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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável


Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

PARECER ÚNICO SUPRAM TM/AP PROTOCOLO Nº 419.610/2009

Indexado ao(s) Processo(s)


Licenciamento Ambiental n. 00079/1989/016/2009 REV. LO DEFERIMENTO
Poço Manual n. 012059/2009 Cadastro efetivado

Empreendimento: PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA


CNPJ: 18.428.839/0001-90 Município: UBERABA

Unidade de Conservação: -
Bacia Hidrográfica: Rio Grande Micro Bacia: Córrego Marimbondo

Atividades objeto do licenciamento:


Código DN 74/04 Descrição Classe
TRATAMENTO E/OU DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
E-03-07-7 5
SÓLIDOS

Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO


Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO

Responsável Técnico pelo empreendimento Registro de classe


JOSÉ EDUARDO RODRIGUES DA CUNHA – Engenheiro Civil CREA-MG 21.174/D
Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Registro de classe
PAULO AUGUSTO CARNEIRO – Engenheiro Civil CREA-MG 19.615/D
MAGDA STELLA DE MELO MARTINS – Gestora Ambiental
ANGELINA MARTINS BOTTA – Engenheira Civil CREA-MG 65.990/D
DANIELLA JARDIM FUCKS – Socióloga
ELIANE MIZIARA PASSSAGLIA – Gestora Ambiental
JOÃO RICARDO PESSOA VICENTE

Relatório de vistoria: 077/2009 DATA: 15/04/2009


Relatório de vistoria: 080/2009 DATA: 25/06/2009

Data: 12/08/2009
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura
Amara Borges Amaral 598.804-3
Luciene Oliveira de Paula 1.198.226-1
Evandro de Abreu Fernandes Júnior 1.155.586-9
Adrian Franco Silva 1.197.554-7
Dayane Ap. Pereira de Paula 1.217.642-6
Kamila Borges Alves 1.151.726-9
Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Técnico 1.191.774-7

Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 12/08/2009


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1. INTRODUÇÃO

O município de Uberaba localiza-se na região do Triângulo Mineiro, com uma área aproximada
de 4529,7km2 e população estimada de 252.051 habitantes, sendo 244.171 residentes na área
urbana (IBGE, 2000).

O serviço de limpeza urbana é administrado pela Prefeitura e operado pela empresa Uberaba
Ambiental Ltda. A população atendida por este serviço é toda a população urbana, sendo
coletado diariamente cerca de 220 toneladas de lixo. Os resíduos coletados são domiciliares,
público e comerciais, os quais são classificados, conforme ABNT NBR 10.004/04, como
pertencentes à Classe II A (não-inertes).

O Aterro Sanitário de Uberaba localiza-se às margens da Av. Filomena Cartafina, km 17, que
interliga a cidade ao Distrito Industrial III de Uberaba. Dista cerca de 17 km do centro urbano, às
coordenadas geográficas Latitude 19°55’18,4”S Longi tude 47°55’25,8”O.

O Aterro obteve Licença de Operação em 20 de maio de 2005 e começou a operar em 30 de


novembro do mesmo ano.

Para subsidiar a análise técnica, realizou-se vistoria à área do Aterro Sanitário de Uberaba em
15 de abril do corrente ano e, posteriormente, em 25 de junho. Também foram realizadas
reuniões com os responsáveis pelo Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos e pela
operação do aterro.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Aterro Sanitário de Uberaba possui 12 funcionários na área operacional e 4 na administração,


os quais trabalham em dois turnos: das 8 às 16:20h e das 21 às 03:40h. A coleta pública de
resíduos domiciliares ocorre entre as 7h e 15:20h, e entre 18h e 03:20h. Na área do Aterro há
uma estrutura composta por guarita, balança, escritórios, sala de reuniões, refeitório, vestiários,
área de manutenção de máquinas. Para a operação, conta com dois tratores de esteiras, uma
pá-carregadeira, um caminhão-pipa e um basculante. Para a coleta foram disponibilizados nove
caminhões.

A água utilizada na operação é proveniente de uma cisterna (Cadastro n. 012059/2009) e, para


o consumo humano, a água é adquirida na cidade. O fornecimento de energia é realizado pela
concessionária local (CEMIG), correspondente a 1.596,67kwh/mês. Os efluentes sanitários são
direcionados à fossa séptica. O meio de comunicação utilizado é o sistema de rádio (Nextel),
que permite contato direto com o escritório central da empresa Uberaba Ambiental.

O empreendimento encontra-se no perímetro urbano, nos limites do Eixo de Desenvolvimento


conforme Lei Complementar Municipal n. 374, art. 18, III. A área total do empreendimento é
45ha, com capacidade volumétrica do maciço estimada em 2.958.527m3. O volume aterrado até
janeiro de 2009 era de aproximadamente 266.381,20m3, com vida útil restante cerca de 16
anos.

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Na área de influência indireta do empreendimento, podem ser encontradas as nascentes de 4


(quatro) córregos: Peroba, Sati, Marimbondo e do Quartel, como identificado na figura abaixo
(da direita para a esquerda, em sentido horário); no entanto estes se encontram a mais de
500m de distância.

