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GRUPO DE ESTUDOS

RACIOCÍNIO LÓGICO

OFICIAL
POLÍCIA MILITAR

“Comece onde você está.


Use o que você tiver.
Faça o que você puder”

Valeria Damacena Ferreira – CPF: 155.928.067-01 Página 1


1. LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
Sucessões ou sequências

Uma sucessão ou sequência é uma listagem de elementos ou termos de um conjunto


qualquer que estão dispostos em certa ordem, permitindo-se identificar o primeiro
termo.

Por exemplo:

O conjunto (0, 1, 2, 3, 4, 5,...) é chamado sequencia ou sucessão dos números Naturais.

O conjunto (domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quintafeira, sexta-feira e


sábado) é chamado sucessão ou sequência dos dias da semana.

O conjunto (0, 2, 4, 6, 8, ...) é chamado sucessão ou sequência dos números pares.

Dessa forma, podemos constatar que, várias sucessões, mais especificamente as


sucessões numéricas, obedecem a certa lógica quantitativa.

Observe novamente o último exemplo citado anteriormente: (0, 2, 4, 6, 8, ...) Trata-se


de uma sucessão formada pelos números pares, que podem ser obtidos ao se somar 2,
a cada número, a partir do primeiro: 0 + 2 =2 2 + 2 =4 4 + 2 =6 6 + 2 =8 ... Ou ainda, no
caso acima, podemos sistematizar que cada número da sequência se obtém fazendo 2.
N, onde N é a sequência dos números naturais:

2.0=0

2.1=2

2.2=4

2.3=6

Assim, é possível de se encontrar o próximo número de uma sucessão descobrindo o


padrão que a determina.

2. PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
Os conectivos lógicos compõem parte do conteúdo proposto pela lógica matemática.
Para entender melhor os conceitos relacionados a tal conteúdo, é preciso que você
estudante, saiba inicialmente o que é uma proposição, que por definição é uma
sentença declarativa podendo ser: um termo, uma palavra ou até mesmo um símbolo;
que adota um único valor lógico dentre os dois disponíveis que são verdadeiro ou
falso.

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As proposições lógicas podem ser classificadas em dois tipos:

 Proposição simples - São representadas de forma única.

Ex: O cachorro é um mamífero

 Proposição composta - São formadas por um conjunto de proposições simples, (


duas ou mais proposições simples ligadas por “conectivos lógicos”).

Ex: Brasília é a capital do Brasil ou Lima é a capital do Peru.

Exemplos:

Avalie as seguintes afirmações: “O planeta Júpiter é maior que o planeta Terra” e “O


planeta Terra é maior que a estrela Sol”.

Pensando na definição do que vem a ser um valor lógico, avalie as afirmações e


qualifique-as como sendo verdadeiro (V) ou falso(F).

Solução: Inicialmente devemos nomear cada proposição com uma letra minúscula,
você pode escolher a de sua preferência.

Primeira proposição: “O planeta Júpiter é maior que o planeta Terra” = p


Segunda proposição: “O planeta Terra é maior que a estrela Sol” = q

Valor lógico das proposições:

VL (p) = V
VL (q) = F

Atribuímos o valor lógico de verdadeiro para (p) e de falso para (q), pois em relação ao
sistema solar existem vários estudos científicos que comprovam o valor lógico adotado
para estas proposições.

Princípios das Proposições


É importante ressaltar que toda a lógica está estabelecida sobre alguns princípios, com
as proposições não seria diferente e para elas três princípios podem ocorrer. Confira a
lista a seguir:

 Princípio da identidade: Uma proposição verdadeira é sempre verdadeira, já


uma proposição falsa é sempre falsa.
 Princípio da não Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e falsa
ao mesmo tempo.
 Princípio do terceiro excluído: Uma proposição será verdadeira ou falsa.

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Não se esqueça de que todos estes princípios são validos somente para
sentenças em que é possível atribuir Valor Lógico (VL).
O que é um conectivo e para que servem?

Pode ser uma pergunta que está a envolver a sua mente nesse exato momento, e a
resposta para isso é muito simples, pois conectivos nada mais são do que expressões
utilizadas para unir duas ou mais proposições.

Possuindo um papel muito importante na hora em que iremos avaliar o valor lógico de
uma preposição composta, já que para fazer essa averiguação é necessário:

Primeiro: Verificar o valor lógico das proposições componentes.

Segundo: Verificar o tipo de conectivo que as une.

Símbolos
Falando em conectivos lógicos, quais são eles? Que símbolos utilizam? A seguir iremos
tratar a respeito dos conectivos que podem unir as proposições compostas:

 Conectivo “e”: O conectivo “e” é uma conjunção, sua representação simbólica é


dada pelo símbolo: ∧.
 Conectivo “ou”: O conectivo “ou” é uma disjunção, sua representação simbólica
é dado pelo símbolo: ∨.
 Conectivo “Ou… ou…”: O conectivo “Ou…ou…” é uma disjunção exclusiva, sua
representação simbólica é dada por: ∨.
 Conectivo “Se… então…”: O conectivo “Se… então…” é uma condicional, sua
representação é dado pelo símbolo: →.

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Conjunção
A conjunção é representada pelo conectivo (e), sendo encontrada em proposições
compostas. A conjunção pode assumir o valor de verdade caso ambas as proposições
componentes sejam verdadeiras.

Agora, caso uma das proposições componentes seja falsa a conjunção será toda falsa.
Nos casos em que ambas as proposições componentes são falsas a conjunção também
é falsa.

Verifique o exemplo a seguir para ter um melhor entendimento:

Identifique quais as situações em que a conjunção da proposição composta a seguir é


verdadeira ou falsa: “O sol é quente e Plutão é frio”.

Resposta: Inicialmente para verificar se as proporções são verdadeiras ou falsas


devemos nomeá-las com letra minúscula.

p = O sol é quente
q = Plutão é frio

O instrumento utilizado para a verificação do valor lógico da sentença é a tabela da


verdade. Ao usarmos essa tabela é possível verificar se uma conjunção é verdadeira ou
falsa. Em relação a este exemplo veja em quais casos a conjunção será verdadeira ou
falsa:

Situações Proposição p Proposição q O sol é quente e Plutão é frio


O sol é
…plutão é frio. p∧q
quente…
Primeira V
V V
situação
Segunda
F V F
situação
Terceira
V F F
situação
Quarta
F F F
situação

Primeira situação: Se ambas as proposições p e q são verdadeiras a conjunção (p ∧ q) é


verdadeira.
Segunda situação: A proposição p é falsa, com isso a conjunção (p ∧ q) é falsa.
Terceira situação: A proposição q é falsa, sendo assim a conjunção (p ∧ q) é falsa.
Quarta situação: As proposições p e q são falsas, então a conjunção (p ∧ q) é falsa.

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Em resumo, a conjunção seria verdadeira somente se todas as proposições da
sentença fossem verdadeiras.

Disjunção
A Disjunção é representada pelo conectivo (ou), mas o que é disjunção? Em relação à
lógica, dizemos que a disjunção ocorre toda a vez que temos na sentença a presença
do conectivo ou que separa as proposições componentes. Toda sentença lógica precisa
passar por um processo de validação, podendo ser classificada como verdadeira ou
falsa.

Definir a disjunção é exatamente caracterizá-la como sendo verdadeira ou falsa, sendo


que por definição uma disjunção sempre será verdadeira caso ao menos uma das
proposições componentes da sentença seja verdadeira. Para compreender isso,
acompanhe o exemplo a seguir:

Exemplo: Verifique as possíveis situações em que a disjunção é verdadeira ou falsa: “O


homem habitará Marte ou o homem habitará a Lua”.

Resposta: Iremos inicialmente nomear as proposições.

p = O homem habitará Marte


q = O homem habitará a Lua

Para verificar as situações em que a disjunção é verdadeira ou falsa, devemos construir


a tabela da verdade.

O homem habitará
Situação Proposição p Proposição q Marte ou o homem
habitará a Lua.
O homem habitará …o homem
p∨q
Marte… habitará a Lua.
Primeira situação V V V
Segunda situação F V V
Terceira situação V F V
Quarta situação F F F

Primeira situação: Se ambas as proposições p e q são verdadeiras a disjunção (p∨ q) é


verdadeira.
Segunda situação: A proposição p é falsa, mas a q é verdadeira. Por esse motivo, a
disjunção (p∨ q) é verdadeira.
Terceira situação: A proposição p é verdadeira, mas a q é falsa. Com isso, a disjunção
(p∨ q) é verdadeira.

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Quarta situação: As proposições p e q são falsas. Então, a disjunção (p∨ q) é falsa, pois
para ser verdadeira no mínimo uma das proposições deve ser verdadeira.

Disjunção exclusiva
A disjunção exclusiva é caracterizada pela utilização repetida do conectivo (ou) ao
longo da sentença. Para avaliar se as proposições componentes são verdadeiras,
também utilizamos a tabela da verdade. No caso de proposições compostas em que a
disjunção exclusiva está presente, temos que a sentença será verdadeira caso uma das
componentes seja falsa, mas se todas as componentes forem verdadeiras ou todas
forem falsas então a disjunção exclusiva é falsa. Ou seja, na disjunção exclusiva uma
das situações colocadas pela componente deve ocorrer e a outra não. Veja o exemplo:

Exemplo: Verifique na frase a seguir em quais situações a disjunção exclusiva e


verdadeira ou falsa: “Caso existam voos para fora do sistema solar, ou eu irei para
Vênus ou eu irei para Netuno”.

Resposta: Iremos nomear as proposições compostas.

p = eu irei para Vênus


q = eu irei para Netuno

Para identificar as possibilidades em que a disjunção exclusiva é verdadeira ou falsa


devemos montar a tabela da verdade.

ou eu irei para
Situação Proposição p Proposição q Vênus ou eu irei
para Netuno.
…eu irei para …eu irei para
p∨q
Vênus… Netuno.
Primeira situação V V F
Segunda situação F V V
Terceira situação V F V
Quarta situação F F F

Primeira situação: A proposição p é verdadeira e a proposição q é verdadeira, então a


disjunção condicional (p∨q) é falsa, pois as duas situações propostas pelas proposições
componentes nunca aconteceram juntas.
Segunda situação: A proposição p é falsa e a proposição q é verdadeira, nessa situação
a disjunção condicional (p∨q) é verdadeira, pois houve a ocorrência de apenas uma das
proposições como sendo verdade.
Terceira situação: A proposição p é verdadeira e a q é falsa, então a disjunção
condicional (p∨q) é verdadeira, pois somente uma das proposições é verdadeira.
Quarta situação: A proposição p é falsa e a q também é falsa, então a disjunção

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condicional (p∨q) é falsa, visto que para ser verdadeira apensa uma das proposições
que compõem a sentença deve ser verdadeira.

