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Lição 10: As Setenta Semanas

Data: 07 de Dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna,
e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos” (Dn 9.24).

VERDADE PRÁTICA

Deus revela os seus mistérios a quem reconhece a sua soberania e submete-se a sua vontade
em amor e contrição.

HINOS SUGERIDOS

105, 483, 231.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 21.18-22
O ensino de Jesus sobre a fé

Terça - Pv 15.29; Sl 141.2


Deus está pronto a ouvir

Quarta - Pv 11.2; 29.23


Humildade e sabedoria

Quinta - Dt 9.18-29
Uma vida de oração

Sexta - Mt 13.1-23
Deus revelou os mistérios do Reino

Sábado - Dn 9.1-10
Daniel, um homem de oração

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 9.20-27.

20 - Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo
Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu
Deus,
21 - estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha
visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.
22 - E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido.
23 - No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui
amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão.
24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna,
e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao
Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se
reedificarão, mas em tempos angustiosos.
26 - E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do
príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e
até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
27 - E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar
o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.

INTERAÇÃO

Prezado professor, na lição de hoje estudaremos as setenta semanas do livro de Daniel. Este
é um assunto que deve ser estudado com muita dedicação. Depois de estudar com zelo as profecias
do profeta Jeremias, Daniel compreendeu o futuro do seu povo. A profecia de Daniel começou a
se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem do rei Artaxerxes (Ne 2.1-8).
Porém, a profecia ainda não se cumpriu na íntegra, pois a septuagésima semana de Daniel foi
interrompida pelo Todo-Poderoso. A Igreja de Cristo não verá o cumprimento total desta
profecia, pois antes que a septuagésima semana se cumpra ela já terá sido arrebatada.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


 Conhecer que Daniel compreendeu o futuro de Israel após estudar as profecias de
Jeremias.
 Compreender as setenta semanas profetizadas no livro de Daniel.
 Saber os propósitos da septuagésima semana.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para introduzir o segundo tópico da lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme
as suas possibilidades. Com o auxílio do esquema, explique que a profecia de Daniel começou a se
cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem de Artaxerxes (Ne 2.1-8), em 444
a.C. Em seguida, diga aos alunos que essa profecia não foi cumprida cabalmente, pois a
septuagésima semana de Daniel foi interrompida por Deus. Então deu-se o advento da Igreja.
Afirme que a Igreja deve primeiramente ser arrebatada, para em seguida, a profecia sobre a
septuagésima semana cumprir-se literal e plenamente.
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Soberania: Qualidade ou condição de soberano; superioridade derivada de autoridade,
domínio, poder.

Diferentemente dos capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel não descreve o futuro dos
impérios mundiais, mas o de Israel. Nesta lição, estudaremos a pesquisa de Daniel quanto à
profecia de Jeremias: as setenta semanas, um período de 490 anos para o povo judeu. Este período
compreende o fim do tempo da escravidão e do exílio dos israelitas em terras estranhas. A partir
de uma circunstância histórica, Deus revelou a Daniel uma verdade futura acerca do seu povo. Pelo
período de setenta anos, Israel veria a soberania de Deus intervindo em seu futuro. E após uma
visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referente ao tempo vindouro, em que “um rei feroz”
prefigurava o futuro Anticristo, o profeta enfraqueceu-se física e emocionalmente, restando-lhe tão
somente orar e buscar o socorro de Deus.

I. DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19)

1. O tempo da profecia de Jeremias (vv.1,2). Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas
atividades políticas sob domínio de Dario. O profeta esquadrinhou a mensagem do livro de
Jeremias. E descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de
cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim. Ao
compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a Deus, pedindo-lhe o cumprimento da promessa
ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel.
2. A confissão dos pecados de um povo (vv.3-11,20). A oração de Daniel demonstrou
uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa. Ele não apenas informou a culpabilidade
do seu povo, mas a sua própria também: “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos
impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos” (v.5). A
despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de Deus, pois ele colocou-
se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a Deus.
3. Daniel reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16). A princípio, como um ser humano
imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a manifestação da justiça de Deus contra o seu
povo, mas ao mesmo tempo ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina.
Não podemos, entretanto, confundir o juízo de Deus com os acertos de contas humanos. A
justiça divina não é justiça humana.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

As guerras e pelejas entre os crentes são frutos dos desejos egoístas e carnais que carregamos
em nosso interior.

II. DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)

1. As setenta semanas (v.24). Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos
do exílio de Israel (Jr 25.11-13; 2Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido
profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete
anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por
sete. Mas quando se deu o início do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta
pergunta, temos de explicar primeiramente a expressão “setenta semanas”:
a) Explicação. O versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta semanas. O bloco que
forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2)
sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da reconstrução de
Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de
Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo (2). É o período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste
tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do
general do exército romano, Tito, em 70 d.C.
d) O terceiro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel
com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última
semana refere-se, então, ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de
tribulação para Israel.
2. Os três príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26). O primeiro príncipe é o
Messias (v.25). O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário
em 70 d.C., trata-se do general Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana
profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias “tirado” (9.26), mas certamente um
personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo
(2Ts 2.3-9; 1Jo 2.18).
3. O intervalo que precede a septuagésima semana (v.27). O estudo das Escrituras
demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica
este intervalo profético como “o tempo dos gentios”. A comunhão espiritual entre judeus e gentios,
mediante a salvação em Cristo, formou um novo povo para Deus: a Igreja (Ef 2.12-16; 1Pe 2.9,10).
Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor
para o mundo inteiro (Lc 4.18,19).
Após o tempo gentílico virá a última semana que, identificada pelas profecias bíblicas, significa
um tempo de Grande Tribulação. É neste tempo que o “assolador”, isto é, o “anticristo” ou “o
homem do pecado” ou “o homem da perdição”, virá sobre a asa das abominações (v.27).
Os sinais que precedem a revelação dessa figura abominável estão ocorrendo por toda parte.
Todavia, a Igreja de Cristo não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada
antes do tempo da tribulação (1Co 15.51,52).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Na Bíblia, o número setenta ganhou sentido profético, pois a partir desta visão profética Deus
revelou o futuro do seu povo a Daniel.

III. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)

1. Revelar o “homem do pecado” (2Ts 2.3). De acordo com as profecias, nem Antíoco
Epifânio nem o general Tito foram objetos das predições do versículo 27 de Daniel. A passagem
bíblica começa com o pronome “ele”, também identificado como “o rei de cara feroz”; “o chifre
pequeno”; “o animal terrível e espantoso”. Mas quem será o personagem do livro de Daniel? Em o
Novo Testamento, ele é identificado como “o anticristo” (1Jo 2.18; 4.3) e “a besta que saiu do mar”
(Ap 13.1). Apesar de apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal. Trata-se de
um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e
inteligência política.
2. A Grande Tribulação (Mt 24.15,21). O Anticristo “fará uma aliança com muitos por
uma semana” (v.27). Note a expressão “com muitos”! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma
aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o
Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o
sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.
A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na
primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e
harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo.
Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação.
Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com Cristo
na glória.
3. Revelar a vitória gloriosa do Messias. Jesus Cristo, o Messias prometido, será revelado
quando da sua segunda vinda visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por
completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá
um reino de paz e harmonia no mundo todo. Esta é uma mensagem de esperança para o nosso
coração. Não tenhamos medo, creiamos tão somente! Breve Jesus voltará! Alegremo-nos nesta
esperança!

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Os propósitos da septuagésima semana são revelar ao povo de Deus o “homem do pecado”,


“a Grande Tribulação” e o tempo da vitória gloriosa do Messias.