FIGURA 1: Localização da área do aterro em relação aos cursos d’água próximos.


FONTE: Google Earth, 2009.

Quanto ao isolamento da área, o aterro sanitário é delimitado por uma cerca que percorre todo
o seu perímetro; cuja função é proteger a área contra a entrada de pessoas e animais
indesejados. Paralelamente ao cercamento, realizou-se plantio de sansão-do-campo para
formação de uma cerca viva, conferindo isolamento visual; no entanto, em muitos trechos há
necessidade de replantio, principalmente na porção frontal à Av. Filomena Cartafina.

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FIGURA 2: Cercamento da área e plantio de sansão-do- FIGURA 3: Falhas na cerca-viva do Aterro Sanitário
campo formando cerca-viva. de Uberaba.
FONTE: RADA Aterro Sanitário de Uberaba, 2008. FONTE: RADA Aterro Sanitário de Uberaba, 2008.

3. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ATUAIS

O aterro sanitário em operação constitui-se de parte da 1ª plataforma do maciço, com


capacidade volumétrica de 610.000m3 e vida útil estimada em 6 anos, considerando a elevação
das plataformas prevista no projeto executivo.

Na entrada da área do aterro encontra-se uma balança rodoviária que controla todo o volume
de lixo a ser descarregado dentro do empreendimento. Na frente de serviço, onde os
caminhões descarregam os resíduos, começa o trabalho com o trator de esteiras visando a
compactação e a conformação de uma célula de cinco metros. Após compactação e altura
ideal, o lixo é coberto com uma camada de terra, repetindo o procedimento até que preencha
toda a plataforma. Os taludes com inclinação de 1:3, são gramados e a área é reservada para
descanso, enquanto que nova plataforma será construída em cima desta.

A base impermeabilizante da 1ª plataforma consiste em quatro camadas de argila compactada


com espessura de 20cm cada e coeficiente de permeabilidade da ordem de 1x10-7cm/s. Para
proteção da impermeabilização da base e dos taludes da plataforma foi aplicado material
asfáltico CM-30 sobre a camada de argila.

O sistema de aterramento diário é executado pelo método de rampa, utilizando-se trator de


esteiras com peso operacional mínimo de 15 toneladas. Os resíduos, após serem
descarregados na frente de serviço, são compactados na face do talude (1:3 = V:H) em sentido
ascendente, de modo que o trator execute entre 4 e 6 passadas. Ressalta-se que o objetivo
deste método é que os resíduos atinjam uma densidade aproximada de 700kg/m3. Ao final de
cada dia, realiza-se a cobertura diária dos resíduos com uma camada de solo de 15cm.

O sistema de drenagem de percolado da 1ª plataforma foi implantado sobre a camada


impermeabilizante e é formado por duas redes paralelas no formato de espinha de peixe,
constituídas por um dreno principal com seção geométrica retangular com largura de 60cm e

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profundidade de 50cm, preenchido com brita n°4 e tu bo coletor perfurado de polietileno com
diâmetro de 2”, além de drenos secundários, sem tubo coletor. As redes estão interligadas por
caixas de passagem que direcionam o chorume para o sistema de tratamento.

O sistema de tratamento de chorume adotado constitui-se de duas lagoas anaeróbias em


série, uma lagoa facultativa, uma lagoa com leito de plantas macrófitas e uma lagoa de
maturação. Após passar pelo sistema de tratamento o chorume será encaminhado para a ETE
Francisco Veludo do rio Uberaba. Consta nos autos o Ofício n. 328/2009 referente à anuência
do CODAU – Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba para
recebimento do chorume pós-tratamento.

O sistema de drenagem pluvial previsto para o maciço de resíduos deverá ser implantado de
forma progressiva, de acordo com a evolução física do aterro; no entanto, alguns dispositivos
de drenagem fazem-se necessários para garantir o bom funcionamento do aterro, a saber:
canaletas de concreto, caixas de passagem, bacias de amortecimento e infiltração. A drenagem
de águas pluviais deverá, portanto, ser executada vertical e horizontalmente, com drenos
horizontais acompanhando o pé de talude e os verticais acompanham a descida do próprio
talude; estando interligados com os da plataforma abaixo por caixas de passagem.

Para a drenagem do biogás construíram-se drenos verticais em brita, interligados na base aos
drenos horizontais de percolado. Foram utilizados tubos de concreto perfurados com diâmetro
de 60cm; estes serão construídos progressivamente com o avanço das camadas de lixo. Após
conclusão de cada plataforma, deverão ser instalados nas extremidades do sistema de
drenagem gases os queimadores de biogás.

Na Licença de Operação foi aprovada a disposição de Resíduos do Serviço de Saúde em


valas sépticas construídas na área do aterro; no entanto, estas se encontram desativadas em
função do atual tratamento dado a estes resíduos. A Prefeitura Municipal de Uberaba promoveu
processo licitatório, por meio da Concorrência n° 0 15/2006, quando firmou Contrato n°
205/2006 com a empresa SANURBAN que, por sua vez, cedeu o serviço de tratamento destes
resíduos à STERLIX Ambiental, a qual realiza a autoclavagem. Ressalta-se que devem ser
obedecidos os procedimentos estabelecidos pelas Resoluções CONAMA 358/2005 e ANVISA
RDC 306/2004.

