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Poder Judiciârio
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SERGIPE

ACÓRDÃO N. 26/2010

REPRESENTAÇÃO N' 935 (3792-45.2009.6.25.0000) - CLASSE 42'


Representante(s):Ministério Público Eleitoral
Representado(a)(s):Amair Hagenbeck Melo

REPRESENTAÇÃO ELEITORAL. DOAÇÕES DE CAMPANHA PESSOA


FíSICA EXCESSO ART. 23 DA LEI N.' 9504/1997. INOCORRÊNCIA
PRELIMINAR DECADÊNCIA. REJEITADA MÊRITO. INCLUSÃO DA
RENDA ADVINDA DA ATIVIDADE RURAL NO CONCEITO DE
RENDIMENTOS BRUTOS AUFERIDOS NO ANO ANTERIOR À ELEiÇÃO.
PRECEDENTES. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
1. Apesar da inexistência de previsão de prazo para a propositura de
representação eleitoral por infração ao artigo 23 da Lei 9.504/97, a
Resolução normativa ao cuidar da figura semelhante, contida no artigo 81 da
mencionada lei, autoriza ao julgador aplicar-lhe, por analogia, o mesmo
prazo, afinal, aos mesmos fatos destina-se o mesmo direito, razão pela qual
rejeita-se a preliminar arguida.
2. Limitam-se a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos no
ano anterior à eleição as doações e contribuições de pessoas físicas para
campanhas eleitorais, a teor do artigo 23,!l 1.', inciso I, da Lei n.'
9.504/1997
3. Afere-se a legalidade da doação ele,toral realizada por pessoa fisica
incluindo-se no conceito de rendimentos brutos os valores auferidos, no ano
anterior à eleição, referentes à renda bruta advinda da atividade rural e não
apenas os rendimentos tributáveis deste empreendimento. Precedentes.
4. Improcedência do pedido.

Sob a presidência doIa} Excel issimo(a) Desembargador(a) LUIZ ANTÕNIO


ARAUJO MENDONÇA, ACORDAM os Me ros do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, por
unanimidade, em JULGAR IMPROCEDEN A REPRESENTAÇÃO, nos tenros do voto do Relator.
Aracaju (SE), 10 de fev ira de 2010.

- ,
TES - Procurador(a) Regional Eleitoral
REPRESENTAÇÃO N' 935 (3792-45.2009.6.25.0000)- CLASSE 42'

RELATÓRIO

o JUIZ JosÉ ANSELMO DE OLIVEIRA (Relator):


O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL propõe Representação contra AMAI R
HAGENBECK MELO, imputando.lhe a prática de ilícito eleitoral consistente na realização de doação a
candidato em valor acima do limite legal de 10% (dez por cento) do seu rendimento bruto, auferido no
ano anterior á eleição (art. 23, !l1.', da Lei n.' 9.504/1997).
Assevera o Representante ministerial que o representado, no ano-calendário de 2005,
declarou à Delegacia da Receita Federal do Brasii rendimento bruto de R$ 58.589,66 (cinquenta e oito
mil, quinhentos e oitenta e nove reais e sessenta e seis centavos), porém, durante as eleições de 2006,
doou ao então candidato PAULO HAGENBECK FILHO valores que somam o total de R$ 10.000,00
(dez mil reais) Aduz que essa doação excede o iimite legal estipulado em R$ 4.141,03 (quatro mil,
cento e quarenta e um reais e três centavos). Requer a aplicação ao representado de multa a ser
arbitrada em seu grau máximo de 10 (dez) vezes a quantia doada em excesso.
Instrui a inicial com os documentos avistados nas fls 04/09.
O Representado, em sua defesa, fls. 15/18, suscita, preliminarmente, a decadência do
prazo para o oferecimento da representação, alegando que seria de 180 dias, na forma do artigo 32 da

