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Disciplina: Libras
Professor(a): Tatiane
Gesser nos mostra nesse segundo capitulo que o termo “surdo” resolve a dimensão
política, linguística sociocultural em que a surdez está envolvida. Muito melhor que os
termos ‘deficientes auditivos’ ou ‘surdos-mudos’ os quais os surdos não gostam.
Para a autora, o intérprete tem função relevante na comunicação entre surdos e ouvintes
e se caracteriza como um direito em ambientes educacionais como universidades, escolas
e repartições públicas, mas faz também uma ressalva de que o intérprete não é a voz do
surdo.
“Ao analisarmos sua história, vemos que a cultura surda foi marcada por muitos
estereótipos, seja através da imposição da cultura dominante, seja das representações
sociais que narram o povo surdo como seres deficientes. Muitos autores escrevem lindos
livros sobre oralismo, bilinguismo, comunicação total, ou sobre os sujeitos surdos... Mas
eles realmente conhecem-nos? Sabem o que é a cultura surda? Sentiram na própria pele
como é ser surdo? Esta é uma reflexão importante a ser feita atualmente, porque as
metodologias citadas não foram criadas pelo povo surdo e sim por ouvintes. Não digo que
seja errado, o que quero dizer é que essas metodologias não seguem a cultura surda... O
que o povo surdo almeja realmente é a pedagogia surda.” (Pág. 53)
Referência:
GESSER, Audrei. O Surdo. In: LIBRAS: Que língua é essa?: crenças e preconceitos em
torno da linguagem de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial. 2009.
Capitulo 2. p.45-61.