Quanto aos Resíduos Perigosos (Classe I), assim definidos pela ABNT NBR 10.004/04, fica
expressamente proibida sua disposição no aterro sanitário; sendo de responsabilidade do
gerador a destinação ambientalmente adequada destes resíduos.

Em cumprimento à Resolução CONAMA 258/1999, o Centro de Controle de Zoonoses de


Uberaba, através do programa de combate à dengue, é responsável pela coleta,
armazenamento temporário e encaminhamento dos pneus inservíveis para a ANIP – Agência
Nacional das Indústrias de Pneumáticos. De acordo com o RADA, Uberaba possui 292
geradores (revendedores, distribuidores, borracharias) cadastrados, nos quais é realizada a
coleta dos pneus conforme demanda. O sistema de coleta é composto por 03 caminhões, 09
coletores e 03 motoristas. Os pneus inservíveis são direcionados ao Ecoponto localizado à
Avenida Francisco Podyboi, n. 2057, no Distrito Industrial, onde permanecem armazenados até
serem recolhidos pela ANIP. Alguns municípios da região que não possuem Ecoponto para tal
finalidade também encaminham pneus inservíveis para esta área em Uberaba, formando um
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consórcio entre municípios vizinhos para a destinação ambientalmente adequada destes


resíduos.

Outra preocupação da equipe de análise é a destinação dos Resíduos da Construção Civil


que, costumeiramente, são dispostos nas vias marginais de estradas e rodovias, em terrenos
baldios, em voçorocas, provocando danos ao ambiente e à saúde humana. Em Uberaba, por
incentivo do Ministério Público, foi instituído o grupo de trabalho para criar e implementar o
Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, conforme Decreto
Municipal n. 364/2009. Consta nos autos um projeto sucinto acerca das propostas de gestão
destes resíduos e a minuta de um projeto de lei. Será condicionada a apresentação de
relatórios anuais de acompanhamento da implantação do referido programa no município.

Diariamente são realizados serviços de manutenção do aterro, a saber:

- limpeza das vias de acesso: objetiva manter as vias de acesso do aterro limpas. Catação
manual, varrição e limpeza, muitas vezes com o auxílio do caminhão pipa são realizadas
diariamente;

- compactação e cobertura do lixo domiciliar: a compactação tem como intuito a redução


volumétrica do lixo, visando um aproveitamento maior do espaço e aumentando a vida útil do
aterro. Já a cobertura com material inerte evita a emanação de odores desagradáveis e a
atração de vetores;

- limpeza da praça: objetiva a limpeza da área de descarga dos resíduos na frente de serviço
pelos caminhões coletores e é feita diariamente. É realizada através de rastelagem, limpeza
com o trator de esteira e através da utilização de entulho para melhoria do acesso;

- limpeza das canaletas de drenagem pluvial: essa limpeza permite constatar visualmente
possíveis vazamentos de chorume, daí a necessidade de mantê-las sempre limpas. Esta ação é
executada com o auxílio de pás, vassouras e enxadas diariamente, e, às vezes, com o auxílio
do caminhão-pipa;

- limpeza dos taludes: diariamente dois funcionários fazem catação nos taludes a fim de
recolher materiais arrastados pelos ventos e que não foram retidos na tela protetora.
Manualmente os resíduos são catados e colocados em sacos plásticos para retornarem à área
de aterro. O acerto dos taludes após a cobertura realizada pelo trator de esteira também é feito
manualmente com o auxílio de enxadas;

- manutenção das lagoas de tratamento de chorume: a manutenção das lagoas de


tratamento é feita através da limpeza do entorno, limpeza das caixas de passagem, retirada de
lodos ativos, apara da grama e limpeza das lagoas ainda não preenchidas;

- manutenção dos queimadores: duas vezes ao dia (manhã, tarde) funcionários acompanham
os queimadores de biogás a fim de manter todos acesos;

- manutenção da área administrativa: eventualmente também surgem necessidades como


reposição de lâmpadas, telhas, torneiras; para isto, há na unidade do aterro um pedreiro que
atende estas demandas.
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Não foram verificados focos erosivos na unidade de aterragem; no entanto os taludes precisam
ser revegetados com gramíneas de modo a evitar contato direto com água das chuvas.
Também deverão ser instalados os mecanismos de drenagem de águas pluviais.

As áreas de empréstimo e bota-fora estão no interior da própria área do aterro.

4. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS

Conforme descrito no RADA, a Prefeitura Municipal de Uberaba vem substituindo


paulatinamente o atual sistema de limpeza pública por um sistema de gestão integrada de
resíduos sólidos. Busca-se, entre outras coisas, conhecer melhor os resíduos gerados no
município e suas fontes produtoras, assim como também destiná-los adequadamente,
incentivando a implantação da Coleta Seletiva.

Uma das ações da Prefeitura foi se inteirar das práticas que já ocorriam no município e dentre
elas a que mais chamou a atenção foi a de coleta exercida por catadores autônomos pelos
logradouros públicos e em parceria com a comunidade.