Condicional
Uma sentença que é uma proposição composta e considerada condicional quando
possui os conectivos (Se… então…). Para determinar se a condicional e verdadeira ou
falsa devemos avaliar as proposições. Sendo que, uma proposição componente
condicional sempre será falsa se a primeira proposição da sentença for verdadeira e a
segunda for falsa. Em todos os demais casos, a condicional será considerada
verdadeira. Veja o exemplo a seguir:

Exemplo: Mostre em quais situações a seguinte frase: “Se nasci no planeta Terra,
então sou terráquea”; possui a sua condicional como sendo verdadeira ou falsa.

Resposta: Vamos nomear as proposições.

p = Nasci no planeta Terra


q = sou terráquea

Obs. Nas proposições do tipo condicional o conectivo se irá determinar a proposição


que será a antecedente, enquanto o conectivo então determinará a proposição que
será a consequente. Neste exemplo temos que p é denominado como antecedente
sendo q denominado consequente.

Para mostrar todas as situações em que a sentença “Se nasci no planeta Terra, então
sou terráquea”; possui a sua condicional verdadeira ou falsa devemos confeccionar a
tabela da verdade.

Se nasci no planeta
Situação Proposição p Proposição q Terra, então sou
terráquea
…Nasci no planeta
…sou terráquea. p→q
Terra…
Primeira situação V V V
Segunda situação F V F
Terceira situação V F V
Quarta situação F F V

Primeira situação: Se p é verdade e q também é verdade então a condicional (p→q) é


verdadeira.
Segunda situação: Se p é falsa e q é verdadeira, então a condicional (p→q) é
verdadeira.
Terceira situação: Se p é verdadeira e q é falsa, então obrigatoriamente a condicional

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(p→q) é falsa, pois um antecedente verdadeiro não pode determinar um consequente
falso.
Quarta situação: Se p é falso e q é falso, então a condicional (p→q) é verdadeira.

Bicondicional
Para que uma sentença simples seja considerada bicondicional ela deve possuir o
conectivo “se e somente se” separando as duas condicionais.

Para que a sentença seja considerada uma bicondicional verdadeira, sua proposição
antecedente e consequente em relação ao conectivo “se e somente se” devem ser
ambos verdadeiros, ou ambos serem falsos. Para averiguar melhor tal situação
acompanhe o exemplo:

Exemplo: Exponha todas as possibilidades em que a bicondicional será verdadeira ou


falsa na seguinte sentença “As estações do ano existem se somente se a Terra realizar
o movimento de translação”.

Resposta: Vamos nomear as proposições que compõem a sentença.

p = As estações do ano existem


q = a Terra realiza o movimento de translação

Iremos agora expor as possibilidades de a bicondicional ser considerada verdadeira ou


falsa por meio da tabela da verdade.

As estações do ano
existem se
somente se a Terra
Situação Proposição p Proposição q
realizar o
movimento de
translação
…a Terra realizar o
As estações do ano
movimento de p↔q
existem…
translação.
Primeira situação V V V
Segunda situação F V F
Terceira situação V F F
Quarta situação F F V

Primeira situação: Se as proposições p e q são verdadeiras, então a bicondicional (p ↔


q) é verdadeira.
Segunda situação: Se a proposição p é falsa e a q é verdadeira, então a bicondicional (p
↔ q) é falsa.

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Terceira situação: Se a proposição p é verdadeira e a proposição q é falsa, então a
bicondicional (p ↔ q) é falsa.
Quarta situação: Se as proposições p e q são falsas, então a bicondicional (p ↔ q) é
verdadeira.

Negação
Estaremos diante de uma negação se a sentença apresentar a partícula nãona
proposição simples. Ao representarmos a negação podemos adotar os símbolos til (~)
ou cantoneira (¬). Para avaliar se uma proposição simples é verdadeira ou falsa,
devemos reescrever a proposição. Caso a proposição já apresente a partícula não (~p),
então devemos negar a proposição negativa, para isso terremos que excluir a partícula
não obtendo somente uma proposição (p), mas caso a partícula não já esteja ausente
da proposição (p), deveremos adicionar a partícula não na proposição (~p).
Acompanhe o exemplo a seguir:

Exemplo 7: Mostre por meio da tabela da verdade as situações em que (p) e (~p) é
verdadeiro ou falso para a seguinte proposição simples: “O planeta Terra é redondo”

p = O planeta Terra é redondo.


~p = O planeta Terra não é redondo

O planeta Terra não é


Situação O planeta Terra é redondo
redondo
p ~p
Primeira Situação V F
Segunda Situação F V

Primeira situação: Seja (p) verdadeiro, então (~p) é falso.


Segunda situação: Seja (p) falso, então (~p) é verdadeiro.

Obs. Nunca será possível que (p) e (~p) sejam simultaneamente verdadeiros ou falsos,
isso porque um é a contradição do outro.

3. VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES


Seguindo adiante no estudo da “linguagem proposicional” em matemática, temos que
ter em mente que só existem dois valores lógicos para uma proposição: A verdade e a
falsidade.

Se a proposição for verdadeira seu valor lógico é a verdade e se a proposição for falsa
seu valor lógico será a falsidade.

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Os símbolos utilizados para os valores lógicos da proposição são:

V se a proposição for verdadeira.

F se a proposição for falsa.

Relembrando os dois princípios básicos que regem a lógica matemática:

1- Não pode existir uma proposição falsa e verdadeira ao mesmo tempo


(princípio da não contradição).
2- Toda proposição é verdadeira ou falsa, não existindo um terceiro caso.
(princípio do terceiro excluído).
3- Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo
respeitando o princípio da não-contradição.
4- É a expressão verbal de um juízo-sentença.
5- É enunciado verbal suscetível de ser dito verdadeiro ou falso.
6- Uma proposição não pode ser exclamativa e nem interrogativa.

Entendemos então que uma proposição só pode ter um dos valores lógicos: V ou F.
Reforçando o conceito Proposição só assume valores lógicos verdadeiro ou falso,
nunca um terceiro e nunca os dois simultaneamente, trata-se de afirmação com verbo
(sentença verbal) não podendo ser afirmação com exclamação ou interrogação.

São exemplos de proposições:


 2=3
 5>4
 Tóquio é a capital da Holanda

Exemplos de sentenças que não são proposições:

 Maria é bela! (é exclamativa);


 Você é inteligente? (é interrogativa);
 x=2 (não pode ser V ou F, já que “x” é desconhecido).

Chamamos valor lógico de uma proposição a verdade se a proposição é verdadeira e


a falsidade se a proposição for falsa. Os valores lógicos verdade e falsidade serão
indicados respectivamente por V e F.

Vejamos um exemplo para esclarecer:

Imaginemos as expressões “p”, “q” e “r” abaixo:

 p: “2/9 é um número racional não inteiro.”.


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 q: “π ^2 ≤ 9″.
 r: “O número inteiro 64 é um cubo perfeito.”

Para as proposições acima os valores lógicos de cada uma das proposições “p” e “r” é
a verdade (V) e o valor lógico da proposição “q” é a falsidade (F).
TABELA VERDADE
Tabela verdade é um dispositivo utilizado no estudo da lógica matemática. Com o uso
desta tabela é possível definir o valor lógico de uma proposição, isto é, saber quando
uma sentença é verdadeira ou falsa.

Em lógica, as proposições representam pensamentos completos e indicam afirmações


de fatos ou ideias.

Utiliza-se a tabela verdade em proposições compostas, ou seja, sentenças formadas


por proposições simples, sendo que o resultado do valor lógico depende apenas do
valor de cada proposição.

Na tabela abaixo, indicamos os principais conectivos, os símbolos usados para


representá-los.

Exemplo
Indique o valor lógico (V ou F) de cada uma das proposição abaixo:

a) não p, sendo p: "π é um número racional".

Solução
A operação lógica que devemos fazer é a negação, desta forma, a proposição ~p pode
ser definida como "π não é um número racional". Abaixo, apresentamos a tabela
verdade desta operação:

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Como "π é um número racional" é uma proposição falsa, então, de acordo com a
tabela verdade acima, o valor lógico de ~p será verdadeiro.

b) π é um número racional e é um número irracional.

Solução
Neste caso, devemos encontrar o valor lógico da conjunção de duas proposições (p^q).
A tabela verdade dessa operação lógica é:

Sendo a primeira proposição falsa e a segunda verdadeira, vemos, pela tabela verdade,
que o valor lógico da proposição p^q será falso.

c) π é um número racional ou é um número irracional.

Solução
Considerando o conectivo de disjunção (p v q), podemos indicar a seguinte tabela
verdade:

Como q é uma proposição verdadeira, então o valor lógico da proposição p v q


também será verdadeiro conforme podemos verificar na tabela verdade acima.

d) Se π é um número racional, então é um número irracional.

Solução
Neste item, temos a operação lógica condicional p→q. A tabela verdade será igual a:

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Sendo a primeira falsa e a segunda verdadeira, pela tabela concluímos que o resultado
desta operação lógica será verdadeiro.

É importante notar que " é um número irracional" não é consequência do fato de "π é
um número racional". O que o condicional representa é unicamente uma relação entre
valores lógicos.

e) π é um número racional se somente se é um irracional.

Solução
Neste item, temos a operação lógica . A tabela verdade será igual a:

Pela tabela, concluímos que quando a primeira proposição é falsa e a segunda é


verdadeira, o valor lógico será falso.

Construção de tabelas verdade


Na tabela verdade são colocados os valores lógicos possíveis (verdadeiro ou falso) para
cada uma das proposições simples que formam a proposição composta e a
combinação destes.

O número de linhas da tabela dependerá da quantidade de sentenças que compõem a


proposição. A tabela verdade de uma proposição formada por n proposições simples
terá 2n linhas.
Por exemplo, a tabela verdade da proposição "x é um número real e maior que 5 e
menor que 10" terá 8 linhas, pois a sentença é formada por 3 proposições (n = 3).

Com o objetivo de colocarmos todas as possibilidades possíveis de valores lógicos na


tabela, devemos preencher cada coluna com 2n-k valores verdadeiros seguidos de 2n-
k
valores falsos, com k variando de 1 até n.

Depois de preencher a tabela com os valores lógicos das proposições, devemos


adicionar colunas relativas as proposições com os conectivos.

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Exemplo
Construa a tabela verdade da proposição P(p,q,r) = p^q^r.

Solução
Neste exemplo, a proposição é formada por 3 sentenças (p, q e r). Para construir a
tabela verdade, utilizaremos o seguinte esquema:

Portanto, a tabela verdade da sentença terá 8 linhas e será verdadeira quando todas as
proposições também forem verdadeiras.

4. TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO

Tautologia nada mais é que uma proposição (composta) que sempre tem valor lógico
verdadeiro.

Para melhor perceber os casos de Tautologia, recomenda-se a estruturação da tabela


de verdade durante a resolução da questão, para evitar erros.

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Existem infinitos tipos de expressões propositivas que são tautologias. Vamos
conhecer os exemplos mais clássicos a seguir.

Exemplo 1: p ∨ (~p)

O exemplo mais claro para você entender Tautologia é esse. Veja a proposição
composta a seguir:

João é pedreiro ou João não é pedreiro.

Essa é a conjunção de uma proposição com a sua negação. Percebe que é impossível
essa proposição composta ser falsa?

Exemplo 2: (p ∧ q) → (p ↔ q)

Essa expressão pode ser exemplificada da seguinte maneira:

Se João é pedreiro e Maria é cozinheira, então João é pedreiro se e somente se Maria


for cozinheira.

Outra proposição onde percebemos claramente tratar-se de uma Tautologia.

MACETE

Para detectar rapidamente uma Tautologia, basta analisar a última coluna da Tabela
de Verdade que você preencher na resolução da sua questão.

Caso a coluna da proposição analisada só tiver valores lógicos verdadeiros, trata-se de


uma Tautologia.

CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
Outros dois conceitos importantes são os de Contradição e Contingência. Geralmente
encontramos questões de concurso que cobram os três assuntos juntos.

O que é uma Contradição

Contradição é a proposição cujo valor lógico sempre será falso.

Exemplo: Pedro é homem e Pedro não é homem.

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Uma conjunção de uma proposição com a sua negação é uma contradição.
Simbolicamente essa proposição pode ser expressada da seguinte forma: p ∧ (~p).

O que é uma Contingência

Já a Contingência é uma proposição composta que não é nem uma Tautologia, nem
uma Contradição.

Nesse caso se enquadram a maioria das proposições.

Exemplo: João é magro e Pedro é trabalhador.

5. EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Dizemos que duas proposições “p” e “q” são equivalentes se os resultados de suas
tabelas-verdade são idênticos (ou seja, as colunas com os valores de p e q são iguais).
Para dizer que “p” e “q” são equivalentes, escrevemos “p = q”. Um exemplo simples
está na dupla negação, ~(~p), equivalente a p.

Observe a tabela seguinte:

Enfim, proposições equivalentes é sinônimo de mesma sequência de valores na devida


coluna da tabela verdade. Superada essa definição, vamos lembrar das principais
equivalências que as provas de concurso trazem…

Equivalências lógicas básicas


O início da nossa lista contém equivalências diretas e intuitivas quando associadas a
propriedades e equivalências usadas na própria álgebra. As duas primeiras, de certa
forma, tratam de “redundâncias” no emprego de construções lógicas:

Suponha que P seja a proposição “Pedro é ótimo aluno”. Assim, a proposição


composta “Pedro é ótimo aluno e Pedro é ótimo aluno” pode ser resumida em
“P: Pedro é ótimo aluno”.

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É um pouco (muito!) estranho pensar nesse tipo de construção, mas a lógica
matemática possui ferramentas para tratá-las.

A ideia é a mesma que fora apresentada acima e agora a redundância está no uso do
conectivo “ou” para duas proposições equivalentes. Assim, a proposição “Estudar RLM
é desafiador ou Estudar RLM é desafiador” é equivalente a “Estudar RLM é desafiador”
Até o momento, nada de extraordinário. Nas duas equivalências a seguir, destacamos
uma propriedade que diz que a ordem dos operandos (proposições) não altera o
resultado quando se tratar de “conjunção” ou “disjunção”. Essa característica é
chamada de comutatividade.

Aqui podemos traçar um paralelo entre a disjunção e a multiplicação de números


reais. Assim como a ordem dos fatores não altera o produto (resultado da
multiplicação), a ordem das proposições P e Q não altera a tabela-verdade da
proposição P e Q. Vejam:

A mensagem passada com as frases (P e Q) e (Q e P) é a mesma.

Para a disjunção, o paralelo que costumo traçar está relacionado à adição de números
naturais. Da mesma forma que a ordem dos fatores não altera a adição (resultado da
soma), a ordem das proposições P e Qnão altera a tabela-verdade da
proposição P ou Q. Veja que, mesmo alterando a ordem das proposições P e Q
seguinte, a mensagem não tem significado modificado.

Equivalências de De Morgan

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As importantíssimas relações de De Morgan tratam, em última análise, da negação de
proposições lógicas compostas. Mais especificamente, da equivalência para a negação
da conjunção e da equivalência para a disjunção de proposições simples:

Leia assim: “A negação da conjunção ~(P e Q) é equivalente à disjunção das


negações (~P) ou (~Q)”. Vejam uma questão que explora essa equivalência lógica:

Exemplo 01.
(FCC – 2017 – TCE-SP) Uma afirmação que corresponda à negação lógica da afirmação
“Pedro distribuiu amor e Pedro colheu felicidade” é:
(A) Pedro não distribuiu amor ou Pedro não colheu felicidade.
(B) Pedro distribuiu ódio e Pedro colheu infelicidade.
(C) Pedro não distribuiu amor e Pedro não colheu felicidade.
(D) Se Pedro colheu felicidade, então Pedro distribuiu amor.
(E) Pedro não distribuiu ódio e Pedro não colheu infelicidade.
Solução:
Questão clássica na qual buscamos proposição equivalente para a negação para
“Pedro distribuiu amor e Pedro colheu felicidade”. Para negá-la, trocamos o conectivo
por “ou” e negamos as proposições “Pedro distribuiu amor” e
“Pedro colheu felicidade”. Vejam como fica:

Gabarito: Alternativa A.
Vamos para a 2ª equivalência de De Morgan: a negação da disjunção de duas
proposições simples:

Leia assim: “A negação da disjunção ~(P Ú Q) é equivalente à disjunção das


negações (~Q) Ù (~Q)”. Bem parecida com a anterior…

Exemplo 02.
(VUNESP – 2017 – TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é
pobre” é:
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(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Solução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições
lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo por “e” e negamos as proposições
“João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Gabarito: Alternativa B.

Equivalências da condicional
A maior parte das equivalências envolvem a proposição P -> Q, chamada de
condicional na qual P e Q são, respectivamente, o antecedente e o consequente.
Nomes a parte, a primeira equivalência diz respeito à transformação da condicional em
uma disjunção:

Para confirmar, basta lembrar da tabela-verdade de P -> Q e construir a de ~P ou Q.


Para a primeira, lembra que é falsa em apenas uma ocasião (P é verdadeira e Q falsa):

Ou seja, a equivalência é obtida a partir da disjunção entre a negação do antecedente


(~P) e o consequente (Q). A seguir, observe como tal equivalência já foi cobrada:

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Exemplo 03.
(IBFC – 2016 – EBSERH) De acordo com a lógica proposicional, a frase que é
equivalente a: “Se Marcos estudou, então foi aprovado” é:
(A) Marcos não estudou e foi aprovado.
(B) Marcos não estudou e não foi aprovado.
(C) Marcos estudou ou não foi aprovado.
(D) Marcos estudou se, e somente se, foi aprovado.
(E) Marcos não estudou ou foi aprovado.
Solução:
Em “Se Marcos estudou, então foi aprovado”, antecedente e consequente são,
respectivamente, dados dos “Marcos estudou” e “foi aprovado”. Para identificar a
proposição equivalente, desconsideramos o “se”, negamos o antecedente, trocamos o
“então” pelo “ou” e, por fim, mantemos o consequente:

Gabarito: Alternativa E.

Da equivalência apresentada em (7) podemos deduzir outra propriedade que vem


sendo muito cobrada recentemente. Para tal, basta trocar, em P -> Q = ~P ou Q, a
proposição P pela sua negação. Veja:

O uso é muito parecido com a propriedade (7): a disjunção pode se transformada em


proposição condicional negando-se a primeira proposição, trocando o “ou” pelo
“então”, mantendo a segunda proposição para, a seguir, fazer devidos ajustes. Vejam a
próxima questão:

Exemplo 04.
(Quadrix – 2017 – CRF MT) A afirmação “Maria é médica ou João é professor” tem
como sentença logicamente equivalente:
(A) Se João é professor, então Maria é médica.
(B) Se Maria é médica, então João é professor.
(C) Se Maria não é médica, então João é professor.

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(D) Não é verdade que Maria é médica, então João é professor.
(E) Não é verdade que João é professor, então Maria é médica.
Solução:
Em “Se Marcos estudou, então foi aprovado”, antecedente e consequente são,
respectivamente, dados dos “Marcos estudou” e “foi aprovado”. Para identificar a
proposição equivalente, desconsideramos o “se”, negamos o antecedente, trocamos o
“então” pelo “ou” e, por fim, mantemos o consequente:

Gabarito: Alternativa E.
A maior parte das equivalências que compõem este texto envolve a proposição
condicional e, para seguir para o final, vamos conversar sobre mais duas regrinhas bem
importante: a “contra-positiva” e a negação da proposição condicional:

Esta equivalência, além de despencar em provas de concurso, é muito importante na


própria matemática para propor demonstrações mais simples em certas situações. A
ideia é partir da negação do consequente para desenvolver linha de raciocínio para
chegar à negação do antecedente.

Exemplo 05.
(FCC – 2016 – TRT 20ª Região) Do ponto de vista da lógica, a proposição “se tem OAB,
então é advogado” é equivalente à
(A) tem OAB ou é advogado.
(B) se não tem OAB, então não é advogado.
(C) se não é advogado, então não tem OAB.
(D) é advogado e não tem OAB.
(E) se é advogado, então tem OAB.
Solução:
Resolver esta questão consiste em aplicar a contra-positiva para determinar
proposição equivalente para “se tem OAB, então é advogado”. Para tal, partimos da
negação de “é advogado” para obter a negação de “tem OAB”. Ou seja:

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Gabarito: Alternativa C.

Para encerrar nossa sequência de propriedades e equivalências, vamos deduzir a


negação da proposição condicional usando mecanismo mais “algébrico”. Para tal,
substituímos P -> Q = ~P ou Q para, a seguir, usar a relação de De Morgan:

Resumido: para negar P -> Q, partimos do mesmo ponto (P) e chegamos a resultado
diferente (~Q). Ou seja, repetimos os mesmos passos, mas chegamos a lugar diferente
do anterior.