Lei 9.504/97.
No mérito, assevera que o valor de sua receita bruta relativa ao ano-calendário de
2005 compreende rendimentos de Pessoa Fisica (R$ 53.358,00), Rendimentos Sujeitos à Tributação
Exclusiva/Definitiva (R$ 5.231,00) e Rendimento Bruto Rural (R$ 150.928,00), pertazendo um total de
R$ 209.517,00 (duzentos e nove mii, quinhentos e dezessete reais), o que lhe assegura a realização
de uma doação licita, tomando legal a doação realizada ao candidato, por ocasião do pleito de 2006.
Alega que, apesar do artigo 23 da Lei 9.504/1997 referir-se a rendimentos brutos,
pacífica é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ao reconhecer por sinônimas as expressões
rendimento, faturamento e receita.
Requer o acolhimento da preliminar suscitada; acaso ultrapassada, pugna pela

improcedência do pedido.
Instrui sua peça de defesa com a documentação juntada nas fls. 19/22.
O representante requer a expedição de ofício à Receita Federal para que esclareça
pontos que entende controvertidos (fls. 25/26). Deferido o pedido formulado (fi. 27).
A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Aracaju, por meio do OfiCIO .' 167/2009
_ SAFIS, fis. 31/32, encaminha a documentação avistada nas fis. 34/45.

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REPRESENTAÇÃO N' 935 (3792-45.2009.6.25.0000) - CLASSE 42'

Instados a se manifestar, o MPE, fls. 47/49, inicialmente, refuta a preliminar de


decadência, suscitada pelo representado em sua defesa; quanto ao mérito, faz constar que em relação
à Receita Bruta Rural, para fins do cálculo de rendimentos brutos, apenas irá importar o valor resultado
da atividade rural; no caso do representado, este valor teria sido de R$ 16.761,21 (dezesseis mil,
setecentos e sessenta e um reais e vinte um centavos). Diz que, no que pese o novo valor pertinente
ao faturamento bruto do Sr. Amair Hagenbeck Melo, indicado na declaração retificadora, fis. 38/41,
agora de R$ 75.350,89, ainda assim a doação configura-se ilegal, vez que excedida em R$ 2.464,91.
Por sua vez, o Representado, fis. 52/53, aduz que a declaração de ajuste anual
simplificada do exercicio de 2006, encaminhada aos autos pela Receita Federal, espelham as
informações relativas a sua receita no ano de 2005. Considerando esta documentação, apura-se que
seus rendimentos totalizaram um valor de R$ 209.517,00 (duzentos e nove mil, quinhentos e dezessete
reais), compreendidas aqui as parcelas já destacadas em sua defesa. Sustenta que o valor doado
continua inferior aos 10% (dez por cento) previstos na lei.
Despacho determinando remessa dos autos ao setor responsável pela análise de
contas, para infonmarqual o rendimento bruto auferido peta representado, ano-calendário 2005 (fI. 55).
Informação n' 123/2009, prestada peta órgão contábil (fis. 56/57).
Nas fis. 60/61 e 63/65, manifestações dos Representante e Representado, acerca da
informação prestada pelo setor contábil.
Certidão de publicação da noticia da inclusão do presente feito em pauta para
julgamento (fi. 68)
É o relatório.

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REPRESENTAÇÃO N' 935(3792.45.2009.6.25.0000)- CLASSE 42'

VOTO

o JOSE ANSELMO DE OLIVEIRA (Relator).

Cuida-se de representação proposta em desfavor de pessoa física, imputando-lhe a


prática do ilícito eleitoral consubstanciado na doação a candidato de valores acima do limite legal.
Diante da existência de preliminar suscitada, passemos a sua análise.
Suscita o Representado a decadência do prazo para o oferecimento da representação,
alegando que o mesmo seria de 180 dias, na fonma do artigo 32 da Lei 9.504/97.
Entretanto, razão não assiste ao representado.
Não existe na legislação eleitoral qualquer fixação de prazo para a propositura da

representação com base no artigo 96 da Lei das Eleições.


A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, ao fixar limites temporais para as ações
fundadas nos artigos 41-A e 73, da Lei 9.504/97, e para o manejo das investigações judiciaIS por abuso
de poder econômico e político, assim o fez em razão de reconhecimento da perda de uma das
condições da ação, no caso, o interesse de agir. Não se tratou de estabelecer prazo prescricional ou
decadencial, Apenas foi reconhecida a ausência de interesse para o ajuizamento daquelas demandas;
houve, apenas, a fixação de um termo a partir do qual não mais se reconhece o interesse para agir.
Tais marcos de jurisprudência não constituem paradigma a justificar reconhecimento
de inexistência do interesse de agir nas hipóteses dos artigos 23 e 81 da Lei 9.504/97, pois, posição
contrária, estaria a estimular os doadores na burla da legislação, confrontando os seus comandos.
A não bastar, o prazo referido no artigo 32 da Lei 9.504/97, e aqui apontado pelo
Representado, diz respeito ao período de conservação obrigatória dos documentos relativos à
prestação de contas dos respectivos candidatos, não se destinando ao exercício da representação por
descumprimento de institutos eleitorais.
A preliminar aqui invocada já foi enfrentada por esta Corte, como é exemplo o voto do
eminente Juiz Federal Arthur Napoleão Teixeira Filho, nos autos da Representação nO887/2009, onde
restou firmado .que "o exercício do direito de ação pode ser exercido a todo tempo enquanto não restar
fulminado pela prescrição".
Por ser desconforme ao direito as instabilidades ocasionadas pela possibilidade
conferida ao titular de um direito lesado o seu infinito exercício, cheguei mesmo a reconhe r, tal qual
outros Tribunais já reconheceram, que a multa eleitoral, por excesso de doação, prescrev: ria em cinco
anos, dada a sua natureza administrativa.

