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ATOS

ADMINISTRATIVOS
(Resumo)

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Material atualizado até 15/05/2018


1. Conceito: É toda manifestação unilateral de vontade da Administração ou de quem lhes faça as
vezes, sob a orientação do regime jurídico-administrativo e subordinada à lei, que tenha por fim
a produção de efeitos jurídicos (criar, adquirir, declarar, resguardar, transferir, modificar ou
extinguir um direito ou impor uma obrigação aos administrados ou a si mesma) e seja sempre
sujeita ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade.

2. Atributos

2.1. Presunções de legitimidade e veracidade


 Legitimidade: conformação à lei e aos princípios da Administração Pública;
 Veracidade: os fatos alegados pela Administração são verdadeiros;
 Presunções relativas (juris tantum): admitem prova em contrário;
 Consequências:
 Imediata execução do ato mesmo que haja alguma irregularidade;
 Inversão do ônus da prova; e
 Inadmissibilidade de controle judicial de ofício.
 Estão presente em todos os atos administrativos;

2.2. Imperatividade
 Imediata execução de certos atos administrativos, independentemente de anuência do
destinatário;
 Fundamento: princípio da supremacia do interesse público sobre o privado;
 Decorre do poder extroverso do Estado, que consiste no poder que o Estado tem para
impor, mediante ato unilateral, obrigações e sanções aos administrados;
 Não se aplica aos atos negociais (licenças, autorizações) e enunciativos (certidões,
atestados, pareceres);
 Só está presente quando houver previsão legal;

2.3. Autoexecutoriedade
 Direta e imediata execução de certos atos administrativos pela própria Administração,
independentemente de ordem judicial;

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 Só está presente quando houver previsão legal ou, mesmo sem previsão legal, em
situações de urgência, que reclamem atuação imediata, sob risco de ocorrência de dano
ainda maior à coletividade;
 Celso Antônio Bandeira de Mello:
a) Exigibilidade: utilização de meios indiretos de coerção com a finalidade de induzir
o administrado a obedecer a determinação administrativa (ex.: multa);
b) Executoriedade: utilização de meios diretos de coerção, por meio dos quais o
administrado é compelido a obedecer à norma jurídica e fica materialmente
impedido de desobedecê-la (ex.: cassação de licença para dirigir);

2.4. Tipicidade
 Os atos administrativos devem corresponder a tipos previstos em lei;
 Fundamento: princípio da legalidade;
 Está presente em todos os atos administrativos;

3. Requisitos ou elementos (Co – Fi – Fo – M – Ob)


 Art. 2° da Lei n° 4.717/65 (Lei de Ação Popular):
a) Sujeito competente: quem;
b) Finalidade: para que;
c) Forma: como;
d) Motivo: por que;
e) Objeto: o que o ato produz no mundo jurídico;

3.1. Sujeito competente (quem pratica): É o agente público a quem a lei confere poder-dever
para que pratique determinados atos administrativos;

 Características:
a. Irrenunciável: a competência é poder-dever de agir; logo o agente público não pode
deixar de exercê-la a sua competência enquanto a titularizar, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos;
b. Inderrogável: derrogar significa revogar parcialmente. Assim, a competência é
inderrogável, pois os agentes públicos, mediante acordo de vontades, não podem
alterar a sua competência, a fim de abrir mão desta ou daquela atribuição para que
outro a titularize;

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c. Improrrogável: a competência é de exercício indeterminado, a qualquer tempo. O
seu não exercício pelo titular, por maior que seja o período decorrido, não a
transforma em incompetência. Da mesma forma que o lapso temporal não
transmuda a incompetência em competência;
d. Intransferível: o agente não pode transferir a titularidade da competência, mas tão
somente o seu exercício, como é o caso da delegação e da avocação;
e. Imprescritível: a competência não se extingue pelo decurso do tempo. Assim, não
importa por quanto o tempo ficou sem exercer a competência, ela não prescreverá;
disso resulta que a competência pode ser exercida a qualquer tempo;
 Vício: Excesso de poder;