De acordo com os dados fornecidos pelo RADA, em Uberaba há duas organizações que
desenvolvem um trabalho de coleta porta-a-porta de resíduos recicláveis em alguns bairros do
município: a COOPERU (Associação de Catadores) e o Projeto Cáritas (Grupo Espírita Cáritas).

FIGURAS 4, 5: Coleta porta-a-porta realizada pelo Projeto Cáritas.


FONTE: RADA Aterro Sanitário de Uberaba, 2008.

Também foram citados alguns projetos desenvolvidos no município, a saber:

- Projeto Coleta Seletiva nos Bairros - “Bags Reciclados”

- Projeto Coleta Seletiva para a Área Rural

- Projeto de Educação Ambiental em parceria com o Projeto Água Viva/CODAU

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- Projeto Coleta Seletiva Mercado Municipal

- Treinamento da Coleta Seletiva para Agentes de Saúde da Zoonoses

- Projeto Ecologizando

Será solicitado à Prefeitura Municipal de Uberaba a apresentação de um programa detalhado


do gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos, contemplando e detalhando os
projetos acima apontados. Também deverá ser detalhada a atual situação da COOPERU e do
Projeto Cáritas e as ações futuras previstas para a melhoria da Coleta Seletiva no município.

5. MONITORAMENTO DA QUALIDADE AMBIENTAL

5.1. Qualidade da água

A gestão responsável pelo Aterro Sanitário de Uberaba realiza o monitoramento das águas
superficiais e subterrâneas existentes no entorno do empreendimento.

- Águas superficiais:

Córrego Marimbondo – nascente (ponto 1) e curso d’água (ponto 2): todos os parâmetros
analisados – Condutividade, pH, DBO, DQO, Nitrogênio Amoniacal, Escherichia coli, Oxigênio
Dissolvido, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo Total, Fósforo Total, Níquel, Nitrato, Zinco e Óleos
e Graxas – nos anos de 2006 e 2008 apresentaram níveis abaixo do estabelecido pela DN
COPAM-CERH 01/2008 para águas doces classe 2. O córrego do Quartel não foi monitorado.

- Águas subterrâneas:

Os dados de qualidade do lençol freático apresentados neste RADA são provenientes de


amostragens realizadas nos períodos de 2007 e 2008 (uma amostragem/ano) e avaliaram a
concentração de cádmio, chumbo, cobre, cromo total, zinco, cloreto, nitrogênio amoniacal,
condutividade elétrica, nitrato e Escherichia coli.

Este monitoramento apresentou falhas pois, alguns poços encontravam-se secos na época da
coleta. Outro fator importante quanto ao monitoramento realizado, diz respeito à localização do
poço P6 que está locado no limite do aterro desativado.

TABELA 1: CETESB – Valores de Intervenção (VI) para água subterrânea (unidade em mg/L)
Parâmetro Período P1 P2 P3 P4 P5 P6 CETESB
2007 <0,1 61 25 65 55 51
Zinco 5
2008 0,01 0,01 0,02 0,03 Seco Seco
2007 7,90 6,20 6,80 8,20 6,30 46,00
Cloreto -
2008 6,43 2,97 15,34 10,89 Seco Seco
Condutividade 2007 50 85,00 37,00 62,00 66,00 786,00
-
Elétrica 2008 <0,007 80,70 111,40 82,60 Seco Seco
Cádmio 2007 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,005
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2008 0,001 0,001 0,001 0,001 Seco Seco


2007 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10
Cromo Total 0,05
2008 0 0 0,009 0,009 Seco Seco
2007 7,68 6,62 5,68 5,57 6,14 6,35
pH -
2008 6,82 6,42 5,55 5,15 Seco Seco
Nitrogênio 2007 3,00 6,75 5,50 4,75 4,25 41,30
-
Amoniacal 2008 <0,02 <0,02 <0,02 0,02 Seco Seco
2007 0,60 0,90 0,01 0,10 0,40 1,90
Nitrato 10
2008 0,30 0 1,10 0,40 Seco Seco
2007 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
Chumbo 0,01
2008 0,008 0,008 0,008 0,008 Seco Seco
Escherichia 2007 Ausente Ausente Presente Presente Ausente Presente
-
coli 2008 24,0 661,0 46,0 880,0 Seco Seco

A Nota Técnica DIMOG 003/2005 utiliza os parâmetros listados no Relatório de


Estabelecimento de Valores Orientados para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São
Paulo – CETESB, 2001, e Portaria nº. 518 do Ministério da Saúde de 25 de março de 2004 para
avaliar a qualidade do solo e águas subterrâneas.

Em 26 de outubro de 2001, a CETESB publicou a primeira lista de valores orientadores para


Solos e Águas Subterrâneas para o Estado de São Paulo, contemplando 37 substâncias.
Quatro anos depois, em dezembro de 2005, a CETESB publicou no Diário Oficial do Estado, a
nova lista de valores orientadores, agora contemplando 84 substâncias, sendo definidos três
valores orientadores para solo e água subterrânea.

Para avaliação dos parâmetros da tabela anterior, foram observados valores publicados em
2005.

