Sie sind auf Seite 1von 20

ASSOCIAÇÃO DE PEELING DE DIAMANTE

(MICRODERMOABRASÃO) COM PEELING QUÍMICO PARA


TRATAMENTO DE HIPERCROMIA FACIAL

ELLEN CRISTINA BATISTA MUNIZ

Orientadora: Profa. Dra. Cristiane Soncino Silva

Pós-Graduação Lato Sensu em


Biomedicina Estética

Ribeirão Preto
2018
ASSOCIAÇÃO DE PEELING DE DIAMANTE
(MICRODREMOABRASÃO) COM PEELING QUÍMICO PARA
TRATAMENTO DE HIPERCROMIA FACIAL

Ellen Cristina Batista Muniz


e-mail: ellencristinabatista@yahoo.com.br

ORIENTADORA: Profa. Dra. Cristiane Soncino Silva

Trabalho realizado e defendido para


obtenção do título de Pós-Graduação Lato
Sensu em Biomedicina estética

Ribeirão Preto
2018
RESUMO

A hipercromia facial é uma desordem caracterizada por manchas marrom podendo


ser conhecida como melasmas, cicatrizes de acne e as manchas que ocorrem em
áreas expostas ao sol ou disfunção hormonal. A microdermoabrasão (MDA) é um
procedimento de esfoliação mecânica que causa uma descamação cutânea
superficial. A utilização desse aparelho é através de um elemento abrasivo refinado
(ponteiras diamante) que remove suavemente as camadas de células mortas
superficial da pele. Peeling químico são basicamente ácidos aplicados topicamente
para remover as camadas superficiais da pele. Os peeling químicos podem ser
classificados de acordo com a profundidade de penetração na pele desta forma
podem ser superficiais, de média profundidade e profundos, nunca podemos usar o
peeling químico e depois o peeling de diamante (MDA), pois pode agravar ainda mais
a hipercromia facial. Este estudo realizou uma revisão da literatura sobre a eficácia do
peeling de diamante (microdermoabrasão) e hipercromia facial. Foi realizada uma
busca em um banco de dados informatizado para identificar trabalhos relevantes para
o estudo. Usando o aparelho de microdermoabrasão com o peeling químico na face,
seguindo essa ordem e respeitando os intervalos de tempo, os resultados encontrados
foram bem relevante, pois deixa a pele macia, hidratada, e com manchas hipercromica
suavizada, mas lembrando que esse tratamento deverá ser realizado com profissional
capacitado.

Palavras–chave: Microdermoabrasão; hipercromia; peeling químico


ABSTRACT

Facial hyperchromia is a disorder characterized by brown spots that can be known as


melasmas, acne scars and spots that occur in areas exposed to the sun or hormonal
dysfunction. Microdermabrasion (MDA) is a mechanical exfoliation procedure that
causes a superficial skin scaling. The use of this apparatus is through a refined
abrasive element (diamond tips) that gently removes the layers of dead skin cells from
the skin. Chemical peels are basically acids applied topically to remove the superficial
layers of the skin. Chemical peels can be classified according to the depth of
penetration into the skin so they can be superficial, medium depth and deep, we can
never use chemical peeling and then diamond peeling (MDA), as it can further
aggravate hyperchromia facial. This study carried out a review of the literature on the
efficacy of diamond peeling (microdermabrasion) and facial hyperchromia. A search
was performed in a computerized database to identify papers relevant to the study.
Using the microdermabrasion apparatus with the chemical peeling on the face,
following this order and respecting the time intervals, the results found were very
relevant, as it leaves the skin soft, moisturized, and with hyperchromic stains
smoothed, but remembering that this treatment should be performed with a trained
professional.