3.2. Finalidade (para que pratica): é o objetivo pretendido pela Administração com a prática do
ato.
 Efeito jurídico mediato do ato administrativo;
 Sentido amplo (comum a todos os atos): interesse público;
 Sentido estrito (específica de cada ato): atribuída por lei;
 Vicio: Desvio de poder;

3.3. Forma (como pratica): é o modo de exteriorização do ato administrativo.


 Sentido amplo: procedimento formal (sucessão lógica de atos administrativos
intermediários com vistas à produção de um ato final);
 Sentido estrito: revestimento externo específico de cada ato (nome, dados diversos,
motivação, assinatura da autoridade competente);
 Regra: forma escrita, mas outras formas são admitidas (verbal, gestual, sonoras, sinais
etc.);

3.4. Motivo (por que pratica): é o pressuposto de fato e de direito que autoriza ou determina a
prática do ato;
 Pressuposto de direito: norma jurídica que prevê determinada situação (decorrência do
princípio da legalidade);
 Pressupostos de fato: ocorrência no mundo real daquela situação prevista em lei;
 Não se confunde com motivação, que é a exposição por escrito dos motivos que levaram
o agente a praticar o ato;

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 Regra: todo ato administrativo, vinculado ou discricionário, deve ser praticado com
a devida exposição dos fundamentos de fato e de direito que levaram o agente a
praticá-lo (princípio da motivação e art. 50, Lei n° 9.784/99);
 Exceção comumente cobrada em concursos públicos: nomeação e exoneração de
servidor ocupante de cargo em comissão;
 Teoria dos motivos determinantes: uma vez que a Administração motive o ato
administrativo, fica vinculada à veracidade destes motivos, de modo que se,
posteriormente, fica provado que estes foram inexistentes ou falsos, o ato será anulado;

3.5. Objeto (o que o ato produz no mundo jurídico): é o efeito jurídico imediato que o ato
produz; é o direito que cria, modifica, transfere, extingue ou declara, bem como a obrigação
que impõe aos administrados ou a si mesma.
 O objeto deve ser lícito, possível, certo e moral.

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4. Extinção

4.1. Anulação: é a extinção do ato administrativo eivado de vícios que o torne ilegal, porque
deles não se originem direitos.
 Objeto: ato ilícito, vinculado ou discricionário;
 Fundamento: princípio da legalidade;
 Competência: Administração e Judiciário;
 Classificação: ato vinculado (defeitos insanáveis: ato nulo) e ato discricionário (defeitos
sanáveis: ato anulável)
 Efeitos: “ex tunc” – efeitos retroativos à data em que o ato foi praticado;
 Limites: a) atos favoráveis a destinatários de boa-fé devem ser anulados em 5 anos, sob
pena de decadência do direito (art.54, Lei n°9.784/99); e b) atos cuja anulação acarretaria
prejuízo ainda maior que sua permanência.

4.2. Revogação: é o desfazimento do ato administrativo lícito e discricionário que se tornou


inconveniente e inoportuno ao interesse público;
 Objeto: ato lícito discricionário;
 Fundamento: conveniência e oportunidade;
 Competência: somente a Administração;
 Efeitos: “ex nunc” – nunca retroagem
 Limites:
a) Atos que geram direitos adquiridos;
b) Atos vinculados;
c) Meros atos administrativos;
d) Atos consumados;
e) Atos que integram um procedimento (isoladamente);

4.3. Cassação: é o desfazimento, com efeito ex nunc, do ato administrativo cujo destinatário
descumpriu requisitos necessários à sua manutenção (ex.: cassação de licença para dirigir);

4.4. Caducidade: é a extinção do ato administrativo pela edição de lei superveniente


incompatível com o objeto do ato (ex.: em determinado momento um administrado recebe
permissão de uso de bem público; posteriormente é editada uma lei que proíbe permissão
de uso daquele bem público determinado; a lei, nesse caso, opera -se a caducidade da
permissão de uso por ser com ela incompatível);

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4.5. Contraposição: é o desfazimento do ato administrativo pela edição de novo ato
administrativo de efeitos contrários ao primeiro (ex.: exoneração extingue a nomeação por
contraposição);