Os valores obtidos para os parâmetros zinco, cádmio, cromo, chumbo e E. coli, medidos nas
amostras coletadas no ano de 2007 excederam os valores padrões das duas normas acima
citadas, sugerindo inclusive, valores necessários para intervenção. No entanto, no ano de 2008,
estes valores se apresentam abaixo dos padrões estabelecidos.

De acordo com a mesma Nota Técnica, os laudos deverão estar acompanhados de ART do
responsável pelas coletas, descrição dos métodos de coleta e análise, e relação das normas
técnicas utilizadas, além de um relatório técnico justificando os desvios e a causa da não
conformidade com as legislações vigentes (Resolução CONAMA 396/2008, Relatório de
Estabelecimento de Valores Orientados para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São
Paulo – CETESB, 2005, e Portaria nº. 518 do Ministério da Saúde de 25 de março de 2004)
além da apresentação de ações a serem adotadas para a solução do problema.

Não houve no RADA nenhuma justificativa técnica quanto as não conformidades observadas no
monitoramento apresentado. Quanto ao parâmetro E. coli, somente os pontos P2 e P4, em suas
amostras coletadas no ano de 2008, excederam os padrões das mesmas normas.

Portanto, a equipe técnica sugere o acompanhamento mais estreito do auto monitoramento das
águas subterrâneas, com periodicidade mensal durante dois anos de monitoramento, levando

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em consideração os parâmetros expressos no Anexo II, em conformidade à Nota Técnica


DIMOG 003/2005.

Diante dos dados disponibilizados no RADA que apontam para a contaminação das águas
subterrâneas, do fato de a atividade de disposição de resíduos ser considerada como fonte
potencial de contaminação, e do histórico do local, anteriormente utilizado para disposição de
resíduos domésticos – aterro controlado –, logo esta área se enquadra como área
potencialmente contaminada, tornando-se fundamental a realização de uma Avaliação
Preliminar da área suspeita de contaminação, conforme seqüência metodológica proposta no
Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB.

Esta avaliação deverá ser sustentada por uma investigação detalhada, baseado em um
levantamento de dados mais específicos e com maiores detalhes da área objeto de
investigação, através de informações disponíveis e de inspeções de campo. O empreendedor
deverá apresentar no prazo máximo de 6 (seis) meses um diagnóstico inicial da área
potencialmente contaminada.

A execução desta etapa possibilitará: levantar informações sobre a área potencialmente


contaminada de modo a subsidiar o desenvolvimento das próximas etapas do gerenciamento
da área contaminada; documentar a existência de evidências ou fatos que levem a suspeitar ou
confirmar a contaminação na área de avaliação; estabelecer o modelo conceitual inicial da área
em avaliação; e verificar a necessidade da adoção de medidas emergenciais nas áreas.

Após a realização de uma avaliação preliminar, forem observadas indicações que induzem a
suspeitar da presença de contaminação, a mesma área objeto da avaliação preliminar será
definida como Área Suspeita de Contaminação. Após apuração dos dados obtidos durante a
etapa de investigação confirmatória que comprovem a contaminação da área, a área poderá ser
classificada como Área Contaminada.

5.2. Emissões Atmosféricas

O empreendedor não realizou os ensaios de qualidade do ar, no entanto prevê a elaboração de


um cronograma de execução para medição dos impactos atmosféricos da atividade e seus
efeitos na qualidade do ar. O empreendedor não apresentou justificativas para a não realização
da referida medição.

Dessa forma, a operação do aterro está condicionada a apresentar no prazo máximo de 90


dias, uma proposta de monitoramento da qualidade do ar conforme previsto, contemplando
medições durante as quatro estações do ano, com início da execução do monitoramento em
janeiro de 2010.

5.3. Ruídos

Outro impacto associado à operação do aterro sanitário é a variável ruído. Consta no RADA
uma única medição no ano de 2008, na área interna do empreendimento. Sendo os pontos
amostrados próximos aos maquinários (trator de esteira, pá carregadeira, caminhão basculante)
em funcionamento e as medições foram acima do permitido (entre 85,6 e 95,8dB(A)). Ressalta-

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se que este fator deve ser alvo de monitoramento por parte da equipe de Segurança do
Trabalho e que, segundo o RADA, adotou-se as seguintes ações de controle: uso obrigatório de
protetor auricular do tipo concha, em período integral; jornada de trabalho não superior a oito
horas diárias; e treinamentos sobre Prevenção de Acidentes de Trabalho para todos os
trabalhadores. Também deverão ser adotadas as medidas propostas no PCMSO – Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional constante nos autos.

Não foram realizadas medições na área externa ao empreendimento para verificar a


compatibilidade com o nível máximo permitido de 70dB(A).

Desta forma, deverá ser entregue à SUPRAM TM/AP, no prazo máximo de 90 dias, o Programa
de Monitoramento de Ruídos (a ser realizado na área interna e externa ao empreendimento).

5.4. Efluentes Líquidos (Chorume)

Conforme consta no RADA, ainda não há geração de chorume tratado ao final do sistema de
tratamento e, em virtude disto, não foi monitorado.

No entanto, durante a vigência desta licença, este efluente deverá ser monitorado conforme
determinado pelo Anexo II.

