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Memória

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De acordo com estudos realizados na Universidade


de Quioto publicados na revista "Current Biology",
chimpanzés teriam melhor memória fotográfica que
estudantes universitários[1]

A memória é a capacidade de adquirir,


armazenar e recuperar (evocar)
informações disponíveis, seja
internamente, no cérebro (memória
biológica[2]), seja externamente, em
dispositivos artificiais (memória
artificial). Também é o armazenamento
de informações e fatos obtidos através
de experiências ouvidas ou vividas.
Focaliza coisas específicas, requer
grande quantidade de energia mental e
deteriora-se com a idade. É um processo
que conecta pedaços de memória e
conhecimentos a fim de gerar novas
ideias, ajudando a tomar decisões
diárias.

Os neurocientistas (psiquiatras,
psicólogos e neurologistas) distinguem
memória declarativa de memória não-
declarativa. A memória declarativa,
grosso modo, armazena o saber que algo
se deu, e a memória não-declarativa o
como isto se deu.

A memória declarativa, ou de curto prazo


como o nome sugere, é aquela que pode
ser declarada (fatos, nomes,
acontecimentos, etc.) e é mais
facilmente adquirida, mas também mais
rapidamente esquecida. Para abranger
os outros animais (que não falam e logo
não declaram, mas obviamente
lembram), essa memória também é
chamada explícita. Memórias explicitas
chegam ao nível consciente. Esse
sistema de memória está associado com
estruturas no lobo temporal medial (ex:
hipocampo, amígdala).
Psicólogos distinguem dois tipos de
memória declarativa, a memória
episódica e a memória semântica. São
instâncias da memória episódica as
lembranças de acontecimentos
específicos. São instâncias da memória
semântica as lembranças de aspectos
gerais.

Já a memória não-declarativa, também


chamada de implícita ou procedural,
inclui procedimentos motores (como
andar de bicicleta, desenhar com
precisão ou quando nos distraímos e
vamos no "piloto automático" quando
dirigimos). Essa memória depende dos
gânglios basais (incluindo o corpo
estriado) e não atinge o nível de
consciência. Ela em geral requer mais
tempo para ser adquirida, mas é
bastante duradoura.

Memória, segundo diversos estudiosos,


é a base do conhecimento. Como tal,
deve ser trabalhada e estimulada. É
através dela que damos significado ao
cotidiano e acumulamos experiências
para utilizar durante a vida.

História
Até meados do século XX, a maioria dos
estudos sobre aprendizagem
questionava que as funções da memória
seriam localizadas em regiões cerebrais
específicas, alguns chegando a duvidar
de que a memória seria uma função
distinta da atenção, da linguagem e da
percepção. Acreditava-se que o
armazenamento da memória seria
distribuído por todo o cérebro.

A partir de 1861, Broca evidencia que


lesões restritas à parte posterior do lobo
frontal, no lado esquerdo do cérebro,
chamada de área de Broca, causavam
um defeito específico na função da
linguagem. Após essa localização da
função da linguagem, os neurocientistas
tornaram a voltar-se para a hipótese de
se localizar a memória.
Wilder Penfield foi o primeiro a conseguir
demonstrar que os processos da
memória têm localizações específicas
no cérebro humano. Penfield havia
estudado com o pioneiro em
neurofisiologia, Charles Sherrington. Na
década de 1940, Penfield começou a
usar métodos de estimulação elétrica,
idênticos aos usados por Sherrington em
macacos, para mapear as funções
motoras, sensoriais e da linguagem no
córtex humano de pacientes submetidos
à neurocirurgia, para tratamento de
epilepsia. Penfield explorou a superfície
cortical em mais de mil pacientes e
verificou que a estimulação elétrica
produzia o que ele chamou de resposta
experiencial, ou retrospecção, na qual o
paciente descrevia uma lembrança
correspondente a uma experiência
vivida.

