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Os neurocientistas (psiquiatras,
psicólogos e neurologistas) distinguem
memória declarativa de memória não-
declarativa. A memória declarativa,
grosso modo, armazena o saber que algo
se deu, e a memória não-declarativa o
como isto se deu.
História
Até meados do século XX, a maioria dos
estudos sobre aprendizagem
questionava que as funções da memória
seriam localizadas em regiões cerebrais
específicas, alguns chegando a duvidar
de que a memória seria uma função
distinta da atenção, da linguagem e da
percepção. Acreditava-se que o
armazenamento da memória seria
distribuído por todo o cérebro.
Tipos de memória
Em dispositivos artificiais
Memória principal. Precisa de
energia para funcionar; e de rápida
operação.
Memória auxiliar. É a memória
que trabalha sem o uso de
energia.Operação de baixa
velocidade.
Em memórias Biológicas
Memória de curto prazo. É a
memória com duração de alguns
segundos ou minutos.[3] Neste
caso existe a formação de traços
de memória. O período para a
formação destes traços chama -
se "Período de consolidação. Um
exemplo desta memória é a
capacidade de lembrar eventos
recentes que aconteceram nos
últimos minutos.
Memória de longo prazo. É a
memória com duração de dias,
meses e anos. Um exemplo são
as memórias do nome e idade de
alguém quando se reencontra
essa pessoa alguns dias depois.
Como engloba um tempo muito
grande pode ser diferenciada em
alguns textos como memória de
longuíssimo prazo quando
envolve memória de muitos anos
atrás.
Memória de procedimentos. É a
capacidade de reter e processar
informações que não podem ser
verbalizadas, como tocar um
instrumento ou andar de bicicleta.
Ela é mais estável, mais difícil de
ser perdida.
Bases anatômicas da
memória
Hoje é possível afirmar que a memória
não possui um único locus. Diferentes
estruturas cerebrais estão envolvidas na
aquisição, armazenamento e evocação
das diversas informações adquiridas por
aprendizagem.
Memória de curto prazo
Memória de trabalho
Bases moleculares do
armazenamento da
memória
O mecanismo utilizado para o
armazenamento de memórias em seres
vivos ainda não é conhecido. Estudos
indicam a LTP (long-term potential) ou
potencial de longa duração como a
principal candidata para tal mecanismo.
A LTP foi descoberta por Tim Bliss e
Terje Lomo num estudo sobre a
capacidade das sinapses entre os
neurônios do hipocampo de
armazenarem informações. Descobriram
que um pequeno período de atividade
elétrica de alta freqüência aplicado
artificialmente a uma via hipocampal
produzia um aumento na efetividade
sináptica. Esse tipo de facilitação é o
que chamamos de LTP. Os mecanismos
para indução de LTP podem ser dos
tipos associativos ou não-associativos.
1. Fibras musgosas:
As informações recebidas pelo giro
denteado do córtex entorrinal são
transmitidas para o hipocampo através
das células granulares, cujos axônios
formam a via das fibras musgosas que
termina nos neurônios piramidais da
região CA3 do hipocampo. As fibras
musgosas liberam glutamato como
neurotransmissor. A LTP nas fibras
musgosas é do tipo não associativa, ou
seja, não depende de atividade pós-
sináptica ou de outros sinais chegando
simultaneamente, depende apenas de
um pequeno surto de atividade neural de
alta freqüência nos neurônios pré-
sinápticos e do conseqüente influxo de
cálcio. Esse influxo de cálcio ativa uma
adenilato ciclase dependente de cálcio e
calmodulina(tipo1); essa enzima
aumenta o nível de AMPc e o AMPc ativa
a proteocinase dependente de
AMPc(PKA). Essa cinase adiciona
grupamentos fosfato a certas proteínas
e, assim, ativa algumas e inibe outras. A
LTP nas fibras musgosas pode ser
influenciada por sinais de entrada
modulatórios pela noradrenalina. Esse
sinais de entrada ativam receptores aos
quais os transmissores se ligam, e esses
receptores ativam a adenilato ciclase. O
papel da LTP nas fibras musgosas sobre
a memória ainda é obscuro.