CONCLUSÃO

Vivemos um tempo de incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam


as profecias bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as Escrituras e
estudá-las com fé, graça e humildade. Entretanto, a Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de
nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo
será desvendado aos nossos olhos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2004.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que
Deus colocou entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2009.

EXERCÍCIOS

1. Em relação à profecia de Jeremias, o que Daniel descobriu?


R. Ele descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro
para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim.

2. O que a oração intercessória de Daniel demonstrou?


R. A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa.
3. Como está dividido o bloco dos versículos 24-27?
R. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete
semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos).

4. Como é identificado o intervalo da “septuagésima semana”?


R. Esta última semana refere-se ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do
tempo de tribulação para Israel.

5. Mencione os propósitos da septuagésima semana.


R. Revelar ao povo de Deus o “homem do pecado”, “a Grande Tribulação” e o tempo da vitória
gloriosa do Messias.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

“O CONTEXTO DA PROFECIA
Daniel entendeu, a partir das profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta
anos (Dn 9.2; Jr 25.11; 29.10). Ele reconheceu que a restauração dependia do arrependimento
nacional (Jr 29.10-14), de modo que Daniel intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e
petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-19).
Aparentemente, Daniel esperava o cumprimento imediato e completo da restauração de Israel com
a conclusão do cativeiro dos setenta anos. No entanto, a resposta que lhe foi entregue pelo arcanjo
Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se
cumpriria definitivamente somente no tempo do fim” (LAHAYE, Tim; HINDSON
(Ed.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.429).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

As Setenta Semanas

O capítulo nove de Daniel é um dos mais controvertidos e especulados da Bíblia. Quantas datas
foram marcadas para a vinda de Jesus a partir desse capítulo? Quantas pessoas pensaram que o
Anticristo foi o Hitler? Ou o Papa? Tudo a partir da leitura desse capítulo.
O que se tem no capítulo nove é a terceira visão dos mistérios proféticos a respeito do tempo
do fim onde de forma direta e através do anjo Gabriel o profeta Daniel recebeu de Deus tais
informações. Duas divisões naturais aparecem neste capítulo: a oração de Daniel (vv.3-19) e a
resposta divina transmitida pelo anjo Gabriel (vv.20-27).
A respeito da oração de Daniel é importante que o professor considere algumas questões
importantes:
1. A oração de Daniel foi motivada por uma reflexão acerca das profecias de Jeremias. O povo
judeu passaria setenta anos cativo e desolado (v.2);
2. Enquanto empenhava-se por entender a mensagem do profeta Jeremias, Daniel humilhou-
se na presença de Deus e jejuou (v.3);
3. Daniel suplica ao Senhor confessando o pecado do povo e colocando-se, juntamente com o
povo cativo, responsável por aquele pecado (vv.4-14);
4. Suplicou também pela misericórdia divina lembrando esta mesma misericórdia quando o
Senhor livrou o Seu povo do Egito e, igualmente, usou de justiça para castigar o pecado de
Jerusalém (vv.15,16).
5. Por fim, Daniel pede a Deus para libertar a cidade santa, Jerusalém, e a nação cujo Deus é o
Senhor (vv.17-19);
6. O anjo Gabriel responde a Daniel após o processo de busca por resposta divina. É
interessante destacar que é a primeira vez que um anjo aparece se locomovendo no Antigo
Testamento. Antes, outros anjos apenas apareciam.
O capítulo pelo qual estamos estudando revela a disposição e a motivação de Daniel em buscar
os desígnios de Deus. Embora não seja, neste espaço, a nossa intenção criar uma espécie de receita
de bolo para buscarmos a Deus, pois entendemos que as experiências espirituais são de caráter
subjetivo, cada pessoa tem a sua experiência com o Pai, mas é impossível não observarmos algumas
características que chama-nos atenção na atitude de Daniel: a sua sede de conhecer a vontade de
Deus, a humildade; a sinceridade; a disposição em orar e jejuar. Que a atitude de Daniel estimule-
nos a buscarmos a vontade de Deus para a nossa vida!