Estudos em pacientes com lesão do lobo


temporal (pioneiramente com o paciente
H.M) revelaram dois modos
particularmente diferentes de
aprendizagem, diferença que os
psicólogos cognitivistas avaliaram em
estudos com sujeitos normais. O ser
humano aprende o que é o mundo
apreendendo conhecimento sobre
pessoas e objetos, acessíveis à
consciência, usando uma forma de
memória que é em geral chamada de
explícita, ou aprende como fazer coisas,
adquirindo habilidades motoras ou
perceptivas a que a consciência não tem
acesso, usando para isto a memória
implícita.

O Professor Antônio Branco Lefèvre é


considerado o pai da neuropsicologia no
Brasil. Lefèvre foi professor titular da
Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo e suas pesquisa
abrangeram a memória e a linguagem - a
neuropsicologia - de crianças e adultos.

Tipos de memória
Em dispositivos artificiais
Memória principal. Precisa de
energia para funcionar; e de rápida
operação.
Memória auxiliar. É a memória
que trabalha sem o uso de
energia.Operação de baixa
velocidade.
Em memórias Biológicas
Memória de curto prazo. É a
memória com duração de alguns
segundos ou minutos.[3] Neste
caso existe a formação de traços
de memória. O período para a
formação destes traços chama -
se "Período de consolidação. Um
exemplo desta memória é a
capacidade de lembrar eventos
recentes que aconteceram nos
últimos minutos.
Memória de longo prazo. É a
memória com duração de dias,
meses e anos. Um exemplo são
as memórias do nome e idade de
alguém quando se reencontra
essa pessoa alguns dias depois.
Como engloba um tempo muito
grande pode ser diferenciada em
alguns textos como memória de
longuíssimo prazo quando
envolve memória de muitos anos
atrás.
Memória de procedimentos. É a
capacidade de reter e processar
informações que não podem ser
verbalizadas, como tocar um
instrumento ou andar de bicicleta.
Ela é mais estável, mais difícil de
ser perdida.

Bases anatômicas da
memória
Hoje é possível afirmar que a memória
não possui um único locus. Diferentes
estruturas cerebrais estão envolvidas na
aquisição, armazenamento e evocação
das diversas informações adquiridas por
aprendizagem.
Memória de curto prazo

Depende do sistema límbico, envolvido


nos processos de retenção e
consolidação de informações novas.
Hoje em dia também se supõe que a
consolidação temporária da informação
envolve estruturas como o hipocampo, a
amígdala, o córtex entorrinal e o giro
para-hipocampal, sendo depois
transferida para as áreas de associação
do neocórtex parietal e temporal. As vias
que chegam e que saem do hipocampo
também são importantes para o estudo
da anatomia da memória. Inputs (que
chegam) são constituídos pela via
fímbria-fórnix ou pela via perfurante.
Importantes projecções de CA1 para os
córtices subiculares adjacentes fazem
parte dos outputs (que saem) do
hipocampo. Existem também duas vias
hipocampais responsáveis por
interconexões do próprio sistema
límbico, como o Circuito de Papez
(hipocampo, fórnix, corpos mamilares,
giro do cíngulo, giro para-hipocampal e
amígdala), e a segunda via projeta-se de
áreas corticais de associação, por meio
do giro do cíngulo e do córtex entorrinal,
para o hipocampo que, por sua vez,
projeta-se através do núcleo septal e do
núcleo talâmico medial para o córtex
pré-frontal, havendo então o
armazenamento de informações que
reverberam no circuito ainda por algum
tempo.