Exemplo 06.
(FUNCAB – 2016 – ANS) A negação de afirmação condicional “Se o beneficiário estiver
acima do peso, ele é sedentário” é:
(A) o beneficiário não está acima do peso e ele é sedentário.
(B) se o beneficiário não estiver acima do peso, ele é sedentário.
(C) o beneficiário não está acima do peso e ele não é sedentário.
(D) o beneficiário está acima do peso e ele não é sedentário.
(E) se o beneficiário estiver acima do peso, ele não é sedentário.
Solução:
A negação da proposição procurada envolve em partir do mesmo ponto (o beneficiário
estiver acima do peso) e chegar a resultado diverso do inicialmente considerado
(ele não é sedentário).

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Perceba que a negação da proposição condicional é obtida após seguir alguns passos:
desconsiderar o “se”, manter antecedente, trocar “então” pelo conectivo “e” e, por
fim, negar consequente.
Gabarito: Alternativa D.

Exemplo 07.
(CESPE – 2016 – Polícia Científica PE) Considere as seguintes proposições para
responder a questão.
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição de
criminosos.
Assinale a opção que apresenta uma negação correta da proposição P1.
(A) Se não há punição de criminosos, então não há investigação ou o suspeito não é
flagrado cometendo delito.
(B) Há punição de criminosos, mas não há investigação nem o suspeito é flagrado
cometendo delito.
(C) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, mas não há punição de
criminosos.
(D) Se não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito, então não
há punição de criminosos.
(E) Se não há investigação e o suspeito não é flagrado cometendo delito, então não há
punição de criminosos.
Solução:
P1 é uma proposição condicional na qual o antecedente é “há investigação ou o
suspeito é flagrado cometendo delito” e o consequente é “há punição de criminosos”.
Para negá-la, vamos transformá-la em conjunção (com o uso do conectivo “e” no lugar
do “então”), repetindo o antecedente e negando o consequente. Obtemos:
~P1:Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito
e não há punição de criminosos.
Um pequeno ajuste foi feito, sem prejuízo para o significado de ~P1: “e não há” e
“mas não há” são sinônimos.
Gabarito: Alternativa C.
Quais são as principais equivalências lógicas para guardar para a hora da prova? A
resposta está no mapa mental seguinte:

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6. IMPLICAÇÕES LÓGICAS
A relação lógica entre duas proposições P e Q, expressa pela fórmula lógica “ Se P
então Q “ (P -> Q), em que se P é verdadeira, então Q também deve ser verdadeira,
porque a informação contida em Q também está incluída em P. De modo que, se Q é
falsa, P também deve ser falsa para que haja uma relação de implicação. É um tipo de
relação apenas centrado nos valores de verdade das proposições. Como exemplos,
considere as seguintes frases:

i) Tareco é um gato.
ii) Tareco é um animal.

iii) A tua camisola é azul.


iv) A tua camisola tem uma cor.

A proposição i) implica a proposição ii)


Assim como a proposição iii) implica a proposição iv) se ambas as proposições forem
verdadeiras no mundo real ou possível em que se inserem.

Esta relação é assegurada pela relação hiperonímia/ hiponímia estabelecida no plano


lexical entre os lexemas gato(hipônimo) / animal (hiperônimo) e azul (hipônimo) / cor
(hiperônimo).

Em semântica, este tipo de relação entre proposições designa-se por


implicação estrita, podendo ser definida pela relação entre uma frase ou
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um grupo de frases (implicans)e outra frase (implicatum) cujo sentido está
implicado no conteúdo semântico da(s) outra(s) frase(s).

Ou por outraspalavras, P implica estritamente Q se em todos os mundos em que P


é verdadeira, Q também é verdadeira. Exemplo de implicação estrita pode
ser observado no raciocínio silogístico:

v) Todos os homens são mortais.


vi) Pedro é homem.
vii) Pedro é mortal.

A conclusão do silogismo (frase vii) é uma proposição verdadeira. Sendo as


anteriores proposições também verdadeiras, podemos afirmar que v) e vi)
implicam estritamente vii).
A implicação é uma relação entre proposições próxima da pressuposição.

7. ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES

I. Propriedades da Conjunção ( ^ ).
a. Idempotente ...................... p^p  p
b. Comutativa ........................ p^q  q^p
c. Associativa ......................... (p^q)^r  p^(q^r)
d. Identidade ............................ p^t  p e p^c  c

II. Propriedades da Disjunção ( v ).


a. Idempotente ...................... pvp  p
b. Comutativa ....................... pvq  qvp
c. Associativa ........................ (pvq)vr  pv(qvr)
d. Identidade ........................ pvt  t e pvc  p

III. Propriedades da Disjunção e da Conjunção.

a. Distributiva
i. ........................... p^(qvr)  (p^q)v(p^r)
ii. ........................... pv(q^r)  (pvq)^(pvr)

b. Absorção
i. ........................... p^(pvq)  p
ii. ........................... pv(p^q)  p

c. Regra de Morgan
i. .......................... ~(p^q)  ~pv~q

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ii. .......................... ~(pvq)  ~p^~q

IV. Condicional
a. ......................................... p→q  ~pvq
b. Negação da Condicional .. ~(p→q)  p^~q

V. Bi-Condicional
a. ........................................ p↔q  (p→q)^(q→p)  (~pvq)^(~qvp)
b. Negação da Bi-Condic. .... ~(p↔q)  (p^~q)v(~p^q)

8. LEIS DE MORGAN

Vamos relembrar alguns conceitos fundamentais de Raciocínio Lógico, para que as Leis
de Morgan sejam apreendidas com facilidade por você:

Proposição – Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. Após


analisarmos qualquer proposição, podemos defini-la como verdadeira ou falsa.
Exemplo: “o céu é azul”.

Negação – É a mudança do valor lógico de uma proposição. A negação de uma


proposição verdadeira é falsa. A negação de uma proposição falsa é verdadeira. O
símbolo da negação é o til (~).

Conjunção – Proposições compostas em que está presente o conectivo “e”. Exemplo:


“o céu é azul e as nuvens são brancas”. O símbolo da conjunção é semelhante à letra
“v” invertida (∧).

Disjunção – É uma proposição composta em que as partes estejam unidas pelo


conectivo “ou”. Exemplo: “o céu é azul ou os pássaros são pretos”. O símbolo da
disjunção é semelhante à letra “v” (∨).

Primeira Lei de Morgan


Em linguagem simples podemos dizer o seguinte: negar duas proposições ligadas com
“e” – ou seja, uma conjunção – é o mesmo que negar duas proposições e ligá-las com
“ou” (ou seja, transformá-las em uma disjunção.

Considere que “p” e “q” são duas proposições. O que acabei de afirmar pode ser
escrito da seguinte forma, simbolicamente:

~ (p ∧ q) = (~ p) ∨ (~ q)

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Para ficar mais claro:

Não (p e q) é igual a (não p) ou (não q).

Vamos a exemplos práticos:

Sendo “p” igual a “Pedro é marinheiro”.

Sendo “q” igual a “Queila é artista”.

Então, podemos ter como exemplo da primeira Lei de Morgan o seguinte:

Não (Pedro é marinheiro e Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro ou
Queila não é artista).

Finalmente, sendo ainda mais claro: negar que “Pedro é marinheiro e Queila é artista”
é o mesmo que afirmar que “Ou Pedro não é marinheiro ou Queila não é artista”.

Segunda Lei de Morgan


Agora vamos à Segunda Lei. Em português claro ela diz que negar duas proposições
ligadas por “ou” é o mesmo que negar as duas proposições e juntá-las com “e”.

Novamente considerando “p” e “q” duas proposições, temos a seguinte representação


simbólica:

~ (p ∨ q) = (~ p) ∧ (~ q)

Para ficar mais claro:

Não (p ou q) é igual a (não p) e (não q).

Tomando as mesmas proposições da Primeira Lei como exemplo, temos o seguinte:

Não (Pedro é marinheiro ou Queila é artista) é o mesmo que (Pedro não é marinheiro e
Queila não é artista).

Para entender melhor: negar que “Pedro é marinheiro ou Queila é artista” é igual a
afirmar que Pedro não é marinheiro e Queila não é artista”.

Como aplicar a Lei de Morgan

A) Negar proposição com conectivos ∧ (e) ou ∨ (ou)


~(P∧Q) ≡ ~P ∨ ~Q

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~(P∨Q) ≡ ~P ∧ ~Q

Para aplicar as regras:

Negar as proposições

Inverter os conectivos (∧→∨ e ∨→∧)

Exemplo

Negar a proposição: “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está


aposentado”

P: Pedro não sofreu acidente de trabalho

Conectivo: ∨ (ou)

Q: Pedro está aposentado

Afirmativa: P∨ Q

Negação: ~(P∨ Q)

Lei de Morgan: ~P ∧ ~Q

~P: Pedro sofreu acidente de trabalho

Conectivo: ∧ (e)

~Q: Pedro não está aposentado

Logo: “Pedro sofreu acidente de trabalho e Pedro não está aposentado”

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B) Negar proposição com conectivo → (se…então…)
~(P→Q) ≡ P ∧ ~Q

Para aplicar as regras:

Substituir o conectivo → pelo conectivo∧

Negar a segunda parte da proposição

Exemplo

Negar a proposição: “Se você faz dieta, então você emagrece”

P: você faz dieta

Conectivo: → (se…então…)

Q: você emagrece

Afirmativa: P→Q

Negação: ~(P→Q)

Lei de Morgan: P ∧ ~Q

P: Você faz dieta

Conectivo: ∧ (e)

~Q: você não emagrece

Logo: “Você faz dieta e não emagrece”

Questões comentadas

Determine a negação da proposição “Lívia é estudiosa e Marcos decora”.

Lívia é estudiosa ou Marcos decora

Lívia não é estudiosa e Marcos decora.

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Lívia não é estudiosa ou Marcos decora.

Lívia não é estudiosa ou Marcos não decora.

Marcos não decora e Lívia é estudiosa.

Comentário:

Quebrando a sentença em P e Q:

P: Lívia é estudiosa

Conectivo: ∧ (e)

Q: Marcos decora

Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q

~P: Lívia não é estudiosa

Conectivo: ∨ (ou)

~Q: Marcos não decora

Logo: Lívia não é estudiosa ou Marcos não decora

Gabarito: D

Vou à academia todos os dias da semana e corro três dias na semana. Uma afirmação
que corresponde à negação lógica da afirmação anterior é

Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.

Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.

Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.

Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.

Se vou todos os dias à academia, então corro três dias na semana.

Comentário:

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Quebrando a sentença em P e Q:

P: Vou à academia todos os dias da semana

Conectivo: ∧ (e)

Q: Corro três dias na semana

Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q

~P: Não vou à academia todos os dias da semana

Conectivo: ∨ (ou)

~Q: Não corro três dias na semana

Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.

