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Tributário no
Comércio Exterior
João Thiago Fillus
Advogado formado pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI-SC) e
Administrador de Empresas formado pela Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (PUC-PR), Mestre em Gestão de Políticas Públicas pela
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI-SC), Especialista em Direito
Tributário e Processo Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos
Tributários (IBET), em Curitiba, PR. Especialista (MBA) em Gestão
Empresarial pelo Instituto Nacional de Pós-Graduação (INPG). Professor
Titular da Disciplina de Direito Tributário dos Cursos de Direito, Ciências
Contábeis e Comércio Exterior da Univali (SC). Professor Convidado de
diversas Pós Graduações da Univali (SC). Sócio do Escritório Braga,
Ronconi & Fillus Advogados Associados, em Itajaí (SC). Atuante na área
tributária, aduaneira e penal tributária.
Contato
Objetivos
Expor as principais características do Direito Tributário
Brasileiro
Verificar a legislação aplicável ao Direito Tributário
Identificar a tipologia tributária
Compreender os fenômenos principiológicos tributários
decorrentes das regras de estrutura definidas na Magna
Carta de 1988
Verificar as competências tributárias, e demais características
Conhecer o Planejamento Tributário e suas ferramentas no
Comércio Exterior
Conhecer os Regimes Aduaneiros Especiais (Decreto
6.759/2009 - Portaria SECEX n 23/2011), e seus
fundamentos juridicos-praticos
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Atos praticados pelo Contribuinte
Planejamento Tributário
Conceito:
Denomina-se planejamento fiscal ou tributário lato sensu a
análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos
de atividades econômico-financeiras do contribuinte
(pessoa física ou jurídica), em relação ao seu conjunto de
obrigações fiscais com o escopo de organizar suas
finanças, seus bens, negócios, rendas e demais
atividades com repercussões tributárias, de modo que
venha a sofrer o menor ônus fiscal possível. (MARINS,
James).
Planejamento Tributário
Necessário ao pleno desenvolvimento das atividades
econômico-financeiras do contribuinte, seja no Comércio
Internacional ou Interno.
Possível redução da carga tributária direta e imediata.
Planejar é lícito, exceto sua aplicação à margem da
legislação aduaneira e tributária.
Necessário pleno conhecimento legal para fins de
aplicação correta e segura de qualquer
planejamento tributário, em qualquer área de
atuação.
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Planejamento Tributário
Poderá ser administrativo ou judicial
Ferramentas legais para o “planejar tributário”:
Imunidade
Isenção
Alíquota Zero
Não Incidência
Redução de base de cálculo
Alíquotas diferenciadas (TTD´s)
Suspensão do crédito tributário
Planejamento Tributário
E como cotejar o Planejamento
Tributário ao Comércio Exterior no
Brasil?
Aduana
Receita Federal do Brasil
Alfândega
ADUANA
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Aduana
Norma constitucional balizadora:
Aduana
Caráter universal – “Desconhece-se nação
politicamente organizada que não disponha de
uma instituição aduaneira”.
Função: Administrativa e Fiscal.
Base legal: Decreto 6.759/2009 – Regulamento
Aduaneiro. Artigos 2º ao 25.
Aduana x Alfândega.
Atualmente atua como “Regulatória” e não mais
“Arrecadadora” (1992).
Aduana
Estudo inédito realizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) traça um retrato dramático da
burocracia que recai sobre o comércio exterior
brasileiro. As exportações brasileiras, apesar da
informatização de parte dos processos, ainda são
sujeitas a 46 procedimentos diferentes,
administrados por 12 órgãos, que afetaram 23% das
vendas ao exterior realizadas no ano passado. Nas
importações, são 72 obrigações controladas por 16
órgãos do governo, com impacto sobre 59% das
compras. (Estadão, 22.05.2018)
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Aduana
Princípio da
Hierarquia das
Normas
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Hierarquia das Normas
Pirâmide de Kelsen: idealizador da criação
de um sistema ordenado para facilmente
identificar qual o grau de “importância” da
norma.
