporcionalidade é um resultado teórico. A adoção de um
modelo para traduzir uma situação real corresponde sempre a uma simplifica-
ção da realidade que é admissível em intervalos de tempo limitados e desde que
se comprove que as discrepâncias entre os resultados teóricos e os resultados
observados não é significativa.

144 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Apresentamos, em seguida, exemplos de situações em que é razoável aceitar este
modelo de proporcionalidade.

EXEMPLOS

1. O método de datação por carbono-14 é usado desde 1949 para datar acha-
dos arqueológicos e assenta no facto de a proporção entre o carbono-12 e o
carbono-14 presente num ser vivo ser idêntica em todos os seres vivos ao
longo dos anos. Quando um organismo morre, o carbono-14 vai-se desin-
tegrando, mas o carbono-12 mantém-se constante. NOTA
Pode-se provar que, em cada instante t , a taxa de desintegração* da massa * Neste contexto, a taxa de variação
de carbono-14 é diretamente proporcional à massa existente nesse instante, designa-se por taxa de desintegra-
ção.
ou seja, m '(t) = k m(t) .

2. A taxa de variação de uma população (cuja evolução apenas depende dos


óbitos e nascimentos), em cada instante, é diretamente proporcional à
dimensão da população nesse instante.
A constante de proporcionalidade é a diferença entre as taxas médias de
natalidade, N , e de mortalidade, M , por habitante.
Portanto, P '(t) = (N - M) P(t) .

3. A taxa de variação instantânea da temperatura de um corpo é diretamente


proporcional à diferença entre a temperatura do corpo (T(t)) e a tempera-
tura ambiente (Ta), ou seja, T '(t) = k [T(t) - Ta] **. NOTA
** Este enunciado é conhecido como
Se designarmos por f(t) a diferença entre a temperatura do corpo no ins- lei do arrefecimento de Newton.
tante t e a temperatura ambiente, tem-se:
f '(t) = [T(t) - Ta]' = T '(t) = k [T(t) - Ta] = kf(t)

Vamos procurar identificar funções que satisfaçam as situações descritas.


143 Para cada uma das funções f
Já sabemos que, se f(x) = ex , então f '(x) = ex . que a seguir se definem, deter-
Assim, a função exponencial é solução da equação diferencial f ' = f . mina o valor de k para o qual
f ' = kf .
Podemos verificar que as funções f definidas por f(x) = c e kx , onde c é uma a) f(x) = e 3x
constante real, são soluções, em R , da equação diferencial f ' = kf , sendo k um
b) f(x) = 2 e -5x
número real.
e -0,25x
De facto, tem-se, para qualquer número real x : c) f(x) = _____
5
f '(x) = (c e kx)' = c( e kx)' = ck e kx = k(c e kx ) = kf(x)

SERÁ QUE…? A equação diferencial f ' = k f

Dado um número real k , seja g (definida num intervalo) uma solução da


equação f ' = kf e seja h a função definida por h(x) = e -kx g(x) .
a) Justifica que g '(x) = kg(x) .
b) Mostra que ∀ x å R, h '(x) = 0 .
c) Justifica que a função h é constante.

Será que podes concluir que todas as soluções da equação f ' = kf são defini- PROFESSOR
das por expressões da forma f(x) = c e kx ? Soluções
143. a) 3 b) - 5 c) - 0,25

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 145


144 Seja P definida por Com efeito, assim é! Dado que a derivada da função h é nula, em R , e o do-
P(t) = 10 e -0,01t mínio é um intervalo, podemos concluir que a função h é uma função constan-
a função que dá a evolução de te. Suponhamos que, Ax å R, h(x) = c .
c
uma população nas condições h(x) = c § e -kx g(x) = c § g(x) = ____ § g(x) = c e kx
descritas no exemplo 2 da pá- e -kx
gina anterior. Concluímos, portanto, que:
Determina, para esta popula-
ção, a diferença entre as taxas Toda a solução da equação f ' = kf é uma função definida por uma expressão
médias de natalidade e mortali- da forma f(x) = c e kx .
dade por habitante (taxa de cres-
cimento médio por habitante). Esta conclusão permite-nos resolver problemas como os que apresentamos em
seguida.

Exercícios resolvidos
1. O carbono-14 sofre desintegração radioativa de tal forma que a taxa de
variação, Q '(t) , da massa, Q(t) , existente numa amostra ao fim de
t anos é diretamente proporcional a Q(t) , sendo a constante de propor-
cionalidade igual a - 0,000 12.
a) Mostra que, a partir de uma massa inicial Q0 , a massa Q(t) existente
ao fim de t anos é dada por Q(t) = Q0 e -0,000 12t .
b) Uma amostra recolhida num túmulo contém apenas 30% do carbono-14
que se sabe estar presente nos organismos vivos. Determina a idade
aproximada dessa amostra, em anos, arredondada à unidade.
c) Uma amostra de origem vegetal foi datada de aproximadamente
15 200 anos. Qual é a percentagem de carbono-14 contida nessa amos-
tra, relativamente à quantidade inicial? Apresenta o resultado arredon-
dado às centésimas.
d) Determina a semivida do carbono-14, ou seja, quanto tempo é necessário
para que a quantidade de carbono-14 de uma amostra se reduza a metade.
Q(t + 1000)
e) Mostra que, para qualquer valor real de t , o quociente __________ é
Q(t)
145 A semivida do oxigénio ra- constante. Determina o valor dessa constante arredondado às centési-
dioativo é 2,1 minutos. Seja mas e interpreta-o no contexto descrito.
n(t) o número de átomos de
in Caderno de Apoio, 12.° ano
oxigénio radioativo num ins-
tante t . Resolução

a) Determina o valor de k para a) Tem-se Q '(t) = - 0,000 12Q(t) .


o qual n '(t) = kn(t) . Ora, sabemos que as soluções da equação Q '(t) = k Q(t) são funções
b) Quantos segundos são ne- definidas por expressões do tipo Q(t) = c e kt .
cessários para que se desin-
Então, neste caso, tem-se Q(t) = c e -0,000 12t .
1 da quantidade de
tegre __
8 A massa inicial corresponde ao instante t = 0 , portanto:
átomos de oxigénio radioati-
vo? Q0 = Q(0) = c e -0,000 12 * 0 = c e 0 = c * 1 = c
Apresenta o valor pedido ar- Então, Q(t) = Q0 e -0,000 12t .
redondado às unidades.
b) Já sabemos que Q(t) = Q0 e -0,000 12t .
PROFESSOR
A idade do fóssil é a solução da equação Q(t) = 0,3Q0 .
Soluções
Q(t) = 0,3 Q0 § Q0 * e -0,000 12t = 0,3 Q0 § e -0,000 12t = 0,3 §
144. - 0,01, ou seja, - 1%.
ln (0,3)
ln (2)
145. a) k = - _____ § - 0,000 12t = ln (0,3) § t = _________
2,1 - 0,000 12
b) 24 s
continua

146 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

Então, t ) 10 033 anos .


c) Tem-se Q(15 200) = Q0 e -0,000 12 * 15 200 = Q0 e -1,824 ) 0,16 Q0 .

A amostra tinha aproximadamente 16% da massa de carbono presente


na amostra à data da morte.

d) Pretende-se determinar o valor de P para o qual Q(t + P) = __ Q(t) .


1
2
1 Q(t) § c e - 0,000 12(t + P) = __
Q(t + P) = __ 1 c e - 0,000 12t §
2 2
1 e - 0,000 12t § e - 0,000 12P = __
§ e - 0,000 12t * e - 0,000 12P = __ 1§
2 2
1
ln (__
1
__ 2)
___________ 10
5
§ - 0,000 12P = ln ( ) § P = § P = ____ ln (2)
2 - 0,000 12 12
A semivida do carbono-14 é, aproximadamente, 5776 anos.

Q(t + 1000) Q0 e - 0,000 12(t + 1000)


e - 0,000 12t - 0,12
e) __________ = ________________
- 0,000 12t
= ______________
- 0,000 12t
=
Q(t) Q0 e e
e - 0,000 12t * e - 0,12
= _______________ = e - 0,12
e - 0,000 12t
Obtivemos uma expressão que não depende de t , o que permite con-
Q(t + 1000)
cluir que o quociente __________ é constante.
Q(t)
Um valor arredondado às centésimas de e - 0,12 é 0,87.
Q(t + 1000) HISTÓRIA
Então, __________ ) 0,87 , ou seja, Q(t + 1000) ) 0,87Q(t) . Thomas Robert Malthus
Q(t)
Foi um clérigo britânico, além de inte-
Interpretação lectual influente na sua época, nas
áreas de economia, política e demo-
Decorridos 1000 anos, a quantidade de carbono-14 presente numa grafia.
amostra é 87% da quantidade presente no início desse período, ou
seja, a cada mil anos, a quantidade de carbono-14 de uma amostra
reduz-se em 13%.

2. A população da Nova Zelândia era de 1,218 * 106 habitantes em 1921


e de 1,344 * 106 habitantes em 1926.
a) Supondo que na evolução desta população a taxa de variação da popu-
lação é diretamente proporcional à sua dimensão (lei de Malthus),
determina a população P(t) em qualquer instante t .
b) Sabendo que os valores da população, em milhões de habitantes, são os Thomas Robert Malthus (1766-1834)
que constam da tabela abaixo, analisa a adequação à realidade do mo- Malthus alertou que a população
delo que encontraste em a), no período de tempo considerado, calcu- crescia em progressão geométrica,
lando as percentagens de erro do modelo em relação aos dados reais. enquanto que a produção de ali-
mentos crescia em progressão arit-
Ano 1935 1945 1953 1977 mética. No limite, isso acarretaria
uma drástica escassez de alimen-
População (em milhões de habitantes) 1,491 1,648 1,923 3,14 tos e, como consequência, a fome.
Portanto, inevitavelmente o cresci-
in Caderno de Apoio, 12.° ano mento populacional deveria ser con-
trolado.
continua

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 147


continuação
146 Uma cultura de bactérias
cresce segundo uma função N Resolução
que, num intervalo [0, a] , é a) Atendendo a que estamos a admitir que P '(t) = kP(t) , sabemos que
solução da equação diferencial P(t) = c e kt .
f ' = kf .
Então, considerando que t = 0 corresponde ao ano 1921, tem-se:
⎧P(0) = 1,218 * 106
⎨ 6
⎩P(5) = 1,344 * 10
⎧c = 1,218 * 106
⎧P(0) = 1,218 * 106 ⎧c = 1,218 * 106 ⎪
⎨ § ⎨ § ⎨ 1,344 * 106 §
⎩P(5) = 1,344 * 10
6
⎩c e 5k = 1,344 * 10
6
⎪e 5k = ___________
⎩ 1,218 * 106
Sabendo que, duas horas depois
⎧c = 1,218 * 106 ⎧c = 1,218 * 106
de um instante inicial, o núme- ⎪ ⎪
ro de bactérias duplicou, deter- §⎨ 1,344 § ⎨ __ 1,344
1 ln ______
mina quantas horas são neces- ⎪5k = ln ______ ⎪k =
⎩ ( 1,218 ) ⎩ 5 ( 1,218 )
sárias para que o número de
bactérias triplique em relação 1,344
1 ln ______
__ t
5 ( 1,218 )
ao número de bactérias exis- Portanto, P(t) = 1,218 * 10 e 6
.
tentes nesse instante inicial.
Recorrendo a valores aproximados, tem-se que a população é dada, em
Apresenta a resposta em horas
e minutos, com o número de milhões de habitantes, por P(t) ) 1,218e 0,0197t .
minutos arredondado às uni- b) Acrescentemos, à tabela dos valores reais, os valores obtidos por conside-
dades.
ração deste modelo. Na última linha, registámos as percentagens de erro.

Ano 1935 1945 1953 1977


População
1,491 1,648 1,923 3,140
(em milhões de habitantes)
147 Um líquido é deixado a ar-
População estimada
refecer num ambiente em que a 1,581 1,925 2,254 3,617
(em milhões de habitantes)
temperatura se mantém cons-
Erro
tante. A temperatura desse lí- 0,090 0,277 0,351 0,477
(em milhões de habitantes)
quido, t minutos depois de ser
colocado a arrefecer, é dada, Percentagem de erro 6% 17% 18% 15%
em graus Celsius, por:
T(t) = 21 + 65 e -0,16t Podemos observar que o erro cometido é mais significativo quando a
a) Qual é a temperatura do lí- previsão se refere a anos mais afastados de 1926, nunca atingindo o
quido no instante em que foi meio milhão de habitantes. A adequação do modelo depende do cará-
colocado a arrefecer?
ter do estudo a que essa previsão se destinou.
b) Esse líquido vai ser bebido
quando atingir uma tempe-
ratura não superior a 45 ºC. 3. Uma chávena com água acabada de ferver (que se admite estar à tempe-
Quanto tempo será necessário ratura de 100 ºC) é deixada a arrefecer numa sala que está a uma tempe-
aguardar? Apresenta o valor ratura constante de 25 ºC. Sabendo que a taxa de variação da temperatu-
em minutos, aproximado às
unidades. ra em cada instante é diretamente proporcional à diferença entre a
temperatura ambiente e a temperatura da água, nesse instante, e sabendo
que ao fim de dois minutos a temperatura da
água atinge 80 ºC, determina ao fim de quan-
to tempo é que a temperatura da água atingi-
rá 50 ºC.
PROFESSOR
Apresenta o resultado em minutos, arredon-
Soluções
dado às unidades.
146. 3 h 10 min
in Caderno de Apoio, 12.° ano
147. a) 86 °C
b) Deve esperar, no mínimo, 7 minutos.
continua

148 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

Resolução
Designemos por T(t) a temperatura da água, t minutos depois de ter
sido deixada a arrefecer. Da afirmação, no enunciado, relativa à taxa de
variação, sabemos que:

• T '(t) = k(T(t) - 25)

• T(0) = 100

• T(2) = 80

Seja f a função definida por f(t) = T(t) - 25 .

Tem-se:

• f '(t) = (T(t) - 25) ' = T '(t)

• f(0) = T(0) - 25 = 100 - 25 = 75

• f(2) = T(2) - 25 = 80 - 25 = 55
148 Um líquido é deixado a ar-
refecer num ambiente em que a
De f '(t) = kf(t) conclui-se que f(t) = c e kt . temperatura se mantém cons-
tante. A temperatura desse lí-
Podemos, então, escrever: quido, t minutos depois de ser
⎧f(0) = 75 ⎧c e 0 = 75 ⎧c = 75 ⎧c = 75

⎧c = 75
⎪ ⎪
colocado a arrefecer é dada por:
⎨ § ⎨ ⎨
§ 2k ___ ⎨ 11 § ⎨k = __
55 § 2k = ln ___ 1 ln ___
11 T(t) = 18 + 72 e -0,12t
e = (
⎩f(2) = 55 ⎩c e 2k = 55 15 ) 2 ( 15 )
⎪ ⎪ ⎪

⎩ 75 ⎩ ⎩ a) Mostra que o tempo neces-


1 ln ___
11 t 1 ln ___
11 t
sário para a temperatura
__ __
2 ( 15 ) 2 ( 15 ) baixar dois graus não é
Assim, tem-se f(t) = 75 e e, portanto, T(t) = 25 + 75 e . constante.
b) Mostra que a taxa de varia-
Finalmente, o valor de t que pretendemos determinar é a solução da ção da temperatura em cada
1 ln ___
__ 11 t
2 ( 15 ) instante é diretamente pro-
equação T(t) = 50 , ou seja, 25 + 75 e = 50 . porcional à diferença entre a
temperatura ambiente e a
1 ln ___
__ 11 t 1 ln ___
__ 11 t 1
__ 11
___
25 ln t temperatura do líquido nesse
= ___ § 75 e
2 ( 15 ) 2 ( 15 ) 2 ( 15 )
25 + 75 e = 50 § e = 25 § instante e indica o valor da
75
constante de proporcionali-
§ __ 11 t = ln __
1 ln ___ 1 dade.
2 ( 15 ) (3) §
1
11 t = 2 ln __ 149 Recorre à lei do arrefeci-
§ ln (___ ( 3 )§
15 ) mento de Newton para deter-
minar uma expressão que per-
11 t = ln __
§ ln (___ 1
(9) §
mita calcular a temperatura, em
15 ) cada instante t , de um líquido
1 que é colocado a arrefecer à
ln(__
9)
temperatura de 90 °C e demora
§ t = ________ § 5 minutos a atingir a tempera-
11
ln(___ tura de 40 °C, num ambiente
15 ) em que a temperatura é 20 °C.
1
11 __ §
§ t = log ___
15 ( 9 )
PROFESSOR
§ t = log ___
15 (9)
Soluções
11

148. b) 0,12
ln __
2
O valor pedido é 7 minutos. (7)
- _______t
149. T(t) = 20 + 70 e 5

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 149


Exemplos de outros modelos envolvendo
funções exponenciais e funções logarítmicas
Modelo logístico
Os modelos de crescimento de populações não se esgotam com o modelo de
Simulador
Geogebra: Modelo Malthus que apresentámos. Quando o ambiente em que evolui a população tem
logístico recursos limitados, o modelo mais adequado é o chamado modelo logístico a que
+
corresponde uma função f , de domínio R 0 , definida por uma expressão da
c
forma f(x) = _______ , com a > 0 , b > 0 e c > 0 . A taxa de variação é sempre
1 + a e -bx
positiva, mas, a partir de um determinado instante, começa a diminuir.
Este modelo também é adequado à evolução de epidemias.

Modelo de crescimento limitado


Este modelo é adequado a situações em que uma grandeza cresce, mas a sua
taxa de variação é sempre decrescente.
Uma função com essas características é definida por uma expressão da forma
+
f(x) = a(1 - e -bx ) , de domínio R 0 , com a > 0 e b > 0 .
Os modelos de aprendizagem e de crescimento económico de empresas são, em
geral, deste tipo.

EXEMPLOS

1. Modelo logístico 2. Modelo de crescimento limitado

y f y f

5
f(x) = ___________ f(x) = 5(1 - e-0,8x)
1 + 4e-0,8x

O x O x

Nos exercícios seguintes surgem exemplos destes e de outros modelos que envol-
vem funções exponenciais e logarítmicas.

Exercícios resolvidos
Calculadoras gráficas 1. Durante um certo período de tempo, o número de animais de determina-
Casio fx-CG 20 ...... pág. 191 da espécie numa reserva natural é dado, aproximadamente, por
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 196
100
TI-Nspire CX .......... pág. 202 P(t) = __________ , sendo t o número de anos decorridos a partir do dia
1 + 10 e -0,2t
1 de janeiro de 1990.
a) Determina o número de animais da referida espécie na reserva em 1 de
janeiro de 1990.
b) Mostra que a função P é crescente e determina o valor de t para
o qual a taxa de variação de P atinge o valor máximo.
Mais sugestões de trabalho
c) Obtém um gráfico de P recorrendo à calculadora e interpreta geome-
Exercícios propostos n.os 154 a 162
(págs. 158 e 159). tricamente o valor obtido na alínea b).
continua

150 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação
150 Num laboratório estuda-se
Resolução a evolução de algumas popula-
100 100 100 ções de animais microscópicos.
a) Tem-se P(0) = ___________ = _____ = ____ O número de indivíduos, em
1 + 10 e
-0,2 * 0
1 + 10 11
milhares, de uma destas popu-
No contexto do problema, a resposta deve ser: em 1 de janeiro, havia nove lações, t horas após um ins-
animais da referida espécie na reserva. tante inicial, t = 0 , é dado,
100 ' 0 - 100 * (1 + 10 e -0,2t) ' 200 e -0,2t
para um certo valor real de k ,
b) P '(t) = __________ = ____________________ = ____________ 20
( 1 + 10 e -0,2t ) (1 + 10 e -0,2t )
2
(1 + 10 e -0,2t )
2 por N(t) = _______ .
1 + 3 e -kt
Dado que a função exponencial só toma valores positivos, pode-se con- a) Determina k , sabendo que,
+ 30 minutos depois do ins-
cluir que ∀ t å R 0 , P '(t) > 0 e, portanto, a função P é crescente. tante inicial, a população ti-
Vamos agora estudar a taxa de variação, determinando P "(t) . nha aumentado 25%.
Apresenta o resultado arre-
200 e -0,2t ' dondado às centésimas.
P "(t) = ____________2 =
((1 + 10 e -0,2t ) ) b) Admite que k é um número
positivo. Mostra que a fun-
2
- 0,2 e -0,2t * (1 + 10 e -0,2t ) - e -0,2t * 2 * (1 + 10 e -0,2t ) * (- 2) * e -0,2t ção N é crescente e determi-
= 200 * _______________________________________________________
4
= na a partir de que valor da
(1 + 10 e-0,2t ) população é que o cresci-
2
- 0,2 e -0,2t * (1 + 10 e -0,2t ) + 4 e -0,2t * e -0,2t * (1 + 10 e -0,2t ) mento começa a diminuir.
= 200 * ________________________________________________
4
=
(1 + 10 e -0,2t )
- 0,2(1 + 10 e -0,2t ) + 4 e -0,2t
= 200 e -0,2t * (1 + 10 e -0,2t ) * ______________________ 4
=
(1 + 10 e -0,2t )
- 0,2 - 2 e -0,2t + 4 e -0,2t
= 200 e -0,2t * ___________________ 3
=
(1 + 10 e -0,2t )
2 e -0,2t - 0,2
= 200 e -0,2t * ___________3
(1 + 10 e -0,2t )

1 §
P "(t) = 0 § 2 e -0,2t - 0,2 = 0 § e -0,2t = ___
10

1 § t = - 5 ln ___
§ - 0,2t = ln (___ 1 §
10 ) ( 10 )

§ t = 5 ln (10)

Dado que, 2 e -0,2t - 0,2 > 0 § t < 5 ln (10) , conclui-se que a taxa de varia-
ção atinge o valor máximo quando t = 5 ln (10) .

c)

P(t)
P

O 5ln (10) t PROFESSOR


Soluções
O valor obtido em b) é a abcissa do ponto de inflexão do gráfico. 150. a) k ) 0,62
b) 10 000 indivíduos.
continua

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 151


continuação
151 Os psicólogos usam fun-
2. A magnitude de um sismo, na escala de Richter, é dada por M = __ 2 log ___
E ,
ções da família definida por 3 (E0)
P(t) = a(1 - e -bt ) para estimar o
onde E designa a energia libertada pelo sismo, medida em joule, e E0 designa
número de palavras que se espe-
ra que um indivíduo seja capaz a energia libertada num sismo de fraca intensidade, tomado como referência
4,4
de fixar durante um intervalo (E0 = 10 J).
de tempo t , expresso em minu-
tos. Admite que, para indiví- a) Determina a magnitude do sismo de agosto de 2016 em Amatrice
9,3
duos de um grupo com determi- (Itália), sabendo que a energia libertada foi 10 vezes superior a E0 .
nadas características (idade,
escolaridade, …), os psicólogos
consideram a = 200 .
Um indivíduo desse grupo deco-
rou 20 palavras em 5 minutos.
a) Mostra que o valor de b
para este indivíduo, arredon-
dado às milésimas, é 0,021 e
utiliza este valor para resol-
ver os itens seguintes.
b) Determina o número de pala-
vras que se espera que esse in- b) Exprime a energia libertada num sismo em função da sua magnitude.
divíduo decore em 10 minutos.
c) Mostra que a diferença de magnitudes entre dois sismos em que um
c) Se um outro indivíduo do
mesmo grupo decora 160 pa- liberta uma quantidade de energia 100 vezes superior à energia libertada
lavras no mesmo intervalo de no outro é constante e apresenta o valor dessa constante arredondada
tempo em que o primeiro in-
às décimas.
divíduo decora 180, qual é o
valor de b para este indiví-
duo? Apresenta o valor arre- Resolução
dondado às milésimas. a) A magnitude pedida é dada por:
9,3
152 Seja N(I) = 10 log ( 1012 I) o __ 10 * E0
2 log ________ 2
__ 9,3 2
__
nível de um som com intensi- 3 ( E0 ) = 3 log ( 10 ) = 3 * 9,3 = 6,2
dade I . O sismo de Amatrice teve magnitude 6,2 na escala de Richter.
a) Mostra que:
3M
____
N(I) = 120 + 10 log (I) 2 E 3M E E §
b) M = __ log _____ § ____ = log _____ § 10 = _____
2
b) Se a intensidade de um som é 3 ( 10 )
4,4
2 ( 104,4 ) 10
4,4

50 vezes superior ao de ou- 3M


____ + 4,4
tro, qual é a diferença de ní-
§ E = 10 2
vel entre ambos?
Apresenta o valor pedido ar-
redondado às unidades. c) Sejam M(E1) e M(E2) as magnitudes dos dois sismos, sendo E1 = 100E2 .
c) Mostra que a função N é
100 E2
2 log ______ E2
2 log ___
solução da equação diferen- M( E1) - M(E2) = M(100 E2) - M(E2) = __ - __ =
N '(I) 3 ( E0 ) 3 ( E0 )
cial N "(I) = - _____ .
I 100 E2
2 log ______ E
d) Exprime a intensidade de um = __ - log ___2 =
som em função do seu nível. 3 [ ( E0 ) ( E0 )]

E2
2 log 100 * ______ E
PROFESSOR = __ - log ___2 =
3[ ( E0 ) ( E 0 )]
Soluções

ln __
E2
2 log (100) + log ___ E 2 log (100) = _
2 * 2 = __
4
= __ - log ___2 = __
10
( 9) 3 [ ( E0 ) ( E0 ) ] 3 3 3
151. a) _______ ) 0,021
5
b) 38 palavras c) b ) 0,015 Provámos que a diferença das magnitudes é constante; é, aproximada-
152. b) 17 (unidades de nível de som) mente, 1,3.
__
N - 12

d) I(N) = 10 10
continua

152 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


continuação

3. Uma substância desintegra-se de tal forma que uma massa inicial de Resolução
12  mg se reduz a 4 mg em meia hora. Sabe-se, também, que a taxa de Exercício 152 (resolução
passo a passo)
variação instantânea da massa (ou seja, a taxa de desintegração) em qual-
quer instante t é diretamente proporcional à massa, M(t) , existente
nesse instante.
a) Prova que, considerando a massa inicial indicada, a massa M , em mg, 153 O decaimento radioativo
desta substância ao fim de t horas é dada por M(t) = 4 * 3- 2t + 1 . do estrôncio-90 é dado pela
1t
- ___
b) Compara a taxa média de variação, ou seja, a taxa de desintegração função m(t) = m0 2 29 , onde t
média, na primeira e na segunda horas. é o tempo, medido em anos,
após um instante inicial t = 0 .
c) Determina uma expressão de M "(t) e interpreta o significado do seu
a) Mostra que
sinal no contexto da situação. 1 m(t)
At å R , m(t + 29) = __
+

2
Resolução e interpreta esta conclusão
no contexto descrito.
a) Já sabes que, da relação de proporcionalidade entre M '(t) e M(t) ,
b) Estuda a taxa de variação do
conclui-se que M(t) = c e kt . decaimento radioativo quanto
⎧M(0) = 12 ⎧c e 0 = 12 ⎧c = 12 ⎧c = 12 à monotonia.
⎪ ⎪

⎨ § ⎨ 0,5k § ⎨ 0,5k ___ §⎨ 1 §


⎩M(0,5) = 4 ⎩c e = 4 e = 4 0,5k = ln(__
3)
⎪ ⎪

⎩ 12 ⎩
⎧c = 12

⎧c = 12 ⎪

§⎨ 1 § ⎨ 1
k = 2 ln (__) k = ln(__
9)
⎪ ⎪

⎩ 3 ⎩
t
1 t 1
ln(__ t
ln(__ 1
M(t) = 12 e 9)
= 12 (e
9)
) = 12 * __ -2t -2t + 1
(9) = 4 * 3 * 3 = 4 * 3

M(1) - M(0) 4 * 3-1 - 4 * 3 4 32


b) t.m.v. [0, 1] = ___________ = ____________ = __ - 12 = - ___ (mg/h)
1-0 1 3 3

M(2) - M(1) 4 * 3-3 - 4 * 3-1 4 __ 32


t.m.v. [1, 2] = ___________ = _____________ = ___ - 4 = - ___ (mg/h)
2-1 1 27 3 27
PROFESSOR
A taxa média de variação na primeira hora é menor do que na segunda, Soluções
mas, dado que são ambas negativas, a primeira tem maior valor abso-
153. a) A semivida do estrôncio-90 é 29
luto, o que indicia uma variação mais rápida no intervalo [0, 1] . anos.
b) At ≥ 0 , m "(t) > 0 de onde se con-
c) M "(t) = [M '(t)] ' = clui que a taxa de desintegração é
crescente e, atendendo a que a taxa de
= [4 * (- 2) * 3-2t + 1 * ln (3)]' = desintegração é negativa, isso significa
que a desintegração se vai fazendo de
= - 8 ln (3) (3- 2t + 1)' = modo cada vez mais lento.

= - 8 ln (3) * (- 2) * 3- 2t + 1 * ln (3) = Caderno de exercícios


Modelos exponenciais
= 16 ln (3) * 3- 2t + 1
2

+ Mais sugestões de trabalho


Tem-se At å R 0 , M "(t) > 0 . Portanto, a taxa de desintegração é uma
função crescente que, sendo negativa, é, em valor absoluto, cada vez Exercícios propostos n.os 163 a 170
menor. À medida que o tempo passa, a desintegração vai-se fazendo de (págs. 160 e 161).
+Exercícios propostos
forma cada vez mais lenta. (págs. 162 a 187).

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 153


Síntese
Aplicando, a um capital inicial C0 , juros compostos à taxa de r% por um
período de tempo T , o capital disponível ao fim de n períodos de tempo
p. 81 Juros compostos T , com n ∈ N , é dado por:
n
r
Cn = C0 (1 + ____)
100

Dado um número real r , um número natural n e um capital C0 , disponí-


vel no início de um determinado período de um ano, dividindo esse ano em
n períodos iguais de medida temporal T e aplicando ao capital inicial C0
r
juros compostos à taxa de __ % durante esses n períodos, o capital dispo-
p. 83 Generalização
n n
r
nível no fim do ano é dado por Cn = C0 (1 + _____) .
100n

O número representado pela letra e designa-se por número de Neper e é o


n n
1 , ou seja, lim 1 + __
limite da sucessão de termo geral un = (1 + __ 1 =e.
p. 86 Número de Neper n) ( n)
O número e é um número irracional cujo valor arredondado às milésimas
é 2,718.

Seja a um número real positivo, diferente de 1. y

A função, de domínio R , definida por f(x) = ax


0<a<1 a>1
é designada por função exponencial de base a .

Relativamente a esta função, sabe-se que:


O x
• é contínua;
• é decrescente se 0 < a < 1 e é crescente se a > 1 ;
• se 0 < a < 1 , então lim ax = 0 e lim ax = + ∞ ;
x " +∞ x " -∞

• se a > 1 , então lim a = + ∞ e lim ax = 0 .


x
x " +∞ x " -∞
pp. 92,
97 e 98
Funções exponenciais Para quaisquer números reais x e y e sendo a e b números reais positi-
vos, são válidas as propriedades algébricas seguintes:
• ax * a y = a x + y
y
• ( ax ) = a x y 1 = a-x
• __
ax
x
ax ax a
• __y = a x - y • __x = (__)
x x
• ax b = (ab)
a b b

No contexto do nosso estudo, a função, de domínio R , definida por f(x) = ex ,


ou seja, a função exponencial de base e , será designada apenas por função
exponencial e pode ser representada por exp: exp (x) = ex .
x x
k k
Tem-se: lim (1 + __) = lim (1 + __) = e k
x " +∞ x x " -∞ x

ex - 1
p. 100 Limite notável lim _____ = 0
x"0 x

Derivada da função A função exponencial é diferenciável em R e exp' (x) = exp (x) , ou seja,
p. 100
exponencial ( e x) ' = e x

154 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Seja a um número real positivo, diferente de 1.
+
A função f : R " R definida por f(x) = ax (função exponencial de base a)
-1 +
é uma função bijetiva. A sua inversa é uma função bijetiva f : R " R ,
-1
designada por logaritmo de base a . Escreve-se f (x) = loga (x) e tem-se:
ax = y § x = loga (y)
+
Tem-se: ∀ x å R, loga ( ax ) = x e ∀ x å R , a log (x) = x
a

y
a >1
Relativamente à função logaritmo, sabe-se que:
• é contínua e é injetiva;
O x
• tem um único zero (loga (x) = 0 § x = 1);
pp. 108 Funções logarítmicas • é decrescente se 0 < a < 1 e é crescente se a > 1 ;
0< a <1
a 111 (ou funções logaritmo)
• se 0 < a < 1 , então lim loga (x) = - ∞ e lim loga (x) = + ∞ ;
x " +∞ x"0

• se a > 1 , então lim loga (x) = + ∞ e lim loga (x) = - ∞ .


x " +∞ x"0

Para quaisquer números reais positivos x e y e qualquer número real z ,


sendo a e b números reais positivos diferentes de 1, são válidas as pro-
priedades algébricas seguintes:
x
• loga (x) + loga (y) = loga (xy) • loga (x) - loga (y) = loga __
(y)
1 = - log (y) logb (x)
• loga __ a • loga ( xz ) = z loga (x) • loga (x) = ________
(y) logb (a)

Exponencial de base a : (ax)' = ax ln (a), x å R


pp. 120 1 ,xåR
Função logaritmo de base e : ln ' (x) = __
+

e 121
Derivadas x
1 , x å R+
Função logaritmo de base a : log 'a (x) = ________
x ln (a)

ex
__ ln (x)
p. 122 Limites notáveis • lim = + ∞, k å R • lim ______ = 0
x " +∞ xk x " +∞ x
Decaimento da massa m de uma substância radioativa:
+
m(t) = m0 e -kt, k å R , m0 é a massa no instante t = 0 .

Evolução de uma população P :


pp. 146
Modelos exponenciais P(t) = P0 e (N - M) t , P0 é a população no instante t = 0 , N e M são, respeti-
a 149 vamente, as taxas médias de natalidade e de mortalidade, por habitante.

Temperatura , T , de um sistema:
+
T(t) = Ta + ( T0 - Ta ) e -kt , k å R , T0 é a temperatura no instante t = 0
e Ta é a temperatura ambiente (suposta constante).

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 155


Teste 7 Grupo I

5 Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

1. Sejam a , b e c números reais positivos todos diferentes de 1, tais que


1 . Qual é o valor de log ___
loga (b) = - 2 e logb (c) = __
a __
?

5
b
2 ( c 2√b )
3 1
(A) - 2 (B) - __ (C) - 1 (D) - __
2 4

2. Seja f uma função quadrática.


Sabe-se que:
• o gráfico de f passa na origem do referencial e tem a concavidade voltada
para baixo;
• 1 é um dos zeros de f .
f(x)
Em qual das opções seguintes pode estar o valor de lim _____ ?
x"0 e - 1
x

(A) - ∞
1
(B) - __
1
(C) __ (D) + ∞
2 2

3. Seja f a função quadrática representada graficamente e seja g a função


definida por g(x) = log2 (x) .
y
2

-2 O 2 x

Qual é o contradomínio da função composta g ∘ f ?

(A) ] 0, 2] (B) ] 0, 1] (C) ] - ∞, 2] (D) ] - ∞, 1]

4. Qual é, daqui a 10 anos, o valor de um produto que vale hoje 1000 euros
e desvaloriza 0,5% a cada seis meses?
(A) 900 euros (B) 904,61 euros
(C) 950 euros (D) 951,11 euros

PROFESSOR
5. O ginásio SOSsaúde tem quatro fisioterapeutas. Num certo dia houve seis
Soluções utentes que precisaram dos serviços de um fisioterapeuta. Supondo que fize-
1. (A) ram a sua escolha ao acaso, qual é a probabilidade de não chamarem todos
o mesmo fisioterapeuta?
2. (C)
6
A4 4 4! 1
(A) ___ (B) 1 - ___ (C) ___6 (D) 1 - __5
3. (D)
6 6
4. (B) 4 A4 4 4
5. (D) Ajuda

156 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

⎧ log0,5 (1 - x) se x ≤ 0

1. Seja f a função definida por f(x) = ⎨ 2 - 1 se x > 0 .


x ln(__

⎩ x)
a) Mostra que a função f não é contínua no ponto 0. PROFESSOR
b) Caracteriza a função f ' e escreve a equação reduzida da reta tangente ao Soluções
⎧_ -1
gráfico de f no ponto de abcissa 2. ⎪(x - 1) ln (2) se x < 0
1. b) f '(x) = ⎨
⎪ln __2 - 1 se x > 0
2. O césio-137 é um elemento radioativo cuja semivida é 30 anos. A taxa de ⎩ (x)
desintegração do césio em cada instante t é diretamente proporcional à y = -x + 1
massa M(t) presente na amostra. 2. b) Mais de 60 anos.
t
___
1
a) Mostra que M(t) = M0 __
30 c) A taxa de desintegração, quando
( 2 ) , sendo M0 a massa inicial e t dado em anos. se desintegrou 10% da massa inicial,
é 9 vezes superior à taxa de desin-
b) Determina quantos anos têm de decorrer para que a massa de césio pre-
tegração quando falta desintegrar
sente na amostra seja inferior a 25% da massa inicial. Apresenta o resul- 10% da massa inicial.
tado arredondado às unidades.
3. b) No dia 9 de março de 2015.
c) Compara as taxas de desintegração quando apenas se desintegrou 10% da
4. a) x = 0 e y = 2x + 2
massa inicial na amostra e quando falta desintegrar 10% dessa massa inicial.
b) A área mínima é e2 (u.a.).

