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11/8/2017

Processo do Trabalho

Prof. Marco Aurélio

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Objetivo: concretização do direito material. Disciplina instrumental.

Lei que alterou os dispositivos da CLT: tem 120 dias de vacatio legis. Para o Processo do
Trabalho mudou, entre outras coisas: conceito de empregador (mudou o conceito de
empregador) – o trabalhador somente vai poder reivindicar os créditos de sua empresa original;
honorários de sucumbência no Processo do Trabalho: somente havia uma hipótese em que a
parte sucumbente era condenada a pagar os honorários: empregado que ajuizava reclamação
trabalhista pelo advogado do sindicato e beneficiário da justiça gratuita (hipossuficiente):
quando o trabalhador tinha uma decisão favorável, o juiz também condenava a empresa a pagar
15% de horários de sucumbência para o sindicato; no novo texto legal, os honorários de
sucumbência poderão ser cobrados inclusive do trabalhador, mesmo que ele seja beneficiário
da justiça gratuita (ajuizamento de ações temerárias). Os ajuizamentos de ações temerárias
tornam a OAB solidária com a obrigação.

Apostila como roteiro das aulas. Caderno de exercícios.

A1  9 + 1 (Pesquisa Acadêmica – dividida em 3 Blocos)

A2  8 + 1 (Pesquisa Acadêmica) + 1 questão de livro.

AR: se for inferior a 3, o aluno está reprovado. O somatório tem que dar 12.

Livro: Tereza Rodrigues Vieira (bibliografia).

Livro que melhor atende: Curso de Direito Processual do Trabalho do Renato Saraiva.

Exame na área trabalhista: 3 CLTs organizadas:

1ª Renato Saraiva

2ª Maurício Godinho Delgado

3ª Leone Pereira

Para fazer o exame, tem que levar o Vade Mecum e uma CLT organizada.

A1: 22/9/2017

A2: 24/11/2017

AS: 08/12/2017.

A intenção é saber fazer uma inicial, contestação e Recurso Ordinário.

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Anotações:

Fundamentos.
Conceito: concretização do direito material. Soluciona os conflitos decorrentes das ações
trabalhistas. Quem são os sujeitos para solucionar o litígio: a Justiça do Trabalho (ótica
subjetiva). Sob a ótica objetiva, o objeto do estudo do Processo do Trabalho: institutos,
princípios e normas jurídicas.

Definição: estuda as instituições, as normas, os princípios que visam solucionar os conflitos


decorrentes das relações de trabalho.

Posição do DPT no âmbito do Direito Processual como um todo:

Teoria monista: o processo deveria atender todos os ramos do direito material.

Teoria dualista: cada ramo do direito tem que atender as suas especificidades. Temos um
processo trabalhista com regras específicas. Mas não temos um Código de Processo Trabalhista.
Isso é feito pela CLT: a partir do art. 643 e seguintes.

As normas de direito processual da CLT não são suficientes. Ex: réplica à contestação – não está
prevista na CLT. Mas o Processo Civil é aplicado subsidiariamente – apenas se não houver o tema
na CLT, e, além disso, o dispositivo do processo comum tem de ser compatível com o processo
trabalhista.

Exemplo: O TST entendeu que a realização de audiência sem a presença do juiz não é compatível
com o Processo do Trabalho. 1º motivo: a CLT já regula o momento da tentativa de conciliação;
2º motivo: não seria compatível em razão de que no Direito do Trabalho os trabalhadores não
podem renunciar os seus direitos. Só pode renunciar perante o juiz. IN 39 de 2016 do TST – o
que se aplica ou não do CPC no Processo do Trabalho.

Posição do DPT perante o Direito do Trabalho? Andam conjuntamente, pois na verdade um é


instrumento para concretizar o outro.

Taxionomia do DPT: é uma disciplina de Direito Público. Hoje há uma interdisciplinaridade entre
o DPT e o DT.

DPT no Brasil: não existe um código específico. Na CF e no Art. 643 e seguintes da CLT.

DPT na CF: art. 94: tem um inciso que fala que o Poder Judiciário se organiza por meio de
Tribunais e juízes do Trabalho – opção por uma Justiça do Trabalho especializada.

Art. 111 ao 116 da CF: organização da Justiça do Trabalho. Competências (Art. 114). Os dissídios
coletivos podem ser solucionados por arbitragem.

Direito Constitucional: (CF, art. 111 a 114)

Direito do Trabalho: um concretiza o outro.

Direito Processual: relação do processo do trabalho com o processo comum, desde que
compatíveis.

Direito Administrativo: regula entre outras coisas o regime jurídico do servidor público. Mas
temos também na Administração Pública empregados públicos.

Direito Penal: audiência em um processo trabalhista com um crime lá praticado (perjúrio, fraude
processual, etc). A competência para apurar o crime é da PF, do MPF (denúncia) e da Justiça
Federal.

Observação: Crimes contra a organização do trabalho. Competência da Justiça Federal.


Direito Privado: Direito do Trabalho é direito privado (relação jurídica envolvendo trabalhador
e empregador). Direito Empresarial: desconsideração da personalidade jurídica para atingir o
patrimônio dos sócios.

Direito Tributário: retenção pelo empregador de impostos, aplicação subsidiária da Lei de


Execução Fiscal na Direito Processual do Trabalho.

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Histórico:

Antiguidade - Agric/Pec (4000 a.C a 476 dc). Escravos.

Idade Média - Feudalismo (477 a 1453). Prevalece a mercancia. Servo ou vassalo. Monarquia
absolutista.

Idade Moderna - Mercantilismo (1454 a 1789). Trabalhador. Monarquia absolutista.

Capitalismo/Socialismo (1.789 a 2017). Estado de Direito. Primeiramente aconteceu o


liberalismo: alta exploração do trabalhador – até meados do século XIX.

Após meados do século XIX. Debate sobre direitos sociais. Constituição mexicana: 1917. 1918 –
Rússia. 1919 – Alemanha – surgimento dos direitos trabalhistas.

As normas de Direito Trabalho foram uma forma de proteger a parte mais fraca que é o
trabalhador.

Processo do Trabalho: os primeiros órgãos de solução de conflito que se tem notícia surgiram
na França: Conselhos de homens prudentes. No final da idade média, houve migração da área
rural para a cidade, sendo que os trabalhadores na França tinham que aprender novos ofícios.
Começaram a se estabelecer conflitos entre os comerciantes e fabricantes. Em 1.786 foi extinto
o Conselho, pois não se permitia ao Estado resolver conflitos privados. Napoleão recria os
Conselhos de Homens Prudentes em 1806, os quais funcionam até hoje. É um organismo
extrajudicial. A França não tem uma justiça trabalhista especializada. São conselhos
extrajudiciais. Isso foi reproduzido no Brasil em 2000: Comissão de Conciliação Prévia (metade
dos membros oriundos da representação dos empregados e a outra dos empregadores).

Alemanha: Século XIX: os operários das indústrias começaram a ter problemas com os patrões.
Foram criados os Tribunais Industriais, que se espalharam pelo país. Hoje foram ampliados para
resolver todos os conflitos de trabalho. Foi suprimido durante o período nazista e retomado
depois. Alemanha pós-segunda guerra – organização --> Tribunais Federais, Regionais e Distritais
do Trabalho: basicamente o que o Brasil tem hoje. Alguns estados do Brasil não têm TRT
(Rondônia, Roraima, Tocantins).

Itália: também foi influenciada tanto pelo modelo francês e alemão, mas não tem uma justiça
trabalhista. Influência do modelo italiano do Brasil: 1927 foi aprovado o Código Trabalhista
(Carta Del Lavoro). Getúlio Vargas foi influenciado pelo modelo fascista corporativista italiano,
que o trouxe para o Brasil.

Brasil: República Velha: alternância de poder entre Rio e São Paulo – até 1930. Os produtores
rurais perderam os escravos. Os escravos não permaneceram na fazenda, pois seria o mesmo
de trabalhar como escravo. O estado brasileiro não ofereceu condições para aqueles que saíram
da zona rural e ingressaram nas cidades. Diante disso, o governo brasileiro convidou os
estrangeiros a virem para o Brasil. Ao chegarem aqui, encontraram os patrões com a
mentalidade voltada para lidar com escravos. Em 1922 foram criados Tribunais Rurais,
comissões para soluções de conflito, etc. Isso não funcionou no Brasil, que só começa a organizar
a casa após Getúlio Vargas, quebrando o modelo até então vigente em 1930.