Keywords: Microdermabrasion; hyperchromia; chemical peeling


1. INTRODUÇÃO

Diversas áreas de conhecimentos na área da saúde têm a suas informações


de beleza e estética. Ressaltando que no dicionário Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira, estetas são pessoas que coloca os valores estéticos, a beleza, acima de
tudo. (2010, p.318)
De acordo com Furlani, Bannwart e Bertoldi (2008), por conta de uma
sociedade cada vez mais exigente em relação aos padrões de beleza, para que sejam
realizados tratamentos estéticos, faz-se necessário um conhecimento aprofundado
por parte do profissional, utilizando pesquisas científicas como base. Isso se reflete
também no desenvolvimento da área, já que pesquisas mostram que um dos
segmentos que mais cresceram nos últimos anos foi o referente à beleza, desde a
indústria cosmética até os estabelecimentos relacionados à estética.
Informações sobre a história da beleza feminina indicam que desde o século
XVI ocorreram algumas descobertas, como a valorização das superfícies (rosto e
colo), a observação dos volumes corporais, para finalmente se chegar à profundidade
como a expressão dos sentimentos e o bem-estar da alma, modificando e ampliando
os parâmetros da beleza feminina (MORENO, 2008).
De acordo com a equipe Oncoguia “Cuidados com a estética são necessários
e importantes para qualquer pessoa. Olhar-se no espelho e gostar do que se vê e
perceber nos outros que nossa aparência é agradável, eleva a auto-estima e ajuda
em qualquer tratamento de saúde”.
Diante de uma cultura que o corpo se transforma em uma dimensão importante
para a felicidade das pessoas, o envelhecimento natural do corpo é vivido de forma
reprimida (PEREIRA et al, 2010).
A saúde estética é a área da saúde voltada à promoção, proteção, manutenção
e recuperação estética do indivíduo, de forma a selecionar e aplicar procedimentos e
recursos estéticos, utilizando-se para isto produtos cosméticos, técnicas de aplicação
e equipamentos específicos, de acordo com as características e necessidades do
cliente (CFF, 2018).
Os tratamentos estéticos são encarados como um momento de lazer é o tempo
que investem para se sentir bem e elevar a autoestima, vários pacientes procuram
esses profissionais para uma solução para melhorar a aparência sendo ela facial e
corporal. No Brasil a saúde estética torna-se um padrão que está presente em todas
as classes, idades e gêneros. Diante de uma cultura que o corpo se transforma em
uma dimensão importante para a felicidade das pessoas, o envelhecimento natural do
corpo é vivido de forma negativa (PEREIRA et al, 2010).
A hipercromia facial são manchas que aparecem no rosto, afeta mais mulheres
do que homens. Por acometer regiões foto expostas, causa um impacto negativo na
qualidade de vida das pessoas, tanto socialmente como emocionalmente,
comprometendo sua autoestima, por isso seu tratamento é muito importante.
(MATOS; CAVALCANTI, 2009).
Seu diagnóstico é baseado na profundidade do pigmento melânico, podendo o
exame ser realizado pela lâmpada de wood, definindo o melasma em epidérmico,
dérmico, misto ou indefinido, sendo o mais comum o epidérmico, pois a deposição de
melanina é maior nas camadas basal e suprabasal. (MATOS; CAVALCANTI, 2009.)
Ainda não temos o conhecimento total dessa patogênese, mas alguns fatores
influenciam o seu aparecimento como a radiação ultravioleta, predisposição genética,
fatores hormonais (durante a gravidez há influência dos hormônios estrógeno e
progesterona no surgimento do melasma), uso de contraceptivos orais, terapia de
reposição hormonal, cosméticos, drogas foto tóxicas e foto alérgicas, fatores
nutricionais. (CASAVECHI, 2015)
O peeling de diamante age removendo a camada superficial da pele, fazendo
uma esfoliação controlada, indolor e não invasiva, estimulando a regeneração de
novos tecidos, uniformizando a pigmentação da pele. A velocidade do deslizamento
da caneta e o número de movimentos oferecerá uma menor ou maior abrasão.
(GOBBO, 2010)
Trata-se de um tipo de esfoliação mecânica realizada por um equipamento em
formato de bastão, com ponteiras metálicas e com uma espécie de lixa mantida em
contato com a pele através de sucção (pressão negativa), promovendo assim a
esfoliação cutânea. (GOMES; DAMAZIO, 2013). Pode ser utilizadas para suavizar
danos causados pelo sol, sequelas de queimaduras, acne, clareamento das camadas
superficiais da epiderme, pré-tratamento de revitalização facial, prevenção e
tratamento de foto envelhecimento, nas discromias realizando uniformização da pele.
(GOBBO, 2010).
O peeling químico é o procedimento que resulta no estímulo da renovação
celular a partir da camada basal seguido da reação inflamatória tecidual que leva aos
mediadores inflamatórios, provocando a síntese de colágeno e finalmente a reparação
tecidual, tendo o objetivo de melhorar os aspecto cutâneo. Esse tratamento estético é
muito utilizado para melhorar a aparência da pele. Ele promove o refinamento da pele,
fazendo com que os ativos químicos entre com facilidade para eficácia do tratamento
(PIMENTEL, 2008).
Conforme (KEDE, 2008) o Peeling é indicado em alterações estéticas como:
hipercromia, acne, estrias, fotoenvelhecimento, rugas, cicatrizes, revitalização,
luminosidade e diminuição de hiperqueratinização.
Entre diversos tipos de peeling, iremos realizar um estudo particularmente dos
peeling químicos associando com o peeling de diamante para tratamento de
hipercromia facial, sendo causada por melasma, cicatrizes de acne ou exposição ao
sol.