5. Convalidação, sanatória ou saneamento: é a correção do ato administrativo anulável que


contem defeitos leves (vícios sanáveis) que não acarretam prejuízo ao interesse público nem
danos a terceiros (art. 55, lei n° 9.784/99);
 Objeto: ato anulável (ato ilícito que padece de vícios sanáveis que podem ser corr igidos);
 Fundamento: conveniência e oportunidade;
 Competência: somente a Administração Pública (excepcionalmente o particular);
 Efeitos: “ex tunc” – efeitos retroativos;
 Limites:
 Vícios na finalidade e motivo não são passíveis de convalidação;
 Vícios na competência podem ser convalidados, desde que não se trate de competência
exclusiva;
 Vícios na forma podem ser convalidados, desde que não seja essencial (aquela prevista
em lei);
 Vícios no objeto, em tese, não podem ser convalidados, salvo quando o objeto for
plúrimo;

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---------- Anulação Revogação Convalidação

Ato ilícito que


Ato ilegal apresente defeitos
leves, que não
Objeto (vinculado ou Ato discricionário legal
acarretem prejuízo ao
discricionário) interesse público
nem dano a terceiros

Fundamento Princípio da legalidade Mérito Administrativo Mérito Administrativo

Administração Pública ou Exclusivamente a Exclusivamente a


Legitimação ativa
Poder Judiciário Administração Pública Administração Pública

Ato vinculado (defeitos


Classificação do insanáveis) e ato
discricionário Ato discricionário Ato discricionário
ato de extinção
(defeitos sanáveis)

Efeitos Ex tunc – retroativos Ex nunc – proativos Ex tunc – retroativos

a) Inexistência de lesão
a) Atos favoráveis a a) Atos vinculados;
ao interesse público e
destinatários de boa-fé b)Atos consumados; prejuízo a terceiros;
devem ser anulados em c)Atos que geram direitos b)Competência
5 anos, sob pena de adquiridos; exclusiva;
Limites decadência do direito; d)Meros atos c)Forma essencial;
b)Atos cuja anulação administra-tivos;
d)Finalidade;
acarretaria prejuízo e) Atos complexos; e
ainda maior que sua e) Motivo;
f) Atos que integram um
permanência. f) Objeto, quando
procedimento.
singular.

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QUESTÕES DE CONCURSOS

1. (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-TO predicar um ato administrativo como
Prova: Analista Judiciário - Área discricionário ou vinculado
Administrativa) Os atos administrativos são a) interfere no nível de autonomia conferido
a) os que ocorrem quando o fato corresponde ao administrador, na medida em que os atos
à descrição contida na norma legal. vinculados estão expressamente previstos em
b) aqueles que ocorrem quando o fato descrito lei e os atos discricionários não encontram
na norma produz efeitos no campo do direito previsão normativa, fundamentando-se apenas
administrativo. na competência para emiti-lo.
c) aqueles praticados no exercício da função b) impacta na existência ou não de controle
administrativa. judicial sobre o mesmo, tendo em vista que os
d) os atos legais declarados pelo Estado ou por atos vinculados estão sujeitos à análise
seus representantes, com efeitos jurídicos judicial, enquanto os discricionários apenas
imediatos, com observância da lei, sob regime admitem controle interno da própria
jurídico de direito público e sujeito ao controle Administração pública.
pelo Poder Judiciário. c) impede considerar aspectos externos do
e) aqueles que decorrem de acontecimentos caso concreto na análise, tendo em vista que
naturais independentes do homem. nos dois casos deve haver previsão normativa
específica sobre qual ato deve ser praticado e
2. (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE em que grau e medida, ainda que nos atos
Prova: Analista de Gestão) A expressão ato discricionários a norma deva elencar as
administrativo, por incluir não só os atos soluções possíveis.
praticados no exercício da função d) possibilita inferir a extensão do controle
administrativa, mas também os atos de direito judicial de determinado ato, posto que nos atos
privado praticados pelo poder público, tem vinculados todos os aspectos estão
sentido mais amplo que a expressão ato da contemplados pela norma, cabendo ao
administração. administrador subsumir um determinado caso
concreto ao ato a ele atribuído pela lei.
3. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRE-PR e) permite que os atos discricionários sejam
Prova: Técnico Judiciário - Área alterados com maior agilidade, sem
Administrativa) A distinção entre ato necessidade de previsão legal, enquanto para
administrativo vinculado e discricionário pode os vinculados é obrigatória autorização
se fazer presente em diversas situações e Judicial.
âmbitos de análise jurídica. Quanto aos efeitos,