Getúlio Vargas não cumpriu o governo provisório. Em 1932 (Revolução Constitucionalista) São
Paulo queria uma nova constituição. Continuamos a ter conflitos internos. Em 1935 Getúlio
Vargas deu o golpe do Estado Novo. Revogou a Constituição de 1934, fechou o Congresso
Nacional e também passou a ser legislador; suprimiu a autonomia dos Munícipios. Estado Novo:
1937 a 1945. Os órgãos de conflitos foram criados nesse período. Justiça do Trabalho em 1939
(vinculada ao Ministério do Trabalho – eram órgãos administrativos que a compunham). Em
1941 começou a funcionar. No final de 1945, Getúlio saiu do poder, sendo que aí a Justiça do
Trabalho virou parte do Poder Judiciário.

A Justiça do Trabalho era paritária: representes dos trabalhadores e dos empregadores

TST

TRT

Juntas de Conciliação de julgamento: um juiz togado,


um juiz classista (pelos empregados) e um juiz classista
pela chamada classe econômica. Esses juízes eram
indicados pelos Sindicatos. O TRT tinham 13 escolhidos
dos juízes de carreira das juntas e 2 dos trabalhadores e
2 dos patrões.

Antigamente, o TST era composto por juízes togados e representantes dos trabalhadores e dos
empregadores – juízes classistas (indicados pelos sindicatos dos trabalhadores e dos patrões).
Quem era nomeado pelo Presidente da República era nomeado para 3 anos.

O que acabou com a representação dos classistas: Anamatra fez um lobby muito forte no
Congresso Nacional, aprovando a EC 24/99, que extinguiu essa representação. Só acabou
mesmo em 2002, quando os últimos nomeados cumpriram os seus mandatos.

O TST reduziu de 27 para 21. Passou a ser convocados julgadores do TRT para funcionarem como
ministros.

EC 45/04: fez retornar o número de 27 ministros do TST.

Quando a representação classista acabou em 1999, os sindicatos não gostaram. Assim, em 2000
criou-se a Comissão de Conciliação Prévia (não tem o poder de julgar o conflito): resolução
extrajudicial de conflitos trabalhistas (composição paritária entre representantes dos
empregados e empregadores).

Em 2009, o STF julgando uma ADIN, concedeu uma liminar para dar uma interpretação
afirmando que a passagem pela comissão era facultativa.

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Situação de autodefesa e autotutela no Direito Administrativo: Greve (reconhecida na CF do
88). Direito do trabalhador. Não é possível direito de greve do empregador.

Segunda técnica de solução de conflito: autocomposição. Via de regra, uma parte renuncia sua
pretensão em favor da outra (concessões mútuas).

Negociação coletiva é uma condição obrigatória para negociar as condições de trabalho –


Convenção Coletiva do Trabalho (geral) ou Acordo Coletivo do Trabalho (apenas uma parte da
categoria).

Heterocomposição (jurisdição, arbitragem, mediação e conciliação): levam a solução do conflito


para o terceiro. Quando é o Estado que resolve o conflito, temos então a jurisdição. EC 45/2004:
Art. 14, § 2º solução do conflito coletivo por meio de arbitragem. A arbitragem é utilizada na
maior parte do mundo, em vez de o conflito coletivo ser resolvido pelo Poder Judiciário.

Mediação: terceiro não tem poder de decisão naquela situação: Ministério Público do Trabalho,
Ministério do Trabalho, etc.

Conciliação: órgão que faz no Direito Processual do Trabalho: Comissão de Conciliação Prévia.
Também não há poder de decisão.

18/8/2017

Fontes do DPT:

FatoValorNorma.

Fatos:

Econômicos: adoção de nova matriz econômica pelo governo Dilma: crise econômica.

Sociais: desemprego.

Jurídicos: reforma trabalhista.

Históricos: impeachment da Dilma.

Políticos: discussão sobre a limitação dos partidos políticos.

Fontes materiais.

Norma Fontes formais:

Lei

Jurisprudência

Doutrina

Costumes

Fontes formais: CF (art. 92, IV (órgãos do Poder Judiciário): existência de Justiça do Trabalho
para resolver conflitos trabalhistas. 111 a 116: competência da Justiça do Trabalho.
CLT: 643 para frente  Processo do Trabalho. A parte de organização e competência não foi
corrigida pela reforma trabalhista. Título X: Processo Judiciário do Trabalho principal fonte.

CPC: é de aplicação subsidiária no Processo do Trabalho (Para os casos de CLT omissa, e o


instituto do CPC tem de ser compatível): Exemplos: a CLT não prevê nem a réplica e nem a
reconvenção --: estas normas do CPC são aplicadas no Processo do Trabalho.

Prazo CLT: não se aplica o prazo do CPC. CLT 775: a contagem de prazo será em dias corridos. Se
o último dia do prazo cair em dia não útil, prorroga para o dia útil seguinte.

Costumes: fonte de pouca importância no Direito Processual do Trabalho. Exemplo: costumes


relativos à rotina dos empregados dentro de uma empresa.

Doutrina: muitas obras importantes. Bezerra Leite, Leone Pereira, Renato Saraiva.

Jurisprudência: muito importante no Direito Processual do Trabalho: OJs, Súmulas, Seções


especializadas, etc. os requisitos para editar uma súmula são mais restritos. Precedente
Normativo é menos utilizado. 80% de provas se baseia em jurisprudência.

Tem-se ainda atos normativos: Regimento Interno e outros.

CF

Tratado Internacional

Que versa sobre DH Fontes heterônomas ou estatais

Antes da EC 45

Leis Infraconstitucionais

ATOS NORMATIVOS Autônomas ou extraestatais

Convenção Coletiva, Acordo Coletivo, Reg. da empresa, etc

Princípio da proteção: aplicação da norma mais benéfica ao trabalhador. Uma convenção pode
prevalecer sobre a Constituição.

Com a vigência da reforma trabalhista, o negociado poderá prevalecer sobre o legislado. Mas há
limite para isso, e, também, tem de se observar que os direitos constitucionais ligados ao
trabalho não poderão ser negociados.

Interpretação: extrair da norma jurídica o seu significado. O problema está na subjetividade do


intérprete. Se ele não utiliza a técnica da hermenêutica, a interpretação será contaminada. Tipos
de interpretação:

Gramatical ou literal

Lógica

Teológica ou finalística

Sistemática
Extensiva ou ampliativa

Restritiva ou limitativa.

Histórica

Autêntica, legal ou legislativa

Sociológica.

Integração da norma jurídica: integrar é completar a lei.

Eficácia da lei processual no tempo e no espaço. O processo inicia-se com a Petição Inicial:

PINotificaçãoAudiência e tentativa de conciliaçãocontestaçãoréplicanecessidade de


produção de outras provassentença.

Os atos praticados antes de 12/11 seguirão a regra da CLT antiga. Os atos posteriores à vigência
da lei estarão sujeitos à nova redação da CLT. A eficácia da lei processual no tempo atinge o
estado em que o processo se encontra. Observação: se o prazo iniciou antes da nova lei, deverá
observar as regras antigas.

Aplicação no espaço: regra: princípio da territorialidade. CLT é uma lei ordinária federal, com
aplicabilidade em todo o território nacional.

Observação: um dos critérios é a definição da competência em razão do local. Regra: local de


prestação do serviço.

E quando o trabalhador foi contratado no Brasil para prestar serviço no exterior: hoje se aplica
o princípio da extraterritorialidade: possibilidade desse trabalhador ajuizar ação trabalhista no
Brasil. Faz jus ainda à aplicação da norma mais favorável.

Processo Trabalhista x o Comum. Trabalhista: conflito individual e coletivo. No direito


trabalhista é chamado de dissídio. Conflito Coletivo envolve as categorias como um todo, ou
uma determinada categoria em face de seu trabalhador. Há semelhanças com o processo
comum, principalmente com aqueles que tramitam nos juizados especiais.

Mas o processo de dissídio coletivo no Justiça do Trabalho é muito peculiar, inclusive a decisão
desse processo, tem uma função normativa que só aparece nessa situação no Judiciário
Trabalhista. Quando decide um dissídio coletivo, cria-se uma decisão com conteúdo normativo
entre as partes em conflito.

Ações trabalhistas: individuais ou coletivas.

Individuais:

Cumprimento: visa que o empregador cumpra uma decisão de dissídio coletivo.

Plúrimas: vários autores, réus, vários autores e réus.

Ações fundadas no processo comum: ação de consignação e pagamento,


Mandado de Segurança, etc.

Ações fundadas na própria CLT: principal: Reclamação Trabalhista.


Observação: irrecorribilidade das decisões interlocutórias no processo trabalhista: só há uma
possibilidade em tese: agravo de instrumento: quando você interpõe um recurso e o juiz acode
a origem e no exame prévio de admissibilidade do recurso, não o reconhece: para obrigar o juiz
a remeter o recurso para a instância superior, para o juiz de destino ou ad quem, você maneja o
agravo de instrumento.

Ausência do reclamante: importa no arquivamento dos autos.

Recursos em regra não têm efeito suspensivo.

Perseguição da conciliação (no rito ordinário são pelo menos em dois momentos).

Possibilidade da inicial ou da contestação ser verbal.