LEI COMPLEMENTAR
LEI ORDINÁRIA
LEI DELEGADA
2º nível hierárquico MEDIDA PROVISÓRIA
TRATADOS INTERNACIONAIS
DECRETO LEGISLATIVO
RESOLUÇÕES
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Código Tributário Nacional
Art. 96. A expressão "legislação
tributária" compreende as leis, os tratados
e as convenções internacionais, os
decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou em parte, sobre
tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.
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Código Tributário Nacional
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e
das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo
exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
Sistema Tributário
Nacional
Tipologia Tributária
Sistema Tributário Nacional
Constituição Federal de 1988 – Título VI,
Capítulo I, artigos 145 a 167.
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Conceito
Conjunto de tributos e regras jurídicas
tributárias vigentes em um país em
determinada época
Trata-se de um sistema, portanto tem
caráter lógico e é organizado de acordo
com a hierarquia das normas federais
Imperioso
Características
Tipos:
racional (planejado racionalmente)
histórico (resulta de evolução histórica)
Requisitos:
corresponder às necessidades sociais, econômicas e
jurídicas do país.
justiça, certeza, economia.
Base legal:
Constituição Federal de 1988 – Título VI, Capítulo I,
artigos 145 a 167.
Características
Eminentemente constitucional, sendo
considerado assim um sistema legal sui generis;
É fundamental para a regulamentação e
controle das incidências tributárias, vez que
dispõe sobre todos os assuntos relevantes à
tributação (espécies de tributos, incidência, fatos
geradores, etc.).
Rígido vez que a Constituição Federal de 1988
é de difícil modificação legislativa.
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Pessoas Jurídicas Tributantes
União Federal
Poderáinstituir somente os tributos de sua
competência (art. 153 e 154 da CF/88)
Estados da Federação
Poderãoinstituir somente os tributos de sua
competência (art. 155 da CF/88)
Municípios
Poderãoinstituir somente os tributos de sua
competência (art. 156 da CF/88)
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Correntes teóricas
Existem diversas correntes teóricas
objetivando determinar o número de
espécies tributárias, contudo, segundo o
disposto na Constituição Federal de 1988,
existem claramente 05 (cinco) identidades
específicas, com naturezas jurídicas bem
definidas = CORRENTE
QUINQUINPARTIDA.
Conceito de Tributo
Toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente
vinculada (CTN, art. 3º)
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Conceito de Tributo
Prestação pecuniária Em moeda ou cujo
compulsória: valor nela se possa
pagamento em valor exprimir: o quantum a
monetário obrigatório ser pago pelo
(ex lege) ao contribuinte deverá ser
contribuinte, em moeda, em
independente da sua espécie.
vontade.
Conceito de Tributo
Que não constitua sanção Instituída em lei:
de ato ilícito: não pode obrigatoriamente deverá o
decorrer de uma ação ilegal tributo estar contido em uma
do contribuinte. “lei”, esta de caráter formal e
material (ordinária,
cobrada mediante atividade complementar).
administrativa plenamente
vinculada: o Ente tributante
não pode, por oportunidade
ou conveniência, agir da
forma que lhe convier =
vinculado ao comando da lei.
Tipologia Tributária
Conceito: a tipologia tributária é a forma de
identificação da natureza jurídica dos tributos, sendo
definida no art. 4° do Código Tributário Nacional
Base legal:
Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
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Nomen iuris
O nome indicado ao tributo é irrelevante
para a sua classificação;
Art. 4º, inciso I do Código Tributário
Nacional.
Binômio identificador
Hipótese de Incidência x Base de Cálculo
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Espécies tributárias
Imposto
Taxa
Contribuição de melhoria
Contribuições
Empréstimo compulsório
Imposto
IMPOSTO é o tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade
específica, relativa ao contribuinte (CTN,
art. 16).
Art. 145, inciso I, da CF/88.
Imposto
Imposto de Importação (art. 153, I da
CF/88)
Imposto de Exportação (art. 153, II da
CF/88)
Imposto de Circulação de Mercadorias
(art. 155, II, da CF/88)
Imposto Predial e Territorial Urbana (art.
156, II da CF/88)
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Imposto
Podem ser reais (quando recaem sobre a coisa,
como os impostos sobre a propriedade) ou
pessoais (quando recaem sobre as pessoas,
como os impostos sobre a renda).
Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte (art. 145,
§1° da CRFB/88).
Princípio da Capacidade Contributiva.
É vedada a vinculação da receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa (art. 167, inciso IV, da
CF/88).
Imposto
Podem ser classificados quanto à natureza econômica
do fato gerador: a) sobre comércio exterior (II, IE); b)
patrimônio (IPTU, IPVA); c) renda (IRPJ, IRPF) ; d)
circulação (ICMS, ISS) e; e) impostos especiais.
Representa uma prestação não vinculada ao
contribuinte, sendo sua arrecadação independente de
uma contraprestação da Administração Pública.
O imposto é indivisível.
Tem como objetivo atender aos interesses da
coletividade.
Taxa
TAXA é o tributo cobrado em razão do
poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou posto a sua disposição.
Art. 145, inciso II, da CF/88.
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Taxa
Características:
1. É um tributo vinculado, pois está ligado a
atividade estatal específica em relação ao
contribuinte.
2. Compulsória (ex lege).
3. Exemplos: taxa de vistoria, taxa de licença e
funcionamento de estabelecimentos, taxa de
anúncio público, etc.
4. Não pode ter base de cálculo de impostos (art.
145, §2°, da CF/88).
Tarifa
TARIFA (PREÇO PÚBLICO) é aquela onde o
contribuinte de forma facultativa mas firmada em
contrato, paga ao Estado ou a um ente não estatal
pelo uso de bem ou pela prestação de serviço.
Características:
1. Não é Tributo!
2. Eminentemente prestado por Concessionária, Empresa
Pública ou de Economia Mista.
3. Facultativa. Não é obrigatória ao contribuinte (ex voluntate).
4. Exemplos: Água, Luz.
5. Terá base de cálculo proporcional e relacionada ao serviço
prestado.
Contribuição de Melhoria
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA é o tributo
instituído para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa
e como limite individual o acréscimo de valor
que a obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
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Contribuição de Melhoria
Base legal: art. 145, III, da CF/88 c/c art. 81 do
CTN;
Valorização imobiliária como obrigação para a
atuação estatal da tributação;
Somente obra pública pronta permite a
aplicação do tributo;
O quantum da valorização é utilizada para a
percepção do tributo, e não o valor do imóvel;
Limite individual = base de cálculo.
Empréstimo Compulsório
Tributo instituído pela União Federal para
atender a despesa extraordinária
decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência e nos
casos de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional.
Empréstimo Compulsório
Base legal: Art. 148, incisos I e II, e Parágrafo
único da Magna Carta de 1988;
Privativo da União;
Somente mediante Lei Complementar;
Deverá a Lei trazer a forma e o quando da
devolução do montante pago pelo contribuinte,
sob pena de inconstitucionalidade;
Necessariamente vinculado: arrecadação =
despesa.
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Contribuição Social
Base legal: Art. 149 da Constituição
Federal de 1988;
Exclusivas da União Federal;
Dividem-se em quatro formas:
Sociais gerais
De intervenção no domínio econômico
De interesse de categorias profissionais ou
econômicas
De seguridade social
De intervenção no domínio
econômico
Denominado comumente pela sigla CIDE, as
contribuições desta espécie somente atingem
setores determinados da atividade econômica;
Somente quem explora sob o regime de direito
privado a atividade econômica de regulação
estatal está obrigado a pagar a contribuição
específica (CIDE);
Súmula 553 do STF - AFRMM
Ex: CIDE-combustível.
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De interesse de categorias
profissionais ou econômicas
Voltada a subsidiar a organização de classes
profissionais ou econômicas, fornecendo, assim,
recursos à manutenção da entidade associativa;
Somente a sujeito passivo diretamente
relacionado com a atividade profissional ou
econômica é que pode figurar no pólo
obrigacional do pagamento da exação;
Ex: OAB, CRA, CRM.
De seguridade social
É o tributo instituído e cobrado das empresas e/ou dos
trabalhadores, para manter o custeio, em benefício
deste, de sistema de previdência e assistência social;
Tripé da seguridade social: saúde, previdência e
assistência social (art. 194 da CF);
Base legal: Art. 195, I, II, III e seu §6º, bem como o art.