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4. (Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: d) a possibilidade de anulação, quando
Auxiliar de Enfermagem) inconvenientes ou inoportunos em relação ao
Considere: interesse público.
I. São sempre passíveis de apreciação judicial. e) o mérito, demandando sempre avaliação
II. Sujeitam-se à lei. subjetiva do agente público.
III. É espécie de ato jurídico.
IV. Em regra, não produzem efeitos jurídicos 7. (Ano: 2018Banca: FCC Órgão: ALESE Prova:
imediatos. Analista Legislativo) Marcos, servidor público
No que concerne aos atos administrativos, titular de cargo efetivo, inscreveu-se em
está correto o que consta em concurso de promoção interno, instruindo o
a) IV, apenas. requerimento com a documentação pertinente,
b) I, II, III e IV. atendendo requisitos e indicando a respectiva
c) I, II e III, apenas. pontuação, conforme edital. Alguns
d) III, apenas. documentos foram desconsiderados pela
e) I e II, apenas. banca do concurso, de forma que ele não
atingiu a pontuação necessária para ser
5. (Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA promovido. Posteriormente, a autoridade
Prova: Auditor de Controle Externo) No que responsável pela promoção confessou a outro
concerne à administração pública, julgue o colega que desconsiderou a pontuação
item a seguir. propositadamente, sem qualquer amparo, para
Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias coibir a promoção daquele servidor, seu
salas de aula de uma escola privada para a desafeto. O ato da autoridade que
realização do curso de formação de seus novos desclassificou Marcos no concurso de
servidores. Assertiva: Nessa situação, o ato de promoção
locação, ainda que seja regido pelo direito a) está eivado de vício de desvio de finalidade,
privado, é considerado um ato administrativo. possibilitando sua anulação, inclusive judicial.
b) constitui apenas infração funcional, que
6. (Ano: 2017Banca: CS-UFGÓrgão: TJ- deve ser apenada.
GOProva: Juiz Leigo) Uma das características c) tipifica ato de improbidade na modalidade
dos atos administrativos é: que causa prejuízo ao erário, pois a conduta da
a) a sujeição ao regime jurídico de direito autoridade foi dolosa.
privado, de conformidade com ao Código Civil. d) caracteriza abuso de poder, mas não pode
b) a possibilidade de sua revogação, quando ser revertido, em razão do encerramento do
praticados com vícios que os tornem ilegais. certame.
c) a presunção de legitimidade.

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e) constitui ato discricionário, ainda que a c) ilegítima, pois a questão diz respeito a
motivação tenha sido fundada em razões critérios de conveniência e oportunidade, que
reprováveis, o que impede o controle judicial. refogem ao controle judicial.
d) ilegítima, eis que o controle judicial
8. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: somente é exercido em relação a atos
Analista Judiciário - Área Administrativa) No vinculados.
caso de vício de competência, cabe a revogação e) legítima, desde que comprovado,
do ato administrativo, desde que sejam adicionalmente ao vício de motivo, falha em
respeitados eventuais direitos adquiridos de aspectos relativos à discricionariedade técnica.
terceiros e não tenha transcorrido o prazo de
cinco anos da prática do ato. 10. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-
RS Prova: Auditor) Determinado prefeito
9. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP exarou ato administrativo autorizando o uso
Prova: Defensor Público) Como é cediço, o de bem público em favor de um particular.
controle judicial dos atos administrativos diz Pouco tempo depois, lei municipal alterou o
respeito a aspectos de legalidade, descabendo plano diretor, no que tange à ocupação do
avaliação do mérito de atos discricionários. espaço urbano, tendo proibido a destinação de
Considere a situação hipotética: em sede de tal bem público à atividade particular.
ação popular, foi proferida decisão judicial Nessa situação hipotética, o referido ato
anulando o ato de fechamento de uma unidade administrativo de autorização de uso de bem
básica de saúde, tendo em vista que restou público extingue-se por
comprovado que os motivos declinados pelo a) revogação.
Secretário da Saúde para a prática do ato − b) anulação.
ausência de demanda da população local − c) contraposição.
estavam em total desconformidade com a d) caducidade.
realidade. Referida decisão afigura-se e) cassação.
a) legítima, apenas se comprovado desvio de
finalidade na prática do ato, sendo descabido o 11. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM
controle judicial do motivo invocado pela Prova: Analista – Administrador) Suely,
autoridade prolatora. diretora de uma escola da rede pública,
b) legítima, com base na teoria dos motivos autorizou que o zelador daquela unidade
determinantes, não extrapolando o âmbito do ocupasse, para fins de moradia, uma edícula
controle judicial. existente no terreno, formalizando a
autorização mediante outorga de permissão de
uso. Justificou o ato praticado, pelo interesse