Possibilidade maior do juiz aplicar a inversão do ônus da prova.

Execução ex-oficio: no processo trabalhista, quem promove a execução é o juiz (exemplo:


execução de contribuição previdenciária).

25/8/2017

Princípios do DPT:

São o eixo de entendimento para toda a disciplina.

Aplicam-se os princípios gerais do direito e do direito processual geral: inc. LIV do art. 5º da
CF: devido processo legal, contraditório e ampla defesa: ninguém pode sofrer lesão ao seu
direito de liberdade individual e constrição do seu patrimônio sem que seja garantido um devido
processo legal. O processo é um encadeamento de atos que estão previstos na lei.

Princípio do contraditório: possibilidade de as partes em litígio apresentarem as suas versões


dos fatos. Incumbe ao autor fazer a prova do seu direito pleiteado e incumbe ao réu fazer prova
de impedimentos, de fatos modificativos e extintivos do direito do autor.

Princípios constitucionais do juízo e promotor natural: afasta a possibilidade de juízo de


exceção. O Estado não escolhe juiz e promotor para atuar em determinado caso.

Princípio da vedação de utilização de provas ilícitas no processo: existem algumas hipóteses de


exclusão de ilicitude da prova: quando acontece colisão de direitos fundamentais – gravação
clandestina para proteger o direito à vida do sequestrado; outro exemplo: em desfavor de
agente público, no exercício da função pública, que pratica atos contrários ao interesse público;

Processo trabalhista: em que pese estar expresso a utilização dessas provas apenas no processo
penal e no direito penal, o TST vem decidindo em favor da possibilidade de utilização de prova
ilícita, nos casos, por exemplo, de assédio moral (gravação clandestina), dando uma
interpretação extensiva.

Princípio que obriga os juízes a fundamentarem as suas decisões: as partes têm direito de saber
qual a razão que motivou o juiz a tomar essa decisão.

Alguns autores também entendem como princípios gerais do processo (o professor entende
que são peculiaridades): celeridade, formalismo mitigado, oralidade, concentração de atos em
audiência, a questão do jus postulandi: possibilidade das partes demandarem pessoalmente na
Justiça do Trabalho: o processo trabalhista não exige que a parte seja acompanhada do
advogado. Súmula do TST: limitação da atuação da parte sem advogado: ela pode recorrer até
o TRT, mas as ações que tramitam no TST têm que ter advogado constituído. MS, ação rescisória
e medida cautelar: exigem advogado.

Princípios específicos: não há um consenso, mas os principais são:

1) Princípio da proteção ou princípio protecionista: in dubio pro operario, aplicação da


condição mais benéfica e da norma mais favorável.
2) Princípio da jurisdição normativa: característica da Justiça do Trabalho – só existe
nessa: o Poder Judiciário tem competência para julgar dissídio coletivo: quase na
maioria dos países isso não mais existe. Acórdão que decide dissídio coletivo: vem o
dispositivo em cláusulas: cria uma norma jurídica que se aplica às partes.

Sérgio Pinto Martins disse que só existe o Princípio da Proteção.

Organização da Justiça do Trabalho – art. 92, IV da CF: integra o Poder Judiciário o juiz e os
Tribunais do Trabalho: confirmação da existência da Justiça do Trabalho.

Os membros do Poder Judiciário Trabalhista (magistrados): estão sujeitos às mesmas


obrigações, vedações, garantias previstas para a magistratura em geral: ar.t 93 e 95 da CF:
vitaliciedade; inamovibilidade, salvo interesse público relevante; irredutibilidade de subsídio.

Especialidades:

1) Atuam em ramo específico do direito: Direito do Trabalho;


2) Não são divididos em entrâncias (entrâncias são ordens de importância,
relacionadas ao número de processo);
3) Órgãos do segundo grau: TRTs
4) Acima dos TRTs temos o TST, não havendo na primeira instância órgãos
especializados em determinada matéria.

VTTRTTST.

*todas as Varas do Trabalho têm a mesma competência.

TST

24 TRTs (13 com composição mínima e os outros com


composição variada).

Exemplo: TRT da 10 Região: Distrito Federal e Tocantins.

Art. 112: quando não houver Vara Trabalhista instalada na cidade, quem vai exercer as funções
de Vara do Trabalho é o juiz estadual: prorrogação excepcional de competência: esse juiz
estadual está vinculado ao TRT: se o juiz estadual julgar a reclamação trabalhista, os recursos
serão direcionados ao TRT.

TST: sede na capital federal, jurisdição em todo território federal. 27 Ministros. Tem de ser
brasileiro, no mínimo 35, máximo 65 para ingresso, no momento da nomeação. Antes da
nomeação, têm dois processos de investidura: 21 vagas são reservadas aos desembargadores
dos TRTs – não é promoção e sim tem o viés político. As outras seis vagas são reservadas ao
quinto constitucional – metade para os membros do MP e a outra metade para advogados. 10
anos de atividade profissional e, no caso do advogado, reputação ilibada. A nomeação é feita
pelo presidente da República.

Para as vagas de juízes: o Tribunal vota e forma uma lista tríplice: encaminha ao
presidente que escolhe um nome. Esse nome é enviado ao Senado. Aprovado na sabatina, envia
para o presidente o nomeia.

Membros do MPT: O MP monta uma lista sêxtupla, que é enviada ao TST, sendo que o
plenário do TST vota e reduz a lista para três nomes; encaminha ao presidente que escolhe um
nome. Esse nome é enviado ao Senado. Aprovado na sabatina, envia para o presidente o
nomeia.

Advogados: O Conselho Federal da OAB forma lista sêxtupla, que é enviada ao TST, sendo que
o plenário do TST vota e reduz a lista para três nomes; encaminha ao presidente que escolhe um
nome. Esse nome é enviado ao Senado. Aprovado na sabatina, envia para o presidente o
nomeia.

O TST é regido pelo Regimento Interno:

O TST é um nome genérico, pois ele é um órgão jurisdicional complexo:

Pleno (27) composto pela integralidade da Corte.

Órgão especial: 14 ministros: 7 mais antigos e 7 eleitos por seus pares

SDI: Pleno e duas subseções: (SDI-1 e SDI-2)

SDC

8 turmas: cada turma é integrada por 3 ministros. Os ministros que não


participam da organização da turma: presidente, vice-presidente e corregedor: essas funções
são exercidas por 2 anos. Cada turma tem o seu presidente. Para os outros órgãos, funciona
como presidente o presidente do Tribunal.

As principais competências das turmas: julgar recursos de revistas das decisões do TRT e julgar
os agravos de instrumentos também relacionados aos recursos de revistas cujo seguimento
foram denegados na origem.

SDC: julgar recursos ordinários das decisões dos Tribunais nos julgamentos de dissídios
coletivos; Julgar originariamente alguns dissídios coletivos – conflito maior que a área de
jurisdição do Tribunal – âmbito nacional.

SDI-1: julgar embargos ao recurso de revista – na prática, são embargos de divergência;

SDI-2: ações rescisórias contra as decisões das turmas.

Órgão especial: Mandado de Segurança contra atos dos membros do Tribunal.

Existem dois regimentos internos importantes: Regimento Interno do TST e o Regimento


Interno da Corregedoria.
TRT:

A Justiça do Trabalho conta com 24 TRTs. Art. 112 da CF: A lei criará varas da Justiça do Trabalho;
onde não houver, os juízes de direito com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho. Dessa decisão cabe recurso para o TST.

Nos TRTs, a Constituição chama de juízes; o Regimento Interno os chama de desembargadores.

Observação: nos TRTs, os presidentes acumulam as funções de corregedor.

Turmas: basicamente julgam recursos ordinários.

Turmas no TRT 10ª Região: as competências são mais dividas.

Composição do TRT: não é uniforme; depende da composição de cada TRT.

Exercem o duplo grau de jurisdição em relação aos recursos das decisões proferidas na 1ª
instância. Também julgam originariamente os dissídios coletivos dentro da sua área de
jurisdição.

Ingresso: presidente da República; idade mínima – mais de trinta anos e menos de 65 anos; não
há sabatina do Senado, o presidente escolhe o nome daqueles da lista tríplice e o nomeia.
Também se aplica a regra do quinto constitucional.

Funcionamento: Regimento Interno.

1ª Instância:

Varas do Trabalho ou juízes que exercem a função de justiça do Trabalho: ingresso das ações
com dissídios individuais.

Não possui entrância. Onde não há Vara de Trabalho, a competência é exercida pelo juiz
estadual.

MPT: Um dos órgãos que integram o MPU (MPF, MPM, MPDFT e MPT). Na CF, está dentro das
Funções Essenciais da Justiça. Art. 127 a 130-A da CF: MP é o custos legis.

Atua em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.

Princípios institucionais do MP: autonomia, unidade, indivisibilidade; observa o princípio do


promotor natural.

