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Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Curso de Engenharia Civil

ANÁLISE DO SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL


FRAMING

Cascavel
2016
ANÁLISE DO SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL
FRAMING

Trabalho apresentado à disciplina de Desenvolvimento Econômico


da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, como nota parcial.

Cascavel
2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
2 REFERENCIAL................................................................................................................ 4
3 RESULTADOS ................................................................................................................. 6
4 CONCLUSÃO ................................................................ Error! Bookmark not defined.
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 9
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1 INTRODUÇÃO

O Light Steel Framing é um sistema construtivo, inovador, estruturado em perfis de


aço galvanizado formado a frio, projetados para suportar às cargas da edificação e trabalhar
em conjunto com outros sub-sistemas industrializados, de forma a garantir os requisitos de
funcionamento da edificação. É um sistema construtivo aberto, que permite a utilização de
diversos materiais. Sendo flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos,
racionalizado e otimizando a utilização dos recursos e o gerenciamento das perdas. É
customizável permitindo total controle dos gastos já na fase de projeto, além de ser durável e
reciclável. Apresenta ótima resistência à incêndio, pois é revestido por placas de gesso
acartonado, material com elevada resistência ao fogo.
No Brasil, os técnicos, arquitetos e engenheiros, assim como indústria e empresas
que possuem produtos para o Light Steel Framing encontram-se, totalmente preparados para o
desenvolvimento e crescimento desse sistema construtivo.
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo estudar o sistema construtivo
Light Steel Framing. Além disso, espera-se com esse estudo compreender como essa inovação
modifica a construção civil, quais as vantagens e desvantagens desse sistema e como está o
processo de adaptação dessa tecnologia no Brasil.
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2 REFERENCIAL

“Inovação” foi a palavra usada por Schumpeter para descrever uma série de
novidades que podem ser introduzidas no sistema econômico e que alteram substancialmente
as relações entre produtores e consumidores, sendo, na definição do autor, o elemento
fundamental para o desenvolvimento econômico. E neste ponto, Schumpeter se diferencia dos
demais economistas de sua época, pois o desenvolvimento econômico não é tratado como
sinônimo de crescimento econômico, mas representa um crescimento espetacular da produção
concomitantemente que sua mudança estrutural, a partir do surgimento de novas tecnologias,
produtos e indústrias (SCHUMPETER, 1934 apud TORRES).
Vários estudos têm sido realizados sobre a relação entre desempenho comercial das
empresas e a capacidade inovadora; para elas, o desenvolvimento tecnológico é primordial,
sendo o diferencial competitivo, possibilitando-lhes a manutenção no mercado ou a conquista
de outros. Pode-se afirmar que a inovação tecnológica deve englobar a introdução de um novo
produto, de novo método de produção, abertura de novo mercado e a conquista de nova
organização de qualquer indústria (SANTOS, 2011).
De acordo com Santos (2011), tratando-se do processo de inovação, Schumpeter
(1988) dividiu-o em três fases: invenção (a idéia potencialmente aberta para a exploração
comercial), a inovação (exploração comercial) e difusão (propagação de novos produtos e
processos pelo mercado). Além disso, a abordagem schumpeteriana dá ênfase as grandes
inovações radicais que envolvem mudanças no sistema econômico, já as inovações
incrementais são melhorias das inovações radicais.
Segundo a Inventta, inovar é apresentar tudo aquilo que é novo. Dentro da
construção civil, para melhorar cada vez mais as atividades executadas e o produto final,
melhorar a mão de obra e executar serviços com mais qualidade e em menores tempos, é
necessário sempre buscar inovações.
Existem vários tipos de inovações, como: inovação de produto, inovação de processo
ou inovação do modelo de negócio. Essas inovações também podem ser em pequena escala ao
longo do tempo ou com uma mudança drástica.
Para o tipo de inovação de produto, a construção civil conta com várias novidades,
como: torneiras eletrônicas para reduzir o consumo de água, dutos leves para ar condicionado,
fôrmas de EPS que são utilizadas também no novo sistema construtivo de paredes de
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concreto, manta com absorção de ruídos para melhor conforto acústico do usuário, elevadores
com menor consumo energético, aparelhos para transporte e bombeamento de argamasse,
dentre tantos outros.
Há também diversas inovações nos sistemas e processos construtivos. O sistema
construtivo de painéis pré-moldados simplifica a execução e reduz o tempo de montagem das
estruturas de residências em diversas tipologias. É indicado para casas térreas, geminadas e
sobrados. Podem ser moldados na própria obra ou na fábrica por meio de fôrmas de pista de
concreto e perfis metálicos.
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3 RESULTADOS