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público na permanência do zelador nas governo edite uma portaria reconhecendo uma
dependências do estabelecimento de ensino no determinada região como de “especial
período noturno, o que contribuiria para a interesse para exportação”, o que conferiria às
segurança patrimonial, haja vista o registro de áreas abrangidas pelo perímetro acesso a
diversos furtos de material. Contudo, passados programa especial de crédito junto à
alguns meses, a Diretora foi informada de que instituição financeira oficial. Ajuizada ação
seria realizada uma reforma na escola e que a para anulação dessa portaria, invocando vícios
edícula deveria estar desocupada para estocar de legalidade no procedimento administrativo
os materiais necessários e servir de refeitório no bojo do qual foram apresentadas as
e vestiário para os trabalhadores contratados. justificativas e fundamentos para o
Diante da superveniência de tal circunstância, reconhecimento daquela região como de
o ato administrativo praticado por Suely, especial interesse,
consistente na permissão de uso ao zelador, a) deve a Administração pública lançar mão de
a) deve ser anulado, administrativa ou seu poder de revisão para fins de revogar a
judicialmente, por desvio de finalidade, que portaria editada pelo Ministro da Agricultura,
restou evidenciado pela circunstância sem produção de efeitos retroativos,
subsequente. ensejando perda de objeto ou carência
b) deve ser anulado, pela própria diretora ou superveniente da ação judicial, que não mais
superior hierárquico, em face da se mostraria necessária para retirar a portaria
superveniência de razões de interesse público. do mundo jurídico.
c) somente pode ser desfeito pelo Poder b) é cabível a anulação pela Administração
Judiciário, haja vista que gerou direito pública, de ofício, da portaria editada,
subjetivo ao destinatário. identificado(s) o(s) vício(s) de legalidade que
d) é passível de revogação, na esfera macularam o procedimento administrativo,
administrativa ou judicial, com base na retroagindo seus efeitos à data da edição da
supremacia do interesse público sobre o portaria, mas respeitados direitos de terceiros
particular. de boa-fé decorrentes, por exemplo, de
e) é passível de revogação, pela própria negócios jurídicos que já tenham sido firmados
Administração, pelas razões de conveniência e com base naquele ato.
oportunidade fundadas no interesse público. c) deve-se aguardar o desfecho da ação judicial
para que seja possível qualquer análise de
12. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 21ª violação dos negócios jurídicos, somente após
Região (RN) Prova: Analista Judiciário - Área o que se pode cogitar de anulação ou
Judiciária) Considere uma hipótese em que o revogação.
Ministro da Agricultura de determinado