Funções institucionais: art. 129 da CF.

Vedações, garantias e direitos dos membros da magistratura.

MPT observa a LOMPU. Seus membros estão sujeitos às hipóteses de impedimentos e suspeição
previstas no CPC.

Exemplo: ação civil pública por dano moral coletivo.

Arts. 736 a 757 estão tacitamente revogados pela LC nº 75/93.


Procurador-Geral do Trabalho: LC nº 75/93, art. 87 a 92.

Colégio dos Procuradores do Trabalho: LOMPU, art. 93 e 94.

Conselho Superior, etc. Carreira: Subprocuradores-Gerais, Procuradores Regionais e


Procuradores do Trabalho; o Procurador-Geral compõe o Ministério Público do Trabalho.

Concurso Público: atividade jurídica.

Competência do MPT. Promover as ações que lhe sejam atribuídas pela CF e pelas leis
trabalhistas.

O MPT, normalmente, só é intimado para comparecer no TRT e TST.

Nas Varas do Trabalho normalmente o MPT não é intimado, mas se tiver temas específicos, o
juiz vai intimar o MPT.

Comissão de Conciliação Prévia:

1999 a EC 24/99: extinguiu as representações classistas.

2000: Foram aprovadas no CF duas leis: 9.957/2000: criou o rito sumaríssimo e a lei 9958/2000
que criou a Comissão de Conciliação Prévia: órgão colegiado, paritário, metade dos membros
representando os patrões e a outra metade representando os trabalhadores. Membros da
comissão que gozam de estabilidade provisória: mandato de um ano, podendo ser reconduzido
por mais um ano.

O órgão foi criado com o objetivo de desafogar o Poder Judiciário.

CCP:

Intersindical (representação paritária)

Empresa (representação paritária)

Art. 625-D: uma vez instalada, a passagem pela CCP era obrigatória. Se não houvesse instalado
a CCP, poderia ajuizar a ação direito na Vara do Trabalho. A CCP notifica o trabalhador, as partes
comparecem à audiência: ou firmam o acordo, com natureza jurídica de título executivo
extrajudicial ou, se não houver acordo, a CCP tinha que lavrar uma declaração dizendo que a
negociação foi infrutífera. Tinha que passar pela CCP, caso contrário, a ação era arquivada. Até
2009, era obrigatória. Em 2009, fruto de duas ADINs: 2139-7 e 2160-5, visando a suspensão da
obrigatoriedade da passagem pela CCP, pois restringia o acesso ao Poder Judiciário.

A demanda é feita por escrito e reduzida a termo. Com acordo, vira um título executivo
extrajudicial. Uma vez ajuizada a demanda pela CCP, suspende os prazos prescricionais (bienal
para o ajuizamento da ação e a quinquenal).

Hoje, a passagem não é mais obrigatória.

01/9/2017

Competência da Justiça do Trabalho:


Competência típica para resolver as relações de emprego típica (também dos empregados
públicos), e as atípicas, regida pelas CLT e as do trabalhador rural e doméstico.

Trabalhadores que são hipossuficientes:

As relações de trabalho em que os trabalhadores têm hipossuficiência atraem a competência da


Justiça do Trabalho. Exemplo: trabalhador eventual (a relação é por contrato de prestação de
serviços).

Relação de emprego típica: CLT.

Relação de emprego atípicas: trabalhador rural e o trabalhador doméstico. Cada um desses tem
a sua própria lei.

Empregado público: regidos pela CLT, com derrogações do Direito Público.

Estatutário: servidor público. Cada município tem um estatuto.

Autônomo: gera dúvida de competência do Poder Judiciário. Autônomo é aquele que tem uma
característica chamada profissionalidade, que decorre do direito de livre exercício de trabalho,
desde que atendidos os requisitos que a lei estipular. Não é o mesmo que trabalhador eventual:
para esses, falta a característica da habitualidade. O autônomo vai demandar na Justiça Comum
e o eventual vai demandar na Justiça do Trabalho.

Ou seja, Justiça do Trabalho é para relação de emprego ou trabalhador hipossuficiente.

Competência em razão da pessoa: Pessoas envolvidas no litígio: empregador x empregado

Empregador (CLT, art. 2º) e empregado (CLT, art. 3º);

Empregado rural (CF, art. 7º, caput c/c Lei nº 5.889/73);

Empregado doméstico (Lei Complementar nº 150/15);

Trabalhador temporário (pessoa física que presta seu serviço a uma empresa para atender à
necessidade transitória, como empregado, no prazo máximo de três meses, conforme a Lei nº
6.019/74);

Trabalhador avulso (prestação de serviço a várias empresas, intermediação do sindicato ou


órgão gestor de mão-de-obra – OGMO que arrecadam a contraprestação das empresas, curta
duração dos serviços prestados e remuneração paga em forma de rateio, conforme CF, art. 7º,
XXXIV e CLT, art. 643);

Empregados de entidades empresariais (empresas públicas e sociedades de economia mista) e


suas subsidiárias, salvo existência de lei instituindo regime próprio (CF, art. 173, §1º, II);

Funcionários de fundações e autarquias de direito público estadual ou municipal, se regidos pela


CLT; Se for regido pela CLT – Justiça do Trabalho.

Empregado de empresa privada contratada para prestar serviços à administração pública


(Súmula 158 do TFR); Exemplo: transporte público. Em um primeiro momento, o GDF tinha uma
empresa pública para fazer isso, mas, posteriormente, começou a fazer concessões.
Trabalhador eventual (desvinculado de uma fonte de trabalho porque esta não aproveita a sua
atividade constantemente, só de modo episódico), se operário ou artífice (CLT, art. 652, a, III);
Diaristas também.

Relações de emprego que envolvam entes de direito público externo (embaixadas, organismos
internacionais com personalidade jurídica, etc). Também chamada de competência
internacional da Justiça do Trabalho, estabelece o inciso I do art. 114 da CF, que compete à
Justiça do Trabalho processar e julgar: “...as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos
os entes de direito público externo...”. Observação: até hoje, vários países não se submetem a
essa regra. O trabalhador brasileiro não tinha como entrar na Justiça do Trabalho contra a
embaixada, mas isso agora evoluiu e tem essa competência para julgar os trabalhadores de
embaixada e os respectivos países, mas somente em conhecimento, pois perdura a competência
executória: não pode realizar a execução forçada da embaixada: isso é resolvido
diplomaticamente. Resumindo: em alguns casos a imunidade ainda é absoluta.

Justiça Comum Estadual ou Distrital ou Federal para o servidor, dependendo de qual o seu
estatuto.

EC 45/2004: O MPF entrou com ADIN (duas): relação de servidor público com a administração é
uma relação jurídico-administrativa e não compete à Justiça do Trabalho.

Observação: se o trabalhador eventual resolver entrar no Juizado Especial Cível: contrato de


empreitada: normalmente o juiz julga, mas, didaticamente, é competência da Justiça do
Trabalho, pois está prescrito no art. 652 da CLT.

Exclui da competência da Justiça do Trabalho: autônomo e profissional liberal e estatutário.

O STF se posicionou no sentido de que não há que falar em imunidade de jurisdição, possuindo
a Justiça do Trabalho competência para processar e julgar demanda envolvendo entes de direito
público externo.

Por sua vez, é entendimento do STF de que o ente de direito público externo possui imunidade
de execução. Isto quer dizer que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar
demanda envolvendo ente estrangeiro, mas não possui competência para executar seus
julgados.

Quanto aos Organismos Internacionais, no entanto, quando amparados por norma internacional
incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, a imunidade é absoluta, salvo renúncia
expressa.

Funcionários de cartórios extrajudiciais; são também concessões de serviço público e são


regidos para CLT.

Atleta profissional de futebol; dentre outras. Eles também têm contrato amparado na lei e na
CLT. Peculiaridade: remuneração: o que ele ganha em carteira é salário profissional: mas o que
ele ganha de direito de imagem não é considerado remuneração.

Observação: trabalhador temporário envolvido no litígio: contratação por meio de uma


empresa especializada. A lei do trabalhado temporário foi utilizada por algum tempo para
resolver o problema do trabalhador terceirizado. Só passou a ser a lei que regula a terceirização
em março desse ano. O terceirizado é empregado da empresa de terceirização, mas presta
serviço para a empresa tomadora de serviço. Existe uma situação de contrato civil - tomadora
de serviço e empresa prestadora de serviço -, mas existe também uma relação de trabalho entre
a empresa e o trabalhador terceirizado.

Competência em razão da matéria:

Contratos de empreitada quando tratar-se de pequeno empreiteiro operário ou artífice (CLT,


art. 652, a, III); em vez de eu estar olhando para as partes estou olhando para a matéria.

Competência normativa (condições ou regras de trabalho, estabelecidas no julgamento dos


dissídios coletivos); cria uma cláusula que vira lei entre as partes.