3. No dia 1 de março de 2015, foram colocados num lago de uma estufa um


certo número de nenúfares. O número de nenúfares nesse lago, t dias após
120
o dia 1 de março de 2015, é dado por N(t) = ________ , com t ≥ 0 .
1 + 7 e -0,2t
a) Prova que existe um valor de k å R para o qual a função N satisfaz a
equação diferencial N ' = kN(120 - N) .
b) Uma outra espécie de nenúfares foi colocada num outro tanque dessa
estufa no mesmo dia 1 de março. O número de nenúfares desta espécie é
150
dado por M(t) = _________ . Determina em que dia é que o número de
1 + 50 e -0,4t O ponto P desloca-se no gráfico
nenúfares foi igual nos dois lagos. da função g e o ponto A acom-
panha o movimento do ponto P ,
1
__ de modo que seja sempre
4. Seja f a função definida por f(x) = 2x ex . ‾
PO = ‾
PA .
a) Mostra que existem duas retas que são assíntotas ao gráfico da função
y
e escreve equações que definam cada uma dessas retas.
b) No referencial ao lado estão representados parte do gráfico da função g , g
P
+
que é a restrição da função f a R , e o triângulo [OPA] . Determina a
área do triângulo [OPA] que tem menor área.

+
5. Seja g uma função, de domínio R , cujo gráfico admite uma assíntota paralela O A x
x2 1
à reta de equação x + 2y = 0 e seja f a função definida por f(x) = - __ ln (1 + __ .
2 x)
Sabe-se que existe uma reta não vertical que é assíntota ao gráfico da função
f + g . Mostra que essa reta é paralela à reta que contém a bissetriz do segundo
quadrante.
Resolução

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 157


Exercícios propostos
1
__
154 Seja f a função definida por f(x) = e x . Mostra Em 2000, a população dessa região era 40 milhões
e, em 2015, era 56 milhões.
que a função f é solução da equação diferencial
f(x) + x2 f '(x) = 0 . a) Escreve uma expressão que permita estimar a
população nessa região (em milhões) em função
155 A massa de uma substância radioativa desinte- do número t de anos que decorreram depois de
t
- ___ 2000 (considera que t = 0 corresponde ao ano
gra-se segundo a lei M (t) = A * e 25 , sendo M ex- 2000).
presso em gramas e t em séculos.
b) Qual é a previsão do número de habitantes em
a) Se, ao fim de 500 anos, a massa da amostra é
2020? Apresenta o valor em milhões, arredon-
300 mg, qual é a massa inicial? dado às unidades. Se, em cálculos intermédios,
Apresenta o valor em mg, arredondado às uni- procederes a arredondamentos, conserva, no
dades. mínimo, quatro casas decimais.
2
b) Quantos anos demora a massa a reduzir-se a __
3 c) Em que ano se prevê que a população tenha
da massa inicial? duplicado em relação à que existia em 2000?

156 Uma massa de 50 g de rádio-226 existente


158 A temperatura C , em graus Celsius, de uma
numa amostra no instante t = 0 desintegra-se ao
longo do tempo. Em cada instante t , a taxa de va- bebida de chocolate, t minutos depois de ser colo-
riação instantânea da massa, m '(t) , é proporcional cada numa caneca térmica, numa sala em que a tem-
à massa m(t) existente nesse instante. peratura ambiente se mantém constante, decresce de
acordo com a lei C(t) = a + b e -0,04t , a, b å R .
Sabe-se que, ao fim de um ano, a massa de rádio-226
existente nessa amostra é m(1) e m(1) = 49,9785 g . Determina a temperatura ambiente, sabendo que a
bebida que foi colocada na caneca às cinco da tar-
a) Qual é a massa de rádio-226 existente nessa
de, à temperatura de 75 ºC, pode ser bebida, às cin-
amostra ao fim de dois anos?
co e um quarto, à temperatura de 50 ºC.
Apresenta o resultado em gramas, arredondado
às milésimas. Apresenta o resultado arredondado às décimas.

b) Quantos anos têm de decorrer para que se desin-


tegre metade da massa inicial de rádio-226? 159 A avó da Maria vai beber um chá. A tempera-
Apresenta o valor arredondado às unidades. tura do chá desceu de 80 °C para 50 ºC em 5 minu-
Adaptado de Caderno de Apoio, 12.° ano tos. Na sala onde a avó da Maria se encontra a
temperatura ambiente é 25 ºC.
157 A população de uma certa região está a cres- Considerando a lei do arrefecimento de Newton
cer de tal modo que a taxa de variação da popula- (C(t) = a + b e -kt), determina o valor de k .
ção em cada instante é diretamente proporcional à Considera o tempo dado em minutos e apresenta o
população nesse instante. valor de k arredondado às milésimas.

PROFESSOR 156. a) 49,957 mg 158. 19,6 °C


Soluções b) 1612 anos ln (1,4) 159. 0,158
______ t
155. a) 366 mg 157. a) P(t) = 40 e 15

b) 1014 anos b) 63 milhões


c) Em 2031.

158 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


160 De acordo com o modelo de aquecimento/ar- a) Determina os valores exatos de a e k , admitindo
que, dois dias depois da contagem inicial dos
refecimento de Newton, a taxa de variação da tem-
biólogos, que se cifrou em 20 000 gafanhotos, já
peratura de um corpo em cada instante t é direta-
tinham morrido 6000.
mente proporcional à diferença entre a temperatura
do corpo nesse instante e a temperatura ambiente b) Determina o valor exato de k , admitindo que a
(suposta constante). cada dois dias o número de gafanhotos se reduz
Sabe-se que a massa de um bolo, à temperatura de a metade.
20 ºC, foi colocada no forno que está à temperatu-
ra de 220 ºC. Decorrido um quarto de hora, a tem-
peratura da massa tinha atingido 120 ºC. 162 Um recipiente contém uma certa quantidade

a) Determina a temperatura da massa ao fim de de açúcar. Para dissolver o açúcar, enche-se o reci-
meia hora. piente com água.
Apresenta o valor arredondado às unidades. Admite que a massa, em gramas, de açúcar ainda
b) O bolo foi retirado do forno quando a sua tem- não dissolvido, t minutos após o início do proces-
peratura era 200 ºC. Quanto tempo esteve no so de dissolução é dado por:
forno? M(t) = 50 e -0,02t , t ≥ 0
Apresenta o resultado em minutos, arredondado
às unidades. a) Determina a massa de açúcar dissolvida durante
a primeira meia hora. Apresenta o resultado
aproximado ao miligrama.
161 Certa região foi assolada por uma praga de gafa-
b) Mostra que a taxa de dissolução em cada ins-
nhotos. A função g , definida por g(t) = a * ekt + 1 , com
tante é diretamente proporcional à massa de
a e k constantes reais, exprime, em milhares, o núme-
açúcar ainda não dissolvido nesse instante.
ro de gafanhotos que existem nessa região, t dias de-
pois da intervenção dos biólogos no sentido de dizi- c) Supõe agora que uma outra substância também
mar a praga. entrou em processo de dissolução ao mesmo
tempo que o açúcar. A massa deste produto ain-
da não dissolvido, em gramas, t minutos depois
do início do processo é dada por:
M1(t) = 35 e -0,01t + 10 , t ≥ 0

c1) Mostra que ficam sempre por dissolver pelo


menos 10 gramas deste produto.

c2) Determina, por processos analíticos, ao fim


de quanto tempo é que as quantidades dos
dois produtos ainda não dissolvidos são
iguais. Apresenta o resultado em minutos e
segundos, com os segundos arredondados às
unidades.

PROFESSOR ___ 162. a) 22,559 g


161. a) k = ln (√0,7 ) e a = ___
20
Soluções ___ e b) M ' (t) = - 0,02M(t)
160. a) 170 °C b) k = ln (√0,5 ) c2) 8 min 34 s
b) 50 min

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 159


163 Sabe-se que a massa de uma determinada 166 A Vila do Mar tem cinco mil habitantes. Um
substância desintegra-se de tal forma que uma mas- certo dia ocorreu nessa vila um acidente que foi
sa inicial de 2 g se reduz a 1 g em 20 minutos. Sabe- presenciado por 40 pessoas. Passados quatro dias,
-se também que a massa m , em gramas, desta toda a população ficou a saber desse acidente.
substância é dada por m(t) = a e -kt , sendo t o tem- Admite que, t horas depois do acidente, o número
po, em horas, decorrido depois de um instante ini- (expresso em milhares) de habitantes de Vila do
cial t = 0 , em que a massa era 2 g . Mar que sabiam do ocorrido era dado, aproxima-
damente, por:
a) Mostra que a = 2 e k = 3 ln (2) .
a
-3t + 1 f (t) = _______
b) Prova que m(t) = 2 . 1 + b e - 0,3t
c) Determina o tempo necessário para que a massa Determina os valores de a e b .
inicial fique reduzida a 200 mg.
Apresenta o resultado em horas e minutos, com
o número de minutos arredondado às unidades. 167 No dia 1 de outubro de 2000 estrearam duas
telenovelas A e B em dois canais diferentes de
televisão. O número médio diário de espetadores
164 O António adoeceu exatamente no dia em que
de cada uma das novelas variou ao longo das sema-
ia fazer a apresentação pública do seu livro. Vai nas de exibição segundo as leis:
tomar um medicamento cuja concentração no san-
40
gue, t horas depois de ser tomado é dada por: A(t) = _______
1 + 2 e - 0,1t
-0,8t
c(t) = t2 e
30
B (t) = ______
O António pretende que o medicamento atinja a 1 + e - 0,1t
concentração máxima 10 minutos depois do início
da apresentação, que está marcada para as 18 horas. em que A(t) e B(t) estão expressos em milhares e
Qual é a altura ideal para tomar o medicamento? t em semanas.

Resolve o problema por processos analíticos e Responde às questões seguintes por via analítica.
apresenta a resposta em horas e minutos.
a) No dia da estreia, qual das novelas teve maior
audiência?
165 Mostra que a função f , de domínio R , defi-
b) A partir de que semana é que a telenovela A pas-
nida por:
et sou para a frente da B , em termos de audiências?
f (t) = _____t
1 + 2e
c) Alguma das novelas poderá ter ultrapassado os
é uma função logística, ou seja, pode ser escrita na
35 000 espetadores diários? Qual e em que con-
forma:
dições?
c
f (t) = _______
1 + a e -bt
d) Em que semana é que a taxa de variação da
e identifica os valores de a , b e c . audiência da telenovela A começou a diminuir?

PROFESSOR 165. a = 0,5 , b = 1 e c = 0,5 c) A novela A , se estiver em


Soluções exibição durante pelo menos
166. a = 5 e b ) 124
26 semanas e meia (aproxima-
163. c) t ) 1 h 6 min 167. a) B damente).
164. Às 15:40. b) A partir de 18 de novembro. d) No final da sétima semana.

160 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


8
168 Certo dia, na praia de Santa Cruz, um banhista a) Mostra que r(t) = __________ .
1 + 10 e
- 0,5t

sentiu-se mal e agitou a mão a pedir ajuda. b) Prova que a função r é crescente e determina o
número máximo de reações corretas do rato,
por minuto.
c) Determina o valor de t para o qual a taxa de
variação de r toma o maior valor.
Apresenta o valor em minutos, arredondado às
décimas.
d) Determina o número de reações corretas nos

Algumas pessoas testemunharam o pedido e, t mi- primeiros cinco minutos da experiência.


nutos depois, o número de pessoas a olhar para o
mar era dado, em dezenas, aproximadamente, por: 170 A magnitude, M , de um sismo é dada, na escala
60
n (t) = ________ de Richter, por M = 0,67 log (E) - 3,25 , sendo E
1 + 14 e - 0,6t
a energia libertada nesse sismo, em joule.
a) Quando o número de pessoas a olhar para o mar
a) O sismo que ocorreu na Indonésia em dezembro
atingiu meio milhar, quantos minutos tinham
passado depois do banhista pedir socorro? de 2004 teve magnitude 9,1 na escala de Richter.
Qual foi a energia libertada nesse sismo?
b) Alguns dias depois ocorreu uma situação idêntica,
Escreve o resultado em notação científica, ou
testemunhada, inicialmente, pelo mesmo número
seja, na forma a * 10b , sendo b um número
de pessoas. Desta vez suscitou menos curiosidade
pois, decorrido o mesmo tempo t , não havia tan- inteiro e sendo a um número entre 1 e 10 .
ta gente a olhar para o mar. Admite que o número Apresenta o valor de a arredondado às décimas.
de pessoas a olhar para o mar t minutos depois
do pedido de socorro é dado, em dezenas, por:
60
s (t) = _______
1 + a e - bt
+
para certos valores de a e b å R .
Numa pequena composição refere o que podes
dizer acerca dos valores de a e b comparan-
do estes valores com os correspondentes na ex-
pressão analítica da função n .

169 Numa experiência com ratos, concluiu-se que


b) Determina o quociente entre as energias liberta-
o número de reações corretas, por minuto, de um das por dois sismos, sabendo que a diferença
rato a um certo estímulo era dado pela parte inteira das respetivas magnitudes é um grau.
8 e 0,5t
de r(t) = ________ , sendo t o tempo, dado em Apresenta o resultado arredondado às unidades
10 + e 0,5t
minutos, de duração da experiência. e interpreta-o no contexto descrito.

170. a) 2,7 * 10
18
PROFESSOR 169. b) 7
____
1
Soluções c) 4,6 min
b) 10 ) 31; a energia liber-
0,67

168. a) Aproximadamente d) 20 tada num sismo com mais


7 minutos. um grau de magnitude do que
outro é 31 vezes superior.

Capítulo 4 | Modelos exponenciais 161


+Exercícios propostos
Itens de escolha múltipla
Resolução
Exercícios de
Juros compostos e número de Neper
«+Exercícios Propostos»

Simulador 171 Um certo capital foi depositado num banco, em regime de juros compostos
Geogebra: Exercício 1
Geogebra: Exercício 2 à taxa anual de 2,5%. Para obter um rendimento de 30%, qual é a duração
mínima do depósito?
(A) 10 anos (B) 11 anos (C) 12 anos (D) 13 anos

172 Considera um jogo de Monopólio em que a banca empresta dinheiro a um


juro de 20% ao ano. Supondo que, nesse jogo, um ano corresponde a 30 minu-
tos e que o juro é calculado duas vezes por ano e em regime de juros compostos,
quanto deve à banca, ao fim de 1 h 30 min, um jogador que pediu 1000 euros
emprestados (arredondado ao euro)?
(A) 1728 euros (B) 1772 euros (C) 2200 euros (D) 2986 euros

173 Seja k um número natural.


2n + k
n+1
Qual é o limite da sucessão de termo geral un = (____ ?
n )
(A) 0 (B) 1 (C) e 2 (D) e 2 + k

-n
2 ?
174 Qual é o limite da sucessão de termo geral u = 2 + __
n ( ) n
(A) 0 (B) 2 (C) e -1 (D) + ∞

175 No referencial seguinte está representada parte do gráfico de uma função h ,


de domínio R \ {1, e} .
y
h

O 1 e x

PROFESSOR A retas de equações x = 1 , x = e e y = 0 são as assíntotas ao gráfico da fun-


Soluções ção h .
171. (B) Seja ( un ) uma sucessão tal que lim h( un ) = + ∞ .
172. (B) Qual das expressões seguintes não pode ser termo geral de ( un ) ?
173. (C) 2 n
n+1
(A) (____)
n+1
(B) (____) (C) e + __
1 (D) 1 + __
e
174. (A)
n n n n
175. (B)

162 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


Funções exponenciais
__
176 Qual das designações seguintes não é equivalente a √ 5
____ ?
5
__ - 1 __ 1
- __
(A) (√5 ) (B) - 5√5
1__
(C) ____ (D) 5 2
√5

177 Se 4x = a , qual é, em função de a , o valor de 41 + x ?

a
(A) 1 + a (B) 4 + a (C) 4 * a (D) 4

178 Considera a função f , de domínio R , definida por f(x) = 8x - a .

O gráfico de f interseta o eixo Oy no ponto de ordenada 2 .


Qual é o valor de a ?
(A) - 3 (B) 3
1
(C) - __
1
(D) __
3 3

179 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = 2 - 4x + a .


1 é o zero da função f ?
Qual é o valor de a para o qual - __
2
(A) - 1 (B) 0
1
(C) __ (D) 1
2

180 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = 10x - 1000 . Considera
no gráfico desta função os pontos cujas abcissas são - 4 , - 1 , 0 , 1 e 4 .
Escolhem-se, ao acaso, dois desses cinco pontos e desenha-se o segmento de reta
que tem por extremidades esses dois pontos.
Qual é a probabilidade de esse segmento intersetar o eixo das abcissas?
(A) 0,4 (B) 0,5 (C) 0,6 (D) 0,7

181 Seja a um número real e seja f a função, de domínio R , definida por


f(x) = 2a - ex . O teorema de Bolzano-Cauchy garante que a função f tem pelo
menos um zero no intervalo ] 1, 2 [ . A qual dos intervalos seguintes pode
pertencer a ?
e2 e2 e
(A) ] - ∞, - __ [ (B) ] - __, __ [
2 2 2
PROFESSOR
e e2 e2
(C) ] __, __ [ (D) ] __ , + ∞ [ Soluções
2 2 2 176. (B)
177. (C)
x2 - x
182 Seja f a função definida por f(x) = _____ . 178. (C)
x
e -1
179. (D)
Qual é o conjunto dos zeros de f ?
180. (A)
(A) {0} (B) {2} (C) {0, 1} (D) { } 181. (C)
182. (B)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 163


183 Para cada valor de a 0 1 , seja f(x) = ( a 2 - 2a + 1)x .

Qual é o conjunto dos valores de a para os quais a função f é crescente?

(A) ] - ∞, 0 [ ∂ ] 2, + ∞ [ (B) ] 1, + ∞ [
(C) R \ {1} (D) ] 0, + ∞ [

e + x g(x)
184 Seja g uma função de domínio R- . Sabe-se que lim __________
x
= -1 .
2x x"-∞

Qual das equações seguintes define uma assíntota ao gráfico da função g ?

(A) y = - 2 (B) y = - 2x - 1

(C) y = - x - 2 (D) y = - 1

1-x
______
2
185 Qual é o valor de lim e (x - 3) ?
x"3

(A) 0 (B) e -2 (C) - ∞ (D) + ∞

186 Qual dos limites seguintes não é igual a 0?


x __ 1-x
3
__
(A) lim (B) lim (√2 )
x " +∞ πx x " +∞

x _ x
e
__
(C) lim (D) lim (√e )
x " -∞ ( 3 ) x " -∞

187 Seja f uma função de domínio R+ .

Sabe-se que lim [f(x) - e-x + 2x] = 1 .


x " +∞

Qual das equações seguintes define uma assíntota ao gráfico de f ?

(A) y = 2x + 1 (B) y = - 2x + 1 (C) y = - x + 1 (D) y = x + 1

188 Seja f uma função de domínio R- .

Sabe-se que lim [f(x) - ex] = 1 .


x " -∞

Qual das equações seguintes define uma assíntota ao gráfico de f ?


PROFESSOR (A) y = x + 1 (B) y = ex + 1 (C) y = - 1 (D) y = 1
Soluções
183. (A)
189 Qual é o conjunto-solução da condição 2x > 3x ?
184. (A)
- +
185. (A) (A) ∅ (B) R (C) R (D) R \ {0}
186. (C)
x
187. (B) 1 ?
190 Qual é o valor de lim 1 + ___
188. (D) x " +∞ ( 2x )
_
189. (B) (A) 1 (B) e (C) √e (D) e 2
190. (C)

164 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


191 Seja a um número real diferente de 0 .
eax - 1
Qual é o valor de lim _____ ?
x"0 x
(A) 0 (B) 1 (C) a
1
(D) __
a

192 Seja g a função, de domínio R , definida por:


⎧ ______
ea - x - 1

se x 0 a
g(x) = ⎨ x - a

(a å R)
⎩k se x = a
Qual é o valor de k para o qual a função g é contínua em a ?
(A) - 1 (B) 0 (C) 1 (D) a2

193 Para um certo valor de a , é contínua a função f definida por:


⎧______
1 - e2 - x

se x < 2 ‹ x 0 0
f(x) = ⎨ x 2 - 2x

x-a
⎩2 se x ≥ 2
Qual é o valor de a ?
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3

194 Para um certo valor de a , a reta de equação y = 2 é assíntota ao gráfico


ex + 1
da função f definida por f(x) = _____ .
ex + a
Qual é o valor de a ?
(A) 0 (B) 1
1
(C) __ (D) 2
2

Funções logarítmicas

195 Qual das expressões seguintes é equivalente a a 4 + log (3) ?


a

(A) 3a4 (B) 4a3 (C) 3 + a4 (D) 4 + a3

ex - 1
196 Seja g a função, de domínio R , definida por g(x) = ___ , com a å R+ .
a
Sabe-se que g(2) = 3 . Qual é o valor de ln (a) ?
e
(A) __ (B) 1 - ln (3) (C) 3 - e (D) e - ln (3)
3

197 Qual das expressões seguintes é equivalente a log (4 * 2- x) ? PROFESSOR


2
Soluções
(A) - 3x (B) - 2x (C) x - 2 (D) 2 - x 191. (C)
192. (A)
198 Sejam a e b números reais positivos. 193. (D)
194. (C)
Sabe-se que ln (ab) = 2k e que ln ( a 2 ) = 6k .
195. (A)
a
Qual é o valor de ln(__) ? 196. (B)
b
(A) - 3 (B) 3 (C) 2k (D) 4k 197. (D)
198. (D)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 165


199 Sejam x e y dois números reais positivos. Admite que log (x) = b e que
a
__
loga (√y ) = 2 .
Qual das expressões seguintes é equivalente a loga (x 2 * y) ?

(A) 2b + 8 (B) 2b + 4 (C) b2 + 8 (D) b2 + 4

200 Sejam x e y dois números reais positivos tais que ln (x) - ln (2) = ln (y) .

Qual das seguintes igualdades é verdadeira?


__
(A) x - 2 = y (B) x = 2y (C) x- 2 = y (D) √x = y

201 Para certos números reais a e b , tem-se a b = 3 .

Qual é, para esses números a e b , o valor de loga (9 a 2 ) ?


2 2
(A) 2 b (B) b + 2 (C) 2b + 2 (D) 4b + 2

202 Sejam a e b números reais maiores do que 1 e seja c um número real


positivo. logc (b)
______
logc (a)
Qual das expressões seguintes é equivalente a c ?
b
(A) __ (B) b - a (C) c log (b)
a (D) c log (a)
b

203 Seja k um número real.


_____
Qual das expressões seguintes é equivalente a log2 1
_____
( 81 - 2k )√?
_____
3
(B) 3k - __
3
(A) 4k - 2 (C) √6k - 3 (D) (1 - 2k)
2

loga (2)
204 Qual é o valor de _______ , para qualquer número positivo a , diferente de 1 ?
log2 (a)
2 2
(A) log4 (a) (B) 2 loga (2) (C) (loga (2)) (D) (log2 (a))

205 Qual é o valor de n å N que satisfaz a equação seguinte?

3 n+1
4 + ... + log ____
log (2) + log(__) + log(__
PROFESSOR 2 3) ( n )=2
Soluções (A) 98 (B) 99 (C) 100 (D) 101
199. (B)
200. (B)
206 Seja g a função bijetiva, de domínio - ∞, 4 , definida por:
201. (C) ] [
202. (C) g(x) = 2 log4 (4 - x)
203. (B)
204. (C)
Qual dos pontos seguintes pertence ao gráfico da função inversa de g ?
205. (B) (A) A(2, 0) (B) B(2, 1) (C) C(2, 2) (D) D(2, 3)
206. (A)

166 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


207 Seja f a função, de domínio - 2, 2 , representada graficamente em baixo.
[ ]
y
2

O 1 x

Seja g a função definida por g(x) = log __1 (x) .


2

Quais são as soluções da equação (f ∘ g ) (x) = 0 ?


-1
(A) - 1 e 1 (B) 2 e 2 (C) 1 (D) 2

208 O gráfico da função f , definida por f(x) = e2x , interseta a reta de equação
y = 3 num ponto.
Quais são as coordenadas desse ponto?
__
1 e3 3
(A) (__ , 3) __
( 2 , 3) ln __ , 3 (ln(√3 ), 3)
( (2) )
(B) (C) (D)
2

209 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = 2x + 1 e seja g a função,


de domínio R+ , definida por g(x) = log2 (x) .
Qual das expressões seguintes define, no seu domínio, a função f ∘ g ?
x
(A) x + 1 (B) x + 2 (C) 2x (D) __
2

210 Seja f a função, de domínio R+ , definida por f(x) = ln (x) .

Qual é o valor de k para o qual f(kx) = 2 + f(x) ?


(A) 2 (B) e (C) 2e (D) e2

211 Seja f a função, de domínio R+ , definida por f(x) = ln(ex3) .

Sendo ln (a) = b , qual das expressões seguintes representa f(a) ?


(A) 1 + 3b (B) 1 + b3 (C) 3b (D) b3

212 Seja a um número real e seja f a função, de domínio R+ , definida por


f(x) = log2 (x) + 2a . PROFESSOR
O teorema de Bolzano-Cauchy garante que a função f tem pelo menos um zero Soluções
no intervalo ] 1, 2 [ . A qual dos intervalos seguintes pode pertencer a ? 207. (B)
208. (D)
1
(A) ] - ∞, - __ [ (B) ] - __, 0 [
1
2 2 209. (C)
210. (D)
(C) ] 0, _ [
1 1
(D) ] __, + ∞ [
2 2 211. (A)
212. (B)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 167


x+1
213 Seja f a função definida f(x) = ____ .
ln (x)
Qual é o conjunto dos zeros de f ?

(A) {- 1} (B) {- 1, 1} (C) {1} (D) { }

214 Seja g a função, de domínio - ∞, 1 , definida por g(x) = ln (1 - x) e seja


] [
f a função, de domínio R+ , parcialmente representada no gráfico abaixo. Tal
como a representação sugere, a função f é crescente e tem contradomínio R .

f
1

O 1 x

Qual é o domínio da função g ∘ f ?

(A) R+ (B) ] - ∞, 2 [ (C) ] 0, 1 [ (D) ] 0, 2 [

215 Seja f a função definida por f(x) = ⎰2


x+1
se x ≤ 0
e seja (un) a sucessão
-x
⎱2 se x > 0
1 .
definida por un = log2(__
n)
Qual das expressões seguintes define a sucessão (f(un)) ?

(A) n
n
(B) __ (C) 2n
2
(D) __
2 n

216 Seja f a função, de domínio 2, + ∞ , definida por f(x) = log (x - 2) e seja


] [
g a função, de domínio R , parcialmente representada no gráfico abaixo. Tal
como a representação sugere, a função g é decrescente e tem contradomínio R .

g
1

O 1 x

PROFESSOR
Soluções
213. (D) Qual é o domínio da função f ∘ g ?
214. (D)
215. (D) (A) ] - ∞, 0 [ (B) ] - ∞, 2 [ (C) ] - ∞, 3 [ (D) ] 2, + ∞ [
216. (A)

168 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


217 Seja a um número real e seja f a função definida por f(x) = ea - x .

e2
O ponto de coordenadas (ln (2), __) pertence ao gráfico da função f .
2
Qual é o valor de a ?
e2
(A) - 2 (B) 2 (C) ln(__ + 2) (D) 2 + ln (2)
2

218 Seja a um número real e seja f a função definida por f(x) = ea - x .

e2
O ponto de coordenadas (ln (2), __) pertence ao gráfico da função f .
4
Qual é o valor de a ?
__
e2
(A) 1 (B) √2 (C) ln(__ - 2) (D) 2 - ln (2)
2

x ln (x)
219 Qual é o valor de lim _______ ?
x"02 x + 2x
(A) 0
1
(B) __ (C) - ∞ (D) + ∞
2

220 Qual é o valor de lim 1


log __1 (x) + log2 (__ ?
x"+∞ [ 2 x )]
(A) 0 (B) 1 (C) - ∞ (D) + ∞

221 Qual é o conjunto-solução da condição log 1 (x) + 1 < 0 ?


__
2

(A) ] 0, 2 [
1
(B) ] 0, __ [ (C) ] 2, + ∞ [
1
(D) ] __, + ∞ [
2 2

f(x) - f(1)
222 Se f(x) = 2x , qual é o valor de lim ________ ?
x"1 x-1
(A) 0 (B) 1 (C) ln (2) (D) ln (4)

f(2 + h) - f(2)
223 Se f(x) = ln (x) , qual é o valor de lim __________ ?
h"0 h
(A) 0 (B) ln (2)
1
(C) __ (D) + ∞
PROFESSOR
2 Soluções
217. (B)
224 Qual é o valor de lim x + ln (x)
________ 218. (D)
?
x " +∞ x+1 219. (C)
(A) 0 (B) 1 (C) - ∞ (D) + ∞ 220. (C)
221. (C)
225 Qual é o valor de lim e -1
x
_____ 222. (D)
?
x " +∞ x 223. (C)
(A) 0 (B) 1 (C) - ∞ (D) + ∞ 224. (B)
225. (D)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 169


226 Qual é o valor de lim ex - 1
_____ ?
x " -∞ e 2x - 1
(A) 0 (B) 1

1
(C) __ (D) 2
2

x + f(x)
________ f(x)
227 Sabe-se que lim = 3 . Qual é o valor de lim ____ ?
x " +∞ x + ln (x) x " +∞ x

(A) 0 (B) 1

(C) 2 (D) 3

228 No referencial da figura seguinte está o gráfico da função f ' (função deri-
vada de f ).

y
f'

O 6 x

Qual das afirmações, relativas à função f , é verdadeira?

(A) f(3) < f(1) (B) f(5) < f(3) (C) f(3) > f(4) (D) f(5) > f(2)

229 Seja f uma função contínua no intervalo - 2, 2 .


] [
No referencial da figura está o gráfico da função derivada de f .

f'

-2 -1 O 1 2 x

Qual das afirmações é falsa?

(A) f(- 1) é mínimo da função f .


PROFESSOR
Soluções (B) f(1) é mínimo da função f .
226. (B)
(C) f(0) não é extremo da função f .
227. (C)
228. (D) (D) f(0) é máximo da função f .
229. (C)

170 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


230 Seja g a função polinomial de grau 3 representada graficamente a seguir.

y
g

O 1 x

Qual das expressões seguintes representa um número negativo?

(A) g(0) - g '(0) (B) g "(1) - g(1)

(C) g '(1,5) * g "(1,5) (D) g "(0) - g '(0)

231 Seja f uma função, de domínio R , duas vezes derivável e com um único
extremo no ponto de abcissa 1. Sabe-se que Ax å R, f "(x) < 0 .
Qual dos seguintes pode ser o valor de f '(2) ?

(A) 2 (B) 1

(C) 0 (D) - 1

232 Acerca de uma função f , duas vezes diferenciável, sabe-se que f '(a) = 0
a
e que f "(a) = ln ( 2 ) , para um certo a å ] - ∞, 0 [ .
Qual das afirmações é verdadeira?

(A) f(a) pode não ser extremo da função f .

(B) f(a) é mínimo relativo da função f .

(C) f(a) é máximo relativo da função f .

(D) O ponto de coordenadas (a, f(a)) é ponto de inflexão do gráfico da função f .

233 Seja f uma função duas vezes diferenciável em R e seja


3
f "(x) = x 2 e -100x (x - 100)

Qual é o número de pontos de inflexão do gráfico da função?

(A) Um (B) Dois

(C) Três (D) Cinco

PROFESSOR
234 Seja f uma função diferenciável em R e seja f '(x) = (x - 20)4 e 2x .
Soluções
Qual é o número de pontos de inflexão do gráfico da função? 230. (B)
231. (D)
(A) Um (B) Dois
232. (C)
(C) Três (D) Cinco 233. (A)
234. (B)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 171


235 Seja f uma função, de domínio R , duas vezes derivável em R . Sabe-se
que a função f ' (função derivada da função f ) é positiva e é crescente em R .
Em qual dos referenciais seguintes pode estar representada parte do gráfico da
função f ?
(A) (B)
y y

O x O x

(C) (D)
y
y

O x
O x

Itens de construção
Juros compostos e número de Neper

236 Na década de 60 (entre 1960 e 1970) as instituições financeiras praticaram


taxas anuais nos depósitos a prazo que chegaram a atingir 40%.
Supõe que o Manuel depositou, no início de janeiro de 1965, 10 000S||00(1), em
regime de juros compostos, a uma taxa anual de 36%.
(1)
A unidade monetária nesta altura em Portugal era o escudo: 200S||00 correspondem,
aproximadamente, a 1 €.

a) Qual foi o capital acumulado pelo Manuel ao fim de dois anos, ou seja,
no final de 1966?
b) Qual seria o montante acumulado pelo mesmo capital, durante dois anos,
à taxa mensal de 3%?
c) Qual é a taxa mensal que proporciona, num ano, o capital que se obtém,
também num ano, à taxa anual de 36%?
d) Determina quantos anos são necessários para duplicar um capital depositado
à taxa anual de 36% e à taxa de 1,6% (praticada atualmente em algumas
instituições bancárias).
PROFESSOR
Soluções Funções exponenciais, funções logarítmicas e modelos exponenciais
235. (B)
237
236. a) 18 496S||00
-x
b) 20 327S||94 a) Sabendo que 2 + 2
x
= 5 , determina o valor de 4x + 4-x .
c) ) 2,6% 2 -1.
b) Simplifica a expressão ______
2x
x
d) 3 anos e 44 anos 2 +1
-x
237. a) 23
1 - 2 é equivalente à expressão ______
c) Mostra que a expressão ______
2x - 1 .
-x
1+2 2x + 1
b) 2x - 1

172 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


238 Uma certa substância desintegra-se quando exposta a determinadas condi-
ções. Nessas condições, a quantidade Q(t) da referida substância, no instante t ,
é dada por Q(t) = c * 2-0,5t , com t ≥ 0 .
a) A função Q está parcialmente representada no referencial da figura seguinte.
y

4096

1024

O a x

Considerando os dados apresentados na representação gráfica e a expressão


da função Q , determina o valor de c e o valor de a .
Q(t + 1)
b) Mostra que At ≥ 0, ________ é constante.
Q(t)
Determina o valor dessa constante arredondado às décimas e, admitindo
que t é dado em horas, interpreta esse valor no contexto descrito.

239 Um laboratório de produtos farmacêuti-


cos utiliza cobaias nas suas investigações. Em
determinado momento, verificou-se que 150
cobaias tinham sido infetadas pelo mesmo
vírus. Passados poucos dias, a infeção tinha
alastrado de tal modo que as cobaias infetadas
começaram a receber tratamento. Espera-se
que, t dias depois de iniciado o tratamento, o número de cobaias infetadas seja
12 , t ≥ 0 .
dado, em centenas, por i(t) = _______
4 + 20,5t
a) Qual foi a percentagem de aumento do número de cobaias infetadas que jus-
tificou a implementação do tratamento?
b) Iniciado o tratamento, ao fim de quantos dias se espera que o número de
cobaias infetadas volte a atingir 150?
c) Ao fim de seis dias de tratamento registou-se um novo surto de infeção, de tal
modo que, passados mais três dias, o número de cobaias infetadas tinha
duplicado. PROFESSOR
Admitindo que o modelo adequado a esta nova situação é um modelo da Soluções
t
família n(t) = a * b , escreve uma expressão que dê o número, em centenas, 238. a) a = 4 e c = 4096
de cobaias infetadas t dias depois de ser detetado este novo surto. b) 0,7. A cada hora, a quantidade de
substância reduz-se, aproximada-
d) Seja f a função, de domínio R+ , definida por f(x) = i(- x) . O gráfico de f mente, a 30%.
tem uma assíntota horizontal. 239. a) 60%
Qual das equações seguintes é uma equação dessa assíntota? b) No quarto dia.
__t

(A) y = - 4 (B) y = - 3 (C) y = 3 (D) y = 4 c) n(t) = 2 3


d) (C)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 173


240 Uma propriedade agrícola foi assolada por uma praga de caracóis. A fun-
ção g , definida por g(t) = 5 * 2kt + m , com m e k constantes reais, dá o número
de caracóis, t dias depois de uma contagem inicial.

a) Determina os valores exatos de m e de k , admitindo que, dez dias após


uma contagem inicial de 160 caracóis, o número de caracóis já tinha atingido
5120.
g(t + 1)
b) Mostra que a expressão _______ só depende de k .
g(t)
g(t + 1)
c) Determina _______ , para k = 0,5 .
g(t)
Apresenta o resultado arredondado às décimas e interpreta esse valor no con-
texto descrito.