Lição 1: Daniel, Nosso “Contemporâneo”


Data: 05 de Outubro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no
lugar santo (quem lê, que entenda)” (Mt 24.15).
VERDADE PRÁTICA

Daniel é um exemplo de perseverança na fidelidade a Deus e de integridade moral,


estimulando-nos a confiar no projeto divino.

HINOS SUGERIDOS

58, 61, 84.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.15
A primeira profecia escatológica

Terça - Gn 22.18; 26.4; 28.14; 49.10


A promessa para Abraão

Quarta - Is 7.14; 9.6; 42.1-4; 52.13-15


A predição da vinda do Rei e Redentor

Quinta - Dn 2.44,45; 7.13,14


A predição do reino vindouro

Sexta - Jr 23.3; Is 11.11; Ez 37.1-11


A promessa de restauração de Israel

Sábado - Mt 24.15
Jesus cita Daniel

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Daniel 1.1,2; 7.1; 12.4.

Daniel 1
1 - No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia,
a Jerusalém e a sitiou.
2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da
Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na
casa do tesouro do seu deus.

Daniel 7
1 - No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões
da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas.

Daniel 12
4 - E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de
uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.

INTERAÇÃO

Prezado professor, neste trimestre estudaremos o livro do profeta Daniel. Este livro é um dos
preferidos das pessoas que gostam de estudar a escatologia bíblica. Aprendemos com Daniel não
somente acerca de assuntos escatológicos, pois o seu testemunho é um exemplo de fidelidade a
Deus e de integridade moral. Daniel viveu grande parte dos seus anos como exilado em uma
sociedade idólatra, servindo a reis ímpios, todavia não se contaminou. O comentarista do
trimestre é o pastor Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela
CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e também da Casa de Letras Emílio
Conde. Que Deus abençoe a sua vida e a de seus alunos. Bons estudos!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


 Conhecer panoramicamente o livro de Daniel.
 Explicar a autoria e a história por trás do livro de Daniel.
 Compreender os fatos que propiciaram o exílio na Babilônia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a fim de introduzir a primeira lição do trimestre, reproduza o esquema abaixo para
os alunos. Utilizando o quadro, faça uma exposição panorâmica do livro de Daniel, explicando o
propósito e suas principais divisões. Enfatize os personagens centrais, os acontecimentos mais
importantes e as principais profecias. Que você possa extrair importantes lições deste grande livro
do Antigo Testamento.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Providência: Ação pela qual Deus conduz os acontecimentos e as criaturas para o fim que lhes
for destinado.

Dada a importância do livro de Daniel, nós o estudaremos sob a perspectiva da escatologia


bíblica. Indiscutivelmente, Daniel é um profeta bíblico que não ficou restrito ao passado. Ele é
contemporâneo! O seu nome, a sua vida e obra são um exemplo de perseverança em Deus. Embora
vivendo em circunstâncias adversas e numa cultura pagã, Daniel não perdeu a fé no Deus Altíssimo
e o vínculo com o seu povo.
O capítulo 24 do Evangelho de Mateus revela um dos mais importantes discursos proféticos de
Jesus. Ali, o Mestre de Nazaré cita o profeta Daniel (v.15). Conquanto as profecias de Jesus nos
remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24 não se aplicam
apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as etapas da história humana como
descrita no livro de Daniel.