Execução de contribuições previdenciárias (CF, art. 114, VIII), impulsionada de ofício pelo Juízo;

Observação: no processo comum quem movimenta a execução é a parte interessada. Porém no


Processo Trabalhista: cabe ao juiz promover de ofício a execução das contribuições
previdenciárias, acelerando o recebimento desses recursos aos cofres públicos: determina à
secretaria do juízo para fazer o cálculo da liquidação para depois pedir o cumprimento.

Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre
sindicatos e empregadores (CF, art. 114, III);

Ações versando sobre penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho (CF, art. 114, VII); Exemplo: aplicações de multas e autos
de infração aplicados pelos Auditores do Trabalho: esses litígios podem ser discutidos na Justiça
do Trabalho, ajuizando até mesmo em algumas situações Mandados de Segurança.

Ações que envolvem dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho (CF, art.
114, VI), inclusive se decorrentes de acidente de trabalho (vide SV 22/STF); antigamente tinha
que se manejar duas ações para resolver o mesmo problema, o que não mais ocorre. Existem
quatro faixas na nova redação da CLT: Dano moral leve -3x o salário, médio: 5x o salário, alto:
20x o salário e o altíssimo: até 50x o salário.

Mandado de segurança, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à jurisdição trabalhista (CF, art. 114, IV);

Ações sobre envolvam o exercício do direito de greve (CF, art. 114, II), podendo, inclusive,
processar e julgar ações possessórias decorrentes desta mesma matéria (SV nº 23 do STF); se
os empregados fizerem greve e ocuparem o prédio da empresa, poderá ser ajuizada a ação
possessória na Justiça do Trabalho.

Ações sobre complementação de aposentadoria (implícito na CF, art. 114, I); dentre outras (CF,
art. 114, IX), como, por exemplo ações rescisórias de seus julgados. Exemplo: recálculo da
aposentadoria por pagamentos a menores.

Ações rescisórias: caso ainda não tenham passados dois anos do trânsito em julgado, em face
de uma mudança na jurisprudência, por exemplo, do STF.

Competência em razão do lugar: é um critério de natureza relativa.

“É a determinada à Vara do Trabalho para apreciar os litígios trabalhistas no espaço geográfico


de sua jurisdição.” (Sérgio Pinto Martins)

É relativa (pode ser prorrogada) e estabelecida pela lei federal que cria a Vara e suas regras são
disciplinadas pelo art. 651 da CLT (regra geral: último local da prestação de serviços pelo
empregado). Por se tratar de norma de ordem pública, não se admite o foro de eleição no
processo do trabalho. O critério adotado nos dissídios coletivos é a extensão do território do
tribunal. Exemplo: se o empregado prestar serviço na Asa Norte, será competente uma das
Varas de Brasília. Mas se o reclamante ajuizar a ação em Taguatinga: cabe ao Reclamado na
audiência inicial apresentar uma exceção de incompetência. O juiz ouvirá as partes envolvidas e
decidirá em 24 horas. Se o reclamado não promover uma exceção de incompetência, a
competência poderá ser prorrogada.

Observação: competência em razão da matéria é absoluta.

Observação: a regra do foro em razão do lugar não pode ser alterada pelas partes, o que pode
ser feito na justiça comum.

Outras hipóteses:

Empregado viajante (CLT, art. 651, § 1º): Competência da Vara do Trabalho do local onde
o empregador tem agência ou filial (então, matriz e filiais) e, na falta destes, do domicílio do
empregado ou localidade mais próximo deste.

Empregado brasileiro trabalhando no exterior (CLT, art. 651, § 2º): Competência da Vara
do Trabalho do local onde o empregador tem sede no Brasil ou onde o empregado foi
contratado, salvo convenção internacional em contrário. Aplica-se a lei de direito material
trabalhista do local da prestação do serviço.

Prestação do serviço fora do lugar do contrato (CLT, art. 651, § 3º): Competência da Vara
do Trabalho do local onde o contrato foi celebrado ou no local da prestação dos serviços (direito
de escolha do empregado).

Observação: a única hipótese do trabalhador ajuizar ação no seu domicílio é a do trabalhador


viajante, mesmo assim se não existirem as localidades referentes às agências e/ou filiais.

Competência funcional: É a relacionada à função desempenhada pelos Juízes do Trabalho,


conforme as competências funcionais de cada um (Juiz do Trabalho em Vara do Trabalho, no
TRT ou Ministro do TST e, ainda, Juiz de Direito investido da jurisdição trabalhista), via de regra,
estabelecida em Regimento Interno dos Tribunais.

TST: 14 órgãos jurisdicionais; Pleno, órgão especial, duas sessões especializadas (SDI
(subdividida em 3 órgãos jurisdicionais: pleno, 1ª e 2º Seção) e SDC) e 8 turmas (recebem
recursos de revista (em face das decisões de dissídios individuais em grau de recursos ordinários
no TRT) e agravos de instrumento).

SDC: julgar dissídios coletivos em caráter originário ou julgar recurso ordinário em face de
dissídios coletivos julgados no TRT.

Competência por distribuição: Não há prevenção, pois não há despacho para citação, logo, em
regra adota-se o número de distribuição mais baixo (ação que foi distribuída primeiro).

Critérios absolutos: pessoas, matéria e funcional.

Critérios relativos: local e distribuição.

INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: o que não compete à Justiça do Trabalho:


Crime de falso testemunho na Justiça do Trabalho: Súmula 165/STJ – competência da Justiça
Federal;

Previdência social: Discute-se o direito de aposentar. INSS é autarquia federal, logo


competência da Justiça Federal; isso não é complementação de aposentadoria.

Trabalhadores autônomos e representantes comerciais autônomos: Justiça Comum;

Servidores públicos ou estatutários: Justiça Comum.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA:

- Ocorre quando dois ou mais juízos se derem por competentes (positivo) ou incompetentes
(negativo). Quem vai solucionar? Órgão de convergência.

TST

TRT 10ª Região (DF e Tocantins) TRT 8ª Região (Goiás)

VT Brasília VT Taguatinga Formosa

Conflito envolvendo a VT de Brasília e VT de Taguatinga – quem resolve é o TRT 10ª

Conflito entre VT de Brasília e VT Formosa: quem vai decidir? TST.

Conflito entre os TRTs ou entre uma VT e o TRT? TST vai decidir

Conflito entre uma VT de Taguatinga e um juiz de direito de Taguatinga, quem vai resolver? Toda
vez que envolver Tribunais e juízes, será resolvido pelo STJ. Constituição Federal.

- Pode ser suscitado pelo juiz, pelas partes (exceção de incompetência) ou pelo MP (CLT, art.
805).

- Pode ocorrer, na Justiça do Trabalho, por exemplo, nos seguintes casos:

Vara do Trabalho X Vara do Trabalho, ambos da mesma região (TRT local);

Vara do Trabalho X Vara do Trabalho, regiões diversas (TST);

Entre TRT´s (TST);

Entre TRT e outro Tribunal - TRF ou TJ, ou ainda entre juízes a eles vinculados (STJ, CF, art. 105,
I, d);

STJ e TST (STF, CF, art. 102, I, “o”); etc.

ATOS, TERMOS E PRAZOS NO PROCESSO DO TRABALHO: início do estudo do processo


propriamente dito.

Processo: É um encadeamento lógico de atos processuais que visam o atingir um fim: a


sentença, ou decidir um litígio.

Perempção: a parte deixou de praticar um ato e agora não mais pode praticá-lo.

Preclusão: Temporal (extrapolou o tempo). Consumativa – já pratiquei o ato e não mais pode
ser praticado. Preclusão lógica: pratiquei algum ato que por razão de sentido ou motivo não
cabe mais praticá-lo.
Atos processuais: São todos os atos praticados no curso do processo, tais como: petição inicial,
contestação (defesa), laudo pericial, sentença, recurso, etc. Possuem como características: a
publicidade (CF, art. 5º, LX c/c CLT, art. 770 c/c CPC, art. 189), com a exceção dos casos previstos
no CPC, art. 189, I a IV (segredo de justiça) ou necessidade de preservar a imagem das partes:
exploração de trabalho infantil, etc; bem como o horário de realização dos atos (entre 6 e 20
horas, CLT, art. 770 c/c CPC, art. 212).

Termo: Nada mais é do que a transcrição, por escrito, nos autos do processo, de certos atos
processuais praticados, em regra, de forma oral, tais como depoimentos em audiência, etc,
conforme CLT, art. 771 e seguintes, bem como CPC, art. 210. Deverá ser assinado pelo Juiz, seu
diretor de secretaria ou secretário, pelas partes e seus procuradores. Todo o ato processual
deverá ser reduzido a termo.