2. OBJETIVO

Com esse trabalho de conclusão de curso queremos chegar ao resultado


positivo para solução e amenização dessas manchas fazendo com que os pacientes
acreditam que esse tratamento é importante e que pode ser realizado por profissionais
capacitados sendo eles: biomédicos estetas, farmacêuticos estetas ou enfermeiros
estetas. Confiando nesses profissionais o tratamento pode ser eficaz podendo
devolver uma aparência saudável.
Os estudos foram obtidos a partir de acessos de domínio público: portal
BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde),
que incluiu busca nas bases e portais da Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine/NLM (MEDLINE), The
Cochrane Librarye Scientific Eletronic Library Online (SciELO); National Library of
Medicine/ NLM (PubMed); e Ask Medline. Publicações citadas como referências nos
artigos selecionados foram incluídas nesta revisão
3. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO

3.1 Hipercromias faciais: fisiopatologia

Nas hipercromias quando ocorre à estimulação do melanócitos por fatores


internos ou externos, há produção excessiva de melanina, originando desta forma
manchas hipercrômicas.
A estimulação do melanócito por fatores internos ou externos leva a produção
excessiva de melanina epidérmica ou dérmica o que origina manchas hipercromicas,
que são denominadas cloasma ou melasma, efélides ou sardas, lentigos,
hipercromias pós-inflamatórias e hiperpigmentação periorbital (GONCHOROSKI et al,
2005 e BAUMANN, 2004).
Acomete geralmente mulheres em idade fértil, com fototipos intermediários
(pele castanha e parda), de origem hispânica ou oriental, habitantes de regiões
tropicais, sendo mais freqüente entre latinos, porém de rara ocorrência em homens
(COSTA et al, 2011).
Melasma é uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica, caracterizada por
maculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, mas limites
nítidos, nas áreas fotoexpostas, especialmente, face, fronte, têmporas e mais
raramente no nariz, pálpebras, mento, membros superiores e colo (MIOT et al, 2009;
MONTEIRO, 2012). A causa do melasma ainda é largamente debatida, e os fatores
patogênicos potenciais incluem a influência dos UVs (Ultravioletas), o efeito
hiperpigmentador de alguns cosméticos, predisposição genética, hormonioterapia e
gravidez. Estrógenos e possivelmente progéstogenos podem desencadear melasma
(DEPREZ, 2009).
Efélides são um tipo de hipercromias manchas de cor marrom – ocre que
aumentam quando há exposição aos raios ultravioletas
Hiperpigmentação pós-inflamatória ocorre principalmente em pessoas de pele
escura na seqüência do restabelecimento de uma inflamação como a acne, a
dermatite atópica ou outros traumas, e podem persistir por meses. A causa deste tipo
de pigmentação são as citoquinas liberadas no processo inflamatório que estimulam
a melanogênese (RIBEIRO, 2010).
Hiperpigmentação periorbital é uma melanose localizada na região periocular
devido ao aumento da melanina na epiderme (RIBEIRO, 2010). Sua etiologia é ainda
é desconhecida. Há evidencias de tendência hereditária, com dominância
autossômica de variável expressão, apesar de não existirem estudos epidemiológicos
(HUNZINKER,1962 apud TEIXEIRA et al, 2007).
Melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela
pigmentação da pele e dos pêlos, contribuindo para a tonalidade cutânea, sendo ela
castanho, ruivo, loiro conferindo proteção direta aos danos causados pela RUV (Raios
ultra violeta). (MIOT, 2009)
São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os
quais se originam da crista neural, migrando para a pele logo, após fechamento do
tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os
sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhor
caracterizados. Na pele, estão localizados, na camada basal da epiderme e,
ocasionalmente, na derme. Projetam seus dendritos, através da camada malpighiana,
onde transferem seus melanossomas aos ceratinócitos. Essa associação melanócito-
ceratinócito é denominada: unidade epidérmico-melânica, e é constituída, nos
humanos, por um melanócito e cerca de trinta e seis ceratinócito. (MIOT,2009).