I. A HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO DE DANIEL

1. A formação histórica de Israel. A história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn
12.1-3). Eles tiveram um filho chamado Isaque, o filho da promessa de Deus (Gn 15.4; 17.18; 21.1-
3). Isaque, por sua vez, gerou dois filhos, Esaú e Jacó. Do segundo filho, Jacó, surgiu um clã de 12
filhos. O clã cresceu e multiplicou-se e, posteriormente mudou-se para o Egito. Ali a família de Jacó
aumentou em número, tornando-se um povo altamente abundante em terra estrangeira. A partir
de então, formou-se Israel, a futura nação projetada por Deus. Mas com o passar do tempo a família
judaica perdeu as benesses que desfrutava nos anos do rei egípcio que respeitava a liderança e a
história de José no Egito. Entretanto, através de uma intervenção divina, e sob a liderança de
Moisés, os israelitas saíram do Egito e peregrinaram pelo deserto até a terra de Canaã por quarenta
anos. A partir da libertação egípcia, Israel viveu sob a égide de um governo teocrático, isto é,
governado diretamente por Deus e através de homens chamados por Ele para esta função.
2. O governo teocrático. Moisés morreu e o seu substituto foi Josué. Sob o seu comando,
Israel conquistou a terra de Canaã e instituiu um governo em que a autoridade governamental
vinha de Deus — a teocracia. Esse período perdurou aproximadamente trezentos anos, incluindo o
período dos juízes. Foi um tempo difícil porque Israel afastou-se da direção divina e “cada um fazia
o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25).
3. O governo monárquico. O reino de Israel esteve sob a liderança de Saul, Davi e Salomão
por cento e vinte anos. O rei Salomão morreu em 931 a.C. marcando assim a decadência política,
moral e religiosa da monarquia. Roboão, o seu filho, assumiu o reino, mas acabou dividindo-o em
dois: o do Norte e o do Sul.
O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim.
No ano de 722 a.C. o Império Assírio dominou o reino do Norte e subjugou o seu rei, os príncipes
e todo o povo.
O reino do Sul teve momentos de glória, mas igualmente de calamidades. Constituído por
alguns reis piedosos e outros ímpios, acabou por ser invadido pelo Império da Babilônia. Entre os
anos 606 a.C. e 587 a.C., Nabucodonosor levou em cativeiro os nobres de Jerusalém: príncipes,
intelectuais e homens de guerra, etc., deixando em Judá apenas os pobres e os deficientes. Toda
esta história propiciou a intervenção divina na vida de Israel para preservação do projeto original
de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus chamou Abraão e a partir dele deu início à história do povo judeu.

II. OS FATOS QUE PROPICIARAM O EXÍLIO NA BABILÔNIA

1. O contexto político do reino de Judá. Em 606 a.C. Nabucodonosor invadiu Jerusalém


e, além da nobreza, tomou da cidade todos os utensílios do Templo: ouro, prata e pedras preciosas.
Jeoaquim, rei de Judá, não resistiu e tornou-se tributário da Babilônia, perdendo o domínio do seu
reino e também a confiança dos seus valentes. Entre os cativos expatriados para Babilônia estava
o profeta Ezequiel (Ez 1.1-3). O exército de Nabucodonosor destruiu o Templo, saqueou Jerusalém
e arrasou política, moral e espiritualmente o reino de Judá. Babilônia se impôs como império por
mais de quatro décadas. Israel foi humilhado, passando de nação próspera à tributária da
Babilônia!
2. Israel no exílio babilônico. Quando uma liderança perde a intimidade com Deus e, por
consequência, a credibilidade entre os homens, como aconteceu com os últimos reis de Israel e de
Judá, a tragédia espiritual e moral é inevitável. O cativeiro de 70 anos na Babilônia, profetizado
por Jeremias, foi cabalmente cumprido (2Cr 36.21). Por outro lado, Deus nos ensina a conhecer os
seus desígnios. Foi no exílio babilônico que Israel aprendeu a conhecer a Deus e não aceitar outro
deus em seu lugar. O cativeiro propiciou a volta do povo de Deus à comunhão com o Altíssimo.
A partir desse panorama histórico compreenderemos o livro do profeta Daniel. Para isto,
precisamos igualmente conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do
chamado “profeta do cativeiro”.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O povo de Deus se rebelou contra o Senhor e como não se arrependeu, sofreu com o exílio na
Babilônia.
III. DANIEL, O AUTOR E O LIVRO