A indústria da construção civil é de suma importância para o Brasil, não apenas pela
imensa quantidade de dinheiro que circula no mercado construtivo, mas também pela
quantidade considerável de recursos naturais e energéticos envolvidos para que a indústria
funcione (STACHERA; CASAGRANDE, 2006 apud HASS; MARTINS, 2011).
A definição “Steel Framing” vem do inglês steel que significa aço e framing que vem
de frame que significa moldura, estrutura ou esqueleto. O “Steel Framing” pode ser definido
como um processo pelo qual um “esqueleto” estrutural em aço é composto por diversos
elementos individuais ligados entre si, estes passam a funcionar como um conjunto resistente
as cargas solicitadas na edificação e dão forma a mesma. O “Light Steel Frame” ou LSF não
pode ser resumido apenas a sua estrutura, ele é composto de vários componentes como
fundação, isolamento termoacústico, fechamento interno e externo, instalações elétricas e
hidráulicas (FREITAS, 2006 apud HASS; MARTINS, 2011).
O Steel Frame, como a construção metálica em si, é relativamente recente, e existe
certa ‘desconfiança’ da população em geral quanto ao desempenho destes sistemas. A
melhoria do desempenho é importante não só para a popularização do sistema construtivo,
mas para o financiamento e viabilização dos mesmos. (CAMPOS; SOUZA, 2010 apud
RODRIGUES; VECCI, 2006).
O sistema Light Steel Framing é uma proposta de construção que alia rapidez com o
diferencial competitivo técnico, mercadológico e de negócios. As siderurgias brasileiras,
juntamente com o apoio do CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), vêm
trabalhando intensamente no desenvolvimento desse sistema construtivo no país. Podemos
citar como exemplo desse esforço a USIMINAS, que buscou, com sua coligada Argentina,
SIDERAR, o conhecimento da tecnologia e do desenvolvimento de mercado, além de adquirir
expertise nos Estados Unidos e Japão (CAMPOS, 2012).
Outro passo importante na consolidação do Light Steel Framing foi o
comprometimento do setor siderúrgico, juntamente, com os demais fabricantes de materiais
para o sistema, no desenvolvimento da tecnologia, através do aprimoramento das técnicas
construtivas e da aplicação dos materiais para a realidade do mercado brasileiro, além de
ações como o desenvolvimento de montadores e o treinamento de mão de obra técnica,
arquitetos e engenheiros (CAMPOS, 2012).
De acordo com Campos (2012) as etapas construtivas do sistema são:
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Fundação: o Light Steel Framing geralmente é montado sobre uma fundação tipo
radier, executada sobre isolamento hidrófugo e com as alimentações elétricas e hidráulicas já
instaladas;
Painéis: o conceito estrutural consiste em dividir as cargas em um maior número de
elementos estruturais, sendo que cada um é projetado para receber uma pequena parcela de
carga, o que possibilita a utilização de perfis conformados com chapas finas de aço. A
modulação ou malha de distribuição destes perfis, usualmente, é de 400mm ou 600mm;
Lajes e coberturas: o conceito estrutural do Sistema Light Steel Framing, que
consiste em dividir as cargas entre os perfis, também é utilizado para os elementos que
suportam as lajes e coberturas. Seus elementos trabalham bi-apoiados e deverão, sempre que
possível, transferir as cargas continuamente, ou seja sem elementos de transição, até as
fundações;
Isolamentos: ateriormente o conceito de isolamento baseava-se na utilização de
materiais com grande massa e espessura. Hoje, com o avanço tecnológico dos produtos e
processos de cálculo, consegue-se mensurar a real necessidade do isolamento e quantificar o
material isolante necessário;
Para os fechamentos internos das paredes o gesso acartonado é material mais
indicado. Podemos encontrar no mercado brasileiro 3 tipos diferentes de placa de gesso:
 Placas comuns, utilizadas em áreas secas, apresentam o cartão na cor natural;
 Placas resistentes a umidade, também chamadas de placas verdes, são
indicadas para ambientes úmidos;
 Placa resistente ao fogo, utilizada quando há a necessidade de proteção
passiva, são diferenciadas pela cor vermelha do cartão envelopador do gesso.
Segundo uma pesquisa feita por Campos (2010) e Souza (2010), quase que por
unanimidade os três principais motivos para a escolha do sistema construtivo Light Steel
Framing foram:
 Em 1° lugar pela rapidez da execução da obra;
 Em 2° lugar pelo sistema causar menor impacto ambiental;
 Em 3° lugar pela limpeza da obra.
As principais vantagens apontadas sobre o sistema foram facilidade de manutenção e
reparos, mas desde que haja infra-estrutura, mão de obra especializada, peças e equipamentos
de fácil obtenção no mercado para suprir as necessidades para tal fim. A flexibilidade para
reformas e mudanças dos espaços foi outro ponto observado. E como esperado, os principais
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motivos para a escolha do sistema foram apontados como principais vantagens: rapidez na
execução da obra; menor impacto ambiental; limpeza da obra, e; qualidade de execução
(CAMPOS; SOUZA, 2010).
Já em relação às desvantagens foram indicados poucos pontos, um deles é sobre a
falta de mão de obra especializada e certa dificuldade de encontrar no mercado os
componentes especiais para o sistema. E por ser uma tecnologia nova, há necessidade de
algum aperfeiçoamento construtivo. Outro ponto é sobre os ruídos nas lajes secas entre
pavimentos. E por último, a certa dificuldade de fixação de objetos de maior peso (CAMPOS,
SOUZA, 2010).
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REFERÊNCIAS

