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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2
2. METODOLOGIA..................................................................................................... 3
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14
7. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho, o grupo fala sobre as características desejáveis de um sistema
financeira. É fundamental para a compreensão desse trabalho que se conheça o conceito
de impostos: é o financiamento que o sector público extrai do sector privado sob a forma
coerciva, como meio de contribuir para o financiamento geral da actividade pública.
O sistema fiscal versa em prol desses impostos, é uma forma de financiamento do Estado.
Estado pode ainda recorrer ao endividamento como forma de financiar a sua actividade.
Apesar de existirem outras formas de financiamento, o financiamento pelos impostos é a
principal fonte de receita estatal.
Fizemos nesse trabalho um breve passeio histórico em prol do sistema fiscal
moçambicano, por obviamente ser o nosso país. Torna-se importante fazer isso pela falta
de conhecimento da população nesse quesito.
1.1.2. Específicos
Indicar os principais conceitos de um sistema fiscal;
Expor as várias reformas fiscais ocorridas em Moçambique;
Descrever de forma sucinta o sistema fiscal moçambicano.
1.2. Contextualização
O Sistema fiscal levou a que historicamente sempre existissem preocupações sobre as
características que o mesmo deveria revestir.
Já em 1776, na obra “O Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”,
Adam Smith identificava as quatro máximas a que devem obedecer os impostos, a
saber/recordar:
Máxima I: Os súbditos de todos os Estados devem contribuir para a manutenção do
governo, tanto quanto possível em proporção das respectivas capacidades.
Máxima II: O imposto que todo o indivíduo é obrigado a pagar deve ser certo e não
arbitrário. O tempo de pagamento, o modo de pagamento, o quantitativo a ser pago, tudo
deve ser claro e simples para o contribuinte e para todas as outras pessoas.
Máxima III: Todo o imposto deve ser lançado no tempo ou modo mais provável de ser
conveniente para o contribuinte o pagar.
Máxima IV: Todo o imposto deve ser arquitectado tão bem que tire o mínimo possível
do bolso das pessoas para além do que traz para o erário público. Ainda que marcadas
pelo tempo estas máximas que modernamente designaríamos por requisitos de justiça,
certeza e baixos custos de cumprimento e de administração, continuam a integrar qualquer
sistemática de características desejáveis de um bom sistema fiscal.
2. METODOLOGIA
2.1 Metodologia
A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a
confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação de um estudo de caso cujo
objectivo é evidenciar as características desejáveis de um sistema fiscal, são eles:
cientifico investigatório e Dedutivo.
3. SISTEMA FISCAL
3.1. Conceito
São vários conceitos que precisamos entender antes de definir Sistema fiscal:
Contribuições: são figuras legais que concedem às partes tributadas o direito a alguma
contrapartida. Ou seja, o governo só poderia utilizar essa arrecadação para um fim
específico.
Segundo Adam Smith (1776), sistema fiscal é, entendido de forma simples, como o
conjunto de impostos vigentes num determinado país ou espaço geográfico.
No entanto, contrariva o sistema fiscal anterior (do governo português) que não se apoiava
na justiça social, tal situação implicava pesadas tributações sobre os rendimentos de
trabalho, cujas taxas eram consideravelmente elevadas. Até à data da independência, as
estatísticas mostram que 82% do valor das despesas era financiado pelas receitas fiscais.
Objectivos da reforma
Os objectivos que a Reforma visava assentavam, em suma, na arrecadação de receitas
com base numa fórmula que fizesse face às exigências orçamentais. Analiticamente
destaca-se:
Simplificação do processo de captação do rendimento das empresas, retendo-o
no processo de circulação de mercadorias e facturação de serviços;
Manutenção da contribuição industrial e do Imposto Complementar apenas
como impostos correctivos;
Fusão das diversas formas de tributação do Rendimento do Trabalho num só
imposto, estabelecendo-se taxas progressivas nos termos da Constituição
vigente.
Agravamento das taxas dos impostos sobre o lucro das empresas;
Simplificação da legislação fiscal em vigor.