Gabarito: A

9. ARGUMENTOS

A noção de argumento é fundamental para a lógica. Argumento é um conjunto de


enunciados que estão relacionados uns com os outros. Argumento é um raciocínio
lógico. Observe o seguinte argumento:

Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

Este é um argumento formado por duas premissas e uma conclusão. Os dois primeiros
enunciados são as premissas e o último enunciado é a conclusão. Os fatos
apresentados nas premissas servem de evidência para a conclusão, isto é, são eles que
sustentam a conclusão.

Para que o argumento seja válido, não basta que a conclusão seja verdadeira. É preciso
que as premissas e a conclusão estejam relacionadas corretamente. Distinguir os
raciocínios corretos dos incorretos é a principal tarefa da lógica.

Os argumentos sempre apresentam uma ou mais premissas e uma conclusão.


Silogismo categórico é um argumento composto por três enunciados, sendo duas
premissas e uma conclusão. Vejamos um exemplo:

Todo molusco é invertebrado. Premissa

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O caracol é um molusco. Premissa

Logo, o caracol é invertebrado. Conclusão

Observamos que este argumento tem a mesma forma lógica do primeiro argumento
apresentado. Ambos são silogismos categóricos. Ambos são argumentos válidos.

Todos os argumentos que apresentarem esta forma lógica serão argumentos válidos.

Todo A é B.

C é A.

Logo, C é B

Proposições

Tanto as premissas quanto a conclusão de uma argumento são proposições.


Proposição é uma frase informativa cujo conteúdo pode ser verdadeiro ou falso.

Proposições são enunciados simples compostos de quantificador, termo/sujeito,


cópula e termo/predicado.

Verdade e validade

Já sabemos que argumento é a passagem de uma ou mais premissas a uma conclusão.


Sabemos também que é preciso que a conclusão derive das premissas. Pois bem,
quando a conclusão é uma consequência necessária das premissas, dizemos que o
argumento é válido. Quando a conclusão não é uma consequência necessária das
premissas, dizemos que o argumento é inválido.

A validade de um argumento, portanto, depende se sua estrutura, depende da


maneira como este argumento está organizado. Vejamos o argumento abaixo:

Todos os ziriguiduns são tchutchucas.

Pedrinho é um ziriguidum.

Logo, Pedrinho é um tchutchuca.

Este é um argumento válido. Isto quer dizer que, mesmo não sabendo o que significa
ziriguidum ou tchutchuca, sabemos com certeza que, se as duas premissas forem
verdadeiras, a conclusão também será verdadeira.

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10. SENTENÇA ABERTA

Na matemática, uma sentença aberta ( equação aberta ou inequação aberta) é


descrita assim porque seu valor não pode ser determinado até que suas variáveis
sejam substituídas por números específicos, quando seu valor geralmente pode ser
determinado (e, portanto, a sentença deixa de ser considerada como "aberta").
Essas variáveis podem assumir valores reais ou complexos, dependendo da igualdade
ou desigualdade em questão. Os valores que produzem uma igualdade ou
desigualdade verdadeira são chamados soluções, e "satisfazem" a
igualdade/desigualdade.
Na lógica matemática, uma fórmula aberta é uma fórmula que contém variáveis livres.
(Note que na lógica, uma "sentença" é uma fórmula sem variáveis livres. Uma fórmula
é "aberta" se ela não contém quantificadores).
Ao contrário das fórmulas fechadas, que contêm constantes, fórmulas abertas não
expressam proposições, pois elas não são verdadeiras nem falsas. Assim, a fórmula “ X
é um número" (I) não tem valor verdade.
A fórmula é satisfeita por qualquer objeto que, escrito no lugar da variável, vai formar
uma sentença verdadeira.
Assim, "5" satisfaz (I). Qualquer sentença que resulte de uma fórmula é dito ser um
substituto da fórmula.
Logo, "5 é um número" é um substituto de (I).
Tais substituições são conhecidas como soluções para a sentença. Uma identidade é
uma sentença aberta para a qual cada número é uma solução.
Exemplos

1. 3X – 9 = 21, cuja única solução para x é de 10;


2. 4X + 3 > 9, cujas soluções para x são todos números maiores do que 3/2;
3. X + Y = 0, cujas soluções para x e y são todos os pares de números que são inversos
aditivos;
4. 3X + 9 = 3 (X+3), cujas soluções para x são todos números.
5.
Cada sentença aberta abre, geralmente implicitamente, um universo de
discurso descrevendo quais números estão sendo considerados como soluções. Uma
identidade só é necessária para manter os números em seu universo de discurso.
Este mesmo universo de discurso pode ser usado para descrever as soluções para a
sentença aberta em lógica simbólica usando quantificadores universais.

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11. CONJUNTO VERDADE

Tabela verdade é um dispositivo utilizado no estudo da lógica matemática. Com o uso


desta tabela é possível definir o valor lógico de uma proposição, isto é, saber quando
uma sentença é verdadeira ou falsa. Em lógica, as proposições representam
pensamentos completos e indicam afirmações de fatos ou ideias.

Exemplos:

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS PASSO A PASSO

1. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas
não sabemos quem é casado com quem. Eles trabalham com engenharia,
Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas
dicas abaixo, tente descobrir o nome de cada esposa e a profissão de cada um.

a) O médico é casado com Maria.


b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo
d) Carlos não é médico.

RESOLUÇÃO:
Os dados procurados são: nomes das esposas e profissões.
Assim, elabore duas tabelas: uma principal com todos os dados e a outra com o
resumo. Escolha um dos grupos de informações e coloque cada um dos seus
elementos em uma linha.
Em seguida crie uma coluna para cada elemento dos outros grupos. Finalmente, tome
o último grupo das colunas e crie uma linha para cada um dos seus elementos,
colocando-os abaixo da última linha.

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Portanto, Luís é médico e casado com Maria; Paulo é advogado e casado com Lúcia;
Carlos é engenheiro e casado com Patrícia.

2. Assinale a opção que completa a seqüência:


2 – 3 – 4 – 11 – 12 – 13 – 17 – 18 – ( )
a) 24
b) 20
c) 23
d) 19
e) 25

RESOLUÇÃO:

A seqüência é formada pela série de três números consecutivos, portanto o próximo é


o 19. Portanto, D.

3. Todos os marinheiros são republicanos. Assim sendo,


a) O conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos republicanos;
b) O conjunto dos republicanos contém o conjunto dos marinheiros;
c) Todos os republicanos são marinheiros;
d) Algum marinheiro não é republicano

RESOLUÇÃO:

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Portanto, B.

3. A negação de “hoje é segunda-feira e amanhã não choverá” é


a) hoje não é segunda-feira e amanhã não choverá
b) hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá
c) hoje não é segunda-feira então amanhã choverá
d) hoje não é segunda-feira nem amanhã choverá
e) hoje é segunda-feira ou amanhã choverá

RESOLUÇÃO:
Pelas regras da afirmação e negação, temos:
-A negação de “hoje é segunda-feira” é “hoje não é segunda-feira”.
– A negação de “amanhã não choverá” é “amanhã choverá”.
– Na negação de (p ^ q), o conectivo “e” deve ser alterado para o conectivo “ou” (~p v
~q).
– Assim, a negação da frase completa será: “hoje não é segunda-feira ou amanhã
choverá” o que nos remete à alternativa B.

4. Seis pessoas, dentre as quais está Elias, estão aguardando em uma fila para serem
atendidas pelo caixa de uma loja. Nesta fila, Carlos está à frente de Daniel, que se
encontra imediatamente atrás de Bruno. Felipe não é o primeiro da fila, mas está mais
próximo do primeiro lugar do que do último. Sabendo que Ari será atendido antes do
que Carlos e que Carlos não é o quarto da fila, pode-se concluir que a pessoa que ocupa
a quarta posição da fila

(A) certamente é Bruno.

(B) certamente é Daniel.

(C) certamente é Elias.

(D) pode ser Bruno ou Daniel.

(E) pode ser Bruno ou Elias.

RESOLUÇÃO

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Imagine que a fila seja representada pelas lacunas abaixo, onde a primeira pessoa
estaria à esquerda e a última à direita: __ - __ - __ - __ - __ - __

Sabemos que Daniel se encontra imediatamente atrás de Bruno, ou seja, não há


ninguém entre os dois. Sabemos ainda que Carlos está à frente de ambos.

Assim, podemos representá-los: ...Carlos ... Bruno – Daniel ...

Ari está à frente de Carlos, ou seja: ... Ari ...Carlos ... Bruno – Daniel ...

Felipe não é o primeiro da fila, mas está mais próximo do primeiro lugar do que do
último. Assim, ele deve ser o segundo ou o terceiro. Como Carlos não é o quarto,
vemos que Felipe e Elias não podem estar, ambos, à sua frente.

Assim, como Felipe já está entre os 3 primeiros, sobra para Elias a quarta ou a última
posição.

Assim, temos 2 possibilidades para a quarta posição: Elias ou Bruno (neste caso, com
Elias na última posição). Resposta: E

5. A audiência do Sr. José estava marcada para uma segunda-feira. Como ele deixou de
apresentar ao tribunal uma série de documentos, o juiz determinou que ela fosse
remarcada para exatos 100 dias após a data original. A nova data da audiência do Sr.
José cairá em uma

(A) quinta-feira.
(B) terça-feira.
(C) sexta-feira.
(D) quarta-feira.
(E) segunda-feira.

RESOLUÇÃO

Veja que 100 dividido por 7 leva ao quociente 14 e resto 2. Isto significa que os 100
dias correspondem a 14 semanas inteiras e mais 2 dias.

Cada uma das 14 semanas começa em uma terça-feira, dia seguinte ao que estava
marcado o julgamento, e terminam na próxima segunda-feira.

Após essas 14 semanas, chegamos a uma segunda-feira, e precisamos ainda


contabilizar os 2 dias que faltam para totalizar 100.

Assim, chegamos a uma quarta-feira. Resposta: D

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12. TEORIA DOS CONJUNTOS
Chamamos de conjunto toda e qualquer coleção de elementos. Estes elementos
podem ser números, objetos, figuras, pessoas, animais e tudo o que podemos ordenar,
catalogar ou reunir em grupos de seus elementos. Por exemplo: Se quisermos
construir o conjunto de crianças de uma escola que possuam exatos 10 anos de idade,
podemos dizer que o conjunto é composto pelos alunos Pedrinho, Joãozinho,
Mariazinha, ..., e todos os alunos que tenham 10 anos de idade na escola.
Matematicamente, quase sempre os conjuntos serão compostos por números e que
dependam de algumas condições. Por exemplo: O conjunto dos números Reais, o
conjunto dos números Inteiros, o conjunto dos números maiores do que 2 e menores
do que 7, e muito mais.