CAMPOS, A. O que é Light Steel Framing. 2012. Disponível em:


<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=29&Cod=85>. Acesso em: 11 de jul. 2016.
CAMPOS, H. C; SOUZA, H. A. Avaliação Pós Ocupação de Edificações Estruturadas em Aço,
Focando Edificações em Light Steel Framing. 2010. Disponível em:
<http://www.abcem.org.br/construmetal/2010/downloads/contribuicoes-tecnicas/24-avaliacao-ps-
ocupacao-de-edificacoes-estruturadas-em-aco-com-foco-em-edificacoes-em-light-steel-framing.pdf>.
Acesso em: 25 de jul. 2016.
FARIA, R. Prêmio Téchne de Inovação Tecnológica na Construção Civil destaca produtos e
sistemas construtivos inovadores. 2014. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-
civil/208/premio-techne-de-inovacao-na-construcao-civil-destaca-produtos-e-319298-1.aspx>. Acesso
em: 11 de jul. 2016.
HASS, D. C. G; MARTINS, L. F. Viabilidade Econômica do Uso do Sistema Construtivo Steel
Frame como Método Construtivo para Habitações Sociais. 2011. Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/361/1/CT_EPC_2011_2_14.PDF>. Acesso
em: 25 de jul. 2016.
INVENTTA. A Inovação: Definição, Conceitos e Exemplos. Disponível em:
<http://inventta.net/radar-inovacao/a-inovacao/>. Acesso em: 11 de jul. 2016.
FARIA, R. Prêmio Téchne de Inovação Tecnológica na Construção Civil destaca produtos e
sistemas construtivos inovadores. 2014. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-
civil/208/premio-techne-de-inovacao-na-construcao-civil-destaca-produtos-e-319298-1.aspx>. Acesso
em: 11 de jul. 2016.
SANTOS, A. B. A. Inovação: Um Estudo Sobre a Evolução do Conceito de Schumpeter. 2011.
Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/caadm/article/view/9014/6623>. Acesso em: 25 de
jul. 2016.
TORRES, R. L. A “Inovação” na Teoria Econômica: Uma Revisão. Disponível em:
<http://www.apec.unesc.net/VI_EEC/sessoes_tematicas/Tema6-
Tecnologia%20e%20Inova%C3%A7ao/Artigo-3-Autoria.pdf>. Acesso em: 25 de jul. 2016.

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