241 A desintegração radioativa segue uma lei do tipo exponencial da família


y = a * ebt . A semivida de uma substância radioativa é o tempo necessário para
que a sua massa se reduza a metade.

a) A semivida de uma determinada substância radioativa é 12 dias. A massa


inicial é 10 gramas.

a1) Escreve uma equação que permita determinar a massa dessa substância
em função do tempo decorrido, em dias.

a2) Ao fim de quantos dias estará a massa da substância reduzida a 1 grama?

b) Diferentes formas do mesmo elemento (isótopos) têm diferentes semividas.


O decrescimento do plutónio-240 é dado, aproximadamente, por Q = Q0e -0,000 11t
enquanto o do plutónio-242 é dado, também aproximadamente, por
Q = Q0 e -0,000 0018t , sendo t dado em anos.

b1) Determina as semividas do plutónio-240 e do plutónio-242 (em anos,


arredondados às unidades).

b2) Admite que, num dado momento, foram detetados 0,2 gramas de plutó-
nio-240 numa amostra de determinada substância e 10 miligramas de plu-
tónio-242, numa amostra de outra substância.
PROFESSOR
Quantos anos têm de decorrer para que as quantidades de plutónio-240
Soluções e plutónio-242 nas amostras das duas substâncias sejam iguais?

240. __a) m = 5 e k = 0,5


c) √2 ) 1,4 ; a cada dia, o número
242 Um doente tomou determinado medicamento às 8 horas de um certo dia.
de caracóis aumenta, aproximada-
mente, 40%. ln (0,5)
_____ t
Admite que a concentração desse medicamento no sangue, t horas depois de ser
241. a1) M = 10 e 12
, sendo M a tomado, é dada, em mg por litro de sangue, por c(t) = 2,5(e-t - e-1,5t) .
massa existente, em mg, decorridos
t dias. Recorrendo ao teorema de Bolzano-Cauchy, mostra que, entre as dez horas e as
a2) No decorrer do 40.° dia. dez horas e um quarto daquele dia, a concentração de medicamento no sangue
b1) 6301 anos e 385 082 anos. tomou o valor 0,2 mg/l.
b2) 27 687 anos.

174 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


243 A Leonor e a Maria são gémeas e foram operadas às amígdalas, no mesmo
dia. De acordo com os testes de sensibilidade realizados, as duas irmãs devem
tomar analgésicos diferentes no período pós-operatório.
Vamos designar esses analgésicos por Forador e Contrador.
A Leonor vai tomar Forador e a Maria vai tomar Contrador.
A concentração de cada um destes analgésicos, em decigramas por litro de san-
gue, nas primeiras t horas após ser administrado, é dada, respetivamente, por:
f(t) = 3t2e-0,8t e c(t) = 1,5t2e-0,6t
a) Admite que a Leonor e a Maria tomaram os analgésicos, pela primeira vez,
às 11 horas e 30 minutos.
a1) Por processos analíticos, mostra que vai haver um instante, depois das
11 horas e 30 minutos, em que a concentração de analgésico, no sangue
das duas irmãs, é idêntica.
A que horas é que essa situação ocorre?
Apresenta a resposta em horas e minutos, com os minutos arredondados às
unidades.
a2) Durante as primeiras seis horas, houve três momentos em que a diferença
de concentração de analgésico, no sangue das duas irmãs, foi 5 centigramas
por litro de sangue.
Recorrendo à calculadora gráfica, identifica esses momentos.
Apresenta a resposta em horas e minutos, com os minutos arredondados
às unidades. Em cálculos intermédios conserva, no mínimo, três casas
decimais.
Na tua resposta deves apresentar o(s) gráfico(s) que visualizaste na calcula-
dora, devidamente identificado(s), e assinalar nesse(s) gráfico(s) os pontos
relevantes.
b) Para que qualquer destes analgésicos produza algum efeito, é necessário que
a sua concentração no sangue seja superior a 1,5 decigramas por litro de
sangue. Quando a concentração do analgésico no sangue é superior a 2,5 deci-
gramas por litro de sangue, o doente não sente qualquer dor. Os dois analgé-
sicos foram administrados de seis em seis horas. PROFESSOR
Admite que o nível de dor causado pela cirurgia, se não fosse tomado qual- Soluções
quer analgésico, seria idêntico para as duas irmãs. 243. a1) 14:58

Cada uma das frases seguintes foi proferida por uma das duas irmãs quando, a2) Os valores pedidos são 12:27,
13:52 e 16:32.
mais tarde, recordavam o período pós-operatório.
y
• Tiveste mais sorte do que eu. Acho que houve um período em que não 0,5
tinhas dores. h

O x
• O teu analgésico era mais rápido a fazer efeito. 0,95 2,36 5,04 6

• Já estava cheia de dores quando tomei o remédio pela segunda vez. b) Maria; Maria; Leonor.
Numa pequena composição, atribui, justificando, cada uma das frases à Leonor y

ou à Maria. 2,5
f c
1,5
Na resolução desta questão, recorre à calculadora gráfica e completa a tua
argumentação com a apresentação dos gráficos que suportam as tuas afirmações. O 6 x

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 175


c) Considera as funções g e h , de domínio R , definidas por g(x) = f(x) e
h(x) = c(x) .
Calcula os seguintes limites:
g(x)
c1) lim ____ c2) lim g(x)
x " + ∞ h(x) x"+∞

244 Suponhamos que, na pastelaria Café Douro, a


temperatura ambiente se mantém constante. Numa
altura de pouco movimento, o António, empregado
dessa pastelaria, decidiu que merecia uma pausa no
trabalho e pediu à Maria para lhe «tirar um café».
Acontece que o seu pedido coincidiu precisamente
com a chegada à pastelaria de uma excursão. O café
foi servido e ficou esquecido sobre o balcão por muito,
muito tempo!
Admite que a temperatura do café, t minutos depois de ser servido, é dada,
em graus Celsius, por T(t) = 20 + 60e-0,1t .
a) Determina a temperatura do café no instante em que é servido.
b) O António gosta de beber o café bem quente, sempre a mais de 60 °C. Será
que um quarto de hora depois de ter sido servido, o café ainda estaria ao
gosto do António?
c) Um cliente que goste do café a uma temperatura inferior a 50 °C, quantos
minutos tem de deixar passar depois de o café ser servido?
d) Quando o António se lembrou do café que tinha pedido, a diferença entre a
temperatura do café e a temperatura ambiente era de apenas 10 °C. A que
temperatura se encontrava o café e há quanto tempo tinha sido servido?
Apresenta a resposta em minutos, arredondados às unidades.
e) Em relação à lei do arrefecimento de Newton, definida por T(t) = a + be-kt , k > 0 ,
PROFESSOR
interpreta o significado das constantes a e b .
Soluções
243. c1) 0
245 Seja h a função, de domínio R+ , definida por h(x) = log (x) e seja g a
c2) 0 2
função, de domínio R , definida por g(x) = 2x - 4x .
244. a) 80 °C
b) Já não está a gosto do António a) Resolve, por processos analíticos, as condições g(x) + 2 ≥ 0 e h(x) - h(4 - x) ≥ 1
pois está a, aproximadamente, 33 °C. e apresenta os conjuntos-solução usando a notação de intervalos.
c) Pelo menos 7 minutos. x
b) Mostra que a função composta h ∘ g é definida por (h ∘ g)(x) = x + log2 (1 - 2 )
d) O café estava a 30 °C e tinham
e indica o seu domínio.
passado, aproximadamente, 18 mi-
nutos. 1
c) Sabendo que o contradomínio da função g é ] - ∞, __] , determina o contra-
4
e) a é a temperatura ambiente e b domínio da função h ∘ g .
é a diferença entre a temperatura
inicial do corpo e a temperatura d) Seja (un) a sucessão de termo geral un = pn e seja (vn) a sucessão de termo
ambiente. geral vn = h(un) .
245. a) ] - ∞, 1] e __ , 4
8 d1) Mostra que a sucessão (vn) é uma progressão aritmética e determina a
[3 [
sua razão.
b) Dh ∘ g = ] - ∞, 0 [
d2) Mostra que a soma dos n primeiros termos da sucessão (vn) pode ser
c) D 'h ∘ g = ] - ∞, - 2] __
dada por Sn = ( n 2 + n) log2 (√π ) .
d1) log2 (p)

176 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


246 A desintegração de uma substância radioativa é bem modelada por uma lei
do tipo Q(t) = Q0 * e- kt , sendo Q(t) a massa da substância que resta, no ins-
tante t , de uma quantidade inicial Q0 , correspondente ao instante t = 0 .
Na tabela seguinte estão indicadas as semividas do estrôncio-90 e do plutó- NOTA
nio-239, que são substâncias radioativas. Recorda que a semivida de uma
substância é o tempo necessário
Substância Semivida para que a massa dessa subs-
tância se reduza a metade.
Estrôncio-90 25 anos

Plutónio-239 23 103 anos

a) Escreve a lei para a desintegração do estrôncio-90, em função de Q0 e:


a1) do tempo t , dado em anos;

a2) do número n de semividas.

b) Quantos anos têm de decorrer para que, de uma massa inicial de 200 miligra-
mas de plutónio-239, restem 150 miligramas? Apresenta o resultado em
anos, arredondado às unidades. Em cálculos intermédios, usa valores exatos.

c) Mostra que o parâmetro k na lei Q(t) = Q0 * e- kt é dado, em função da


ln (2)
semivida, s , de uma substância, por ____ .
s

247 Dois protótipos automóveis, A e B, fazem testes numa estrada que se estende
A
em linha reta numa extensão que permite a realização desses testes.
Os protótipos partem no mesmo instante, da mesma linha e no mesmo sentido,
B
e o teste termina, para os dois, decorridos 10 segundos.
Um sensor vai determinando a diferença d entre os metros percorridos pelo
protótipo A e os metros percorridos pelo protótipo B, t segundos depois de
iniciarem o teste.
O sensor permite verificar que d(t) = 50 (e - 0,4t - e - 0,8t) , com t å [0, 10] .

a) Sabendo que, decorridos 5 segundos, o protótipo B tinha percorrido 25 me-


tros, determina quantos metros tinha percorrido o protótipo A, no mesmo PROFESSOR
intervalo de tempo. Soluções ln (0,5)
______ t
246. a1) Q(t) = Q0 e 25

Apresenta a resposta em metros, arredondados às centésimas. n


a2) Q(n) = Q0 _1
b) Sem recorrer à calculadora, a não ser para cálculos numéricos, determina (2)

quantos segundos tinham decorrido quando a distância entre os dois protóti- b) 9589 anos
pos foi 12,5 metros. 247. a) 30,85 m
b) 1,73 s
Apresenta o resultado arredondado às centésimas.
c1) A afirmação é verdadeira, porque
c) Obtém, com a calculadora, uma representação gráfica da função d e indica, At å [0, 10], d(t) > 0 e, portanto, em
cada instante t o protótipo A per-
justificando, se são verdadeiras as afirmações seguintes.
correu mais metros do que o protó-
c1) O protótipo A esteve sempre à frente do protótipo B. tipo B .
c2) A afirmação é falsa, pois, a par-
c2) O protótipo A deslocou-se sempre a uma velocidade superior à do protó-
tir do instante t ) 1,73 , a diferença
tipo B. entre o número de metros percorri-
dos por A e por B diminuirá.

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 177


2 | |)
248 Seja h(x) = log 1 log x - 1 .
_(
2
a) Determina o domínio da função h .
b) Resolve a condição h(x) + 1 ≥ 0 e apresenta o conjunto-solução usando a
notação de intervalos.
c) Determina lim h(x) , lim h(x) , lim h(x) e lim h(x) .
-
x"0 x"2
+
x " +∞ x " -∞

249 No referencial ao lado estão parcialmente repre-


y
sentadas uma função quadrática f e uma função expo-
nencial g .
g(x)
Indica, justificando, o valor de lim ____ .
x " +∞ f(x)
O x

250 No referencial ao lado estão parcialmente repre-


y
sentadas uma função polinomial de grau 3, f , e uma
função exponencial g .
Determina o valor de lim [f(x) * g(x)] .
x " +∞
O x
Justifica.

251 Escreve equações das assíntotas aos gráficos das funções definidas por:

x 2 (1 + e-x) 2x
a) f(x) = ________ b) g(x) = _____
____
1+x √x 2 - 1
PROFESSOR
c) h(x) = ln (2 e 2x + ex - 3)
Soluções
248. a) R \ [0, 2]
b) [ - 3, 0 [ ∂ ] 2, 5] 252 Seja f uma função, de domínio R , tal que lim f(x) = lim f(x) = 2 .
x " -∞ x " +∞
c) + ∞, + ∞, - ∞ e - ∞
Risca pode ou não pode de modo a obteres proposições verdadeiras.
249. + ∞
a) O gráfico de f pode / não pode ter assíntotas verticais.
250. 0
251. a) x = - 1 , y = x - 1 b) O gráfico de f pode / não pode intersetar a reta de equação y = 2 .
b) x = - 1 , x = 1 , y = - 2 e y = 2 c) O gráfico de f pode / não pode ter uma assíntota oblíqua.
c) x = 0 e y = 2x + ln (2)
252. a) Riscar não pode 253 No gráfico ao lado estão parcialmente represen- y
b) Riscar não pode f
tado o gráfico da função f e a reta tangente ao grá-
c) Riscar pode
fico da função f no ponto de abcissa 2.
3
253. a) ___
5e3
4 Calcula o valor das derivadas seguintes no ponto 2.
b) __
5 1
12 a) (e f(x))' b) [ln(f(x))]' 2
c) 10 ln (2)
c) (2 )'
f(x)
d) [log3(f(x))]'
O 2 x
d) ______
5
12 ln (3)

178 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


254 Seja f a função, de domínio R , definida por:

⎰2 ex (x + 1) se x < 0
f(x) =
⎱2 - x + ln (1 + 3x) se x ≥ 0
a) Mostra que a função f é contínua no ponto 0, mas não é derivável em 0.
b) Estuda a função quanto à monotonia e quanto à existência de extremos rela-
tivos.

255 Seja g a função, de domínio R , definida por:


_____
⎧4 - √x 2 + 3 se x ≤ 1

g(x) = ⎨____
2x
⎪ se x > 1
⎩ ln (x)
a) Mostra que a função g não é contínua para x = 1 .
b) Caracteriza a função derivada de g .
c) Determina os intervalos de monotonia e os extremos relativos da função g .

256 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = 2x - 3x e 1 - x .

Resolve os itens seguintes por processos analíticos. PROFESSOR


Soluções
a) Averigua a existência de assíntotas ao gráfico da função f e apresenta equa-
254. b) f é decrescente em ]- ∞, - 2]
ções das assíntotas que tenhas identificado.
e em __
2, +∞ e é crescente em
[3 [
b) Mostra que f '(x) = 3 e 1 - x (x - 1) + 2 .
- 2, __
2 ; f(- 2) é mínimo e f __2
c) Determina a equação reduzida da reta tangente ao gráfico da função f no [ 3] ( 3)
ponto de abcissa 1 . é máximo.
-x
⎧ _____
____ se x < 1
d) Estuda o gráfico da função f quanto ao sentido das concavidades e existência
⎪ √x 2 + 3
de pontos de inflexão. 255. b) ⎨ ln (x) - 1
⎪2 * _______2 se x > 1
⎩ (ln (x))
257 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = ex x - 5 x 2 .
c) g é crescente em ] - ∞, 0] e
a) Sem recorrer à calculadora, escreve a equação reduzida da reta tangente ao em [ e, + ∞ [ ; g é decrescente
gráfico de f no ponto de abcissa 0 . em [0, 1] e em ] 1, e] .
__ __
4 - √3 (4 - √3 = g(0)) é máximo
b) Determina f '(1) , recorrendo à definição de derivada de uma função num ponto. relativo; 2 (2 = g(1)) e 2e (2e = g(e))
Resolve os itens seguintes recorrendo à calculadora gráfica e apresenta os gráficos são mínimos relativos.

que visualizaste, devidamente identificados. 256. a) A única assíntota é a reta de


equação y = 2x (quando x " +∞).
c) Seja A o único ponto de inflexão do gráfico de f . Determina as coordenadas c) y = 2x - 3
do ponto A . Apresenta as coordenadas com arredondamento às centésimas. d) Concavidade voltada para cima
Em cálculos intermédios, conserva, no mínimo, três casas decimais. em ] - ∞, 2] e concavidade voltada
x para baixo em [ 2, + ∞ [ ; o ponto de
d) Seja g a função, de domínio R , definida por g(x) = 2 . abcissa 2 é um ponto de inflexão.
Para um certo valor de a , com a å ] 1, 3 [ , a reta de equação x = a interseta 257. a) y = x
os gráficos das funções f e g em dois pontos onde as retas tangentes aos b) f '(1) = 2e - 10
gráficos são paralelas. Determina o valor de a . c) A(1,15; - 3,00)
Apresenta o valor pedido arredondado às milésimas. d) 1,551

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 179


258 A cólera é uma doença intestinal causada por uma bactéria que se multiplica
exponencialmente por divisão celular. Em certas condições, o número N de
bactérias presentes numa cultura, t horas depois de uma contagem inicial N0
(para t = 0), é dado, aproximadamente, por N(t) = N0 * e 1,386t .
Admite que numa contagem inicial foram registadas 25 bactérias.

a) Quantas serão as bactérias nessa cultura ao fim de:


a1) meia hora?

a2) 3,5 horas?

Apresenta os valores arredondados às unidades.

b) Quanto tempo decorre até o número de bactérias atingir 3200? Apresenta o


resultado em horas e minutos, com os minutos arredondados às unidades.
N(t + 0,5)
c) Mostra que existe k tal que, para qualquer t , se tem: _________ = k .
N(t)
Apresenta o valor de k arredondado às unidades e interpreta esse valor no
contexto descrito.

d) Mostra que a taxa de variação do número de bactérias em cada instante é


diretamente proporcional ao número de bactérias existentes nesse instante.

259 Escreve equações das assíntotas ao gráfico da função f definida por:

⎧ln (e -x - 1) se x < 0
f(x) = ⎨
⎩ ln (x) se x > 0

260 Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = ekx , com k å R \ {0} .

Determina o valor de k para o qual se tem, Ax å R , f "(x) - 6f '(x) + 9 f(x) = 0 .

261 Sendo f duas vezes diferenciável e sendo a função g definida por


g(x) = x2 f(x) , mostra que g "(x) = 2f(x) + 4xf '(x) + x 2f "(x) .

PROFESSOR 262 Acerca de uma função g , de domínio R , sabe-se que a sua função derivada
Soluções
é definida por g '(x) = (ax + b) ex , a, b å R .
258. a1) 50
a2) 3197 Determina a e b , sabendo que o gráfico de g tem um ponto de inflexão para
b) 3 h 30 min x = 0 e que a reta tangente ao gráfico de g no seu ponto de inflexão tem declive 3.
c) k ) 2 ; o número de bactérias du-
plica a cada meia hora.
263 Considera a família de funções, de domínio R , definidas por f(x) = xeax ,
d) N '(t) = 1,386N(t)
259. x = 0 e y = - x (em - ∞) com a å R \ {0} .
260. k = 3 Mostra que todos os gráficos das funções desta família têm um ponto de infle-
262. a = - 3 e b = 3 xão e determina o valor de a para o qual a função dessa família tem o ponto de
263. a = - __
2 inflexão para x = 3 .
3

180 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


264 Na figura seguinte estão representados o gráfico da função f , de domínio
[0, 3] , definida por f(x) = 2x - 1 , e um triângulo [APC] .
Sabe-se que:
• o ponto P é um ponto do gráfico de f ; y
A B
• o ponto C é o ponto do eixo das ordenadas que tem
ordenada igual à de P ;
• o ponto B é o ponto do gráfico de f que tem abcis- C P
sa 3;
• o ponto A pertence ao eixo das ordenadas e a reta
AB é paralela ao eixo das abcissas.
O 3 x
Considera que o ponto P se desloca no gráfico de f ,
nunca coincidindo com a origem do referencial, nem
com B .
Seja t a função que faz corresponder à abcissa, x , do ponto P a área do triân-
gulo [APC] .
a) Identifica o domínio da função t e mostra que a função t é definida por
t(x) = 4x - x * 2x - 1 .
b) Admite que a função t tem um único extremo no intervalo ]0, 3[ e que esse
extremo é um máximo. Obtém uma expressão da função derivada de t e, sem
recorrer à calculadora, a não ser para fazer cálculos numéricos, determina
um intervalo de amplitude 0,2 a que possas garantir que pertence a abcissa do
ponto P para o qual a área do triângulo [APC] é máxima. Explica o teu
raciocínio.
c) Seja g a função, de domínio R , definida por g(x) = 2x - 1 .
Resolve os itens seguintes por processos analíticos.
c1) Determina a abcissa do ponto do gráfico de g em que a reta tangente é
paralela à reta que passa nos pontos do gráfico de abcissas 2 e 4.
c2) Seja h a função, de domínio R , definida por y
h(x) = 3 * 2-x + 1 + 4 . D
No referencial da figura ao lado, estão represen- h
g
tadas partes dos gráficos das funções g e h .
O ponto D é o ponto de interseção dos dois
gráficos.
Determina o perímetro do retângulo que tem O x
dois lados contidos nos eixos do referencial e de
que [OD] é uma das diagonais.
PROFESSOR
c3) Mostra que as retas tangentes aos gráficos de g e h no ponto D não são
Soluções
perpendiculares.
264. a) Dt = ]0, 3[
d) Qual das afirmações seguintes é falsa? b) t '(x) = 4 - 2x - 1 (1 + x ln (2)) ;
h(x)
____
(A) lim h(x) = 4 (B) lim =0 Intervalo [1,7; 1,9] .
x " +∞ x " +∞ g(x)
c1) log2 ____
6
g(x) h(x) ( ln (2) )
(C) lim ____ = 1 (D) lim ____ = - ∞ c2) 2 log2 (6) + 10
x"0 x x"0
-
x
d) (C)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 181


1
__
265 Seja f a função bijetiva, de domínio R \ {0} , definida por f(x) = 2 - e x .

Resolve os itens seguintes sem recorrer à calculadora.


a) Estuda a função quanto à monotonia e quanto à existência de extremos rela-
tivos e apresenta os intervalos de monotonia.
b) Determina equações das assíntotas ao gráfico da função f .

c) Recorrendo ao estudo feito nas duas alíneas anteriores, indica qual é o con-
tradomínio da função f . Justifica a tua resposta.
d) Seja g a função inversa da função f .
d1) Sem recorrer à expressão analítica de g , indica o seu domínio, o seu con-
PROFESSOR tradomínio e escreve equações das assíntotas ao seu gráfico.
Soluções d2) Caracteriza a função g .
265. a) f é crescente em ]- ∞, 0[
e em ]0, + ∞[ e não tem extremos. e) Estuda a função f quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico
b) x = 0 e y = 1 e quanto à existência de pontos de inflexão.
c) D 'f = ]- ∞, 2[ \ {1}
f) Esboça o gráfico da função f , reunindo toda a informação obtida nas alí-
d1) Dg = D 'f = ]- ∞, 2[ \ {1}
neas anteriores.
D 'g = Df = R \ {0};
Assíntotas: x = 1 e y = 0 g) O gráfico da figura ao lado, é uma represen-
y
d2) Dg = ]- ∞, 2[ \ {1} e g(x) = _______
1 tação da função h , definida, para determina- 4
ln (2 - x)
dos valores de a e de b , por: 3
e) O gráfico de f tem a concavidade h
h(x) = f(x + a) + b
voltada para cima em - ∞, - __1
] 2] Qual é o valor de a e qual é o valor de b ?
e tem a concavidade voltada para -1 O x
(A) a = 1 e b = 2
baixo em - __1 , 0 e em ]0, + ∞[ ;
[ 2 [ (B) a = - 1 e b = 2
o ponto de abcissa - __1 é um ponto
de inflexão. 2 (C) a = 1 e b = - 2
f) (D) a = - 1 e b = - 2
y
h) Define uma sucessão (un) convergente e tal que (f(un)) também seja conver-
1 gente.
f
i) Define uma sucessão (vn) convergente e tal que (f(vn)) seja divergente.
-1 O log 2 (e) x
2
j) Define uma sucessão (wn) divergente e tal que (f(wn)) seja convergente.

g) (A)
k) Mostra que existe um ponto do gráfico de f , com abcissa entre 1 e 2, em que
h) Por exemplo, qualquer sucessão
a reta tangente é paralela à bissetriz do primeiro quadrante.
convergente para a , com a å R \ {0} ,
l) Resolve a condição f(x) ≥ f(1) . Apresenta o conjunto-solução usando a
ou uma sucessão que tenda para 0
por valores negativos. notação de intervalos.
i) Por exemplo, qualquer sucessão m) A função j é o prolongamento de f a R cuja restrição a ] - ∞, 0] é contínua.
que tenda para 0 por valores posi-
tivos ou com uma infinidade de ter- Qual é o valor de j(0) ?
mos quer positivos, quer negativos.
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3
j) Por exemplo, qualquer sucessão
que tenda para - ∞ ou para + ∞ . 1
n) Qual é o domínio da função __ ?
l) C.S. = ]- ∞, 0[ ∂ [1, + ∞[ f
m) (C) (A) R (B) R \ {0} (C) R \ {- ln (2)} (D) R \ {0, log2 (e)}
n) (D)

182 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


266 Na vila Agripina surgiu uma epidemia de gripe. Os registos feitos permitem
afirmar que a evolução da doença pode ser dada por g(t) = e 0,4t - 0,01t , em que
2

g(t) representa a percentagem de pessoas doentes e t representa o tempo,


em dias, contado a partir de um instante inicial, t = 0 , que coincide com o início
dos registos.
Sabe-se que só começou a haver doentes curados a partir do dia em que a per-
centagem de doentes atingiu o valor máximo. Admite que a vila tem 10 000
habitantes.

a) Qual é a percentagem de doentes com gripe quando a epidemia atingiu o seu


auge? Apresenta o resultado arredondado às unidades.

b) Nos dois dias que se seguiram ao dia em que foi atingida a maior percenta-
gem de pessoas doentes, ainda adoeceram 20 pessoas. Quantas pessoas dei-
xaram de estar doentes nesses dois dias? Apresenta o resultado arredondado
às unidades.

c) No terceiro dia dos registos, escolheu-se um habitante da cidade ao acaso e


verificou-se que estava doente. Qual é a probabilidade de que tenha adoecido
nesse dia? Apresenta a resposta na forma de dízima, arredondada às décimas.

d) Obtém uma expressão que dê o número de doentes t dias depois de se iniciar


o registo e determina a taxa a que estava a aumentar o número de doentes no
quinto dia.

267 Na década de 60 do século passado, uma doença infeciosa atacou a popu-


lação de algumas regiões do planeta.
Admite que ao longo dessa década, em qualquer das regiões afetadas, o número,
em milhares, de pessoas infetadas com a doença é dado, aproximadamente, por
3 e kt
I(t) = ______ , em que k e p são parâmetros reais.
1 + p e kt
Considera que o tempo t é medido em anos e que o instante t = 0 corresponde
ao início de 1960.
Resolve os itens seguintes por processos analíticos.

a) Admite que, para uma certa região, os valores de k e p são 0,5 e 0,2, respe-
tivamente. PROFESSOR
Soluções
a1) Mostra que, nessa região, o número de infetados esteve sempre a aumentar.
266. a) 55%
a2) Determina em que ano e mês o número de pessoas infetadas, nessa região, b) 234
c) p ) ____ ) 0,3
atingiu 5000. 89
303
d) d(t) = 100e0,4t - 0,01t ;
2
a3) Em que ano e mês se pode dizer que a epidemia começou a ser controlada?
d '(5) ) 173 ;
b) Numa outra região, constatou-se que havia um milhar de pessoas infetadas 173 doentes por dia.
no início de 1961. Qual é, para essa região, a relação entre k e p ?
267. a2) No início de novembro de
Apresenta a tua resposta na forma k = - ln (A + Bp) , em que A e B são 1961.
números reais. a3) No decorrer de março de 1963.
b) k = - ln (3 - p)

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 183


268 Seja f uma função, de domínio R , cuja derivada, f ' , é definida por
f '(x) = e-x ( x 2 - x + 1) .
a) Justifica que a função f é crescente.
f(1 + h) - f(1) 1
b) Seja a = lim ________ e seja b = - __ .
h"0 h a
Determina b e interpreta geometricamente esse valor.
c) Estuda a função f quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico
e quanto à existência de pontos de inflexão.

1+x
269 Seja f definida por f(x) = 2 + ln ____
(
1-x ).
a) Determina o domínio da função f e mostra que é uma função crescente.
b) Determina o valor de m para o qual f(1 - m) = 2 .
c) Estuda o sentido da concavidade do gráfico de f e a existência de assíntotas.

270 Seja f a função, de domínio R , definida por:


____
⎧ e-x √1 - x - 1
___ + ______ se x < 0
⎪ 2 x
f(x) = ⎨ 0 se x = 0
⎪ x
_____
1
__
se x > 0
⎩1+ex
a) Averigua, por processos analíticos, se a função f é contínua em x = 0 .
b) Mostra que o gráfico da restrição da função f a R+ tem uma assíntota oblíqua.
PROFESSOR
Soluções
271 Quando um cabo de um material maleável e pesado é suspenso pelas extre-
268. b) Tem-se a = f '(1) , portanto,
b = - ___
1 = - e ; - e é o declive de midades, a igual distância do solo, assume a forma do gráfico de uma função defi-
e -1 x
__
-
x
__
a
qualquer reta perpendicular à reta nida por f(x) = __ (e a + e a ) , para um certo valor de a , num intervalo [- k, k] ,
tangente ao gráfico da função f no 2
ponto de abcissa 1. considerando o eixo das abcissas ao nível do solo.
c) O gráfico da função f tem a
concavidade voltada para baixo y
em ] - ∞, 1] e em [ 2, + ∞ [ e tem
a concavidade voltada para cima
em [1, 2] ; existem dois pontos de in-
flexão, um com abcissa 1 e um com
abcissa 2.
269. a) Df = ]- 1, 1[
b) m = 1 -k O k x

c) Concavidade voltada para baixo


em ]- 1, 0] e concavidade voltada
para cima em [0, 1[ ; o ponto de ab- Chama-se «flecha» à distância, na vertical, entre o ponto mais alto e o ponto
cissa 0 é um ponto de inflexão. mais baixo do cabo suspenso e chama-se «envergadura» à distância, na horizontal,
Assíntotas: x = - 1 e x = 1 . entre as extremidades.
270. b) É a reta de equação
a) Admite que a = 2 e determina a distância entre os pontos do cabo que estão
y = __1 x - __1 . a 4 metros do solo.
2 4 __
271. a) 4 ln(2 + √3 ) (metros)

184 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


b) Mostra que, tal como o gráfico sugere, a distância ao solo é mínima no ponto
de abcissa 0.
Resolve os dois itens seguintes recorrendo à calculadora e apresenta os resulta-
dos arredondados às centésimas.
c) Determina os valores de a , para o caso da envergadura ser 50 metros e as
extremidades do cabo estarem a 50 metros do solo.
d) Determina o valor de a , no caso de a flecha ser 10 metros e a envergadura
ser 100 metros.
⎧_____
ex - 1

272 Seja f a função, de domínio R \ {0} , definida por f(x) = ⎨ e 3x - 1 se x < 0

⎩x ln (x) se x > 0
e seja b um número real. A reta de equação y = b interseta o gráfico de f em
dois pontos, um de abcissa positiva e outro de abcissa negativa, que vamos de-
signar, respetivamente por A e B . Sabe-se que ‾AB = 2,5 .
Determina, recorrendo a uma calculadora gráfica:
• a abcissa de cada um dos pontos A e B , arredondada às centésimas;
• o valor de b , arredondado às décimas.
Em cálculos intermédios conserva, no mínimo, três casas decimais.
Escreve uma equação que permita resolver o problema e reproduz o(s) gráfico(s)
que visualizaste na calculadora.

273 No referencial seguinte está representada parte do gráfico da função f ,


Resolução
definida por f(x) = e -x , e um retângulo [ABCD] . O lado [BC] está contido no
2

Exercício 273 (resolução


eixo das abcissas e os vértices A e D pertencem ao gráfico da função. passo a passo)

D A

C O B x

Mostra que o retângulo que tem área máxima é o retângulo cujos vértices A e
D são os pontos de inflexão do gráfico da função. PROFESSOR
Soluções
271. c) a ) 11,75 ou a ) 42,42
274 Do mesmo modo que definimos f " nos pontos em que f ' é diferenciável,
d) a ) 126,63
podemos definir f ‴ como função derivada de f " nos pontos em que esta é di-
(n) 272. A abcissa do ponto A , arre-
ferenciável, e assim sucessivamente. Vamos designar por f a função derivada dondada às centésimas, é 1,53 e a
de ordem n de uma função f , n vezes diferenciável (escrevemos, em geral, abcissa do ponto B , arredondada às
(1) (2) (3)
f ' , f " e f ‴ no lugar de f , f e f ). centésimas, é - 0,97.
O valor de b , arredondado às déci-
Seja f a função, de domínio R , definida por f(x) = x e kx , k å R \ {0} .
mas, é 0,7.
a) Define f '(x) , f "(x) e f ‴(x) . 274. a) f' (x) = (1 + kx) ekx
(n)
b) Conjetura uma expressão para f (x) e comprova a sua validade recorrendo f "(x) = k(2 + kx) ekx
ao método de indução matemática. f ‴(x) = k2 (3 + kx) ekx
b) An å N, f (n)(x) = kn - 1(n + kx)ekx

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 185


«Os seis mais»

* 275 Prova que a ln (b) = b


ln (a)
, para quaisquer valores de a e de b positivos
e diferentes de 1.

+ 1 x+1
* 276 Mostra que Ax å R , __ > ln (____) .
x x
x+1
1 - ln ____
Sugestão: considera a função g , de domínio R+ , definida por g(x) = __ ( x ).
x

* 277 Seja f a função, de domínio R+ , definida por f(x) = ln (x) .


(4)
a) Define, por uma expressão analítica, f '(x) , f "(x) , f ‴(x) e f (x) .
b) Estabelece uma conjetura acerca da expressão de f (n)(x) , derivada de ordem
n de f , e comprova que a expressão que escreveste permite obter correta-
mente uma expressão da derivada de ordem 5 de f .
c) Procura validar, usando o método de indução matemática, a correção da tua
conjetura em relação à expressão da derivada de ordem n de f .

1
__

* 278 Seja f a função, de domínio R+ , definida por f(x) = x x .

a) Escreve f(x) na forma e h(x) .


b) Recorrendo à expressão que escreveste na alínea a), resolve os itens seguintes.
1
__
xx
b1) Prova que f '(x) = ___ [1 - ln (x)] e estuda a função f quanto à monotonia.
x2
b2) Mostra que o gráfico da função f tem uma única assíntota e escreve uma
equação que defina essa assíntota.

* 279 Seja f a função, de domínio [0, 9] , definida por f(x) = ln (10 - x) .


Na figura está representado o gráfico da função f , num referencial o.n. xOy .
y
B

f
P

x
O 9 A

Admite que um ponto P se desloca ao longo do gráfico de f . Para cada posição


PROFESSOR do ponto P , considera o triângulo retângulo [OAB] , sendo A e B os pontos em
Soluções que a reta tangente ao gráfico de f no ponto P interseta os eixos coordenados.
277. a) f ′(x ) = __1 , f"(x) = - __
1 ,
Recorrendo à calculadora, determina a abcissa do ponto P para a qual a área
x x2
do triângulo [OAB] toma o menor valor possível. Apresenta o valor pedido
f ‴(x) = __ 2 e f (4) (x ) = - __6
x3 x4 arredondado às centésimas.
(n - 1)!
b) f (n)(x) = (- 1)n - 1 _____ Na tua resposta deves escrever, em função da abcissa do ponto P :
xn
ln (x)
_____ • a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de f no ponto P ;
278. a) f(x ) = e x
• uma expressão da área do triângulo [OAB] .
279. 5,87

186 Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas


* 280 Admite-se que foi sob a forma de um problema geométrico que a função
exponencial terá surgido pela primeira vez.
F. Debaune (1601-1652) terá colocado o problema numa carta dirigida a
R. Descartes. Não se conhece a resposta de Descartes a essa carta, mas, segundo
se crê, o problema só foi resolvido cinquenta anos mais tarde por Leibniz, que
propôs uma solução com base em argumentos geométricos.
O problema a que nos referimos é o seguinte:
«Determinar uma curva y(x) de forma que, para cada ponto P , a distância
entre os pontos V e T onde a vertical e a tangente cortam o eixo dos x seja
constante.»