1. O homem Daniel. Há pouca informação histórica sobre a família de Daniel, senão a de


que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3). Levado para a Babilônia ainda muito jovem, Daniel
destacava-se como um judeu inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus
de Israel e era contemporâneo de dois importantes profetas da nação israelita: Jeremias e Ezequiel.
Certamente esses profetas deixaram seus exemplos como legados para a vida do jovem Daniel. Em
597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia (Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega
a citá-lo em seu livro, descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de justiça (Ez 14.14).
2. A importância do livro. O livro de Daniel possui dois conteúdos: o histórico e o profético.
No plano geral da revelação divina, o livro de Daniel ocupa um lugar de suma importância. Do
capítulo 1 ao 6 o conteúdo é histórico, e do 7 ao 12, profético.
O conteúdo histórico do livro contém experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus
para com aqueles que lhe são fiéis. Já o conteúdo profético traz predições escatológicas, em sua
maioria, ainda não cumpridas. Por este último conteúdo cremos na “contemporaneidade” de
Daniel.
3. A autoria e as características do livro. Indiscutivelmente, foi o próprio Daniel quem
escreveu o livro entre os anos 606 e 536 a.C. Ele iniciou sua obra escrevendo na Babilônia e,
posteriormente, encerrou-a no palácio de Susã (Dn 8.2). O livro contém doze capítulos,
majoritariamente escrito em hebraico, excetuando a seção 2.4 até 7.28, que foi escrita em dialeto
aramaico.
Além de histórico, o livro de Daniel contém revelações proféticas cumpridas e outras que ainda
vão se cumprir no futuro. São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus revelou
a Daniel o futuro das nações através da linguagem alegórica. Portanto, pode-se classificar o livro
de Daniel como gênero apocalíptico porque desvenda o futuro do mundo trazendo esperança para
o povo de Deus, pois ali, Israel é o ponto convergente dos fatos futuros.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Umas das razões da importância do livro de Daniel está no fato de que, em sua maioria, as
predições escatológicas ainda não se cumpriram.
CONCLUSÃO

O livro de Daniel nos mostra o compromisso de um homem que se dispõe a servir a Deus,
mantendo a sua integridade moral e espiritual sem fazer concessões ao sistema idólatra e opressor
da Babilônia. Aprendemos igualmente que a história humana não é casual, mas dirigida pelo Deus
soberano, que faz todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que amam ao Senhor.

VOCABULÁRIO

Acurácia: Precisão de uma determinado processo de informação.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013

EXERCÍCIOS

1. Com quem tem início a história do povo judeu?


R. A história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn 12.1-3).

2. Quantas tribos constituíam os reinos do Norte e do Sul?


R. O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim.

3. Quanto tempo durou o cativeiro de Israel?


R. Setenta anos.

4. Daniel era contemporâneo de quais profetas?


R. De Jeremias e Ezequiel.

5. Quais são os dois conteúdos distintos do livro de Daniel?


R. O livro de Daniel possui dois conteúdos: o histórico e o profético.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Hermenêutico

“Uma correta interpretação de Daniel esclarece a revelação de que Deus tem um futuro para
Israel. Um raciocínio crítico acerca da mensagem profética de Daniel cria uma concepção fictícia
da importância do livro. Tamanho erro na interpretação exclui o significado das profecias e torna
o livro de Daniel em um conto de fadas.
O livro de Daniel é a chave de todas as profecias bíblicas. Sem ele, remotas revelações
escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis. As grandes profecias do Senhor, no discurso
do monte das Oliveiras (Mt 24,25; Mc 13; Lc 21), bem como 2 Tessalonicenses 2 e o livro de
Apocalipse (ambos mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a
ajuda das profecias de Daniel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª
Edição. RJ: CPAD, 2013, p.175).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Hermenêutico