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REPRESENTAÇÃO N' 935 (3792~45~2009.6.25.00001- CLASSE 42'

Até o ajuizamento da presente ação inexistia previsão de jurisprudência em relação a


fixação de prazo para a propositura de representação eleitoral por infração aos artigos 23 e 81 da Lei
9.504/97 Contudo, por meio da Resolução 23.193, de 18 de dezembro de 2009, do Tribunal Superior
Eleitoral, restou fixado que o prazo para a propositura de representação por infração ao artigo 81 da Lei
9.504/97 é até o encerramento do mandato para o qual concorreu o candidato a quem se destinou a

doação e contribuição Irregular de pessoa juridica.


Dessa forma, apesar de ainda ausente previsão de prazo para o ajuiza~ento da ação
por infringência ao artigo 23 da Lei 9.504/97, a resolução normativa ao cuidar da figura semelhante,
contida no artigo 81 da mencionada lei, a meu ver, autoriza ao julgador aplicar-lhe, por analogia, o
mesmo prazo, afinal, aos mesmos fatos destina-se o mesmo direito.
Assim, ainda que por analogia ao prazo previsto às representações manejadas em
relação às doações realizadas por pessoa juridica, ou pelo prazo ~e cinco anos em razão da natureza
administrativa da multa eleitoral, não há que se falar em decadência, uma vez que a doação foi
realizada por ocasião do pleito de 2006 e a ação foi proposta em 30 de abril do ano de 2009, pelo que

rejeito a preliminar suscitada.


Quanto ao mérito, tem-se que a representação foi manejada por infringência ao inciso

I,!lI', do artigo 23, da Lei n.' 9.504/1997, que possui o seguinte conteúdo normativo:
Art. 23. A partir do registro dos comitês financeiros, pessoas fisicas poderão fazer doações
em dinheiro ou eslimaveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto
nesta Lei.
S 10 As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas:
I - no caso de pessoa física, a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos no ano
anterior a eleição;.

Insta registrar que as doações e contribuições feitas por pessoas físicas para
campanhas eleitorais estão limitadas a 10% (dez por cento) do seu rendimento bruto, auferido no ano

anterior à eleição.
Na especle, o representado comprova que no ano-calendário de 2005 auferiu
rendimento bruto que totaiiza R$ 209.518,00 (duzentos e nove mil, quinhentos e dezoito reais), o que
lhe assegura uma doação lícita em valor, inclusive superior ao efetivamente doado, que foi a quantia de
R$ 10.000,00 (dez mil reais), incluindo-se naquele montante valores relativos aos rendimentos
tributáveis percebidos (R$ 53.358,15), Rendimentos Sujeitos á Tributação Exclusiva/Definitiva (R$
5.231,51) e Receita Bruta Total Resultado da Atividade Rural (R$ 150.928,44), assim discriminados nas

fls. 19/22 e 38/45.


Entendo que, em relação às parcelas componentes do cálculo do valor permitid

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REPRESENTAÇÃO N' 935 (3792.45.2009.6.25.0000) - CLASSE 42'

Lei n.' 9.504/1997, para fins de doação eleitoral, deve ser incluido o valor da renda bruta advinda da
atividade rural, e não apenas os rendimentos tributáveis deste empreendimento, assistindo razão ao

representado.
Convém salientar que tal entendimento resta balizado por esta Corte, a exemplo da
decisão veiculada no Acórdão-TRE/SE n' 385/2009 (Representação n' 928/2009), da lavra do ilustre
Membro desta Casa, o Juiz Federal Arthur Napoleão Teixeira Filho, cuja ementa segue transcrita:
REPRESENTAÇÃO ELEITORAL DOAÇÕES DE CAMPANHA PESSOA FislCA
EXCESSO ART. 23 DA LEI N.' 9.504/1997. INOCORRENCIA. INCLUSÃO DA RENDA
ADVINDA DA ATIVIDADE RURAL NO CONCEITO DE RENDIMENTOS BRUTOS
AUFERIDOS NO ANO ANTERIOR Ã ELEiÇÃO. PRECEOENTES. IMPROCEDENCIA DO
PEDIDO
1. As doações e contribuições de pessoas físicas para campanhas eleitorais poderão ser
feitas a partir do registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações, ficando
limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos ano anterior à eleição (art.
23, S 1 0, I, da lei n. 9.504/1997).
Q