P
y(x)

T V
O a x
a

a) Mostra que a função f definida por f(x) = k * ex , com k 0 0 , é uma solução


do problema.
b) As funções da família definida por x |" ekx , com k 0 0 , também são solu-
ção do problema proposto.
Investiga quais são os valores de k para os quais se tem a = 2 , sendo a a
distância entre os pontos T e V .

PROFESSOR
Soluções
280. b) a = 2 § k = __1 › k = - __1
2 2

Tema 4 | Funções Exponenciais e Funções Logarítmicas 187


Calculadoras Gráficas
Casio fx–CG 20
Página 7
Sucessão convergente – Exemplo 1

Com o gráfico desenhado, pressiona F4 (Sketch) e, de


Acede ao menu Recursão (menu 8) e prime F3 (TYPE) seguida, F2 (Tangent). Introduz o valor de X, 1, e pres-
e, de seguida, F1 para escolheres a regressão que vamos
siona EXE . O cursor fica posicionado nesse ponto. Para
trabalhar. Introduz a sucessão. Para escreveres n deves
visualizares a equação da reta tangente basta pressiona-
usar a tecla F1 .
res novamente EXE .

Define a tabela, premindo a tecla F5 (SET), escolhendo


um intervalo grande (o número máximo de valores calcula-
dos de cada vez são 998). Gera a tabela, usando a opção
F6 (TABLE). Ao percorreres os valores da tabela vês que
os valores se aproximam de - 0,5.

Página 37
Mínimo de uma função – Exercício resolvido

No menu Exe-Matriz podemos determinar o valor da 1.ª


Uma vez gerada a tabela, é possível desenhar o gráfico, e 2.ª derivadas no ponto 2: começa por pressionar F4
premindo a tecla F5 (GPH-CON), para visualizar a sua (MATH) e, de seguida, prime F4 (d/dx) para a 1.ª deri-
tendência. Usando a tecla F1 (TRACE) vemos que tende vada e F5 (d2/dx2) para a 2.ª derivada.
para - 0,5.

Página 43
Página 33
Velocidade média e aceleração média –
Derivada num ponto e reta tangente num ponto –
Exercício resolvido a)
Exercício resolvido

No menu Gráfico, introduz a expressão da função em Y1 . No menu Gráfico, introduz em Y1 a expressão da função.
Prime F6 (DRAW) para obteres o gráfico. Para determina- Y1(2) - Y1(0)
res o valor da derivada num ponto, tens de ativar a opção No menu Exe-Matriz, vamos escrever ___________ .
2-0
Derivative: pressiona as teclas SHIFT MENU (SET UP) e Para introduzires Y1, deves pressionar a tecla VARS , se-
seleciona On, pressionando a tecla F1 e, de seguida, EXE . guida de F4 (GRAPH) e depois F1 (Y).

188 Calculadoras gráficas


Em SET UP deves configurar o pagamento para o início,
Payment: Begin.

Volta ao menu Gráfico e em Y2 introduz a derivada de


Y1 (tecla OPTN , seguida de F2 (CALC) e depois F1
(d/dx)). No menu Exe-Matriz, repete o processo.
Juros compostos – Exercício resolvido 2

No menu Tabela, introduz a expressão. Premindo a tecla


F5 (SET), altera as definições da tabela.

Página 82 Gera a tabela de valores e verifica que o valor de 1750 €


Juros compostos – Exercício resolvido 1 atinge-se entre x = 6 e x = 7 .

No menu Finanças, escolhe a opção F2 (Juros Compos-


tos). De acordo com o enunciado, sabes que:
•n=5
• I% (taxa anual) = 2.2
• PV (Valor atual) = -135 Página 88
• PMT (Pagamento) = 0 Funções exponenciais
• FV = 0
• P/Y (períodos de prestação por ano) = 1 No menu Tabela, introduz a expressão Q(x) . Para alte-
rares as definições da tabela, prime a tecla F5 (SET) e,
• C/Y (Períodos de capitalização por ano) = 1 para a visualizares, prime a tecla F6 (TABLE). Podes ob-
Como queres saber FV (valor final), pressionas a tecla ter o gráfico de pontos pressionando a tecla F6 (GPH-
F5 (FV). -PLT).

Calculadoras gráficas 189


Casio fx-CG 20

b2) Para determinares f(x) ≤ g(x) , tens de converter o


sinal de Y1 em ≥ e o de Y2 em ≤: pressiona F3 (TYPE)
e, de seguida, a tecla F5 (CONVERT) e escolhe as op-
ções pretendidas, teclas F4 ou F5 . Depois, obtém o grá-
fico e determina o ponto de interseção.

Também podes redefinir o intervalo da tabela: volta a


premir a tecla F5 (SET) e altera o Step de 1 para 0,5.
Procede como anteriormente para visualizares a tabela e
o gráfico de pontos. No menu Gráfico podes visualizar o
gráfico da função.

b3) Para determinares h(x) ≤ g(x) , o processo é idêntico


ao anterior.

Página 112
Logaritmos – Exercício proposto 70

Os resultados podem ser confirmados na calculadora. No


menu Exe-Matriz, prime F4 (MATH) e, de seguida, F2
(logab). Introduz os dados e prime EXE .
Página 93
Exercício proposto 24

a) No menu Gráfico, insere as expressões das três fun-


ções. Visualiza o gráfico.

Página 115
Inequações com logaritmos –
b1) Para determinares f(x) = g(x) , desenha unicamente
Exercício resolvido 10 a)
Y1 e Y2. Determina o ponto de interseção, premindo F5
(G-Solv) e, de seguida, novamente F5 (INTSECT). Para resolver uma inequação, temos de a dividir em duas
partes. No menu Gráfico, escreve a expressão de cada
uma dessas partes em Y1 e Y2, respetivamente. Para es-
creveres logab , pressiona sucessivamente OPTN , F2
(CALC) e F4 (logab). Altera o sinal de = para ≤ ou ≥
pressionando as teclas F3 (TYPE), F5 (CONVERT) e
F4 ou F5 .

190 Calculadoras gráficas


b) No menu Gráfico, escreve em Y2 a 1.ª derivada e em
Y3 a 2.ª derivada. Relembra que para introduzires as de-
rivadas deves pressionar sucessivamente as teclas OPTN ,
F2 (CALC), F1 (d/dx) para a 1.ª derivada e F2 (d2/dx2)
para a 2.ª derivada.

Verifica no SET UP (teclas SHIFT MENU ) se está ativa a


opção Ineq Type: Intsect. Desenha pressionando a tecla
F6 (DRAW). Prime as teclas F5 (G-Solv) e, de seguida,
novamente F5 (INTSECT).

Página 150 Para visualizares apenas o gráfico da 2.ª derivada, desati-


Exercício resolvido 1 va a função (Y1) e a 1.ª derivada (Y2) colocando o cursor
sobre Y1 e depois sobre Y2 e pressionando F1
(SELECT). Com o gráfico desenhado, prime F5 (G-Solv)
a) No menu Gráfico, introduz a expressão da função. e, de seguida, F1 (ROOT). O valor é apresentado. Podes
Escolhe uma janela adequada e obtém o gráfico. fazer a verificação no menu Exe-Matriz.

Ativa a opção Trace premindo F1 . Introduz o valor 0 c) Com o gráfico da função visível no ecrã da calculado-
(x = 0) e surgem as coordenadas. No menu Exe-Matriz, ra, pressiona F1 (Trace), introduz o valor de X e pressio-
escreve Y e pressiona a tecla EXE . As coordenadas sur- na EXE para obteres o resultado.
gem no valor fracionário.

Calculadoras gráficas 191


a janela de visualização e percorrer o traçado do gráfico,
Texas Instruments premindo a tecla TRACE , e observar que a sucessão ten-
TI-84 Plus C SE / CE-T de para - 0,5.

Página 7
Sucessão convergente – Exemplo 1

Acede ao menu das configurações premindo a tecla


MODE e, na linha do tipo de função, seleciona a opção
SEQ. De seguida, no menu de edição de funções, tecla Y= ,
introduz a expressão analítica da sucessão (a variável n
obtém-se premindo a tecla X,T,q,n ).
Página 33
Derivada num ponto e reta tangente num ponto –
Exercício resolvido

No menu de edição de funções, tecla Y= , introduz a ex-


pressão analítica da função (a variável x obtém-se pre-
mindo a tecla X,T,q,n ). Para definires a janela de visuali-
zação padrão, podes premir a tecla ZOOM e selecionar a
opção 6:ZStandard. Podes, ainda, definir uma qualquer
Antes de obteres a tabela de valores da sucessão, verifica
qual a configuração definida para a tabela, premindo janela de visualização, premindo a tecla WINDOW , e tam-
bém configurar algumas caraterísticas de visualização do
consecutivamente as teclas 2ND e WINDOW . Nas confi-
gurações da tabela podes definir o valor inicial da variá- referencial cartesiano, premindo as teclas 2ND e ZOOM .
vel, o valor do incremento e se as variáveis surgirão auto-
maticamente (Auto) ou por introdução manual (Ask).
Como pretendes verificar para que valor tende a suces-
são, deves, então, configurar a tabela para valores eleva-
dos da variável independente n .

Após a representação gráfica da função, obtém o valor


da derivada da função num dado ponto através da opção
6:dy/dx do menu de cálculo, teclas 2ND e TRACE , sele-
cionando de seguida, no gráfico, o ponto pretendido e
premindo a tecla ENTER .

Percorrendo a coluna da variável dependente, u(n) , po-


des verificar que a sucessão tende para – 0,5.
Definida a sucessão no menu de edição de funções, tecla
Y= , podes obter uma sua representação gráfica. Para tal,
começa por definir a janela de visualização (por exemplo,
[-10, 1000] * [-1; 0,5]), premindo a tecla WINDOW , e
obtém o gráfico, premindo a tecla GRAPH . De notar que,
embora se visualize uma linha contínua devido à janela Podes, ainda, obter uma representação da reta tangente e
de visualização usada, na verdade, o gráfico de uma su- a sua equação reduzida, obtendo assim o valor da deriva-
cessão é um conjunto discreto de pontos. Podes redefinir da. Prime as teclas 2ND e PRGM para acederes ao menu

192 Calculadoras gráficas


de desenho, e, de seguida, seleciona o ponto no gráfico e Página 43
prime ENTER . Velocidade média e aceleração média –
Exercício resolvido a)

No menu de edição de funções, tecla Y= , introduz a ex-


pressão analítica da função em Y1. De seguida, voltando
ao menu inicial, teclas 2ND e MODE , calcula a velocidade
média da partícula, que não é mais do que a taxa média
de variação da função. Para obteres o operador da divi-
são em forma de fração, prime a tecla MATH e, de segui-
da, no menu FRAC, seleciona a opção 1:n/d. Para obteres
Página 37
a função Y1, prime a tecla VARS e, no menu Y-VARS,
Mínimo de uma função – Exercício resolvido seleciona a opção 1:Function… .

No menu de edição de funções, tecla Y= , introduz a ex-


pressão analítica da função em Y1 e a 1.ª e 2.ª derivadas
de Y1 em Y2 e Y3, respetivamente. Para definires a deri-
vada de Y1, prime a tecla MATH e seleciona a opção
8:nDeriv(. De seguida, preenche os argumentos desta fun-
ção adequadamente, sendo que a função Y1 se obtém
através da tecla VARS e, no menu Y-VAR, seleciona as Para obteres a aceleração média recorre-se ao facto de
opções 1:Function… e depois 1:Y1. Procede de forma esta ser a velocidade média da 1.ª derivada. Assim, define
análoga para definir, em Y3, a 1.ª derivada de Y2 que, no editor de funções, em Y2, a 1.ª derivada e, de seguida,
portanto, é a 2.ª derivada de Y1. calcula a taxa de variação média da 1.ª derivada.

De seguida, voltando ao menu inicial, teclas 2ND e MODE , Página 82


calcula as imagens de 2 através da função Y1, da sua 1.ª Juros compostos – Exercício resolvido 1
derivada, Y2, e da 2.ª derivada, Y3. De notar que este
cálculo das derivadas resulta de métodos numéricos, pelo
Acede ao menu das aplicações, premindo a tecla APPS , e
que se pode obter valor muito próximos dos valores exa-
seleciona a aplicação 1:Finance… . No menu CALC, sele-
tos, por exemplo 1E-6 (isto é, 10-6) como aproximação de
ciona a opção 1:TVM Solver… e insere os valores:
zero. Definidas as funções no editor de funções podes
ainda obter as suas representações gráficas. •N=5
• I% (taxa anual) = 2.2
• PV (Valor atual) = -135
• PMT (Pagamento) = 0
• FV = 0
• P/Y (períodos de prestação por ano) = 1
• C/Y (Períodos de capitalização por ano) = 1

Calculadoras gráficas 193


Texas Instruments TI-84 Plus C SE / CE-T

Como queres saber FV (valor final), na aplicação de fi- Página 88


nanças, seleciona a opção 6:tvm_FV. Funções exponenciais

Premindo a tecla MODE , configura o tipo de funções para


SEQ. De seguida, acede ao editor de funções, premindo a
tecla Y= , e introduz a expressão analítica de Q(x) , sen-
do que terá de ser usada a variável n por se tratar de
uma função de domínio natural.
Premindo as teclas 2ND e GRAPH , visualiza a tabela de
valores da sucessão e, após configurares uma janela de
visualização adequada (tecla WINDOW ), visualiza o grá-
fico premindo a tecla GRAPH .

Juros compostos – Exercício resolvido 2

Acede ao editor de funções, premindo a tecla Y= , e intro-


duz a expressão designatória que dá o capital acumula-
do. Visualiza a tabela de valores da função, premindo as
teclas 2ND e GRAPH , e observa que o valor de 1750 €
atinge-se entre o 6.º e o 7.º ano.
Podes utilizar as listas para obteres a tabela de valores e a
respetiva representação gráfica para um período inferior,
por exemplo, 0,5 horas. Prime a tecla STAT e, no sepa-
rador EDIT, seleciona a opção 1:Edit… . Na lista L1, in-
troduz a sequência que permita obter os valores da variá-
vel independente e, na lista L2, a expressão da função
Q(x), usando as funções/operações do menu de listas
( 2ND e STAT ).

Podes configurar a tabela, premindo as teclas 2ND e


WINDOW , de forma a obteres o capital acumulado ao
longo do 6.º ano. Desta forma, observa que o valor de
1750 € é atingido, aproximadamente, após 6 anos e meio.

194 Calculadoras gráficas


b2) Para determinares o conjunto-solução da condição
f(x) ≤ g(x) , tens de obter a representação gráfica do do-
mínio plano acima de Y1 e do domínio plano abaixo de
Y2. O conjunto das abcissas dos pontos pertencentes à
interseção dos domínios planos são as soluções da condi-
ção, isto é, [0, + ∞[ .

Por fim, podes obter a representação gráfica da função


Q para qualquer valor real de x .

b3) Para determinares h(x) ≤ g(x) , o processo é idêntico


ao anterior.

Página 93
Exercício proposto 24

a) Acede ao editor de funções, premindo a tecla Y= , e


introduz as expressões analíticas das funções f , g e h .
Selecionando uma janela de visualização adequada (tecla
WINDOW ) e tornando visível a grelha do referencial (te-
clas 2ND e ZOOM ), obtém representações gráficas das
Página 112
funções, premindo a tecla GRAPH . Pressiona a tecla
TRACE para deslocar o cursor entre e sobre os gráficos.
Logaritmos – Exercício proposto 70

Embora os logaritmos deste exercício sejam possíveis de


calcular sem recurso à calculadora, porque os seus argu-
mentos são facilmente escritos na forma de potência com
base igual à base do logaritmo, vejamos como usar a cal-
culadora para o obter o valor do logaritmo e aproveite-
mos também para fazer a verificação desse valor com re-
curso à definição de logaritmo.
b) Para poderes resolver as alíneas seguintes, desativa a
função não envolvida na condição. Assim, no menu MATH, prime a tecla MATH , seleciona a
opção A:logBASE(, insere a base e o argumento do loga-
b1) Para determinares a solução da equação f(x) = g(x) ,
representa unicamente Y1 e Y2. Determina o ponto de ritmo e pressiona ENTER . Podes confirmar o valor usan-
do a definição de logaritmo, isto é, a função inversa que é
interseção, premindo as teclas 2ND e TRACE e, de segui-
a função exponencial, calculando o valor da potência.
da, indica quais as funções a intersetar.

Calculadoras gráficas 195


Texas Instruments TI-84 Plus C SE / CE-T

Para representares raízes cúbicas,


_ ou até de qualquer
_ ín- Página 150
3 x
√ √
dice, utiliza a opção 4: ( ou a opção 5: ( do menu Exercício resolvido 1
MATH, premindo a tecla MATH . Para cada alínea deste
exercício, faz a verificação do valor. Desta forma, enten-
derás melhor o conceito de logaritmo. a) No editor de funções, tecla Y= , introduz a expressão
analítica da função. De seguida, sai do editor de funções,
teclas 2ND e MODE , e, premindo a tecla VARS , seleciona
no menu Y-VARS a opção 1:Function… e, por fim, a op-
ção 1:Y1, calculando o valor de Y1(0).

Página 115
Inequações com logaritmos –
Exercício resolvido 10 a)
O cálculo de imagens da função pode também ser realiza-
do através da sua representação gráfica. Após definires
Para obter o conjunto-solução de uma inequação vamos uma janela de visualização adequada, tecla WINDOW ,
recorrer à representação gráfica de domínios planos limi- obtém o gráfico da função premindo a tecla GRAPH .
tados pelas representações gráficas de cada membro da
inequação. Acedendo ao menu de cálculo, teclas 2ND e TRACE , sele-
ciona a opção 1:value para obter a imagem de um qual-
No editor de funções, tecla Y= , escreve a expressão de quer objeto, neste caso x = 0 .
cada um dos membros da inequação em Y1 e Y2, respeti-
vamente. Para escreveres um logaritmo acede ao menu
MATH, tecla MATH , e seleciona a opção A:logBASE(.
No editor de funções, configura a representação dos do-
mínios planos acima ou abaixo de cada função. De segui-
da, recorrendo à ferramenta de interseção, opção 5:inter-
sect do menu CALCULATE, teclas 2ND e TRACE , obtém
o(s) ponto(s) de interseção das representações gráficas
das funções. b) Tendo em atenção que a variação de uma função é
Podes ajustar a janela de visualização da representação dada pela sua 1.ª derivada e que os extremos da variação
gráfica de forma é torná-la mais adequada para determi- (1.ª derivada) poderão ser os zeros da 2.ª derivada, repre-
nar do conjunto-solução. A opção 1:ZBox, Zoom Caixa, senta num mesmo referencial cartesiano estas três fun-
ções.
tecla ZOOM , permite definir uma janela retangular como
a janela a observar. No editor de funções escreve em Y2 a 1.ª derivada e em
Y3 a 2.ª derivada. Relembra que para introduzires as de-
rivadas deves pressionar a tecla MATH e selecionar a op-
ção 8:nDeriv(. Nota que a 2.ª derivada pode ser obtida
como sendo a 1.ª derivada da 1.ª derivada.

O conjunto-solução da inequação corresponde ao con-


junto de objetos, valores de x , em que os dois domínios
planos se intersetam.

196 Calculadoras gráficas


Utilizando a ferramenta de janela zoom, tecla ZOOM e Texas Instruments
opção 1:ZBox, obtém uma representação gráfica da 1.ª e
da 2.ª derivadas adequada à observação do máximo da TI-Nspire CX
1.ª derivada e do zero da 2.ª derivada. Determina o valor
deste zero premindo as teclas 2ND e TRACE e usando a Página 7
ferramenta 2:zero e o intervalo adequado.
Sucessão convergente – Exemplo 1

No menu inicial, c , abre um novo documento e adi-


ciona uma página de gráficos. De seguida, usando, na li-
nha de edição de funções, o menu de contexto, teclas
CTRL e MENU , altera o tipo de função para sequência
(segue as opções 1:Introdução/Edição de Gráficos >>
7:Sequência >> 1:Sequência). Define, de seguida, a su-
c) Com o gráfico da função visível no ecrã da calculadora
cessão inserindo a expressão analítica do termo geral.
e com o cursor sobre o zero da 2.ª derivada, desloca-o
para a função Y1 e terás o valor da função a partir do
qual o crescimento da função vai diminuindo. Geometri-
camente, o ponto obtido é o ponto de inflexão do gráfico
da função.

Premindo a tecla ENTER surgirá uma representação grá-


fica da sucessão. Para obteres uma representação adequa-
da ao que se pretende, deves definir a janela de visualiza-
ção (com o menu de contexto, teclas CTRL e MENU ,
segue as opções 4:Janela/Zoom >> 1:Definições da jane-
la…) como sendo, por exemplo, [-2, 50] * [-1; 0,2] .

Assim, obtém-se uma representação gráfica da sucessão,


à qual se pode acrescentar a representação gráfica da reta
horizontal de equação y = - 0,5 (configura a linha de
edição de funções para a representação de funções reais
de variável real, teclas CTRL e MENU , 1:Introdução/Edi-
ção de Gráficos >> 1:Função).

Com o cursor sobre o gráfico da sucessão, no menu de


contexto (teclas CTRL e MENU ), seleciona as opções
7:Traçar >> 1:Traçado do gráfico para percorrer os ter-
mos da sucessão e verificar que vão se aproximando de

Calculadoras gráficas 197


Texas Instruments TI-Nspire CX

- 0,5. Se necessário, na definição da sucessão, aumenta o Após a representação gráfica da função, traça a reta tan-
limite máximo da variável n , por exemplo, para 999. gente e obtém a sua equação através do menu, tecla
MENU , e selecionando as opções 8:Geometria >> 1:Pon-
tos e Rectas >> 7:Tangente. Com esta ferramenta ativa
(surge uma quadrícula no canto superior esquerdo), clica
duas vezes sobre o gráfico da função e surgirá a reta e a
sua equação reduzida.

Para obteres a reta tangente no ponto de abcissa 1, colo-


Para analisares o comportamento da sucessão para valo- ca o cursor sobre o ponto e com o menu de contexto, te-
res grandes de n podes, ainda, recorrer à tabela de valo- clas CTRL e MENU , seleciona a opção 7:Coordenadas
res da sucessão. Recorrendo ao menu da aplicação de e Equações e obtém as coordenadas do ponto de tangên-
gráfico, tecla MENU , ou usando o atalho, teclas CTRL e cia. De seguida, clica duas vezes sobre a abcissa do ponto
T , visualiza a tabela de valores em ecrã dividido. Percor- e altera para 1, obtendo-se, assim, a reta tangente e a
rendo, na tabela, os termos da sucessão observas que a equação pretendida.
sucessão tende para - 0,5.

Página 37
Página 33 Mínimo de uma função – Exercício resolvido
Derivada num ponto e reta tangente num ponto –
Exercício resolvido No menu inicial, c , abre um novo documento e adi-
ciona uma página de calculadora. De seguida, define a
No menu inicial, c , abre um novo documento e adi- função f usando o símbolo Ï (teclas CTRL e t ) entre
ciona uma página de gráficos. De seguida, na linha de o nome da função, f(x) , e a expressão analítica da fun-
edição de funções, coloca a expressão analítica da fun- ção, pressionando ENTER surgirá apenas Efectuado.
ção. Podes visualizar a grelha no referencial selecionan-
do, no menu de contexto (teclas CTRL e MENU ), as op-
ções 2:Ocultar/Mostrar >> 4:Mostrar grelha com linhas.

Na segunda linha da calculadora, usando o operador ma-


temático para a 1.ª derivada através da paleta de opera-

198 Calculadoras gráficas


dores matemáticos (tecla t para visualizares a paleta e, aplicação calculadora, tecla MENU , e seleciona as opções
de seguida, seleciona o operador pretendido), calcula o 8:Finanças >> 1:Gestor financeiro… e insere os valores:
valor da 1.ª derivada para x = 2 . O operador condicio-
•N=5
nal «|» obtém-se através das teclas CTRL e = , acedendo-
• I% (taxa anual) = 2.2
-se à paleta de operadores relacionais (Í) .
• PV (Valor atual) = - 135
Usando novamente a paleta de operadores matemáticos,
• Pmt (Pagamento) = 0
tecla t , seleciona o operador da 2.ª derivada e obtém o
valor da segunda derivada de f em x = 2 . • FV = 0
• PPY (períodos de prestação por ano) = 1
• CPY (Períodos de capitalização por ano) = 1
Como queres saber FV (valor final), na janela do Resolu-
tor Financ. coloca o cursor no campo relativo ao FV e
prime a tecla ENTER . Obterás o valor pretendido.

Página 43
Velocidade média e aceleração média –
Exercício resolvido a)

No menu inicial, c , abre um novo documento e adi-


ciona uma página de calculadora. De seguida, define a
função p usando o símbolo Ï (teclas CTRL e t ) en-
tre o nome da função, p(t) , e a expressão analítica da
função; por fim, pressiona ENTER surgindo Efectuado.
Estando a função p definida e usando a definição da
taxa de variação média, calcula a velocidade média nos
Após executares este cálculo no Resolutor Financ. pode-
2 primeiros instantes. De forma análoga e recorrendo ao
rás aceder às várias variáveis financeiras em qualquer pá-
cálculo da 1.ª derivada num ponto, tecla t e selecio-
gina do teu documento através da tecla VAR ou da op-
nando o operador da 1.ª derivada, obtém a taxa média de
ção Selecionar variável do menu de contexto (teclas
variação da função 1.ª derivada, isto é, a aceleração mé-
dia. CTRL e MENU ).

Juros compostos – Exercício resolvido 2

Numa página de gráficos, introduz no editor de funções


(teclas CTRL e G ou apenas tecla TAB ) a expressão de-
signatória que dá o capital acumulado. Premindo ENTER
surgirá o referencial cartesiano com a janela de visualiza-
ção standard; para visualizares uma representação gráfi-
Página 82 ca desta função, deves alterar o valor máximo do eixo
dos yy para, por exemplo, 3000, bastando fazer dois
Juros compostos – Exercício resolvido 1
cliques sobre o valor atual. Para obteres a tabela de valo-
res da função, prime as teclas CTRL e T , e observa que
Abre um novo documento e adiciona uma página de cal- o valor 1750 € atinge-se entre o 6.º e 7.º ano. Podes, ain-
culadora, 1:Adicionar Calculadora. Acede ao menu da da, na página de gráficos, representar em f2 a reta de

Calculadoras gráficas 199


Texas Instruments TI-Nspire CX

equação y = 1750 e obter o ponto de interseção com a


função f1 (tecla MENU e seguir as opções 8:Geometria
>> 1:Pontos e Rectas >> 1:Ponto).

Altera, nos atributos do gráfico, o incremento para 0,5.


De seguida, passando para a tabela, premindo a tecla
MENU , seleciona as opções 2:Tabela de valores >> 5:Edi-
tar definições da tabela de valores… , preenchendo, por
fim, o campo Passo da tabela com 0,5.
Página 88
Funções exponenciais

Abre um novo documento e adiciona uma página de grá-


ficos, 2:Adicionar Gráficos. No editor de funções que
surgirá de imediato, introduz a expressão designatória da
função Q . Nota que na aplicação de gráficos deves usar
sempre a variável x . Define uma janela de visualização
adequada, tecla MENU e opção 4:Janela/Zoom, e, de se-
guida, torna visível a tabela de valores da função, pre-
mindo as teclas CTRL e T , e observa os valores da fun-
ção.

Podes utilizar a aplicação Listas e Folha de Cálculo para


obteres, simultaneamente, as tabelas de valores e as res-
petivas representações gráficas com os incrementos de 1 e
0,5. Para isso, adiciona uma nova página ao teu docu-
mento, 4:Adicionar Listas e Folha de Cálculo, e insere
nas colunas A, B, C e D as designações (t1, q1, t2 e q2), as
sequências e as expressões que permitam obter os dados
pretendidos, conforme imagens abaixo.
Premindo as teclas CTRL e TAB podes alternar entre as
duas aplicações que constituem a página, sendo que os
menus surgirão de acordo com a aplicação ativa.

Para obteres o gráfico da função em modo discreto, coloca


o cursor sobre o gráfico, surgirá a legenda gráfico f1, e no
menu de contexto, teclas CTRL e MENU , seleciona a opção
3:Atributos. Surgirão quatro quadrículas, correspondentes
a quatro possíveis configurações da representação gráfica.
Desloca o cursor até à quarta quadrícula e altera para grá- Adiciona, de seguida, uma nova página de gráficos, ativa
fico discreto, sendo que nessa alteração surgirão mais duas o gráfico f1 e altera o tipo de gráfico para Gráfico de dis-
quadrículas para alterar novas configurações. Visualiza o persão (opções 1 e 6 do menu de contexto, teclas CTRL e
gráfico e a tabela de valores com incremento, para a variá- MENU ). Define as variáveis dos gráficos de dispersão s1 e
vel independente, de uma unidade. s2 e ajusta a janela de visualização adequadamente.

200 Calculadoras gráficas


b2) Para determinares o conjunto-solução da condição
f(x) ≤ g(x) , tens de obter a representação gráfica do do-
mínio plano acima de f1 e do domínio plano abaixo de
f2. Para representares domínios planos, deves alterar o
tipo de função do editor de funções; podes fazê-lo através
do menu (tecla MENU ) ou do menu de contexto (teclas
CTRL e MENU ) selecionando a opção 2:Relação, e inserir
as condições y ≥ 1,5x e y ≤ 2x . O conjunto das abcissas
dos pontos pertencentes à interseção dos domínios pla-
nos são as soluções da condição, portanto o conjunto-so-
lução é o intervalo [0, +∞[ .

Página 93
Exercício proposto 24

a) Numa página de gráficos, introduz no editor de fun-


ções (teclas CTRL e G ou apenas tecla TAB ) as expres-
sões analíticas das funções f , g e h . Selecionando uma
janela de visualização adequada, obtém representações
gráficas das funções e identifica-as.

b3) Para determinares h(x) ≤ g(x) , o processo é idêntico


ao anterior.

Página 112
Logaritmos – Exercício proposto 70
b) Para poderes resolver as alíneas seguintes, desativa no
editor de funções (teclas CTRL e G ou apenas tecla TAB )
Abre um novo documento e adiciona uma página de cal-
a função não envolvida na condição.
culadora, 1:Adicionar Calculadora. Utiliza a segunda
b1) Para determinares a solução da equação f(x) = g(x) , função da tecla 10x , pressionando as teclas CTRL e 10x ,
representa unicamente a função f1 e f2. Para determina- para obter o operador logaritmo, e, de seguida, preenche
res o ponto de interseção, utiliza a ferramenta ponto (te- os seus argumentos, a base e o número. Podes confirmar
cla MENU , seguida das opções 8:Geometria >> 1:Pontos o valor obtido usando a definição de logaritmo, isto é, a
e  Rectas >> 1:Ponto) e com o cursor sobre o ponto de função inversa que é a função exponencial, calculando o
interseção, que surge identificado, prime ENTER . valor da potência.

Calculadoras gráficas 201


Texas Instruments TI-Nspire CX

Podes também obter o operador logaritmo, e outros, Página 150


através da paleta de operadores matemáticos acessível
Exercício resolvido 1
premindo a tecla t .

Página 115 a) Num novo documento adiciona uma página de gráfi-


cos e introduz a expressão analítica da função. Alterando
Inequações com logaritmos – os valores dos limites da janela de visualização, escolhe
Exercício resolvido 10 a) uma janela adequada para a representação gráfica da
função. Com o cursor sobre o gráfico, prime as teclas
CTRL e MENU , para ativar o menu de contexto, e selecio-
Para obter o conjunto-solução de uma inequação, vamos na a opção 7:Traçar e, de seguida, a opção 1:Traçado do
recorrer à representação gráfica de domínios planos limi- gráfico. Desloca o cursor sobre o gráfico, apresentando
tados pelas representações gráficas de cada membro da as suas coordenadas, e pressiona ENTER para fixar um
inequação. Numa página de gráficos, altera o editor de ponto sobre o gráfico. Clica duas vezes sobre a abcissa do
funções para 2:Relação e insere as condições: ponto e altera para 0, pressiona ENTER e obterás a sua
imagem.
y ≥ log__1(2 - x) e y ≤ log__1(x)
2 2

Para obteres os símbolos relacionais, prime as teclas


CTRL e = .

Na calculadora podes também obter imagens da função


na página de calculadora. Adiciona ao teu documento
uma página de calculadora e escreve f1(0), obterás a res-
petiva imagem. Para obteres o valor na forma de fração
deves premir a tecla MENU e usar a ferramenta 2:Aproxi-
O conjunto das abcissas dos pontos pertencentes à inter- mar por uma fracção do menu 2:Número.
seção dos domínios planos são as soluções da inequação.
Determinas o ponto de interseção dos gráficos através do
menu, tecla MENU , e seguindo as opções 8:Geometria >>
1:Pontos e Rectas >> 1:Ponto, colocando o cursor sobre o
ponto de interseção. Poderás, ainda, usar a ferramenta
2:Zoom – Caixa ( CTRL e MENU ) para obter uma repre-
sentação mais adequada à observação do conjunto-solu-
ção da condição.
b) No editor de funções da página de gráficos escreve em
f2 a 1.ª derivada e em f3 a 2.ª derivada. Relembra que
para introduzires as derivadas deves aceder à paleta de
operadores matemáticos, pressionando a tecla t . Utili-
zando as ferramentas de zoom, obtém uma janela ade-
quada para a visualização do zero da 2.ª derivada da fun-
ção.

202 Calculadoras gráficas


Podes obter o valor do zero de uma função numa página
de calculadora premindo a tecla MENU e usando a opção
1:Resolução numérica da opção 3:Álgebra. Podes ainda
gravar o valor do zero da função numa qualquer variá-
vel, premindo as teclas CTRL e VAR . De seguida, podes
calcular o valor da função fazendo f1(a). Também podes
Com o cursor sobre o gráfico de f3, prime as teclas CTRL obter estes valores através do gráfico da função, e, geo-
e MENU , para ativar o menu de contexto, e seleciona a metricamente, podes ainda observar que este ponto é o
opção 8:Analisar gráfico e, de seguida, a opção 1:Zero. ponto de inflexão do gráfico da função f1.
Desloca o cursor definindo um intervalo que contenha o
zero da função f3 e prime a tecla ENTER . Obterás o zero
da 2.ª derivada.