“Uma correta interpretação do livro de Daniel


A fim de interpretar corretamente Daniel, duas premissas são relevantes: (1) O livro é genuíno
e foi escrito pelo profeta Daniel no século VI a.C. Muitos críticos afirmam que o livro de Daniel faz
parte daquilo que conhecemos como literatura apocalíptica, que veio a surgir já no período
helenístico. Eles sustentam que fraudes de autoria e data são comuns neste gênero literário. Tais
suposições racionalistas são, contudo, inaceitáveis. A interpretação de qualquer livro considerado
apocalíptico não exige uma hermenêutica específica ou sistemas interpretativos especiais. Mudar
sua hermenêutica é separar a profecia bíblica de seu cumprimento histórico. É uma tentativa liberal
de se considerar a profecia como mito ou fantasia. (2) Uma interpretação precisa depende do fato
de a profecia não ser apenas possível, mas também do fundamento dos verdadeiros e genuínos
escritos bíblicos apocalípticos. As profecias levaram muitos supostos estudiosos a rejeitarem a
genuinidade das visões de Daniel. Muitos críticos rejeitaram de forma cabal o que é claramente
uma profecia predita. A única forma de explicarem a meticulosidade e a acurácia das profecias de
Daniel é relegando-as a uma época posterior e a um outro autor” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.175)

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


Daniel, nosso contemporâneo

O livro de Daniel foi (e talvez ainda seja) objeto de algumas controvérsias entre os teólogos.
Não por acaso, um crente batista, Willian Miller (ou Guilherme Miller), no ano de 1831, através de
uma série de cálculos, popularizou a interpretação de Daniel 8.14 cujo resultado previa a volta de
Jesus em 22 de Outubro de 1844. Miller errou na interpretação e até hoje o nosso Senhor não veio!
Anteriores a Willian Miller, outros intérpretes chegaram às conclusões semelhantes: o Jesuíta
Manuel Lacunza (1731-1801); o jurista mexicano, Gutierry de Rozas (1835); Adam Burwell,
missionário canadense da sociedade para propagação do Evangelho (1835); R. Scott, padre
anglicano e, em seguida, pastor Batista (1834); o missionário inglês, Joseph Wolff (1829). Por que
um livro bíblico, a Palavra de Deus, traria tantas discrepâncias?
O problema não está na Bíblia, mas em quem a interpreta. Por isso, devemos considerar
algumas informações ao iniciar o nosso estudo em Daniel:
Um relato histórico. O conceito conversador e tradicional de que o livro de Daniel é
histórico e remonta os próprios dias do profeta era unânime até aparecer a crítica moderna da
Bíblia. Ainda assim, não temos razões para mudar este conceito hoje.
O livro. O texto foi escrito em hebraico, entretanto, os capítulos da seção 2.4 a 7.28 foram
redigidos em aramaico. Derivado da Caldeia, o aramaico era um idioma popular das relações
internacionais do período imperial babilônico.
O Esboço. Este nos ajuda a compreender a unidade literária do livro de Daniel. A estrutura
da obra bíblica consta assim: (I) História [1-6] e (II) Profecia [7-12].
(I) História: Daniel na Babilônia [1]; as duas imagens — o sonho e a estátua de Nabucodonosor
[2 e 3]; Dois reis sob disciplina — o orgulho de Nabudonosor e a profanação de Belsazar [4 e 5]; O
decreto de Dario [6].
(II) Profecia: As duas visões dos animais-impérios — os quatro animais / o bode e o carneiro
[7 e 8]; A explicação das duas profecias — os 70 anos de Jeremias e os acontecimentos dos últimos
tempos [9-12].
Propósito. Revelar o escape de Deus para o Seu povo, apesar das injustiças promovidas pelos
impérios pagãos. O profeta Daniel mostra que o Senhor julgará os poderes políticos do mundo que
institucionalizam a injustiça. Quando entendemos a unidade literária de Daniel os símbolos e as
figuras apresentadas no livro tornam-se complementos do assunto central: a Soberania de Deus.

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