6. ATENDIMENTO ÀS CONDICIONANTES DA LICENÇA DE OPERAÇÃO

A Licença de Operação possui nove condicionantes, como especificado abaixo:

A serem atendidas 3 meses após a Licença de Operação:

1. Complementar o sistema de drenagem pluvial implantado com os dispositivos


previstos para o pátio de compostagem, vias de acesso, sistema de tratamento de
chorume e demais unidades do empreendimento.

Condicionante parcialmente atendida. Em 27 de dezembro de 2005 foi protocolado na


FEAM, sob n. F087098/2005, o relatório de atendimento às condicionantes; no qual consta que
o sistema de drenagem seria implantado gradativamente. No pátio de compostagem foram
construídas canaletas, bacia de amortização e infiltração. Para as demais áreas, estes
mecanismos seriam instalados na medida em que necessário. No entanto, em vistoria para a
Revalidação da Licença verificou-se que o sistema de drenagem está parcialmente implantado
e, em virtude da baixa permeabilidade do solo no local, será condicionado que seja
apresentado um projeto detalhado de drenagem de águas pluviais para toda a área do
empreendimento, especificando os mecanismos a serem adotados e respectivo cronograma de
execução.

2. Concluir a implementação das medidas propostas para a remediação da área do aterro


controlado.

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Condicionante atendida. Na área do aterro controlado houve conformação do terreno,


instalação de drenos de biogás e revegetação da área.

3. Definir o tipo de tratamento a ser utilizado para os resíduos das unidades de saúde, em
consonância com a versão revisada da Resolução CONAMA 283/2001.

Condicionante atendida. Considerando a necessidade de tratamento prévio para alguns


grupos de resíduos do serviço de saúde, a Prefeitura Municipal de Uberaba promoveu processo
licitatório, por meio da Concorrência n° 015/2006, quando firmou Contrato n° 205/2006 com a
empresa SANURBAN que, por sua vez, cedeu o serviço de tratamento destes resíduos à
STERLIX Ambiental, a qual realiza a autoclavagem.

4. Informar os pontos de coleta de amostras nos córregos Marimbondo e Quartel,


propostos para o controle das águas superficiais da área.

Condicionante atendida. A proposta apresentada pela Prefeitura foi: 700m à jusante da


nascente do córrego Marimbondo e, no córrego do Quartel, 200m à jusante do povoado da
Baixa. As análises de monitoramento apresentadas foram, portanto, nestes pontos de coleta.

Para realização do monitoramento constante no Anexo II deste parecer único, ficam alterados
os pontos de amostragem. No córrego Marimbondo o ponto de amostragem deverá ser próximo
à nascente e no córrego do Quartel deverão ser identificados dois pontos, um próximo à
nascente e outro 200m antes do bairro da Baixa.

5. Informar o ponto de lançamento dos efluentes tratados no rio Grande.

Condicionante atendida. O lançamento ocorrerá a jusante (200m) da foz do córrego


Marimbondo.

Diante da inviabilidade de construção de um emissário de efluente do aterro até o rio Grande, a


Prefeitura Municipal de Uberaba definiu pelo descarte do chorume tratado na ETE Francisco
Veludo do rio Uberaba, conforme mencionado anteriormente no corpo deste Parecer.

A serem atendidas durante a vigência da Licença de Operação:

6. Manter em horário integral os equipamentos previstos para operação da unidade, tais


como trator de esteira, pá-carregadeira, caminhão basculante, caminhão-pipa e retro-
escavadeira.

Foi protocolado documento de atendimento às condicionantes informando que estes


equipamentos encontram-se à disposição do aterro em horário integral.

7. Implantar o cinturão verde e o projeto paisagístico conforme as considerações deste


Parecer.

Condicionante parcialmente atendida. Foi informado no documento protocolado junto à


FEAM que foram plantadas mais 1500 mudas nas falhas da cerca-viva.

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No entanto, em vistoria técnica ainda verificou-se falhas na cerca-viva e a cortina arbórea


solicitada não foi implantada.

8. Apresentar os resultados dos ensaios de compactação e permeabilidade realizados na


camada de impermeabilização da base do aterro na ocasião da ampliação da mesma.

Condicionante justificada. Este item será atendido quando da abertura da nova cava de
aterragem (liner).

De fato, a ampliação da cava de aterragem não ocorreu durante a vigência da Licença de


Operação. Constatou-se nas duas vistorias para a Revalidação da Licença o início das obras de
terraplanagem e impermeabilização; portanto esta condicionante será repetida no Anexo I deste
Parecer.

9. Não receber resíduos industriais no maciço do aterro sanitário.

A Uberaba Ambiental, responsável pela operação do aterro sanitário, declarou que não recebe
resíduos industriais. Este item será novamente condicionado no Anexo I deste parecer, visto
que o aterro sanitário somente poderá receber resíduos de natureza domiciliar.

13. CONTROLE PROCESSUAL

O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade


processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos pela legislação
ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da Deliberação Normativa nº
74/2004. Da mesma forma, o local e o tipo de empreendimento estão de acordo com as
normas, leis e regulamentos municipais.

