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Livro Eletrônico

Aula 07

Contabilidade Geral p/ TCM-BA (Auditor de Controle Externo) - Pós Edital

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa


CONTABILIDADE GERAL PARA TCM BA – AULA 07
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 07: ATIVO IMOBILIZADO

SUMÁRIO

1 MAIS UMA AULA ............................................................................................................................ 2


2 ATIVO IMOBILIZADO ...................................................................................................................... 2
2.1 CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC 27 ................................................ 2
2.2 LEASING FINANCEIRO ............................................................................................................ 7
2.3 LEASING OPERACIONAL .......................................................................................................... 8
3 CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO ................................................................................................. 8
3.1 RECONHECIMENTO INICIAL ..................................................................................................... 9
3.2 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE ................................................................................................ 15
4 GASTOS DE CAPITAL VS GASTOS DO PERÍODO ............................................................................... 16
5 ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA .............................................................................................. 17
6 ATIVO QUALIFICÁVEL ................................................................................................................... 18
6.1 - CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS ................................. 23
7 DIVISÃO DO IMOBILIZADO ........................................................................................................... 24
8 CONTEÚDO DAS CONTAS DO IMOBILIZADO .................................................................................... 25
8.1 TERRENOS .......................................................................................................................... 25
8.2 MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS ............................................................................. 25
8.3 EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS – HARDWARE - E SISTEMAS
APLICATIVOS - SOFTWARE ................................................................................................................... 25
8.4 MÓVEIS E UTENSÍLIOS ......................................................................................................... 26
8.5 VEÍCULOS ........................................................................................................................... 26
8.6 PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO ..................................................................................... 26
8.7 IMOBILIZADO BIOLÓGICO ..................................................................................................... 26
8.8 BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS ............................................................................ 26
9 IMOBILIZADOS EM ANDAMENTO .................................................................................................... 28
10 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ...................................................................... 29
10.1 DEPRECIAÇÃO .................................................................................................................. 29
10.2 ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA! ................................................ 29
10.3 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO .................................................................................................. 30
10.4 MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO .............................................................................................. 30
10.4.1 MÉTODO DA LINHA RETA OU LINEAR OU MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES ................ 31
10.4.2 MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS OU MÉTODO DE COLE OU MÉTODO DAS QUOTAS
DECRESCENTES: 31
10.4.3 MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS ......................................................................... 32
10.4.4 MÉTODO DAS HORAS DE TRABALHO ........................................................................... 32
11 ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL ....................................................................... 33
12 DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS ............................................................................................... 33
13 DEPRECIAÇÃO ACELERADA ....................................................................................................... 34
14 DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO ............................................ 34
15 ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO IMOBILIZADO .............................................................................. 37
16 VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL ........................................................................................ 40
17 REPARO E CONSERVAÇÃO DE BENS E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS ................................................... 44
17.1 GASTOS COM LIMPEZA, MANUTENÇÃO DO BEM, CONSERVAÇÃO ............................................ 44
17.2 SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS ................................................................................................. 45
18 AMORTIZAÇÃO ........................................................................................................................ 45
18.1 REVISÃO 08 – CPC – AMORTIZAÇÃO PELA RECEITA .............................................................. 48
19 EXAUSTÃO .............................................................................................................................. 52
19.1 CONCEITOS DA LEI 6.404/76 E CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO .................................................. 52
19.2 EXAUSTÃO DE BENS APLICADOS NA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS E FLORESTAIS ..... 53
19.3 CLASSIFICAÇÃO: RECURSOS DE PROPRIEDADE DA EMPRESA X DIREITOS DE EXPLORAÇÃO EM
PROPRIEDADES DE TERCEIROS ............................................................................................................. 55
19.4 RECURSOS FLORESTAIS PRÓPRIOS .................................................................................... 58
19.5 DIREITOS DE EXPLORAÇÃO DE FLORESTA ........................................................................... 58
19.6 MAPA MENTAL DA EXAUSTÃO............................................................................................. 60
20 ATIVO IMOBILIZADO E PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO ......................................................... 61
21 RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA ...................................................................... 64
22 MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA ............................................................................... 68
23 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................................... 71
24 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................................... 96
25 GABARITO DAS QUESTÕES APRESENTADAS .............................................................................. 103

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1 MAIS UMA AULA...

Olá, meus amigos. Como estão?!

Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso


de Contabilidade Geral.

Hoje, falaremos sobre um tema muito importante, que vem sendo objeto
de cobrança sistemática em provas, o ativo imobilizado. Teceremos
comentários sobre os aspectos contábeis e fiscais, além de falar sobre o
CPC 27 – Ativo imobilizado.

Vamos à aula?! Então, aos estudos!

Um abraço.

zabrí9L uab9L9/muxíam9 u9sa.


2 ATIVO IMOBILIZADO

Faremos um passeio sobre o ativo imobilizado, pois as bancas adoram


este tema.

Falaremos sobre o imobilizado de forma geral, com enfoque no tópico que


constam no título da aula. Comecemos!

O ativo imobilizado tem definição básica em dois diplomas. O primeiro e


principal é a lei 6.404/76. O segundo é o CPC 27 – Ativo Imobilizado.

2.1 CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC


27

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos


do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de


liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,


investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)

Ainda, continua...

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Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Segundo o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os
benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Assim, classificam-se no imobilizado direitos que


tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como,
por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e

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equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos


passam a ficar no intangível.

A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens


locados não satisfazem, em regra, o critério para serem classificados como
ativo.

Regra  Classificação dos bens de propriedade da companhia

Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens, devem ser classificados no grupo de contas (...)”

Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa
juridicamente, como os bens objetos de leasing.

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro.


A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: o
leasing transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como


leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos
riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o
arrendamento mercantil.

Riscos e benefícios com Classificação


Arrendatário Arrendamento financeiro
Arrendador Arrendamento operacional

Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco


características podem aparecer:

Principais características de um arrendamento financeiro

1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor
justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

Expliquemos item a item...

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1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato.

É provável que ao final do contrato o arrendatário vá adquirir o bem objeto


de arrendamento mercantil financeiro.

2) Valor residual mais baixo que o valor justo;

O valor residual que será pago pelo arrendamento é menor do que o valor
de mercado avaliado do ativo ao final do contrato.

3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do


ativo

Item autoexplicativo.

4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo


o valor justo do ativo;

Basicamente, você paga quase todo o valor de mercado de um ativo. O


valor presente (as parcelas descontadas para valor de hoje) consubstancia
basicamente todo o valor de mercado deste ativo.

5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o


arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

Se há o arrendamento de uma máquina para uma indústria produtora de


calçado, é por que provavelmente somente a arrendatária é produtora deste
tipo de produto. O arrendador, provavelmente, produzirá a máquina que é
arrendada. Daí dizer que somente o arrendatário pode usar sem grandes
modificações.

Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não
mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma
ou mais das características acima.

Vamos exemplificar?

“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída


especialmente para ser usada nas suas operações”

(Arrendamento financeiro – item 5 acima).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a
tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”.

Supondo que a tabela da Revista 4 Rodas represente o valor justo do


veículo, será arrendamento operacional (Não atende o item 2).

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“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”.

Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais


baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas
500 reais).

E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo


de arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua
sorte, esses tratamentos são cobrados em concurso.

(UFRJ/Analista da CVM/2008) A IAS 17 relaciona algumas situações


que podem conduzir a que uma transação de arrendamento mercantil seja
classificada como financeira.

A situação que está mais identificada com outras modalidades de


arrendamento é:

a) o arrendamento transfere a posse do ativo ao arrendatário no fim do


prazo do contrato;
b) o arrendatário possui a opção de comprar o ativo por um preço que se
espera ser equivalente a seu valor justo na data em que a opção seja
exercida;
c) o prazo do arrendamento abrange a maior parte da vida econômica do
ativo, mesmo que o título de propriedade não seja transferido;
d) no início do arrendamento o valor dos pagamentos mínimos ajustados
do contrato atinge, pelo menos substancialmente, todo o valor justo do
ativo arrendado;
e) o ativo arrendado é de tal natureza especializada que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem que sejam efetuadas grandes modificações.

Comentários:

O nosso gabarito é a letra b.

Ao final do contrato de arrendamento mercantil financeiro, como se pagou


substancialmente todo o valor de mercado do ativo, espera-se pagar um
valor substancialmente menor do que o seu valor de mercado.

Todos os outros itens estão de acordo com o que explicamos acima.

Gabarito  B.

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2.2 LEASING FINANCEIRO

Atenção! O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido


no balanço patrimonial do arrendatário como ativo!

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo (valor de


mercado) de R$ 20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000
(total de R$ 24.000,00), sem valor residual.

Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D – Veículos 20.000
D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

Portanto, no caso do arrendamento mercantil financeiro, o arrendatário


contabiliza o bem como ativo, contabiliza a depreciação e a despesa
financeira (apropriação dos juros a transcorrer).

Vejam que o bem, nesta hipótese, foi contabilizado pelo valor justo. Não
devemos contabilizar a despesa financeira com ativo, isto é, a regra hoje
vigente na contabilidade é de que as operações financeiras devem ser
segregadas e não consideradas como parte de um ativo.

(FCC/Analista/TRF 1ª/2011) Uma operação de arrendamento mercantil


efetuada no prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência
substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato,
cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato,
deverá ser registrada

a) no Realizável de Longo Prazo.


b) em conta de Ajustes Patrimoniais.
c) como item do Ativo Diferido.
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d) em conta do Imobilizado.
e) como uma Despesa Diferida.

Comentários:

Havendo transferência substancial dos riscos e benefícios, estamos frente a


uma hipótese de arrendamento mercantil financeiro, e, como dissemos,
deve ser contabilizado como ativo imobilizado.

Gabarito  D.

2.3 LEASING OPERACIONAL

Atenção! O bem objeto de leasing operacional não deve ser


reconhecido no balanço patrimonial do arrendatário como ativo!

Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento


operacional de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500
reais por mês. Nesse caso, a contabilização fica assim:

D – Despesa de arrendamento 500


C – Bancos 500

Professores, entendi que, no leasing operacional, as parcelas são lançadas


no passivo, mas o valor total não é reconhecido no passivo? Todo o leasing
não seria uma obrigação presente derivada de um fato passado?

No caso do leasing operacional, não. As parcelas só são devidas depois que


ocorre o “aluguel” durante o mês.

Ou seja: quando estamos em 31 de maio, o aluguel referente ao mês de


maio é devido. Mas o aluguel de junho, não. O fato gerador da obrigação
é a empresa usar o objeto do arrendamento durante o mês de junho.

E se a empresa devolver o bem e cancelar o arrendamento operacional no


dia 31 de maio? Nesse caso, não deverá pagar nada pelo arrendamento em
junho.

Portanto, só vai para o passivo o pagamento referente a mês já alugado e


ainda não pago.

3 CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO

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3.1 RECONHECIMENTO INICIAL

Conforme a lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,


deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;

Portanto, o imobilizado é avaliado inicialmente ao custo!

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições
de uso.

Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos


não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no
local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da
forma pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no


Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de

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qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição


(tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.

Continuando...

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;


(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor
presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de


um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os
seguintes custos:

(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas
condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as
operações da entidade.

Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o


desenvolvimento de um item do ativo imobilizado não são necessárias para
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deixá-lo no local e nas condições operacionais pretendidas pela


administração.

Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades


de construção ou desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode
ser usado como estacionamento e gerar receitas, até que a construção se
inicie.

Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em
condições de funcionar no local e nas condições operacionais pretendidas
pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser
reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas classificações de
receita e despesa.

O item c fala “a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção


do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado”. O
que é isso?

Imagine que a Petrobrás, através de um contrato de arrendamento


financeiro, assuma uma plataforma de petróleo. Esse bem será registrado
no Ativo Imobilizado e, além dos custos de instalação, o contrato prevê que
a desmontagem e remoção da plataforma ocorrerão daqui a 10 anos e serão
de responsabilidade da Petrobrás.

Esses gastos devem ser incorporados ao custo da plataforma. Eles devem


ser trazidos a valor presente.

Vamos treinar? A questão a seguir é difícil (muito)!

(FGV/Auditor Tributário/ISS Niterói/2015) Em 01/02/X0, a Cia.


Digama adquiriu, por R$ 3.000.000,00, um terreno destinado à construção
de um novo armazém. De 01/02/X0 a 30/04/X0 o terreno foi utilizado como
estacionamento, e a companhia faturou R$ 70.000,00 durante esse período
com a locação de vagas.

Em 01/05/X0, a companhia pagou R$ 25.000,00 de honorários aos


engenheiros responsáveis pelo projeto do armazém e deu início à sua
construção.

Para isso, ela tomou um empréstimo de R$ 6.000.000,00 junto ao Banco


Zeta S.A. Até 01/12/X0 data em que foi concluída, a Cia. Digama gastou na
construção do armazém R$ 850.000,00 com mão de obra, R$ 150.000,00

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com a preparação do terreno, R$ 300.000,00 com frete e R$ 5.000.000,00


com materiais de construção.

Os juros incorridos sobre o empréstimo tomado junto ao Banco Zeta S.A,


durante esse período foram de R$ 40.000,00, e a companhia obteve
receitas financeiras de R$ 8.000,00 pela aplicação desses recursos antes de
efetuar os pagamentos necessários à condução da obra. De 01/12/X0 a
15/12/X0, data em que o armazém foi inaugurado, a Cia. Digama gastou
R$ 50.000,00 para transferir os equipamentos de um armazém antigo para
esse novo armazém. Esse novo armazém deverá ser reconhecido no
imobilizado da Cia. Digama pelo custo de:

a) 6.287.000
b) 6.325.000
c) 6.357.000
d) 6.365.000
e) 6.407.000

Comentários:

Como dissemos, o custo do imobilizado inclui:

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor
presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

Vamos para a questão...

Os trechos da questão estão em negrito.

Em 01/02/X0, a Cia. Digama adquiriu, por R$ 3.000.000,00, um


terreno destinado à construção de um novo armazém. De 01/02/X0
a 30/04/X0 o terreno foi utilizado como estacionamento, e a
companhia faturou R$ 70.000,00 durante esse período com a
locação de vagas.

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A primeira coisa é perceber lá no final da questão que ela pede o


valor contábil do armazém e não do terreno.

Portanto, as informações relativas ao terreno devem ser reconhecidas


separadamente. Terreno é terreno, armazém é armazém.

O terreno deve ser reconhecido separadamente no balanço patrimonial.

Em 01/05/X0, a companhia pagou R$ 25.000,00 de honorários aos


engenheiros responsáveis pelo projeto do armazém e deu início à
sua construção.

Os honorários com engenheiros, arquitetos e profissionais do gênero são


reconhecidos como custo do imobilizado. Este item é um custo diretamente
atribuível, segundo o CPC 27, 17, f.

Para isso, ela tomou um empréstimo de R$ 6.000.000,00 junto ao


Banco Zeta S.A. Até 01/12/X0 data em que foi concluída, a Cia.
Digama gastou na construção do armazém R$ 850.000,00 com mão
de obra, R$ 150.000,00 com a preparação do terreno, R$
300.000,00 com frete e R$ 5.000.000,00 com materiais de
construção.

O empréstimo obtido vai ingressar no banco, em contrapartida à conta


empréstimos a pagar.

Depois disso, temos gastos com a construção do armazém:

- Mão de obra: R$ 850.000,00 (entra no custo)


- Preparação do terreno: R$ 150.000,00 (entra no custo)
- Materiais de construção: R$ 5.000.000,00 (entra no custo)
- Frete: R$ 300.000,00

Os juros incorridos sobre o empréstimo tomado junto ao Banco Zeta


S.A, durante esse período foram de R$ 40.000,00, e a companhia
obteve receitas financeiras de R$ 8.000,00 pela aplicação desses
recursos antes de efetuar os pagamentos necessários à condução
da obra.

Nós sabemos que a regra para o reconhecimento dos juros é lança-los como
despesa na DRE conforme o período de competência.

Todavia, se estivermos frente a um ativo qualificável, a situação muda e


reconhecemos esses juros como parte do custo do ativo.

Assim, nesta hipótese, vamos lançar os R$ 40.000,00 como custo do ativo,


subtraindo os R$ 8.000,00 obtidos como receitas.

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Segundo o CPC 20:

12. Na extensão em que a entidade toma recursos emprestados


especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável, a
entidade deve determinar o montante dos custos dos empréstimos
elegíveis à capitalização como sendo aqueles efetivamente incorridos
sobre tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita
financeira decorrente do investimento temporário de tais
empréstimos.
De 01/12/X0 a 15/12/X0, data em que o armazém foi inaugurado,
a Cia. Digama gastou R$ 50.000,00 para transferir os equipamentos
de um armazém antigo para esse novo armazém.

Vejam que esses gastos nada têm a ver com a construção do armazém. Os
gastos para remoção dos equipamentos antigos do armazém antigo para o
novo devem ser considerados como despesa, na DRE.