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d) decidiu a Administração pública anular a declarando-se, na sequência, a reconstituição
portaria editada e reiniciar o processo de da situação jurídica anterior, com a
estudos para definição de regiões especiais, manutenção de efeitos.
mesmo sem a específica identificação de vícios, e) anulação, retroagindo, como regra, seus
fundamentando a decisão em razões de efeitos à data da edição do ato, com a
interesse público, conveniência e desconstituição deste, e revogação, cujos
oportunidade, evidenciando a urgência e efeitos são produzidos a partir de então.
conferindo efeitos ex nunc à decisão.
e) descabe o exercício de poder de revisão pela 14. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª
Administração pública, passando a decisão REGIÃO Prova: Analista Judiciário - Oficial de
sobre a validade ou invalidade da Portaria ao Justiça Avaliador) A Administração após
crivo judicial, cuja decisão necessariamente exarar ato administrativo que produziu efeitos
produzirá efeitos ex nunc. favoráveis aos administrados apercebeu-se de
que o ato foi expedido em desconformidade
13. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª com a lei de regência, além de ter sido
REGIÃO Prova: Analista Judiciário - Área proferido por autoridade incompetente. Nesta
Administrativa) Às decisões que extinguem os hipótese, poderá
atos administrativos por vício de legalidade e a) revogar com efeitos ex nunc o ato, desde
por razões de conveniência e oportunidade, que, para tanto, respeite o prazo legal.
dá-se os nomes, respectivamente, de b) anular com efeitos ex nunc o ato, desde que
a) anulação e revogação, não retroagindo seus já não tenha sido impugnado,
efeitos à data da edição dos atos viciados, independentemente do prazo.
razão pela qual ficam preservados todos os c) revogar o ato, no exercício da autotutela,
efeitos produzidos até a data da extinção. que não se sujeita à limite temporal e tem,
b) anulação e invalidação, retroagindo seus como regra, efeitos ex tunc.
efeitos à data da edição dos atos viciados, d) anular o ato, no exercício da autotutela, que
acarretando, portanto, a desconstituição dos se sujeita à limites temporais e, como regra,
efeitos até então produzidos. produz efeitos ex tunc, preservados os direitos
c) revogação, cujos efeitos retroagem à data da de terceiros de boa-fé.
edição do ato viciado, e anulação, cujos efeitos e) anular o ato, no exercício da autotutela, que
passam a ser produzidos somente quando de não se sujeita à limites e sempre produz
sua edição. efeitos ex tunc, em razão do princípio da
d) anulação, cujos efeitos não retroagem à data estrita legalidade.
da edição do ato anulado, e invalidação, cujos
efeitos retroagem à data do ato invalidado,

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15. (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE Administração, diante da ilegalidade apurada,
Prova: Analista de Gestão – Administrador) Na retroagindo os efeitos à data em que a decisão
revogação, o ato é extinto por oportunidade e foi proferida.
conveniência, ao passo que, na anulação, ele é c) há nulidade relativa no ato administrativo,
desfeito por motivo(s) de ilegalidade. que permanecerá produzindo efeitos até que o
particular cujos direitos foram lesados tome a
16. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRE-PR iniciativa para requerer, judicial ou
Prova: Técnico Judiciário - Área administrativamente a anulação, vedada a
Administrativa) Considere que tenha revisão de ofício pela Administração pública
tramitado regularmente um processo diante da falta de recurso voluntário por
disciplinar contra determinado servidor ocasião do processo disciplinar.
público titular de cargo efetivo a fim de apurar d) a irregularidade sanável constatada em
sua responsabilidade pela prática de regular correição já configura iniciativa da
determinada infração. Constatada a autoria própria Administração pública, que poderá
diante das provas, foi proferida decisão pela decidir, discricionariamente, se o desfazimento
autoridade competente, imputando pena de do ato se dará pelo corregedor no próprio
demissão ao servidor. Não tendo havido procedimento de correição ou se será
recurso, foi o servidor desligado dos quadros necessário provocar a autoridade
da Administração pública. Em regular hierarquicamente competente para o juízo de
correição ocorrida na unidade no mesmo revisão da decisão.
exercício, verificou-se que a autoridade e) será necessária decisão judicial declarando
apenou o servidor equivocadamente, pois a nulidade do ato proferindo, considerando
aquela infração era sancionada com que o servidor punido em regular
suspensão, aplicando-se a demissão somente procedimento disciplinar não recorreu da
nas hipóteses de reincidência, que não era o decisão administrativa, bem como porque se
caso. Diante desse cenário e no que se refere à trata de restabelecimento de vínculo com a
validade do ato administrativo proferido, Administração pública, o que não pode ser
a) o ato é eivado de vício que lhe acarreta feito administrativamente.
nulidade absoluta, não necessitando de
qualquer declaração de nulidade para sua 17. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: ARTESP
retirada do mundo jurídico, posto que atos Prova: Direito) Considere que determinado
nulos não produzem efeitos jurídicos. agente público tenha praticado um ato
b) há nulidade no ato administrativo que administrativo, consistente na realocação de
imputou a sanção equivocada ao servidor, um servidor público a ele subordinado,
podendo ser revisto de ofício pela própria sustentando a necessidade de reforço de outra

