Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
NARRATING
DARK SIDES AND MANAGING
ORGANIZATIONAL IMAGE
Sara Louise Muhr
Copenhagen Business School, Denmark
Alf Rehn
Åbo Akademi University, Finland
Resumo
• Pesquisas sobre o lado sombrio das organizações geralmente
se concentram em atrocidades cometidas por organizações ou
pessoas específicas dentro delas. Menos atenção foi dada à
forma como as organizações podem utilizar atrocidades que
não tiveram responsabilidade na criação. Neste artigo, a
maneira pela qual as atrocidades podem ser utilizadas,
gerenciadas e narradas no trabalho da imagem corporativa é
discutida através de duas ilustrações empíricas: a campanha
da Body Shop contra o tráfico e uma campanha de um
movimento social para conter a violência contra as mulheres
no Congo. O artigo argumenta que analisar as diferenças em
como as organizações escolhem e posicionam atrocidades
externas em sua marca pode contribuir para o entendimento
do trabalho de formação da imagem das empresas e do lado
sombrio da organização.
Justificativa
• Atrocidades como guerra, genocídio, pedofilia ou estupro
como maneiras eficazes de atrair a atenção de um
consumidor cada vez mais indiferente
• Campanhas de conscientização do público sobre as atrocidades
cometidas por terceiros e aumento do seu reconhecimento de
marca.
• No entanto, também existem evidências de que o público
de tais campanhas pode reagir negativamente, piorando
assim sua avaliação sobre a organização.
• O gerenciamento cuidadoso do significado de narrativas
e imagens em relação a uma atrocidade é, portanto,
crucial ao utilizar esse material numa campanha.
Pergunta de Pesquisa e Objetivo Geral
• O artigo busca responder como as organizações narram e
utilizam atrocidades externas como parte de seu trabalho
de marca e imagem.
• Tendo revisitado o estados da arte da pesquisa e baseando-se
em dois casos empíricos - a campanha da Body Shop contra o
tráfico e uma campanha da Run for Congo Women, contra a
violência contra a mulher - o artigo tem como objetivo analisar
as maneiras pelas quais uma atrocidade torna-se uma
mercadoria simbólica em uma economia de marcas, sinais e
símbolos (Lury, 2004) e, consequentemente, como as
atrocidades podem se tornar cooptadas, comercializadas e
mercantilizadas. O artigo busca mostrar como as empresas,
através do branding, podem gerenciar o significado de
atrocidades para seus próprios fins.
Metodologia
• Unidade de análise: Os textos de campanha dessas duas
organizações (Body Shop e Run for Congo Women) e a
maneira pela qual as elas constroem discursivamente
uma narrativa específica entre elas e a atrocidade com a
qual tentam se envolver
• Pressuposto metodológico: A suposição básica da análise
é que a análise da linguagem utilizada em campanhas
é crucial para entender as maneiras pelas quais as
organizações tentam construir uma imagem em seu
material promocional e como isso também as constrói e a
maneira como elas são percebidas pelos seus
stakeholders.
Metodologia
• Tipo de análise: análise do discurso de textos
organizacionais
• Grant, Hardy, Oswick, e Putnam (2004): Tipos de discurso
nos textos organizacionais
• Conversação e diálogo;
• Narrativas e histórias;
• Retórica e tropos (metáforas)
• O estudo focou na categoria de narrativas e histórias
• Combinação de uso de duas metodologias de análise:
análise crítica do discurso (ACD) e análise de
narrativas.
Metodologia
• Base analítica: abordagem sociocognitiva da AC (van
Dijk, 2009) foi a mais adequada para realizar uma análise
léxica do vocabulário utilizado nas campanhas
selecionadas.
• Análise narrativa (Gabriel, 2004) : dimensões emotivas e
simbólicas do discurso.
• Narrativas transmitem histórias (não apenas fatos) através de
diferentes vocábulos se tornando um dispositivo interessante na
criação de uma imagem organizacional
• . Não é apenas a mensagem que a organização tenta
comunicar, mas também como isso é apresentado e
elaborado em uma narrativa - ou seja, incorporada a um
enredo específico - que influencia sua imagem.
Metodologia
• Análise narrativa: quando o artigo analisa como as
organizações constroem essas narrativas em seus textos
publicitários, ele explora como elas usam vocábulos
específicos para influenciar a experiência dos leitores e,
portanto, sua opinião sobre a atrocidade e a organização,
como uma estratégia discursiva. O artigo discute dois
exemplos de estratégias discursivas por meio das quais
as atrocidades podem ser gerenciadas de acordo com o
trabalho da imagem organizacional.
Metodologia
• Esquema Analítico
• Combina a abordagem sociocognitiva da análise do discurso
de van Dijk’s com a abordagem de Gabriel sobre a análise
narrativa. Essa combinação enfatiza:
1. O significado da escolha do vocabulário
2. Como as diferenças discursivas são determinadas por gênero
3. Como os discursos podem ser comunicados como
experiências através da construção de narrativas
4. Como as narrativas podem ser legitimadas de várias maneiras
5. Que todos os itens acima juntos formem uma estratégia
discursiva construída para posicionar os leitores em relação ao
texto de maneira a otimizar a chance de obter a resposta
emocional desejada.
Metodologia
• Esquema Analítico
• Tendo a análise léxica do vocabulário das campanhas como ponto
de partida, o processo analítico pode ser esquematizado como:
Resposta
Vocabulário Gênero Narrativas Legitimação
Emocional