Esse novo armazém deverá ser reconhecido no imobilizado da Cia.


Digama pelo custo de:

- Honorários 25.000,00
- Gastos mão de obra 850.000,00
- Preparação do terreno 150.000,00
- Frete 300.000,00
- Materiais de construção 5.000.000,00
- Juros (ativo qualificável) 40.000,00 – 8.000 = 32.000,00
Total 6.357.000,00

Professores, e as receitas com estacionamento? Elas devem ser


reconhecidas na DRE. Vejam o que diz o CPC 27:

21. Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o


desenvolvimento de um item do ativo imobilizado não são necessárias para
deixá-lo no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração. Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante
as atividades de construção ou desenvolvimento. Por exemplo, o local de
construção pode ser usado como estacionamento e gerar receitas, até que
a construção se inicie. Como essas atividades não são necessárias
para que o ativo fique em condições de funcionar no local e nas
condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas
e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas no resultado e
incluídas nas respectivas classificações de receita e despesa.

Questão bem difícil, mas um ótimo treino para entender o assunto!

Gabarito  C.

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3.2 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE

Assim como os outros ativos, o ativo imobilizado pode mudar de valor. Ele
pode se desgastar, pode sofrer perda no seu valor de mercado ou perder
também o valor que se espera em relação à capacidade de gerar produtos.

Portanto, depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e


exaustão e ao teste de recuperabilidade. A previsão para estes institutos
encontra-se na Lei 6.404 do seguinte modo:

Art. 183. § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado


e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que


têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado
na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a


recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim
de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão


de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Aval. do imobilizado: Custo - depreciação/amort./exaustão - red. val.


rec.
Diminuição Perda do valor aplicado:
Por desgaste
Por uso
Depreciação
Por ação da natureza
Por obsolescência
Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou
Amortização
comercial com existência ou exercício de duração limitada

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Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização


por prazo legal ou contratualmente limitado
Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa
Exaustão
exploração.

4 GASTOS DE CAPITAL VS GASTOS DO PERÍODO

Conforme o livro “Contabilidade Societária”, da equipe de professores da


USP, os gastos subsequentes podem ser de duas espécies:

Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício


social e devem ser adicionados ao valor do ativo imobilizado, desde
que atendam às condições de reconhecimento de um ativo. Exemplo: custo
de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.

Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às


contas de despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são
necessários para manter o imobilizado em condições de operar, não
lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o
potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não
podem ser reconhecidos como ativo, mas sim como despesa. Exemplo:
manutenção e reparos, etc.

Vejamos o CPC 27 – Ativo Imobilizado:

12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não


reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os
custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos
são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da
manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de
produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A
finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo
e manutenção” de item do ativo imobilizado.

13. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer


substituição em intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode
requerer novo revestimento após um número específico de horas de uso;
ou o interior dos aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir
substituição diversas vezes durante a vida da estrutura. Itens do ativo
imobilizado também podem ser adquiridos para efetuar substituição
recorrente menos frequente, tal como a substituição das paredes interiores
de edifício, ou para efetuar substituição não recorrente. Segundo o princípio
de reconhecimento do item 7, a entidade reconhece no valor contábil de
um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item
quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem
atendidos. O valor contábil das peças que são substituídas é baixado
de acordo com as disposições de baixa deste Pronunciamento (ver
itens 67 a 72).

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14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado


(por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de
inspeções importantes em busca de falhas, independentemente das
peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção
importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil
do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de
reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor contábil
remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças
físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção
anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou
construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante
pode ser usado como indicador de qual é o custo do componente de
inspeção existente, quando o item foi adquirido ou construído.

Os gastos subsequentes podem ser divididos em


manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e
são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado no
custo do ativo, e passa a ser depreciado).

Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social

Paradas Beneficiam mais de


Gastos de capital Ativo Imobilizado
programadas um exercício social

A prática anterior era a de provisionar o valor da parada programada. Mas


este procedimento foi alterado, pois não há base para o reconhecimento de
um passivo neste caso. Não há obrigação presente.

O método atual é de dar baixa no valor contábil do item substituído


e capitalizar (contabilizar como ativo) o novo item.

5 ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA

O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se


utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido. Se a entidade
produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas operações, o
custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de construir o ativo para
venda. Por isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados
para determinar tais custos.

Basicamente, se a empresa produz ativos para vender, mas resolve utilizar


um ou alguns como imobilizado, a mensuração deve ser feita pelos mesmos
princípios do ativo adquirido, isto é, você irá capitalizar a mão de obra,
gastos com seguro, materiais, honorários de engenheiros, entre outros.

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Se o ativo construído pela empresa custou R$ 300.000,00, e é vendido por


R$ 500.000,00, ele ficará contabilizado por R$ 300.000,00, pois não
devemos reconhecer lucros gerados internamente.

De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-


de-obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na construção de
um ativo não é incluído no custo do ativo.

6 ATIVO QUALIFICÁVEL

O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece


critérios para o reconhecimento dos juros como componente do valor
contábil de um item do ativo imobilizado construído pela própria empresa.
Os juros de empréstimos contratados para a construção ou aquisição de
ativo qualificável (ativo que demanda um tempo substancial para ficar
pronto para o seu uso ou venda pretendidos) devem ser capitalizados, ou
seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado.

Vamos explicar melhor o item acima. Conforme o Pronunciamento CPC 20


(R1) – Custos de Empréstimos:

Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade


incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período


de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

7. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos


podem ser considerados ativos qualificáveis:

(a) estoque;
(b) plantas industriais para manufatura;
(c) usina de geração de energia;
(d) ativos intangíveis;
(e) propriedades para investimentos.

8. A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são


diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo
qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os
outros custos de empréstimos como despesa no período em que são
incorridos. (g.n.)

Um ativo qualificável (tradução de “qualifying assets”) é um ativo que,


necessariamente, demanda um período de tempo substancial para
ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, também chamado de
ativo qualificado.

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Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição,


construção ou produção de ativo qualificável devem ser
capitalizados, ou seja, contabilizados como custo do estoque.

Os outros custos de empréstimos (que não são para ativos qualificáveis)


devem ser reconhecidos como despesas no período em que incorrerem.

Custos de emp 1 réstimos - hoje:


Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos
Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE

Atenção! Uma questão interessante é a seguinte:

a) Levando em consideração que cessa o reconhecimento dos custos do


ativo quando o mesmo se encontra em condições pretendidas de uso;
b) A empresa contraiu empréstimo para financiar o ativo qualificável e;
c) A duração do empréstimo será maior que o tempo gasto para o ativo
ficar pronto. Portanto, quando cessar a contabilização dos custos do ativo
qualificável a empresa não terá incorrido na totalidade dos custos do
empréstimo.

Como é feita a contabilização do restante dos custos de financiamento do


ativo e o cálculo da depreciação?

Após o ativo qualificável estar pronto para o uso, os juros do


empréstimo vão para despesa financeira.

Ademais, este cálculo não afeta a depreciação, ou seja, a empresa só


deprecia o valor atribuído ao ativo qualificável. Os juros que vão para a
despesa não afetam o cálculo da depreciação.

Vamos a um exemplo:

(Inédita) A empresa KLR decidiu aumentar a área da sua fábrica,


construindo um imóvel anexo (o popular “puxadinho”). A melhor proposta
que conseguiu foi de $500.000. Achando esse valor muito caro, a empresa
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KLR resolveu construir o anexo por sua conta. Após um tempo substancial,
a empresa terminou a construção, tendo incorrido nos seguintes gastos:

- Material de construção 160.000


- Mão de obra 120.000
- Custos indiretos de Fabricação 30.000

Para financiar parte da construção do anexo, a empresa contratou um


empréstimo no valor de $ 250.000,00, incorrendo em juros no valor de $
40.000,00.

Calcule o valor pelo qual o puxadinho será incluído no imobilizado:

A) 280.000
B) 310.000 5
C) 350.000
D) 500.000
E) 600.000

Comentários:

Primeiro ponto: Não poderíamos contabilizá-lo pelo valor de mercado, o


valor justo (500.000)? Afinal, esse é o preço que a empresa gastaria para
contratar uma construtora para fazer o serviço.

Resposta: Não. A empresa não deve reconhecer lucro gerado internamente.


Portanto, descarte a letra D ($500.000).

Superado esse ponto, vamos em frente.

O anexo é um Ativo Qualificável (que demora um tempo substancial para


ficar pronta para o seu uso pretendido), portanto os encargos do
empréstimo usado para financiá-lo são incluídos no custo do ativo.

Assim, temos:

Material de construção 160.000


+ Mão de obra 120.000
+ Custos indiretos de Fabricação 30.000
+ Juros do empréstimo 40.000
TOTAL 350.000

Adendo! O que são custos indiretos? Os custos indiretos são aqueles que
não podem ser atribuídos diretamente, sendo necessário algum critério de
rateio. Por exemplo:

- Aluguel da fábrica. Deve ser atribuído aos produtos com base na


metragem que cada um ocupa da fábrica.

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- Depreciação de máquinas usadas na fabricação de diversos produtos: a


depreciação deve ser atribuída aos produtos conforme algum critério de
rateio, e assim por diante.

Os custos diretos são aqueles que podem ser atribuídos diretamente ao


produto, sem precisar de rateio.

Exemplo de custo direto: matéria prima e mão de obra direta.

Professores, mas vocês disseram lá em cima que, segundo o CPC 27:

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(d) custos administrativos e outros custos indiretos.


9
Vejam que esses outros custos indiretos são administrativos.

Aqui, nós estamos falando de custos indiretos de fabricação! São


situações distintas.

Gabarito  C.

Muito bem. Ativo qualificável demora um tempo substancial para ficar


pronto. E qual seria esse “tempo substancial”? Um ano? Seis meses?

Não há uma definição ou determinação sobre esse prazo. A empresa


deve usar o seu melhor julgamento técnico, para enquadrar um
ativo como qualificável ou não. As normas falam sempre em “tempo
substancial”, mas não definem quanto é esse tempo. Assim, eventuais
questões sobre esse assunto devem mencionar que a construção do ativo
demorou um “tempo substancial” ou algum sinônimo (“demorou muito
tempo”, “demorou um tempo excessivamente longo”, e por aí vai.)

Estudamos a inclusão dos juros no ativo. Agora vejamos a exclusão dos


juros.

Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Imobilizado:

23. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à


vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os
prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e
o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros

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durante o período (...), a menos que seja passível de capitalização de


acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos.
(g.n.)

Comentário: Vamos supor que uma empresa possa comprar um ativo à


vista, por 100.000,00, ou a prazo, por 110.000,00. Nesse caso, o total a
prazo excede o preço à vista, e tal diferença deve ser reconhecida
(contabilizada) como despesa com juros.

Digamos que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte:

Compra à vista:

D – Imobilizado (ativo) 100.000


C – Caixa/bancos (ativo) 1
200.000

Imobilizado Caixa
100.000,00 100.000,00

Na compra a prazo:

Ao invés de contabilizar o ativo pelo valor total, como é o procedimento


normal, o correto é o seguinte:

D – Imobilizado (Ativo) 100.000


D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C – Fornecedores (Passivo) 110.000

Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)


100.000,00 10.000,00 110.000,00

Passado um mês, teríamos:

D – Despesa financeira (resultado) 10.000


D – Fornecedores (Passivo) 110.000
C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C – Caixa/bancos (ativo) 110.000

Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)


100.000,00 10.000,00 10.000,00 110.000,00 110.000,00

Despesa finan. Caixa


10.000,00 110.000,00

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A contabilização acima trata-se do ajuste a valor presente. Na nossa


legislação, devemos efetuar o ajuste a valor presente para as operações de
longo prazo, e para as de curto prazo quando forem relevantes. Confira a
Lei das SA:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Critérios de Avaliação do Passiv5


o

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais
ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

A contabilização acima (no prazo de um mês) foi demonstrada apenas como


exemplo. Só poderia ser ajustada a valor presente se houvesse efeito
relevante. Do contrário, apenas os elementos de longo prazo sofrem o
ajuste a valor presente, conforme determina a legislação.

1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos


financeiros no custo do Ativo.
2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros,
os quais serão apropriados como Despesa Financeira por competência.

6.1 - CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS


EMPRÉSTIMOS.

Normalmente, a contabilização dos custos de empréstimos (no caso de


ativos não qualificáveis) é feita a débito de despesa financeira e crédito
do passivo:

D – Despesa financeira (resultado)


C – Empréstimos a pagar (Passivo)

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Desp. Finan. (Resul) Emp. a pagar


XX,XX XX,XX

Observação: a contabilização acima refere-se à situação em que o custo


do empréstimo é tratado como despesa financeira. Ou seja, quando não
estamos diante de um ativo qualificável.

No caso dos ativos qualificáveis, para capitalizar os custos dos


empréstimos, debitamos o Ativo que está sendo adquirido ou construído:

D – Ativo qualificado em construção


C – Empréstimo a pagar (passivo)

Ativo qual. em constru. Emp. a pagar


XX,XX XX,XX

Pelo término da construção do ativo:

D – Ativo (Estoque ou imobilizado ou intangível, etc,)


C – Ativo qualificado em construção.

Normalmente, durante a construção, é usada uma conta transitória,


denominada “Ativo em Construção”, que recebe todos os valores que
compõe o custo do ativo.

Depois de concluído, a conta transitória é zerada e seu saldo


transferido para ativo imobilizado, ou ativo intangível, enfim, para
a conta definitiva.

7 DIVISÃO DO IMOBILIZADO

De acordo com o Manual de Contabilidade Societária, o ativo imobilizado


pode ser dividido basicamente em dois grandes grupos:

- Bens em operação: Aqueles que estão sendo utilizados pela sociedade


em suas atividades fins.
- Imobilizados em andamento: Aqueles que ainda não estão operando.

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Além da segregação do imobilizado entre bens em operação e imobilizado


em andamento, outros critérios podem ser adotados, como, por exemplo,
a separação por área geográfica, segmento econômico, função ou
departamento, necessidades internas e de terceiros, exigências
fiscais.

8 CONTEÚDO DAS CONTAS DO IMOBILIZADO

Várias são as contas registradas no ativo imobilizado. Vejamos agora as


principais:

8.1 TERRENOS

Registra os terrenos realmente utilizados nas operações. É, por exemplo,


onde se encontra a fábrica, estoques, filiais, lojas. Se o terreno for
destinado à atividade fim, mas ainda não estiver pronto, será classificado
como imobilizado em andamento.

Se, ao revés, o terreno não estiver sendo utilizado nas atividades fim da
empresa, deverá ir para o ativo não circulante investimentos.

Atenção! Professores, e no caso de uma indústria, temos a fábrica que


executa a atividade fim, correto? E temos, muitas vezes, o escritório
administrativo, separado da fábrica, que executa "atividades meio". Como
fica a classificação nesta hipótese?

Ora, as atividades fim não são apenas as atividades de fabricação. Inclui


administração, contabilidade, compras, vendas e outras. A fábrica compra
um prédio para usar como escritório. Fica no imobilizado.

Se o mesmo prédio for usado para alugar a terceiros e auferir renda, fica
em investimento. Não é mais usado nas atividades fim.

Por outro lado, há a diferença entre "custos" e "despesas". O prédio da


fábrica tem custo de depreciação (entra no custo dos produtos). Já o prédio
da administração tem "despesa de depreciação". Mas ambos ficam no
imobilizado.

8.2 MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS

Envolve o conjunto de bens corpóreos desta natureza utilizado no processo


de produção da empresa.

8.3 EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS


– HARDWARE - E SISTEMAS APLICATIVOS - SOFTWARE

Os hardwares adquiridos pela empresa ficam registrados à conta do ativo


imobilizado. Por seu turno, para a classificação dos softwares devemos

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perquirir qual a ligação do software com o equipamento que o utiliza. Se o


software for identificável, separável e puder ser segregado e transacionado
pela entidade, reconheceremos então um intangível, hipótese em que será
amortizado.

8.4 MÓVEIS E UTENSÍLIOS

Representa, por exemplo, mesas, cadeiras, arquivos, estantes, entre outros


móveis que estejam sendo utilizados nas atividades fins da empresa.

8.5 VEÍCULOS

Registram-se nessa conta veículos sob controle da empresa. Todavia, o


FIPECAFI defende que se os veículos forem utilizados diretamente na
produção, tal como empilhadeira, escavadeira, etc, poderão ser agrupados
na conta equipamentos.

8.6 PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO

Peças e conjuntos de reposição são aquelas que se destinam à substituição


de outras em máquinas, equipamentos, etc.

Trataremos melhor deste assunto à frente.

8.7 IMOBILIZADO BIOLÓGICO

São os animais, plantas vivas, mantidos para produção, que se esperem


utilizar por mais de um período social. Exemplo: gados reprodutores, gados
produtores de leite, plantação de café.