Podes aumentar o número de casas decimais do valor ob-


tido colocando o cursor sobre o valor e pressionando
consecutivamente as teclas CTRL e + , + , + , + , …

Calculadoras gráficas 203


Respostas dos
exercícios propostos
Respostas dos exercícios propostos
f(x) __
x + 1 ____ x
17 1, pois Ax ∈ R- , ____

3
4 ≤ ≤ e
x x x
a) Verdadeira, pois An ∈ N, n 2 + 1 > n 2 > 0 . x + 1 = lim __
lim ____ x=1
Tema

Funções Reais x " -∞ x x " -∞ x


b) Falsa, pois, se n = 1 , então n + 1 = 2n .
de Variável Real 18 1
c) Verdadeira, pois
An ∈ N, n + 1 > n ‹ 0 < 2n + 1 ≤ 3n .
1. Limites e continuidade 19 A função f é contínua em [- 1, 0] e é
5 contínua em [0, 2] ; f(- 1) = 1 , f(0) = - 1 e
1 f(2) = 7 .
a) 2 b) 3 c) 4
a) Seja δ um qualquer número real positivo. Dado que f(0) ≤ 0 ≤ f(- 1) e f(0) ≤ 0 ≤ f(2) , o

| |
3n - 1 - __
_____ 3 <δ§ 6 Seja p ∈ N tal que teorema de Bolzano-Cauchy garante que f tem
1
2n + 5 2 pelo menos um zero em ] - 1, 0 [ e tem pelo
An ∈ N, n ≥ p1 ± un ≤ vn e seja L um qual-

| |
6n - 2 - 6n - 15 < δ §
§ _____________
4n + 10
quer número real positivo. menos um zero em ] 0, 2 [ .

| |
Dado que lim vn = - ∞ , existe p2 ∈ N tal que
§ _____ - 17 < δ § _____ 17 < δ §
An ∈ N, n ≥ p2 ± vn < - L .
20 A função f é contínua em - 1, 0 ; [ ]
4n + 10 4n + 10 f(- 1) * f(a) = (a - 1 + a) * a = (2a - 1) * a . Se
Então, se p = máximo{p1 , p2} , tem-se: 1
§ ___ 17 - 10δ < 4n §
17 < 4n + 10 § ________ a å 0, _ , então (2a - 1) * a < 0 e, portan-
δ δ An ∈ N, n ≥ p ± un ≤ vn < - L , ou seja, ] 2[
17 - 10δ to, f(- 1) * f(a) < 0 .
§ n > ________ An ∈ N, n ≥ p ± un < - L ,
4δ O teorema de Bolzano-Cauchy permite, então,
Portanto, sendo p um número natural de onde se conclui que lim un = - ∞ .
concluir que f tem pelo menos um zero em
17 - 10δ , tem-se:
maior do que ________
4δ 7 lim vn = - ∞ , pois An ∈ N, vn ≤ - un e
] - 1, 0 [ .
An ∈ N, n ≥ p ± un - __
3.
| | 3 < δ , ou seja,
2
- un " - ∞ . 21 Seja f a função definida por
f(x) = sen x - tg x ; f é contínua em [___ 3p , p ,
lim un = __ 8
__ 4 ]
2
b) Seja L um qualquer número real positivo. a) + ∞ b) + ∞ c) + ∞ 3p = √
f(p) = 0 e f (___ __2 +1.
__ 4) 2
__
√ 2 n - 1 > L § √2 n > 3L + 1 §
_____ 3p .
Portanto, f(p) ≤ 1 ≤ f (___
3 9 4)
3L +
§ n > ______ __ 1 Assim, o teorema de Bolzano-Cauchy permite
3n - 1 > 1,4 § 0,2n > 6,6 § n > 33 ;
a) _____
√2 3p , p : sen x - tg x = 1 .
2n + 4 concluir que ∃x ∈ ] ___ [
Portanto, sendo p um número natural portanto, An ∈ N, n ≥ 34 ± un > 1,4 . 4
maior do que ______3L +
__ 1 , tem-se: b) + ∞ 22 Seja f a função definida por
√2
____
An ∈ N, n ≥ p ± vn > L , ou seja, 10 (x - 1)√x - 1
_________
f(x) = ; a função f dá a área do
lim vn = + ∞ . 2
a) + ∞ b) - ∞ triângulo [APB] em função da abcissa x do
c) Seja L um qualquer número real positivo. ponto P .
5 - 3n < - L § 5 - 3n < - 2L §
_____
11 Tem-se:
2 __
1 e f(3) = √2 ; portanto, f(2) ≤ 1 ≤ f(3) .
f(2) = __
2L + 5
§ 3n - 5 > 2L § n > _____ a) 0 b) 1 c) 0 d) 0 2
3
Dado que a função f é contínua em [2, 3] , o
Portanto, sendo p um número natural
12 teorema de Bolzano-Cauchy permite concluir
2L + 5 , tem-se:
maior do que ______ que ∃x ∈ ] 2, 3 [ : f(x) = 1 .
3 2
a) __ b) 10
An ∈ N, n ≥ p ± wn < - L , ou seja, 3
lim wn = - ∞ . 23 Seja h a função definida por
13 h(x) = f(x) - g(x) ; a função h é contínua
2 em [a, b] porque é diferença de duas funções
a) - 1 b) - ∞
contínuas.
a) 1 - 2 * (- ∞)2 = 1 - 2 * (+ ∞) = - ∞
14 + ∞ , pois: h(a) = f(a) - g(a) ; portanto, h(a) < 0 , pois
1 =0
b) ____
+∞ f(a) < g(a) .
x(x + 2) x 2 = lim x = + ∞
lim _______ = lim __ h(b) = f(b) - g(b) ; portanto, h(b) > 0 , pois
c) + ∞ * (- ∞) = - ∞ x " +∞ x + 1 x " +∞ x x " +∞
f(b) > g(b) .
2=2
d) __
1 1
15 __ Então, h(a) < 0 < h(b) e o teorema de Bolzano-
2 -Cauchy permite concluir que:
3
16 ∃c ∈ ] a, b [ : h(c) = 0
a) - ∞ b) 0 c) + ∞ d) 0 Dado que h(c) = 0 § f(c) = g(c) , conclui-se
2 1 1 a) Verdadeira, pois Ax ∈ R, x 2 + 1 > 0 .
e) __ f) - __ g) 1 h) __ que os gráficos de f e g se intersetam no ponto
3 2 2 b) Falsa, pois x < - 1 ± x 3 + 1 < 0 . de abcissa c .

206 Respostas dos exercícios propostos


24 Por exemplo: 3. (D) g(a) = f(a) - f(a + 1) = - f(a + 1)
4. (B) g(a + 1) = f(a + 1) - f(a + 2) = f(a + 1)
y
5. (D) Como f(a + 1) 0 0 , conclui-se que
f
g(a) * g(a + 1) < 0 e o teorema de Bolzano-
a b Grupo II -Cauchy permite concluir que a função g
O x
10n - 15 > 2 § tem pelo menos um zero no intervalo
1. a) un > 2 § ________
3n + 18 ] - 1, 1 [ .
§ 10n - 15 > 6n + 36 § Como g(x) = 0 § f(x) − f(x + 1) = 0 , está
f(a) * f(b) > 0 e a função tem dois zeros. § 4n > 51 § n > 12,75 provado o pedido.
Então, ∀ n ∈ N, n ≥ 13 ± un > 2 . 5. a) 10C4 = 210 1
b) __ 2
c) __
25 ]- 10, 4[ , pois g(a) = 4 - k , g(b) = - 10 - k b) lim wn = + ∞ 4 5

e k å ]- 10, 4[ ± (4 - k) (- 10 - k) < 0 . c) lim vn = 1


2
0 − 7 * 0 + 13 = ___
2. a) f(0) = ____________ 13 e 31
26 Seja g a função definida por 4−0 4 2(n + 1) - 1 2n - 1
g(x) = f(x) - 2x ; a função g é contínua em
____ a) un+1 - un = _________ - _____ =
√5 − 1 − 1 1 3(n + 1) + 2 3n + 2
[0, 1] . f(5) = _______ = __ ;
5−2 3 2n - 1 =
2n + 1 - _____
1 e g(1) = - __ 2 = _____
g(0) = __ portanto, f(5) < 1 < f(0) . 3n + 5 3n + 2
2 3
x − 7x + 13 = 1 ‹ x ≤ 2 › (2n + 1) (3n + 2) - (2n - 1) (3n + 5)
f(x) = 1 § __________ = __________________________ =
2
Portanto, g(1) < 0 < g(0) e o teorema de Bol-
zano-Cauchy permite concluir que ____ ( 4−x ) (3n + 5) (3n + 2)
√x - 1 - 1 7
∃c ∈ ] 0, 1 [ : g(c) = 0 , ou seja, › (_______ = 1 ‹ 2 < x ≤ 5) › = _____________
x−2 (3n + 5) (3n + 2)
∃c ∈ ] 0, 1 [ : f(c) = 2c .
› 2 x-5
__________ 7
An ∈ N, _____________ >0
( x − 7x + 10 = 1 ‹ x > 5) (3n + 5) (3n + 2)
27 f(0) = 1 , f(1) = - 3 e a função f é contí-
x 2 - 7x + 13 = 1 ‹ x ≤ 2 §
__________ Portanto, ( un ) é monótona crescente.
nua em [0, 1] . Portanto, o teorema de Bolza-
4-x 1 , v = __
v1 = - __ 1 e v = - __1 ; portanto,
no-Cauchy permite concluir que a função f § x 2 - 6x + 9 = 0 ‹ x ≤ 2 § 2 3
2 4 8
tem pelo menos um zero em ] 0, 1 [ .
§ x = 3 ‹ x ≤ 2 (impossível) v1 < v2 ‹ v2 > v3 .
Por outro lado, f '(x) = - 3 x 2 - 3 ; então, f ' é ____ Logo, (vn ) não é monótona: não é crescente,
negativa em R e, portanto, f é decrescente. √x-1-1
_______ =1‹2<x≤5§ nem é decrescente.
Assim, não pode ter mais do que um zero. x−2
____ 2 e lim v = 0 ; as duas sucessões
b) lim un = __
§ √x - 1 = x - 1 ‹ 2 < x ≤ 5 § 3
n

têm limite real, logo são convergentes.


28 1,15625 é um valor aproximado do zero § (x = 2 › x = 1) ‹ 2 < x ≤ 5
de f com erro inferior a 0,05. (impossível) c) São limitadas, pois todas as sucessões con-
x-5 vergentes são limitadas.
__________ =1‹x>5§
29 Pelo teorema de Weierstrass, conclui-se x 2 - 7x + 10
que a função f tem máximo e mínimo absolu- § x 2 - 8x + 15 = 0 ‹ x > 5 § 32
tos quer em [a, b] , quer em [c, d] . Portanto, § (x = 3 › x = 5) ‹ x > 5 (impossível)
a) Se uma sucessão é monótona, então é limi-
o maior destes máximos e o menor destes míni- b) A função é contínua em [ 3, 5 [ e em
tada; proposição falsa.
mos são, respetivamente, máximo e mínimo ] 5, 6] ; portanto, é contínua em [3, 6]
absolutos da função f . se for contínua em 5. b) Se uma sucessão é convergente, então é
1 monótona; proposição falsa.
lim f(x) = f(5) = __
30 x"5

3 0
__ c) Se uma sucessão é monótona e limitada,
x−5
lim f(x) = lim __________
0
= então é convergente; proposição verdadeira.
a) Se k = 8 , a função é contínua em [- 2, 2] e x"5
+
x " 5 x 2 − 7x + 10
+

o teorema de Weierstrass permite concluir x-5 1 = __


1 d) Se uma sucessão não é limitada, então não é
= lim ___________ = lim ____ convergente; proposição verdadeira.
que f tem máximo e mínimos absolutos. x " 5 (x - 5 ) (x - 2) x"5 x - 2 3
+ +

b) f é crescente em [- 2, 1] porque Dado que a função é contínua em 5, e) Se uma sucessão não é convergente, então
conclui-se que é contínua no interva- não é monótona ou não é limitada; proposi-
Ax ∈ ] - 2, 1 [ , f '(x) > 0 .
lo [3, 6] e o teorema de Weierstrass ção verdadeira, é proposição conversa da
Portanto, f(- 2) = - 14 - k é mínimo abso- proposição da alínea c).
permite afirmar que a função, nesse inter-
luto e f(1) = 4 - k é máximo absoluto.
valo, admite mínimo e máximo absolutos.
3. f é contínua em [- 1, 1] , f(- 1) = 3 - k , 33

Teste 1 55 f(1) = 3 + k e k å ] - ∞, - 3 [ ∂ ] 3, + ∞ [ ±
± f(- 1) * f(1) < 0 .
4. A equação f(x) = f(x + 1) é equivalente à
equação f(x) - f(x + 1) = 0 .
a) - ∞
e) - ∞
b) - 2
3
f) __
2
c) 1
g) 2
d) 0
h) 2

Págs. 26 e 27 34 a ∈ ] 1, + ∞ [
Seja g a função definida por
Grupo I g(x) = f(x) - f(x + 1) .
1. (B) A função g é contínua em [a, a + 1] por- n2 - 1
35 (D) porque lim _____ = -∞ .
2. (C) que é diferença de funções contínuas. 1 - 2n

Respostas dos exercícios propostos 207


36 + ∞ , porque, a partir de certa ordem, 49 (B) 57 Temos de provar que:
un ≥ - vn e lim (- vn ) = + ∞ . ∃x ∈ [1, 5] : f(x) = x 2
50 (A)
Seja g a função definida por g(x) = f(x) - x 2 ;
37
51 Seja g a função definida por g é contínua em [1, 5] ,
a) - ∞ b) + ∞ c) + ∞
g(x) = f(x) - x - 1 . g(1) = f(1) - 12 = 2 - 1 = 1 e
38 A equação f(x) = x + 1 é equivalente à equa- g(5) = f(5) - 52 = 4 - 25 = - 21 .
ção g(x) = 0 . Portanto, ∃x ∈ ] 1, 5 [ : g(x) = 0 , ou seja,
⎰lim ( un + vn ) = 5 § ⎰lim un = 2
⎱lim ( vn - un ) = 1 ⎱lim vn = 3 Tem-se g(1) = f(1) - 1 - 1 = - 1 e ∃x ∈ ] 1, 5 [ : f(x) = x 2 .
g(2) = f(2) - 2 - 1 = 2 .
Portanto, lim ( un + 2) = lim ( vn + 1) = 4 . Dado que a função g é contínua em [1, 2] e 58 É, necessariamente, uma função não con-
Então, o teorema das sucessões enquadradas que g(1) < 0 < g(2) , o teorema de Bolzano- tínua como, por exemplo, a função que repre-
permite concluir que a sucessão (wn) é conver- -Cauchy permite concluir que: sentamos graficamente.
gente e lim wn = 4 . ∃x ∈ ] 1, 2 [ : g(x) = 0
y
39
52 A função f é contínua em qualquer inter-
a) 0 b) 0 c) 0 d) 2 e) 0
valo fechado, f(- 1) = k + 2 , f(k) = k2 - 2k e se
__ __ -2 O 2x
40 k å ] - 2, -√ 2 [ ∪ ] 0,√ 2 [ , f(-1) * f(k) < 0 .
10
a) ___ b) 2
9 53 A função g é contínua em [1, 2] porque
c) - ∞ d) 0
59 Não; por exemplo, a função definida por:
resulta de operações algébricas sobre funções
-2 ⎧ __
e) - ∞ ___ f) Não existe contínuas.
⎪-
1 se x ∈ - 2, 0
[ [
( 0+ )
g(1) = 2f(1) - f(1) = f(1) e f(x) = ⎨ x
1 se x ∈ 2, 4
⎪____
g) + ∞ 6
___ h) Não existe g(2) = 2f(2) - f(1) = 2f(2) - 3f(2) = - f(2) ⎩2 - x ] ]
( 0+ )
Dado que f é negativa em [1, 2] , sabe-se que é contínua e não tem máximo nem tem mínimo
41 f(1) < 0 e que - f(2) > 0 . absolutos.
1 1 5 Então, o teorema de Bolzano-Cauchy permite y
a) __ b) __ c) __ k
4 6 8 concluir que ∃x ∈ ] 1, 2 [ : g(x) = 0 . f
1
d) - __ e) - 4 f) - 1 4
2
54 Seja g a função definida por g(x) = f(x) - x . -2 O 2 x
g) - 6 h) Não existe
g(- 1) = f(- 1) - (- 1) ; portanto, g(- 1) < 0 ,
pois f(- 1) < - 1 .
42 __ g(3) = f(3) - 3 ; portanto, g(3) > 0 , pois
√2
__
a) - 1 b) Não existe c) f(3) > 3 .
2 2. Derivadas de funções
Dado que g é contínua em [- 1, 3] , o teorema
43 de Bolzano-Cauchy permite concluir que
reais de variável real
∃c ∈ ] 1, 3 [ : g(c) = 0 e g(c) = 0 é equivalente e aplicações
a) + ∞ b) - ∞ c) - ∞ a f(c) = c .
60
44
55 Seja g a função definida por a) mAB = 2 e mBC = 1 ; portanto, mAB < mBC , o
a) 0 b) 3 1
c) __ g(x) = f(x) - f(x + a) . que quer dizer que o gráfico de f não pode
2
ter a concavidade voltada para baixo
A função g é contínua em [- a, 0] e
45 - 4 em [2, 5] .
g(- a) = f(- a) - f(- a + a) = f(a) - f(0) ; portanto,
b) Não, porque só temos informação acerca de
46 5 g(- a) > 0 , pois f(a) > f(0) . um ponto cuja abcissa está entre 2 e 5.
g(0) = f(0) - f(a)
61
47 - 1 e 1 Portanto, g(0) < 0 , pois f(a) > f(0) . __
1
a) y = - x + √2 + __
Então, o teorema de Bolzano-Cauchy permite 2
48 A função é contínua em ] - ∞, - 1 [ porque concluir que ∃c ∈ ] - a, 0 [ : g(c) = 0 e, assim, a b) Dado que o gráfico de f tem a concavidade
__
é uma função racional e é contínua em equação f(x) = f(x + a) tem pelo menos uma voltada para cima no intervalo __1√
solução no intervalo ] - a, 0 [ . [2 , 2] , o
] - 1, + ∞ [ porque é o quociente entre uma fun- gráfico fica abaixo da reta que passa nos
ção polinomial e a diferença entre uma função __
pontos do gráfico de abcissa __1 e √2 .
constante e a raiz quadrada de uma função po- 56 Dado que a função f é contínua em [a, b] 2
linomial e é contínua em - 1, pois: A proposição é falsa porque a ordenada
__ do
e que 0 ∈ [- 1, 3] , o teorema de Bolzano-Cau- 1
3 ponto da reta de abcissa 1 é - 1 + √2 + __
lim f(x) = lim f(x) = f(- 1) = __ chy permite concluir que ∃c ∈ ] a, b [ : f(c) = 0 . 2
x"- 1
-
x " -1
+
5 Então, c ∉ Dg . que é um número menor do que 1.

208 Respostas dos exercícios propostos


A equação reduzida dessa reta é y = __ 7.
2 x + __ A afirmação III é falsa.
62 3 3
Dado que o gráfico da função tem a conca- Dado que lim h(x) = 3 , conclui-se que a
a) f '(2) b) f '(- 1) x " +∞
vidade voltada para baixo no interva- reta de equação y = 3 é assíntota ao gráfico
63 lo [- 2, 4] , o gráfico da restrição da função de h em + ∞ . Portanto, a reta de equação
2 a esse intervalo está acima da reta. Portanto, y + 3 = 0, ou seja, a reta de equação y = − 3 ,
(1 + h) - 4(1 + h) + 1 - (- 2)
a) f '(1) = lim ______________________ = f(- 1) tem de ser maior do que a ordenada não é assíntota ao gráfico da função h em
h"0 h do ponto da reta que tem abcissa - 1. Como +∞ .
= lim _ h2 - 2h = lim (h - 2) = - 2 7 = __
2 × (- 1) + __
__ 5 , f(- 1) não pode ser __
4.
h"0 h h"0
3 3 3 3
b) y = - 2x 73 Provavelmente estás a utilizar referenciais
2. a) k = 4 não monométricos.
64 f "(x) = 12 x 2 - 18x ; f "(1) = - 6 b) A função é crescente em ] - ∞, 1] e em
74 (A) [- 100, 100] * [- 100, 100]
g"(x) = 48x - 24 ; g"(1) = 24 5
__ 5
__
[ 3 , + ∞ [ e é decrescente em [1, 3 ] . (C) [- 0,5; 0,5] * [- 100, 100]
4
h"(x) = - ______ 1
; h"(1) = - __
(x + 1)
3
2 5 23 (D) [- 1, 1] * [- 3,1; 3,1]
f(1) = 1 é máximo relativo e f __ ___
( 3 ) = 27
__ __ é mínimo relativo. 75 D = R ; interseção com os eixos em (0, 0) ;
__
65 f '(√ 2 ) = 0 e f "(√ 2 ) < 0 , portanto,
O gráfico tem a concavidade voltada - x 2 + 1 ; f é decrescente em - ∞, - 1
f atinge um máximo em √ 2 . f'(x) = _______ 2 ] ]
para baixo em − ∞, __ 4 e tem a conca- ( x 2 + 1)
2 ] 3] e em [ 1, + ∞ [ e é crescente em [- 1, 1] ; atinge
66 Se a = - __ , tem-se g'(1) = 0 e g"(1) < 0 . 4
vidade voltada para cima em __
3 [ 3 , + ∞[ ; um mínimo absoluto igual a - __ 1 em - 1 e atin-
2
25
4 ___ ge um máximo absoluto igual a __ 1 em 1;
o ponto de coordenadas __
67 Por exemplo:
( 3 , 27 ) é pon- 2 x - 6x ; o gráfico de f tem 2
f "(x) = _______
3
y to de inflexão do gráfico. 3
a concavi-
( x 2 + 1) __
3. Por exemplo: dade voltada para baixo em ] - ∞, - √3 ] e
__
y em [0, √3 ] e__tem a concavidade __ voltada para
O 5 x cima em [-√3 , 0] e em [√3 , + ∞ [ ; os pon-
__
__ √
O gráfico deve ter a concavidade voltada para __ 3
tos de coordenadas
__ ( - √3 , - , (0, 0) e
baixo. __ √ 4 )
O x √ __3
( 3 , 4 ) são pontos de inflexão do gráfico;
68 f "(x) = x 2 - 3x + 2 ; a concavidade está não existem assíntotas verticais; a reta de equação
voltada para cima em ] - ∞, 1] e em [ 2, + ∞ [ . y = 0 é assíntota ao gráfico em - ∞ e em + ∞ .

1 4. a) 54,7 m/s
69 k = __
5
b) A aceleração média é 7,7 m/s2 e a acele-
70 11,3 m/s 2 ração ao fim de 1 s é 8 m/s2.

71 1000,03 m/s c) A aceleração é máxima ao fim de 3 se-


gundos.
76 D = R \ {2} ; interseção com os eixos em
72 Porque tem aceleração constante, pois 5. A afirmação I é falsa. (0, 0) e (1, 0) ;
s"(t) = 10 . O domínio de h ' é R , portanto: - x 2 + 4x - 2 ; f é decrescente em
f '(x) = __________ 2
(2__ - x) __
h '(x) = 0 § f(x) = 0 § x = - 2 › x = 3

Teste 2 55 Como - 2 é zero duplo de f , não há mu-


dança de sinal na derivada. A função h só
tem um extremo relativo (atinge um máxi-
] - ∞, 2 - 2 ] e em [ 2 + √2 , + ∞ [ e é cres-

__ __
cente em [ 2 - √2 , 2 [ e em ] 2, 2 + √2 ] ; atin-
__
ge um__ mínimo relativo igual a 2√2 - 3 em
Págs. 44 e 45 mo em 3). 2 - √__2 e atinge um__máximo relativo igual a
4
- 2√2 - 3 em 2 + √2 ; f "(x) = ______ ; o grá-
Grupo I A afirmação II é verdadeira. (2 - x)
3

f '(x) * ( x 2 + 1) - f(x) * 2x fico de f tem a concavidade voltada para cima


1. (B) h "(x) = ________________________
( x 2 + 1)
2
em ] - ∞, 2] e tem a concavidade voltada para
2. (A)
Portanto, baixo em [ 2, + ∞ [ ; não existem pontos de in-
3. (B) flexão; a reta de equação x = 2 é assíntota ver-
f '(- 2) * (4 + 1) - f(- 2) * (- 4)
4. (D) h "(- 2) = _____________________________
2
tical; a reta de equação y = - x - 1 é assíntota
(4 + 1) ao gráfico em - ∞ e em + ∞ .
5. (D)
Dado que - 2 é zero de f , tem-se f(- 2) = 0
Grupo II e como f é diferenciável e tem um extremo
relativo em - 2, conclui-se que f '(- 2) = 0 .
1. O declive da reta que passa nos pontos do
5 - 1 = __ 0 * 5 - 0 * (- 4) ___
gráfico de abcissas - 2 e 4 é _______ 2. Assim, h "(- 2) = _____________ = 0 =0
4 - (- 2) 3 (4 + 1)
2
25

Respostas dos exercícios propostos 209


77 D = R ; interseção com os eixos em (0, 1) , Portanto, visto que f "(c) < 0 , conclui-se que a f '(x) ≥ 0 ; portanto, a função f atinge um
__ __
(- √ 5 , 0) e (√ 5 , 0) ; f '(x) = √_____
-x
_____ função f atinge um máximo em c . mínimo relativo no ponto de abcissa - __3 e
; f é 2
x2 + 4 não tem máximos.
80 Seja h a função definida por
crescente em ] - ∞, 0] e é decrescente em O gráfico da função f tem a concavidade
[ 0, + ∞ [ ; atinge um máximo absoluto igual a h(x) = f(x) − g(x) = x 3 + 2 x 2 - 1 . 1
__
1 em 0 e não tem mínimos relativos; 3 ,
A função h é contínua em [- 2, - __
voltada para cima em
] - ∞, - 3 ] e em
4
f "(x) = - __________
__ ; o gráfico de f tem a con- 2]
3 = __
1. em [ 2, + ∞ [ porque a função f ' é crescente
√(x2 + 4)3 h( - 2) = - 1 e h (- __
cavidade voltada para baixo e não existem 2) 8
em cada um desses intervalos. O gráfico
pontos de inflexão; não existem assíntotas ver- O teorema de Bolzano-Cauchy permite, por-
tem pontos de inflexão nos pontos de abcis-
ticais; a reta de equação y = x + 3 é assíntota tanto, concluir que 1 e 2, pois nesses pontos muda o sen-
sas − __
ao gráfico em - ∞ e a reta de equação 3 : h(c) = 0 e
∃ c ∈ ] - 2, - __ 3
y = - x + 3 é assíntota em + ∞ . 2[ tido da concavidade do gráfico.
h(c) = 0 § f(c) = g(c) . 2. a) - 1
Então, os gráficos de f e g intersetam-se num 5
__
3.
b) A função é decrescente em
] - ∞, - 3 ] e
ponto de abcissa entre - 2 e - __
2 5
em [ 1, + ∞ [ e é crescente em − __
Esse ponto é único, pois h' é positiva em [ 3 , 1] .
5
f - __ 310
____
3
__
( 3 ) = - 27 é mínimo relativo e
78 D = R \ {0} ; [- 2, - 2 ] e, portanto, a função h é crescente f(1) = - 2 é máximo relativo.
⎧ ____
x - 2 se x < 2 ∧ x ≠ 0 nesse intervalo. O gráfico tem a concavidade voltada para
⎪-
f(x) = ⎨ 2x A abcissa do ponto, arredondada às décimas, cima em - ∞, - __1 e tem a concavidade
x-2
⎪ ____
se x ≥ 2 ] 3]
⎩ 2x é - 1,6. 1
__
Repara que a observação das expressões que
voltada para baixo em
[- 3, + ∞[ ; o
ponto do gráfico de abcissa - __1 é ponto
definem a função sugere que o gráfico da fun-
3
ção seja a reunião de partes de hipérboles. de inflexão.
Interseção com o eixo Ox em (2, 0) e não __ __
existe interseção com o eixo Oy ; 3. D = R \ {-√3 , √3} ; o gráfico interseta os
eixos na origem do referencial;
⎧ __1 se x < 2 ‹ x ≠ 0
⎪- 2 x 2 ( x 2 - 9)
f '(x) = ⎨ x 81 ‾
AC = 4 f '(x) = ________ 2
;
1
⎪ __
se x > 2 ( x 2 - 3)
⎩ x2 82 Suponhamos que a função tinha dois ze- f é crescente em ] - ∞, - 3] e em __[ 3, + ∞ [ e
f é decrescente em ] - ∞, 0 [ e em ] 0, 2] e é - 3, -√3 [ , em
__ [
ros. Então, pelo teorema de Lagrange, podia é decrescente em
crescente em [ 2, + ∞ [ ; atinge um mínimo rela- __ __
9
tivo igual a 0 em 2 e não tem máximos relati-
concluir-se que a derivada tinha, pelo menos, ] - √ 3 , √3 [ e em ]√ 3 , 3 [ ; f(- 3) = - __ é
um zero entre os dois zeros da função. 2
vos; 9
__
máximo relativo e f(3) = é mínimo rela-
Ora, isso é absurdo, pois a derivada da função 2
⎧__
2 x(6 x 2 + 54)
⎪ 3 se x < 2 ‹ x ≠ 0 não tem zeros. Portanto, a função não pode ter tivo; f "(x) = __________ ; o gráfico tem a
f "(x) = ⎨ x dois zeros, ou seja, tem, no máximo, um zero. ( x 2 - 3)
3
⎪ __
- 2 se x > 2
⎩ x3 concavidade voltada para baixo em
__ __
o gráfico de f tem a concavidade voltada para
baixo em ] - ∞, 0 [ e em [ 2, + ∞ [ e tem a con-
cavidade voltada para cima em ] 0, 2] ; o pon-
to de coordenadas (2, 0) é um ponto de infle-
Teste 3 55 ] - ∞, -√3 [ e em [ 0,√3 [ e tem a concavi-
dade__ voltada para cima em ] − 3 , 0] e
]√3 , + ∞ [ ; o ponto de coordenadas (0, 0)
é ponto__ de inflexão;

__

xão do gráfico de f ; a reta de equação x = 0 é __ as retas de equações


Págs. 62 e 63 x = -√3 e x = √3 são assíntotas verticais
1
assíntota vertical e as retas de equações y = - __
2 Grupo I e a reta de equação y = x é assíntota não
e y= 1
__ são assíntotas horizontais ao gráfico vertical em - ∞ e em + ∞ .
2 1. (A)
em - ∞ e em + ∞ , respetivamente. y f
2. (B)
3. (C) y=x
4. (C)
- 3 O 3 x
5. (A)

Grupo II
79 A função f ' é contínua em [1, 3] porque 3 , por-
1. A função f é decrescente ] - ∞, - __ __
é diferenciável (pois f é duas vezes diferenciável). 2] 4. 4√2
3 , f '(x) ≤ 0 , e é crescen-
que ∀x ∈ ] - ∞, - __
Então, dado que f '(1) * f '(3) < 0 , o teorema de
2] 5. A afirmação I é falsa pois, dado que a reta
Bolzano-Cauchy permite afirmar que: de equação x = 0 é assíntota ao gráfico da
3
te em [ - , + ∞ [ , porque ∀ x ∈ [ - __
__ 3, + ∞ ,
∃ c ∈ ] 1, 3 [ : f '(c) = 0 2 2 [ função, a função não é contínua no ponto 0,

210 Respostas dos exercícios propostos


pelo que não é contínua no intervalo 90 b) Concavidade
__ voltada
__ para cima em
[- 5, 3] . Então, o teorema de Bolzano-Cau- ] - ∞, - √2 [ e em ]√2 , + ∞ [ e concavida-
a) f '(x) = 2x - 3 x 2 = x(2 - 3x) ; __ __
chy não permite garantir, no intervalo de voltada para baixo em ] -√2 , √2 [ .
] - 5, 3 [ a existência de, pelo menos, um f é decrescente em ] - ∞, 0] e em __ 2
zero da função f . [ 3, + ∞[
e é crescente em 0, __2 99 (C)
A afirmação II é falsa pois, da igualda- [ 3 ] ; f(0) é mínimo re-
de lim (f(x) + 3x) = 0 , pode concluir-se 2
lativo e f __
x " −∞ ( 3 ) é máximo relativo. 100 Tem-se f(x) = a x 2 + bx + c , sendo a , b
que a reta de equação y = - 3x é assíntota e c números reais, com a 0 0 .
ao gráfico da função em - ∞ , pelo que o x 2 + 4x - 3 ; f é crescente em
b) f '(x) = _________
(x + 2)
2 Então, f "(x) = 2a e, portanto,
gráfico não admite uma assíntota horizon- __ __
tal em - ∞ . ∀ x ∈ R, f "(x) > 0 § a > 0 .
] - ∞, - 2 - √7 ] e em [ - 2 + √7 , + ∞ [ e
__
A afirmação III é falsa pois, dado que é decrescente em [ - 2 - √7 , - 2 [ e em 101
f(x + h) - f(x) __ __
lim ___________ é igual a f '(x) , tem-se ] - 2, - 2 + √7 ] ; f (- 2 - √7 ) é máximo re-
h"0 h __ a) a = - 12 e b = 14
que ∀x ∈ R \ {0}, f '(x) > 0 mas, deste resul- lativo e f (- 2 + √7 ) é mínimo relativo.
b) A concavidade está voltada para baixo em
tado só se pode concluir que a função é
crescente em ] - ∞, 0 [ e em ] 0, + ∞ [ . - x2 - 9
91 f '(x) = _______ ]- ∞, 2] e está voltada para cima em [2, +∞[ .
2 ; então, dado que
( x 2 - 9)
2
∀ x ∈ Df , - x 2 - 9 < 0 ∧ ( x 2 - 9) > 0 , 102 (B)

tem-se ∀ x ∈ Df , f '(x) < 0 .