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008

As células basais epidérmicas estão unidas às células vizinhas, por estruturas


específicas, denominadas desmossomas, e à membrana basal, por
hemidesmossomas. Os melanócitos não estão fixos na epiderme, identificando-se
apenas, pequeno desnível na posição dos melanócitos, em relação ao alinhamento
da camada basal, projetando-se, ligeiramente, em direção à derme. (MIOT,2009)
O tratamento das desordens hiperpigmentares é realizado à base de
substâncias despigmentantes ou clareadoras da pele podendo citar os peeling
químicos. Sabe-se que o tratamento da pele discrômica é de certa forma, difícil, pois
muitos compostos efetivos no tratamento apresentam propriedades irritantes e
podem, em certo caso, promover descamação (peeling). O resultado satisfatório não
é conseguido imediatamente, pois a despigmentação é gradual e pode demorar entre
3 a 5 meses dependendo da avaliação de cada pessoa (ICOLETTI, 2002; RIBEIRO,
2002 apud GONCHOROSKI et al, 2005).

3.2 Peeling de diamante (microdermoabrasão) aplicado à


Hipercromias faciais

O peeling de diamente é composto por uma manopla com diferentes ponteiras


diamantadas de granulometrias diferentes. Portanto, o peeling é um equipamento
próprio para promover uma microesfoliação da camada mais superficial da pele, a
epiderme, no intuito de remover as células mortas que permanece na epiderme e
estimular a produção de colágeno (BORGES, 2010).

Modelo do aparelho de microdermoabrasão que realiza o peeling de diamantes:

www.casadaestetica.com.br/estetica/equipamentos-estetica/libera
De acordo com Borges (2010), o peeling de diamante é uma técnica de
esfoliação não cirúrgica, e sua ação é promover o desenvolvimento da mitose celular
fisiológica, que proporcionará uma renovação epitelial mais rápida, provocado pela
microdermoabrasão. Isto possibilita efeitos como o clareamento das camadas mais
superficiais da epiderme. O equipamento exercido na prática do peeling de diamante
é composto por um cabo curto ou manopla com diferentes ponteiras diamantadas de
granulometrias distintas, que proporciona uma pressão negativa (ajustável) e
possibilita que a pele seja suavemente sugada pela manopla.
Com isto a esfoliação irá acontecer por meio dos movimentos efetuados pelo
profissional, que continuará o contato direto da manopla com a pele (BORGES, 2010).
O equipamento que é utilizado oferece ao profissional a possibilidade de regular
os níveis de esfoliação. A abrasão produzida nos tecidos é condicionada pela pressão
utilizada, para a projeção, aspiração e também pelo número de passadas pela área a
ser tratadas. (SABATOVICH; KEDE; 2004)
Os primeiros relatos de abrasão da pele datam de 1500 a.C. quando os
egípcios usavam lixas para suavizar cicatrizes (YADOLLAHIE, 2012). No início do
século XIX a técnica foi modificada para remover as camadas profundas da derme, e
recebeu o nome de dermoabrasão (LAWRENCE, 2000). O aprimoramento da
dermoabrasão ocorreu em 1950 e se tornou popular na Itália no ano de 1980
difundindo-se pela Europa (ZHOU, 2011). A MDA (microdermoabrasão) é uma
variação mais superficial da dermoabrasão onde remove-se somente as camadas
mais externas da epiderme acelerando o processo natural de esfoliação (LEE, 2006).
O tempo necessário para aplicação completa de ambas as técnicas na face e
no pescoço é profissional-dependente. O número de passadas varia de acordo com a
tolerância do cliente e do efeito desejado pelo profissional, mas usualmente são no
mínimo duas passadas. Passadas rápidas aumentam o risco de petéquias, púrpura e
injúrias cutâneas. Não só a velocidade e a quantidade das passadas afetam os
resultados, mas também a pressão do vácuo determina a eficácia da técnica de MDA
(SHIM, 2001).
O controle da abrasão é uma maneira que permite desgastar vagarosamente a
superfície cutânea no nível do estrato córneo de forma não-traumática (FUJIMOTO,
2005). Apesar da abrasão, não há danos nas células vivas permitindo a viabilidade
das demais camadas da epiderme que se encontram abaixo do EC (Estrato Córneo)
e facilitando a recuperação cutânea de maneira rápida (GILL, 2009).
As técnicas de MDA são indicadas para casos de acne, cicatrizes de acne,
uniformização de pele (textura), hiperpigmentação, rugas finas, estrias,
fotoenvelhecimento e óstios dilatados (ZHOU, 2011; KARIMIPOUR, 2010; GRIMES,
2005; BERNARD, 2000).
As contraindicações são para casos de infecções ativas (impetigo, herpes
simples e verrugas planas), rosácea e telangiectasias (contraindicações relativas),
podendo haver complicações nos casos de hiperpigmentação pós-inflamatória,
petéquia e púrpura (GRIMES, 2005). As vantagens apresentadas pela técnica são que
a mesma provoca desconforto mínimo, não requer preparação, é um procedimento
simples e rápido, o eritema desaparece rapidamente, não é necessário interromper a
rotina de atividades do cliente e o mesmo percebe imediatamente a diferença no
toque, textura e coloração da pele, não há descamação posterior e é seguro em todos
os fototipos (GRIMES, 2005; KARIMIPOUR, 2009; HERNANDEZ-PEREZ, 2001).
Alguns cuidados devem ser tomados pelo profissional como esterilizar as
ponteiras ou canetas e conduzir uma investigação completa da história farmacológica
do paciente (ficha de amnese) para assegurar que o mesmo não tenha usado
isotretinoína nos últimos 6-12 meses (GRIMES, 2005; FABBROCINI, 2010).