194, inciso VII, todos da CF/88;
Exceção ao princípio da anterioridade genérica (art. 195,
§6º da CF/88).
Ex: PIS - Importação, COFINS – Importação.
Limitações ao Poder
de Tributar
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Normas Jurídicas
Regras de estrutura = princípios = regras
para a elaboração de regras.
Características
Os princípios (regras de estrutura) se irradiam
por todo o sistema constitucional, conferindo-lhe
racionalidade e norteando o processo de
interpretação da Constituição Federal.
Para serem válidas, as regras de
comportamento devem ser editadas em
conformidade com os princípios, sob pena de
serem consideradas inconstitucionais.
Para o Direito Tributário, as normas tributárias
(legislação) somente serão válidas se forem
editadas de acordo com os princípios (ou
limitações) constitucionais tributários.
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Princípios Constitucionais
Tributários
Conceito: são os princípios presentes na
Constituição Federal de 1988 que
disciplinam sobre questões tributárias.
Base Legal: Art. 150, incisos, parágrafos
e alíneas, da Magna Carta de 1988.
Princípios Tributários
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Princípios Tributários - Temporais
Exercício Financeiro = de 01 de janeiro a
31 de dezembro;
Determinados tributos não obedecem as
regras definidas nos princípios tributários
= anterioridade e nonagesimal, mas a
irretroatividade é imperiosa;
Exceções: Impostos Extrafiscais (ex. = II,
IE, IOF)
II Excepcionado Excepcionado
IE Excepcionado Excepcionado
Princípios Tributários
Princípio do não confisco (art. 150, inciso IV): consiste
na incapacidade do Poder Público decretar a perda da
propriedade (lato sensu) em caráter impessoal pela via
do tributo.
Princípio da não limitação ao tráfego (art. 150, inciso
V): impede que os Entes Tributantes criem limitações
para os contribuintes quanto ao aspecto de tráfego (ir e
vir) de pessoas ou bens.
Princípio da uniformidade geográfica (art. 151, inciso
I): significa que os tributos criados pela União deverão
ser uniformes, não podendo beneficiar
especificadamente determinados Estados da
Federação.
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Imunidade x Isenção
x Alíquota Zero x Não-
incidência
Imunidade
Forma legal de não pagamento de um
tributo = “hipótese de não-incidência
legalmente qualificada (constitucional)”.
Sempre definida na Constituição Federal –
lista taxativa;
Efeito: torna a pessoa física ou jurídica
que pratica o fato imponível imune da
incidência da regra tributária;
Condicionada ou Incondicionada;
Somente para “IMPOSTOS”.
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Isenção
Conceito: forma legal “infraconstitucional” de não-
incidência de um tributo – desejo expresso pelo
Legislador Comum;
Âmbito Federal, Estadual e Municipal;
Definida no art. 150, §6º da Constituição Federal de
1988;
Sempre em lei ordinária, e instituída através de lei;
Somente tributos de sua competência (art. 151, III,
CF/88)
Pode ser utilizada para isentar o pagamento de qualquer
espécie de tributo (desde que se comprove a
compensação de receita = LC 101/2000 = LRF).
Isenção
Em Santa Catarina, destaca-se a Lei Estadual nº 13.992
de 15 de fevereiro de 2007 – “Programa Pró-emprego”
Revogados os dispositivos normativos das isenção
“Pró-emprego” em 2011, por meio da Decreto nº
544/2011;
Criação pela SEFAZ/SC dos Tratamentos Tributários
Diferenciados – TTD´s, Regimes Especiais de
Importação, quais denominados nºs 409/410/411,
aplicados para operações de importação nas
modalidades “direta” (Portaria SECEX nº 23/2011), “por
conta e ordem de terceiros” (IN/SRF nº 225/2002) e por
“encomenda predeterminada de mercadoria para
revenda” (IN/SRF nº 694/2006)
Isenção
- TTD 409, caso possua atualmente tratamento tributário
diferenciado com dispensa de garantia, mediante
pagamento antecipado do imposto devido na saída
subsequente;
- TTD 410, caso possua atualmente tratamento tributário
diferenciado com dispensa de garantia, sem a
obrigatoriedade de promover pagamento antecipado do
imposto devido na saída subsequente; ou
- TTD 411, caso possua atualmente tratamento tributário
diferenciado com garantia apresentada e aprovada e cujo
vencimento seja posterior a Dezembro/2012.