Objectivos da reforma
Em concordância com os objectivos da elasticidade das receitas em relação ao
crescimento do PIB, o nível da fiscalidade alterou a situação até então existente,
passando-se da tributação que abrangia os produtos transaccionados no mercado não
oficial. Assim, os impostos de consumo passaram a ter relevância deveras decisiva e
eficaz. Contudo, os mesmos significavam maior sacrifício do rendimento das populações.
Em jeito de conclusão, extrai-se que a lei 3/87 contribuiu para o aumento das receitas
fiscais e para a reposição de alguns princípios que orientam as leis do mercado. Dado que
as posições divergem em função da preferência de um ou outro sistema, não nos cabe
aqui tomar posições sobre a perfeição ou não de um sistema.
Este sistema vigorou até 31 de Dezembro de 2002, altura em que começou a funcionar o
novo sistema aprovado pela Lei 15/2002 de 26 de Junho, conhecida pela sigla LBST.
Estes novos impostos visavam alargar da base tributária, reduzir a carga fiscal no conjunto
da tributação directa, aumentar o nível das receitas fiscais, modernizar o sistema de
impostos e racionalizar o sistema de benefícios fiscais.
Como ficou dito, nem toda a legislação fiscal colonial foi revogada, restando para tal tudo
o que não fosse contrário à Constituição de 1975. Por assim dizer, assistiu-se a uma
reformulação da tributação, substituindo também a matéria do Código dos Impostos sobre
o Rendimento de 1987.
Ainda mais, introduz uma alteração na tributação directa, passando do clássico modelo
cedular para um modelo de tributação de Rendimentos.
5. PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO
Os elementos básicos que configuram qualquer figura tributária são os seguintes:
Acto tributável: entende-se por acto tributável a circunstância cuja realização,
de acordo com a lei, origina a obrigação tributária. São actos tributáveis a
detenção ou imputação de rendimento nos impostos sobre o rendimento, a
propriedade de bens e a titularidade de direitos económicos nos impostos sobre
o património; a aquisição de bens e direitos por herança ou por doação nos
impostos de sucessões e doações ; a entrega de bens e a prestação de serviços
nos impostos sobre as vendas.
Sujeito passivo: entende-se por sujeito passivo a pessoa natural ou jurídica que
está obrigada por lei ao cumprimento das prestações tributárias. Distingue-se
entre contribuinte, a que a lei impõe a carga tributária e o retentor, aquele que
retém o imposto e o entrega ao Estado;
Base tributável: é a quantificação e valorização do acto tributável. Existem dois
métodos para determinar a base do imposto : o método directo que exige a
elaboração de cálculos apoiados em documentos e dados contabilísticos e o
método objectivo ou indiciário que utiliza sinais externos ou índices para
estimar a base tributável;
Taxa tributária: é a quantidade que se aplica à matéria colectável.
Simplicidade administrativa
O sistema fiscal deve ser concebido de forma a minimizar os custos. Existem dois tipos
de custos: custos ligados ao funcionamento do sistema fiscal (cálculo, processamento e
colecta de impostos) ; e custos indirectos, que são custos em que os agentes económicos
incorrem por satisfazer as exigências fiscais.
Flexibilidade
A flexibilidade serve para se adaptar às modificações de conjuntura económica. Os
impostos e as respectivas taxas devem ser manipuláveis de acordo com os objectivos de
política económica e adaptarem-se à evolução da conjuntura. Por exemplo, no período de
recessão a política fiscal deve contribuir para relançar a procura através da redução das
receitas fiscais. Em períodos de expansão a política fiscal deve contribuir para conter a
procura e evitar a inflação através do aumento das receitas fiscais. Um aspecto relevante
é a validade de reacção do sistema fiscal ao ciclo económico.
Se existir um desfasamento entre o ciclo económico e o sistema fiscal, este último pode
agravar a queda da procura ou aumentar a inflação.
Responsabilidade política
O sistema fiscal deve ser transparente, isto é, deve ser concebido de forma a que todos os
indivíduos saibam o montante de impostos a pagar. O sistema fiscal deve reflectir as
preferências individuais manifestadas através de eleições.
Justiça e equidade
O sistema fiscal deve ser justo e equitativo de forma a que cada indivíduo pague a
proporção justa das despesas públicas. A proporção justa obedece a dois princípios:
Legislação usada
1. CRPM de 1975
2. CRM de 2004
3. LBST
4. Lei das Finanças autárquicas.