Prazos processuais: É o espaço de tempo no qual o ato processual deve ser praticado. Aplicam-
se às partes, aos juízes (CLT, art. 658, “d”), aos chefes de secretaria, aos funcionários, etc. Em
regra, são suspensos (se não iniciados) no período de recesso forense (20 de dezembro a 20 de
janeiro, inclusive), conforme CPC, art. 220 (predomina o entendimento de sua aplicabilidade ao
processo do trabalho), exceto os cominados no CPC, art. 214 (vide ainda a Súm. 262, II, do TST).

A partir de 12 de novembro os prazos no Processo do Trabalho também serão contados em dias


úteis. Haverá a suspensão do prazo e não interrupção.

Classificam-se:

a) Quanto à partes, pode ser particular (se referir-se a uma das partes) ou comum (quando se
refere a ambas).

b) Quanto à origem, pode ser: legal (oriundo da lei), judicial (determinado pelo juiz) ou
convencional (por convenção das partes, limitados ao prazo do CPC, art. 313, § 4º).

c) Quanto aos efeitos, podem ser: peremptórios (fatais e improrrogáveis) ou dilatórios


(prorrogáveis). O advogado não pode perder o prazo peremptório.

Contagem dos prazos processuais (CLT, art. 775): São contados a partir da data em que for feita
a intimação, ou recebida a notificação, ou na data de publicação do edital no jornal oficial, ou
da juntada do mandado, etc, ressalvando-se que no processo do trabalho a intimação não
precisa ser pessoal, bem como a citação deverá ser recebida pelo próprio demandado ou por
pessoa com poderes de gerência ou administração (CLT, art. 774). Quando a comunicação é feita
por intermédio da ECT (Correios) presume-se seu recebimento em 48 (quarenta e oito) horas de
sua expedição, salvo prova em contrário (Súmula 16/TST). O início da contagem exclui o dia do
começo e inclui a data de vencimento (CLT, art. 775), com as adaptações em caso de término
em sábado, domingo ou feriado; intimação na sexta-feira; intimação no sábado; etc (vide ainda
a Súm. 262, I, do TST). Atenção: De acordo com a Instrução Normativa nº 39/2016, do TST, o art.
219 do novo CPC não se aplica ao processo do trabalho.

Exceções: Nos recessos forenses; nos prazos sucessivos, quando a parte que primeiro teve vista
dos autos não devolve o processo no prazo; falecimento de advogado; entes públicos de direito
interno, suas autarquias e fundações, que não explorem atividade econômica (prazo quádruplo
para marcação de audiência e em dobro para recorrer), embora parte da doutrina não aceite;
etc.
Prazos para recurso: Súmula 197/TST (contado da publicação da sentença, para a parte intimada
para a sessão de julgamento e que não comparece). 8 dias. Salvo embargos de declaração: 5
dias e Recurso Extraordinário: 15 dias.

Principais prazos na Justiça do Trabalho:

a) Contestação: Em audiência, por 20 minutos, se oral.

b) Recursos e contrarrazões: 8 dias.

c) Embargos declaratórios: 5 dias, etc.

08/9/2017.

1º Capítulo do art. 763 ao 910 (Processo do Trabalho). Destaque para o art. 769 da CLT.

Princípio da aplicação subsidiária do Processo Civil: Exemplo: réplica e reconvenção – na


omissão da CLT, pode usá-los no Processo do Trabalho subsdiariamente.

Audiência prévia de conciliação no CPC não se aplica ao Processo Trabalhista, pois neste o
momento de conciliação já está especificado.

Atos processuais: os atos têm de ser praticados nos dias úteis, das 06h às 20h.

Prazos: art. 775: os prazos contam com a exclusão do dia da intimação e inclusão do vencimento,
que são contínuos. O art. 775 será alterado a partir da vigência da reforma.

Distribuição: sorteio, para que não haja juízo de exceção: objetivo de coibir práticas
fraudulentas.

Custas e emolumentos: art. 789 da CLT: o valor de custas processuais será calculado à taxa
percentual de dois por cento sobre o valor da causa ou condenação.

Lei de Reforma Trabalhista: honorários de sucumbência, como também de honorários periciais,


custas judiciais, da parte vencida. Como regra não tinha honorários de sucumbência no Processo
Trabalhista. Mesmo que a parte seja abrangida pela gratuidade de justiça, ela terá que pagar;
durante dois anos, ainda existirá a dívida, mas, se no final de dois anos, ficar comprovado que
ele não tem condição de pagar, extingue-se a dívida: o MPF entrou com pedido de medida
cautelar, alegando a sua inconstitucionalidade.

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS:

Três espécies: notificação, citação, intimação.

A notificação no processo civil tem um objetivo muito específico que a constituição do devedor
em mora. O credor notifica o devedor que ele tinha uma obrigação a cumprir, constituindo o
devedor em mora, afirmando a condição de atraso, dando a ele um prazo para o cumprimento
da obrigação, sob pena de se tomar as medidas cabíveis, inclusive judiciais. A notificação pode
ser judicial ou extrajudicial.
- Embora a CLT utilize, em regra, a expressão notificação quando trata das comunicações dos
atos processuais trabalhistas, essa expressão é gênero que abrange as espécies: citação,
intimação e notificação.

Citação: “ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a
relação processual” (art. 238, CPC). O réu é chamado a tomar conhecimento e, se
eventualmente desejar, defender-se.

Intimação: “ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo” (CPC, art.
269). Tem por objetivo chamar a atenção uma das partes do processo da necessidade de praticar
ou se abster de praticar algum ato processual.

Notificação: “Quem tiver interesse em manifestar formalmente sua vontade a outrem sobre
assunto juridicamente relevante poderá notificar pessoas. A CLT chama todas de notificação.

Notificação com efeitos de citação e notificação com efeito de intimação.

No Processo Trabalhista, não tem o despacho inicial do juiz. Ele só vai ter contato formal com o
processo no dia da audiência. O Secretário marca a data da audiência e comunica as partes.

- Recebida a inicial, independentemente de pedido do autor e de qualquer ato do juiz, procede-


se a citação, pelo correio (na maior parte dos casos) e em 48 horas (Súmula 16/TST), além da
marcação da audiência, depois de 5 dias (CLT, art. 841). Existe presunção relativa dessas 48
horas. Então, a audiência tem de levar em conta as 48 horas + 5 dias.

Exemplo:

D S T Q Q S S

8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

8: Recebeu o processo na Vara

12: expediu as notificações (intimação para o reclamante e citação para o reclamado).

13 e 14: 48 horas.

15: Primeiro dia.

15, 16, 17, 18, 19: prazo para a defesa.

20: a partir desse dia pode começar a contagem.

Se for a Fazenda Pública, o prazo será quadriplicado para a defesa.


- Situação em que a citação não é feita: culto religioso, luto por morte de parente, bodas, doença
grave (CPC, art. 244).

- Formas: Pelo correio (com AR), por oficial de justiça, por edital (exceto no procedimento
sumaríssimo), inclusive em comarcas contíguas, etc (CPC, art. 255).

- Na revelia, se for em face de menor, será nomeado curador especial na hipótese da CLT, art.
793 (menor de 18 anos). O prazo para o menor ser considerado revel, somente acontece quando
ele adquire a maioridade.

Observação: rito sumaríssimo: não admite a citação por edital (se o aviso de AR voltar e o
correio atestar que o endereço não se encontra a figura do reclamado, o juiz vai extinguir o
processo e condenar o reclamante às custas processuais – não cabe citação editalícia nesse caso.

Citação de pessoas domiciliadas em comarcas contíguas: exemplo Valparaíso: pode ser feita
pelo juiz do trabalho do DF, apesar de este não ter jurisdição em Goiás.

- Excepcionalmente a citação depende de despacho do juiz: dependência, denunciação da lide,


nomeação à autoria, chamamento ao processo, etc...

- Comunicação processual por carta (CPC, art. 236 e 237): Quando a pessoa a ser citada
encontrar-se em local fora da jurisdição territorial da Vara ou do Juízo de Direito. Pode ser de
ordem (Tribunal para juiz a ele subordinado. Exemplo: ação penal do mensalão – 37 réus – mais
de 700 testemunhas – expediram-se cartas de ordem para os juízes federais daquelas
localidades para realizarem os atos processuais), rogatória (autoridade judicial estrangeira.
Muitas vezes leva em conta a existência de Tratados Internacionais. Exemplo: operação
lavajato), precatória (cooperação judiciária por órgão jurisdicional de competência territorial
diversa) e arbitral, devendo atender os seguintes requisitos: indicação dos juízes deprecante e
deprecado; peças indispensáveis ao seu cumprimento; menção ao ato processual objeto do
pedido e o encerramento com assinatura do juiz (CPC, art. 260), estabelecendo prazo para a
parte cumpri-la (ver CLT, art. 774).