8.8 BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS

Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao


proprietário do imóvel ao final do contrato de locação, são
classificadas no ativo imobilizado.

Se as benfeitorias em imóveis de terceiros forem em contrato de locação


por prazo indeterminado, ou se o prazo do contrato for maior que a vida
útil da benfeitoria, devemos depreciar estas benfeitorias.

Caso o contrato tenha duração determinada e menor que a vida útil da


benfeitoria, esta será amortizada pelo prazo do contrato.

Exemplo: Benfeitoria em imóveis de terceiros:

1º caso: Prazo indeterminado.

Vida útil: 8 anos.

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Contrato por prazo indeterminado.


Deprecia a benfeitoria em 8 anos.

2º caso: Prazo determinado e contrato > Vida útil.

Vida útil: 8 anos.


Contrato por prazo determinado, de 10 anos.
Deprecia a benfeitoria em 8 anos.

3º caso: Prazo determinado e contrato < Vida útil.

Vida útil: 8 anos.


Contrato por prazo determinado, de 5 anos.
Amortiza a benfeitoria em 5 anos.

Ou seja, se o desgaste da benfeitoria puder ser reconhecido pelo prazo de


vida útil, seja porque o contrato é por prazo indeterminado, seja porque o
prazo do contrato é maior que a vida útil da benfeitoria, será depreciação.

Se o desgaste da benfeitoria tiver que ser abreviado, porque o prazo do


contrato é menor que a vida útil da benfeitoria, será amortização.

Benfeitorias em imóveis de terceiros


Contrato Critério de avaliação
Prazo indeterminado
Prazo determinado e Contrato > Depreciação (Vida útil)
Vida útil
Prazo determinado e Contrato <
Amortização (Contrato)
Vida útil

(AOCP/Analista/Contabilidade/UFSM/2014) Benfeitorias em imóveis


de terceiros devem ser reconhecidas como

a) Ativo circulante – Estoque


b) Passivo circulante – Obrigações diversas
c) Ativo não circulante – Imobilizado.
d) Ativo não circulante – Investimentos permanentes.
e) Ativo não circulante – Intangível.

Comentários:

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Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao


proprietário do imóvel ao final do contrato de locação, são
classificadas no ativo imobilizado.

Gabarito  C.

(IDECAN/Assistente/Contabilidade/INMETRO/2015) Para instalação


de sua nova fábrica, uma empresa realiza uma série de benfeitorias em um
imóvel alugado pelo período de dois anos, cujo contrato prevê a restituição
do valor gasto ao final da vigência. O contador deverá registrar esse gasto
como “benfeitorias em imóveis de terceiros”, no Ativo. Assim, essa conta
deverá ser classificada no grupo:

a) Intangível.
b) Circulante.
c) Imobilizado.
d) Investimentos.
e) Realizável a longo prazo.

Comentários:

Benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo valor será revertido ao


proprietário do imóvel ao final do contrato de locação, são
classificadas no ativo imobilizado.

Nesta hipótese, vai haver restituição do valor gasto ao final da


vigência. Assim, a classificação será no ativo não circulante – realizável a
longo prazo. Se fosse em menos de um ano, a classificação seria no ativo
circulante.

Fiquem de olho nesta hipótese!

Gabarito  E.

9 IMOBILIZADOS EM ANDAMENTO

Além das contas listadas acima, classificam-se no imobilizado: construções


em andamento, bens em uso na fase de implantação, importações em
andamento de bens.

Ainda, uma pegadinha que pode aparecer em provas é a conta


adiantamento a fornecedores de imobilizado, classificada no ativo
imobilizado, que registra todos os adiantamentos a fornecedores por conta
de fornecimento sob encomenda de bens do ativo imobilizado.

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10 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de


aquisição, subtraído da depreciação, amortização, exaustão, e/ou,
ainda, ajuste por redução ao valor recuperável.

Ativo Imobilizado

Custo de aquisição
(-) Depreciação, amortização, exaustão
(-) Ajuste ao valor recuperável

10.1 DEPRECIAÇÃO

Vamos apresentar uma breve introdução, incluindo as determinações fiscais


a respeito (que são aplicáveis à maioria das questões anteriores envolvendo
depreciação) e depois analisar o pronunciamento.

A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado


e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm


por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;

10.2 ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA!

Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre


encargos de depreciação e depreciação acumulada.

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Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia


10% ao ano, sem valor residual.

Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no


encerramento do exercício em 31.12.X2?

Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de


1.000,00).

O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-


se à depreciação deste período, conta esta que é zerada no
encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.

A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do


ativo. Como o próprio nome sugere, ela computa a soma da depreciação
acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim da vida útil do
bem, e sua baixa ou alienação.

Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1


+ 100,00 de X2).

Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação.

10.3 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO

A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso. Então, em


regra, o mês de aquisição vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas
questões, a data em que o ativo está pronto para ser utilizado.

O mais correto tecnicamente é adotar a data em que o ativo está pronto


para uso. Por exemplo, se estiver pronto no dia 20, deprecia a partir desta
data. Todavia, para facilitar os cálculos, em provas, pode aparecer da
seguinte maneira:

- Se o imobilizado está pronto para uso até o dia 15: deprecia o mês todo.
- Se o imobilizado está pronto para uso após o dia 15: deprecia a partir do
mês seguinte.

Como saber? Somente testando os números.

10.4 MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO.

Há vários métodos para se calcular a depreciação. Apresentaremos, a


seguir, os principais abordados em prova. Os mais usados são:

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10.4.1 MÉTODO DA LINHA RETA OU LINEAR OU MÉTODO DAS


QUOTAS CONSTANTES:

Disparadamente o método mais cobrado em provas!

Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos


o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada disser a
questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha reta.

Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.


Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.

Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o


prazo que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que
vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o
condão de alterar os dispositivos da legislação contábil!

10.4.2 MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS OU MÉTODO DE COLE


OU MÉTODO DAS QUOTAS DECRESCENTES:

Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos


cada algarismo pela soma.

Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de
5 anos, tomaremos os seguintes procedimentos:

Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.

Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e


ano 5 = 1/15.

Mas por que, professor?! Por que isso? Há uma justificativa técnica para tal
método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é

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compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Ademais, o


declínio do valor do ativo é mais acentuado nos primeiros anos.

Vejam que a despesa de depreciação será decrescente. Começará


maior e terminará menor.

Supondo um bem cujo valor depreciável é R$ 90.000,00.

Ano 1: 5/15 x 90.000 = 30.000,00


Ano 2: 4/15 x 90.000 = 24.000,00
Ano 3: 3/15 x 90.000 = 18.000,00
Ano 4: 2/15 x 90.000 = 12.000,00
Ano 5: 1/5 x 90.000 = 6.000,00
Total da depreciação = 90.000,00

Atenção, alunos! A ESAF já elaborou uma questão em que a depreciação


era calculada de acordo com o “Método de Cole crescente”, neste caso a
depreciação do ano 1 é 1/15, do ano 2 é 2/15, e assim por diante. Nunca
vimos registro desse tipo de questão por outra banca, mas fiquemos de
olho.

10.4.3 MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS

Por este método, estima-se a quantidade total de unidades que será


produzida. A depreciação é feita dividindo-se o total efetivamente produzido
pela capacidade total de produção.

Por exemplo, uma máquina custou 100.000 e com capacidade de produção


total, ao longo de toda a sua vida útil, de 1.000.000 de unidades. No ano
de X1, foram produzidas 80.000 unidades. Portanto, a depreciação em X1
será:

(80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%.


Valor da depreciação em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00.

Por último, resta o método das horas trabalhadas...

10.4.4 MÉTODO DAS HORAS DE TRABALHO:

É feito de forma semelhante ao método explicado anteriormente.


Inicialmente, estima-se o total de horas que determinado ativo vai
trabalhar, ao longo de sua vida útil.

E a depreciação é calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas


pelo total de horas.

Ex. Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1.

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Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%.

Somente isso.

11 ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL

Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor


estimativa técnica disponível.

Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima


que um terá vida útil de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve
depreciá-los conforme esta estimativa.

Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da


depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto
de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o critério fiscal.

Todavia, contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda


que diferente do critério fiscal.

Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar


vida útil, usamos o que o fisco determina:

Caso a questão seja silente! Depreciação: Taxas permitidas pelo


fisco para efeito de IR:

Veículos: 5 anos ou 20% ao ano


Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.
Tratores: 4 anos ou 25%.

12 DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS

No caso de aquisição de bens usados, há uma regra diferente da utilizada


para bens novos.

O Regulamento do IR prescreve que a depreciação seja calculada pelo


maior prazo entre:

1) Pelo tempo de vida útil restante;


2) Pela metade da vida útil do bem novo.

Depreciação de bens usados


Vida útil restante
Maior prazo
Metade da vida útil do bem novo

Regulamento do IR (Decreto 3000 de março de 1999):


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Depreciação de bens usados

Art. 311. A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será


fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos:

I - metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo;


II - restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação
para utilização do bem.

Exemplificando.

Se adquirimos duas máquinas usadas, a primeira com 1 ano de vida e a


segunda com 6 anos.

Máquina 1: Vida útil restante: 10 anos – 1 ano = 9 anos


Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos

Devemos usar o maior dos dois prazos, portanto a máquina será depreciada
em 9 anos, o que resultará um menor valor de depreciação.

Máquina 2: Vida útil restante: 10 anos – 6 anos = 4 anos


Metade da vida útil do bem novo: 10 anos/2 = 5 anos

Neste caso, a máquina será depreciada em 5 anos.

13 DEPRECIAÇÃO ACELERADA

Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8


horas de trabalho, o Fisco admite que a depreciação seja acelerada:

Utilização da depreciação acelerada

1 turno de 8 horas: fator 1,0


2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,0

14 DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 – ATIVO


IMOBILIZADO

Falemos agora sobre as novidades contábeis trazidas com o CPC 27, que
trata sobre o ativo imobilizado.

De acordo com o texto do pronunciamento CPC 27:

43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo


significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado
separadamente.

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44. A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo


imobilizado aos componentes significativos desse item e os deprecia
separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente
a estrutura e os motores de aeronave, seja ela de propriedade da entidade
ou obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. De
forma similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que esteja
sujeito a arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar
separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam
atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis
ou desfavoráveis em relação a condições de mercado.

45. Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter


a vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil
e o método de depreciação de outro componente significativo do mesmo
item. Esses componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de
depreciação.

46. Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de


um item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o
remanescente do item. Esse remanescente consiste em componentes de
um item que não são individualmente significativos. Se a entidade possui
expectativas diferentes para essas partes, técnicas de aproximação podem
ser necessárias para depreciar o remanescente de forma que represente
fidedignamente o padrão de consumo e/ou a vida útil desses componentes.

47. A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de


um item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do
item.

Vamos lá! Tratemos de explicar.

Temos aqui algumas alterações significativas em relação ao que era


adotado anteriormente para a depreciação.

Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um


ativo são depreciados conjuntamente. Todavia, de acordo
com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com
custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado
separadamente.

Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar
uma aeronave em 12 anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos.

Explique-se melhor este ponto, através do exemplo a seguir, do livro que


escrevemos – Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos, pela
Editora Método.

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A prática contábil consagrada, no Brasil, para os casos de grande revisão


(também chamada de paradas programadas) consistia em provisionar o
valor da revisão. Por exemplo, vamos considerar que a revisão de um motor
de aeronave será feita a cada 5 anos, com custo estimado de $500.000.
Durante os cinco anos anteriores à revisão, a empresa provisiona $100.000
por ano.

Lançamento:

D – Resultado do exercício – despesa com paradas programadas 100.000


C – Passivo LP – Provisão para paradas programadas 100.000

Ao final do quinto ano, a empresa efetua a revisão e debita a provisão já


realizada.

Ocorre que tal provisão não atende aos requisitos para ser reconhecida
como um Passivo. Não é uma obrigação presente. Ao final de 5 anos, a
empresa pode optar por trocar a aeronave, ao invés de efetuar a revisão no
motor (Veja o Pronunciamento CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes
e Ativos Contingentes).

Assim, o tratamento contábil atual é o seguinte: a empresa efetua a revisão


e capitaliza o valor no ativo. Por exemplo, a troca do motor de um avião.
Aí, dá baixa no valor remanescente do motor antigo e deprecia o novo
motor, pela melhor estimativa técnica.

Por exemplo: Uma empresa compra uma aeronave pelo valor total de $
1.200.000. O custo do motor (já incluído nesse total) é de $200.000. O
motor tem vida útil de 5 anos, e o restante do conjunto do avião tem vida
útil de 10 anos, sem valor residual.

A depreciação anual fica assim:

Motor: 200.000 / 5 anos = 40.000 por ano


Avião (sem o motor): 1.000.000 / 10 anos = 100.000
Contabilização da depreciação:

D – Despesa de depreciação (resultado) 140.000


C – Depreciação acumulada – Motor 40.000
C – Depreciação acumulada – avião 100.000

No quinto ano, ao efetuar a troca do motor, a empresa dá baixa


contabilmente no motor antigo e capitaliza (contabiliza como custo do ativo)
o novo motor.

Situação do Imobilizado ao final do quinto ano:

Motor 200.000

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Depreciação acumulada (200.000)

Aeronave 1.000.000
Depreciação acumulada (500.000)

Baixa do motor antigo:

D – Depreciação acumulada 200.000


C – Motor 200.000

Capitalização do novo motor (ao custo, digamos, de 280.000)

D – Motor (ativo) 280.000


C – Caixa ou bancos 280.000

A partir do sexto ano, a empresa passa a depreciar o novo motor.

15 ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO IMOBILIZADO

Nos termos do CPC 27:

50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma


sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo


menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das
estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico
CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Esta é outra novidade importante.

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos
(geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se
alteravam, durante a vida útil do ativo.

Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo


devem ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver
diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de estimativa
contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.

A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir.

A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa


contábil, isto implica produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e
nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já
contabilizados como depreciação.

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(FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017) A empresa Metais Pesados S.A.


adquiriu, em 31/12/2014, um imobilizado por R$ 50.000,00, à vista. A vida
útil econômica estimada da máquina, na data de aquisição, foi 10 anos e o
valor residual estimado foi R$ 5.000,00. Em 31/12/2015, a empresa
reavaliou a vida útil e determinou que a vida útil econômica remanescente
da máquina era 5 anos e o valor residual era R$ 8.000,00. Com base nestas
informações e sabendo que a empresa utiliza o critério de quotas constantes
para cálculo da depreciação, o valor da depreciação acumulada evidenciado
no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2016, foi, em reais,

(A) 11.000,00.
(B) 12.000,00.
(C) 16.800,00.
(D) 9.000,00.
(E) 14.000,00

Comentários:

Nesse tipo de questão é fundamental que possamos organizar bem as datas


informadas, pois nos ajudarão a calcular a depreciação acumulada dos
ativos. Antes da reavaliação, o valor da depreciação anual do bem era:

のど┻どどど 伐
経結喧堅結潔件欠çã剣 畦券憲欠健 噺 噺 迎u ね┻のどど┸どど
の┻どどどな

Portanto, em 31.12.2015, após um ano da aquisição dos bens, a


depreciação acumulada era de R$ 4.500,00 e valor contábil líquido de
50.000 - 4.500= 45.500. Após a reavaliação, o valor da depreciação anual
também foi alterado:

ねの┻のどど 伐
経結喧堅結潔件欠çã剣 畦券憲欠健 噺 噺 迎u ば┻のどど
ぱ┻どどどの

Diante do exposto, em 31.12.2016, a depreciação acumulada do ativo era


de 4500+7500=R$ 12.000.

Gabarito  B

Vamos praticar mais uma?

(FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017) No dia 02/01/2013 uma empresa


adquiriu um equipamento de produção pelo valor de R$ 30.000.000,00 e
efetuou o pagamento à vista. A vida útil definida pela empresa para o

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equipamento foi 12 anos e a vida útil para fins fiscais é 10 anos. A despesa
de depreciação é calculada em função do tempo decorrido e no início do
prazo de utilização a empresa estimou o valor residual para venda do
equipamento no final da vida útil em R$ 3.000.000,00. No início do ano de
2016 foi identificado que o valor residual no final da vida útil estimada
originalmente pela empresa foi reduzido para R$ 2.550.000,00, em
decorrência de mudanças no mercado secundário para este tipo de
equipamento. O valor contábil que deveria ser evidenciado no Balanço
Patrimonial de 31/12/2016 para este equipamento era, em reais,

(A) 19.200.000,00.
(B) 20.000.000,00.
(C) 18.000.000,00.
(D) 20.950.000,00.
(E) 21.000.000,00.

Comentários:

O que interessa, para fins de depreciação, é a estimativa contábil. A


estimativa fiscal é utilizada para cálculo de imposto de renda e afins.

Valor de aquisição 30.000.000


(-) Valor residual (3.000.000)
Valor depreciável 27.000.000
Depreciação anual 27.000.000/12 = 2.250.000/ano

Depreciação até 2016.