14. CONCLUSÃO

A equipe interdisciplinar de análise deste processo, sob o ponto de vista técnico e jurídico,
considera que a operação do Aterro Sanitário além de proporcionar uma alternativa segura à
disposição dos resíduos sólidos sem riscos elevados de contaminação dos bens naturais, traz
benefícios à população de Uberaba, pois habilita ao município o recebimento da parcela do
ICMS referente ao sub-critério de Saneamento Ambiental, conforme estabelecido na Lei nº
13.803 de 2000.

De acordo com a análise técnica e jurídica, esta equipe opina pelo deferimento da concessão
da Revalidação da Licença de Operação, com prazo de validade de 06 (seis) anos para Aterro
Sanitário da Prefeitura Municipal de Uberaba, desde que sejam atendidas as medidas
mitigadoras de impactos ambientais descritas no RADA apresentado, aliadas às condicionantes
listadas no Anexo Único, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de
Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

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Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção
pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis.

Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga,
deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento.

Opina-se que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental.

Data: 12/08/2009
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura
Amara Borges Amaral 598.804-3
Luciene Oliveira de Paula 1.198.226-1
Evandro de Abreu Fernandes Júnior 1.155.586-9
Adrian Franco Silva 1.197.554-7
Dayane Ap. Pereira de Paula 1.217.642-6
Kamila Borges Alves 1.151.726-9
Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Técnico 1.191.774-7

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ANEXO I

Processo COPAM Nº: 00079/1989/016/2009 Classe/Porte: 5/G


Empreendimento: PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERÂBA
Aterro Sanitário de Uberaba
CNPJ: 18.428.839/0001-90
Atividades: E-03-07-7: Tratamento e/ou disposição final de resíduos sólidos urbanos
Endereço: Av. Filomena Cartafina km17 – Baixa
Localização: Latitude: 19º55’18,4” Sul e Longitude: 47º55’25,8” Oeste
Município: Uberaba-MG
Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 6 anos
ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*
Apresentar relatórios técnicos conclusivos acerca do
1 monitoramento geotécnico. Anexar ART do profissional. Anualmente
Apresentar os resultados dos ensaios de compactação e
2 permeabilidade realizados na camada de impermeabilização da 60 dias
base e face interna dos taludes na área de ampliação do maciço,
(nova cava, segundo liner).
Apresentar relatório de acompanhamento da implantação do
3 Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Anualmente
Construção Civil; da destinação de Resíduos do Serviço de
Saúde e Pneumáticos Inservíveis.
Realizar o plantio de sansão-do-campo onde há falhas na cerca-
4 viva. Implantar cortina arbórea nos limites do aterro que 120 dias
confrontam com a Av. Filomena Cartafina e com a estrada da
Baixa.
5 Realizar o plantio de gramíneas nos taludes do maciço e no 120 dias
entorno das lagoas de tratamento de chorume.
Apresentar um detalhamento do Programa de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, contemplando os
projetos abaixo citados.
 Projeto Coleta Seletiva nos Bairros – “Bags Reciclados”
 Projeto Coleta Seletiva para a Área Rural
 Projeto de Educação Ambiental em parceria com o Projeto
6 Água Viva/CODAU 180 dias
 Projeto Coleta Seletiva Mercado Municipal
 Treinamento da Coleta Seletiva para Agentes de Saúde
da Zoonoses
 Projeto Ecologizando

Obs.: Apresentar relatório de resultados dos projetos já executados e


cronograma de execução para aqueles que ainda serão implantados.
Detalhar a atual situação da COOPERU e do Projeto Cáritas e as
7 12 meses
ações futuras previstas para a melhoria e ampliação da Coleta
Seletiva no município.
Apresentar uma proposta de monitoramento da qualidade do ar
8 conforme previsto, contemplando medições durante as quatro 90 dias
estações do ano, com início da execução do monitoramento em
janeiro de 2010.
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Apresentar uma proposta para o Programa de Monitoramento de


9 90 dias
Ruídos (a ser realizado na área interna e externa ao
empreendimento). Anexar cronograma de execução.
10 Apresentar uma proposta para coleta de resíduos domiciliares na 12 meses
zona rural do município.
11 Desenvolver um Programa de Educação Ambiental junto à 12 meses
população, em sincronia ao Programa de Coleta Seletiva.
Apresentar relatório técnico que comprove o monitoramento de
sua frota de veículos e caminhões movidos a óleo diesel.
12 Anualmente
Obs.: Este monitoramento deve estar de acordo com a Portaria IBAMA n.
85/96 que estabelece o Programa Interno de Autofiscalização da Correta
Manutenção de Frota de veículos movidos a Diesel quanto à emissão de
Fumaça Preta, este deverá sofrer adequações.
Apresentar Estudo de Percepção a ser realizado com a população
13 de entorno, em especial do bairro da Baixa, quanto aos 12 meses
benefícios, problemas e dificuldades relacionadas à implantação e
operação do Aterro.
Apresentar relatório acerca da instituição do Parque São
14 Cristóvão. Identificar quais ações/projetos serão desenvolvidos 6 meses
para a efetivação do parque linear, com respectivo cronograma de
execução.
Apresentar um projeto detalhado de drenagem de águas pluviais
15 para toda a área do empreendimento, especificando os 90 dias
mecanismos a serem adotados e respectivo cronograma de
execução.
Apresentar projeto de impermeabilização das lagoas do sistema
16 90 dias
de tratamento de chorume, com respectivo cronograma de
execução.
Apresentar diagnóstico da área potencialmente contaminada –
Avaliação Preliminar da área suspeita de contaminação –
17
conforme seqüência metodológica proposta no Manual de 12 meses
Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB (em
observância ao disposto no item 5.1 deste Parecer Único).
18 Apresentar Plano de Segurança do Aterro, em conformidade à
ABNT NBR 13.896/1997. 6 meses
Apresentar cópia das atualizações do Programa de Controle
19 Durante a
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. vigência da LO
20 Apresentar o Registro do Imóvel atualizado. 12 meses
Durante a
21 Não receber resíduos industriais no Aterro Sanitário.
vigência da LO
Relatar a SUPRAM-TM/AP todos os fatos ocorridos na unidade
22 Durante a
do Aterro que causem impacto ambiental negativo, imediatamente
após sua constatação. vigência da LO
Durante a
23 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme Anexo II.
vigência da LO
* Prazo contado do recebimento do certificado de licença ambiental.