- Nulidade de citação (falta de citação válida): A falta de citação é suprida pelo comparecimento
espontâneo do réu em Juízo (CPC, art. 239, § 1º), arguida a nulidade esta deve ser decretada
quanto aos atos praticados após a citação considerada válida e retomado o curso processual.

Invalidade na citação: entra-se com uma petição e requer a nulidade de todos os atos após a
citação.

- Após a constituição dos advogados, a estes será dirigida a notificação, caso negativo, direto à
parte. Na fase recursal a intimação é feita pela publicação no órgão oficial e nos dissídios
coletivos por via postal (CLT, art. 867) e publicando-se no Diário Oficial para ciência dos demais
interessados.

NULIDADES:

Conceito: “É a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em
razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica.” (Sérgio Pinto Martins)

Trata-se da nulidade praticada no processo, em virtude da ocorrência de vícios processuais,


insanáveis (inexistência e nulidade absoluta) e sanáveis (nulidade relativa, anulabilidade e
irregularidades). Insanáveis: inexistência e nulidade absoluta. Erros materiais: mera
irregularidade.
Vícios processuais:

a) Inexistência: É aquele que não existe para o mundo jurídico (p. ex., CPC, art. 104). Exemplo:
esqueceu de assinar a petição de encaminhamento e as razões de recurso.

b) Nulidade Absoluta: Decorrente do interesse público (p. ex. CPC, art. 64, §1º). Deixa de
observar as chamadas regras de ordem pública. O prazo para interpor o recurso ordinário é de
8 dias (não pode ampliar esse prazo), uma vez interposto o recurso fora do dia, esse ato
processual estará fulminado por um vício insanável e será uma nulidade absoluta.

c) Nulidade relativa: Decorrente do interesse da parte, pode ser conhecida de ofício pelo juiz,
também pode ser sanada. Depende de a parte interessada fazer a impugnação.

d) Anulabilidade: Origina-se na violação de norma dispositiva, podendo ser anulado o ato por
provocação da parte interessada, sob pena de sua convalidação (CPC, art. 925). Não pode ser
declarada de ofício pelo juiz (incompetência em razão do lugar).

e) Irregularidades: Existem as que podem ser corrigidas (CPC, art. 494, I; CLT, art. 833 e 897-A,
§ único) e aquelas que não podem nem necessitam ser corrigidas (p.ex., prazo para juiz).

A parte interessada tem que se manifestar nos autos na primeira oportunidade em que tiver,
com o intuito de prevenir a preclusão.

Doutrina diz que há incongruência na redação do art. 795: o critério de competência em relação
de foro é relativa. Se a parte interessada não fizer a arguição da competência do foro, a
competência do foro se prorroga automaticamente. Mas a CLT diz que o juiz tem que declarar a
incompetência do foro. Boa parte dos juízes trabalhistas aplicam o que está no art. 795 da CLT.

Princípios das nulidades:

- Princípio da legalidade (forma e penalidade previstas em lei). Não observância do princípio da


legalidade.

- Princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade (ausência de citação e


comparecimento espontâneo da parte – finalidade do ato processual se completou).

- Princípio da economia processual (CPC, art. 64, § 4º; arts. 281 e 282, § 1º). Correlato ao
Princípio do aproveitamento da parte válida do ato ou da utilidade. Basta convalidar (corrigir) a
parte que está incorreta, em vez de ter de praticar todo o ato novamente.

- Princípio do aproveitamento da parte válida do ato ou da utilidade (CPC, art. 283 e CLT, art.
797 e 798).

- Princípio do interesse de agir (carece de atuação da parte). A parte tem de arguir.

- Princípio da causalidade. Uma vez declarada a nulidade de um ato, só serão considerados os


atos posteriores que dependam ou decorram daquele ato cuja nulidade foi declarada (exemplo
no Direito Penal: provas baseadas em uma prova ilegal: teoria dos frutos da árvore envenenada).

- Princípio da lealdade processual. Exemplo de descumprimento: litigância de má-fé, com


pagamento de multa.

- Princípio da repressão ao dolo processual (p. ex., simulação pelas partes).


- Princípio da conversão. (conversão de um ato praticado de forma incorreta mais tem a intenção
de praticar o ato correto). No Processo Trabalhista, acontece muito quando o advogado chama
o recurso ordinário de recurso de apelação. Na área processual, é chamado de princípio da
fungibilidade.

- Princípio da transcendência ou do prejuízo (CLT, art. 794).

- Princípio da convalidação (CLT, art. 795). Convalidar os atos que têm vícios sanáveis.

Nulidades no Processo do Trabalho: O assunto se apresenta na CLT, art. 794 até 798, com
aplicação subsidiária do CPC.

Art. 794: Princípio do prejuízo ou transcendência.

Art. 795, §1º: obrigatoriedade da nulidade do foro (nem todos os juízes adotam a literalidade
do dispositivo).

Art. 795, §2º: o juiz que se declara incompetente já imediatamente declina a sua competência
e remete os autos.

Art. 796: Princípio da convalidação.

Art. 797: Princípio da causalidade. O juiz vai ter que dizer quais os atos posteriores que serão
nulos.

Art. 798: A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou seja
consequência deles.

Preclusão: “É a perda da faculdade de praticar-se um ato pela transposição de um momento


processual...” (Isis de Almeida)

É regra de direito processual, podendo classificar-se em temporal (fora do prazo legal; CPC, art.
223), lógica (por incompatibilidade com ato já praticado) e consumativa (já praticado ato).

Perempção: “É a extinção do direito de praticar um ato processual ou de prosseguir com o


processo, quando, dentro de certo tempo ou dentro de certa fase, não se exercita esse direito
de agir, seja por iniciativa própria, seja pela provocação de ação (ou omissão) da parte contrária,
ou ainda por determinação do juiz ou de disposição legal”. (Isis de Almeida) P. ex., CPC, art. 485,
III.

Exemplo:

“Na Justiça do Trabalho a perempção ocorre de duas formas, uma delas é a prevista pelo artigo
731 da CLT, dispondo que "aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal,
não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do artigo 786, à Junta ou Juízo para
fazê-la tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de
reclamar perante a Justiça do Trabalho".

Em decorrência da informalidade que vige o direito do trabalho, as reclamações trabalhistas


podem ser feitas de forma verbal, o reclamante se dirige à Secretaria da Vara do Trabalho e
expõe suas reclamações, o secretário ou o escrivão fará a distribuição da reclamação e o
reclamante terá o prazo de 5 (cinco) dias para retornar à Vara com o fim de reduzir a termo sua
reclamação, caso não compareça nesse prazo perderá o direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho pelo prazo de 6 (seis) meses.

Outra hipótese é a prevista pelo artigo 732 da CLT, quando o reclamante por 2 (duas) vezes
seguidas dá causa ao arquivamento da reclamação, em decorrência de falta à audiência
inaugural. Neste caso o reclamante também ficará impedido de pleitear direitos na Justiça do
Trabalho pelo prazo de 6 (seis) meses.”.

15/9/2017

Prova: até o item 20 da apostila.

DAS PARTES, REPRESENTAÇÃO, PROCURADORES E TERCEIROS:


Das partes:
No processo trabalhista são denominados reclamante e reclamado (autor e réu na reclamação
trabalhista), suscitante e suscitado (dissídio coletivo), requerente e requerido (inquérito para
apuração de falta grave: ação que tem por objetivo apurar a conduta do trabalhador que
praticou uma falta grave, tornando-o passível de demissão), seguindo no mais as denominações
do processo civil. Exemplo: consignação em pagamento, Mandado de Segurança, Habeas Corpus
(impetrante e impetrado e beneficiário da medida).

PARTES:
(capacidades):
1ª Civil:
absolutamente incapaz< 16 anos
relativamente capaz>16 anos até 18 anos incompletos
plena18 anos
Observação: 14 anos aos 16 anos: o menor pode trabalhar como aprendiz; 16
anos aos 18 anos: pode trabalhar, vedado: noturno, perigoso e insalubre.
Pode ter menor absolutamente incapaz que pode trabalhar como aprendiz.

