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A batalha pela sua mente


Rick Warren

U ma batalha violenta está sendo travada ao nosso redor 24 horas


por dia.
Em 1965, Donald Grey Barnhouse escreveu um livro sobre isso, cha-
mado The Invisible War [A guerra invisível]. É a batalha pela sua mente,
e essa batalha é feroz. É intensa. É implacável e injusta porque Satanás
nunca joga de acordo com as regras. Essa batalha é muito intensa pela
seguinte razão: a mente é o bem mais valioso.

Destruir as fortalezas
Eu vi o rosto da doença mental. Vi o que acontece quando as pessoas
são incapazes de ouvir a voz de Deus, porque têm a mente danificada e
não podem entrar em contato com Deus, mesmo quando desejam esse
contato. E sei que o que conquista sua mente também conquista você.
Portanto, uma das coisas mais importantes que precisamos aprender e
ensinar aos outros é como proteger, fortalecer e renovar a mente, porque
a batalha do pecado sempre começa na mente.
Há muitas passagens nas Escrituras que poderíamos estudar neste ca-
pítulo, mas quero evidenciar apenas uma: 2Coríntios 10.3-5:

... embora andando na carne, não militamos segundo a carne


[em outras palavras, não lutamos com armaduras, não lutamos
com política, não lutamos com dinheiro, não lutamos com todas
as formas humanísticas]. Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulan-
do nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento
de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.

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Aqui, o apóstolo Paulo diz que a nossa missão nessa batalha é “destruir
as fortalezas”. Você sabe o que é uma fortaleza? É um bloqueio mental.
Paulo está falando sobre pretensões, argumentos criados contra o conhe-
cimento de Deus. Essa é uma batalha mental. E ele diz: “destrua essas
fortalezas”. Uma fortaleza pode ser uma destas duas coisas:

3 Pode ser uma visão do mundo, como o materialismo, o hedonis-


mo, o darwinismo, o secularismo, o relativismo, o comunismo, o
ateísmo. Todos os diferentes “ismos” são fortalezas mentais, que as
pessoas constroem contra o conhecimento de Deus.
3 Uma atitude pessoal também pode ser uma fortaleza. A preocupa-
ção pode ser uma fortaleza. A dependência da aprovação de outros
pode ser uma fortaleza. Qualquer coisa que você transforme em
ídolo na sua vida pode ser uma fortaleza – medo, culpa, ressenti-
mento, insegurança.

Todas essas coisas podem ser fortalezas em sua mente. E a Bíblia diz
que devemos destruí-las.

Levar cativo todo pensamento


Agora, dê uma olhada na última frase da passagem: “levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo”. Levar cativo todo pensamento.
A palavra grega usada aqui é aichmalōtizō, que significa controlar, con-
quistar, levar algo a se submeter. Nós o levamos cativo. Fazemos com que
se renda. Todo pensamento à obediência de Cristo. Levamos o pensamen-
to à obediência. Hypakoē significa levar à submissão, assumir o controle.
Mas como fazemos isso? E como você pode ensinar outros a fazerem
isso? E como faço para que a minha mente se importe com isso? Percebi
que a minha mente nem sempre se importa. Muitas vezes, ela é desobe-
diente. Muitas vezes, é muito rebelde. Ela quer seguir em outra direção.
Quando quero pensar de certo modo, ela quer seguir outro caminho.
Quando preciso pensar, ela quer vagar. Quando preciso orar, meus pensa-
mentos se deixam levar. Paulo fala sobre isso em Romanos 7: “Não faço o
bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. (…) Desventurado
homem que sou!” (v. 19,24). O fato é que a razão pela qual temos tantos
cristãos ineficientes hoje é que eles não sabem como travar a batalha da
mente. Culpo pastores como eu por isso. Precisamos investir mais tempo
para ensinar nosso povo a travar a batalha da mente.

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Quatro princípios para vencer a batalha pela sua mente


Venho analisando esse assunto há 33 anos. Realizei minha primeira
pesquisa sobre a mente em 1977 e, para isso, estudei todos os livros da
Bíblia. Creio que poderia lecionar sobre esse tema durante uma semana
inteira. Há muito material sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre o fortale-
cimento da mente, sobre a renovação da mente, sobre a entrega da mente
e sobre levar cativos os nossos pensamentos. Existem pelo menos cem
princípios na Palavra de Deus que dizem respeito ao que devemos fazer
com a nossa mente. Como eu disse antes, a mente é nosso maior bem.
Neste capítulo quero fornecer quatro princípios simples – quatro dos
muitos, muitos princípios que tentei ensinar às pessoas ao longo dos anos
– para uma vida à semelhança de Cristo e eficiente no serviço a ele.

1. Não acredite em tudo o que você pensa


Quando pensamos algo, achamos que esse pensamento deve ser verda-
deiro, porque ele vem de dentro de nós. No entanto, o simples fato de você
pensar algo não o torna verdadeiro. Como disse no início deste capítulo,
vi o rosto da doença mental. Muitos estímulos diferentes podem penetrar
a mente. O mundo sugere coisas à nossa mente que são falsas, e somos
bombardeados com essas ideias falsas o tempo todo. E, é claro, Satanás
faz sugestões o tempo todo. Mas o seu problema é bem mais sério do que
Satanás. Todo mundo tem uma doença mental. Todos nós somos doentes
mentais. A doença mental se chama pecado. A Bíblia emprega pelo menos
uma dúzia de expressões diferentes para a condição da nossa mente sob a
influência do pecado. A mente de cada um de nós é:

3 confusa (Dt 28.20)