3.3 Peeling químico aplicado à Hipercromias faciais

O peeling químico é definido como a aplicação tópica de um agente na pele


que resulta em variáveis graus de lesão epidérmica e dérmica, dependendo do tipo e
da intensidade do agente químico. Pode ou não ocorrer a descamação produz uma
esfoliação parcial da espessura cutânea, controlada, seguida pela cicatrização por
segunda intenção. A epiderme e a derme danificadas são regeneradas pela migração
do epitélio e estruturas acessórias adjacentes (ALAM et al, 2010).
Os peeling induzem a descamação superficial, com uma aceleração
conseqüente do ciclo celular. Essas soluções removem a camada superficial do
estrato córneo, gerando uma pele de textura mais suave e pigmentada de modo mais
homogêneo (BAUMANN, 2004). Os alfa-hidroxiácidos (AHAs) fazem parte de um
grupo de substâncias utilizadas nessas categorias de peeling químicos. São
compostos por derivados do leite (ácido lático), frutas cítricas (ácido maléico e cítrico),
uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar (ácido glicólico). Mas também podem ser de
origem sintética. O que diferencia é o tamanho da molécula, sendo o ácido glicólico
menor e, portanto, com maior poder de penetração na pele. São eficientes no
tratamento de rugas, desidratação, espessamento e pigmentação irregular da pele
(FITZPATRICK, 1999; ARAUJO, 1995 et al, apud VELASCO, 2004).
Essas técnicas de aplicação produzem uma lesão programada e controlada
com coagulação vascular instantânea, resultando no rejuvenescimento da pele com
redução ou desaparecimento das ceratoses e alterações actínicas, discromias
pigmentares, rugas e algumas cicatrizes superficiais (BORGES, 2010).
Pode ser classificado em três tipos: superficial tem ação na epiderme, médio
tem ação na derme papilar e profundo tem ação na derme reticular (VALESCO et al,
2004). A escolha do agente ou protocolo técnico específico a ser usados depende do
conhecimento da profundidade da lesão para que se possa escolher um agente que
não produza esfoliação desnecessariamente mais profunda, pode ser realizado com
várias substâncias mas depende de dois fatores importantes: quadro clínico
apresentado e fototipo cutâneo de classificação de Fitzpatrick (tabela de fototipos)
(BORGES, 2010).