83 ] - ∞, 7 [
____ 103 a = - 9 , b = 15 e c = - 1
√ A função f é decrescente em ] - ∞, - 3 [ , em
84 f '(- 1) = lim ________
x + 2 - 1 __
=
1
] - 3, 3 [ e em ] 3, + ∞ [ , mas não é decrescente 104 (C)
x+1
x " -1 2 no domínio. Repara que, se f fosse decrescente
_ 2 - 2
_ no domínio, ter-se-ia:
105
1 + h - 3 - 2 = - __
g '(1) = lim ___________ 1 ∀ a, b ∈ Df , a < b ± f(a) > f(b)
h"0 h 2
No entanto, por exemplo, - 4 é menor do que 4 a) A função é contínua porque é diferenciável
3
85 __ e f(- 4) também é menor do que f(4) . e atinge dois extremos relativos porque a de-
5 rivada tem dois zeros onde muda de sinal.
92 f é decrescente em ] - ∞, 1] e em [ 2, + ∞ [ b) Existe c ∈ ] 0, a [ tal que a função derivada
86
e é crescente em [1, 2] ; f(1) é mínimo relati- é crescente em [0, c] e em [c, a] ; portanto,
3
a) - __ b) y = - 3x + 2 vo e f(2) é máximo relativo. o gráfico de f tem um ponto de inflexão no
2
ponto de abcissa c .
f(1 + h) - f(1) 93
87 lim ___________ = 3 § f '(1) = 3 ;
h 106 A função f atinge um mínimo em x = - 2 ,
h"0
a) f "(x) = 3 + 6 x 2 b) f "(x) = 48x + 24
dado que a função f é par, a função f ' é ím- pois f ' anula em - 2 e passa de negativa a po-
4
c) f "(x) = ______ 12
d) f "(x) = _______
par e, portanto, f '(- 1) = - 3 . 3 3 sitiva. O gráfico de f tem dois pontos de infle-
(x - 1) (2x - 3)
xão: um de abcissa - 1 e outro de abcissa 1
88 3 3 pois, nestes pontos, f ' atinge, respetivamente,
94 y = - __ x + __
4 2 um máximo e um mínimo relativos.
a) f '(x) = - 3 b) f '(x) = 6x - 3 x 2
3
95 b = __
4x3 - 2
c) f '(x) = ______ a‹a≥0
2 107 (C)
5
d) f '(x) = ___ 1
1__ + ____ 1
__ + ____
96
3 4
__ 108
√2x √ 3x 2 √4x 3 a) f "(c) ≤ 0 ⎧ ⎫
1⎬ ; interseção com os eixos:
a) D = R \ ⎨- __
5 x - 6x - 5
e) f '(x) = __________
2

(5x - 3)
2 b) É mínimo da função. ⎩ 2⎭
f) f '(x) = 8 (2x + 1)
3 (0, 1) e (- 1, 0) ;
97 Deve ser uma função que decresça com a
2x(x + 1)
3
g) f '(x) = - ____ concavidade voltada para cima. Por exemplo: f '(x) = ________2 ; a função é crescente em
8x4 (2x + 1)
x y
h) f '(x) = _____
_____ ] - ∞, - 1] e em [ 0, + ∞ [ e é decrescente
√x 2 + 1
1
__ 1
__
em
[ - 1, - 2 [ e em ] - 2 , 0] ; f(- 1) = 0 é
3
i) f '(x) = 2 (3x + 1) (15x + 7) O x
2
j) f '(x) = 2x ( x 2 + 1) (4 x 2 + 1) máximo relativo e f(0) = 1 é mínimo relati-
2
vo; f "(x) = _______ ; o gráfico tem a con-
3
89 98 (2x + 1)
cavidade voltada para baixo em - ∞, - __ 1
a) f '(- 2) = __ 3
1 e g '(- 2) = __ ]
a) Concavidade voltada __para cima em 2[
5 2 __ e tem a concavidade voltada para cima em
f ' √
__3 √3
__
] - ∞, - 3 ] e em [ 3 , + ∞ [ e concavi-
b) (f * g) '(- 2) = - 11
___ 19
e __ (- 2) = ___ 1
__
10 (g) 40 __ __ ] - 2 , + ∞ [ ; não existem pontos de inflexão
15 √ 3 √ 3 1 é
c) (f ∘ g) '(- 2) = ___ dade voltada para baixo em [- __ , __ . do gráfico; a reta de equação x = - __
2 3 3 ] 2

Respostas dos exercícios propostos 211


assíntota vertical lim f(x) = - ∞ e equação x = 2 lim f(x) = + ∞ é assínto- 111 Entre dois zeros de P há pelo menos um
1
- (x " 2 )
(x " (- __2)
ta vertical e as retas de equações y = - 1 e zero de P ' (é uma consequência do teorema de
lim f(x) = + ∞ e a reta de equação Lagrange). Portanto, P ' tem, pelo menos, qua-
+
y = 1 são assíntotas horizontais em - ∞ e
1
x " - __
( 2) ) tro zeros e não pode ter mais do que quatro
em + ∞ , respetivamente.
1 3 é assíntota oblíqua em - ∞ e
y = __ x + __ zeros porque a função é definida por um poli-
2 4 e) D = ] - ∞, - 1 [ ∪ ] 1, + ∞ [ ; o gráfico não in- nómio de grau 4.
em + ∞ . terseta os eixos;
b) D = R \ {1} ; interseção com os eixos: (0, 0) ; - 1 _____ ; a função é decres-
f'(x) = ___________ 112 Suponhamos que c é o maior zero da
- 3x - 3 ; a função é decrescente em ( x 2 - 1)√x 2 - 1
f '(x) = _______ 3
função derivada e suponhamos que a e b são
(x - 1) cente em ] - ∞, - 1 [ e em ] 1, + ∞ [ ; não zeros da função, ambos maiores do que c .
] - ∞, - 1] e em ] 1, + ∞ [ e é crescente em existem extremos; Então, entre a e b tem de existir um zero de
3 é mínimo relativo e f ' e esse zero é maior do que c , o que é absur-
[ - 1, 1 [ ; f(- 1) = - ___ 3x _____ ; o gráfico tem a
f "(x) = ___________ do, pois c é o maior zero da função f ' .
4 2
( x 2 - 1) √x 2 - 1
não existem máximos relativos;
6x + 12 ; o gráfico tem a concavida- concavidade voltada para baixo em
f "(x) = _______
(x - 1)
4 ] - ∞, - 1 [ e tem a concavidade voltada para
cima em ] 1, + ∞ [ ; não existem pontos de
+ Exercícios Propostos
de voltada para baixo em ] - ∞, - 2] e tem
a concavidade voltada para cima em inflexão do gráfico; as retas de equações 113 (C) 114 (C) 115 (C) 116 (D)
[ - 2, 1 [ e em ] 1, + ∞ [ ; o ponto de coordena- x = -1 lim f(x) = - ∞ e
(x " -1 - )
2 117 (A) 118 (D) 119 (B) 120 (B)
__ x=1 lim f(x) = + ∞
das
(- 2, - 3 ) é ponto de inflexão do gráfi- (x " 1+ )
são assíntotas ver-
co; a reta de equação x = 1 é assíntota ver- ticais e as retas de equações y = - 1 e y = 1 121 (C) 122 (C) 123 (C) 124 (B)
tical lim f(x) = + ∞ e a reta de equação são assíntotas horizontais em - ∞ e em
(x " 1 )
y = 0 é assíntota horizontal em - ∞ e em + ∞ , respetivamente. 125
+∞ . a) V b) F c) F d) V
109 Por exemplo:
c) D = R \ {- 1, 1} ; interseção com os eixos:
- x 2 - 1 ; a função é decres- a) b) 126
(0, 0) ; f '(x) = _______ 2
( x 2 - 1) y y
a) F b) F c) V
cente em ] - ∞, - 1 [ , em ] - 1, 1 [ e em
] 1, + ∞ [ ; não existem extremos; 127
2x( x 2 + 3)
f "(x) = _________ 3
; o gráfico tem a concavi- O x
O x a) 3 b) + ∞
( x 2 - 1)
c) + ∞ 1
d) - __
dade voltada para baixo em ] - ∞, - 1 [ e
c) 2
em [ 0, 1 [ e tem a concavidade voltada 1
y e) 0 f) __
para cima em ] - 1, 0] e em ] 1, + ∞ [ ; o 2
ponto de coordenadas (0, 0) é ponto de g) 1 h) 0
inflexão do gráfico; as retas de equações O x i) 0 j) + ∞
x = -1 lim f(x) = - ∞ e lim f(x) = + ∞
(x " -1 -
x " -1
+ )
n 2 = 0 , pois:
128 lim __
n
e x=1 lim f(x) = - ∞ e lim f(x) = + ∞ 3
n
(x " 1 ) 2
n 2 ≤ __
∀n ∈ N, n ≥ 4 ± 0 ≤ __
- +
x"1 110
são assíntotas verticais e a reta de equação 3
n (3)
3
a) m = __
y = 0 é assíntota horizontal em - ∞ e em 1 e lim f( x ) = + ∞ , conclui-se
129 De f(x) = __
2 n
+∞ . x
b) A função é diferenciável e contínua em +
que xn " 0 .
d) D = R \ {2} ; interseção com os eixos: (0, 0) ; [- 1, 0] ; portanto, o teorema de Lagrange
⎧______
2 Então, dado que ∀ n ∈ N, 0 < un ≤ xn , o teore-
permite concluir que:
⎪ (x - 2)2 se x < 2 f(0) − f(- 1) 3 ma das sucessões enquadradas permite con-
f'(x) = ⎨ ∃ c ∈ ] - 1,0 [ : f '(c) = __________ = __ cluir que lim un = 0 .
2
⎪- ______ 0 - (- 1) 2
se x > 2
⎩ (x - 2)2 No ponto de abcissa c , a reta tangente tem
130
a função é crescente em ] - ∞, 2 [ e é decres- declive igual ao da reta AB .
cente em ] 2, + ∞ [ ; não existem extremos 2 x 3 + 6 x 2 + 1 = __
3 § __________ 3 a) + ∞ b) + ∞ c) 2
c) f '(x) = __ 2 __
2 (x + 2) 2 1
relativos; d) -√2 e) - __ f) + ∞
⎧ ______
4 y
3
⎪- (x - 2)3 se x < 2 f'
y= 3 131 Dado que a função f é limitada, existe
f "(x) = ⎨ 2
4
⎪______
⎩ (x - 2)3
se x > 2 | |
M > 0 tal que ∀x ∈ R, f(x) ≤ M .

o gráfico tem a concavidade voltada para -1


| | | | | |
f(x) ≤ M ± f(x) * g(x) ≤ M * g(x) § | |
cima em ] - ∞, 2 [ e em ] 2, + ∞ [ ; não exis- O x § | f(x) * g(x) | ≤ M * | g(x)|
-0,62
tem pontos de inflexão do gráfico; a reta de Seja h a função definida por h(x) = M * g(x) . | |
212 Respostas dos exercícios propostos
| |
Tem-se f(x) * g(x) ≤ h(x) , ou seja, Como a função h é contínua em [a, g(a)] , o 141 Por exemplo:
teorema de Bolzano-Cauchy permite concluir
- h(x) ≤ f(x) * g(x) ≤ h(x) com
que ∃x ∈ ] a, g(a) [ : h(x) = 0 , ou seja, a equa- a)
|
lim h(x) = lim (M * g(x) ) =
x"a x"a | ção g(x) = x + 1 é possível no intervalo
y
f
| |
= M * lim g(x) = M * 0 = 0 .
x"a
] a, g(a) [ .

Por aplicação do teorema das funções enqua- 137 O teorema de Weierstrass permite con- O 1 3 6x
dradas, conclui-se que: cluir que a função atinge um máximo e um mí-
lim [f(x) * g(x)] = 0 nimo em [0, __ π , pois é contínua nesse inter-
x"a
2] b)
valo. y
132 Com efeito,

• a função é contínua em [ 0, __ π e em __ π __π


a) - ∞ b) 1 ] 4 , 2] ,
4[ O 1 2 3 f 5 6x
pois resulta de operações entre funções con-
133 tínuas;
• a função é contínua em __ π , pois
a1) A função g tem pelo menos um zero em c) Não é possível, pois entre dois zeros da fun-
4
] a, b [ . π
__ ção teria de existir pelo menos um zero da
lim f(x) = lim x
_________ = 4
____ =0 e derivada.
a2) Nada se pode concluir acerca da existência +∞
π

x " (__

π
x " (__ π
__
de zeros de g em ] a, b [ . 4) 4 ) tg (x + ) d)
4 y
b1) A função g tem exatamente um zero em lim π = sen 0 = 0
f(x) = f (__ f
] a, b [ . π
x " __
+
4)
(4)
b2) A função g não tem zeros em ] a, b [ . O 1 3 5 6x
138
134 1 - __
____
____ 1
0
__
√ 1-x 2 0
_______
a) f '(- 3) = lim =
a) Dado que g(1) = - 2 , g(2) = 3 e que a fun- x+3 1
142 P __ 1
__
( 3 ) = - 34 + 0,1 > 0 e
x " −3
ção é contínua em [1, 2] , o teorema de Bol- ____
- √1 - x
2____
zano-Cauchy permite concluir que a função = lim __________ = 1 9 __ 6 3
P __ __ __
tem pelo menos um zero no intervalo ]1, 2[ .
x " −3 2√1 - x (x + 3)
( 2 ) = 25 - 25 + 0,1 = 25 + 0,1 > 0
= lim _____ 1
____ *
Dado que g '(x) = 3 x 2 - 2 , a derivada é po- x " −3 2√1 - x
P '(x) = 108x5 - 12x3 = 12x3(9x2 - 1) e P é
sitiva em [1, 2] e, portanto, a função não ____ ____ 1 __1 1 __1
crescente em __ __
pode ter mais do que um zero no intervalo * lim
(2 - √1 - x ) * (2 + √1 - x )
__________________ ____ = [ 3 , 2 ] , pois ∀ x ∈ [ 3 , 2 ] ,
]1, 2[ . x " −3 (x + 3) * (2 + √1 - x ) P '(x) > 0 os zeros de P ' são - __ 1 , __
1 e0 .
( 3 3 )
4 - (1 - x)
1 * lim _______________
b) g(1,5) = - 0,625 ; portanto, o zero da fun- = __ ____ =
143
ção pertence ao intervalo ]1,5; 2[ ; 4 x " 3 (x - 3) * (2 + √1 - x )

g(1,7) = 0,513 ; portanto o zero da função 3 + x ____ =


1 * lim _______________
= __ a) a = - 3 e b = - 6
4 x " 3 (x + 3) * (2 + √1 - x )
pertence ao intervalo ]1,5; 1,7[ . Então, 1,6 b) f '(x) = - 9 x 2 - 12x - 3 e f "(x) = - 18x - 12 ;
é um valor aproximado do zero de g com 1 * lim ________
1____ = __
1 * __
1 = ___
1
= __ f é crescente em - 1, - __ 1 e é decrescente
erro inferior a 0,1. 4 x " 3 (2 + √1 - x ) 4 4 16 [ 3]
em ] - ∞, - 1] e em - __ 1 , +∞ ;
135
1 x + ___
b) y = ___ 11 [ 3 [
16 16 1 13
f(- 1) = 1 é mínimo relativo e f - __ __
a) Seja g a função definida por ( 3) = 9 é
1 . A função g é contínua 139 máximo relativo; o gráfico de f tem a con-
g(x) = x 3 - x - __
x 1. cavidade voltada para cima em - ∞, - __ 2
em [1, 2] , g(1) = - 1 e g(2) = ___11 ; portan- a) f '(1) = 5 , g(1) = - 2 e g '(1) = __ ]
2 3]
2 e tem a concavidade voltada para baixo
to, o teorema de Bolzano-Cauchy permite 21
b) - ___ c) 6 25
d) ___
2 4 2
__
concluir que ∃ x ∈ ] 1, 2 [ : g(x) = 0 , ou seja, em
[ - 3 , + ∞ [ ; o ponto de coordenadas
1.
∃ x ∈ ] 1, 2 [ : f(x) = __
140
2 ___
__ 11
x 10 x - x 2 e f "(x) = ___
a) f '(x) = ___ 10 - 2x (- 3 , 9 ) é ponto de inflexão.
b) 1,3 3 3
2
b) f '(x) = ______ e f "(x) = - 4
______ 144 D ' = [ 1, 2 [ ; a função é decrescente em
2 3
136 Seja h a função definida por (x + 1) (x + 1) ] - ∞, 0] e é crescente em [ 0, + ∞ [ ; portanto
x
c) f '(x) = _____
_____ e f "(x) = ___________1 _____ g(0) = 1 é mínimo absoluto e lim g(x) = 2 .
h(x) = g(x) − x - 1 . Tem-se: √x 2 + 1 ( x 2 + 1)√x 2 + 1 x"¿∞

• h(a) = g(a) − a - 1 > 0 , pois g(a) > a + 1 x - 6x - 1 e 145


d) f '(x) = _________
2
2
• h(g(a)) = g(g(a)) − g(a) − 1 = a - g(a) - 1 < 0 , ( x 2 + 1) a) ] - ∞, 0] ∪ [ 4, + ∞ [
pois g(a) > a + 1 § g(a) - a > 1 § - 2 x 3 + 18 x 2 + 6x - 6
f "(x) = ________________ 3 b) ] - ∞, 2] ∪ [ 6, + ∞ [
§ - g(a) + a < - 1 § - g(a) + a - 1 < - 2 ( x 2 + 1)

Respostas dos exercícios propostos 213


__
146 f é decrescente
__ em ] - ∞, - 2√__2 ] e em 150 a = 4 e b = - 1
] 2, 2√2 ] e é crescente em [ - 2√2 , - 2 [ e
a) x1 b) x4 e x6 c) x6 e x7 __ __ __
em [ 2√2 , + ∞ [ ; f(- 2√2 ) = f(2√2 ) = 4 é 151
mínimo absoluto; 5 5, - 1
147 O gráfico da função tem um ponto de in- a) ] - ∞, - __ b) [ - __
4 x 2 + 32
f "(x) = ___________ _____ ; o gráfico de f tem 4[ 4 [
flexão com abcissa igual a 2, pois 2 é zero da 2
( x 2 - 4) √x 2 - 4
função f " e f " muda de sinal em 2; f ' é cres- 152
a concavidade voltada para cima em
cente em ] - ∞, 2] e é decrescente em [ 2, + ∞ [ ;
portanto, f ' tem, no máximo, um zero em
] - ∞, - 2 [ e em ] 2, + ∞ [ ; não existem pontos 2
de inflexão; as retas de equações x = - 2 , a) f '(a - 1) = 1 - 3 (a - 1) e g '(a) = 6 a 2 ;
cada um destes intervalos. Assim, a função f as retas r e s são perpendiculares se e só
x = 2 , y = - x e y = x são assíntotas ao
não pode ter mais do que um mínimo relativo e se f '(a - 1) * g '(a) = - 1 ;
gráfico de f .
um máximo relativo (pode não ter nem míni-
mo nem máximo). d) D = R \ {2} ; interseção com os eixos: f '(a - 1) * g '(a) = - 1 §
1
__ 2

148
(0, - 2 ) , (- 1, 0) e (1, 0) ; § 6 a 2 - 18 a 2 (a - 1) = - 1 .
- x 2 + 4x - 1 ; f é decrescente em
f '(x) = __________
Seja h a função definida por
2
a) 4 * 106 m/s2 (2__- x) __ h(a) = 6 a 2 - 18 a 2 (a - 1) + 1
2

1 * 4 * 106 * 10−6 =
b) s = 1000 * 0,001 + __
] - ∞, 2 - √3 ] e em [ 2 + √3 , + ∞ [ e é cres-
__ __ h(1) = 7 e h(2) = - 47
2 cente em [ 2 - √3 , 2 [ e em ] 2, 2 + √3 ] ;
= 1 + 2 = 3 (metros) __ __ Dado que a função h é contínua em
f(2 - √3 __ ) = 2 3 __- 4 é mínimo relativo e

[1, 2] , o teorema de Bolzano-Cauchy per-
149 f(2 + √3 ) = - 2√3 - 4 é máximo relativo; mite concluir que a equação h(a) = 0 tem
f "(x) = ______6 ; o gráfico de f tem a conca- solução no intervalo ]1, 2[ .
3
a) D = R ; interseção com os eixos: (0, 4) , (2 - x)
b) a ) 1,6
(- 2, 0) e (2, 0) ; f '(x) = x 3 - 4x ; f é cres- vidade voltada para cima em ] - ∞, 2 [ e
cente em [- 2, 0] e em [ 2, + ∞ [ e é decres- tem a concavidade voltada para baixo em
153 Qualquer reta que passe em A e esteja
cente em ] - ∞, - 2] e em [0, 2] ; ] 2, + ∞ [ ; não existem pontos de inflexão;
a reta de equação x = 2 é assíntota vertical nas condições do enunciado admite uma equa-
f(- 2) = f(2) = 0 é mínimo absoluto e f(0) = 4 e a reta de equação y = - x - 2 é assíntota ção do tipo y = m(x - 4) + 2 , com m < 0 ; as
oblíqua em - ∞ e em + ∞ . interseções das retas desta família com os eixos
é máximo relativo; f "(x) = 3 x 2 - 4 ;
são os pontos de coordenadas (0, - 4m + 2) e
e) D = R \ {2} ; interseção com os eixos: (0, 0) ;
o gráfico de f tem a concavidade
__ voltada 4m - 2
______
2 x 2 (x - 6)
2√3
___ f '(x) = _________ ; f é crescente em ] - ∞, 2 [ ( m , 0) . A área dos triângulos referidos
2
no
para cima em ] - ∞, - e em (x - 2)
3
(4m - 2)
__ 3 ] enunciado é dada por A(m) = - ________ que

2 3 e em [ 6, + ∞ [ e é decrescente em ] 2, 6] ; 2m
___ atinge o mínimo em - __ 1.
[ 3 , + ∞ [ e tem a__concavidade
__
voltada
f(6) = 27 é mínimo relativo e não existem 2
2√3 ___
___ 2√3 48x ; o gráfi-
para baixo em [- , ; máximos relativos; f "(x) = ______ Portanto, a reta correspondente tem declive
3 3 ] (x - 2)
4
1 e é paralela à reta que passa nos pontos de
__ - __
2√3 16 co de f tem a concavidade voltada para 2
os pontos de coordenadas (- ___ , ___ e baixo em ] - ∞, 0] e tem a concavidade vol- coordenadas (0, 2) e (4, 0) , pois essa reta
__ 3 9)

2 3 ___
___ 16 tada para cima em [ 0, 2 [ e em ] 2, + ∞ [ ; também tem declive - __ 0 - 2 = - __
1 m = ____ 1 .
( 3 , 9 ) são pontos de inflexão; não o ponto de coordenadas (0, 0) é ponto de 2( 4-0 2)
existem assíntotas. inflexão; a reta de equação x = 2 é assínto- 154 As dimensões da janela que tem área má-
b) D = R ; interseção com os eixos: (0, 0) ; ta vertical e a reta de equação y = 2x + 8 é a para base e __
b para altura.
assíntota oblíqua em - ∞ e em + ∞ . xima são __
- 4x2 + 4 ; f é decrescente em - ∞, - 1 2 2
f '(x) = _______ ] ]
(1 + x2)
2 f) D = R ; interseção com os eixos: (0, 0) ; 1
155 lim wn = __
4x ; f é decrescente em - ∞, 0
f '(x) = _______
e em [ 1, + ∞ [ e é crescente em [- 1, 1] ; 2 ] ] 2
(2 + x 2 )
156 Seja t a hora do dia e sejam f1 e f2 as
f(- 1) = - 2 é mínimo absoluto e f (1) = 2 é e é crescente [ 0, + ∞ [ ; f(0) = 0 é mínimo
4x(2 x 2 - 6) absoluto e não existem máximos relativos; funções que dão a distância do montanhista ao
máximo absoluto; f "(x) = __________ ; - 12 x 2 + 8 ; o gráfico de f tem a abrigo A no primeiro e no segundo dia, respeti-
(1 + x 2 )
3
f "(x) = _________
(2 + x 2 )
3 vamente. Pretende-se, portanto, provar que:
o gráfico de f tem a concavidade
__ voltada__ concavidade voltada para baixo em ∃ t ∈ ] 8, 14 [ : f1 (t) = f2 (t) ,
para baixo em ] - ∞, - √3 ] e em [0, √3 ] __ __
e tem a__ concavidade voltada
__ para cima
] √
- ∞, - __ 2
3]
e em √ [ 3
2, +∞
__
[
e tem que é equivalente a
em [-√3 , 0] e em [√ __ 3 , + ∞
__ [ os pontos
; ∃ t ∈ ] 8, 14 [ : f1 (t) - f2 (t) = 0 .
a concavidade voltada para cima em
de __coordenadas
__ ( - √3 , - √ 3 ) , (0, 0) e __ __
Seja f a função definida por f(t) = f1 (t) − f2 (t) .
(√ 3 ,√3 ) são pontos de inflexão; a reta de [ √ √
- __2 , __
3
2 ; os pontos de coordenadas
3] A função f é contínua em [8, 14] e tem-se:
equação y = 0 é assíntota ao gráfico de f __ __
em - ∞ e em + ∞ .
( √
- __ 2 , __
3 4)
1 e √ 2 , __
__
( 3 4)
1 são pontos de f(8) = f1 (8) - f2 (8) = 0 - f2 (8) = - f2 (8) ; portanto,
c) D = ] - ∞, - 2 [ ∪ ] 2, + ∞ [ ; o gráfico não in- f(8) < 0 .
inflexão; não existem assíntotas verticais;
x 3 - 8x
terseta os eixos; f '(x) = ___________ _____ ; a reta de equação y = 1 é assíntota hori- f(14) = f1 (14) − f2 (14) = f1 (14) - 0 = f1 (14) ;
( x - 4)√x 2 - 4
2
zontal em - ∞ e em + ∞ . portanto, f(14) > 0 .

214 Respostas dos exercícios propostos


Por aplicação do teorema de Bolzano-Cauchy, 1
158 lim xE __ 160
pode concluir-se que ∃ t ∈ ] 8,14 [ : f(t) = 0 , que x"0
+ ( ( x )) = 1
1 , f "(x) = __
a) f '(x) = - __ 6
2 e f '''(x) = - __
é equivalente a ∃ t ∈ ] 8, 14 [ : f1 (t) = f2 (t) pois x2 x3 x4
159 Qualquer reta que passe em A e esteja n
f(t) = 0 § f1 (t) − f2 (t) = 0 . ( - 1) n !
b) f (x) = _______
(n)
nas condições do enunciado admite uma equa- x n+1
ção do tipo y = m(x - a) + b , com m < 0 ; as
157 Para n = 1 , obtém-se a proposição
interseções das retas desta família com os eixos
- 1 * 1 ! , que é verdadeira pois
f (x) = _______
(1)
a) Sejam f( x1 ) e f( x2 ) dois valores positivos e são os pontos de coordenadas (0, b - am) e
am - b x 1+1
______
suponhamos que f( x1 ) < f( x2 ) . ( m , 0) . - 1 * 1 ! = - __
_______ 1 e __ 1 ' = - ___
1 .
x 1+1 x 2 ( x) x
2
f( x1 ) < f( x2 ) § A área dos triângulos referidos no enunciado é n
2 (- 1) n !
(am - b) Hipótese de indução: f (x) = _______
(n)
§ f( x1 ) * f( x1 ) < f( x1 ) * f( x2 ) § dada por A(m) = - ________ que atinge o mí- x n+1
2m
2
nimo em - __b. n+1
(- 1) (n + 1) !
§ (f( x1 )) < f( x1 ) * f( x2 ) §
(x) = ____________
(n+1)
__________ a Tese de indução: f
x n+2
§ f( x1 ) < √f( x1 ) * f( x2 ) Portanto, a reta correspondente tem declive
b e é paralela à reta que passa nos pontos Seja n um qualquer número natural.
m = - __
f( x1 ) < f( x2 ) § (- 1) n ! '
n
a '
(x) = (f (x)) = (_______
(n+1) (n)
f =
§ f( x1 ) * f( x2 ) < f( x2 ) * f( x2 ) §
de coordenadas (0, b) e (a, 0) , pois essa reta xn + 1 )
1 '
também tem declive - __ 0 - b = - __
b m = ____ b . = (- 1) n ! ____
n
2
§ f( x1 ) * f( x2 ) < (f( x2 )) § a( a-0 a) ( x n+1 ) =
__________ n
§ √f( x1 ) * f( x2 ) < f( x2 ) A reta r interseta os eixos nos pontos de coor- = (- 1) · n ! (x -n - 1) ' =
denadas (2a, 0) e (0, 2b) ; os triângulos refe- n
= (- 1) · n ! · (- n - 1)x -n - 2 =
A função__________
é contínua em [x1 , x2] e ridos no item são triângulos retângulos cujos
= (- 1) · (- 1) · n ! (n + 1) __
n 1 =
f( x1 ) < √f( x1 ) * f( x2 ) < f( x2 ) , catetos medem a e b . xn + 2
então, o teorema de Bolzano-Cauchy per- y
n+1
(− 1) · (n + 1) !
mite concluir que: = ____________
__________ 2b xn + 2
∃ c ∈ ] x1 , x2 [ : f(c) = √f( x1 ) * f( x2 ) r
A (a, b)
b
b) Basta aplicar o resultado de a), atendendo a
que a solução positiva da equação é a mé-
dia geométrica de dois valores da função,
O a 2a x
ambos positivos.

Respostas dos exercícios propostos 215


4
19 29
Funções __ __ __ __
√ a2) ] - ∞, 0] ∂ [ 2, + ∞ [
4
Exponenciais a) √5
4
b) √2 = √8
3
c) 3
__ a1) (0, 1) e (2, 9)
Tema

2
e Funções b)
Logarítmicas 20
1
- __ 2
__
a) 3 2
b) 4 3
1. Juros compostos e número
de Neper 21
-3
1 551,91 € a) 42 b) 1
__ c) (- 2)
0
(2) y+1
3
1 > 0 §____
30 1 + __ >0§
__
2
d) 4 2
e) 10 -2
f) 5 -2 y y
a) 815,20 € b) 46,47 € § y(y + 1) > 0 § y < - 1 › y > 0
n
c) 800 * 1, 019 , n å N 22 ]1, 2[ C.S. = ] - ∞, - 1 [ ∂ ] 0, + ∞ [ = R \ [- 1, 0]
d) 12 anos 31
23 3
__ 4
__
3 2,5% __ __ __ __ __ a) e -3 b) e 2 c) e 3
√2 2√2 √8 √2 √5
a) 4 =2 =2 ; portanto, 4 >2 .
d) e e) e -6
4 1
__
36 anos __ __ __

__
√8 3√8 3p 3√8 n n 3
b) 8 =2
; portanto, 2 > 2 3n + 1 3 e
32 lim _____ __
5
__ ( 2n - 1 ) = lim ( 2 ) * - __1 =
1,8% pois p > √8 . 2
5
__ e
__ 6
2
1 ; portanto, __
1 = __ 1 < __
1
√2
= +∞ * e = +∞
6 A segunda modalidade é mais vantajosa c) __
214 12 9 (3) 9 (3) ou
0,021 0,02
1 + _____ 1 + ___
1
__ 3n + 1 > ___
3n , portanto,
pois
( ) >
( ) . (repara que 0 < 3 < 1). An å N, _____
2 12 2n - 1 2n
n n
7 24 3n + 1 > __
An å N, (_____ 3 ;
2n - 1 ) ( 2 )
a) 8975,51 € b) 8971,90 € n
a) f " azul ; g " verde ; h " vermelho 3 = + ∞ , conclui-se, por
como lim (__
8 2)
271,83 € b1) {0} b2) [ 0, + ∞ [ b3) ] - ∞, 0] n
3n + 1 = + ∞ .
comparação, que lim (_____
9 2n - 1 )
25 g(x) = 2-x = f(- x) ; portanto, o gráfico de g
a) e 1
b) __ c) + ∞ 33
e obtém-se aplicando ao gráfico de f a reflexão n n
n + 3 = lim __
lim (_____ 1 e3
__
( 2 ) * e1 = 0 * e = 0
de eixo Oy . 2
10 (D) 2n + 2 )
ou
26
11 n + 3 é uma
A sucessão de termo geral ______
3 2n + 2
a) 1081,60 € b) 1082,71 € c) 1083,00 € a) 24 b) __ c) 36
8 sucessão de termos positivos e decrescente.
__ n + 3 < __
Tem-se A n å N3 , 0 < _____ 5,
12 3,9%
d) √6 1
e) __
6 2n + 2 6
n n
13 11 anos (aproximadamente). n + 3 < __
portanto, A n å N3 , 0 < (_____ 5 ;
27 2n + 2 ) ( 6 )
n
14 Até 320 vezes. como lim __ 5
a) x = 3 b) x = - 3 ( 6 ) = 0 , conclui-se, pelo teorema
1 das sucessões enquadradas, que
15 72% c) x = - 2 d) x = - __ n
2 n+3 =0.
lim (_____
16 3
e) x = __ f) x = 1 › x = 2 2n + 2 )
2
a) e 3 b) e -1
c) e 34
g) x = 0 n
d) 0 e) + ∞ f) e 2 3
__
(1 - n )
un = (- 1) * _______n ;
n
28 1
17 (A) __
(1 + n )
a) x < - 1 b) x ≤ 0 n
dado que não existe lim (- 1) e que
n
2. Funções exponenciais 1
c) x < __ 2
d) x ≥ - __ 3
__
7 3 (1 - n )
_______
lim n não é igual a 0 (é igual a e ),
-4
18 1
e) x > 0 ‹ x < 2 1
f) x < 0 › x ≥ __ 1 + __
1
1
4
2
2 ( n)
a) __ b) __ c) 2
3
(3) (3) g) x ≤ 0 › x > 3 conclui-se que a sucessão dada não tem limite.

216 Respostas dos exercícios propostos


35 4. a) Azul 49
3
a) __ b) - 1 c) e 3 d) 2 b) x = - 1 ⎰3⎱ 3
5 a) ⎱__ b) [0, __
c) y = 5, pois lim (5 - 22 - x) = 2⎰ 4]
e) 0 f) 1 g) 3 e 2 x " +∞
-∞
=5-2 =5-0=5. c) {1} d) {- 1}
36
1 d) 4 (u.a.) e) [ 2, + ∞ [ f) ] - ∞, 0 [ ∂ ] 3, + ∞ [
a) f '(x) = e 2x + 2x e 2x = e 2x (1 + 2x) ; - __
2 5. 0
⎰ 3⎱
- 0,2x e 0,2x ____________
e_____________
0,2x
1 - 0,2x g) ⎱0, 1, __
b) f '(x) = 2
= ;5 2⎰
(e0,2x) e 0,2x
c) f '(x) = 2 * 3 e 3x * ( e 3x - 1) = 6 e 3x ( e 3x - 1) ; 0
3
__ 3
__
38 50
3 *ex=
d) f '(x) = e x - x * __ 1 3
x2 3
a) (__ b) 1
__ c) 32 a) D = R ; 1
3
__ 3
__ 2) (2)
x 3
= e 1 - __ x x-3
____ b) D = R \ {- 2} ; não existem zeros
( x) = e * x ; 3
__ __
39
__ __ _ __
c) D = [- 1, 0] ; - 1 e 0
2 √
37 y = __
3 4
x +√ 2 a) √2 b) √33 = √27 c) √2
4 51
40 2

a) Seja x å R ; f(- x) = 2(-x) - 3 = 2x - 3 = f(x) ;


2

Teste 4 55 a) 4

41
1
- __
3
b) 2
3
- __
2
c) a
1
- __
5 o gráfico é simétrico em relação ao eixo
das ordenadas.
b) ] - ∞, - 1] ∂ [ 3, + ∞ [
Págs. 102 e 103 ___ 1
__ 2
__
a) √16 = 4 ou ( 42) 2 = 4 2 = 4
52
Grupo I 3
___ 3 __ 2
__ 6
__
b) √272 = √3 = 32 = 9 ou ( 33)3 = 3 3 = 32 = 9
6 0,04(ano corrente - 1950)
1. (C) a) 15 * 2 * 1000
3
__ __ __
2. (D) c) 92 = √9 = √3 = 3 = 27 ou
3 6 3 b) 2000
3
__ 3
__ 6
__
3. (D) 2 2 3 c) 1,03 ; a cada ano, a população da freguesia
9 = ( 3 ) = 3 = 3 = 27
2 2

4. (B) aumenta 3%.