2. Colaterais de Schaffer:
As células piramidais na região CA3 do
hipocampo enviam axônios para a região
CA1 formando a via das colaterais de
Schaffer. A LTP nestas é do tipo
associativa, ou seja, requer atividade
concomitante tanto pré quanto pós-
sináptica. Assim, a LTP só pode ser
induzida na via das colaterais de
Schaffer se receptores do glutamato do
tipo NMDA forem ativados nas células
pós-sinápticas. É importante lembrar que
há dois receptores importantes para o
glutamato: o NMDA e o não-NMDA. O
canal do receptor NMDA não funciona
rotineiramente pois está bloqueado por
íons magnésio que são deslocados
apenas quando um sinal muito forte é
gerado na célula pós-sináptica. Tal sinal
faz com que as células pré sinápticas
disparem em alta freqüência resultando
numa forte despolarização que expelem
o magnésio e permitem o influxo de
cálcio. Essa entrada de cálcio
desencadeia uma cascata de reações
que é responsável pelo aumento
persistente da atividade sináptica. Esse
achado foi interessante pois forneceu a
primeira evidência para a proposta de
Hebb que estabelecia que "quando um
axônio da célula A (…) excita a célula B e
repetidamente ou persistentemente
segue fazendo com que a célula dispare,
algum processo de crescimento ou
alteração metabólica ocorre em uma ou
ambas as células, de forma que aumente
a efetividade, (eficácia) de A como uma
das células capazes de fazer com que B
dispare". Um dos mecanismos
responsáveis pelo fortalecimento dessa
conexão é o aumento na sensibilidade de
receptores AMPA. Outra possibilidade é
a redução na reciclagem de receptores
AMPA, permitindo que eles permaneçam
ativos por mais tempo. Além disso, após
uma indução sináptica de LTP, há um
aumento na liberação de transmissores
dos terminais pré-sinápticos.
Neuromodulação da
memória
Existem acontecimentos nas nossas
vidas que não esquecemos jamais.
Entretanto, nem tudo que nos acontece
fica gravado na nossa memória para
sempre. Como o cérebro determina o
que merece ser estocado e o que é lixo?
Doença de Alzheimer
Outros fatores
A memória e o olfato
As memórias que incluem lembrança de
odores têm tendência para serem mais
intensas e emocionalmente mais fortes.
Um odor que tenha sido encontrado só
uma vez na vida pode ficar associado a
uma única experiência e então a sua
memória pode ser evocada
automaticamente quando voltamos a
reencontrar esse odor. E a primeira
associação feita com um odor parece
interferir com a formação de
associações subsequentes. É o caso da
aversão a um tipo de comida. A aversão
pode ter sido causada por um mal estar
que ocorreu num determinado momento
apenas por coincidência, nada tendo a
ver com o odor em si; e, no entanto, será
muito difícil que ela não volte sempre a
aparecer no futuro associada a esse
odor.
Ver também
Teste de Memória
Criatividade
Raciocínio
Inteligência
Cognição
Inibição cognitiva
Mnemotécnica
Testes de QI
Inteligência artificial
Inteligências múltiplas
Pensamento
Semiótica
Transferência de memória animal
Referências
1. «Jovens chimpanzés têm melhor
memória que humanos adultos, diz
estudo» . Agência EFE + UOL Bichos. 3 de
dezembro de 2007. Consultado em 4 de
março de 2018.. Arquivado do original
em 7 de dezembro de 2007
2. David Robson (2 de março de 2018).
«Como fortalecer sua memória sem o
menor esforço» . BBC Future + BBC Brasil.
Consultado em 4 de março de 2018..
Cópia arquivada em 4 de março de 2018
3. Brown, J. Short-term Memory. 1964
Costa, J. e Tomaz, C. Neurociência e
Memória
Izquierdo, I. Memória e Esquecimento,
Ciência Hoje nº8 setembro/outubro de
1983
Tomaz, C. Memória e Emoções, Ciência
Hoje nº83 - agosto de 1992
Lent, R. Cem Bilhões de Neurônios-
conceitos fundamentais em
neurociência, Ed. Atheneu 2005
Ligações externas
Com Ciência
Modelos conexionistas da memória
humana
Neurociências
Memória: O Que É e Como Melhorá-la
Memória e História Oral entre os
imigrantes alemães no Sul do Brasil,
Revista do Historiador, PUC-RS, vol.2
n.1, 2010.
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