A relação básica entre um conjunto e o elemento que o compõe é chamada de relação


de pertinência, ou seja, definimos um conjunto quando existe uma regra que permite
decidir se um elemento pertence ou não a ele. Se um elemento x pertence a um
conjunto (ou coleção) A, dizemos que x pertence a A. Formalmente escrevemos:

x∈A
E quando x não é um elemento deste conjunto, dizemos que x não pertence a A:

x∉A
A maioria dos conjuntos em matemática não possuem uma definição para todos os
seus elementos, logo a forma mais fácil de definir um conjunto é utilizando uma
propriedade comum para todos os seus elementos, ou seja, uma lei que consiga ser
associada a todos os elementos que o compõe. Vejamos abaixo alguns conjuntos
numéricos usuais:

 Números Naturais: N={0,1,2,3,4,5,...}


 Números Inteiros: Z={...,−4,−3,−2,−1,0,1,2,3,4,...}
 Números Racionais: Q={pq:p∈Z;q∈Z∗}

Exemplo 1: Vamos definir um conjunto A que seja construído a partir dos números
Naturais e que qualquer elemento de A seja maior ou igual a 5 e menor ou igual a 10.
Então o conjunto será:

A={5,6,7,8,9,10}
Como sabemos que qualquer elemento x que pertence a A é um número Natural neste
exemplo, podemos representar o conjunto da seguinte maneira:

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A={x∈ N:5≤x≤10}
Lê-se: O conjunto A é igual a x (elemento qualquer de A) que pertence aos naturais, tal
que 5 é menor ou igual a x e x é menor ou igual a 10 (ou x está entre 5 e 10).

Subconjuntos
Note que no exemplo 1, os elementos do conjunto A estão contidos nos números
Naturais, dizemos então que o conjunto A é um Subconjunto dos números Naturais, ou
seja, o conjunto A está contido no conjunto ℕ. Escrevemos então:

A⊂ N
Exemplo 2: Basicamente, um subconjunto é um conjunto que possui elementos de
outro. Como no exemplo da introdução, tomando o conjunto de crianças de 10 anos
de idade em uma escola (chamaremos de A), e selecionando apenas os meninos
(chamaremos de B), podemos dizer que o conjunto de meninos com 10 anos de idade
é um subconjunto do conjunto das crianças. De uma maneira geral, dados dois
conjuntos A e B, dizemos A é subconjunto de B quando todo elemento de A é também
elemento de B. Sendo assim:

A⊂ B
Exemplo 3: Os conjuntos numéricos ℕ, ℤ e ℚ cumprem uma relação de inclusão, onde:

N⊂ Z⊂ Q

Propriedades da inclusão:

 A⊂A (A sempre está contido em A);


 Se A⊂B e se B⊂A então A = B ;
 Se A⊂B e se B⊂C então A⊂C.

Operações entre conjuntos


União de conjuntos: A união (ou reunião) de conjuntos é a junção dos elementos de
um conjunto A mais ou elementos de um conjunto B. Podemos afirmar então que se
um elemento x pertencer a união de A com B, então x pertence a A ou pertence a B.
Formalmente definimos:

A∪B={x:x∈ A ou x∈ B}
Veja abaixo uma representação no chamado diagrama de Venn. A região cinza
simboliza a união dos seus respectivos elementos.

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Interseção de conjuntos: A interseção de conjuntos é formada pelos elementos que
são comuns entre A e B. Então:

A∩B={x:x∈A e x∈B}

Propriedades:

União

A∪∅=A

A∪A=A

A∪B=B∪A

(A∪B)∪C=A∪(B∪C)

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A∪B=A↔B⊂A

A∪(B∩C)=(A∪B)∩(A∪C)
.

Interseção

A∩∅=A

A∩A=A

A∩B=B∩A

(A∩B)∩C=A∩(B∩C)

A∩B=A↔A⊂B

A∩(B∪C)=(A∩B)∪(A∩C)

Números naturais: Os Números Naturais N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}


são números inteiros positivos(não-negativos) que se agrupam num conjunto
chamado de N, composto de um número ilimitado de elementos.
Quando o zero não faz parte do conjunto, é representado com um asterisco ao lado da
letra N e, nesse caso, esse conjunto é denominado de Conjunto dos Números Naturais
Não-Nulos: N*= {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9...}.

Números Inteiros: Os números inteiros são os números positivos e negativos. Estes


números formam o conjunto dos números inteiros, indicado por ℤ.
O conjunto dos números inteiros é infinito e pode ser representado da seguinte
maneira: ℤ = {..., - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2, 3,...}
Os números inteiros negativos são sempre acompanhados pelo sinal (-), enquanto os
números inteiros positivos podem vir ou não acompanhados de sinal (+).
O zero é um número neutro, ou seja, não é um número nem positivo e nem negativo.
A relação de inclusão no conjunto dos inteiros envolve o conjunto dos números
naturais (ℕ) junto com os números negativos.

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Números Racionais: Os números racionais são os números que podem ser escritos na
forma de fração. Esses números podem também ter representação decimal finita ou
decimal infinita e periódica.
Conclui-se que o conjunto dos números racionais, representado por , contém o
conjunto dos números inteiros, que por sua vez contém o conjunto dos números
naturais.

Números Reais: Chamamos de Números Reais o conjunto de elementos, representado


pela letra maiúscula R, que inclui os:
 Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}
 Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
 Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}
 Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}

Conjunto dos Números Reais


Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a expressão:

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I

Onde:

R: Números Reais
N: Números Naturais
U: União
Z: Números Inteiros
Q: Números Racionais
I: Números Irracionais

Ao observar a figura acima, podemos concluir que:

 O conjunto dos números Reais (R) engloba 4 conjuntos de


números: Naturais (N), Inteiros (Z), Racionais (Q) e Irracionais (I)

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 O conjunto dos números Racionais (Q) é formado pelo conjuntos dos Números
Naturais (N) e dos Números Inteiros (Z). Por isso, todo Número Inteiro (Z) é
Racional (Q), ou seja, Z está contido em Q.
 O Conjunto dos Números Inteiros (Z) inclui os Números Naturais (N); em outras
palavras, todo número natural é um número inteiro, ou seja, N está contido em Z.

13.EQUAÇÕES DO 1º E 2º GRAU

As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem relações


de igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas sob a forma:
ax+b = 0
Donde a e b são números reais, sendo a um valor diferente de zero (a ≠ 0) e x
representa o valor desconhecido.

O valor desconhecido é chamado de incógnita que significa "termo a determinar". As


equações do 1º grau podem apresentar uma ou mais incógnitas.
As incógnitas são expressas por uma letra qualquer, sendo que as mais utilizadas são x,
y, z. Nas equações do primeiro grau, o expoente das incógnitas é sempre igual a 1.

As igualdades 2.x = 4, 9x + 3 y = 2 e 5 = 20a + b são exemplos de equações do 1º grau.


Já as equações 3x2+5x-3 =0, x3+5y= 9 não são deste tipo.

O lado esquerdo de uma igualdade é chamado de 1º membro da equação e o lado


direito é chamado de 2º membro.

Como resolver uma equação de primeiro grau?


O objetivo de resolver uma equação de primeiro grau é descobrir o valor
desconhecido, ou seja, encontrar o valor da incógnita que torna a igualdade
verdadeira.

Para isso, deve-se isolar os elementos desconhecidos em um dos lados do sinal de


igual e os valores constantes do outro lado.

Contudo, é importante observar que a mudança de posição desses elementos deve ser
feita de forma que a igualdade continue sendo verdadeira.

Quando um termo da equação mudar de lado do sinal de igual, devemos inverter a


operação. Assim, se tiver multiplicando, passará dividindo, se tiver somando, passará
subtraindo e vice-versa.

Exemplo
Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x - 3 = 5 verdadeira?

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Solução
Para resolver a equação, devemos isolar o x. Para isso, vamos primeiro passar o 3 para
o outro lado do sinal de igual. Como ele está subtraindo, passará somando. Assim:

8x = 5 + 3
8x = 8
Agora podemos passar o 8, que está multiplicando o x, para o outro lado dividindo:
x = 8/8
x=1
Outra regra básica para o desenvolvimento das equações de primeiro grau determina
o seguinte:

Se a parte da variável ou a incógnita da equação for negativa, devemos multiplicar


todos os membros da equação por –1. Por exemplo:

– 9x = – 90 . (-1)
9x = 90
x = 10

Exercício 1
Ana nasceu 8 anos depois de sua irmã Natália. Em determinado momento da vida,
Natália possuía o triplo da idade de Ana. Calcule a idade das duas nesse momento.

Solução
Para resolver esse tipo de problema, utiliza-se uma incógnita para estabelecer a
relação de igualdade.

Assim, denominemos a idade de Ana como o elemento x. Como Natália tem oito anos
a mais que Ana, sua idade será igual a x+8.

Por conseguinte, a idade de Ana vezes 3 será igual à idade de Natália: 3x = x + 8

Estabelecida essas relações, ao passar o x para o outro lado da igualdade, tem-se:

3x - x = 8
2x = 8
x = 8/2
x=4

Portanto, como x é a idade de Ana, naquele momento ela terá 4 anos. Enquanto isso,
Natália terá 12 anos, o triplo da idade de Ana (8 anos a mais).
A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial cujo
termo de maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação
quadrática, é representada por:
ax2 + bx + c = 0
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Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido. Já as
letras a, b e c são chamadas de coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero, pois
do contrário passa a ser uma equação do 1º grau.
Resolver uma equação de segundo Grau, significa buscar valores reais de x, que
tornam a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.
Uma equação quadrática possui no máximo duas raízes reais.

Equações do 2º Grau Completas e Incompletas


As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os coeficientes,
ou seja a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).
Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são
diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).

Uma equação quadrática é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0. Por


exemplo, a equação 2x2 = 0 é incompleta, pois a = 2, b = 0 e c = 0

Exercícios Resolvidos
1) Determine os valores de x que tornam a equação 4x2 - 16 = 0 verdadeira.
Solução:
A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para equações
deste tipo, podemos resolver, isolando o x. Assim:

Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números elevados ao
quadrado resultam em 4.

Assim, as raízes da equação 4x2 - 16 = 0 são x = - 2 e x = 2

Fórmula de Bhaskara
Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de
Bhaskara para encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

Fórmula do Delta
Na fórmula de Bhaskara, aparece a letra grega Δ (delta), que é chamada de
discriminante da equação, pois de acordo com o seu valor é possível saber qual o
número de raízes que a equação terá.
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Para calcular o delta usamos a seguinte fórmula:

Passo a Passo
Para resolver uma equação do 2º grau, usando a fórmula de Bhaskara, devemos seguir
os seguintes passos:

1º Passo: Identificar os coeficientes a, b e c.


Nem sempre os termos da equação aparecem na mesma ordem, portanto, é
importante saber identificar os coeficientes, independente da sequência em que estão.