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equipe encarregada da gestão de um externados, com indicação dos fatos e dos
importante contrato. Subsequentemente, fundamentos jurídicos.
identificou-se que a situação indicada não era b) O ato de delegação pode ser revogado a
real, porém não ficou claro se o agente público qualquer tempo pela autoridade delegante ou
que determinou a realocação teria agido de pela autoridade delegada.
má-fé ou com eventual intenção de prejudicar c) O ato de delegação deve ser publicado no
o servidor transferido. O fato é que a área da meio oficial, mas não o de sua revogação.
qual o servidor foi retirado ficou desfalcada e d) Caso um ato administrativo esteja eivado de
com dificuldade de gerenciar os contratos sob vício de legalidade, o Poder Judiciário terá de
sua responsabilidade. Diante de tal situação, o revogá-lo.
ato administrativo de realocação do servidor é
passível de 19. (Ano: 2016Banca: CESPE Órgão: TCE-PA
a) revogação, apenas se constatado desvio de Prova: Auditor de Controle Externo – Direito)
finalidade por parte do agente que o praticou. A revogação aplica-se a atos praticados no
b) anulação, em face da ocorrência de fatos exercício da competência discricionária.
supervenientes que demonstram a
inconveniência de sua manutenção. 20. (Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª
c) revisão, pela autoridade superior, desde que REGIÃO (MS) Prova: Técnico Judiciário –
constada ilegalidade ou abuso de autoridade Segurança) Marcia, servidora pública, decide
na sua prática. revogar ato administrativo discricionário e
d) revogação, pelo próprio agente que o válido por ela praticado e assim o faz com
praticou, por razões de conveniência e efeitos retroativos à data em que o ato foi
oportunidade. praticado. A propósito do tema, é correto
e) revogação, em sede judicial, por vício de afirmar que a revogação narrada
motivo, com base na teoria dos motivos a) está absolutamente correta, seja quanto ao
determinantes. ato revogado, seja por quem revogou e seja
quanto aos efeitos do instituto.
18. (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR b) apresenta apenas uma irregularidade: seus
Prova: Juiz de Direito) Com base na Lei n.º efeitos não são retroativos.
9.784/1999, assinale a opção correta acerca da c) apresenta apenas uma irregularidade: não
revogação e dos elementos dos atos se destina a atos válidos.
administrativos. d) apresenta duas irregularidades: não se
a) A revogação de um ato administrativo deve destina a atos válidos e seus efeitos não são
apresentar os seus motivos devidamente retroativos.

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e) apresenta apenas uma irregularidade: não pelo chefe máximo do órgão ou entidade a qual
poderia ser decretada por Marcia, mas sim a servidora pertence.

GABARITO
1. D 5. E 9. D 13. E 17. A
2. E 6. C 10. A 14. A 18. A
3. D 7. A 11. E 15. C 19. C
4. C 8. E 12. D 16. D 20. B

“A concentração é essencial para a qualidade dos seus estudos. Uma hora de estudos com
concentração vale mais que três horas de estudos com distração. Por isso, concentre-se. Esteja
por inteiro onde estiver. Não deixe sua mente divagar por outros lugares. Não permita que a
mente sabote seus estudos e você conseguirá êxito. Aproveite ao máximo a oportunidade
presente. Sonhe alto, mas lembre que a realização de seu sonho começa agora. Não fique
fazendo mil coisas ao mesmo tempo e não realizando nada com qualidade.”
(Trecho extraído do livro “Os Sete Hábitos do Concurseiro”, Elyesley Silva do Nascimento, Ed.
Impetus)

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