Memória de trabalho

Compreende um sistema de controle de


atenção (executiva central), auxiliado por
dois sistemas de suporte (Alça
Fonológica e Bloco de Notas
Visuoespacial) que ajudam no
armazenamento temporário e na
manipulação das informações. O
executivo central tem capacidade
limitada e função de selecionar
estratégias e planos, tendo sua atividade
relacionada ao funcionamento do lobo
frontal, que supervisiona as informações.
Também o cerebelo está envolvido no
processamento da memória operacional,
atuando na catalogação e manutenção
das sequências de eventos, o que é
necessário em situações que requerem o
ordenamento temporal de informações.
O sistema de suporte vísuo-espacial tem
um componente visual, relacionado à
região occipital e um componente
espacial, relacionado a regiões do lobo
parietal. Já no sistema fonológico, a
articulação subvocal auxilia na
manutenção da informação; lesões nos
giros supramarginal e angular do
hemisfério esquerdo geram dificuldades
na memória verbal auditiva de curta
duração. Esse sistema está relacionado
à aquisição de linguagem.
Memória de longo prazo
1. Memória explícita:
Depende de estruturas do lobo temporal
medial (incluindo o hipocampo, o córtex
entorrinal e o córtex para-hipocampal) e
do diencéfalo. Além disso, o septo e os
feixes de fibras que chegam do
prosencéfalo basal ao hipocampo
também parecem ter importantes
funções. Embora tanto a memória
episódica como a semântica dependam
de estruturas do lobo temporal medial, é
importante destacar a relação dessas
estruturas com outras. Por exemplo,
pacientes idosos com disfunção dos
lobos frontais têm mais dificuldades
para a memória episódica do que para a
memória semântica. Já lesões no lobo
parietal esquerdo apresentam prejuízos
na memória semântica.
2. Memória implícita:
A aprendizagem de habilidades motoras
depende de aferências corticais de áreas
sensoriais de associação para o corpo
estriado ou para os núcleos da base. Os
núcleos caudado e putâmen recebem
projecções corticais e enviam-nas para o
globo pálido e outras estruturas do
sistema extra-piramidal, constituindo
uma conexão entre estímulo e resposta.
O condicionamento das respostas da
musculatura esquelética depende do
cerebelo, enquanto o condicionamento
das respostas emocionais depende da
amígdala. Já foram descritas alterações
no fluxo sanguíneo, aumentando o do
cerebelo e reduzindo o do estriado no
início do processo de aquisição de uma
habilidade. Já ao longo desse processo,
o fluxo do estriado é que foi aumentado.
O neo-estriado e o cerebelo estão
envolvidos na aquisição e no
planeamento das acções, constituindo,
então, através de conexões entre o
cerebelo e o tálamo e entre o cerebelo e
os lobos frontais, elos entre o sistema
implícito e o explícito.

Bases moleculares do
armazenamento da
memória
O mecanismo utilizado para o
armazenamento de memórias em seres
vivos ainda não é conhecido. Estudos
indicam a LTP (long-term potential) ou
potencial de longa duração como a
principal candidata para tal mecanismo.
A LTP foi descoberta por Tim Bliss e
Terje Lomo num estudo sobre a
capacidade das sinapses entre os
neurônios do hipocampo de
armazenarem informações. Descobriram
que um pequeno período de atividade
elétrica de alta freqüência aplicado
artificialmente a uma via hipocampal
produzia um aumento na efetividade
sináptica. Esse tipo de facilitação é o
que chamamos de LTP. Os mecanismos
para indução de LTP podem ser dos
tipos associativos ou não-associativos.

A LTP apresenta diversas características


que a tornam uma candidata muito
apropriada para o mecanismo do
armazenamento de longa duração.
Primeira, ocorre em cada uma das três
vias principais mediante as quais a
informação flui no hipocampo: a via
perforante, a via das fibras musgosas e a
via das colaterais de Schaffer. Segunda,
é induzida rapidamente e, por fim, depois
de induzida ser estável. Isso permite a
conclusão de que a LTP apresenta
características do próprio processo de
memória, ou seja, pode ser formada
rapidamente nas sinapses apropriadas e
dura por um longo tempo. Vale lembrar
que apesar da LTP apresentar
características em comum com um
processo ideal de memória, não se
consegue provar que ela seja o
mecanismo utilizado para o
armazenamento de memória.

Em relação à LTP na via das fibras


musgosas e na via das colaterais de
Schaffer, pode-se melhor detalhar da
seguinte maneira:

1. Fibras musgosas:
As informações recebidas pelo giro
denteado do córtex entorrinal são
transmitidas para o hipocampo através
das células granulares, cujos axônios
formam a via das fibras musgosas que
termina nos neurônios piramidais da
região CA3 do hipocampo. As fibras
musgosas liberam glutamato como
neurotransmissor. A LTP nas fibras
musgosas é do tipo não associativa, ou
seja, não depende de atividade pós-
sináptica ou de outros sinais chegando
simultaneamente, depende apenas de
um pequeno surto de atividade neural de
alta freqüência nos neurônios pré-
sinápticos e do conseqüente influxo de
cálcio. Esse influxo de cálcio ativa uma
adenilato ciclase dependente de cálcio e
calmodulina(tipo1); essa enzima
aumenta o nível de AMPc e o AMPc ativa
a proteocinase dependente de
AMPc(PKA). Essa cinase adiciona
grupamentos fosfato a certas proteínas
e, assim, ativa algumas e inibe outras. A
LTP nas fibras musgosas pode ser
influenciada por sinais de entrada
modulatórios pela noradrenalina. Esse
sinais de entrada ativam receptores aos
quais os transmissores se ligam, e esses
receptores ativam a adenilato ciclase. O
papel da LTP nas fibras musgosas sobre
a memória ainda é obscuro.
2. Colaterais de Schaffer:
As células piramidais na região CA3 do
hipocampo enviam axônios para a região
CA1 formando a via das colaterais de
Schaffer. A LTP nestas é do tipo
associativa, ou seja, requer atividade
concomitante tanto pré quanto pós-
sináptica. Assim, a LTP só pode ser
induzida na via das colaterais de
Schaffer se receptores do glutamato do
tipo NMDA forem ativados nas células
pós-sinápticas. É importante lembrar que
há dois receptores importantes para o
glutamato: o NMDA e o não-NMDA. O
canal do receptor NMDA não funciona
rotineiramente pois está bloqueado por
íons magnésio que são deslocados
apenas quando um sinal muito forte é
gerado na célula pós-sináptica. Tal sinal
faz com que as células pré sinápticas
disparem em alta freqüência resultando
numa forte despolarização que expelem
o magnésio e permitem o influxo de
cálcio. Essa entrada de cálcio
desencadeia uma cascata de reações
que é responsável pelo aumento
persistente da atividade sináptica. Esse
achado foi interessante pois forneceu a
primeira evidência para a proposta de
Hebb que estabelecia que "quando um
axônio da célula A (…) excita a célula B e
repetidamente ou persistentemente
segue fazendo com que a célula dispare,
algum processo de crescimento ou
alteração metabólica ocorre em uma ou
ambas as células, de forma que aumente
a efetividade, (eficácia) de A como uma
das células capazes de fazer com que B
dispare". Um dos mecanismos
responsáveis pelo fortalecimento dessa
conexão é o aumento na sensibilidade de
receptores AMPA. Outra possibilidade é
a redução na reciclagem de receptores
AMPA, permitindo que eles permaneçam
ativos por mais tempo. Além disso, após
uma indução sináptica de LTP, há um
aumento na liberação de transmissores
dos terminais pré-sinápticos.

À medida que se inicia a fase tardia da


LTP, diversas horas após a indução, os
níveis de AMPc aumentam e esse
aumento do AMPc no hipocampo é
seguido pela ativação da PKA e da CREB-
1. A atividade de CREB-1 no hipocampo
parece levar à ativação de um conjunto
de genes de resposta imediata e esses
genes atuam de forma a iniciar o
crescimento de novos sítios sinápticos.
Estudos mostraram que a PKA,
proteocinase, é de extrema importância
para a conversão da memória de curta
em memória de longa duração, talvez
porque a cinase fosforila fatores de
transição como a CREB-1, que por sua
vez ativam as proteínas necessárias para
uma LTP duradoura.

Neuromodulação da
memória
Existem acontecimentos nas nossas
vidas que não esquecemos jamais.
Entretanto, nem tudo que nos acontece
fica gravado na nossa memória para
sempre. Como o cérebro determina o
que merece ser estocado e o que é lixo?