2. A doação de quantia acima do limite maximo fixado sujeita a pessoa fisica doadora ao
pagamento de multa no valor de 5 (cinco) a 10 (dez) vezes a quantia em excesso.
Inteligência do art. 23 da Lei n.o 9.504f1997.
3. Para fins de aferição da legitimidade da doação eleitoral promovida por pessoa física a
candidato deve ser incluido no conceito de rendimentos brutos auferidos no ano anterior à
eleição o valor da renda bruta advinda da atividade rural e não apenas os rendimentos
tributaveis deste empreendimento. Precedentes.
4. Improcedência do pedido.

Restou consignado, lambém, que lal compreensão da matéria foi sufragada por outros
Tribunais Re9ionais Eleitorais (TRE/SP, Representáção n.' 16730, Acórdão n.' 158356, Relator(a) Juiz
PAULO ALCIDES AMARAL SALLES, DOE Data 2215/2007, p. 189; TRE/AL, Representação n.' 128,
Acórdão n' 6183, Relator(a) ANA FLORINDA MENDONÇA DA SiLVA DANTAS, DOE Data 17/9/2009,
p. 54; TRE/GO, Representação n.' 2340, Acórdão n' 10084, Relatorla) ILMA VITORIO ROCHA, DJ
Data 17/9/2009, p. 1; TRE/GO, Representação n.' 1946, Acórdão n.' 10054, Relator(a) ILMA VITORIO

ROCHA, DJ Data 2618/2009):

ELEiÇÕES 2006. REPRESENTAÇÃO. ART 96, INCISO li, DA LEI N' 9.504197. PRAZO
PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO. PRESCRiÇÃO. INEXISTENCIA DE PREVISÃO LEGAL
OU JURISPRUDENCIAL. INOCORRÊNCIA DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR.
INFORMAÇÃO DA RECEITA FEDERAL LICITUDE DA PROVA. DOAÇÃO REALIZADA POR
PESSOA FislCA A CAMPANHA ELEITORAL. DOAÇÕES LIMITADAS A 10% DOS
RENDIMENTOS BRUTOS DO ANO ANTERIOR À ELEiÇÃO. ATIVIDAOE RURAL LEI DO
IMPOSTO DE RENDA TRIBUTAÇÃO RESTRITA AO RESULTADO POSITIVO
CONSIDERAÇÃO DO RENDIMENTO BRUTO PARA FINS DE DOAÇÃO. DOAÇÃO
DENTRO DO PERMISSIVO LEGAL. REPRESENTAÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE.
DECISÃO UNÃNIME
1. Não há previsão legal ou jurisprudencial que estabeleça prazo para a propositura da
representação eleitoral prevista no art. 96, 9 50, da Lei federal nO9.504/1997.
2. Não hã que se falar em falta de interesse de agir quando o Ministério Público, por meio do
instrumento processual previsto no art. 96 da Lei n° 9.504/97, requer a condenação de
pessoa física / jurídica que supostamente fez doação irregular em campanha eleitoral
3. O Parquet possui autoridade para requisitar informações à Administração Pública ireta ou

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REPRESENTAÇÃO N' 935(3792-45.2009.6.25.0000)- CLASSE 42'

indireta, a teor do art. 8°, 11,da LC n° 75193, pelo que não se pode atribuir ilicitude à prova
coligida aos autos.
4. A lei eleitoral não faz distinção entre o rendimento bruto tributável e o rendimento bruto
propriamente dito, devendo este último ser considerado para o cálculo do limite de doações,
ainda que a lei do imposto de renda somente considere o resultado positivo da atividade
rural para fins de cálculo do tributo. (Lei n° 9.250/95, arts. 9° e 18).
5. Existindo provas de que a doação realizada em favor de candidato encontra-se dentro do
limite legal permitido, julga-se improcedente a representação.
(TRE/AL, Representação n,o 136, Acórdão n,o 6189, Relalor(a) ANA FLORINDA
MENDONÇA DA SILVA DANTAS, DOE Data 18/9/2009. p. 38/39).