Depreciou em 2013, 2014 e 2015.

2.250.000,00 x 3 = 6.750.000,00

Lembre-se de que ao menos no final do exercício, há necessidade de revisar


a vida útil e o valor residual. Como a questão não falou nada sobre a vida
útil, pressupomos que ela continua a mesma.

Valor contábil em 01.01.2016

Valor de aquisição 30.000.000


(-) Depreciação acumulada (6.750.000)
Valor contábil 23.250.000

Novo valor depreciável

Valor já depreciado 23.250.000


(-) Valor residual (2.550.000)
Valor depreciável 20.700.000

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Como já depreciou pelo período de 3 anos, ainda restam 9 anos.

Depreciação anual 20.700.000/9 = 2.300.000/ano

Portanto, depreciando mais um ano

Valor já depreciado 23.250.000


(-) Depreciação em 2016 2.300.000
Valor contábil 20.950.000,00

Gabarito  D.

16 VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL

Segundo o CPC 27:

52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda


o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu
valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a
necessidade de depreciá-lo.

53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu


valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não
é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação


será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao
seu valor contábil.

Quem quiser entender melhor estes pontos pode assistir a esta revisão de
40 minutos que fizemos em nosso canal do YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=6sEJj4HoeaY&t=734s

Vamos lá! Vamos explicar.

Nós reconhecemos inicialmente o ativo pelo seu valor de aquisição.


Correto? Subtraímos o valor residual e encontramos o valor depreciável.

Quando retiramos a depreciação anualmente, encontramos o que


chamamos de valor contábil.

Pode acontecer muitas vezes de o valor justo (valor de mercado) ser


superior ao valor contábil. A depreciação é reconhecida mesmo se o valor
justo exceder o valor contábil. Não há problemas nesta hipótese.

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Depreciação reconhecida normalmente

Valor justo
Valor contábil

Por exemplo, você tem um valor contábil de uma edificação de R$


15.000,00 e seu valor de mercado de R$ 25.000,00. Você deve continuar a
depreciar normalmente.

Todavia, como o valor residual pode aumentar, se ele exceder o valor


contábil, então devemos suspender a depreciação até que essa situação se
inverta. O valor da depreciação será zero.

54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação


será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao
seu valor contábil.

Depreciação será zero

Valor residual
Valor contábil

Há que se salientar ainda que se o valor justo for menor do que o valor
contábil estamos diante de uma hipótese de ajuste ao valor recuperável
de ativos. Fica assim:

Falta um último aspecto.

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53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu


valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não
é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

Em tese, o valor depreciável é encontrado quando pegamos o valor de


aquisição e subtraímos o valor residual.

Todavia, na prática, o valor residual pode ser imaterial, ou seja, irrelevante


para o cálculo da depreciação. Por exemplo, um veículo geralmente tem
valor residual. Contudo, máquinas de produção não. A empresa usa e
depois desmancha, para não criar ou não fortalecer a concorrência.

Imagine que determinada empresa tenha máquinas para produzir sabão em


pó. No fim da vida útil, as máquinas ainda estão em bom estado e ela aliena
para um pequeno concorrente no interior. Nesta hipótese, você vai vender
máquinas para um concorrente? Para que ele possa se fortalecer? Não!

A maioria das empresas não alienam, por isso o valor residual pode ser
considerado imaterial.

Como o CPC diz “na prática”, e nós estamos estudando para provas de
concursos, considere o valor residual normalmente para a sua prova.

(FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/ICMS/RJ/2010) A Cia Barra


Mansa apresentava os seguintes dados em relação ao seu Ativo
Imobilizado:

Equipamentos – custo R$10.000,00.

Esses ativos entraram em operação em 01.01.2007 e têm vida útil estimada


em 5 anos, sendo depreciados pelo método linear.

No início de 2010, a empresa procedeu a uma revisão dos valores, conforme


previsto no CPC 27, aprovado pelo CFC. Assim, constatou as seguintes
informações:

Valor Justo R$ 4.500,00.


Valor Residual R$ 4.800,00.

Analisando as informações citadas, assinale a alternativa que indique


corretamente o tratamento contábil a ser seguido, a partir de 01.01.2010.

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(A) A empresa deve manter a despesa de depreciação de R$ 2.000,00 ao


ano.
(B) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor
residual aumentou.
(C) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o
valor residual está maior que o valor contábil.
(D) A empresa deve suspender a despesa de depreciação uma vez que o
valor justo está maior que o valor contábil.
(E) A empresa deve acelerar a despesa de depreciação uma vez que o valor
justo aumentou.

Comentários

Trata-se de questão sobre o CPC 27 – Ativo Imobilizado – e que demanda


o seu conhecimento para solução.

O ativo imobilizado foi adquirido pelo valor de R$ 10.000,00. O enunciado


nos informou que a vida útil é de 5 anos, depreciados pelo método linear.

Ora, falou, neste momento, em valor residual? Não! Portanto, para o cálculo
inicial do valor depreciável, devemos utilizar o valor de custo.

Valor depreciável = 10.000,00 / 5 anos = 2.000 / ano, ou 20% a.a.

Segundo o CPC 27:

50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma


sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo


menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das
estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança
de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 –
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Vejam que é exatamente disso que fala a questão, da revisão da vida útil e
do valor residual.

Quando da revisão, o valor contábil do ativo já montava a R$ 4.000,00,


posto que a R$ 6.000,00 já constava como saldo de depreciação acumulada
(10.000,00 - 3 anos x R$ 2.000).

Desta forma, ficamos com o seguinte, no início de 2010:

Valor contábil: R$ 4.000,00


Valor justo: R$ 4.500,00
Valor residual: R$ 4.800,00.

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Não há óbice ao posterior surgimento de valor residual de um ativo.


Antigamente, o valor residual de um ativo era visto no momento da
contabilização e, posteriormente, não mais se alterava. Isso não mais
existe.

52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda


o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu
valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a
necessidade de depreciá-lo.

53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu


valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não
é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de


depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for
igual ou superior ao seu valor contábil.

É neste item 54 que está a inteligência da nossa questão. A despesa de


depreciação, na questão, deve ser zero, uma vez que o valor residual é
maior do que o valor contábil do ativo. Frise-se que a depreciação já
contabilizada não deverá sofrer alterações.

Nosso gabarito, portanto, é a letra C.

Caso o valor justo fosse menor que o valor contábil deveríamos também
proceder ao ajuste a valor recuperável do ativo, nos termos do
Pronunciamento correspondente.
Há que se mencionar que a questão possui uma impropriedade técnica. Não
há como o valor residual ser maior que o valor justo. Seria o mesmo que
dizer que um carro vale, hoje, 10.000 reais, mas o seu valor residual, daqui
a 3 anos, será de 12.000 reais. Enfim....essa informação aparece na
questão apenas para tentar confundir o candidato.

Gabarito  C.

17 REPARO E CONSERVAÇÃO DE BENS E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS

Diversos são os cuidados que os empresários tomam para manter seu


imobilizado com zelo. Entre tais precauções, vários são os gastos
realizados, tal como gastos com reparos, substituição de peças, reposição,
revisão.

Vejamos agora caso a caso.

17.1 GASTOS COM LIMPEZA, MANUTENÇÃO DO BEM, CONSERVAÇÃO

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Segundo o FIPECAFI, gastos desta natureza são considerados, em regra,


como despesa operacional no exercício em que ocorrerem.

17.2 SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS

As substituições de peças podem se dar de dois modos:

1) Manutenção periódica: por segurança ou caráter preventivo.


2) Quebra ou avaria.

Em regra, ativamos as peças que serão integradas ao ativo imobilizado. Não


devemos lançá-las como despesas. Todavia, para classificá-las no
imobilizado, os critérios para reconhecimento do ativo devem ser atendidos.
A um só tempo, baixamos também as peças substituídas.

Passemos agora a alguns casos específicos:

1) Peças de uso específico e vida útil comum.

Determinadas vezes, na compra de alguns equipamentos de grande porte,


além do imobilizado principal, a compra é acompanhada de peças e
componentes que são essenciais para que a máquina continue a funcionar,
em casos de emergência (caráter corretivo) ou manutenção (preventivo).

Essas peças essenciais devem ser classificadas junto do ativo imobilizado,


neste grupo, sendo depreciadas com a mesma base que o equipamento a
que correspondem.

2) Peças e material de consumo e manutenção

Os estoques mantidos pela empresa, que sejam materiais de consumo (O


FIPECAFI exemplifica como óleo, graxas, ferramentas e peças de pouca
duração) devem ser classificadas no ativo circulante. À medida que a
empresa utilize ou consuma, apropriará tais valores ao resultado ou custo
do produto.
18 AMORTIZAÇÃO

Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado


na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

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A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível.


Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de
Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou
amortizada (veja item 3.8, pg. 14, desta aula).

A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.

O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o


período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número
de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade
espera obter pela utilização do ativo.

Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser


abatido do valor que será amortizado.

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo


intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um
ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Conforme o Pronunciamento CPC 04 (R1 – rev. 03) – Ativo Intangível:

97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser
apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A
amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver
disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.

A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como


mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como
mantido para venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 –
Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou,
ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.

O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar
esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A
despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no
resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita
ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de


forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil.
Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de
linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades
produzidas. A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos
benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado

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consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse


padrão.

99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No


entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo
são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a
amortização faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu
valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados
em processo de produção faz parte do valor contábil dos estoques (ver
Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques).

Resumo geral:

1) Vida útil é:

a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou


b) o número de unidades de produção.

2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.


Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.

3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo


estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas
condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.

4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como


mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer
primeiro.

5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar
esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear.

6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de


forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil.
Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método
de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de
unidades produzidas.

7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas


pode também ser incluída no custo de outros ativos.

Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $


120.000,00, com valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos.
Calcule o valor da amortização mensal.

Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000

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Prazo: 5 anos = 60 meses


Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.

18.1 REVISÃO 08 – CPC – AMORTIZAÇÃO PELA RECEITA

Segundo o CPC 04:

98A. Há uma presunção refutável de que o método de amortização baseado


na receita gerada por atividade que inclui o uso de ativo intangível não é
apropriado. A receita gerada por atividade que inclui o uso de ativo
intangível reflete fatores típicos que não estão diretamente ligados ao
consumo dos benefícios econômicos incorporados no ativo intangível. Por
exemplo, a receita é afetada por outros insumos e processos, atividades de
venda e mudanças nos volumes e preços de venda. O componente de preço
da receita pode ser afetado pela inflação, o que não tem qualquer influência
sobre a maneira como o ativo é consumido. Essa presunção só pode ser
superada em circunstâncias limitadas: (a) em que o ativo intangível é
expresso como mensuração de receitas, conforme descrito no item 98C; ou
(b) quando possa ser demonstrado que as receitas e o consumo dos
benefícios econômicos do ativo intangível são altamente correlacionados.
(Incluído pela Revisão CPC 08)

98B. Na escolha do método de amortização adequado, de acordo com o


item 98, a entidade pode determinar o fator limitante predominante que é
inerente ao ativo intangível. Por exemplo, o contrato que estabelece os
direitos da entidade sobre o uso do ativo intangível pode especificar o uso
do ativo intangível pela entidade como número predeterminado de anos (ou
seja, tempo), como número de unidades produzidas ou como montante
total fixo da receita a ser gerada. A identificação do fator limitante
predominante pode servir de ponto de partida para a identificação da base
adequada da amortização, mas outra base pode ser aplicada se refletir de
forma mais próxima o padrão esperado de consumo de benefícios
econômicos. (Incluído pela Revisão CPC 08)

98C. Na circunstância em que o fator limitante predominante, que é


inerente ao ativo intangível, é a obtenção de um limite de receita, a receita
a ser gerada pode ser a base adequada para a amortização. Por exemplo,
a entidade pode adquirir uma concessão para explorar e extrair ouro de
uma mina de ouro. O fim do contrato pode estar baseado no valor fixo da
receita total a ser gerada a partir da extração (por exemplo, o contrato pode
permitir a extração de ouro da mina até que a receita total acumulada com
a venda de ouro atinja $ 2 bilhões) e não ser baseado no tempo ou na
quantidade de ouro extraído. Em outro exemplo, o direito de operar a
estrada com pedágio pode estar baseado no montante total fixo de receita
a ser gerado a partir de pedágios cobrados cumulativos (por exemplo, o
contrato pode permitir a operação da estrada com pedágio até que o
montante acumulado de pedágios gerados a partir da operação da estrada
atinja $ 100 milhões). No caso em que a receita foi estabelecida como o

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fator limitante predominante no contrato para a utilização do ativo


intangível, a receita que será gerada pode ser a base adequada para a
amortização do ativo intangível, desde que o contrato especifique o valor
fixo total da receita a ser gerado sobre o qual a amortização deve ser
determinada. (Incluído pela Revisão CPC 08)

Muito bem. Vamos explicar com um exemplo:

A Cia de Mineração Ouramarelinho S.A. procurou o Sr. Pedro di


Pedra com uma oferta para comprar a sua mina de ouro pelo valor
de 1 bilhão.

1) Supondo que a empresa Ouramarelinho compre a mina, indique


a contabilização inicial e subsequente:

Contabilização inicial:

D – Imobilizado – mina de ouro 1.000.0000.000


C – Disponibilidades (ativo) 1.000.000.000

Após a aquisição, a Cia de Mineração Ouramarelinho deverá estimar a


possança da mina (capacidade total de produção) e exaurir conforme a
extração do ouro.

Supondo que a possança seja de 10 toneladas de ouro, a empresa deverá


exaurir, para cada quilo extraído, o valor de:

$ 1.000.000.000 / 10.000 kg. = $ 100.000 / kg.

Um bilhão dividido por 10.000 quilos = Cem mil por quilo.

Contabilização da exaustão (para 1 quilo):

D – Estoque de ouro (Ativo) 100.000


C – Exaustão acumulada (retificadora do ativo) 100.000

A exaustão vai compor o custo do estoque de ouro.

Vamos continuar:

O Sr. Pedro di Pedra resolve fazer uma contra oferta:

- Não tenho interesse em vender. Mas posso arrendar por 5 anos, pelo preço
certo e ajustado de cem milhões ($ 100.000.000). Nesse tempo, você extrai
o ouro e depois me devolve a mina.

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2) Caso a Cia de Mineração Ouramarelinho aceite a proposta e


adquira os direitos de exploração por 5 anos, indique a
contabilização inicial e subsequente:

Contabilização Inicial:

D – Direitos de exploração (ativo intangível) 100.000.000


C – Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é o Tempo, o valor será amortizado


por 5 anos.

$100.000.000 / 5 anos = $20.000.000 por ano.

D – Estoque de ouro (Ativo) 20.000.000


C – Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 20.000.000

Continuando...

O representante da Cia Mineradora Ouramarelinho ficou muito feliz com a


proposta. E falou:

- Aceito! Aceito, sim, imediatamente! Em cinco anos, vou extrair cada


grama de ouro que houver nessa mina. Vou colocar três turnos dobrados
de trabalho. Vamos assinar logo esse contrato, que eu tenho uma mina para
explorar.

O Sr. Pedro di Pedra recuou, ante a fúria extrativista do representante da


mineradora:

- Opa! Assim também não! Você vai esgotar a mina e me devolver só o


bagaço! Assim não quero! Vamos fazer o seguinte: eu arrendo por 100
milhões, e você pode extrair uma tonelada de ouro. Só uma tonelada! Nem
um grama a mais!

3) Caso a Cia de Mineração Ouramarelinho aceite a proposta,


indique a contabilização inicial e subsequente:

Contabilização Inicial:

D – Direitos de exploração (Ativo intangível) 100.000.000


C – Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é a quantidade extraída, o valor


amortizado será

$100.000.000 / 1.000 kg = $100.000.000 por quilo.

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D – Estoque de ouro (Ativo) 100.000


C – Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 100.000

Continuando...

Os dois ficaram de pensar melhor sobre o assunto e resolver no dia


seguinte.

Na hora combinada, os dois negociantes exclamaram:

- Mas assim eu posso perder dinheiro!

Disse o representante da empresa:

- O ouro é uma commodity e tem o preço fixado pelo mercado. E se o preço


desabar? Nesse caso, a tonelada que vou extrair vai valor menos! Eu vou
perder dinheiro!

Disse o Sr. Pedro de Pedra:

- E se o preço do ouro disparar? Nesse caso, eu vou receber muito menos


pela tonelada de ouro do que realmente vale. Vou deixar de ganhar uma
fortuna!

Então acertaram o seguinte: a empresa vai extrair o metal, e vai valorizá-


lo pelo preço de mercado, até chegar a 500 milhões de receita. Assim, se o
preço desabar, será necessário extrair mais ouro; se o preço subir, a
empresa irá extrair uma quantidade menor para atingir a receita de 500
milhões.