O coeficiente a é o número que está junto com o x2, o b é o número que acompanha
o x e o c é o termo independente, ou seja, o número que aparece sem o x.

2º Passo: Calcular o delta.


Para calcular as raízes é necessário conhecer o valor do delta. Para isso, substituímos
as letras na fórmula pelos valores dos coeficientes.

Podemos, a partir do valor do delta, saber previamente o número de raízes que terá a
equação do 2º grau. Ou seja, se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá
duas raízes reais e distintas.
Se ao contrário, delta for menor que zero (Δ < 0), a equação não apresentará raízes
reais e se for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará somente uma raiz.

3º Passo: Calcular as raízes.


Se o valor encontrado para delta for negativo, não precisa fazer mais nenhum cálculo e
a resposta será que a equação não possui raízes reais.

Caso o valor do delta seja igual ou maior que zero, devemos substituir todas as letras
pelos seus valores na fórmula de Bhaskara e calcular as raízes.

14. INEQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAU


Inequação do 1º grau é diferente de uma equação do primeiro grau. Enquanto uma
equação expressa uma igualdade, a inequação expressa uma desigualdade.
Chamamos de inequação do 1º grau uma desigualdade na variável xque pode ser
reduzida em uma das formas: ax + b > 0 ou ax + b ≥ 0 ou ax + b < 0 ou ax + b ≤ 0, em
que a, b ∈ R e a ≠ 0.

Na inequação utilizaremos os símbolos:

 > (Leia-se: Maior que)


 < (Leia-se: Menor que)
 ≥ (Leia-se: Maior ou igual)

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 ≤ (Leia-se: Menor ou igual)

Esses sinais servem para comparar. A própria definição de inequação é clara, devemos
descobrir números que satisfazem essa comparação.

Exemplo: x – 1 > 3

Qual o número que podemos substituir a incógnita x para que satisfaça essa
inequação? É fácil perceber que qualquer valor maior que 4 é verdade.

Exercícios resolvidos

Considere as seguintes inequações:

1. 2x + 2 > 0
2. x–2<0
3. 5x – 10 ≥ 0
4. 3x + 3 ≤ 0
5. Exemplo 1: 2x + 2 > 0

Para achar o conjunto solução desse problema, ou seja, quais valores podemos
substituir em x tal que satisfaça esse problema.

2x + 2 > 0

2x > -2

x > –2⁄2

x > -1

Dessa forma qualquer valor maior que -1 satisfaz o problema.

Analisando o gráfico acima temos que todos os valores maiores que -1 resolvem a
inequação. No gráfico a bola sem preenchimento indica que somente valores maiores
que -1, ou seja, a parte indicada pela parte em vermelho formam o conjunto solução
que pode ser representado assim: S = {x ∈ R; x > -1}.

Exemplo 2: x – 2 < 0

x–2<0

x<2

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Neste exemplo qualquer valor menor que 2 satisfaz a inequação.

A parte vermelha do gráfico mostra que somente os valores menores que 2 resolvem a
inequação. Dessa forma, o conjunto solução para esse problema é: S = {x ∈ R; x < 2}

Exemplo 3: 5x – 10 ≥ 0

5x – 10 ≥ 0

5x ≥ 10

x ≥ 10⁄5

x≥2

Para este problema qualquer valor maior ou igual a 2 resolve o problema.

Esse gráfico é um pouco diferente do primeiro. Aqui temos uma representação com a
bola no gráfico totalmente preenchida. Isso quer dizer que todos os valores maiores
que 2, e também o número 2, fazem parte do conjunto solução desse problema.
Assim: S = {x ∈ R; x ≥ 2}

As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado


deve ser comparado ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto
solução.

São denominadas de inequações do 2° grau as inequações do tipo:

Para resolvermos uma inequação do Segundo grau devemos estudar o sinal da função
correspondente equação.

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1. Igualar a sentença do 2° grau à zero;
2. Localizar e (se existir) as raízes da equação no eixo x.
3. Estudar o sinal da função correspondente, tendo-se como possibilidades:

a>0 a<0

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15. FUNÇÕES DO 1º E 2º GRAU
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em
IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a
0.

Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é


chamado termo constante.

Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Gráfico

O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta


oblíqua aos eixos Ox e Oy. Por exemplo, vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:

Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de
uma régua:

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a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).

b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é .

Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma
reta.

x y

0 -1

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta.

O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos


adiante, está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0


+ b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo
Oy.

Função de 2º grau

A função de segundo grau é dada pela seguinte lei de formação: f(x) = ax2 + bx+ c. O
coeficiente (a) sempre deverá ser diferente de zero.

Toda a função do segundo grau é representada pela lei de formação: f(y) = ax2 + bx + c,
sendo a, b, e c (coeficientes) números reais. Vale ressaltar que o valor numérico
de a sempre deverá ser diferente de zero. A função do segundo grau pode ainda ser
chamada de função quadrática ou função polinomial do 2° grau. Como o grau da
função é 2, ela pode apresentar até duas raízes reais.
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Uma função do segundo grau pode ser do tipo completa ou incompleta:

 Função do segundo grau completa: A função do tipo f(x) = ax2 + by+ c é considerada
completa se os coeficientes a, b e c forem diferentes de zero.
Exemplos: f(x) = x2 + y+ 1 → a = 1, b = 1 e c = 1
f(x) = 2x2 + 3y+ 6 → a = 2, b = 3 e c = 6

 Função do segundo grau incompleta: A função do tipo f(x) = ax2 + by+ c será
incompleta quando o coeficiente b ou c for igual a zero.
Exemplos: f(x) = x2 + y → a = 1, b = 1 e c = 0
f(x) = 3x2 + 1 → a = 3, b = 0 e c = 1
f(x) = 4x2 → a = 4, b = 0 e c = 0

Vértice da função – Ponto máximo ou mínimo

O vértice é o ponto no qual a função do segundo grau atinge seu valor máximo ou
mínimo.
Suas coordenadas V = (xv, yv) são dadas pelas fórmulas a seguir:

 xv = – b

 yv = – ∆
4a
Gráfico da função do segundo grau
O gráfico de uma função do segundo grau sempre será uma parábola. Existem alguns
macetes envolvendo essa figura que podem ser usados para facilitar a construção do
gráfico.
Para exemplificar esses macetes, usaremos a função f(x) = x2 + x – 6.

1 – O sinal do coeficiente a está ligado à concavidade da parábola.


Se a > 0 a concavidade da figura será voltada para cima, se a < 0 a concavidade da
figura será voltada para baixo.

Assim, no exemplo, como a = 1, que é maior que zero, a concavidade da parábola que
representa a função f(x) = x2 + x – 6 será voltada para cima.

2 – O coeficiente c é uma das coordenadas do ponto de encontro da parábola com o


eixo y. Em outras palavras, a parábola sempre se encontra com o eixo y no ponto C =
(0, c).

No exemplo, o ponto C = (0, – 6). Então, a parábola passa por esse ponto.

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3 – Assim como no estudo dos sinais da equação do segundo grau, nas funções do
segundo grau, o sinal do determinante aponta o número de raízes da função:

Se ∆ > 0 a função tem duas raízes reais distintas.

Se ∆ = 0 a função tem duas raízes reais iguais.

Se ∆ < 0 a função não tem raízes reais.

Dados esses macetes, será preciso encontrar três pontos pertencentes a


uma função dosegundo grau para construir o gráfico. Em seguida, basta marcar esses
três pontos no plano cartesiano e desenhar a parábola que passa por eles. A saber, os
três pontos são:
 O vértice e as raízes da função, se ela possuir raízes reais;
ou

 O vértice e dois outros pontos quaisquer, se a função não possuir raízes reais. Nesse
caso, um ponto deve estar à esquerda e outro à direita do vértice da função no plano
cartesiano.
Observe que um desses pontos pode ser C = (0, c), exceto no caso em que esse ponto
for o próprio vértice.

No exemplo f(x) = x2 + x – 6, temos o seguinte gráfico:

16. MATRIZES E DETERMINANTES

As Matrizes e os Determinantes são conceitos utilizados na matemática e em outras


áreas como, por exemplo, da informática.
São representadas na forma de tabelas que correspondem a união de números reais
ou complexos, organizados em linhas e colunas.

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Matriz
A Matriz é um conjunto de elementos dispostos em linhas e colunas. As linhas são
representadas pela letra 'm' enquanto as colunas pela letra 'n', onde n ≥ 1 e m ≥ 1.
Nas matrizes podemos calcular as quatro operações: soma, subtração, divisão e
multiplicação:

Exemplos:
Uma matriz de ordem m por n (m x n)

A = | 1 0 2 4 5|
Logo, A é uma matriz de ordem 1 (com 1 linha) por 5 (5 colunas)
Lê-se Matriz de 1 x 5

Logo B é uma matriz de ordem 3 (com 3 linha) por 1 (1 colunas)


Lê-se Matriz de 3 x 1

Determinante
O Determinante é um número associado a uma matriz quadrada, ou seja, uma matriz
que apresenta o mesmo número de linhas e de colunas (m = n).
Neste caso, é chamada de Matriz Quadrada de ordem n. Em outras palavras, toda
matriz quadrada possui um determinante, seja ele um número ou uma função
associado à ela:

Exemplo:

Assim, para calcular o Determinante da Matriz Quadrada:

 Deve se repetir as 2 primeiras colunas

 Encontrar as diagonais e multiplicar os elementos, não esquecendo de trocar o


sinal no resultado da diagonal secundária:

1. Diagonal principal (da esquerda para a direita): (1,-9,1) (5,6,3) (6,-7,2)

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2. Diagonal secundária (da direita para a esquerda): (5,-7,1) (1,6,2) (6,-9,3)

Portanto, o Determinante da matriz 3x3 = 182.

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17. SISTEMAS LINEARES

Sistemas Lineares são conjuntos de equações associadas entre elas que apresentam a
forma a seguir:

A chave do lado esquerdo é o símbolo usado para sinalizar que as equações fazem
parte de um sistema. O resultado do sistema é dado pelo resultado de cada equação.

Os coeficientes amxm, am2xm2, am3xm3, ... , an, an2, an3 das incógnitas x1, xm2,xm3, ... , xn, xn2,
xn3 são números reais.
Ao mesmo tempo, b também é um número real que é chamado de termo
independente.
Sistemas lineares homogêneos são aqueles cujo termo independente é igual a 0 (zero):
a1x1+ a2x2 = 0.
Portanto, aqueles que apresentam termo independente diferente de 0 (zero) indica
que o sistema não é homogêneo: a1x1 + a2x2 = 3.

