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Os 5 Artigos do Arminianismo – 1610

Introdução

O documento foi escrito pelo grupo dos remonstrantes, em 1610. O seu título holandês é
De Remonstrantie en het Remonstrantisme [O protesto do protestantismo] e o latim trás
Articuli Arminiani sive Remonstrantia [Os artigos arminianos com protesto]. Deve-se
ter o cuidado de discernir que o termo “protestante” não é usado em seu significado
comum. Diferente de como historicamente o termo “protestante” é usado, ou seja, uma
reação contra a doutrina da Igreja Católica Romana, o partido arminiano protestava
contra a posição teológica oficial do estado holandês, que era o Calvinismo.

Estou disponibilizando a tradução de Os 5 Artigos do Arminianismo para que


estudantes de teologia tenham acesso ao conteúdo teológico essencial dos
remonstrantes. Estou escrevendo um pequeno livro em que ofereço o contexto histórico
e teológico da controvérsia que deu origem aos Arminianismo, se Deus quiser, pretendo
publicá-lo. Aos que desejam ler a resposta calvinista que o Sínodo de Dort ofereceu aos
remonstrantes acesse aqui.

Segue abaixo o texto dos arminianos traduzido na íntegra.[1]

Artigo 1 – A eleição realizada com base na presciência[2]

Que Deus, pelo propósito eterno e imutável em seu Filho Jesus Cristo, desde antes da
fundação do mundo, Ele determinou a respeito da raça humana pecadora e caída, salvar
em Cristo, pelo amor de Cristo e, através de Cristo, a quem, pela graça do Espírito
Santo, crerão em seu Filho Jesus e perseverarão nesta fé e obediência da fé, por meio
desta graça, até o final; e, por outra parte, deixar aos incorrigíveis e incrédulos no
pecado e sob a ira, condená-los como alienados de Cristo, de acordo com a palavra no
Evangelho de João 3:36: “O que crê no Filho tem a vida eterna; mas, o que se recusa a
crer no Filho não verá a vida, senão que a ira de Deus permanece sobre ele”, e, também
de acordo com outras passagens das Escrituras.

Artigo 2 – A expiação ilimitada

Que, de acordo com isto, Jesus Cristo, o Salvador do mundo, morreu por todos e cada
um dos homens, de modo que, por sua morte na cruz, obteve para todos eles a redenção
e o perdão dos pecados; ainda que, ninguém que não seja crente na realidade desfruta
deste perdão, de acordo com João 3:16: “porque Deus amou o mundo de tal maneira,
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha vida
eterna.” E, em 1 João 2:2: “e, é a propiciação por nossos pecados; e, não somente pelos
nossos, mas também pelos do mundo todo.”
Artigo 3 – A incapacidade natural

Que o homem não tem a graça salvadora por si mesmo, nem pela energia do seu livre
arbítrio, no entanto, como ele, em estado de apostasia e pecado, não é capaz dele e por
ele mesmo pensar, desejar, nem mesmo fazer coisa alguma que seja realmente boa (tal
como eminentemente é a fé salvadora); mas, que lhe é necessário nascer de novo de
Deus em Cristo, por meio do Espírito Santo e, renovar o entendimento, inclinação ou
vontade e todos os seus poderes, para que possa entender, pensar, desejar e efetuar
corretamente o que é verdadeiramente bom, de acordo com a Palavra de Cristo em João
15:5: “separados de mim, nada podeis fazer.”

Artigo 4 – A graça preveniente

Que esta graça de Deus é o princípio, continuidade e alcance de todo o bem, até o ponto
em que o homem regenerado, sem a graça preveniente ou assistida, que desperta,
continue e coopere, não pode pensar, desejar, nem fazer o bem e muito menos resistir as
tentações do mal; de modo que, todas as obras e movimentos que se podem conceber
são atribuídas à graça de Deus em Cristo. Mas, acerca do modo de como opera esta
graça, não é irresistível, pois, está escrito acerca de muitos que resistiram ao Espírito
Santo. Atos 7 e, também, em muitos outros lugares.

Artigo 5 – A perseverança condicional

Aqueles que são incorporados em Cristo pela fé verdadeira e com ela se fizeram
partícipes de seu Espírito doador da vida, tem por essa razão pode completo para lutar
contra Satanás, o pecado, o mundo e sua própria carne e, obter a vitória; entende-se bem
que isto é sempre através da graça da assistência do Espírito Santo; e, que Jesus Cristo
sempre os assiste em todas as suas tentações por meio de seu Espírito, estendendo-lhes a
sua mão, e, se estão preparados para o conflito e, desejam o seu auxílio, e não estão
inativos, [Cristo] os guarda de cair, de modo que, nem pela artimanha ou poder de
Satanás, eles não se desviem, nem sejam arrebatados das mãos de Cristo, de acordo com
a sua Palavra em João 10:28: “ninguém as arrebata de minha mão.” Mas, se eles são
capazes por causa de sua negligência de esquecer dos começos de sua vida em Cristo,
de retornar a este presente mundo mal, de apostar-se da sã doutrina que os libertou, de
perder a boa consciência, de cair desprovidos da graça, e isto pode-se determinar mais
particularmente pelas Santas Escrituras, antes do que ensinemos com a persuasão
completa de nossas mentes.

Estes artigos que, afirmam e ensinam, os remonstrantes considerando estar de acordo


com a Palavra de Deus, idôneos para edificar, e apreciando este argumento como
suficiente para a salvação, de modo que, eles não são necessários ou edificante para um
ascensão mais alta, ou mais inferior.
NOTAS:

[1] Para a tradução dos 5 Artigos Arminianos recorri à tradução inglesa de Philip
Schaff, The Creeds of Christendom (Grand Rapids, Baker Books, 2007), vol. 3, pp. 545-
549. Schaff registra em colunas paralelas o texto holandês a partir da primeira edição de
1612, o texto latino da edição de 1616, e numa terceira coluna a sua tradução em inglês.
Também revisei a partir de outra tradução de inglês moderno por Peter Y. De Jong, ed.,
Crisis in the Reformed Churches – Essays in Commemoration of the Great Synod of
Dort 1618-1619 (Granville, Reformed Fellowship, Inc., 2008), pp. 243-245. Homer
Hoeksema oferece uma tradução do holandês em seu livro The voice of our fathers – an
exposition of the Canons of Dordrecht (Grand Rapids, Reformed Free Publishing
Association, 1980), pp. 10-14.

[2] Os títulos de cada artigo não fazem parte do texto original, apenas os acrescentei
para indicar o seu conteúdo.

Tradução, introdução e notas por Ewerton B. Tokashiki

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