Nesse caso, o fator limitante é a receita. A amortização deverá ser feita de


forma proporcional à receita auferida.

Contabilização Inicial:

D – Direitos de exploração (Ativo intangível) 100.000.000


C – Disponibilidade (Ativo) 100.000.000

Como o fator limitante determinante é a Receita, o valor do pagamento será


amortizado proporcionalmente à receita:

$100.000.000 / $500.000.000 = 20% da Receita.

Assim, se a receita em um determinado mês for de $10.000.000, a


amortização será:

$10.000.000 x 20% = $2.000.000

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D – Estoque de ouro (Ativo) 2.000.000


C – Amortização acumulada (Ret. Do Ativo) 2.000.000

Professores!

No exemplo da Cia. Ouro Amarelinho, não seria mais correto tratarmos


como uma exaustão? Ou neste caso é mesmo uma amortização?

Quando a empresa possui uma concessão para exploração, a regra é que


os direitos sejam amortizados. Se você é proprietário, aí sim estamos frente
a uma hipótese de exaustão.

19 EXAUSTÃO

19.1 CONCEITOS DA LEI 6.404/76 E CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO

De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das SA):

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado


e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua


exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou
florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens


aplicados nessa exploração.

Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança (quantidade


efetivamente explorada no ano) do recurso mineral ou florestal. Mas, se o
prazo de exploração for insuficiente para esgotar os recursos, a exaustão
deve ser calculada em função do prazo de concessão.

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Exemplo: A empresa ABC pagou R$ 10.000.000 por uma mina com


possança de 10.000 toneladas. No primeiro ano, a empresa extraiu 800
toneladas.

Calcule a exaustão do primeiro ano.

800 tons/10.000 tons. = 0,08 ou 8,0%

R$ 10.000.000 x 8% = R$ 800.000

Esse é o cálculo que usualmente vai aparecer na sua prova: a


questão dá uma capacidade z e fala que no ano x foi extraído y. Você
então dividirá y/z e encontrará o percentual exaurido.

Contabilização:

D – Custo do minério extraído (Ativo) 800.000


C – Exaustão acumulada (Ret. Ativo) 800.000

Atenção! Vejam que, nesta hipótese, não vai direto para o resultado como
despesa. Primeiro, colocamos em uma conta custo do minério extraído.
Essa conta é uma conta de estoque. Você está diminuindo da capacidade
da mina e colocando em uma conta de estoque!

19.2 EXAUSTÃO DE BENS APLICADOS NA EXPLORAÇÃO DE


RECURSOS MINERAIS E FLORESTAIS

A lei 6404/76 menciona que estão sujeitos à exaustão os “recursos minerais


e florestais, ou bens aplicados nessa exploração”.

A doutrina, entretanto, considera que os bens tangíveis usados na


exploração dos recursos minerais e florestais sofrem depreciação,
de acordo com o estabelecido no regulamento do Imposto de Renda:

Art. 309 § 3º A quota de depreciação, registrável em cada período de


apuração, dos bens aplicados exclusivamente na exploração de minas,
jazidas e florestas, cujo período de exploração total seja inferior ao tempo
de vida útil desses bens, poderá ser determinada, opcionalmente, em
função do prazo da concessão ou do contrato de exploração ou, ainda, do
volume da produção de cada período de apuração e sua relação com a
possança conhecida da mina ou dimensão da floresta explorada.

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Assim, se o bem aplicado na exploração de minas e florestas será usado


durante todo o período, deverá ser depreciado proporcionalmente à
exaustão.

Se o bem tem vida útil menor que o tempo da exploração, deverá ser
depreciado de acordo com sua vida útil.

Exemplo: Uma empresa comprou um caminhão, com vida útil estimada de


10 anos, para transportar minério em sua mina.

Se o tempo de operação da mina é menor que 10 anos, a depreciação


deverá ser feita proporcionalmente à exaustão. Se a exaustão do primeiro
ano for de 12%, o caminhão será depreciado em 12%.

Se o tempo de operação da mina é superior a 10 anos ou é indeterminado,


o caminhão será depreciado em 10 anos.

Vejamos algumas questões:

(CS-UFG/UEAP/2014) Constituem objeto da exaustão:

A) as máquinas de propriedade da empresa.


B) os equipamentos de empresa mineradora.
C) os recursos florestais e minerais
D) as dívidas ou compromissos assumidos.

Comentários:

O gabarito é a letra C. Entretanto, de acordo com a lei 6404/76, a letra B


também está correta.

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Gabarito  C.

(AOCP/EBSERH/Contabilidade/2015) A diminuição de valor dos


elementos do Ativo Imobilizado, decorrente da sua exploração de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, denomina -se

A) exaustão.
B) depreciação.
C) amortização.
D) diminuição.
E) desgaste.

Gabarito  A

Continuando...

19.3 CLASSIFICAÇÃO: RECURSOS DE PROPRIEDADE DA EMPRESA X


DIREITOS DE EXPLORAÇÃO EM PROPRIEDADES DE TERCEIROS

As jazidas inesgotáveis ou de exaurimento indeterminável, como as


de água mineral, não sofrem exaustão.

Quando a empresa adquire a propriedade da mina, fica classificado no


Imobilizado.

Quando adquire os direitos de exploração, fica no Intangível.

(CESPE/ANTT/Ciências Contábeis/2013) Os direitos sobre jazidas


minerais são registrados no ativo intangível.

Comentários:

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Vejam que se trata de um direito de exploração, por isso é classificado no


intangível.

Se a mina fosse própria, a classificação seria no imobilizado

Gabarito  Correto.

(FCC/TRF 1ª Região/2011) Os direitos obtidos por uma empresa


relacionados à exploração de recursos minerais são classificados, no
balanço,

A) como item do Ativo Intangível.


B) em conta do Imobilizado como propriedade de terceiros.
C) em conta de Despesa Diferida pelos gastos de instalação.
D) como item de Resultado de Exercício Futuro.
E) obrigatoriamente, como item dedutível do Passivo assumido na
concessão.

Comentário:

Os direitos de exploração de recursos naturais ficam classificados no Ativo


Intangível.

Gabarito  A

Os direitos classificados no Intangível devem ser amortizados conforme o


fator limitante. Se não houver fator limitante, a empresa deve aplicar a
exaustão.

Os fatores limitantes mais comuns são o tempo de exploração e a


quantidade a ser extraída. Mas pode ser usada também a receita
auferida.

Conforme o CPC 04 – Ativo Intangível:

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98B. Na escolha do método de amortização adequado, de acordo com o


item 98, a entidade pode determinar o fator limitante predominante que é
inerente ao ativo intangível. Por exemplo, o contrato que estabelece os
direitos da entidade sobre o uso do ativo intangível pode especificar o uso
do ativo intangível pela entidade como número predeterminado de anos (ou
seja, tempo), como número de unidades produzidas ou como montante
total fixo da receita a ser gerada. A identificação do fator limitante
predominante pode servir de ponto de partida para a identificação da base
adequada da amortização, mas outra base pode ser aplicada se refletir de
forma mais próxima o padrão esperado de consumo de benefícios
econômicos.

(CESPE/Agente PF/2009) Suponha que uma empresa mineradora tenha


adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio
de um contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após dois anos de
exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o referido
ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da
empresa por R$ 3 milhões.

Comentário:

A classificação correta é no Intangível, assim já podemos marcar a questão


como errada.

O problema é como efetuar o cálculo da exaustão ou amortização.

Segundo a banca:

“Lei n.º 6.404/1976 e alterações, art.s 179, IV e VI, e 183, V e VII, e § 2º.
Esses direitos, por sua natureza incorpórea, deverão classificar-se no
intangível e, por se tratar de recursos minerais, aplicar-se-á a exaustão.
Logo: 0,3 x 5 milhões = 1,5 milhão, donde, valor líquido contábil, 3,5
milhões.”

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A questão é de 2009.

A Revisão CPC 8, que incluiu o conceito de fator limitante, foi realizada em


novembro de 2015.

De acordo com o texto atual, devemos considerar o fator limitante que,


nessa questão, seria o tempo (5 anos): 2 anos/5 anos = 40%.

40% x 5 milhões = 2 milhões, o que resultaria, então em um valor contábil


líquido de 3 milhões.

Mas a classificação continuaria errada. É intangível, e não imobilizado.

Gabarito  Errada.

19.4 RECURSOS FLORESTAIS PRÓPRIOS

Com relação aos recursos florestais, podemos ter recursos renováveis


(exemplo: uma plantação de café, que tem uma nova safra a cada ano) ou
exauríveis (exemplo: uma plantação de arvores para corte, para extrair a
madeira).

No primeiro caso (em que se exploram os frutos) o ativo é depreciado.

Dessa forma, se uma plantação de café irá durar 20 anos, deve ser
depreciada em 5% ao ano.

No caso de madeira para corte, a empresa deve exaurir o percentual


extraído. Exemplo: uma plantação com possança de 10 toneladas de
madeira. Se a empresa extrair 1 tonelada no primeiro ano, irá exaurir 10%
do valor da plantação.

19.5 DIREITOS DE EXPLORAÇÃO DE FLORESTA

Se uma empresa adquire de terceiros os direitos de exploração de uma


floresta, para extrair madeira, temos as seguintes situações:

1) Contrato indeterminado: nesse caso, haverá exaustão.

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2) Prazo determinado, maior que a previsão para esgotar o recurso:


Exaustão.

3) Prazo determinado, menor que o tempo previsto para esgotar o recurso:


Amortização (nesse caso, o tempo é o fator limitante, pois o contrato
termina antes de esgotar os recursos naturais.).

Vamos resolver agora algumas questões sobre o assunto!

(FCC/TRT 3ª/Contabilidade/2009) A empresa MG adquiriu o direito


de exploração de uma mina de titânio por R$ 990.000,00. Sabe -se que
a capacidade da mina é 20.000 toneladas. No primeiro ano, a empresa
extraiu 2.000 toneladas. No início do segundo ano, a empresa descobriu
que a mina possuía uma capacidade adicional de 2.000 toneladas. Sabe-
se que, no segundo ano, a empresa extraiu 3.000 toneladas. Com base
nestas informações, a empresa apresentou, no final do segundo ano, um
saldo de

A) amortização acumulada de R$ 225.000,00.


B) exaustão acumulada de R$ 225.000,00.
C) exaustão acumulada de R$ 232.650,00.
D) amortização acumulada de R$ 234.000,00.
E) amortização acumulada de R$ 247.500,00.

Comentários:

Vamos calcular a exaustão da mina.

Primeiro ano: 2.000 tons/20.000 tons = 10%

Exaustão: R$ 990.000 x 10% = $ 99.000

Segundo ano:

Capacidade: 20.000 tons (18.000 + 2.000).

Valor: R$ 990.000 – 99.000 = R$ 891.000

Exaustão segundo ano: 3.000 tons/ 20.000 tons = 15%

Exaustão = R$ 891.000 x 15% = R$ 133.650

Exaustão acumulada = $99.000 + $133.650 = $232.650

Gabarito  C

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(CFC/Técnico/2014) Em 20.12.2013, uma Sociedade Empresária


adquiriu um terreno, à vista, para a extração de minério. Com relação à
aquisição, os seguintes dados foram apresentados:

Em agosto de 2014, foram explorados 3.000m 3 de minério. A empresa


utiliza o método das unidades produzidas para cálculo da exaustão.

Conforme as informações acima, é CORRETO afirmar que o valor do


custo da exaustão, em agosto de 2014, é de:

A) R$21.600,00.
B) R$27.000,00.
C) R$28.800,00.
D) R$36.000,00.

Comentário:

Valor exaurível = Preço do terreno - valor residual


Valor exaurível = R$ 2.400.000 - $600.000
Valor exaurível = R$ 1.800.000

Taxa de exaustão = quant. extraída/possança


Taxa de exaustão = 3.000 tons / 200.000 tons
Taxa de exaustão = 1,5 %

Exaustão = $1.800.000 x 1,5 % = $27.000

Gabarito  B

19.6 MAPA MENTAL DA EXAUSTÃO

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Ma pa Menta l da
Recurs os mi nera i s Propri eda de da empres a : Imobi l i za do
Exa us tã o

Recurs os fl ores ta i s Propri eda de de tercei ros : Inta ngível

Bens uti l i za dos na


expl ora çã o

Se houver fa tor l i mi ta nte (tempo, qua nti da de,


etc): a morti za conforme o fa to l i mi ta nte

Vi da úti l da mi na < Vi da
Doutri na di z que
úti l do bem: Depreci a no
tem que depreci a r
pra zo da mi na
Renová vei s (Pl a nta çã o de
Recurs os ca fé): Depreci a
Vi da úti l da mi na > Vi da fl ores ta i s
Lei 6404 ma nda Exa urívei s (Árvores pa ra
úti l do bem: Depreci a no própri os
exa uri r corte): Exa ure
pra zo norma l do bem
Contra to i ndetermi na do:
Exa us tã o
Contra to > Pra zo
Recurs os
es gota mento recurs os :
fl ores ta i s de
Exa us tã o
tercei ros
Contra to < Pra zo
es gota mento recurs os :
Amorti za çã o

20 ATIVO IMOBILIZADO E PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

Sabemos que um ativo imobilizado é avaliado inicialmente ao custo -


depreciação acumulada - redução ao valor recuperável [quando for o caso].
Este resultado é o valor contábil.

Todavia, pode acontecer de a empresa não mais querer que o item figure
neste grupo contábil, reclassificando-o.

Nesta hipótese, o imobilizado (também chamado de imóvel ocupado pelo


proprietário) passará a ser propriedade para investimento. E o critério de
avaliação, que antes era custo? Poderá ser custo ou valor justo. Segundo o
CPC 28:

59. Os itens 60 a 65 aplicam-se aos aspectos de reconhecimento e


mensuração resultantes quando a entidade usa o método do valor justo
para propriedades para investimento. Quando a entidade usar o método do
custo, as transferências entre propriedades para investimento,
propriedades ocupadas pelo proprietário e estoque não alteram o valor
contábil da propriedade transferida e não alteram o custo dessa
propriedade para finalidades de mensuração ou divulgação.

Se for mensuração ao custo, não teremos alteração do valor contábil.


Todavia, se a entidade adotar o valor justo, pode ocorrer (e geralmente vai
ocorrer) de esses valores serem distintos. E como proceder contabilmente?

O item 62 do CPC 28 aduz:

62. Até a data em que o imóvel ocupado pelo proprietário se torne


propriedade para investimento escriturada pelo valor justo, a entidade
deprecia a propriedade e reconhece quaisquer perdas por redução no valor

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recuperável (impairment) que tenham ocorrido. A entidade trata qualquer


diferença nessa data entre o valor contábil da propriedade de acordo com
o Pronunciamento Técnico CPC 27 e o seu valor justo da seguinte forma:

(a) qualquer diminuição resultante no valor contábil da propriedade é


reconhecida no resultado. Porém, até o ponto em que a quantia esteja
incluída em reavaliação anteriormente procedida nessa propriedade, a
diminuição é debitada contra esse excedente de reavaliação;

(b) qualquer aumento resultante no valor contábil é tratado como se segue:

(i) até o ponto em que o aumento reverta perda anterior por impairment
dessa propriedade, o aumento é reconhecido no resultado. A quantia
reconhecida no resultado não pode exceder a quantia necessária para repor
o valor contábil para o valor contábil que teria sido determinado (líquido de
depreciação) caso nenhuma perda por impairment tivesse sido
reconhecida;
(ii) qualquer parte remanescente do aumento é creditada diretamente no
patrimônio líquido, em ajustes de avaliação patrimonial, como parte dos
outros resultados abrangentes. Na alienação subsequente da propriedade
para investimento, eventual excedente de reavaliação incluído no
patrimônio líquido deve ser transferido para lucros ou prejuízos
acumulados, e a transferência do saldo remanescente excedente de
avaliação também se faz diretamente para lucros ou prejuízos acumulados,
e não por via da demonstração do resultado.

Explicando! A diferença entre o valor contábil e o valor justo será assim


tratada:

- Se valor justo < valor contábil: reconheceremos uma perda no resultado


do exercício.
- Se valor justo > valor contábil: vai para ajuste de avaliação patrimonial,
no PL.

Então, vamos exemplificar:

A sociedade KLS tinha um imobilizado que era avaliado a R$ 100.000,00


(valor contábil) e decidiu que iria reavaliar para propriedade para
investimento.

1) Situação 1: O valor justo era de R$ 80.000,00

A diferença entre o valor contábil e o valor justo é de R$ 20.000,00


negativa. Portanto, vamos lançar como despesa no resultado.