Classificação
Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o número de soluções
possíveis. Lembrando que a solução das equações é encontrado pela substituição das
variáveis por valores.

 Sistema Possível e Determinado (SPD): há apenas uma solução possível, o que


acontece quando o determinante é diferente de zero (D ≠ 0).
 Sistema Possível e Indeterminado (SPI): as soluções possíveis são infinitas, o que
acontece quando o determinante é igual a zero (D = 0).
 Sistema Impossível (SI): não é possível apresentar qualquer tipo de solução, o
que acontece quando o determinante principal é igual a zero (D = 0) e um ou mais
determinantes secundários são diferentes de zero (D ≠ 0).

As matrizes associadas a um sistema linear podem ser completas ou incompletas. São


completas as matrizes que consideram os termos independentes das equações.

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Os sistemas lineares são classificados como normais quando o número de coeficientes
é o mesmo que o número de incógnitas. Além disso, quando o determinante da matriz
incompleta desse sistema não é igual a zero.

Vamos resolver passo a passo cada equação a fim de classificá-las em SPD, SPI ou SI.

Exemplo 1 - Sistema Linear com 2 Equações

Exemplo 2 - Sistema Linear com 3 Equações

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Se D = 0, podemos estar diante de um SPI ou de um SI. Assim, para saber qual a
classificação correta, vamos ter de calcular os determinantes secundários.

Nos determinantes secundários são utilizados os termos independentes das equações.


Os termos independentes substituirão uma das incógnitas escolhidas.

Vamos resolver o determinante secundário Dx, por isso, vamos substituir o x pelos
termos independentes.

Como o determinante principal é igual a zero e um determinante secundário também


é igual a zero, sabemos que esse sistema é classificado como SPI.

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18. ANÁLISE COMBINATÓRIA

A análise combinatória é a área da Matemática responsável pela análise das


possibilidades e das combinações. É um conjunto de procedimentos que possibilita a
construção de grupos, formados por um número finito de elementos de um conjunto
sob certas circunstâncias.

Os três principais tipos de agrupamentos são arranjos, permutações e combinações.


Cada um deles pode ser simples ou com elementos repetidos. Neste tópico,
estudaremos os agrupamentos simples.

Porém, antes de estudá-los, aprenderemos a seguir o conceito de fatorial.

Fatorial de um número

O fatorial de um número natural n, representado por n!, é o produto de todos os


inteiros positivos menores ou iguais a n.

n! = n.(n-1).(n-2)...3.2.1

Definições especiais

0!=1
1!=1

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Exemplos

PERMUTAÇÃO
O conceito de permutação expressa a ideia de que objetos distintos podem
ser arranjados em inúmeras ordens distintas.
Assim seja um conjunto A com n elementos, chamamos de permutação a
todo arranjo com n elementos retirados de A.
A cada um dos agrupamentos que podemos formar com certo número de elementos
distintos, tal que a diferença entre um agrupamento e outro se dê apenas pela
mudança de posição entre seus elementos, damos o nome de permutação simples.
Exemplos:

1) Seja A um conjunto com os elementos {a, b, c}.


As permutações possíveis de A são: {(a,b,c);(a,c,b);(b,a,c);(b,c,a);(c,a,b);(c,b,a)}. Total
de 6 permutações.

2) Quantos anagramas possui a palavra OBA ?


As permutações da palavra são: {(OBA;(OAB);(BAO);(BOA);(ABO);(AOB)}. Total de 6
permutações.

Assim para obter o número de permutações com m elementos distintos de um


conjunto, basta escolher os m elementos em uma determinada ordem.

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O número de permutações de m elementos será expresso por : P(m)
A expressão para seu cálculo será dada por:
P(m) = m(m-1)(m-2)...(m-p+1)...3.2.1
Podemos também escrever : A(m,m) = P(m)

O Arranjo de m elementos dos quais m elementos participam é igual a Permutação


destes elementos.
Uma forma simplificada de expressar a permutação de m elementos é através do
fatorial: P(m) = m!
Este símbolo de exclamação posto junto ao número m é lido como o fatorial de m,
onde m é um número natural.
O fatorial de um número inteiro não negativo pode ser definido de uma forma
recursiva através da função P=P(m) ou com o uso do sinal de exclamação:
(m+1)! = (m+1).m! Ex: 3! = 3.2.1! => que é a mesma coisa que : 3.2.1 = 6
Nota : Lembrando que : 0! = 1 (o fatorial de zero é igual a 1) e que 1! = 1 ( o fatorial
de 1 é igual a 1)

Combinação: Uma combinação sem repetição, em análise combinatória, indica


quantas variedades de subconjuntos diferentes com n elementos existem em um
conjunto U , com r elementos. Só é usada quando não há repetição de membros
dentro do conjunto.
Na combinação simples, a ordem dos elementos no agrupamento não interfere. São
arranjos que se diferenciam somente pela natureza de seus elementos.
Portanto, se temos um conjunto A formado por n elementos tomados p a p, qualquer
subconjunto de A formado por p elementos será uma combinação, dada pela seguinte
expressão:

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EM RESUMO
 Arranjos – A ordem dos elementos é importante;
 Combinações – A ordem dos elementos é irrelevante.

EXEMPLO: Quantos números com dois algarismos distintos podem ser formados a
partir do conjunto A = {2, 4, 6, 8, 9}?
Veja que temos um conjunto de 5 elementos, onde devemos escolher de 2 em 2.
A primeira pergunta a ser feita é: A ordem dos elementos é importante?
A resposta é sim, a ordem faz toda a diferença. Se invertermos a ordem, teremos outro
número. Veja:
21 ≠ 12
Neste caso, como a ordem é importante, trata-se de arranjos.

EXEMPLO 2. João está fazendo a mala para viajar e vai levar duas bermudas. Sabendo
que ele dispõe de cinco (azul, preta, branca, marrom e listrada), de quantas formas
diferentes ele pode escolher as bermudas?
Veja que temos um conjunto de 5 elementos (bermudas), onde devemos escolher de 2
em 2.
A primeira pergunta a ser feita é: A ordem dos elementos é importante?
A resposta é não, tanto faz qual bermuda ele escolher primeiro, o que importa são
quais as duas bermudas que serão escolhidas.
Basta percebermos que ele levar a azul e a preta é a mesma coisa que levar a preta e a
azul.
Neste caso, como a ordem é irrelevante, trata-se de combinações.

Vamos calcular a quantidade de combinações:

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19. GEOMETRIA ESPACIAL E GEOMETRIA DOS SÓLIDOS

A Geometria Espacial corresponde a área da matemática que se encarrega de estudar


as figuras no espaço, ou seja, aquelas que possuem mais de duas dimensões.
De modo geral, a Geometria Espacial pode ser definida como o estudo da geometria
no espaço.

Características da Geometria Espacial


A Geometria Espacial estuda os objetos que possuem mais de uma dimensão e
ocupam lugar no espaço. Por sua vez, esses objetos são conhecidos como "sólidos
geométricos" ou "figuras geométricas espaciais". Conheça melhor alguns deles:

 prisma
 cubo
 paralelepípedo
 pirâmide
 cone
 cilindro
 esfera

Dessa forma, a geometria espacial é capaz de determinar, por meio de cálculos


matemáticos, o volume destes mesmos objetos, ou seja, o espaço ocupado por eles.

Contudo, o estudo das estruturas das figuras espaciais e suas inter-relações é


determinado por alguns conceitos básicos, a saber:

 Ponto: conceito fundamental a todos os subsequentes, uma vez que todos sejam,
em última análise, formados por inúmeros pontos. Por sua vez, os pontos são
infinitos e não possuem dimensão mensurável (adimensional). Portanto, sua
única propriedade garantida é sua localização.

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 Reta: composta por pontos, é infinita nos dois lados e determina a distância mais
curta entre dois pontos determinados.
 Linha: possui algumas semelhanças com a reta, pois é igualmente infinita para
cada lado, contudo, têm a propriedade de formar curvas e nós sobre si mesma.
 Plano: é outra estrutura infinita que se estende em todas as direções.

Figuras Geométricas Espaciais


Segue abaixo algumas das figuras geométricas espaciais mais conhecidas:

Cubo

O cubo é um hexaedro regular composto de 6 faces quadrangulares, 12 arestas e 8


vértices sendo:

Área lateral: 4a2


Área total: 6a2
Volume: a.a.a = a3

Dodecaedro

O Dodecaedro é um poliedro regular composto de 12 faces pentagonais, 30 arestas e


20 vértices sendo:

Área Total: 3√25+10√5a2


Volume: 1/4 (15+7√5) a3

Tetraedro

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O Tetraedro é um poliedro regular composto de 4 faces triangulares, 6 arestas e 4
vértices sendo:

Área total: 4a2√3/4


Volume: 1/3 Ab.h

Octaedro

O Octaedro é um poliedro regular de 8 faces formada por triângulos equiláteros, 12


arestas e 6 vértices sendo:

Área total: 2a2√3


Volume: 1/3 a3√2

Prisma

O Prisma é um poliedro composto de duas faces paralelas que formam a base, que por
sua vez, podem ser triangular, quadrangular, pentagonal, hexagonal.

Além das faces o prima é composto de altura, lados, vértices e arestas unidos por
paralelogramos. De acordo com sua inclinação, os prismas podem ser retos, aqueles
em que a aresta e a base fazem um ângulo de 90º ou os oblíquos compostos de
ângulos diferentes de 90º.

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Área da Face: a.h
Área Lateral: 6.a.h
Área da base: 3.a3√3/2
Volume: Ab.h
Onde:
Ab: Área da base
h: altura

O volume do prisma é calculado pela multiplicação entre a área da base e a altura.


O volume determina a capacidade que possui uma figura geométrica espacial. Vale
lembrar que, geralmente, ele é dado em cm3(centímetros cúbicos) ou m3 (metros
cúbicos).

Fórmula: Como Calcular?


Para calcular o volume do prisma utiliza-se a seguinte expressão:

V = Ab.h
Onde,

Ab: área da base


h: altura

Obs: Não se esqueça que para calcular a área da base é importante saber o formato
que a figura apresenta. Por exemplo, num prisma quadrangular a área da base será um
quadrado. Já num prisma triangular, a base é formada por um triângulo.

Pirâmide

A pirâmide é um poliedro composto por uma base (triangular, pentagonal, quadrada,


retangular, paralelogramo), um vértice (vértice da pirâmide) que une todas as faces
laterais triangulares.

Sua altura corresponde a distância entre o vértice e sua base. Quanto à sua inclinação
podem ser classificadas em retas (ângulo de 90º) ou oblíquas (ângulos diferentes de
90º).

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Área total: Al + Ab
Volume: 1/3 Ab.h
Onde:

Al: Área lateral


Ab: Área da base
h: altura

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