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Constituição Federal, art. 150, §6º
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de
base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal,
estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas
ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII,
g. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 3, de 1993)
Alíquota zero
Forma de benefício fiscal concedido por
um Ente Tributante para tributos de sua
competência;
Ocorre a incidência do tributo, mas a
alíquota aplicada é de 0%;
As demais obrigações acessórias
permanecem (emitir nota, escriturar livros
contábeis, etc).
Não-incidência
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Competência
Tributária
Competência Tributária
Geral: competência significa aquele que
detém a outorga legal para a realização de
determinado ato.
Específico: poder atribuído pela
Constituição Federal aos entes
públicos/tributantes para instituir, cobrar e
fiscalizar tributo, compreendendo a
competência legislativa, administrativa e
judicial.
Tipicidade - Impostos
União Federal
Art. 153 da CRFB/88.
Art. 154 da CRFB/88.
Impostos Extraordinários
Novos
Guerra
Estados / DF
Art. 155 da CRFB/88.
Municípios / DF
Art. 156 da CRFB/88.
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Tipicidade - Taxas
Livre para todas as Pessoas Políticas de
Direito Público Tributantes (União Federal,
Estados, Municípios e Distrito Federal),
desde que respeitadas as competências
territoriais e legais de cada um.
Art. 145, inciso II da CRFB/88.
Tipicidade - Contribuição de
Melhoria
Livre para todas as Pessoas Políticas de
Direito Público Tributantes (União Federal,
Estados, Municípios e Distrito Federal),
desde que respeitadas as competências
territoriais e legais de cada um.
Art. 145, inciso III da CRFB/88.
Tipicidade – Empréstimos
Compulsórios
Privativa da União Federal, nos termos do
art. 148 da CRFB/1988.
Necessário respeitar os preceitos
Constitucionais e também da Lei
Complementar instituidora.
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Tipicidade – Contribuições
Privativa da União Federal, conforme
determinado pelo art. 149 da CRFB/1988.
Sociais Gerais
CIDE
Categoria Profissional ou Econômica
Seguridade Social
Termos tributários
Bis in idem: quando a Elisão: planejamento tributário
mesma pessoa política – não constitui qualquer
tributa por duas ou mais ofensa ao ordenamento
vezes o mesmo fato gerador jurídico
ou base de cálculo.
Evasão: é a forma ilícita de
Bitributação: duas ou mais não recolher tributos – realiza
pessoas políticas tributam atividade a margem da lei ou
um mesmo fato gerador ou contrariamente a esta –
base de cálculo (ex: Estado passível de sanção penal
e Município).
Tributação no Brasil
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Tributação Interna
Competência da União Federal:
Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Física
Artigo 153, III da Constituição Federal de 1988.
Lei nº 5.172/1966 – Código Tributário Nacional.
Lei nº 4.506/1964 – Lei do IRPF/IRPJ.
Decreto nº 3.000/99 – Regulamento do IRPF/IRPJ.
Tributação Interna
Competência da União Federal:
Imposto de Operações Financeiras - IOF
Artigo 153, V da Constituição Federal de 1988.
Tributação Interna
Competência da União Federal:
Empréstimos Compulsórios
Art. 148, incisos I e II da CRFB/1988
Contribuições
Art. 149 e 195 da CRFB/1988
Trabalhistas:
PIS/PASEP – Cumulativo Lei nº 9.718/1998 = Não-Cumulativo Lei
nº 10.637/2002.
COFINS – Cumulativo Lei nº 9.718/1998 = Não-Cumulativo Lei nº
10.833/2003.
CSLL – Lei nº 7.689/2009.
Fundos:
FGTS – Lei nº 8.036/1990. Lei Complementar nº 110/2001.