2ª Processual:
Assistência: relativamente incapaz
Representação: absolutamente incapaz
Vide CLT, art. 793: o menor tem que:
Ser acompanhado de seu
representante legal;
MPF
Sindicato
MPE
Curador Especial

3ª Capacidade de praticar os atos processuais: tanto o empregado como o


empregador poderão atuar no processo trabalhista: exceção da reserva da capacidade
postulatória do advogado. Vide CLT, art. 791 c/c súmula 425 TST: princípio restritivo.
Somente no (a)s: não pode conter medida cautelar, mandado de segurança e ação
rescisória.
Vara do Trabalho
TRT
Recurso de Revista: só matéria de fato. similar ao Recurso Especial. Só cabe a
interposição se ficar comprovado afronta à legislação ou divergência de jurisprudência.
Capacidade de ser parte: Conferida a toda pessoa física ou natural, para adquirir direitos e
contrair obrigações, que se inicia com o nascimento eficaz.
Capacidade processual: É a aptidão para o gozo (de direito) e exercício (processual) do direito
por seu titular, determinada pela ordem jurídica às pessoas que possuem capacidade civil.
Capacidade civil está prevista nos art. 1º ao 5º do CCB. A capacidade civil plena dos empregados
se dá aos 18 anos. O menor trabalhador tem capacidade de ser parte, mas não tem capacidade
processual, devendo ser representado (se menor de 16 anos) ou assistido (se entre 16 e 18
anos).
Da representação: Pode ser legal (CLT, art. 513, “a” e CPC, art. 75, VIII) ou convencional (CLT,
art. 843, §1º e art. 861).
- Representação: Quanto aos absolutamente incapazes.
- Assistência: Quanto aos relativamente incapazes.
- As partes no processo trabalhista: Ver CLT, art. 791 a 793 e 843; CPC, art. 12, III, IX e X, XI.
Empresa é representada por sócios ou por um preposto (pessoa em que um dos sócios da
empresa concede autorização para representar em juízo – só precisa ter conhecimento dos fatos
– Sumula do TST: o preposto deverá ser empregado da empresa, salvo se se tratar de empresa
familiar ou microempresa ou de pequeno porte.
Nova lei: o preposto não precisa ser empregado da empresa: 11/11/2017.
Observação: mitigação da revelia na Justiça Comum e também hoje na Justiça do Trabalho:
assim, mesmo que a empresa venha a ser considerada revel, os documentos deverão ser
analisados.

Dos procuradores: Capacidade postulatória ou “ius postulandi”: É o direito do advogado de


falar, postular em nome das partes dentro do processo. No processo do trabalho, em que pese
o prejuízo técnico, esse direito pode ser exercido diretamente pela parte (empregado e
empregador), desde que no âmbito da Justiça do Trabalho (CLT, art. 791 e 839 c/c Súm.
425/TST). Ver também o art. 133 da CF c/c arts. 1º e 2º da Lei nº 8.906/94, ADIn 1.539 e Lei nº
10.288 (vetada a nova redação do art. 791).

Observação: reforma trabalhista: questionamento da universalização dos honorários de


sucumbência na Justiça Trabalhista. Para todas as ações trabalhistas, será devido os honorários
pela parte sucumbente, agora na reforma trabalhista.
Observação: o advogado somente vai se tornar devedor solidário se promover uma lide
temerária.- Mandato Tácito – quando não junta a procuração (decorrente da prática de atos
processuais) é admitido na J.T. (Súmula 164/TST) para os poderes referentes ao foro em geral
(ad iudicia – praticar os atos processuais sem deter os chamados poderes especiais: receber
citação, reconhecer a procedência do pedido, transigir, dar quitação, etc – ART. 105 do CPC e
seguintes), mas não para os poderes especiais do art. 105 do CPC. Mandato apud acta conforme
CLT, art. 791, § 3º (registro do nome do patrono em ata de audiência). Renúncia de mandato
(CPC, art. 112). O advogado, a qualquer tempo, desde que ele notifique o cliente, para também
delimitar o prazo de 10 dias que ele ficará atuando em favor do cliente. Art. 45 do CPC. A parte
também pode desconstituir o seu advogado.
Assistência Judiciária: É a defesa gratuita por advogado do Estado ou pelo Sindicato à pessoa
necessitada (difere da gratuidade de justiça).
Litigância de má-fé: Refere-se à exigência de conduta adequada (lealdade e boa-fé) das partes
e seus procuradores, sob pena de multa indenizatória sobre o valor da causa (CPC, art. 77 e
seguintes). Aos ED procrastinatórios cabe multa de 1% sobre o valor da causa (CPC, art. 1.026,
§§ 2º e 3º do CPC). O art. 32 da Lei nº 8.906/94 torna o advogado responsável solidariamente
com o cliente nas lides “temerárias”, e o art. 37 do mesmo diploma legal traz a responsabilidade
do advogado pela indenização de danos causados a seu cliente (exemplo: perda de prazo por
parte do advogado – responsabilidade civil pelo dano causado ao cliente pela falha da prestação
ao serviço). O art. 940 do CCB prevê o pagamento em dobro das verbas indevidamente
pleiteadas, aplicável ao processo do trabalho quando constatada a má-fé do reclamante,
segundo precedente do TST.
- Sucessão processual: É a substituição das partes no processo, seja pelos herdeiros no caso de
falecimento do empregado, seja por empresa sucessora no caso de empregador.
- Substituição processual: Não é o mesmo que sucessão processual. Trata-se do pleito em nome
próprio de direito alheio, autorizado por lei. O sindicato representa sua Categoria, mas não a
substitui segundo a doutrina, (CF, art. 8º, III), mas o STF entende que sim (RE 202.063-0),
cabendo asseverar que não há mais necessidade de se arrolar os substituídos na petição inicial,
nas ações em que o sindicato atue como substituto processual, eis que os mesmos poderão ser
nominados na execução, pois na liquidação da sentença os valores deverão ser
individualizados para cada substituído. Traz vantagens (economia e celeridade processuais) e
desvantagens (maior demora na execução).
Possibilidade de litisconsórcio, já abordada. Muito comum quando o objeto é idêntico, entrar
com uma ação com vários autores (no DF, tem uma praxe de limitar com até 5). Deve-se colocar
a responsabilidade subsidiária da tomadora de serviços. Outra hipótese: integrante de um grupo
econômico.

Intervenção de terceiros:

CPC antigo: assistência, oposição, denunciação à lide, chamamento ao processo e nomeação à


autoria.
Novo CPC: art. 119 ao 132: assistência, denunciação à lide, chamamento ao processo, incidente
de desconsideração da personalidade jurídica e o amicus curiae.
Amicus curiae: terceiro sem interesse no objeto da ação; age apenas para municiar o juiz de
informações, para a produção de uma decisão mais apropriada.
A oposição aparece agora no art. 682 ao 686 do CPC, que trata dos procedimentos especiais –
quando terceiro ingressa na ação para reivindicar o objeto em litígio – comum em um processo
trabalhista quando se trata de um instrumento de trabalho.
A nomeação à autoria também não teria sido extinta, mas sim agora tratada como uma
preliminar de contestação – alguém entra com uma demanda contra determinado réu que é
apenas detentor, que nomeia um terceiro – exemplo: o reclamante entra com uma ação em
face do gerente e não da empresa. O gerente nomeia à autoria a empresa.
Esses mecanismos de intervenção de terceiros podem ser tratados no Processo Trabalhista.
Na reforma, a desconsideração da personalidade jurídica será tratada na CLT.
Denunciação da lide: quando o demandado está respondendo perante um demandante, por
um prejuízo que ele pode cobrar de um terceiro; assim, ele poderá denunciar esse à lide, em
razão de economia processual. O alegante entra com ação de assédio moral contra a empresa,
contudo, quem atuou assim foi apenas um gerente específico. Dessa forma, a empresa
denunciaria à lide o gerente.
Chamamento ao processo: exemplo: grupo econômico. O reclamante entra com ação em face
da empresa de terceirização, e a empresa chama a tomadora de serviços ao processo.
Incidente de desconsideração da personalidade: Exemplo: quando não se está conseguindo
efetivar a decisão judicial contra a pessoa física, a empresa não tem patrimônio, requer que a
pessoa jurídica possa ser alcançada. Será aplicado o art. 133 ao 137 do CPC.

Assistência (intervenção voluntária por interesse jurídico comprovado) – quando um terceiro


tem interesse no resultado da ação e tem intenção de ajudar uma das partes – é voluntário;
oposição (terceiro contra autor e réu); nomeação à autoria (quando aquele que detiver a coisa
em nome alheio for demandado em nome próprio); denunciação da lide (ação regressiva para
que o denunciante possa se ressarcir dos prejuízos que vier a sofrer), Chamamento ao processo
(possibilidade do réu chamar terceiro ao processo).
DESPESAS PROCESSUAIS: São todos os gastos realizados para promover o andamento do
processo.
Custas e emolumentos:
As custas tem natureza jurídica de taxa (espécie de tributo), pagas ao Estado (União) em
decorrência de prestação de serviço público específico, no caso a prestação jurisdicional.
Também chamada de taxa judiciária. Em regra, incidem na base de 2% sobre valor da causa, do
acordo ou da condenação, observado o mínimo de R$10,64.
Os emolumentos são ressarcimentos de despesas realizadas pelos órgãos da justiça do trabalho,
tais como: expedição de certidões, traslados, cartas, etc...
São previstas na CLT, art. 789 e seguintes, que definem sua incidência e responsabilidade de
pagamento.
Justiça gratuita:
Benefício concedido àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal
ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo
sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
Isenção:
- Previstas na CLT, art. 790-A, isenta algumas entidades e órgãos públicos.

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