Ácido glicólico é um alfa-hidroxácido encontrado em alimentos naturais, como


a cana-deaçúcar e possui propriedades ideais para ser usado na dermocosmética.
Absorve melhor em diferentes camadas da pele e age como um solvente para a matriz
intercorneócita reduzindo à excessiva queratinização (COTELLESA, 1995;
KRAELING, 1997; CAMPOS et al, 1999 apud HENRIQUES et al, 2007). É usado com
porcentagem de 5% a 10% nos cosméticos, combina -se com outros agentes. A
função é diminuir o pigmento por vários mecanismos, incluindo a esfoliação do estrato
córneo, aumentando a epidermólise, dispensando a melanina na camada basal da
epiderme. Ocorre uma leve irritação que pode ocorrer dependendo da sensibilidade
do paciente (MONTEIRO, 2012). Importante antes de qualquer tratamento realizar a
ficha amnese do paciente.
Ácido mandélico é um derivado da hidrólise de um estrato de amêndoas
amargas. Considerado um dos AHA’ S de maior peso molecular, favorecendo um
efeito uniforme. Na hipercromia, o produto atua na inibição da síntese da melanina e
essa hipergmentação já depositada na superfície da epiderme, ajudando a promover
uma eficaz remoção dos pigmentos hipercrômicos (BORGES, 2010). Na concentração
de 20% em pH 2 a 3, conseguimos um peeling de ação superficial a mediana, podendo
ser aplicado nas peles de tipo I a IV é o único que pode ser usado em todos os
fototipos, o que torna mais seguro no tratamento, com intervalos de 10 a 20 dias, com,
no mínimo quatro aplicações (BORGES, 2010).
Ácido retinóico, vitamina A ácida ou ainda conhecido como tretinoína, é uma
substância lipossolúvel que necessita da presença de uma proteína específica
(CRABP) para ser transportado, cujos níveis são maiores na epiderme do que na
derme (IRIBARREN et al, 1997; SCHNEIDER, 2000 apud GONCHOROSKI et al,
2005). O modo de ação da tretinoína está essencialmente ligado ao aumento no
turnover epidérmico e à esfoliação aumentada do estrato córneo, o que torna mais
fácil a drenagem das unidades pilossebáceas. Redução na produção de melanina
também é observada (DREPREZ, 2009). Tem sido usado com sucesso por muitos
anos no tratamento da acne, melasma e hiperpigmentação pós-inflamatória. A
melhora do melasma, acne e da pele fotodanificada após uma série de peeling de 1%
a 5% foi relatada em um estudo (ALAM et al, 2010).
A solução de Jessner, outro tipo de peeling superficial, tem sido usada para o
tratamento da acne inflamatória e comedogenica, como também de desordens
cutâneas hiperceratóticas desde 1940. O Dr. Max Jessner desenvolveu o peeling para
reduzir a concentração e a toxidade de cada um dos ingredientes individuais e
aumentar sua eficácia. A força do peeling é determinada pelo número de camadas
aplicadas e se ele é utilizado em combinação com outras formas de peeling
(BAUMANN, 2004)
Ácido kójico, obtido por fermentação de carboidratos como a glicose por cepas
da família Aspergillus SSP, não causa irritação nem fotossensibilização. Este ativo
pode ser associado a 7 ácidos, mas não a despigmentantes, como o fosfato de
ascorbil magnésio (RIBEIRO, 2010). Provoca a inibição da tirosinase, enzima
fundamental para a formação da melanina. Além disso, é capaz de introduzir a
redução da melanina e de seu monômero precursor chave (BORGES, 2010). É
possível observar o efeito do ácido kójico, após duas a quatro semanas de uso
contínuo, mas pode demorar mais em indivíduos com pele oleosa ou muito espessa.
Os resultados vão melhorando à medida que se continuam a aplicação por ate seis
meses. Sua concentração usual é de 1 a 3% em cremes e emulsões fluidas não
iônicas, géis, géis- creme e loções aquosas (SU, 1999 apud GONCHOROSKI et al,
2005). Os agentes de peelings de média profundidade causam uma injúria controlada
à epiderme papilar e, ocasionalmente, à camada mais profunda da derme reticular
superior. Esta lesão lava a necrose epidérmica, edema da derme papilar e inflamação,
resultando em uma melhoria do fotodano e das rugas superficiais. As indicações
incluem danos actínicos, proliferações epidérmicas (ceratoses seborréicas, lentigos
solares) e cicatrizes (ALAM et al, 2010).
A hidroquinona é um agente despigmentanta tópico, empregado para clarear
áreas hiperpigmentadas da pele, em manifestações como cloasma, melasma, etc
(BORGES, 2010). É derivado fenólico que, na presença de dopa, compete com a
tirosina, substrato natural da tirosinase, inibindo suas atividades e, portanto, a síntese
da melanina. As reações adversas observadas são moderadas e transitórias,
caracterizando-se por irritação, causando eritema, prurido ou queimação e
descamação. Tais reações ocorrem comumente com o uso de concentrações
elevadas (MONTEIRO, 2012). Devido os efeitos colaterais, a hidroquinona é proibida
em vários países. No Brasil, ainda é utilizada para o tratamento agudo de hipercromias
decorrentes do deposito de melanina. O uso de hidroquinona na concentração de 2-
4% por um período não excedente há seis meses é menos tóxico (VANZIN et al, 2011).

3.4 Como associar peeling diamante e de químico aplicado à


Hipercromias faciais

Existem vários protocolos de tratamentos para clarear manchas hipercromica,


foi realizado um estudo associando peeling de diamanete com peeling químico e os
resultados foram bem positivos.

Protocolo de associação do peeling de diamante e químico.