FUNRURAL – Lei nº 8.540/1992.
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Tributação Interna
Competência dos Estados:
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações -
ITCMD
Artigo 155, I da Constituição Federal de 1988
Lei 5.172/1966 (art. 35 e ss.) – CTN
Em Santa Catarina – Lei Estadual nº 13.136/2004
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS
Artigo 155, II da Constituição Federal de 1988.
Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir)
Lei Estadual (ICMS/SC) nº Lei Estadual (ICMS/SC) nº 10.297/1996
Decreto nº 2.870/2001
Resolução Senado Federal nº 13/2012
Imposto de Propriedade de Veículos Automotores
Artigo 155, III da Constituição Federal de 1988
Lei Estadual nº 7.543/1988
Tributação Interna
Competência dos Municípios:
Imposto de Exportação
Artigo 153, II da Constituição Federal de 1988.
Regulamento Aduaneiro: Decreto nº 6.759/2009 (Artigos 212 a 236).
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Tributação no Comércio Exterior
Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI
Artigo 153, IV e §3º, da Constituição Federal.
Lei nº 5.172/1966 - Código Tributário Nacional, Artigos 46 a 51.
Lei nº 4.502/1964.
Regulamento do IPI (RIPI): Decreto nº 4.544/2002.
Regulamento Aduaneiro: Decreto nº 6.759/2009 (Artigo 237).
Tabela de Incidência do IPI (TIPI): Decreto nº 7.212/2010.
Taxa do MERCANTE
Lei 10.893/2004
PIS-Importação e COFINS-Importação
Artigos 149, §2ª, a, e 195, I b, IV, da Constituição Federal de 1988.
Lei nº 10.865/2004.
Lei Complementar nº 70/1991.
Leis nº 9.715/1998, 9.718/1998, 10.833/2003 (Medida Provisória nº
135/03) e Lei 10.865/04 (Medida Provisória nº 164/2004).
Regulamento do PIS/Pasep e Cofins, Decreto nº 4.524/2002.
Regulamento Aduaneiro: Decreto nº 6.759/2009 (Artigo 249 à 297).
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Regimes Aduaneiros
Especiais
DRAWBACK
Regime aduaneiro que possibilita às indústrias
exportadoras importar insumos, matérias-primas,
materiais secundários, embalagens, partes e peças,
destinados a integrar produtos industrializados que, por
sua vez, serão posteriormente reexportados.
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DRAWBACK - Conceito
O regime aduaneiro especial de drawback,
instituído em 1966 pelo Decreto Lei nº 37, de
21/11/66, consiste na suspensão ou eliminação
de tributos incidentes sobre insumos importados
para utilização em produto exportado. O
mecanismo funciona como um incentivo às
exportações, pois reduz os custos de produção
de produtos exportáveis, tornando-os mais
competitivos no mercado internacional.
DRAWBACK - Suspensão
Prazo para a exportação: 01 ano prorrogável por igual período.
Marco inicial: data de registro da primeira Declaração de
Importação vinculada ao ato concessório de drawback.
No caso de importação de insumo destinado à fabricação de
bem de capital de longo ciclo de produção, o prazo de validade
do ato concessório de drawback poderá ser prorrogado para até
05 (cinco) anos.
Concessão: Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(SECEX/MDIC).
Art. 386 e ss. do Decreto nº 6.759/2009; IN/SRF nº 845/2008;
Portaria SECEX nº 23/2011.
DRAWBACK - Restituição
A empresa exportadora solicita a restituição dos tributos
pagos com relação aos insumos utilizados na fabricação de
um produto que restou exportado.
A restituição dos tributos é feita sob a forma de crédito
tributário, qual concedido pela Receita Federal do Brasil
após a comprovação dos requisitos definidos em Lei.
A restituição é válida apenas para o Imposto de Importação
e para o IPI. Prazo de 90 dias para solicitação.
Modalidade pouco conhecida e utilizada.
Art. 397 do Decreto nº 6.759/2009; IN/SRF nº 81/98.
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DRAWBACK - Isenção
Após concluir a operação de exportação, o fabricante que
exportou as mercadorias poderá importar os insumos
utilizados naquele produto, sem encargos tributários, para
recompor os seus estoques.