ELEiÇÕES 2006. REEPRESENTAÇÃO ELEITORAL. APURAÇÃO DO RENDIMENTO


BRUTO ATIVIDADE RURAL. DOAÇÃO DENTRO DO LIMITE LEGAL. IMPROCEDENTE
O limite para doação de pessoas físicas a campanhas eleitorais é de 10% sobre o seu
rendimento bruto e não apenas do rendimento tributável auferido no ano anterior à eleição.
Para o cálculo do limite de doação de pessoa física à campanha eleiloral, também devem ser
considerados os dados inseridos na declaração anual de imposto de renda referentes à
atividade rural desenvolvida.
Representação improcedente.
(TRE/GO, Representação n,o 1783, Acórdão n.o 10110, Relator(a) CARLOS HUMBERTO DE
SOUSA. DJ Data 29/9/2009, p. 1).

ELEiÇÕES 2006 REEPRESENTAÇÃO ELEITORAL. PROVA liCITA. APURAÇÃO DO


RENDIMENTO BRUTO. ATIVIDADE RURAL. DOAÇÃO DENTRO DO LIMITE LEGAL
IMPROCEDENTE.
1. A apresentação do nome do doador, do valor de seus rendimentos no exercicio de 2005,
informações sobre a doação eleiloral e o valor que excedeu ao limite legal, tudo de acordo
com a Portaria Conjunta n" 74/2006, não configura quebra de sigilo fiscal e a prova deve ser

2, °
considerada lícita.
limite para doação de pessoas físicas a campanhas eleitorais é de 10% sobre o seu
rendimento bruto e não apenas do rendimento tríbutável auferido no ano anterior á eleíção.
3. Para o cálculo do limite de doação de pessoa fisica à campanha eleitoral, devem ser
considerados os dados inseridos na declaração anual de imposto de renda referentes á
atividade rural desenvolvida.
4. Representação improcedente,
(TRE/GO, Representação n.O 2295, Acórdão n.o 10096, Relator(a) CARLOS HUMBERTO DE
SOUSA, DJ Data 18/9/2009, p. 1).

Assim, sem maiores delongas, pelo todo expostó, entendo não merecer acolhida o
pedido formulado nesta sede processual, uma vez que restou demonstrada a capacidade financeira do
representado em promover a doação sindicada, considerando se enâimento bruto total de R$
209.518,00 (duzentos e nove mil, quinhentos e dezoito reais), r o pela qual voto pela improcedência

da presente Representação.
É como voto.

JUIZ JOSÉ ANSE


RE

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Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SERGIPE

REPRESENTAÇÃO N° 935 (3792-45.2009.6.25.0000) - CLASSE 42


RELA TORIA): JUIZ JOSÉ ANSELMO DE OLIVEIRA
REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
REPRESENTADO(A): AMAIR HAGENBECK MELO
ADVOGADOS Genisson Cruz da Silva e Outra

EXTRATO DA ATA


DECISÃO: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, por
unanimidade, em JULGAR IMPROCEDENTE A REPRESENTAÇÃO

Presidência doia) Excelenlissimo(a) Desembargador(a) Luiz Antônio Araújo Mendonça.


Presentes o(a)s Excelenlissimo(a)s Juizes Gilson Felix dos Santos, Suzana Maria Carvalho Oliveira, Álvaro
Joaquim Fraga, Denize Maria" de Barros Figueiredo, José Anselmo de Oliveira, Suzana Maria Carvalho
Oliveira, Arthur Napoleão Teixeira Filho e Gilson Felix dos Santos
Álvaro Joaquim Fraga. Acompanhou o Relalor

Denize Maria de Barros Figueiredo. Acompanhou o 'Relator

José Anselmo de Oliveira. Relalor

Suzana Maria Carvalho Oliveira. Acompanhou o Relator

• Arthur Napoleão Teixeira Filho. Acompanhou o Relator

Gilson Felix dos Santos. Acompanhou o Relator

Presente, tambêm, o(a) Dr(a). Paulo Gustavo Guedes Fontes, Procuradoria) Regional
Eleitoral.

SESSÃO ORDINÁRIA DE 1010212010.

PUbli~Z_DJE em::t2....rL:2)20U
;/ Seção de Acórdaos e Resoluções

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