Quando da transferência do imobilizado para propriedade para


investimento:

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D – Propriedade para investimento 100.000,00


C – Ativo imobilizado 100.000,00

No ajuste:

D – Despesa com ajuste ao valor justo 20.000,00


C – Propriedade para investimentos 20.000,00

2) Situação 2: O valor justo era de R$ 150.000,00

Quando da transferência do imobilizado para propriedade para


investimento:

D – Propriedade para investimento 100.000,00


C – Ativo imobilizado 100.000,00

No ajuste:

D – Propriedade para investimento 50.000,00


C – Ajuste de avaliação patrimonial (PL) 50.000,00

3) Situações particulares:

- Se o ativo era reavaliado. Exemplo, imóvel no valor de R$ 100.000,00,


com reserva de reavaliação já computada no valor de R$ 20.000,00 (conta
do PL). Valor justo de R$ 80.000,00. Vamos lançar:

Quando da transferência do imobilizado para propriedade para


investimento:

D – Propriedade para investimento 100.000,00


C – Ativo imobilizado 100.000,00

No ajuste:

D – Reserva de reavaliação (PL) 20.000,00


C – Propriedade para investimentos 20.000,00

- Se o ativo tinha registrada uma perda por impairment


(recuperabilidade): Exemplo, imóvel no valor de R$ 100.000,00, porém,
há uma redução ao valor recuperável de R$ 40.000,00, o que leva o valor
contábil para R$ 60.000,00. Constatou-se que o valor justo é R$
110.000,00.

Nesta hipótese, teremos. Quando da transferência do imobilizado para


propriedade para investimento:

O ativo estava assim registrado:

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Ativo imobilizado 100.000,00


(-) Ajuste para redução ao valor recuperável (40.000,00)

Os lançamentos de ajustes serão assim:

D – Propriedade para investimento (ANC – Investimento) 110.000,00


D – Ajuste para Redução ao Valor Recuperável (Red. Ativo) 40.000,00
C – Ativo imobilizado 100.000,00
C – Reversão da redução ao valor recuperável (Resultado) 40.000,00
C – Ajuste de avaliação patrimonial (PL) 10.000,00

Imobilizado Ajuste Red. Valor Rec.


0 100.000,00 100.000,00 1 1 40.000,00 40.000,00 0

Propriedade para investimento Reversão da Red. Valor Rec.


1 110.000,00 40.000,00 1

Ajuste de avaliação patrimonial


10.000,00 1

Vejamos uma questão sobre o tema...

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Recife/2014) Uma empresa que prestava


serviços de auditoria contábil possuía, em 31/12/2012, um terreno no Ativo
Imobilizado, contabilizado por R$ 50.000,00. Nessa data, a direção da
empresa decidiu mudar o uso do terreno, passando a contabilizá-lo como
Propriedade para Investimento, ao valor justo de R$ 80.000,00.

A variação de R$ 30.000,00 em 31/12/2012 deve ser classificada como:

a) Receita Operacional.
b) Receita Financeira.
c) Ajuste Financeiro.
d) Ajuste do Patrimônio Líquido.
e) Reserva de Lucros.

Na nossa questão, segundo o CPC 28. O valor irá para o PL, na conta ajuste
de avaliação patrimonial. A resposta está no CPC 28.

Gabarito  D.
21 RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA

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Classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia
como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e
equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos
passam a ficar no intangível.

Principais características de um arrendamento financeiro

1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o
valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições
de uso.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor
presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício


social e devem ser adicionados ao valor do ativo imobilizado, desde
que atendam às condições de reconhecimento de um ativo. Exemplo: custo
de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.

Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às


contas de despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são
necessários para manter o imobilizado em condições de operar, não
lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o
potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não
podem ser reconhecidos como ativo, mas sim como despesa. Exemplo:
manutenção e reparos, etc.

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Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica


(que vai para despesa) e as paradas programadas (que são gastos de
capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado no custo do ativo,
e passa a ser depreciado).

1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos


financeiros no custo do Ativo.

2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros,


os quais serão apropriados como Despesa Financeira por competência.

Benfeitorias em imóveis de terceiros


Contrato Critério de avaliação
Prazo indeterminado
Prazo determinado e Contrato > Depreciação (Vida útil)
Vida útil
Prazo determinado e Contrato <
Amortização (Contrato)
Vida útil

Método de depreciação da linha reta.

Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos


o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada disser a
questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha reta.

Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.


Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação anual.

Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o


prazo que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que
vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o
condão de alterar os dispositivos da legislação contábil!

Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor


estimativa técnica disponível.

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Caso a questão seja silente! Depreciação: Taxas permitidas pelo


fisco para efeito de IR:

Veículos: 5 anos ou 20% ao ano


Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.

Depreciação de bens usados


Vida útil restante
Maior prazo
Metade da vida útil do bem novo
Utilização da depreciação acelerada

1 turno de 8 horas: fator 1,0


==15925==

2 turnos de 8 horas: fator 1,5


3 turnos de 8 horas: fator 2,0

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos
(geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se
alteravam, durante a vida útil do ativo.

Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo


devem ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver
diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de estimativa
contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.

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22 MAPAS MENTAIS ELABORADOS NESTA AULA

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23 QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/SEDF/AGE/Contabilidade/2017) Em relação aos


mecanismos contábeis para avaliação de ativos, passivos, impostos e
custos, julgue o item que se segue.

A depreciação de um ativo somente deve ser contabilizada a partir do


momento em que o ativo estiver efetivamente em uso.

Comentários:

Segundo o CPC 27, item 55 temos que:

A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou


seja, quando está no local e em condição de funcionamento na
forma pretendida pela administração.

A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é


classificado como mantido para venda (ou incluído em um grupo de
ativos classificado como mantido para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo-Não Circulante Mantido para Venda
e Operação Descontinuada) ou, ainda, na data em que o ativo é baixado,
o que ocorrer primeiro.

Assim sendo, o item erra ao afirmar que a depreciação inicia quando o ativo
estiver efetivamente em uso; o correto é quando ele estiver disponível para
uso.

GabaritoErrado

2. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) Com base na


NBC TG 27 (ativo imobilizado), assinale a opção correta, em relação à
depreciação, ao valor depreciável e ao período de depreciação.

a) Os normativos contábeis não permitem que o valor residual de um ativo


imobilizado seja aumentado depois de estabelecido.
b) A obsolescência técnica proveniente de mudanças ou as melhorias na
produção não são consideradas na determinação de vida útil de um ativo.

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c) O valor depreciável de um ativo imobilizado deve ser apropriado de forma


eventual ao longo de sua vida útil.
d) A depreciação de um ativo imobilizado deve ser interrompida caso ele
seja classificado como ativo mantido para venda.
e) O valor depreciável dos ativos imobilizados é determinado pelo seu valor
histórico, antes da dedução de seu valor residual.

Comentários:

Comentemos item a item...

a) Os normativos contábeis não permitem que o valor residual de um ativo


imobilizado seja aumentado depois de estabelecido. Item incorreto. O
valor residual e a vida útil devem ser revisados pelo menos anualmente.

b) A obsolescência técnica proveniente de mudanças ou as melhorias na


produção não são consideradas na determinação de vida útil de um
ativo. Item incorreto. Segundo o CPC 27:

56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos


pela entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores,
tais como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto
o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos
benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo.
Consequentemente, todos os seguintes fatores são considerados na
determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou
produção física esperadas do ativo;
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais
tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o
programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo
enquanto estiver ocioso;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou
melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o
produto ou serviço derivado do ativo. Reduções futuras esperadas no preço
de venda de item que foi produzido usando um ativo podem indicar
expectativa de obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua
vez, pode refletir uma redução dos benefícios econômicos futuros
incorporados no ativo; (Alterada pela Revisão CPC 08)
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de
término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.

c) O valor depreciável de um ativo imobilizado deve ser apropriado de


forma eventual ao longo de sua vida útil. Item incorreto! O valor
depreciável deve ser apropriado de forma sistemática e não eventual.

d) A depreciação de um ativo imobilizado deve ser interrompida caso ele


seja classificado como ativo mantido para venda. Item correto. O ativo

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não circulante mantido para venda é reclassificado para o ativo circulante.


Com isso, a sua depreciação é cessada.

e) O valor depreciável dos ativos imobilizados é determinado pelo seu valor


histórico, antes da dedução de seu valor residual. Item incorreto. O valor
depreciável do ativo imobilizado é determinado pelo seu valor histórico após
a dedução do seu valor residual.

GabaritoD.

3. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


seguinte item, relativo à reavaliação de ativos.

Se fosse aplicável a reavaliação de ativos tangíveis, após a elaboração e


aprovação do laudo de avaliação dos itens de mesma natureza, a
contabilização da reavaliação desses itens aumentaria o resultado do
exercício pela diferença entre o valor contábil líquido registrado
anteriormente e o novo valor avaliado.

Comentários:

A Reavaliação de Ativos está proibida no Brasil, mas os CPCs apresentam


informações importantes sobre o tema que têm sido alvo de cobranças,
especialmente pelo Cespe.

Vejamos o que afirma o CPC 27:

39. Se o valor contábil do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse


aumento deve ser creditado diretamente à conta própria do patrimônio
líquido. No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado quando
se tratar da reversão de decréscimo de reavaliação do mesmo ativo
anteriormente reconhecido no resultado.

40. Se o valor contábil do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa


diminuição deve ser reconhecida no resultado. No entanto, se houver
saldo de reserva de reavaliação, a diminuição do ativo deve ser debitada
diretamente ao patrimônio líquido contra a conta de reserva de
reavaliação, até o seu limite.

Portanto, o erro da questão é afirmar que a contabilização da reavaliação


desses itens aumentaria o resultado do exercício; como regra, a
contabilização é feita diretamente no patrimônio líquido.

GabaritoErrado

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4. (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016)


Tendo em vista que, de acordo com o CPC 27, do Comitê dos
Pronunciamentos Contábeis, quando permitida por lei, a reavaliação de um
item do ativo imobilizado a valor justo, mensurado de maneira confiável,
poderá ser reconhecida no balanço patrimonial, assinale a opção correta.

a) A redução do valor contábil do ativo em decorrência de reavaliação


deverá ser reconhecida em conta específica de resultado,
independentemente de haver saldo na conta de reserva de reavaliação no
patrimônio líquido.
b) Poderá ser reconhecido no balanço patrimonial o valor reavaliado de um
bem correspondente ao seu valor justo na data da reavaliação menos
qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável que tenham
sido acumuladas subsequentemente.
c) Após o item do imobilizado ser reavaliado, não são necessárias futuras
atualizações a valor justo, mesmo que o valor apresente divergência
relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço. d) A reavaliação
poderá ser realizada em um único item de um grupo do imobilizado.
e) Quando a reavaliação resultar em aumento do valor contábil do ativo, a
contrapartida desse aumento deverá ser reconhecida em conta de
resultado.

Comentários:

a) Errado. Conforme o CPC 27 – Ativo Imobilizado:

40. Se o valor contábil do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa


diminuição deve ser reconhecida no resultado. No entanto, se houver saldo
de reserva de reavaliação, a diminuição do ativo deve ser debitada
diretamente ao patrimônio líquido contra a conta de reserva de reavaliação,
até o seu limite.

b) Correto. Texto do CPC 27:

31. Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo


valor justo possa ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se
permitido por lei, pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor
justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por
redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação deve
ser realizada com suficiente regularidade para assegurar que o valor
contábil do ativo não apresente divergência relevante em relação ao seu
valor justo na data do balanço.

c) Errado. Conforme o CPC 27:

34. A frequência das reavaliações, se permitidas por lei, depende das


mudanças dos valores justos do ativo imobilizado que está sendo
reavaliado. Quando o valor justo de um ativo reavaliado difere

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materialmente do seu valor contábil, exige-se nova reavaliação. Alguns


itens do ativo imobilizado sofrem mudanças voláteis e significativas no valor
justo, necessitando, portanto, de reavaliação anual. Tais reavaliações
frequentes são desnecessárias para itens do ativo imobilizado que não
sofrem mudanças significativas no valor justo. Em vez disso, pode ser
necessário reavaliar o item apenas a cada três ou cinco anos.

d) Errado. Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado:

36. Se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo


imobilizado for reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual
pertence esse ativo deve ser reavaliado.

37. Classe de ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e


uso semelhantes nas operações da entidade. São exemplos de classes
individuais:
(a) terrenos;
(b) terrenos e edifícios;
(c) máquinas;
(d) navios;
(e) aviões;
(f) veículos a motor;
(g) móveis e utensílios; (Alterada pela Revisão CPC 08)
(h) equipamentos de escritório; e (Alterada pela Revisão CPC 08)
(i) plantas portadoras. (Incluída pela Revisão CPC 08)

e) Errado. CPC 27:

39. Se o valor contábil do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse


aumento deve ser creditado diretamente à conta própria do patrimônio
líquido. No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado quando
se tratar da reversão de decréscimo de reavaliação do mesmo ativo
anteriormente reconhecido no resultado.

GabaritoB.

5. (CESPE/TCE-PA/ACE/Contabilidade/2016) Julgue o item a


seguir, relativo aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro
das transações.

A conta depreciação acumulada de imobilizado, cujo saldo é aumentado por


lançamentos a crédito, tendo como contrapartida uma conta de despesa de
depreciação, é retificadora do ativo imobilizado.

Comentários:

Item correto. A depreciação acumulada é uma conta retificadora do


ativo, portanto, possui natureza credora. Como o próprio nome sugere,

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ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada,


zerada, com o fim da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.

GabaritoCerto

6. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


item a seguir, relativo aos procedimentos contábeis e à forma correta de
registro das transações.

Uma entidade cujas atividades sejam exercidas em dois ou mais turnos de


trabalho poderá desconsiderar essa informação ao estabelecer a vida útil
de suas máquinas, para fins de contabilização da depreciação de seu
imobilizado, visto que a legislação do imposto de renda determina os
percentuais fixos para cada tipo de ativo.

Comentários:

Item errado, o CPC 27, item 56, b, afirma que:

Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos


pela entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores,
tais como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto
o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos
benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo.
Consequentemente, todos os seguintes fatores são considerados na
determinação da vida útil de um ativo:

(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais


tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o
programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo
enquanto estiver ocioso;

Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8


horas de trabalho, o Fisco admite que a depreciação seja acelerada:

Utilização da depreciação acelerada

1 turno de 8 horas: fator 1,0


2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,0

GabaritoErrado

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7. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


seguinte item, relativo à reavaliação de ativos.

Sendo aplicável a reavaliação de ativos depreciáveis, a realização do ativo


decorrente da depreciação aumentaria o resultado individual da empresa
ou, se fosse o caso, o resultado consolidado.

Comentários:

Item errado, conforme previsão do item 41, do CPC 27:

O saldo relativo à reavaliação acumulada do item do ativo imobilizado


incluído no patrimônio líquido somente pode ser transferido para lucros
acumulados quando a reserva é realizada. O valor total pode ser
realizado com a baixa ou a alienação do ativo. Entretanto, parte da reserva
pode ser transferida enquanto o ativo é usado pela entidade.
[...] As transferências para lucros acumulados não transitam pelo
resultado.

Portanto, essas transferências não afetam o resultado do exercício da


empresa, mas são considerados OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES,
conforme previsão do CPC 26:

Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa


(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na
demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os
componentes dos outros resultados abrangentes incluem:

(a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente (ver


Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 – Ativo
Intangível);

GabaritoErrado.

8. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Julgue o item


seguinte, referente aos fatos contábeis e às variações patrimoniais deles
decorrentes.

A depreciação contábil impacta negativamente o resultado da empresa e


tem como contrapartida o reconhecimento de um passivo no balanço
patrimonial.

É correto afirmar que depreciação contábil impacta negativamente o


resultado da empresa, porém, a contrapartida desse reconhecimento não é
um passivo, mas a conta depreciação acumulada, retificadora do Ativo.

GabaritoErrado

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9. (CESPE/FUB/Contabilidade/2015) O item apresenta uma


situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada em relação ao
reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os
pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis.

Determinado bem imobilizado foi adquirido ao custo de R$ 100.000, sendo


sua vida útil estimada em dez anos, sem valor residual. Em 2014, após oito
anos de uso, foram realizados gastos de R$ 1.000 para manutenção e
reparos nesse imobilizado. Nessa situação, o valor líquido desse
imobilizado, no final de 2014, é igual a R$ 20.000.

Comentários:

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.

Vamos calcular o valor contábil líquido do bem, para isso, precisamos da


depreciação acumulada:

1) Pegue o valor de aquisição: R$ 100.000


2) Encontre o valor residual: 0
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável. R$ 100.000
4) Encontre a vida útil: 10 anos;
5) Divida o valor depreciável pela vida útil: 100.000/10 = R$ 10.000
6) Depreciação Acumulada (8 anos) = 8x10.000 =R$ 80.000

Valor Contábil Líquido = R$ 100.000 – R$ 80.000 = R$ 20.000.

Mas professor, e os gastos de R$ 1.000 para manutenção e reparos nesse


imobilizado? São considerados Gastos do período (despesas), isto é,
são gastos que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o
imobilizado em condições de operar, não lhe aumentando o valor.
Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar benefícios
econômicos futuros para a entidade.