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Observação: Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM nº 13/1995, o


empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação em periódico local ou regional de grande
circulação da concessão da presente licença.

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ANEXO II
PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO AMBIENTAL

1. Monitoramento de chorume (bruto e após saída do sistema de tratamento do Aterro)

Parâmetro Frequência
Cádmio total – mg/L Trimestral
Chumbo total – mg/L Trimestral
Cobre dissolvido – mg/L Trimestral
Condutividade elétrica - µS/cm Bimestral
Cromo total – mg/L Trimestral
DBO* – mg/L Bimestral
DQO *– mg/L Bimestral
E. coli – NMP Bimestral
Fósforo total – mg/L Trimestral
Níquel total – mg/L Trimestral
Nitrogênio amoniacal total – mg/L Trimestral
Nitratos – mg/L Trimestral
pH Bimestral
Sólidos sedimentáveis * - mg/L Bimestral
Substâncias tensoativas – mg/L Trimestral
Zinco total – mg/L Trimestral
Cloretos – mg/L Trimestral
Teste de toxicidade aguda Anual

* Parâmetros que devem ser monitorados tanto no efluente bruto quanto após saída do sistema
de tratamento do Aterro.

2. Monitoramento de água subterrânea (piezômetros)

Parâmetro Freqüência
Cádmio total – mg/L Mensal
Chumbo total – mg/L Mensal
Cobre dissolvido – mg/L Mensal
Condutividade elétrica - µS/cm Mensal
Cloretos – mg/L Mensal
Cromo total – mg/L Mensal
E. coli – NMP Mensal
Nitratos – mg/L Mensal
Nitrogênio amoniacal total – mg/L Mensal
Nível de água Mensal
pH Mensal
Zinco total – mg/L Mensal

* Conforme descrito no item 5.1., o monitoramento de águas subterrâneas deverá ser realizado
mensalmente, durante os dois primeiros anos de vigência da licença, quando deverá ser
apresentado um relatório conclusivo e, em anexo, todas as análises realizadas. Após análise
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deste relatório o órgão poderá alterar a freqüência de amostragem e/ou solicitar ações a serem
adotadas para a solução do problema (caso seja comprovada alguma não-conformidade). Na
ausência de manifestação do órgão ambiental, o monitoramento deverá ser continuado com
amostragens semestrais.

3. Monitoramento de água superficial (córregos Marimbondo e do Quartel)

Parâmetro Freqüência
Cádmio total – mg/L Anual
Chumbo total – mg/L Anual
Cobre dissolvido – mg/L Anual
Condutividade elétrica - µS/cm Anual
Cromo total – mg/L Anual
DBO – mg/L Anual
DQO – mg/L Anual
E. coli – NMP Anual
Fósforo total – mg/L Anual
Níquel total – mg/L Anual
Nitratos – mg/L Anual
Nitrogênio amoniacal total – mg/L Anual
Óleos e graxas Anual
Oxigênio dissolvido – mg/L Anual
pH Anual
Substâncias tensoativas – mg/L Anual
Zinco total – mg/L Anual
Clorofila a - µg/L Anual
Densidade de Cianobactérias – cel/mL ou mm³/L Anual

Relatórios: Enviar ANUALMENTE à SUPRAM TM/AP, a partir da concessão da licença, os


resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional
e a assinatura do responsável técnico pelas análises.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard


Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição.

OBS.: Caso os resultados do monitoramento conduzido pelo empreendedor indiquem que o


aterro é operado, continuamente, de maneira satisfatória, o programa de monitoramento pode
ter a freqüência revista. Quando qualquer parâmetro monitorado apresentar resultado em
desconformidade com a legislação ambiental, o empreendedor deverá encaminhar a SUPRAM-
TM/AP um laudo técnico indicando a causa da não conformidade e as ações adotadas para a
solução do problema. Em caso de suspeita ou verificação de comprometimento ambiental
resultante da operação inadequada do aterro, poderá ser solicitado ao empreendedor o
aumento da freqüência e a inclusão de outros parâmetros de monitoramento.

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