A empresa exportadora tem o prazo de 01 (um) ano,
prorrogável por mais um ano, para solicitar este benefício.
Concessão: SECEX.
Art. 393 do Decreto nº 6.759/2009; Portaria SECEX nº
23/2011.
DRAWBACK Integrado
Suspende, por um período de um 01 (um) ano prorrogável por mais 01
(um) ano, a incidência de tributos federais – Imposto de Importação,
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição para o
PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins), Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação
– sobre aquisições no mercado interno ou externo, de forma combinada
ou não, de insumos empregados ou consumidos no processo de
fabricação bens exportáveis.
Produtos utilizados na fabricação de bens de capital, cujo ciclo de
produção é longo, poderão receber suspensão tributária por até 05
(cinco) anos.
Utilização por meio de Ato Concessório da SECEX/MDIC.
Portaria Conjunta nº 467, de 25 de março de 2010, assinada pela
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC) e pela Receita Federal
do Brasil (RFB).
34
35
Regime de Admissão Temporária
Conceito: os bens em admissão temporária terão
o benefício da suspensão dos tributos federais
(II, IPI, PIS e COFINS), desde que haja garantia
das obrigações fiscais, que os bens permaneçam
no País por prazo determinado e que,
posteriormente, sejam reexportados.
Total (suspensão) ou parcial (proporcional)
Base Legal: art. 353 e ss. do Decreto nº
6.759/2009; IN/SRF nº 285/03.
36
Trânsito Aduaneiro
Art. 315 do Decreto nº 6.759/2009:
Conceito: O regime especial de trânsito
aduaneiro é o que permite o transporte de
mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a
outro do território aduaneiro, com suspensão do
pagamento de tributos.
Termo de Responsabilidade firmada na data do
Registro de Declaração de Admissão no regime.
DTA = Declaração de Transporte Aduaneiro.
Trânsito Aduaneiro
DTC: Declaração de Trânsito de Contêiner - para
curtas distâncias – Porto de Itajaí para
MULTILOG, p. ex.
A Declaração de Trânsito de Contêiner (DTC) ampara as
operações de transferência de contêineres, contendo
carga, descarregadas do navio, no pátio do porto e
destinadas a armazenamento em recinto alfandegado
jurisdicionado à mesma unidade da SRF.
Entreposto Aduaneiro
Conceito: Regime Aduaneiro Especial que
permite a armazenagem de mercadoria
estrangeira em recito alfandegado de uso
público.
Art. 404 e ss. do Decreto nº 6.759/2009.
Suspensão dos impostos federais, e das
contribuições para o PIS/PASEP-Importação e
COFINS-Importação.
Lei nº 10.865/2004.
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Exceções Tarifárias – “Ex Tarifário”
Conceito: O regime de Ex-Tarifário consiste na
redução temporária da alíquota do imposto de
importação de bens de capital (BK) e de informática
e telecomunicação (BIT), assim grafados na Tarifa
Externa Comum do Mercosul (TEC), quando não
houver a produção nacional equivalente. Ou seja,
representa uma redução no custo do investimento.
II e IPI.
Resolução CAMEX 66/2014.
Decreto 4.732/2003.
38
Acordos Internacionais
Convenções e Tratados Internacionais
ratificados pelo Brasil e que geram
interferência no regime de tributação da
importação/exportação de mercadorias no
país:
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais
GATT/OMC – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio
Acordos Internacionais
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
1980
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá,
Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela
Redução da carga
Só I.I. (diretamente) - Margem de Preferência Percentual
Acordos Internacionais
Sistema Global de Preferências Comerciais
1991
43 países em desenvolvimento (membros do G-77)
Redução da carga
Só I.I. (diretamente) – Margem de Preferência Percentual
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Norma Geral Antielisiva
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Reflexos da Norma Geral
Antielisiva
Carece de regulamentação por Lei
Ordinária Federal, porém existem diversos
Projetos de Lei em tramitação no
Congresso Nacional para tal;
Insegurança Jurídica?
Tributação excessiva X planejamento
tributário?
41
Contato
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