Antes de nos atermos a essas


definições, é importante lembrar que a
consolidação da memória ocorre no
momento seguinte ao acontecimento.
Assim, qualquer fator que haja nesse
instante pode fortalecer ou enfraquecer
a lembrança, qualquer que ela seja.
Pesquisas realizadas com ratos
comprovaram que durante o treino,
ocorre ativação de sistema neuro-
hormonais que agem modulando o
processo de memorização.
A ß-endorfina parece ser a substância
ligada ao esquecimento. Este processo,
apesar de algumas vezes indesejável
(como numa prova, por exemplo), é
fundamental do ponto de vista
fisiológico. Afinal, seria inviável a vida
sem nenhuma espécie de "filtro" na
memória (vide hipermnésia). Outras
substâncias, como morfinas, encefalinas,
ACTH e adrenalina (as duas últimas em
altas doses) facilitam a liberação de ß-
endorfina, levando ao esquecimento. É
por isso que situações carregadas de
stress emocional podem levar à amnésia
anterógrafa, que é o que acontece
quando, após um acidente de carro, o
indivíduo não consegue relatar o que lhe
aconteceu minutos antes.

O que determina então se uma


informação deve ser armazenada?
Quando uma informação é relativamente
importante, ela sobrevive ao sistema ß-
endorfínico, pois ocorre a liberação de
doses moderadas de ACTH,
noradrenalina, dopamina e acetilcolina
que agem facilitando a consolidação da
memória. Contudo, doses altas dessa
substância tem efeito contrário pelo
bloqueamento dos canais iônicos.

Outra substância fundamental no


processamento da memória é o GABA
(ácido gama-aminobutírico). Drogas que
influenciem a liberação de GABA
modulam o processo da memória.
Antagonistas GABAérgicos (em doses
subconvulsantes, pois o bloqueio total
da ação do GABA pode produzir
ansiedade, alta atividade locomotora e
convulsões) facilitam a memorização e
agonistas(substâncias que mimetizam a
ação do GABA) a prejudicam. As
benzodiazepinas, os tranquilizantes mais
prescritos e vendidos no mundo,
facilitam a ação do GABA e, portanto,
podem afetar a memória. Existem relatos
de pacientes que apresentam amnésia
anterógrada após tratamento com
diazepam (nome clínico para as
benzodiazepinas).
Sabe-se também que antagonistas dos
receptores colinérgicos, glutaminérigos
do tipo NMDA e adrenérgicos levam a
um déficit de memória pois dificultam a
ação das substância facilitadoras da
memorização no interior da célula.

A serotonina (outro neurotransmissor)


exerce importante papel na consolidação
da memória a longo prazo, que parece
estar ligada a síntese protéica. A
serotonina age através de receptores
metabotrópicos que aumentarão os
níveis de AMPcíclico permitindo a
cascata de fosforilação de quinases. Isto
aumenta a transcrição do DNA e,
consequentemente, síntese protéica.
Os neuropeptídeos também influenciam
a memorização. Pesquisas recentes
envolvendo a substância P, indicam que
ela pode ter efeitos tanto reforçando a
memória quando a prejudicando,
dependendo do local na qual ela terá
actividade.

Por fim, é importante realçar o papel da


amígdala na modulação da memória,
notadamente do núcleo basolateral. Esta
estrutura recebe informações das
modalidades sensitivas e as repassa
para diferentes áreas do cérebro ligadas
a funções cognitivas. Devido a seu papel
central na percepção das emoções, a
amígdala participa da modulação dos
primeiros momentos da formação de
memória de longo prazo mais alertantes
ou ansiogênicos e em alguns aspectos
de sua evocação. Quando hiperativada,
especialmente pelo stress, ela pode
produzir os temíveis brancos.

Fatores relacionados com a


perda de memória
Amnésia

Amnésia é a perda parcial ou total da


capacidade de reter e evocar
informações. Qualquer processo que
prejudique a formação de uma memória
a curto prazo ou a sua fixação em
memória a longo prazo pode resultar em
amnésia.

As amnésias podem ser classificadas


em amnésia orgânica causada por
distúrbios no funcionamento das células
nervosas, através de alterações
químicas, traumatismos ou
transformações degenerativas que
interferem nos processos associativos
acarretando uma diminuição na
capacidade de registrar e reter
informações, ou amnésia psicogênica
resultante de fatores psicológicos que
inibem a recordação de certos fatos ou
experiências vividas. Em linhas gerais, a
amnésia psicogênica atua para reprimir
da consciência experiências que causam
sofrimento, deixando a memória para
informações neutras intacta. Neste caso,
pode-se afirmar que a pessoa decide
inconscientemente esquecer o que a
fazer sofrer ou reviver um sofrimento.
Em casos severos, quando as
lembranças são intoleráveis, o indivíduo
pode vivenciar a perda da memória tanto
de fatos passados quanto da sua própria
identidade.