Peeling de diamante

1. Higienizar as mãos do cliente com lenço umedecido.


2. Aplicar higienizante em toda a face, pescoço e colo.
3. Remover bem todo o excesso de higienizante com algodão embebido em água.
4. Aplicar tônico especifico para o tipo de pele do cliente. Se necessário secar a
pele.
5. Faça o tratamento com o peeling de diamante (conforme as orientações do
fabricante) dividindo o rosto do cliente por quadrantes. Iniciar pela testa,
sempre sustentando a pele do cliente com a mão que não está segurando o
aparelho (esticar levemente a pele com dois dedos).
Peeling químico

1. O peeling deve ser realizado após 2 dias do peeling de diamante, nunca realizar
o peeling químico e depois o peeling de diamante.
2. O primeiro passo para iniciar o tratamento com peeling químico é a limpeza
cuidadosa da pele com um agente que remove o excesso de oleosidade.
3. Antes da aplicação da solução química, os olhos e os cabelos deverão estar
protegidos.
4. Inicia-se então a aplicação da solução química (testa, bochechas, nariz e
queixo). A aplicação pode ser feita em uma só sessão ou em uma série delas,
o que traz melhores resultados. Durante o procedimento, o paciente sente uma
sensação de ardor, o que é normal, mas se ficar intensa neutralizar com água
bicarbonatada.
5. Depois da aplicação usar um pós peeling.
Todo procedimento deverá ser realizado com segurança, por isso é tão importante a
ficha de amnese do paciente e também as orientações antes e depois do tratamento.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diferentes tratamentos têm sido propostos para os vários tipos de hipercromias,


ainda que poucos tenham promovido melhora satisfatória e duradoura. Entre as
opções para o manejo estético estão os Peelings químicos, a microdermoabrasão, o
laser e a luz intensa pulsada. A resposta do tratamento depende de várias sessões de
qualquer procedimento escolhido, por isso o paciente deve está ciente de que a
melhora é lenta, mantendo, assim, a continuidade do tratamento o “home care”.
Lembrando que a fotoproteção é essencial para o resultado do tratamento, o protetor
solar deve ser aplicado de duas em duas horas mesmo em ambientes fechados. O
método de tratamento das hipercromias envolve uma boa avaliação da profundidade
da lesão a ser tratado, o fototipo cutâneo de classificação de Fitzpatrik e a origem da
discromia a ser tratada, para a melhor chance de se atingir um resultado positivo com
a terapia. Em meio de novos protocolos, o peeling químico é considerado
procedimento simples, que não requer instrumentos complexos e cuja realização não
implica ônus exagerados. A ação se faz pela destruição de parte ou de toda a
epiderme, incluindo ou não a derme promovendo esfoliação e renovação das lesões
superficiais ao que se segue regeneração da epiderme e do tecido dérmico (COSTA
et al, 2010). Devemos notar a importância de se valorizar a qualidade de vida dos
pacientes e seus hábitos de vida, observando a boa alimentação, a ingestão de água
diária, evitar o tabagismo, a pratica de atividades físicas, os cuidados com a pele e se
descansa o suficiente, esses cuidados ainda tem o seu papel nas orientações no
momento da proposição de qualquer plano de tratamento. Verificamos que esse
estudo é para amenizar as manchas facial e controlar o que causa dessa hipercromia
facial, mas todo tratamento estético é realizado com eficiência junto ao paciente, pois
o pós- tratamento é tão importante quando ao tratamento profissional.
O tratamento não é rápido tem que ter disciplina e seguir à risca os intervalos
necessários das sessões para a eficiência dos resultados.
REFERÊNCIAS

ALMA, JANETE MOUSSA. Estética: Um compromisso das carreiras da área da


saúde, 2015. Disponível em: www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/a-atuacao-
do-farmaceutico-e-a-legalizacao-na-saude-estetica. Acesso em: 17 jul. 2018

ANDRADE, Laís F.; SILVA, Talita O. Ação do ácido mandélico sobre o melanócito.
VI Congresso multiproficional em saúde. Londrina, jun. 2012.

BAUMANN, Leslie M. D. Dermatologia Cosmética Princípios e Praticas. Rio de


Janeiro: Revinter, 2004

BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São


Paulo: Phorte, 2010.

BORGES, Fábio S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. Ed.,São


Paulo: Phorte, 2010.

CARTILHA DE FARMÁCIA ESTÉTICA. Disponível em:


<file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Cartilha_de_Famacia_Estetica
Versao_internet.pdf> Acesso em: 16 jul. 2018

CASAVECHI, Amanda Marconini. A Utilização da Vitamina C e do Peeling de


Diamante no Tratamento do Melasma Facial: um estudo comparativo. 2015.
Disponível em: www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0240.pdf.
Acesso em: 19 jul. 2018.