5. (C) 42 53
-2 -2 -2
5
a) __ 1
b) __ 1
c) __
Grupo II (3) (5) (4) a) 40
1. No mínimo, 12 anos. -2 -2 -2 b) 20
3 8
__ 1
__ 1
__
2. a) x = - _ d)
( 27 ) e)
( 16 ) f)
( 25 )
2
b) x = 4 54
c) x = 0 43 a) e 2 b) e 4 c) + ∞
3
__
-2
d) x ≤ 0 a) 2
3 1
b) __ c) 5 -3 1 2
d) __
(4) (4) d) 0 e) e 4 f) + ∞
1
__ 1
____
3. a) xlim f(x) = lim e x = e -∞ = e 0 = 1
" -∞ x " -∞ 55
44 (C)
Portanto, a reta de equação y = 1 é as- 2 1 2
síntota ao gráfico da função f (em - ∞). a) - __ b) - __ c) - __
45 ]- ∞, 0[ ∂ ]1, + ∞[ 3 4 3
lim f(x) = lim ( ex - e-x ) = 1
x " +∞ x " +∞ d) __ e) Não existe.
46 2
=e +∞ -e -∞
= +∞ -0 = +∞
__ f) 6 g) 0 h) 3e
Não existe assíntota horizontal em + ∞ . a) 4 1
b) __ c) √2
2
A função f é contínua em R \ {0} ; por- 1
d) __ e) 10 56
tanto, só a reta de equação x = 0 pode- 4
rá ser assíntota vertical. 2
1
__ 1
___ 47 a) - __
- 3
lim f(x) = lim e = e = e
x 0 -∞
=0 e __ __ __
a) 2 b) 4 c) √2 3
d) __ 1 - √3 1 + √3
b) ______ e ______
- -
x"0 x"0
2
2 2
lim f(x) = lim ( ex - e-x ) = 48
x"0
+
x"0
+
c) - 1
__ __
= e0 - e0 = 1 - 1 = 0 a) 4 * 5x d) - 1 - √3 e - 1 + √3
Assim, não existem assíntotas verticais
b) 3 * 2-x
ao gráfico da função f . 57 C.S. = {0}
33 * 23x = 33 * 23x - 2
c) ___
b) 2
4
4 x - ___
c) y = - ___ 1 58 __e
e2 e2 d) 2x(2x + 2) 2

Respostas dos exercícios propostos 217


3. Funções logarítmicas 68 78
-1 3x - 1 , D = __
a) f (x) = 2 + ln(_____ 1 a) ] 0, 5 [ b) ] 5, + ∞ [
2 ) ] 3 , + ∞[
-1
59 f

e D 'f = R c) [ - 8, 1 [ d) ] 1, + ∞ [
a) 2 = log3 (9) -1

1 - 10
3x-3
e) [ - 3, 0 [ ∂ ] 0, 3]
1 = 5-1
b) __ b) g -1 (x) = ________ , Dg = R -1

5 2
e D 'g = - ∞, 1
__ 79
c) 0 = log4 (1) -1
] 2[
5
__ b) ] 1, 5] ∂ [ 9, 13 [
60 69 a)
[ 3 , 2[
a) 2 = log5 ( 52 ) b) 2 = 5
log5 (2) a) Dg = ] - 3, 3 [ e D 'f |] -3, 3 [ = ] 0, 9] c) ] 0, + ∞ [ d) [2 - e 2, 0]
b) ] - ∞, 2] 5
e) ] 0, 1 [ ∂ [ 2, + ∞ [ f) ] - 1, 0] ∂ _
61 [ 3, 2[
a) 5 * 5
log5 (3)
= 5 * 3 = 15 70
2

55
log3 (4) 5
b) (3 ) = 4 = 16
2
a) log2 ( 2 ) = 5
c) log (10 ) = 3 3
b) 0
1
- __
Teste 5
5
d) log4 (4 ) = 5 1
c) log2(2 2 ) = - __
2
e) ln ( e -3) = - 3 Págs. 118 e 119
d) log5 ___1 = log (5-2) = - 2
( 25 ) 5
62 0 < 3 - a < 1 § a å ]2, 3[ __ ____ __ Grupo I
e) log4 (√2 ) = log√__4 (√√2 ) = log2(√2 ) =
3 3 6
1. (C)
63 Considerando sempre números positivos 1
__ 2. (D)
1 ou
= log2 (2 6 ) = __
e logaritmos de bases iguais: 3. (D)
6
__ __
a) A soma dos logaritmos de dois números é 3 3
log4 ( 2 ) = y § √2 = 4 §
y
√ 4. (C)
igual ao logaritmo do produto desses 1
__ 5. (B)
números ou, abreviadamente, a soma de 2y
3 1 = 2y § y = __
§ 2 = 2 § __ 1
logaritmos é o logaritmo do produto. 3 6
Grupo II
b) O logaritmo de um número é o simétrico 1
do logaritmo do inverso desse número.
71 1. a) ___ b) - ∞
3e
a) 2d b) c + 2 3
c) A diferença dos logaritmos de dois 1 + ln __
1 = _________( e ) ______________
1 + ln (3) - ln (e)
números é igual ao logaritmo do quociente c) c + 2d d) d + 1 - c c) f __ = =
desses números ou, abreviadamente, (e) 1
__ 1
__
( )
log4 (3)
a diferença de logaritmos é o logaritmo 72 5x = 5log (4) log4 (3) e e
5
=4 =3
do quociente. 1 + ln (3) - 1
___________
__
e
= = e ln (3) = ln ( 3 )
4
73 a = √ 1
__
d) O logaritmo da potência de um número é 3
e
igual ao produto do expoente pelo
Tem-se:
logaritmo desse número. 74 n n
1
lim 1 - __ -1
___ 1
__
( n ) = lim (1 + n ) = e = e
-1
a) ] - 2, + ∞ [ b) R
64
c) R \ {3} d) ] 2, 4] Como a função f é contínua e a suces-
a) log3 (12) b) log2 (3)
5
e) ] - 2, 2 [ f) ] - ∞, - 1 [ ∂ ] 2, + ∞ [ 1 , conclui-se que
são (un) tende para __
c) log ( 2 ) = log (32) d) log3 (3 * 4) = log3 (12) e
__
5
e) ln __ f) log (3√5 ) 75 1
lim f( un) = f __
e
( e2 )
a) Df = ] 1, + ∞ [ ; Dg = ] - ∞, - 2 [ ∂ ] 1, + ∞ [
( e ) = ln ( 3 )
65 1
+
d) C.S. = __
b) Df = R \{0} ; Dg = R [ 4, 1[ e) 2,2 (u.a.)
a) log4 (16) = log4 ( 42) = 2
1 76
b) ln __
( e ) = - ln (e) = - 1 ln (+ ∞) ____
___ 1
__
a) ________
+ = +∞ + = +∞
0 0
c) log( ___√
20 = log (10 2) = __
2 )
1
2 +
b) + ∞ * log __1 ( 0 ) = + ∞ * (+ ∞) = + ∞
2

1
ln (x) 2 + ______ 1
66
( 2 + ____
ln (x) ) _______
x loga (u) c) lim _______________ = + 2+0=2
∞ = ____
loga ( u ) ________x
2. k å ] - ∞, -2 [
logax ( ux) = ________ = = loga (u) x " +∞ 3 3
1 + ____ 1+0
loga ( ax) x ln (x) 1 + ______
( ln (x) ) +∞ 3. a) 34 °C
Portanto, loga (u) = logax ( ux) . 8T § __ h = log (4T) §
b) h = 2 log2 (___
2)
77 2
log√__2 (4) = log(√__2) ( 42) = log2 ( 24) = 4
2 2
a) C.S. = {- 1} b) C.S. = ∅ § h = 2 [ log2 (4) + log2 (T)] §
67 c) C.S. = ∅ d) C.S. = {9} § h = 2 [2 + log2 (T)] §
2
a) 0,78 b) 3,00 c) 2,86 d) 2,89 e) C.S. = {2} f) C.S. = {6} §h = 4 + log2 ( T )

218 Respostas dos exercícios propostos


5
1 x + __ 1 - ln (x)
4. y = __ 84 c) f '(x) = ________ ; e
2 4 x2
3
__
a) ( ex - x) ' = ex - 1 2 ln (x) - 3
5. a) 8C6 * 12C3 = 6160 f "(x) = _________ ; e2
x 3
12
C3 * 6C6 No intervalo [ 1, + ∞ [ , tem-se ex - 1 > 0 e,
b) 1 - _________ = 1 - ___ 27
1 = ___ ln (2x) - 1 __
8
C6 * 12C3 8
C6 28
portanto, f é crescente nesse intervalo. d) f '(x) = _________
2
; e
Então, ex - 1 ≥ e 1 - 1 , de onde se conclui ln (2x) 2
que Ax ≥ 1, ex - x > 0 . 2 - ln (2x) __
f "(x) = _________ ; e
2
3
2
x 2 ' = ex - x
80 x ln (2x)
b) (ex - __
x -x x
a) 2 ln (2) - 2 ln (2) = ln (2) ( 2 - 2 ) ; 0
-x 2) 91
1
__ 1
__ 1
__ Atendendo a a), tem-se que a função
x - ln (3)
1 * 3 ln (3) = 3 * ________ a) D = R ; contínua; assíntota: y = 0 ;
b) 3 - x * __
x x x
; ln (3) definida por ex - __ x 2 é crescente no
x2 x 2 zeros: x = 0 e x = 1 ;
intervalo [ 1, + ∞ [ e, portanto, f(0) = 0 ; f '(x) = ex(x2 + x_ - 1) ;
81 x 2 ≥ e - __ _
ex - __ 1 , de onde se conclui que
- 1 - √5 - 1 + √5
ln (x)
0
__
y 1 2 2 f '(x) = 0 § x = _______ › x = _______ ;
a) lim ______ = lim _____ = ________
0
= x2 > 0 . 2 _ 2
x " 1 x - 1 y = ln (x) y " 0 e - 1
y
ey - 1
lim _____ Ax ≥ 1, ex - __ - 1 - √5
y"0 y 2 f é crescente em ] - ∞, _______] e em
1=1 2
= __ x > 0 ‹ x ≥ 1 ⇒ ex > __ x ‹x≥1⇒
_
c) ex - __
2 2
1 - 1 + √5
_______
0
__
2 2 [ , + ∞ [ e decrescente em
x+2
lim ______ = lim e__
0 y
-3+2= 2 _ _
x " -2 ln (x + 3) y = ln (x + 3) y " 0 y ⇒ > e
__ x
x
__
x 2 - 1 - √5 _______
_______ - 1 + √5
[ , ] ; máximo relativo em
ey - 1 = 1
= lim __ x = + ∞ , conclui-se 2 _ 2
Então, dado que lim __
y -1 - 5√
x = _______ e mínimo relativo em
y"0 x " +∞ 2

0
__ que lim __ e = +∞ .
x
2 _
ln (x) 0 ln (y + 1)
b) lim ______ y ==x - 1 lim ________ = 1
x " +∞ x
- 1 + √5
_______
x"1 x - 1 y"0 y ⎡ __x ⎤ k x= ; f "(x) = ex (x2 + 3x) ;
2
e 1 ek =
⎢ ⎥
x

x+2
0
__
y d) lim __k = __k * lim __
f "(x) = 0 § x = - 3 › x = 0 ; pontos de
lim ______ = lim ________ =
0 x " +∞ x
k x " +∞ x y = __kx
__
x " -2 ln (x + 3) y = x + 2 y " 0 ln (y - 2 + 3) ⎣ k⎦ inflexão em x = - 3 e em x = 0 ; concavidade
k voltada para cima em ] - ∞, - 3] e em
y 1 1=1 1 * lim __
= __ e y = __
1 * (+ ∞)k = + ∞
= lim ________ = __ = __ k y " +∞ ( y ) k [ 0, + ∞ [ e voltada para baixo em [- 3, 0] ;
y " 0 ln (y + 1) ln (y + 1) 1 k k
lim _ _
- 1 + √5
_______ _
y"0 y
82 85 D ' = [e 2
(2 - √5 ), + ∞ [
1 e
a) Seja g(x) = ln (x) ; então, g '(x) = __ a) + ∞ b) e c) 0 b) D = R \ {{0} ; contínua; assíntotas: x = 0 e
x y = x + 1 ; não tem zeros;
1 . d) 0 e) 0 f) + ∞
g '(f(x)) = ____ 1
_
f(x) x-1
f '(x) = e x _
g) lim
ln (x) _____
______ * 1 =0 ( x ) ; f '(x) = 0 § x = 1 ;
[ln (f(x))] ' = f '(x) * g '(f(x)) = x " +∞ x ln (a)
f é crescente em ] - ∞, 0 [ e em [ 1, + ∞ [ e
f '(x)
1 = ____
= f '(x) * ____ 86 é decrescente em ] 0, 1] ; mínimo relativo
f(x) f(x) em x = 1 ;
b) Seja g(x) = loga (x) ; a) 0 b) 1 1
_
x
e concavidade voltada para baixo em
f "(x) = ___
então, g '(x) = _______1 e x3
87
x ln (a)
] - ∞, 0 [ e voltada para cima em ] 0, + ∞ [ ;
1
g '(f(x)) = _________ . lim (xny ) = e lim (y ln (x )) = e lim y
n n n n * ln (lim yn) = e bln (a) = D ' = ] - ∞, 0 [ ∂ [ e, + ∞ [ .
f(x) ln (a) ln (a) b
= (e ) =a b
c) D = R ; contínua; assíntotas: y = 0 e y = 3 ;
[loga (f(x))] ' = f '(x) * g '(f(x)) = não tem zeros;
f '(x) 88 12e -2x ;
1
= f '(x) * _________ = _________ f(0) = 1 ; f '(x) = ______
f(x) ln (a) f(x) ln (a) n + 2 = __ 2n - 1 = 2 e
1 , lim _____ (1 + 2e -2x)2
lim _____
83 2n + 3 2 n+3 f ' é positiva em R ; f é crescente em todo
n+2 >0;
An å N, _____ o seu domínio; não tem extremos;
ln (x) - 1
________
a) ; e 2n + 3 24e -2x(2e -2x - 1)
f "(x) = __________
2
[ln (x)] 1
2
1 ;
portanto, o limite pedido é __ __
b) ex ; f ' não tem zeros
_____ (2) = 4 . (1 + 2e -2x)3
ex + 1 -∞ ln (2)
89 1
__ = +∞ f "(x) = 0 § x = _
1
- ________ * x - 1 + log (x) (2) 2
x ln (10)
______________________ concavidade voltada para cima em
c) = 90
x2 ln (2)
_
log (x) - log (e) - 1 a) f '(x) = e 0,5x - e -0,5x ; 0 ] - ∞, 2 ] e concavidade voltada para
= _______________ ; 10e
x2 ln (2)
f "(x) = 0,5(e 0,5x + e -0,5x) ; f " não tem zeros baixo em [ _, + ∞ [ ; ponto de inflexão
2 ln (x)
_______ 2 2
* x - ln (x) b) f '(x) = e -0,2x (3 - 0,6x) ; 5
x ln (x) (2 - ln (x)) ln (2)
_
d) _________________ = ______________ ; 1 e e2 em x = ; D ' = ] 0, 3 [ .
x2 x2 f "(x) = e -0,2x (0,12x - 1,2) ; 10 2

Respostas dos exercícios propostos 219


2x + _ x -0
2 ln (x) - 4 f(x) - f(0) ln (x)
d) D = R \ {e} ; f '(x) = __________2 ; _ ______
+
lim = lim [ ]= c) A função é contínua e é crescente
(ln (x) - 1) x"0
+
x +
x"0 x
⎡ 20 ⎤
ln ___
f '(x) = 0 § x = e 2 ; f é decrescente em
= lim 2 + _ 1 '=2+_ 1 =2
em 0,
⎢(3)
________ ⎥
e decrescente em
] 0, e [ e em ] e, e 2] e é crescente em x"0 (
+
ln (x) ) -∞ ⎣ 1,7 ⎦
[ e 2 , + ∞ [ ; f(e 2) = 2 e 2 é mínimo relativo; f é decrescente em ] - ∞, - 3] e em __ 1
[ e , 1[ e ⎡ 20
___ ⎡
6 - 2 ln (x)
f "(x) = ___________3 ; f "(x) = 0 § x = e3 ; é crescente em - 3, __ 1 . ⎢________
ln
(3) ⎢
, +∞ .
x (ln (x) - 1)
[ e] ⎣ 1,7 ⎣
f(- 3) é mínimo relativo e f __ 1
o gráfico de f tem a concavidade voltada ( e ) é máximo Recorrendo à calculadora, conclui-se que a
para baixo em ] 0, e [ e em [ e3, +∞ [ e tem relativo. quantidade de medicamento no organismo
a concavidade voltada para cima em ] e, e3] ; ⎧x 2 ex ( x 2 + 6x + 6) se x < 0 é superior a 5 mg/l durante, aproximada-

o gráfico tem um ponto de inflexão de 2 - ln (x)
f "(x) = ⎨________ mente, 7,6 horas (entre os instantes 0,063
abcissa e3 ; a reta de equação x = e é a ⎪
3
se 0 < x < 1 e 7,675).
⎩ x ln (x)
única assíntota ao gráfico de f .
O gráfico de f tem a concavidade voltada 97 Sejam x1, x2 å [a, b] .
+ x2 - 1 ;
e) D = R ; f '(x) = _______ __
x(x 2 + 1) para baixo em ] - ∞, - 3 - √3 ] , x1 < x2 ± f(x1) > f(x2) , pois f é decrescente;
f '(x) = 0 § x = 1 ; f é decrescente __
em [ - 3 + √3 , 0 [ e em [ 0, 1 [ e tem a x1 < x2 ± g(x1) < g(x2) , pois g é crescente;
em ] 0, 1] e é crescente em [ 1, + ∞ [ ;
f(1) = ln (2) é mínimo relativo;
concavidade
__ voltada
__ para cima em então, x1 < x2 ± - g(x1) > - g(x2) .

-x + 4x + 1 ;
[- 3 - √3 , - 3 + √3 ] . Portanto,
f "(x) = __________
4 2
2
[x(x 2 + 1)] ____ A reta de equação x = 1 é a única assíntota x1 < x2 ± f(x1) - g(x1) > f(x2) - g(x2) ±
__ vertical ao gráfico de f e a reta de equação
f "(x) = 0 § x = √2 + √5 ; o gráfico de f y = 0 é assíntota horizontal, em - ∞ . Não
± (f - g)(x1) > (f - g)(x2)
tem a concavidade voltada para cima em existe assíntota não vertical em + ∞ . Conclui-se, assim, que a função f - g é decres-
____ __
] 0, √2 + √5 ] e voltada para baixo em cente.
____ __ 93 O gráfico obtido com uma calculadora
[√2 + √5 , + ∞ [ ; o gráfico ____ tem um ponto não é elucidativo, nomeadamente, acerca do 98
__

de inflexão de abcissa 2 + √5 ; a reta de sentido das concavidades do gráfico. 4x , portanto, f ' é negativa em
a) f '(x) = ______
equação x = 0 é a única assíntota ao 2x2 - 1
gráfico de f . ] - 2, - 1 [ .
f) D = R ; f '(x) = _____
+ ex ; f ' não tem zeros;
g '(x) = - 2(x + 1) e (x + 1) , portanto, g ' é
2

ex - 1
f é crescente; f "(x) = ______ - ex ; f " não tem positiva em ] - 2, - 1 [ .
2
(ex - 1) b) A alínea a) permite concluir que a função
zeros; o gráfico de f tem a concavidade
f - g é decrescente em ] - 2, - 1 [ ; logo, tem
voltada para baixo; as retas de equações
no máximo um zero. Assim, os gráficos das
x = 0 e y = x são as assíntotas ao gráfico 94
restrições de f e g ao intervalo ] - 2, - 1 [
de f . +
a) C.S. = R \ {1} intersetam-se, no máximo, num ponto. As
x2 + 1 ;
g) D = ] - 1, 0 [ ∪ ] 1, + ∞ [ ; f '(x) = _______ x2 - 1 , x > 0 ;
x(x 2 - 1) b) h '(x) = _______ coordenadas desse ponto, aproximadas às
x( x 2 + 1) centésimas, são (- 1,31; 0,90) .
f ' não tem zeros; f é crescente em ] - 1, 0 [ h é decrescente em ] 0, 1] e é crescente
- x4 - 4 x2 + 1 ;
e em ] 1, + ∞ [ ; f "(x) = __________ em [ 1, + ∞ [ . 99
2
_____ [x(x 2 - 1) ] c) lim h(x) = + ∞ , portanto, a reta de equação
__ x"0 a) h(0,4) ) 8 (km)
f "(x) = 0 ⇔ x = -√- 2 + √5 ; o gráfico de f x = 0 é assíntota vertical ao gráfico de h . p
tem a concavidade
______ __
voltada para baixo em
d) D ' = [ h(1), + ∞ [ = [ ln (2), + ∞ [ b) h(__) - h(p) =
2
] - 1, -√- 2 + √5 ] e em ] 1, + ∞ [ e tem a
2 - 20 log __
= 20 log __ 1 = 20 log (2) ;
concavidade voltada para cima em 95
_____ __ (p) (p)
[ -√- 2 + √5 , 0 [ ; o gráfico tem um ponto
_____ a) Decrescente em [ - e -1, 0 [ e em ] 0, e -1] e aproximadamente 6 km.
__

de inflexão de abcissa - - 2 + √5 ; crescente em ] - ∞, - e -1] e em [ e -1, + ∞ [ .

55
as retas de equações x = - 1 , x = 0 e x = 1
f(- e -1) é máximo relativo e f( e -1) é
são as assíntotas ao gráfico de f .
mínimo relativo.
2 , k = 0 e k = __
2
Teste 6
92 b) k = - __
e e
⎧x 2 ex (3 + x) se x < 0 2 ; f é duas vezes diferenciável e
c) f "(x) = __ Págs. 134 e 135

x
f '(x) = ⎨ ln (x) - 1
________ , f " não tem zeros; não existem assíntotas
⎪2 + se 0 < x < 1 Grupo I
2
⎩ ln (x) ao gráfico de f : a função é contínua
f(x) 1. (B)
não existe f '(0) , pois: e lim f(x) = 0 e lim ____ = ¿ ∞ .
x"0 x " ¿∞ x 2. (B)
f(x) - f(0) x 3 ex = lim (x 2zex) =
lim _ = lim ____ 96 3. (D)
x"0
-
x x"0 x -
x"0
-

=0*1=0 a) 11,2 mg/l 4. (D)


e b) 1 h 7 min 5. (C)

220 Respostas dos exercícios propostos


Grupo II Não existem assíntotas não verticais ao 106
-8 gráfico de g ' em + ∞ .
1. a) x ) 4 * 10 a) a + b b) 2b
Portanto, o gráfico da função g ' tem
b) Aproximadamente 0,5. uma única assíntota, que é a reta de c) b - 1 d) 3 + a + b
1
- __ equação y = - 3x . 1 b
2. A função é decrescente em ] 0, e ] e é 2
e) __ f) __
c) Da informação disponível não é possível b a
1
- __ 1
- __
1 é
crescente em [ e 2 , + ∞ [ ; g(e 2 ) = - ___ concluir que a função não seja contínua
2e em 0, porque há funções que não são di- 107
mínimo absoluto. ferenciáveis em pontos em que são con- -1 x
a) f (x) = 2 - 1 ; Df = R ; D 'f = ] - 1, + ∞ [
-1 -1

O gráfico da função tem a concavidade tínuas, como, por exemplo, a função de-
3
- __
finida por f(x) = | x | . -1 x
b) f (x) = 2 - 1 ; Df = ] - ∞, 3] ; -1

voltada para baixo em ] 0, e 2] e tem a 4. a) f '(1) = - 1 D 'f = ] - 1, 7]


-1

concavidade voltada para cima em b) O ponto A tem coordenadas


3
- __ (ln (3), 6 - 3 ln (3)) e o ponto B tem
[ e , + ∞ [ ; o ponto de coordenadas
2 108
coordenadas (ln (3), 4 ln (4)) .
3 3 3 1
a) g -1 (x) = __________ -4;
- __ - __ - __
3
(e 2, g(e 2)) = (e 2, - ___ é ponto de 5. Determinemos as coordenadas dos pontos log3 (2 - x)
3) 2e de interseção do gráfico de f com os eixos
inflexão do gráfico. Dg = ] - ∞, 2 [ \ {1} ; D 'g = R \ {- 4}
coordenados. -1 -1

3. a) No intervalo ] - ∞, 0 [ , o gráfico da f(0) = ln (a) e f(x) = 0 § x = 1 - a 1


b) g -1 (x) = __________ - 4 ; Dg = ] 1, 2 [ ;
log3 (2 - x)
-1

função g tem a concavidade voltada Portanto, os pontos A e B são os pontos


para baixo em 3
- ∞, ln(__ e tem a de coordenadas (0, ln (a)) e (1 - a, 0) . D 'g = ] - ∞, - 4 [
4 )]
-1
]
- ln (a)
concavidade voltada para cima em O declive da reta AB é mAB = _______ . 109
1-a
3 , 0 . O ponto de abcissa ln __
3 - ln (a) 1
ln __ Portanto, _______ = __ . a) ] - ∞, 1 [
[ (4) [ (4)
1-a 2
é ponto de inflexão do gráfico da - 1
__ 1
__
função g .
ln (a) 1 ln (a) __
_______ = __ § _____ 1
= §
b)
] - ∞, - 3 [ ∂ ] 3 , + ∞ [
1-a 2 a-1 2
b) A função g ' é contínua; portanto, só a c) R+ \ {1}
§ 2 ln (a) = a - 1 § ln ( a 2) = a - 1 §
reta de equação x = 0 poderá ser assín- d) ] - ∞, - 5 [ ∂ ] - 1, + ∞ [
tota vertical; § a2 = ea - 1
e) ] - ∞, 3 [ \ {- 97}
lim g '(x) = lim ( ex + 2 e 2x - 3x) =
- -
x"0 x"0
f) R \ {3}
= e0 + 2 * e0 - 3 * 0 = 1 + 2 - 0 = 3 100
0 * (-∞) 110
lim g '(x) = lim [x ln (x)]
+ +
= a) 2log2 (7) b) log (107) c) 71
x"0 x"0
1 __7 a) - 1 b) Não tem zeros.
ln __
1
__

ln (x) ∞

___
(y) d) 10log (7) e) 49 2 f) log√2__(√2 )
= lim ______ = lim _______ = c) 0 e 5 d) Não tem zeros.
x"0 1 y = __1 y " +∞ y
__
+

x 101
x 111 a = 31
ln (y)
_____ a) log3 (8) b) e -1 c) 2
= - lim =0 1
y " +∞ y d) ln (3,6) e) __ f) - log2 (12) 112 (6, 3 + log2 (6))
2
Não existem assíntotas verticais.
g '(x) 102
lim _____ = lim ___________ex + 2 e 2x - 3x = __ __ __ 113 (B)
x " -∞ x x " -∞ x a) - 1 b) √12 + √3 = 3√3
__
= lim e x
+
_______2 e 2x
- lim 3x
___ = c) 15 d) √3 114 (A)
x " -∞ x x " -∞ x __
e) √7 f) p 3
e + 2 e - 3 = _______
-∞
= _________
-∞
0+2*0-3= 115
-∞ -∞
103
= 0
____ - 3 = 0 - 3 = -3 a) - ∞ b) - ∞ c) + ∞
-∞ a) log (27) d) - 2 e) 3 f) 1
[g '(x) - (- 3x)] =
3
lim 5
x " -∞ b) log2 _____ = log2 (25)
( 250,5 ) 116
= lim (ex + 2 e 2x - 3x + 3x) = c) log2 (x) d) log2 (6)
x " -∞
_ a) (3e, 0) e (0, ln (4))
= lim ( ex + 2 e 2x ) = 0 √x
x " -∞ e) ln (ex) f) log(___ b) x = 4e
100 )
A reta de equação y = - 3x é assíntota
ao gráfico de g ' , em - ∞ . 104 (C) 117
g '(x) x ln (x) a) {- 1, 7} b) {3} {2}
lim _____ = lim _______ = 105
c)
x " +∞ x x " +∞ x
= lim ln (x) = + ∞ a) - 1 b) - 3 17
d) ___ e) 7
__ f) ∅
x " +∞ {4} {9}

Respostas dos exercícios propostos 221


2x + 6
f "(x) = - ______
2
Vamos verificar que há mudança de sinal nos
118 (x2 - 3)2 zeros de g ' .
1 __
__ 1 b) ] 0, 8 [
a)
]- 2, 3] b) f '(x) = (x2 + 2x) ex
x -∞ 0 2 +∞
c) ] 0, 1] 1 __
d) - __ 1 f "(x) = (x2 + 4x + 2)' ex
3e-x
] 3 , 3 [ \ {0} + + + + +
1
c) f '(x) = e2x 2 ln (x) + __ x - 0 + + +
1
__ (
e)
] 4 , + ∞ [ \ {2} f) ] - ∞, 2 - e] ∂ [ 0, 2 [ x)
2-x + + + 0 -
f "(x) = e 4 ln (x) + __
2x 4 - __
1
g) [ 1, e [ h) ] 1, 7] ( x x2 ) f' - 0 + 0 -

7
__ j) ] 0, 4] ln (2x) Atendendo à mudança de sinal da derivada,
i)
] 1, 3 ] d) f '(x) = 2 _____ podemos concluir que:
x
k) ] 0, e -2] ∂ [ e, + ∞ [ 7, + ∞
l) [ - __ [ 1 - ln (2x)
________ g(0) = 1 + 3 * 0 * e0 = 1 é mínimo relativo de g .
4 f "(x) = 2
x2 g(2) = 1 + 3 * 22 * e-2 = 1 + 12e-2 é máximo
119 relativo de g .

a) 158 cm e) f '(x) = - 4x + 4 se x < 0
⎱2x se x > 0 131
b) A(2p) - A(p) =
⎰ a) lim g(x) = lim g(x) = g(0) = 0 ; não existe
= - 0,52 + 0,55 ln (2p) - [- 0,52 + 0,55 ln (p)] = f "(x) = - 4 se x < 0 -
⎱2 se x > 0
+
x"0 x"0
g(x) - g(0)
= 0,55 [ln (2p) - ln (p)] = g '(0) porque não existe lim __ .
x"0 x
2p 126
= 0,55 ln ___ = 0,55 ln (2) ) 0,38 1
__ 1
__
(p) g(x) - g(0) x
e = lim ___x =
a = 1 + __
f '(x) = 1 + __ 1 lim _________ = lim __ 1
x"0
+
x x"0 x x"0 - __ - -

De acordo com este modelo, a diferença de ax x


e x
alturas de duas crianças tais que uma pesa 1=2 y
f '(1) = 1 + _ = - lim __y = 0
-
o dobro da outra é, aproximadamente, 1 y " +∞ e

0,38 m. g(x) - g(0) x - ln(1 + x2)


a + 0,52
_______ 127 lim _________ = lim __ =
0,55 x"0
0
x x"0 x +

c) p(a) = e ; D = [0,745; 1,735] ; log1,1 (x) ln (x)


a) lim __ = lim__ * __ 1 = 0 ln(1 + x )
_________
2
D ' = [e 2,3; e 4,1] ; esta função exprime o peso x " +∞ x x " +∞ x ln (1,1) = 1 - lim *x = 1-1*0=1
x"0
+ ( x2 )
esperado da criança em função da sua altura. b) Sendo a a abcissa do ponto de interseção
⎧ 1
__
visível na representação, tem-se que Eb > a
⎪- __
x
120 e
se x < 0
tal que f(x) > g(x) em ] a, b] . 2
b) g '(x) = ⎨ x
a) 8 Como lim [x - log1,1 (x)] =
x " +∞
⎪_____
(x - 1) 2
se x > 0
b1) 1014,168 J b2) M ) 9,9 ⎩ 1 + x2
log1,1 (x)
= lim x(1 - _) = + ∞ (1 - 0) = + ∞ , g é decrescente em ] – ∞, 0] e é crescente
121 x " +∞ [ x ]
em [ 0, + ∞ [ .
1 § a = ln __
1 conclui-se que Ec > b tal que f(x) < g(x)
f '(a) = g '(b) § ea = __
b (b) § em [ c, + ∞ [ .
g(0) = 0 é mínimo absoluto.
§ a = - ln (b) § a + ln (b) = 0
Portanto, dado que as funções f e g são 132
contínuas, Ex > a : f(x) = g(x) , ou seja, os
122 a) D = ] - 1, 2 [
gráficos têm de se intersetar pelo menos
a) f é contínua. mais uma vez. b) lim f(x) = - ∞ e lim f(x) = - ∞
x " -1+ x " 2-
⎰2x ln (2) se x < 0 - 2x + 1
b) f ' (x) = x c) f '(x) = _______
⎱3 ln (3) se x > 0
128
2 + x - x2
a) + ∞ 1
b) __ c) 0 1
d) __
Df ' = R \{0} 1
__
2 2 f é crescente em
] - 1, 2 ] e é decrescente
e) 1 f) + ∞ g) 0 h) 0 1 1
123 __ __
i) - ∞ j) + ∞ k) 0
em
[ 2 , 2 [ ; f( 2 ) = ln (2,25) é máximo
3
a) __ 1
b) __ absoluto.
x x
2x ln (2)
129 D 'f = ] - ∞; ln (2,25)]
1
c) _____ d) _____
x ln (3) 4 16
a) ___ b) 1 133
9
124 a) Concavidade voltada para baixo em ] – ∞, 0]
2 e 2
a) 2 - ______ b) - 1
130 Como a função é derivável em R , os e voltada para cima em [ 0, + ∞ [ .
ln (2) extremos só podem ser atingidos nos da b) Concavidade voltada para baixo em ] – ∞, 1]
c) e -1 d) e -1 derivada. e voltada para cima em [ 1, + ∞ [ .
_
g '(x) = 0 + 3(x2e-x) ' = 3 [(x2)'e-x + x2 · (e-x)'] =
3
e) Não existem zeros. f) √e c) Para t > 0 , f(t) = ln (2t2 + 1) e esta função
-x -x
= 3(2x e - x e ) = 3x e (2 - x)
2 -x é mais fácil de derivar.
125 1
g '(x) = 0 § 3x e-x (2 - x) = 0 § No intervalo 0, _
2x ] 2 ] a concavidade está
a) f '(x) = _____
x2 - 3 §x=0›2-x=0§x=0›x=2 voltada para cima.

222 Respostas dos exercícios propostos


+
134 f "(x) = ex ( x 2 + 5x + 4) ; g) D = R ; contínua no domínio; x = 0 é
f "(x) = 0 § x = - 4 › x = - 1 ; assíntota vertical e y = 0 é assíntota
a) D = R , contínua em R , não existem assín- horizontal.
totas verticais, y = 0 é assíntota horizontal o gráfico de f tem a concavidade voltada
O gráfico interseta o eixo Ox em (1, 0) e
(para + ∞); o gráfico interseta os eixos na para cima em ] - ∞, - 4] e em [ - 1, + ∞ [ e
não interseta Oy .
origem. voltada para baixo em [- 4, - 1] ; ln (x)(2 - ln (x))
g '(x) = x2 e-x (3 - x) o gráfico tem dois pontos de inflexão, um t '(x) = ___________
x2
com abcissa - 4 e um com abcissa - 1 ;
g '(x) = 0 § x = 0 › x = 3 ; t '(x) = 0 § x = 1 › x = e 2 ;
a reta de equação y = 0 é a única assíntota
crescente em ] – ∞, 3] e decrescente em 4 é
t (1) = 0 é mínimo absoluto e t (e 2) = __
ao gráfico de f (em - ∞).
e2
[ 3, + ∞ [ ; +
d) D = R , contínua no domínio; x = 0 é
máximo relativo.
27 é máximo absoluto.
g(3) = ___ assíntota vertical; y = 0 é assíntota horizontal. Crescente em [1, e 2] e decrescente
e3 em ] 0, 1] e em [ e 2 , + ∞ [ .
O gráfico não interseta Oy e interseta Ox
g "(x) = x e-x (x2 - 6x + 6)
__ em (1, 0) ; 2 ((ln (x)) - 3 ln (x) + 1)
2

g "(x) = 0 § x = 0 › x = 3 ¿ √3 ; 1 - ln (x) t "(x) = __________________


j '(x) = ______ x3
pontos __de inflexão x2 __ __
__ (0, 0) , 3 +√5
____ 3 -√5
____
j '(x) = 0 § x = e t "(x) = 0 § x = e 2
›x=e 2
;
(3 ¿ √3 , f(3 ¿ √3 )) .
j(e) = e-1 é máximo absoluto; crescente estes valores são as abcissas dos pontos
__ baixo em ] - ∞, 0]
Concavidade __voltada para
em ] 0, e] e decrescente em [ e, + ∞ [ .
e em [3 - √3 , 3 + √3 ] ; de inflexão.
2 ln (x) - 3
concavidade j "(x) = _________ Concavidade voltada para cima em
__ voltada para
__ cima em x3 ___ 3 -√5
__
3 +√5
__
____ ____
[0, 3 - √3 ] e [ 3 + √3 , + ∞ [ . j "(x) = 0 § x = √e3 ] 0, e 2
] e em [ e 2
, + ∞[ ;
___ ___
27
D ' = - ∞, ___ I(√e3 , f(√e3 )) é ponto de inflexão; concavidade voltada para baixo em
] e3 ] ___ __ __
3 -√5 3 +√5
Concavidade voltada para baixo em ]0, √e3 ] ____ ____

b) D = R , contínua em R ; não existem [e 2


,e 2
].
e concavidade
___ voltada para cima em
assíntotas verticais; y = 0 é assíntota D ' = [ 0, + ∞ [
horizontal.
[√e3, + ∞[ .
-1
D ' = ] - ∞, e ] h) D = R \ {0, e -1, - e -1} ;
r '(x) = - 2x ln (2) * 21 - x
2

e) D = ] - ∞, 1 [ \ {0} ; contínua no domínio; é contínua no domínio e é ímpar ;


r '(x) = 0 § x = 0 , r(0) = 2 é máximo
x = 0 é assíntota vertical, não existem podemos fazer o estudo em R \ {e-1} onde
+
absoluto; crescente em ] - ∞, 0] e
assíntotas não verticais, o gráfico não x
decrescente em [ 0, + ∞ [ . l (x) = ______ .
interseta os eixos. 1 + ln (x)
r "(x) = - 2 ln (2) * 21 - x (1 - 2x2 ln (2)) ; ln (1 - x) - 1
2
Para x > 0 , tem-se: x = e -1 é assíntota
______ h '(x) = __________ 2
;
(ln (1 - x)) vertical;

r "(x) = 0 § x = ¿ ______ 1
2 ln (2)
são as abcissas
h '(x) = 0 § x = 1 - e ;
não existem assíntotas não verticais.
dos dois pontos de inflexão. ln (x)
h (1 - e) = - e é máximo relativo; l '(x) = ________ 2 ; l '(x) = 0 § x = 1 ;
Concavidade voltada para cima em (1 + ln (x))
______ ______ crescente em ] - ∞, 1 - e] e decrescente l (1) = 1 é mínimo relativo.
] √ 1
- ∞, - ______
2 ln (2) ]
e
[ 2 ln (2)√
1 , +∞ ;
______
[
em [ 1 - e, 0 [ e em ] 0, 1 [ .
Decrescente em ] 0, e -1 [ e em ] e -1 , 1] e
ln (1 - x) - 2
concavidade voltada para baixo em h "(x) = _______________3 ; crescente em [ 1, + ∞ [ .
______ ______ (1 - x) (ln (1 - x)) 1 - ln (x)
l "(x) = _________3 ;
[ √ √
1 , ______
- ______ 1
2 ln (2) 2 ln (2) ]
. h "(x) = 0 § x = 1 - e 2 ; x (1 + ln (x))
I (1 - e 2 , h (1 - e 2)) é ponto de inflexão; l "(x) = 0 § x = e
D ' = ] 0, 2]
Concavidade voltada para cima em e é um ponto de inflexão.
I (e, __
c) D = R ; contínua; ] - ∞, 1 - e 2] e em ] 0, 1 [ ; concavidade 2)
f '(x) = ex ( x 2 + 3x + 1) ; voltada para baixo em [ 1 - e 2 , 0 [ . Concavidade voltada para baixo em ] 0, e -1 [
__ __ e em [ e, + ∞ [ ;
- 3 - √5 - 3 + √5 D ' = ] - ∞, - e] ∂ ] 0, + ∞ [
f '(x) = 0 § x = ______ › x = ______ ;
2 2 concavidade voltada para cima em ] e -1, e] .
__ __ f) D = R \ {0, e, - e} ; contínua no domínio;
- 3 - √5 - 3 + √5 é uma função ímpar; Como l é ímpar, x = - e-1 é assíntota
f é decrescente em [______, ______] e vertical; l(- 1) = - 1 é máximo relativo.
2 __ 2 x = e e x = - e são assíntotas verticais;
- 3 - √ 5 não existem assíntotas não verticais e o É crescente em ] - ∞, - 1] e decrescente
é crescente em ] - ∞, ______] e
__ 2 gráfico não interseta os eixos. em [ - 1, - e -1 [ e em ] - e -1, 0 [ .
- 3 + √5
em [ ______, + ∞ [ ; Como s é ímpar, podemos estudar s em
I1 (- e, - __e é ponto de inflexão.
2 +
R \ {e} onde é definida por 2)
__ Concavidade voltada para cima em
- 3 - √5 x
________ = __ x
1 ______ que tem um
f (______) é máximo relativo e 2 - 2 ln (x) 2 1 - ln (x) ] - e -1, 0 [ e em ] - ∞, - e] ; concavidade
2 __ voltada para baixo em [ - e, - e -1 [ .
comportamento idêntico ao da função da
- 3 + √5
f (______) é mínimo relativo; alínea d) do item 91. D ' = R \ {0}
2

Respostas dos exercícios propostos 223


e - 1 é mínimo absoluto;
h(e) = ____ b) 38 palavras c) b ) 0,015
135 e
1 * ln (x) + 2 + ln (x) * __
__ 1 e-1 e-1
D 'h = ____ ____
[ e , + ∞ [ , pois e é mínimo
( ) 152
x
a) h′(x) = _______________________ x=
2 absoluto, h é contínua e lim h(x) = + ∞ . a) 10 log ( 1012 I) = 10 [log ( 1012 ) + log (I)] =
1 * ln (x) + 2 + ln (x)
__ _ x"0
( ) √ = 10 * 12 + 10 log (I) = 120 + 10 log (I)
x
___________________ __e
= = c) (u.a.)
2 8 b) 17 (unidades de nível de som)
2 ln (x) + 2 ln (x) + 1 10
___
= _________ = ________ 10 e N "(I) = - ___ 10 = - ___
10 , - ___ I
2x 2
4. Modelos exponenciais c) N '(I) = ___
y=x-1
I I2 I2 I
N - 12
___
b) Concavidade voltada para cima em ] 0, 1] 142 d) I(N) = 10 10
e voltada para baixo em [ 1, + ∞ [ ; f '(x) = x - 1 e f "(x) = 1 ;
153
P(1, 0) é ponto de inflexão. portanto, f '(x) + f "(x) = x - 1 + 1 = x . 1 (t + 29)
- ___
m0 * 2 29 1;
136 d "(3) = - 0,44 m/s2
143 a) ____________1t
= 2-1 = __
- ___ 2
29
m0 * 2
137 a) 3 b) - 5 c) - 0,25
a semivida do estrôncio-90 é 29 anos.
c '1 (t) = 2 e
-0,3t
(1 - 0,3t) 144 - 0,01, ou seja, - 1%. 2 1
ln (2) - ___t
10 b) m "(t) = m0 (______) 2 29 ;
c '1 (t) = 0 § t = ___ 29
3 145
portanto, At ≥ 0, m "(t) > 0 de onde se
c '2 (t) = 2t e-0,6t (1 - 0,3t) ln (2)
10 a) k = - ______ b) 24 s conclui que a taxa de desintegração é
c '2 (t) = 0 § t = 0 › t = ___ 2,1 crescente e, atendendo a que a taxa de
3 desintegração é negativa, isso significa que
10 20 e -1 20
c1 ___ = _____ = _ mg/ml >
146 3 h 10 min a desintegração se vai fazendo de modo
(3) 3 3e cada vez mais lento.
> c2 10
___ 100
______e -2 10
_ 147
( 3 ) = 9 dg/l = 9e2 mg/l

138
a) ≈ 39 cm
a) 86 °C
b) Deve esperar, no mínimo, 7 minutos.