As amnésias podem ainda ser divididas


em termos cronológicos, em amnésia
retrógrada e amnésia anterógrada. A
amnésia retrógrada é a incapacidade de
recordar os acontecimentos ocorridos
antes do surgimento do problema,
enquanto a amnésia anterógrada é à
incapacidade de armazenar novas
informações a longo prazo .

A depressão é a causa mais comum,


porém a menos grave. Denomina-se
depressão uma doença psiquiátrica, que
inclui perda do ânimo e tristeza profunda
superior ao mal causado pelas
circunstâncias da vida.

Doença de Alzheimer

Uma porção significativa da população


acima dos 50 anos sofre de alguma
forma de demência. A mais comum é a
doença de Alzheimer, na qual predomina
a perda gradativa da memória, pois
ocorrem lesões inicialmente nas áreas
cerebrais responsáveis pela memória
declarativa, seguidas de outras partes do
cérebro.

Outros fatores

A doença de Parkinson, nos estágios


mais severos, o alcoolismo grave, uso
abusivo da cocaína ou de outras drogas,
lesões vasculares do cérebro (derrames),
o traumatismo craniano repetido e
outras doenças mais raras também
causam quadros de perda de memória.

A memória e o olfato
As memórias que incluem lembrança de
odores têm tendência para serem mais
intensas e emocionalmente mais fortes.
Um odor que tenha sido encontrado só
uma vez na vida pode ficar associado a
uma única experiência e então a sua
memória pode ser evocada
automaticamente quando voltamos a
reencontrar esse odor. E a primeira
associação feita com um odor parece
interferir com a formação de
associações subsequentes. É o caso da
aversão a um tipo de comida. A aversão
pode ter sido causada por um mal estar
que ocorreu num determinado momento
apenas por coincidência, nada tendo a
ver com o odor em si; e, no entanto, será
muito difícil que ela não volte sempre a
aparecer no futuro associada a esse
odor.

No caso das associações visuais ou


verbais, há uma interferência retroactiva.
Estas podem ser facilmente perdidas
quando uma nova associação surge (por
exemplo, depois de memorizarmos o
novo número do nosso celular, torna-se
mais difícil lembrarmo-nos do antigo).

Ver também
Teste de Memória
Criatividade
Raciocínio
Inteligência
Cognição
Inibição cognitiva
Mnemotécnica
Testes de QI
Inteligência artificial
Inteligências múltiplas
Pensamento
Semiótica
Transferência de memória animal

Referências
1. «Jovens chimpanzés têm melhor
memória que humanos adultos, diz
estudo» . Agência EFE + UOL Bichos. 3 de
dezembro de 2007. Consultado em 4 de
março de 2018.. Arquivado do original
em 7 de dezembro de 2007
2. David Robson (2 de março de 2018).
«Como fortalecer sua memória sem o
menor esforço» . BBC Future + BBC Brasil.
Consultado em 4 de março de 2018..
Cópia arquivada em 4 de março de 2018
3. Brown, J. Short-term Memory. 1964
Costa, J. e Tomaz, C. Neurociência e
Memória
Izquierdo, I. Memória e Esquecimento,
Ciência Hoje nº8 setembro/outubro de
1983
Tomaz, C. Memória e Emoções, Ciência
Hoje nº83 - agosto de 1992
Lent, R. Cem Bilhões de Neurônios-
conceitos fundamentais em
neurociência, Ed. Atheneu 2005

Ligações externas
Com Ciência
Modelos conexionistas da memória
humana
Neurociências
Memória: O Que É e Como Melhorá-la
Memória e História Oral entre os
imigrantes alemães no Sul do Brasil,
Revista do Historiador, PUC-RS, vol.2
n.1, 2010.
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Memória&oldid=52347599"

Última modificação há 3 meses po…

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