Segundo o CPC 27:

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[...] a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo


imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário,
esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos.

GabaritoCerto

10. (CESPE/MPOG/Contabilidade/2015) Julgue o item seguinte,


relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de valor nos


ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da desatualização, ou da
obsolescência, e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual,
o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento.

Comentários:

Item muito interessante e vamos dividi-lo em partes, para entendermos


melhor o que ele apresenta:

“O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de


valor nos ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da
desatualização, ou da obsolescência”.

Primeira parte está correta; a depreciação assim está prevista na Lei


6.404/76:

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado


e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm


por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;

Vejamos a segunda parte:

“e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual, o


dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento”.

Esse trecho também está correto, vejamos a contabilização da depreciação:

D – Despesa de Depreciação
C – Depreciação Acumulada.

Percebemos que há o reconhecimento da despesa de depreciação, mas não


saída de caixa para o seu reconhecimento. A evidenciação da depreciação
acumulada no balanço patrimonial é importante, pois temos a informação

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do custo histórico do ativo e como está o reconhecimento da perda de seu


valor contábil ao longo do tempo.

GabaritoCerto

11. (CESPE/TRE-MT/Administrativa/Contabilidade/2015)
Determinada indústria que opera com uma estimativa de valor residual de
10% para todos os itens de seu imobilizado produtivo adquiriu um
maquinário produtivo por R$ 200.000. A depreciação é realizada pelo
método de unidades produzidas e a capacidade produtiva da máquina foi
estimada em 2 milhões de peças. No primeiro e no segundo exercícios
sociais, essa máquina produziu 250.000 peças/ano; no terceiro ano, a
produção da máquina foi de 300.000 peças. Toda a depreciação foi
adequadamente contabilizada, de acordo com a competência contábil.

De acordo com essa situação hipotética, o valor contábil líquido da máquina


ao final do terceiro ano de atividade, em reais, foi de

a) 108.000.
b) 120.000.
c) 128.000.
d) 72.000.
e) 80.000.

Comentários:

Método De Unidades Produzidas

Por este método, estima-se a quantidade total de unidades que será


produzida. A depreciação é feita dividindo-se o total efetivamente produzido
pela capacidade total de produção.

Na questão apresenta, o Imobilizado custou 200.000 e com capacidade de


produção total, ao longo de toda a sua vida útil, de 2.000.000 de unidades.
Como o Imobilizado possui valor residual de 10%, isto é, 20.000, o valor
depreciável será 200.000 – 20.000 = R$ 180.000,00.

Ao longo dos três anos foram produzidas 800.000 unidades. Portanto, a


depreciação será:

(800.000 / 2.000.000) = 0,4 ou 40%.

Valor da depreciação acumulada ao final do segundo ano: R$ 180.000 x


40% = $ 72.000,00.

Portanto, o valor contábil líquido do Imobilizado será R$ 200.000 – R$


72.000 = R$ 128.000.

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GabaritoC

12. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2015) Com relação aos critérios de


avaliação e de mensuração do ativo imobilizado, julgue o item que se segue.

A depreciação de uma máquina utilizada na produção de determinado ativo


não deve ser reconhecida no resultado, mas deve ser incluída no custo do
ativo produzido pela máquina.

Comentários:

Item correto, conforme previsão do CPC 27, item 49:

A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado.


No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no
ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a
depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no
seu valor contábil.
Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é
incluída nos custos de produção de estoque (ver o Pronunciamento Técnico
CPC 16 – Estoques). De forma semelhante, a depreciação de ativos
imobilizados usados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída
no custo de um ativo intangível reconhecido de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível.

Ou seja, a depreciação de uma máquina utilizada na produção de camisa,


por exemplo, não deve ser considerada uma despesa do período, mas
incluída no valor contábil da camisa produzida. Interessante, não é?

GabaritoCorreto.

13. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2015) Com relação aos critérios de


avaliação e de mensuração do ativo imobilizado, julgue o item que se segue.

O valor depreciável de um ativo será obtido após a dedução do seu valor


residual, que representa uma estimativa do valor a ser obtido com a venda
desse ativo ao fim de sua vida útil, deduzidas as despesas estimadas de
venda.

Comentários:

Método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes:

Disparadamente o método mais cobrado em provas!

Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas. Dividimos


o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada disser a
questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha reta.

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Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.


Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.

GabaritoCerto

14. (CESPE/SUFRAMA/Contabilidade/2014)

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Com base na tabela acima, que apresenta os saldos, em reais, das contas
contábeis da Cia. ABC S/A, ainda não encerrados contabilmente, referentes
ao exercício findo em 31/12/2013, julgue o item a seguir.

Considere que um item de ativo intangível tenha sido reconhecido


inicialmente em janeiro de 2013. Nesse caso, é necessário o registro de
despesa de amortização no exercício, em contrapartida de uma conta de
amortização acumulada.

Comentários:

Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado


na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível.


Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de
Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou
amortizada. A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.

A contabilização da amortização será:

D – Despesas com amortização


C – Amortização Acumulada.

ComentáriosCorreto

15. (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Uma entidade não deve


reconhecer os custos da manutenção periódica de um item do ativo
imobilizado no valor contábil desse item. Pelo contrário, quando incorridos,
esses custos são reconhecidos no resultado.

Comentários

Segundo o FIPECAFI, gastos com limpeza, manutenção e conversão são


considerados, em regra, como despesa operacional no exercício em que
ocorrerem.

Ainda, nos termos do CPC 27 – ativo imobilizado:

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12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não


reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da
manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são
reconhecidos no resultado quando incorridos.

Gabarito  Correto.

16. (CESPE/Analista/Contabilidade/CNJ/2013) Atualmente, o


reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo
imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração. Entretanto, os custos incorridos no uso, na
transferência ou na reinstalação de um item são incluídos no seu valor
contábil, como, por exemplo, os custos de realocação ou reorganização de
parte das operações da entidade.

Comentários

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições
operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos
no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no
seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:

(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas
condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as
operações da entidade.

Gabarito  Errado.

17. (CESPE/Contabilidade/CADE/2014) Com relação a conceituação,


classificação e conteúdos do ativo, julgue o item que se segue, de acordo
com a legislação vigente.

O ativo imobilizado pode, eventualmente, incluir bens incorpóreos.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de

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operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle


desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Gabarito  Errado.

18. (CESPE/Contador/PF/2014) O valor contábil de um ativo


imobilizado é o valor pelo qual ele é reconhecido na contabilidade, sendo
deduzido da depreciação acumulada e da perda, também acumulada, por
redução ao valor recuperável.

Comentários:

O item está correto. Segundo o CPC 27:

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução


da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

Gabarito  Correto.

19. (CESPE/Contabilidade/ANTT/2014) Um bem adquirido por meio


de um contrato de leasing operacional deverá ser imediatamente
registrado, pela empresa arrendatária, como ativo imobilizado e, assim,
passará a ser depreciado.

Comentários:

Item incorreto. Como dissemos:

O principal dispositivo cobrado em prova sobre este ponto é arrendamento


mercantil financeiro ou leasing financeiro. O leasing, basicamente,
pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença entre um e
outro reside principalmente no seguinte critério: o leasing transfere ou
não os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como


leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos
riscos e benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o
arrendamento mercantil.

- Se os riscos e benefícios ficam com o arrendatário


 Arrendamento financeiro.
- Se os riscos e benefícios ficam com o arrendador 
Arrendamento operacional.

Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco


características podem aparecer:

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Principais características de um arrendamento financeiro

1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;


2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o
valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o
arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações.

Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não
mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma
ou mais das características acima.

Vamos exemplificar?

“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída


especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento
financeiro – item “5” acima).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a
tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da
Revista 4 Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento
operacional (Não atende o item 2).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”.
Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais
baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas
500 reais).

E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo


de arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua
sorte, esses tratamentos são cobrados em concurso.

Grave-se! O bem objeto de leasing financeiro deve ser reconhecido


no balanço patrimonial do arrendatário como ativo!

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de


20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor
residual.

Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D – Veículos 20.000
D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000
C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

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Grave-se! O bem objeto de leasing operacional não deve ser


reconhecido no balanço patrimonial do arrendatário como ativo!

Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento


operacional de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500
reais por mês. Nesse caso, a contabilização fica assim:

D – Despesa de arrendamento 500


C – Bancos 500

Gabarito  Errado.

20. (CESPE/Contabilidade/ANTT/2014) Um imóvel adquirido por


uma empresa comercial, fora de seu domicílio, com a finalidade de hospedar
representantes comerciais em viagens a serviço, deverá ser registrado
como ativo imobilizado.

Comentários:

Segundo o CPC 27, ativo imobilizado:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

Nesta hipótese, portanto, há clara utilização para fins administrativos, já


que serão hospedados os representantes comerciais em viagens a serviço.

Gabarito  Correto.

21. (CESPE/ABIN/2010) Determinada empresa comprou uma


máquina para uso no valor de R$ 100.000,00. A vida útil desse ativo é
estimada em 10 anos, ao fim dos quais a empresa espera um valor residual
de R$ 20.000,00. Nessa situação, admitindo-se que a empresa utilize o
método de depreciação linear, ela deverá contabilizar, anualmente, uma
despesa de depreciação no valor de R$ 8.000,00.

Comentários:

Valor de aquisição 100.000,00


(-) Valor residual (20.000,00)
Valor depreciável 80.000,00
Depreciação anual (80.000/10) 8.000,00

Gabarito  Correto.

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22. (CESPE/Contador/Ministério da Justiça/2013) A depreciação


decorrente do uso de máquinas e equipamentos na produção de
determinado bem deve ser reconhecida como custo do bem produzido, o
que provoca redução imediata no resultado contábil da empresa.

Comentários:

O item está incorreto. Essa lição vem da contabilidade de custos: os gastos


necessários à produção, na contabilidade, são chamados de custos.

A depreciação de bens utilizados na produção não é despesa na DRE, mas


sim custo, integrando o ativo imobilizado. Portanto, uma vez que não é
despesa, não reduz imediatamente o resultado do exercício.

Gabarito  Errado.

23. (CESPE/Agente/Polícia Federal/2009) Suponha que uma


empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina
por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência.
Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30%
da possança da mina, o referido ativo, classificado no imobilizado, deverá
estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões.

Comentários

Vamos lá. Devemos nos utilizar de dois critérios:

1) Em função do tempo:

A exploração é para 5 anos, no valor de R$ 5 milhões, ou seja, 1 milhão por


ano.

Assim, passados dois anos teríamos R$ 2 milhões em amortização e valor


contábil de R$ 3 milhões (5 -2).

2) Em função da possança:

A exploração é de 30%, em dois anos, o que resulta em R$ 1,5 milhões,


dando um valor contábil de R$ 3,5 milhões (5 – 1,5).

Agora você vai se perguntar: qual dos dois utilizaremos? A resposta, em


lição simples, é: aquele que resultar no maior valor amortizado (e menor
valor contábil, consequentemente)!

Então, amigos, utilizaremos, neste caso o valor da amortização em função


do tempo, e o ativo estará realmente avaliado por R$ 3 milhões.

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Todavia, o item está incorreto. Mas, por quê? A resposta se encontra na


classificação que a questão trouxe. Como se trata de exploração de mina,
deveria constar “ativo intangível”, onde se lê “ativo imobilizado”.

Gabarito  Errado.

24. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) A depreciação de um


imobilizado calculada pelo método da soma dos dígitos apresenta despesas
anuais de depreciação crescentes ao longo do tempo.

Comentários:

As despesas de depreciação são menores, posto que os gastos com


manutenção, ao fim da vida útil, são maiores.

Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada


algarismo pela soma.

Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é de
5 anos, tomaremos os seguintes procedimentos:

Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.

Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e


ano 5 = 1/15.

Mas por que, professor?! Pra que isso? Há uma justificativa técnica para tal
método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é
compensada pelo aumento das despesas de manutenção.

Gabarito  Errado.

25. (CESPE/Analista Judiciário/TJ-CE/2014) Em determinadas


situações, a depreciação de ativos imobilizados não é reconhecida no
resultado, podendo ser incluída no custo de outros ativos.

Comentários:

Item correto. Como acabamos de dizer, é o caso da depreciação dos bens


da produção.

Gabarito  Correto.

26. (CESPE/Consultor Legislativo/CD/2014) Os bens tangíveis


sofrem depreciação a partir do momento em que são postos em condições
de uso, processo esse que cessa quando esses bens são retirados
definitivamente de uso ou quando sua obsolescência é constatada.

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Comentários:

Segundo o CPC 27:

55. A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso,
ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma
pretendida pela administração. A depreciação de um ativo deve cessar na
data em que o ativo é classificado como mantido para venda (ou incluído
em um grupo de ativos classificado como mantido para venda de acordo
com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo-Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada) ou, ainda, na data em que o ativo é
baixado, o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando
o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo
esteja totalmente depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de
depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto
não houver produção.

Gabarito  Errado.

27. (CESPE/Analista/MPU/2015) A redução do valor residual de um


ativo imobilizado proporcionará aumento da cota de depreciação mensal
desse ativo, caso sua vida útil seja mantida inalterada.

Comentários:

Item correto. Imaginemos o seguinte. Um ativo tem valor de aquisição de


R$ 100.000,00. O valor residual é R$ 20.000,00 e a vida útil é de 10 anos.

Ao final do quinto ano de uso (metade da vida útil) o valor residual passa
para R$ 10.000,00, houve redução, mas a vida útil dele foi mantida
inalterada, isto é, teremos mais cinco anos de depreciação. Como ficam os
cálculos? O que acontece?

Valor de aquisição 100.000,00


(-) Valor residual (20.000,00)
Valor depreciável 80.000,00
Depreciação anual (80.000/10) 8.000,00

Ao final do quarto ano teremos:

Valor de aquisição 100.000,00


(-) Depreciação acumulada (8.000 x 5) (40.000,00)
(-) Valor residual (10.000,00)
Valor depreciável 50.000,00
Depreciação anual (50.000/5) 10.000,00

Houve, assim, aumento do valor da depreciação, já que o valor residual


diminuiu.

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Gabarito  Correto.

28. (CESPE/Contador/FUB/2015) O valor da depreciação de um ativo


imobilizado pode ser calculado por vários métodos, mas, uma vez escolhido,
o método deve ser mantido até a baixa do ativo em questão.

Comentários:

Segundo o CPC 27:

60. O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros.

61. O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado


pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração
significativa no padrão de consumo previsto, o método de
depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal
mudança deve ser registrada como mudança na estimativa contábil,
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

62. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de


forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.
Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos
decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo
método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo,
caso o seu valor residual não se altere. O método dos saldos decrescentes
resulta em despesa decrescente durante a vida útil. O método de unidades
produzidas resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados. A
entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos
benefícios econômicos futuros esperados incorporados no ativo. Esse
método é aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista
alteração nesse padrão.

Gabarito  Errado.

29. (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os ativos com valor


residual maior que zero estão sujeitos à redução do seu valor depreciável.
Isso faz que o valor contábil desses ativos, ao final de sua vida útil,
represente os benefícios econômicos futuros que a venda desses bens ainda
será capaz de proporcionar à empresa que detém o seu controle.

Comentários

Nos termos do CPC 27:

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50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma


sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo


menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das
estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico
CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Esta é outra novidade importante.

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos
(geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se
alteravam, durante a vida útil do ativo.

Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem


ser revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve
ser realizada e tratada como mudança de estimativa contábil, como reza
o artigo 51 do CPC 27.

A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa


contábil, isto implica produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e
nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já
contabilizados como depreciação.

Gabarito  Correto.

30. (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Comparativamente aos


métodos dos saldos decrescentes e das unidades produzidas, o método
linear resulta em despesas de depreciação inconstantes ao longo da vida
útil do ativo, refletindo um padrão instável do consumo dos benefícios
econômicos futuros esperados incorporados no ativo.

Comentários

A depreciação linear, como o próprio nome sugere, resulta em despesa


constante ao longo da vida útil do ativo.

Veja o que diz o CPC 27:

62. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de


forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.
Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos
decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo
método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do
ativo, caso o seu valor residual não se altere. O método dos saldos
decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida útil. O método

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de unidades produzidas resulta em despesa baseada no uso ou produção


esperados. A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do
consumo dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados no
ativo. Esse método é aplicado consistentemente entre períodos, a não ser
que exista alteração nesse padrão.

Gabarito  Errado.

31. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) O custo de um bem deve ser


reconhecido como ativo imobilizado se houver previsão de que os futuros
benefícios econômicos associados ao bem retornarão à entidade e de que o
custo do bem será mensurado confiavelmente.

Comentários

Como dissemos à aula:

7. O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo


se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item


fluirão para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Gabarito  Correto.

32. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os objetivos da análise de


recuperabilidade dos valores registrados nas contas do ativo imobilizado e
do ativo intangível incluem a revisão e o ajuste dos critérios contábeis
adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos referidos
ativos e para calcular os valores de depreciação, exaustão e amortização a
que eles estariam sujeitos.

Comentários

O item está correto. São exatamente estes os objetivos do teste de


recuperabilidade: revisar e ajustar os critérios contábeis adotados para
determinar a vida útil econômica estimada dos ativos, e calcular valores de
depreciação, amortização e exaustão a que se sujeitam.

Gabarito  Correto.

33. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) A possibilidade de o custo


de determinado item do ativo imobilizado ser mensurado com confiabilidade
está entre as condições para que esse item seja reconhecido como ativo.

Comentários

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Como dissemos à aula:

7. O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo


se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item


fluirão para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Gabarito  Correto.

34. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi


submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no
valor de R$ 80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita
aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no
mesmo valor.

Comentários

Uma perda registrada pelo teste de recuperabilidade diminui o resultado do


exercício. Uma vez que a empresa não conseguirá recuperar todo o valor
investido no imobilizado, há o lançamento de uma despesa. A contrapartida
é uma conta redutora do valor contábil do ativo imobilizado, como se segue:

D – Despesa com ajuste ao valor recuperável de ativos (resultado)


C – Ajuste ao valor recuperável de ativos (redutora do ativo).

Gabarito  Errado.

35. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) Ao


final de 2014, determinada companhia estimou o valor em uso do seu
imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7 milhão.
Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5
milhão.

Nesse caso, a companhia deve fazer um lançamento contábil para redução


ao valor recuperável, cujo débito será em conta de resultado, resultando
em redução da situação líquida da companhia.

Comentários

O item está incorreto.

O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois


valores acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do
ativo for maior que o valor contábil, não é necessário nenhuma
contabilização.

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Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor


recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.
Nesse caso, temos:

- Valor contábil: 1,5 milhão

- Valor em uso: 2 milhões


- Valor realizável justo líquido de despesa de venda: 1,7 milhão

Portanto, o valor recuperável é de R$ 2 milhões, superior ao valor contábil.


Nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio da
prudência.

Gabarito  Errado.

36. (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) Julgue o item


subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas.

Considere que um bem com vida útil de cinco anos tenha sido adquirido por
R$ 5.000, e que sua depreciação tenha sido calculada pelo método da soma
dos dígitos dos anos, de modo que tenham sido geradas cotas de
depreciação maiores no início e menores no final. Nesse caso, a venda desse
bem, ao final do terceiro ano de uso, por R$ 1.250 gerará um resultado
líquido negativo de R$ 750.

Comentário:

No método da soma dos dígitos (também chamado de método de Cole),


somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma.

Considerando vida útil de 5 anos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.


Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e
ano 5 = 1/15.

Ano 1 = $5.000 x (5/15) = $1.666,67


Ano 2 = $5.000 x (4/15) = $1.333,33
Ano 3 = $5.000 x (3/15) = $1.000,00

Depreciação acumulada = $1.666,67 + $1.333,00 + $1.000,00


Depreciação acumulada = $ 4.000,00

Valor contábil = valor original – depreciação acumulada


Valor contábil = $5.000,00 - $ 4.000,00 = $ 1.000

Resultado da venda = Preço da venda – valor contábil


Resultado da venda = $1.250,00 - $1.000,00
Resultado da venda = lucro de $250,00

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Dessa forma, a questão está errada. A venda gerou resultado positivo de


$250,00.

Gabarito  Errado

24 QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/SEDF/AGE/Contabilidade/2017) Em relação aos


mecanismos contábeis para avaliação de ativos, passivos, impostos e
custos, julgue o item que se segue.

2. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) Com base na


NBC TG 27 (ativo imobilizado), assinale a opção correta, em relação à
depreciação, ao valor depreciável e ao período de depreciação.

a) Os normativos contábeis não permitem que o valor residual de um ativo


imobilizado seja aumentado depois de estabelecido.
b) A obsolescência técnica proveniente de mudanças ou as melhorias na
produção não são consideradas na determinação de vida útil de um ativo.
c) O valor depreciável de um ativo imobilizado deve ser apropriado de forma
eventual ao longo de sua vida útil.
d) A depreciação de um ativo imobilizado deve ser interrompida caso ele
seja classificado como ativo mantido para venda.
e) O valor depreciável dos ativos imobilizados é determinado pelo seu valor
histórico, antes da dedução de seu valor residual.

3. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


seguinte item, relativo à reavaliação de ativos.

Se fosse aplicável a reavaliação de ativos tangíveis, após a elaboração e


aprovação do laudo de avaliação dos itens de mesma natureza, a
contabilização da reavaliação desses itens aumentaria o resultado do
exercício pela diferença entre o valor contábil líquido registrado
anteriormente e o novo valor avaliado.

4. (CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016)


Tendo em vista que, de acordo com o CPC 27, do Comitê dos
Pronunciamentos Contábeis, quando permitida por lei, a reavaliação de um
item do ativo imobilizado a valor justo, mensurado de maneira confiável,
poderá ser reconhecida no balanço patrimonial, assinale a opção correta.

a) A redução do valor contábil do ativo em decorrência de reavaliação


deverá ser reconhecida em conta específica de resultado,
independentemente de haver saldo na conta de reserva de reavaliação no
patrimônio líquido.
b) Poderá ser reconhecido no balanço patrimonial o valor reavaliado de um
bem correspondente ao seu valor justo na data da reavaliação menos

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qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável que tenham


sido acumuladas subsequentemente.
c) Após o item do imobilizado ser reavaliado, não são necessárias futuras
atualizações a valor justo, mesmo que o valor apresente divergência
relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço. d) A reavaliação
poderá ser realizada em um único item de um grupo do imobilizado.
e) Quando a reavaliação resultar em aumento do valor contábil do ativo, a
contrapartida desse aumento deverá ser reconhecida em conta de
resultado.

5. (CESPE/TCE-PA/ACE/Contabilidade/2016) Julgue o item a


seguir, relativo aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro
das transações.

A conta depreciação acumulada de imobilizado, cujo saldo é aumentado por


lançamentos a crédito, tendo como contrapartida uma conta de despesa de
depreciação, é retificadora do ativo imobilizado.

6. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


item a seguir, relativo aos procedimentos contábeis e à forma correta de
registro das transações.

Uma entidade cujas atividades sejam exercidas em dois ou mais turnos de


trabalho poderá desconsiderar essa informação ao estabelecer a vida útil
de suas máquinas, para fins de contabilização da depreciação de seu
imobilizado, visto que a legislação do imposto de renda determina os
percentuais fixos para cada tipo de ativo.

7. (CESPE/FUNPRESP/Contabilidade e Finanças/2016) Julgue o


seguinte item, relativo à reavaliação de ativos.

Sendo aplicável a reavaliação de ativos depreciáveis, a realização do ativo


decorrente da depreciação aumentaria o resultado individual da empresa
ou, se fosse o caso, o resultado consolidado.

8. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Julgue o item


seguinte, referente aos fatos contábeis e às variações patrimoniais deles
decorrentes.

A depreciação contábil impacta negativamente o resultado da empresa e


tem como contrapartida o reconhecimento de um passivo no balanço
patrimonial.

É correto afirmar que depreciação contábil impacta negativamente o


resultado da empresa, porém, a contrapartida desse reconhecimento não é
um passivo, mas a conta depreciação acumulada, retificadora do Ativo.

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9. (CESPE/FUB/Contabilidade/2015) O item apresenta uma


situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada em relação ao
reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os
pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis.

Determinado bem imobilizado foi adquirido ao custo de R$ 100.000, sendo


sua vida útil estimada em dez anos, sem valor residual. Em 2014, após oito
anos de uso, foram realizados gastos de R$ 1.000 para manutenção e
reparos nesse imobilizado. Nessa situação, o valor líquido desse
imobilizado, no final de 2014, é igual a R$ 20.000.

10. (CESPE/MPOG/Contabilidade/2015) Julgue o item seguinte,


relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patrimoniais.

O conceito de depreciação implica o reconhecimento de perda de valor nos


ativos fixos tangíveis, em decorrência do uso, da desatualização, ou da
obsolescência, e se constitui em despesa para recuperar, de forma gradual,
o dispêndio inicial, ainda que não exija desembolso nem pagamento.

11. (CESPE/TRE-MT/Administrativa/Contabilidade/2015)
Determinada indústria que opera com uma estimativa de valor residual de
10% para todos os itens de seu imobilizado produtivo adquiriu um
maquinário produtivo por R$ 200.000. A depreciação é realizada pelo
método de unidades produzidas e a capacidade produtiva da máquina foi
estimada em 2 milhões de peças. No primeiro e no segundo exercícios
sociais, essa máquina produziu 250.000 peças/ano; no terceiro ano, a
produção da máquina foi de 300.000 peças. Toda a depreciação foi
adequadamente contabilizada, de acordo com a competência contábil.

De acordo com essa situação hipotética, o valor contábil líquido da máquina


ao final do terceiro ano de atividade, em reais, foi de

a) 108.000.
b) 120.000.
c) 128.000.
d) 72.000.
e) 80.000.

12. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2015) Com relação aos critérios de


avaliação e de mensuração do ativo imobilizado, julgue o item que se segue.

A depreciação de uma máquina utilizada na produção de determinado ativo


não deve ser reconhecida no resultado, mas deve ser incluída no custo do
ativo produzido pela máquina.

13. (CESPE/TELEBRAS/Contador/2015) Com relação aos critérios de


avaliação e de mensuração do ativo imobilizado, julgue o item que se segue.

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O valor depreciável de um ativo será obtido após a dedução do seu valor


residual, que representa uma estimativa do valor a ser obtido com a venda
desse ativo ao fim de sua vida útil, deduzidas as despesas estimadas de
venda.

14. (CESPE/SUFRAMA/Contabilidade/2014)

Com base na tabela acima, que apresenta os saldos, em reais, das contas
contábeis da Cia. ABC S/A, ainda não encerrados contabilmente, referentes
ao exercício findo em 31/12/2013, julgue o item a seguir.

Considere que um item de ativo intangível tenha sido reconhecido


inicialmente em janeiro de 2013. Nesse caso, é necessário o registro de
despesa de amortização no exercício, em contrapartida de uma conta de
amortização acumulada.

15. (CESPE/Analista Contábil/CNJ/2013) Uma entidade não deve


reconhecer os custos da manutenção periódica de um item do ativo
imobilizado no valor contábil desse item. Pelo contrário, quando incorridos,
esses custos são reconhecidos no resultado.

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16. (CESPE/Analista/Contabilidade/CNJ/2013) Atualmente, o


reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo
imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração. Entretanto, os custos incorridos no uso, na
transferência ou na reinstalação de um item são incluídos no seu valor
contábil, como, por exemplo, os custos de realocação ou reorganização de
parte das operações da entidade.

17. (CESPE/Contabilidade/CADE/2014) Com relação a


conceituação, classificação e conteúdos do ativo, julgue o item que se
segue, de acordo com a legislação vigente.

O ativo imobilizado pode, eventualmente, incluir bens incorpóreos.

18. (CESPE/Contador/PF/2014) O valor contábil de um ativo


imobilizado é o valor pelo qual ele é reconhecido na contabilidade, sendo
deduzido da depreciação acumulada e da perda, também acumulada, por
redução ao valor recuperável.

19. (CESPE/Contabilidade/ANTT/2014) Um bem adquirido por meio


de um contrato de leasing operacional deverá ser imediatamente
registrado, pela empresa arrendatária, como ativo imobilizado e, assim,
passará a ser depreciado.

20. (CESPE/Contabilidade/ANTT/2014) Um imóvel adquirido por


uma empresa comercial, fora de seu domicílio, com a finalidade de hospedar
representantes comerciais em viagens a serviço, deverá ser registrado
como ativo imobilizado.

21. (CESPE/ABIN/2010) Determinada empresa comprou uma


máquina para uso no valor de R$ 100.000,00. A vida útil desse ativo é
estimada em 10 anos, ao fim dos quais a empresa espera um valor residual
de R$ 20.000,00. Nessa situação, admitindo-se que a empresa utilize o
método de depreciação linear, ela deverá contabilizar, anualmente, uma
despesa de depreciação no valor de R$ 8.000,00.

22. (CESPE/Contador/Ministério da Justiça/2013) A depreciação


decorrente do uso de máquinas e equipamentos na produção de
determinado bem deve ser reconhecida como custo do bem produzido, o
que provoca redução imediata no resultado contábil da empresa.

23. (CESPE/Agente/Polícia Federal/2009) Suponha que uma


empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina
por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência.
Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30%
da possança da mina, o referido ativo, classificado no imobilizado, deverá
estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões.

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24. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) A depreciação de um


imobilizado calculada pelo método da soma dos dígitos apresenta despesas
anuais de depreciação crescentes ao longo do tempo.

25. (CESPE/Analista Judiciário/TJ-CE/2014) Em determinadas


situações, a depreciação de ativos imobilizados não é reconhecida no
resultado, podendo ser incluída no custo de outros ativos.

26. (CESPE/Consultor Legislativo/CD/2014) Os bens tangíveis


sofrem depreciação a partir do momento em que são postos em condições
de uso, processo esse que cessa quando esses bens são retirados
definitivamente de uso ou quando sua obsolescência é constatada.

27. (CESPE/Analista/MPU/2015) A redução do valor residual de um


ativo imobilizado proporcionará aumento da cota de depreciação mensal
desse ativo, caso sua vida útil seja mantida inalterada.

28. (CESPE/Contador/FUB/2015) O valor da depreciação de um ativo


imobilizado pode ser calculado por vários métodos, mas, uma vez escolhido,
o método deve ser mantido até a baixa do ativo em questão.

29. (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Os ativos com valor


residual maior que zero estão sujeitos à redução do seu valor depreciável.
Isso faz que o valor contábil desses ativos, ao final de sua vida útil,
represente os benefícios econômicos futuros que a venda desses bens ainda
será capaz de proporcionar à empresa que detém o seu controle.

30. (CESPE/Analista/Área 2/ANP/2013) Comparativamente aos


métodos dos saldos decrescentes e das unidades produzidas, o método
linear resulta em despesas de depreciação inconstantes ao longo da vida
útil do ativo, refletindo um padrão instável do consumo dos benefícios
econômicos futuros esperados incorporados no ativo.

31. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) O custo de um bem deve ser


reconhecido como ativo imobilizado se houver previsão de que os futuros
benefícios econômicos associados ao bem retornarão à entidade e de que o
custo do bem será mensurado confiavelmente.

32. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os objetivos da análise de


recuperabilidade dos valores registrados nas contas do ativo imobilizado e
do ativo intangível incluem a revisão e o ajuste dos critérios contábeis
adotados para determinar a vida útil econômica estimada dos referidos
ativos e para calcular os valores de depreciação, exaustão e amortização a
que eles estariam sujeitos.

33. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) A possibilidade de o custo


de determinado item do ativo imobilizado ser mensurado com confiabilidade
está entre as condições para que esse item seja reconhecido como ativo.

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34. (CESPE/Contador/TJ/AC/2012) Um ativo imobilizado foi


submetido ao teste de recuperabilidade e o resultado mostrou perda no
valor de R$ 80.000,00. Nessa situação, a contabilização a ser feita
aumentará a conta do ativo em R$ 80.000,00 e a conta de despesa no
mesmo valor.

35. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) Ao


final de 2014, determinada companhia estimou o valor em uso do seu
imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7 milhão.
Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5
milhão.

Nesse caso, a companhia deve fazer um lançamento contábil para redução


ao valor recuperável, cujo débito será em conta de resultado, resultando
em redução da situação líquida da companhia.

36. (CESPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) Julgue o item


subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas.

Considere que um bem com vida útil de cinco anos tenha sido adquirido por
R$ 5.000, e que sua depreciação tenha sido calculada pelo método da soma
dos dígitos dos anos, de modo que tenham sido geradas cotas de
depreciação maiores no início e menores no final. Nesse caso, a venda desse
bem, ao final do terceiro ano de uso, por R$ 1.250 gerará um resultado
líquido negativo de R$ 750.

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25 GABARITO DAS QUESTÕES APRESENTADAS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 ERRADO 19 ERRADO
2 D 20 CORRETO
3 ERRADO 21 CORRETO
4 B 22 ERRADO
5 CORRETO 23 ERRADO
6 ERRADO 24 ERRADO
7 ERRADO 25 CORRETO
8 ERRADO 26 ERRADO
9 CORRETO 27 CORRETO
10 CORRETO 28 ERRADO
11 C 29 CORRETO
12 CORRETO 30 ERRADO
13 CORRETO 31 CORRETO
14 CORRETO 32 CORRETO
15 CORRETO 33 CORRETO
16 ERRADO 34 ERRADO
17 ERRADO 35 ERRADO
18 CORRETO 36 ERRADO

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