3 ansiosa, encoberta (Jó 17.3-4)
3 má, inquieta (Ec 2.21-23)
3 precipitada, iludida (Lv 5.43; Is 32.4)

A Bíblia fala de uma:


3 mente perturbada (2Rs 6.11)
3 mente pervertida (1Tm 6.5)
3 mente pecaminosa (Rm 8.7)
3 mente embotada (2Co 3.14)
3 mente cega (2Co 4.4)
3 mente corrompida (2Tm 3.8)

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Nossa mente danificada


Nossa mente está danificada pelo pecado. Isso significa que nem nós
mesmos podemos confiar no que pensamos. Jeremias 17.9 diz: “Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;
quem o conhecerá?”. Temos uma capacidade incrível de mentir para nós
mesmos. Você faz isso o tempo todo. Eu também. Mentimos. Convencemos
a nós mesmos de que as coisas não estão tão ruins, quanto realmente estão.
Convencemos a nós mesmos de que as coisas estão melhores do que real-
mente estão. Convencemos a nós mesmos de que estamos indo bem, quan-
do, na verdade, não estamos indo bem. Convencemos a nós mesmos de que
não se trata de um problema sério, quando, de fato, o problema é sério. Na
verdade, a Bíblia nos diz que você não é confiável para falar a verdade para si
mesmo. É por isso que você precisa questionar seus próprios pensamentos e
ensinar aos outros a não acreditarem em tudo o que pensam.
O simples fato de um pensamento passar pela sua mente não significa
que ele esteja certo. Essa é a razão pela qual temos tantos líderes cristãos
fracassados, porque todo pecado começa com uma mentira. A Bíblia diz
que Satanás é o “pai da mentira” (Jo 8.44). E se ele consegue levar você a
acreditar numa mentira, ele consegue fazer com que você peque. Toda vez
que você peca, está pensando que sabe mais do que Deus. Deus disse isso,
mas quanto àquilo? Por isso, você precisa questionar o que pensa. 1João
1.8 diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos
enganamos, e a verdade não está em nós”. Enganamos a nós mesmos o
tempo todo.

Precondicionados ao equívoco
Tenho percebido que a nova geração estima a autenticidade. Gostaria
de perguntar: Quando a falta de autenticidade esteve na moda? A auten-
ticidade sempre foi uma qualidade atraente. Porém, muitos daqueles que
orgulhosamente proclamam sua autenticidade nem sabem o que isso sig-
nifica. Você não é autêntico até conseguir admitir publicamente o quão
inautêntico é na maioria das vezes. A autenticidade começa quando você
começa a admitir que é inautêntico.
Todos nós temos pontos cegos. Alguns de nós temos concepções clara-
mente incorretas, mas todos nós temos áreas de discernimento que estão
obliteradas. Nem sempre conseguimos ser sinceros conosco, porque não
paramos para pensar de verdade. Frequentemente, fazemos julgamentos
precipitados. Detalhes importantes passam despercebidos. Por causa das
nossas experiências no passado, todos somos mais preconceituosos do que

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admitimos. Tiramos conclusões precipitadas, e a Bíblia fala sobre isso em


Romanos 2. Prendemo-nos a classificações – Você é isso ou aquilo? – mas
quem disse que existem apenas duas ou três categorias? Não conseguimos
ter uma visão total.
Você não precisa acreditar em tudo o que pensa, e a razão é simples:
nós vemos o que queremos ver. Leio tudo que posso sobre o cérebro, e
uma das coisas que acabo de aprender é que o nervo óptico, o único nervo
com ligação direta com o cérebro, na verdade transmite mais impulsos
do cérebro para o olho do que vice-versa. Isto significa que seu cérebro
determina o que o olho vê. Você já está precondicionado. É por isso que,
se quatro pessoas presenciarem um acidente, cada uma vai relatar algo
diferente. Precisamos nos lembrar, e ensinar aos outros, que não devemos
acreditar em tudo o que pensamos.

2. Proteja sua mente do lixo


A segunda coisa que você precisa aprender nessa batalha pela mente é
proteger sua mente do lixo. O velho clichê do início da era do computador
– GIGO, garbage in/garbage out (lixo entra/lixo sai) ainda é válido hoje.
Se você alimentar o computador com dados de péssima qualidade, o re-
sultado também será ruim. Se você alimentar sua mente com lixo mental,
ela jogará lixo na sua vida. Provérbios 15.14 – “O coração sábio procura
o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia” – é
um bom versículo para anotar num papel e colar na televisão. E lembre-se
dele na próxima vez que for ao cinema.
Qualquer nutricionista lhe dirá que existem três tipos de alimentos.
Existe comida para o cérebro que o deixa mais inteligente (alimento que
realmente aumenta sua inteligência). Existe a junk food, ela tem apenas
calorias – não é veneno, mas não contém nada mais do que calorias. Por
último, há alimentos tóxicos, ou seja, venenosos.
O mesmo vale para o que você vê, ouve e permite que entre na sua
mente. Alguns alimentos nutrem o cérebro. Eles aumentam sua inteligên-
cia, sua santidade e sua maturidade emocional. Há também o junk food.
Existe muita coisa com que você pode entupir sua mente, que, na verdade,
é apenas recheio. Não é bom nem ruim, como diz 1Coríntios 6.12: é lícito,
mas não convém. Em outras palavras, algumas coisas não são necessaria-
mente erradas, mas também não são indispensáveis. A Bíblia nos diz que
devemos alimentar nossa mente com as coisas certas. Se você quiser ser
saudável e “bem-sucedido” na vida cristã e no serviço aos outros, volte a
atenção da sua mente para as coisas certas.

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