COSTA A, Moisés TA, CORDERO T, Alves CRT, MARMIRORI J. Associação de


emblica, licorice e belides como alternativa à hidroquinona no tratamento clínico do
melasma. An Bras Dermatol. v. 85, n (5): p 613-20 2010.

DEPREZ, Philippe M. D. Peeling químico superficial, médio e profundo. Rio de


Janeiro: Revinter LTda, 2009.

EQUIPE DE ONCOGUIA. Disponível em:


<www.oncoguia.org.br/conteudo/estetica/35/5/>. Acesso em: 15 jul. 2018

Fabbrocini G, Annunziata MC, D’Arco V, Vita V, Lodi G, Mauriello MC et al. Acne


Scars: pathogenesis, classification and treatment. Dermatol Res Prat. 2010.

FERREIRA, Bruno Rogério. A atuação do farmacêutico e a legalização na saúde


estética. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 1. Vol.
8. Pp. 93-98. Setembro de 2016. Disponível em:
www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/a-atuacao-do-farmaceutico-e-a-
legalizacao-na-saude-estetica. Acesso em: 10 jul. 2018

Gill HS, Andrews SN, Sakthivel SK, Fedanov A, Williams IR, Garber DA et al. Selective
removal of stratum corneum by microdermabrasion to increase skin permeability. Eur
J Pharm Sci. 38: 95-103 2009.

GOBBO, P. D. Estética facial essencial: Orientações para o profissional de


estética. São Paulo: Atheneu, 2010.

GONCHOROSKI, Danieli D.; CORREA, Giane M. Tratamento de hipercromia pós-


inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Rev. Inframa, v.17, n. 3/4. 2005.

Hernandez-Perez E, Ibiett EV. Gross and microscopic findings in patients undergoing


microdermabrasion for facial rejuvenation. Dermatol Surg. 2001.

Karimipour DJ, Rittié L, Hammerberg C, Min VK, Voorhees JJ, Orringer JS et al.
Molecular analysis of aggressive microdermabrasion in photodamage skin. Rev. Bras
Dermatol, v12, n 3, p: 123-126, 2000.

LEE WR, Tsai RY, Fang CL, Liu CJ, Hu CH, Fang JY. Microdermabrasion as a novel
tool to enhance drug delivery via the skin: An Animal Study. Dermatol Surg. 32:
1013– 1022: 2006.

Protocolo de peeling Diamante. Disponível em: www.mundoestetica.com.br. Acesso


em: 17 jul. 2018.

Protocolo de peeling químico. Disponível em:


www.infoescola.com/dermatologia/peeling. Acesso em: 17 jul. 2018.

MACHADO, ÉRICA SIMONETO et al. A influência da estética na melhora de


qualidade de vida, 2008.

MATOS, M. G. C.; CAVALCANTI, I. C. Melasma. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O.


Melasma. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

MIOT, L. D. B.; MIOT, H. A.; SILVA, M. G.; MARQUES, M. E. A. Estudo comparativo


morfofuncional de melanócitos em lesões de melasma. An. Bras. Dermatol. 82 (6);
529-34. 2007;

MIOT, Luciane D. B.; MIOT, Hélio A.; SILVA, Márcia G.; MARQUES, Marilângela E.
A. Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol. V. 84, n. 6 Rio de Janeiro, Nov./
dez. 2009.

O ESTUDO CIENTÍFICO COMO BASE NA ÁREA DA ESTÉTICA: UMA


CONTRAPARTIDA AO SENSO COMUM. Disponível em:
<www.uniararas.br/revistacientifica/_documentos/art.008-2016.pdf>. Acesso em: 15
jul. 2018.
PAULO, E. P. A.; SANTOS, S. R. F. A ação da microdermoabrasão no tratamento
de hipercromias faciais em pessoas com fototipo cutâneo entre IV e V. 2009.
Monografia (Graduação tecnológica em Estética e Cosmética) – Universidade
Anhembi Morumbi, São Paulo. Disponível em: www.euroamerica.net/blog/utilizacao-
do-acido-mandelico-na-estetica. Acesso em: 10 jul. 2018.

PIMENTEL, Arthur dos Santos. Peeling, máscara e acne. São Paulo: Livraria Médica
Editora, 2008

SEBRAE, Tendência para o mercado da beleza. Brasília: SEBRAE, 2015. Disponível


em: <www.sebrae.com.br>. Acesso em: 16 jun. 2018.

Shim EK, Barnette D, Hughes K, Greenway HT. Microdermabrasion: a clinical and


histopathologic study. Dermatol Surg. 2001

Das könnte Ihnen auch gefallen