148
Teste 7 55
b) A distância máxima foi 50 cm e ocorreu ao 72
ln ______ Págs. 156 e 157
( T - 18 )
fim de um minuto de prova. a) Tem-se t(T) = ___________ .
0,12 Grupo I
139 Assim, para a temperatura passar de 70 °C
1. (A)
para 68 °C são necessários, aproximada-
At å [0, 5] , d "(t) = 11e -0,2t > 0 ; portanto, mente, 20 segundos. Para a temperatura 2. (C)
d ' é crescente; passar de 30 °C para 28 °C são necessários, 3. (D)
d '(5) ) 34,8 m/s é a velocidade máxima. aproximadamente, 91 segundos.
4. (B)
T '(t) 72 * (- 0,12) * e -0,12t
140 b) ________ = __________________ = 0,12 5. (D)
18 - T(t) 18 - (18 + 72 * e -0,12t)
a) Daqui a, aproximadamente, um mês e A constante de proporcionalidade é 0,12.
Grupo II
22 dias, pois é nessa altura que as ações 2
ln _
(7)
_____
atingem o menor valor. - t 1. a) lim f(x) = lim log0,5 (1 - x) =
5
ln (t + 1) - 1 149 T(t) = 20 + 70 e - -
x"0 x"0
v '(t) = 0 § 3 __________ =0§t=e-1 = log0,5 (1) = 0
(t + 1)2
150 2
b) É falsa; mesmo comprando as ações ao lim f(x) = lim x ln __
preço mínimo e vendendo-as ao preço a) k ) 0,62 x"0
+ +
x"0 ( ( x ) - 1) =
máximo nunca teria ganho esse montante. 2
ln __
60k e
b) N '(t) = _________
-kt
; (x)
2 = lim x ln __ 2 - 1 = lim _______ - 1 =
O valor mínimo das ações é v(e - 1) que, (1 + 3 e -kt ) ( x ))
x"0 ( 1
__
+ +
x"0
arredondando por defeito, é 3,89 € e o portanto, At ≥ 0, M '(t) > 0 , de onde se x
ln (y)
valor das ações nunca ultrapassa 5 euros. conclui que a função M é crescente. =2 2 lim _____ - 1 = 2 * 0 - 1 = - 1
1000 * (5 - 3,89) = 1110 (euros) y= __
x
y " +∞ y
O crescimento começa a diminuir quando
ln (3) Como os limites laterais são diferentes,
141 t = ______ (abcissa do ponto de inflexão do não existe lim f(x) e, portanto, a função
k x"0
a) y = 1 (em + ∞ ) gráfico de M ) ; nesse instante, a popula- não é contínua no ponto 0.
ln (x) ção tem 10 000 indivíduos. ⎧__________
-1
b) h(x) = 1 - ______ , Dh = R ; se x < 0
+
⎪ (x - 1) ln (2)
x b) f '(x) = ⎨
151
ln (x) - 1 ⎪ln __2 -1
h '(x) = ________ , h é decrescente se x > 0
x2 10
ln ___ ⎩ (x)
(9)
_______
em ] 0, e] e é crescente em [ e, + ∞ [ ; a) ) 0,021 y = -x + 1
5

224 Respostas dos exercícios propostos


b) A área é mínima para x = __1 e a área
2. a) Sabemos que M(t) = c e kt e, dado que a 2 161
semivida é 30 anos, sabemos também 1 = 2 * __
1 * e2 = e2 (u.a.). ___
mínima é A __ 20
a) k = ln (√0,7 ) e a = ___
1M .
que M(30) = __
(2) 2 e
2
0 ___
1 1 5. Dado que sabemos que existe uma b) k = ln (√0,5 )
M(30) = M0 § M0 e 30k = __ M0 §
__
assíntota não vertical ao gráfico da função
2 2
(f + g) (x) 162
1 f + g , o seu declive é lim ________ .
§ e 30k = __ § 30k = ln __ §
1 x " +∞ x
2 (2) a) 22,559 g b) M '(t) = - 0,02M(t)
A reta que contém a bissetriz do segundo
1 c1) A função M1 é decrescente e
ln __ quadrante tem declive - 1.
(2)
_______ lim M1 (t) = 10 , de onde se conclui que
§k= Temos, portanto, de mostrar que t " +∞
30 (f + g) (x) ficam sempre, pelo menos, 10 g de açúcar
1
ln __
(2) 1
t
___
30 lim ________ = - 1 .
_______ t ln __ x " +∞ x por dissolver.
(2)
Então, M(t) = M0 e 30
= M0 (e ) =
A reta de equação x + 2y = 0 tem declive
t
___
1 e, dado que é assíntota ao gráfico da c2) 8 min 34 s
1
= M0 __
30
. - __
(2) 2
função g , pode-se concluir que 163
b) Mais de 60 anos. g(x) 1
lim ____ = - __ 1. a) m(0) = 2 › m __
c) A taxa de desintegração, quando se de- x " +∞ x 2 ( 3 ) = 2 § a = 2 › k = 3 ln (2)
sintegrou 10% da massa inicial, é 9 ve- (f + g ) (x) b) 2 e -3 ln (2)t = 2 (e ln (2))
-3t
Vamos agora calcular lim ________ .
-3t 1-3t
=2*2 =2
zes superior à taxa de desintegração, x " +∞ x
quando falta desintegrar 10% da massa (f + g ) (x) f(x) g(x) c) t ) 1 h 6 min
lim ________ = lim ____ + lim ____ =
inicial. x " +∞ x x " +∞ x x " +∞ x
164 Às 15:40.
- 120 * 7 * (- 0,2) * e -0,2t x ln 1 + __
- __
2 1
3. a) N ' = ______________________ 2 ( x ) __
____________ -1=
2
(1 + 7 e -0,2t ) = lim 165 Dividindo os termos da fração por 2e t
x " +∞ x 2
N(120 - N) = obtém-se:
1
- x ln 1 + __ 0,5
120 120 ( x ) __ f(t) = _________
= _________ * 120 - _________ = ___________ -1= 1 + 0,5e- t
1 + 7 e -0,2t ( 1 + 7 e -0,2t )
= lim
x " +∞ 2 2
1202 1 a = 0,5 , b = 1 e c = 0,5
= _________ * 1 - _________ = 1
1 lim x ln 1 + __ 1
1 + 7 e -0,2t ( 1 + 7 e -0,2t ) = - __ __
2 x " +∞ [ ( x )] - 2 = 166 a = 5 e b ) 124
1202 7 e -0,2t 1202 * 7 e -0,2t
= _________ * _________ = ____________ 1 ln lim 1 + __
1 1=
x

1 + 7e -0,2t
1 + 7e -0,2t
(1 + 7 e -0,2t )
2 = - __ - __
2 [ x " +∞ ( x) ] 2 167
Então, N ' = 120-1 * 0,2 N(120 - N) a) B
= - __ 1 = - __
1 ln (e) - __ 1 * 1 - __
1 = - __
1 - __
1 = -1

k 2 2 2 2 2 2 b) A (t) > B (t) § t > 6,9 (semanas, aproxima-
b) No dia 9 de março de 2015. damente). A partir de 18 de novembro.
1
__
4. a) lim f(x) = lim (2x e x) 0 *=∞ c) A novela A , se estiver em exibição
154
x"0
+
x"0
+
1
__ 1
__ 1
__ 1
__ durante pelo menos 26 semanas e meia
1
f(x) + x 2f '(x) = e + x 2 - __
x x x x
( x2 )e = e - e = 0 , (aproximadamente).
1
__ ∞
___

= 2 * lim __ex ∞= 1 = 2 * lim __ ey = 1


__
1 y= d) No final da sétima semana.
x " 0 __ __ y " +∞ y portanto, a função definida por e x é solução
+

x
x da equação diferencial.
= 2 * (+ ∞) = + ∞ 168

Portanto, a reta de equação x = 0 é 155 a) Aproximadamente 7 minutos.


uma assíntota ao gráfico da função f . b) O número de pessoas que testemunhou
1
__
a) 366 mg b) 1014 anos
f(x) inicialmente o pedido de socorro do
2x e x =
lim ____ = lim _____
x " +∞ x 156 banhista foi o mesmo nas duas ocorrências.
x " +∞ x
1
__ Então:
x
= 2 * lim e = 2 * e 0 = 2 * 1 = 2 a) 49,957 mg b) 1612 anos 60 60 §
x " +∞ s(0) = n(0) § __________ = _______
1
__ 1 + 14e0 1 + ae0
lim [f(x) - 2x] = lim (2x e x - 2x) = 157 § a = 14
x " +∞ x " +∞ ln (1,4)
_______ t
a) P(t) = 40 e 15
b) 63 milhões Por outro lado, como, decorrido o mesmo
1
__
= lim [2x (e - 1)] = x tempo t , o número de pessoas a olhar o
x " +∞ c) Em 2031. mar no segundo caso é inferior ao do
1
__
x
0
___ primeiro, tem-se:
e -1 =
= 2 * lim _____
0 158 19,6 ºC 60 60
x " +∞ 1
__ 1
y = __
s(t) < n(t) § _________ < __________ §
x 1 + 14e-bt 1 + 14e-0,6t
x
159 0,158 § e-bt > e-0,6t § b < 0,6 (b > 0)
= lim __ey - 1 = 2 * 1 = 2
y" 0
+
y Então, a constante a é igual à constante
160
Portanto, a reta de equação y = 2x + 2 é correspondente da função n e a constante b
assíntota ao gráfico da função f . a) 170 ºC b) 50 min é menor do que a correspondente em n .

Respostas dos exercícios propostos 225


169 c) ) 2,6% d) 3 anos e 44 anos b) Maria; Maria; Leonor
8 e 0,5t = _______ e -0,5t =
8 e 0,5t * ______ O analgésico da Maria nunca chegou a
a) r(t) = _______ 237
1 + e 0,5t 1 + e 0,5t e -0,5t atingir a concentração de 2,5 mg/l e,
x -x x -x 2 x -x
8e0 8 a) 4 + 4 = ( 2 + 2 ) - 2 * 2 * 2 = portanto, nunca chegou a não ter qualquer
= ___________ = _________
e -0,5t + 10 e 0 10 + e -0,5t 2
= 5 - 2 = 23 dor; já o analgésico da Leonor ultrapassou a
referida concentração durante algum tempo.
- 8 * 10 * (- 0,5) e -0,5t x
( 2 + 1) ( 2 - 1)
x
b) r '(t) = ____________________ 2
= b) ____________
x
=2 -1 O analgésico da Leonor ultrapassa a con-
(1 + 10 e -0,5t ) x
2 +1 centração de 1,5 mg/l em menos tempo.
40 e -0,5t
= ____________ (1 - 2 ) * 2 ______
-x -x x x x
; 1 - 2 = ___________
c) ______ 2 - 20 = _____
2 -1 A concentração do analgésico da Leonor é
x = x
2
(1 + 10 e -0,5t ) 1+2
-x -x
(1 + 2 ) * 2 2 + 20 2 + 1
x
inferior a 1,5 mg por litro quando ainda
portanto, At å Dr , r '(t) > 0 , de onde se não decorreram 5 horas depois da toma.
conclui que a função r é crescente; 7. 238
y
c) 4,6 min a) a = 4 e c = 4096
2,5
d) 20 Q(t + 1)
b) _______ = 2 ) 0,7 ; a cada hora,
-0,5 f c
Q(t) 1,5
170 a quantidade de substância reduz-se,
a) 2,7 * 10
18 aproximadamente, a 30%.
1
_____
0,67 O 6 x
b) 10 ) 31 ; a energia libertada num sismo 239
com mais um grau de magnitude do que c1) 0 c2 ) 0
a) 60% b) No quarto dia.
outro é 31 vezes superior. __t
3
c) n(t) = 2 d) (C) 244

+ Exercícios Propostos 240 a) 80 ºC


a) m = 5 e k = 0,5 b) Já não está a gosto do António pois está a,
171 (B) 172 (B) 173 (C) 174 (A) aproximadamente, 33 ºC.
g(t + 1) 5 * 2 2
k(t + 1) + m kt + k + m
b) ______ = __________ = ______ = 2k c) Pelo menos 7 minutos.
175 (B) 176 (B) 177 (C) 178 (C) g(t) 5 * 2kt + m 2kt + m
__ d) O café estava a 30 ºC e tinham passado,
c) √2 ) 1,4 ; a cada dia, o número de caracóis aproximadamente, 18 minutos.
179 (D) 180 (A) 181 (C) 182 (B) aumenta, aproximadamente, 40%.
e) a é a temperatura ambiente e b é a
183 (A) 184 (A) 185 (A) 186 (C) 241 diferença entre a temperatura inicial do
ln (0,5)
_____ t corpo e a temperatura ambiente.
a1) M = 10 e 12 , sendo M a massa
187 (B) 188 (D) 189 (B) 190 (C)
existente, em mg, decorridos t dias. 245
a2) No decorrer do 40.º dia. a) ] - ∞, 1] e __8
191 (C) 192 (A) 193 (D) 194 (C) [ 3 , 4[
b1) 6301 anos e 385 082 anos. x x
195 (A) 196 (B) 197 (D) 198 (D) b) (h ∘ g ) (x) = h( 2 - 4 ) =
b2) 27 687 anos. x x
= log2 ( 2 - 4 ) =
199 (B) 200 (B) 201 (C) 202 (C) 242 x x
= log2 [2 (1 - 2 )] =
A função c é contínua em [2; 2,25] , x x
203 (B) 204 (C) 205 (B) 206 (A) = log2 ( 2 ) + log2 (1 - 2 ) =
c(2) ) 0,21 e c(2,25) ) 0,18 ; portanto, dado
x
que c(2,25) < 0,2 < c(2) , o teorema de = x + log2 (1 - 2 ) ;
207 (B) 208 (D) 209 (C) 210 (D) Bolzano-Cauchy permite concluir que Dh∘g = ] - ∞, 0 [
E x å ] 2; 2,25 [ : c(x) = 0,2 , ou seja, existiu um
211 (A) 212 (B) 213 (D) 214 (D) instante entre as 10:00 e as 10:15 em que a c) D 'h∘g = ] - ∞, - 2]
concentração de medicamento no sangue
215 (D) 216 (A) 217 (B) 218 (D) tomou o valor 0,2 mg/l. d1) vn + 1 - vn = h( pn + 1 ) - h( pn) =
pn + 1
= log2 (pn + 1) - log2 (pn) = log2 ____
219 (C) 220 (C) 221 (C) 222 (D) 243 ( pn ) = log2 (p) ;
a1) 14:58 é uma progressão aritmética de razão
log2 (p) .
223 (C) 224 (B) 225 (D) 226 (B) a2) As soluções da condição f(x) - c(x) = 0,5 | | log2 (p) + log2 ( pn )
no intervalo [0, 6] são, aproximadamente, d2) Sn = ________________ *n=
227 (C) 228 (D) 229 (C) 230 (B) 0,95 , 2,36 e 5,04 ; portanto, os valores 2
pedidos são 12:27 , 13:52 e 16:32 . log2 (p) + n log2 (p)
= ________________ *n=
231 (D) 232 (C) 233 (A) 234 (B) 2
y
log2 (p) (1 + n)
235 (B) = ____________ *n=
0,5 2
h 1
= __ log2 (p) ( n 2 + n) =
236 2
O 0,95 2,36 5,04 6
x 1
__ __
a) 18 496S||00 b) 20 327S||94 = ( n 2 + n) log2 (p 2 ) = ( n 2 + n) log2 (√p )

226 Respostas dos exercícios propostos


246 253 257
ln (0,5)
_______ t
5e3 5 a) y = x
a1) Q(t) = Q0 e 25
a) ___ b) ___
4 12 e 1 + h (1 + h) - e
2
5 (1 + h) - 5
b) f '(1) = lim ___________ - lim __________ =
n
a2) Q(n) = _1 5
( 2 ) Q0 c) 10 ln (2) d) ________ h"0 h h"0 h
12 ln (3) 2
e 1 + h + e 1 + h h - e - lim _____________
= lim ___________ 5 + 10h + 5 h - 5 =
b) 9589 anos 254 h"0 h h"0 h
Q Q 1§ 2
c) Q(s) = ___0 § Qo e -ks = ___0 § e -ks = __ e - e - lim ________
e h + lim ______
= lim _____ 10h + 5 h =
1+h 1+h
a) f é contínua em 0, pois lim f(x) = f(0) = 2 ;
2 2 2 x"0 h"0 h h"0 h h"0 h
ln (2) f não é derivável em 0, pois: e h-1 h(10 + 5h)
§ e ks = 2 § ks = ln (2) § k = ______ = lim e 1+h + e lim _____ - lim _________ =
s f(x) - f(0) 2ex(x + 1) - 2 h h
lim _ = lim ___________ =
h"0 h"0 h"0

x"0
-
x x"0
-
x = e + e * 1 - lim (10 + 5h) = 2e - 10
247 h"0
2exx + 2ex - 2 =
= lim ___________ c) A(1,15; - 3,00) ; a abcissa do ponto A
a) 30,85 m x"0
-
x
pode obter-se recorrendo à calculadora
= lim (2ex) + 2 lim _ex - 1 = 2e0 + 2 * 1 = 4
b) 1,73 s para determinar a abcissa do extremo de f '
x"0
-
x"0 x
c1) A afirmação é verdadeira, porque ou o zero de f " .
f(x) - f(0)
At å [0, 10], d(t) > 0 e, portanto, em cada lim _ = d) O valor pedido é a solução da equação
x"0
+
x
instante t o protótipo A percorreu mais f '(x) = g '(x) que pertence ao intervalo
2 - x + ln (1 + 3x) - 2
metros do que o protótipo B . = lim ___________ = ] 1, 3 [ .
x"0
+
x
c2) A afirmação é falsa, pois, a partir do Tem-se f '(x) = ex + ex x - 10x e
ln (1 + 3x)
instante t ) 1,73 , a diferença entre o = - 1 + lim _ = x
g '(x) = 2 ln (2) .
x"0
+
x
número de metros percorridos por A e Portanto, o valor pedido é 1,551.
ln (1 + 3x)
por B diminuirá. = - 1 + 3 lim _ = - 1 + 3 * 1 = 2
3x " 0 3x
+

258
248 b) f é decrescente em ]- ∞, - 2] e em
a1) 50
2
__ 2
__
a) R \ [0, 2] [ 3 , + ∞ [ e é crescente em [- 2, 3 ] ; a2) 3197
b) [ - 3, 0 [ ∂ ] 2, 5] f(- 2) é mínimo e f __ 2 b) 3 h 30 min.
( 3 ) é máximo.
c) + ∞ , + ∞ , - ∞ e - ∞ c) k ) 2 ; o número de bactérias duplica a
255 cada meia hora.
249
a) Tem-se lim g(x) = g(1) = 2 mas d) N '(t) = 1,386N(t)
x " 1-
+ ∞ , porque lim __ ax = + ∞ , sendo ax uma
x " +∞ x p lim y(x) = + ∞ .
+
259 x = 0 e y = - x (em - ∞)
x"1
exponencial de base maior do que 1 (o que é o
Dado que g não é contínua em 1, não é
caso). 260 k = 3
derivável nesse ponto.
250 ⎧ _____ 261
-x
____ se x < 1
f(x)
0, porque lim [f(x) * g(x)] = lim ____ = ⎪ √x2 + 3 g '(x) = 2xf(x) + x 2 f(x)
x " +∞ 1
x " +∞ ____ b) g '(x) = ⎨
ln (x) - 1
⎛ 1 ⎞
-1 g(x) ⎪ 2 * _______ se x > 1 g "(x) = 2f(x) + 2xf '(x) + 2xf '(x) + x 2f "(x) =
____ ⎩ (ln (x))
2


= lim
g(x)
____ ⎟ -1
= (+ ∞) = 0
= 2f(x) + 4xf '(x) + x 2f "(x)
⎝x " +∞ f(x) ⎠ c) g é crescente em ] - ∞, 0] e em [ e, + ∞ [ ;
262 a = - 3 e b = 3
(repara que g é uma exponencial de base g é decrescente em [0, 1] e em ] 1, e] .
__ __
1 é uma exponencial
entre 0 e 1 e, portanto, __ 4 - √3 (4 - √3 = g(0)) é máximo relativo; 263
g
de base maior do que 1, aplicando-se, assim, 2 (2 = g(1)) e 2e (2e = g(e)) são mínimos Todos os gráficos têm um ponto de inflexão
o limite notável referido no item 249) relativos. 2 ; a = - __
com abcissa - __ 2.
a 3
251 256 264
x * (7 - (2x - 1))
a) x = - 1 , y = x - 1 a) A única assíntota é a reta de equação a) Dt = ]0, 3[ ; t(x) = ______ =
2
y = 2x (quando x " + ∞) x(8 - 2x) 8x
b) x = - 1 , x = 1 , y = - 2 e y = 2 =_=_ -x_ 2x = 4x - x * 2x - 1
b) f '(x) = 2 - 3(e 1 - x + x(- 1)e 1 - x) = 2 2 2
c) x = 0 e y = 2x + ln (2) b) t '(x) = 4 - 2x - 1(1 + x ln (2)) ;
= 2 + 3e 1 - x(- 1 + x)
252 c) y = 2x - 3 Dado que a função t é diferenciável, o
extremo só pode ser atingido num zero da
Riscar «não pode» d) Concavidade voltada para cima em derivada; dado que esse extremo é único,
] - ∞, 2] e concavidade voltada para baixo vamos localizar o único zero da derivada
Riscar «não pode»
em [ 2, +∞ [ ; o ponto de abcissa 2 é um que pertence ao intervalo [0, 3] , recorren-
Riscar «pode» ponto de inflexão. do ao teorema de Bolzano-Cauchy.

Respostas dos exercícios propostos 227


Dado que t '(0) = 3,5 e t '(1,5) ) 1,12 , o g) (A) 269
zero tem de pertencer ao intervalo ] 1,5; 3] .
h) Por exemplo, qualquer sucessão convergente 2 , portanto,
a) Df = ]- 1, 1[ , f '(x) = _____
Como se pretende um intervalo de amplitu-
para a , com a å R \ {0} , ou uma sucessão 1 - x2
de 0,2, vou calcular, por exemplo, t '(1,7) . f '(x) > 0 em ]- 1, 1[ .
que tenda para 0 por valores negativos.
t '(1,7) ) 0,46 , portanto, o zero pertence ao
b) m = 1
intervalo ] 1,7; 3] . i) Por exemplo, qualquer sucessão que tenda
para 0 por valores positivos ou com uma c) Concavidade voltada para baixo em
Dado que t '(1,9) ) - 0,32 , posso concluir
infinidade de termos quer positivos, quer ]- 1, 0] e concavidade voltada para cima
que o zero da derivada e, consequentemen-
negativos. em [0, 1[ ; o ponto de abcissa 0 é um
te, o extremo da função t é atingido no
ponto de inflexão.
intervalo ] 1,7; 1,9 [. j) Por exemplo, qualquer sucessão que tenda
para - ∞ ou para + ∞ . Assíntotas: x = - 1 e x = 1 .
Com o mesmo objetivo e com um raciocí- _
nio idêntico, poderia ter utilizado o método √e
k) f '(1) = e , f '(2) = ____ 270
da bisseção (página 22). 4
f ' é contínua em [1, 2[ e f '(2) < 1 < f '(1) a) É contínua em 0, pois existe lim f(x) dado
c1) log2 ____6 x"0
( ln (2) ) portanto, o teorema de Bolzano-Cauchy que lim f(x) = lim f(x) = f(0) .
- +
x"0
c2) 2 log2 (6) + 10 permite afirmar que Ex å ]1, 2[ : f '(x) = 1 . x"0
1 x - __
b) É a reta de equação y = __ 1 .
c3) mg = 6 ln (2) , mh = - ln (2) e mg * mh 0 - 1 No ponto do gráfico com essa abcissa, 2 4
a reta tangente é paralela à bissetriz do
d) (C) 271
1.° quadrante. __
a) 4 ln (2 + √3 ) (metros)
265 l) C.S. = ]- ∞, 0[ ∂ [1, + ∞[
1
__ x
__ x
- __
e ; x 1 (e a - e a ) ; f '(x) = 0 § x = 0
b) f '(x) = __
a) f '(x) = __ m) (C)
2
x2
n) (D) e f '(x) < 0 se x < 0 e f '(x) > 0 se x > 0 .
f é crescente em ]- ∞, 0[ e em ]0, + ∞[
e não tem extremos. c) a ) 11,75 ou a ) 42,42
266
b) x = 0 e y = 1 d) a ) 126,63
a) 55%
c) O contradomínio da restrição da função f
272
ao intervalo ] - ∞, 0 [ é o intervalo ] 1, 2 [ , b) 234
pois a função é crescente e contínua em 89 ) 0,3 Sendo x < 0 a abcissa do ponto B , a abcissa
c) p ) ____
] - ∞, 0 [ , lim f(x) = 1 e lim f(x) = 2 .
x " -∞ x→0
-
303 do ponto A é x + 2,5 .
d) d(t) = 100e0,4t - 0,01t ;
2

O contradomínio da restrição da função f ao O problema é traduzido pela equação


intervalo ] 0, + ∞ [ é o intervalo ] - ∞, 1 [ , d '(5) ) 173 ; ex - 1 = (x + 2,5) ln (x + 2,5) .
_____
pois a função é crescente e contínua em e 3x - 1
173 doentes por dia.
] 0, + ∞ [ , lim f(x) = - ∞ e lim f(x) = 1 .
+ x " +∞
x"0
Portanto, 267
D 'f = ] - ∞, 1 [ ∪ ] 1, 2 [ = ] - ∞, 2 [ \ {1} . 1,5 e 0,5t
a1) I '(t) = _____________ ; portanto
d1) Dg = D 'f = ]- ∞, 2[ \ {1} (1 + 0,2 e 0,5t)
2

D 'g = Df = R \ {0} ;
At å [0, 10], I '(t) > 0 , de onde se conclui
Assíntotas: x = 1 e y = 0 que a função I é crescente. Então, a abcissa do ponto B , arredondada às
1 centésimas, é - 0,97 e a abcissa do ponto A ,
d2) Dg = ]- ∞, 2[ \ {1} e g(x) = _______ a2) t = 2 ln (2,5) ) 1,833 ;
1
__ ln (2 - x) arredondada às centésimas, é 1,53
- e x(1 + 2x) no início de novembro de 1961. (- 0,966 + 2,5 = 1,534).
e) f "(x) = _________ ;
x4 a3) I "(t) = 0 § t = 2 ln (5) ) 3,219 ; O valor de b , arredondado às décimas, é 0,7.
o gráfico de f tem a concavidade voltada no decorrer de março de 1963. Se optarmos por designar por x > 0 a abcissa
para cima em - ∞, - __ 1 e tem a do ponto A , a abcissa do ponto B é x - 2,5 .
] 2] b) k = - ln (3 - p)
Neste caso, o problema é traduzido pela
concavidade voltada para baixo em e x - 2,5 - 1 = x ln (x) .
268 equação _________
1
__ e 3(x - 2,5) - 1
[ - 2 , 0 [ e em ]0, + ∞[ ; a) x 2 - x + 1 não tem raízes, Ax å R, f '(x) > 0 .
1 é um ponto de
o ponto de abcissa - __
2 1 = -e ;
b) Tem-se a = f '(1) , portanto, b = - ___
inflexão. e -1
- e é o declive de qualquer reta perpendi-
f)
y
cular à reta tangente ao gráfico da função f
no ponto de abcissa 1.
1 c) O gráfico da função f tem a concavidade
voltada para baixo em ] - ∞, 1] e Assim, a abcissa do ponto A , arredondada às
f
em [ 2, + ∞ [ e tem a concavidade voltada centésimas, é 1,53 e a abcissa do ponto B ,
-1 O log 2 (e) x
para cima em [1, 2] ; existem dois pontos arredondada às centésimas, é - 0,97
2
de inflexão, um com abcissa 1 e um com (1,534 - 2,5 = - 0,966).
abcissa 2. O valor de b , arredondado às décimas, é 0,7.

228 Respostas dos exercícios propostos


273 276 b1) A função f é crescente em ] 0, e] e é
1 decrescente em [ e, + ∞ [ .
Área do retângulo em função da abcissa x Tem-se g '(x) = - _______ ;
x 2 (x + 1) b2) O gráfico não tem assíntotas verticais
de A : +
portanto, Ax å R , g '(x) < 0 , de onde se porque a função é contínua e lim f(x) = 0 ;
A(x) __= 2x * e __ -x2 x"0
conclui que a função g é decrescente. a reta de equação y = 1 é a única assíntota
√2 √2
f "(x) = 0 § x = - __ › x = __ ; Como lim g(x) = 0 , pode-se concluir que ao gráfico da função f .
2 2 x " +∞
os pontos de inflexão
__ do
__ gráfico são os pontos
+
Ax å R , g(x) > 0 , ou seja, 279
2 e __ √ √
2 , que também são
de abcissas - __ x+1
1 > ln ____
Ax å R , __
+
2 2 x ( x ). Sendo a a abcissa do ponto P , a equação
vértices do retângulo que tem área máxima. reduzida da reta tangente é
a ;
1 x + ln (10 - a) + _____
y = _____
277
274 a - 10 10 - a
1 , f "(x) = - __
a) f '(x) = __ 1 , f ‴(x) = __
2 e uma expressão da área do triângulo é
a) f '(x) = (1 + kx) e kx , f "(x) = k(2 + kx) e kx e x x2 x3
a
_____
f (x) = - __6
(ln (10 - a) + 10 - a ) [a - ln (10 - a) (a - 10)]
(4)
2
f ‴(x) = k (3 + kx) e kx x4 ___________________________________ ;
b) Conjetura: An å N, f (x) = k
(n) n-1
(n + kx)e kx . n - 1 (n - 1)!
2
b) f (x) = (- 1) ______
(n)
; a ) 5,87
xn
Verificação da validade da conjetura. de acordo com esta conjetura,
280
4 4! 24 e
Seja P(n) a condição f (x) = (- 1) ___ = ___
(5)

(n) n-1 x5 x5 a) Seja c a abcissa do ponto P .


f (x) = k (n + kx) e kx
f (x) = (f (x))' = - __
(5) (4) 6 ' - 6 * 4 x 3 ___
________ 24 A equação reduzida da reta tangente ao
Para n = 1 , obtém-se P(1) § f '(x) = ( x4 ) = - x8 = x5 gráfico de f no ponto P é
0
= k (1 + kx) e kx § f '(x) = (1 + kx) e kx , que n - 1 (n - 1)!
c) Seja P(n) a condição f (x) = (- 1) ______
(n)
y = k ec x + (1 - ck) ec .
é uma proposição verdadeira. xn
Esta reta interseta o eixo das abcissas no
Para n = 1 , obtém-se
Seja n um qualquer número natural. ck - 1 .
0 0! 1, ponto de abcissa _____
Hipótese de indução: P(1) § f '(x) = (- 1) ___ § f '(x) = __ k
x1 x Atendendo a que o ponto V está sempre à
(n) n-1
f (x) = k (n + kx) e kx que é uma proposição verdadeira. direita de T , quer k seja positivo, quer k
Tese de indução: Seja n um qualquer número natural. seja negativo, tem-se:
(n + 1) n
Hipótese de indução: TV ck - 1 = __
‾ = c - _____ 1
f (x) = k (n + 1 + kx) e kx
k k
n - 1 (n - 1)!
f (x) = (- 1) ______
(n)
de onde se conclui que a distância entre os
(x) = [f (x)]' = [k (n + kx) e kx]' =
(n + 1) (n) n-1
f xn pontos V e T é constante.
Tese de indução:
[(n + kx) e kx]' =
n-1
=k b) Seja g(x) = e kx, k 0 0 e seja c a abcissa do
n n!
(x) = (- 1) ____
(n + 1)
n-1 f ponto P .
=k * [k e + k e (n + kx)] =
kx kx xn + 1
(n - 1)! '
______ A equação reduzida da reta tangente ao
(x) = [f (x)]' = [(- 1)
(n + 1) (n) n-1
=k
n-1
* k e kx [k e kx (1 + n + kx)] = f =
xn ] gráfico de g no ponto P é
n
= k (n + 1 + kx) e kx 1 '
(n - 1)! __
n-1 y = k ekc x + (1 - ck) ekc .
= (- 1)
( xn ) = Esta reta interseta o eixo das abcissas no
A condição é válida para n = 1 e é
= (- 1) (n - 1)! (x- n)' =
n-1
hereditária, logo, é uma condição universal. ck - 1 .
ponto de abcissa _____
k
* (n - 1)! * (- n * x - n - 1) =
n-1
= (- 1)
275 Tem-se, portanto:

| | || ||
= (- 1) * (- 1) * n! * ______
n n!
1 = (- 1)n ____
ck - 1 = __
TV = c - _____
‾ 1 , ou seja, a = __
1 .
aln (b) = bln (a) § loga (aln (b)) = loga (bln (a)) § x n+1 xn + 1
k k k
ln (b) A condição é válida para n = 1 e é
§ ln (b) = ln (a) * loga (b) § ____ = loga (b) hereditária, logo, é uma condição universal. 1 › k = - __
Então, a = 2 § k = __ 1.
ln (a) 2 2
Esta última afirmação corresponde à aplicação
278
da fórmula de mudança de base para passar da ln (x)
______
x
base a para a base e e é, portanto, verdadeira. a) f(x) = e

Respostas dos exercícios propostos 229


PARA O ALUNO
• Manual do Aluno (3 volumes)
• Caderno de Exercícios
• Simulador de Exames
• Apoio Internet www.mat12.te.pt

PARA O PROFESSOR (EXCLUSIVO)


• Manual do Professor (3 volumes)
• Resoluções dos Exercícios do Manual
• Resoluções dos Exercícios do Caderno de Exercícios
• Caderno de Apoio ao Professor
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Recomenda-se a utilização conjunta do Manual e do Caderno


de Exercícios para facilitar a aprendizagem e contribuir para
o sucesso escolar. Estes materiais podem, no entanto, ser
vendidos separadamente.

Este manual é composto por três volumes, que não podem


ser vendidos separadamente.

Para registo na base de dados do Ministério da Educação deve


ser inserido o ISBN da edição do aluno: 978-972-47-5485-7

AMOSTRA NÃO COMERCIALIZÁVEL


De acordo com o artigo 21.o da Lei n.o 47/2006, de 28 de agosto, este
exemplar destina-se ao órgão da escola competente para a adoção de
manuais escolares.

978-111-11-4409-8
00002

9 781111 144098

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