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Maçonaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL.

Redactor em Chefe, o Gr.*. Secret/. Ger.'. da Ord.\

N.° 8. — 2.° ANNO.

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Or.*. do Rio de Jaueiro.


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Maçonaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL.

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N.° 8. - 2.° ANNO,

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Or.-. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPÍÍIA DO GR.*. OR.*. DO BRAZIL.
Valle do Lavradio 53 K.
1873 (£*.*. V.-.)
Boletim
DO

GRANDE ORIENTE DO RRAZIL


AO VALLE DO LAVRADIO.

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Itum. Agosto 1873 2/ Mw


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Secção Dogmática.
Da regeneração raacoíiica. I
Nenhuma instituição humana deixa de sujeitar-se ás impressões
do andar dos séculos.
No fundo e na fôrma parecem não haver soffrido alteração; e,
comtudo, ahi está a realidade (liaria iiarrando-nos façtos do como
se olvidão preceitos e se obseúrecem doutrinas.
É que o homem, no caminhar do seu progresso, ou vai dando
impulsos ao que acha ou vai corrigindo o que entende ser pre-
judicial ao seu tempo e á sua individualidade.
Poutras oras, quando a Maçonaria se convolvia no meio de
tremendas revoluções, o caracter de cada um de seus adeptos
tinha a forma severa e contumaz. Quando as letras e todas as
transacções do espirito dávão ás sociedades reformadores e sa-
bios, era a Maçonaria um aréopago de philosophia transcendente.
Nossos pais soüberão, mais tarde, em duras perseguições, como
se subia ao cadafalso ou á fogueira em nome da liberdade do
pensamento.
Então, sempre, os arraiaes maçonicos conchegavão-se, coinmun-
gavão princípios de alta severidade, e todas as grandes virtudes
pertencião á Maçonaria.
— 582 —
Erão aquelles homens uns vultos de granito lançados
na es
trada do progresso e da conquista da verdade, mas mudos
silenciosos. O progresso os levava por diante; arautos ou
dos
tempos modernos, elles avançavão, ainda mesmo á custa da
vida
e por toda a parte estabelecia-se a verdade em doutrinas
de'
fácil comprehensâo.
A Maçonaria era uma potência invencível. Parecia
que o calor
das entranhas da terra fazia erupção para dentro de suas
ornei-
nas: tudo alli era vida, força, dedicação, desenvolvimento
physico
e moral.
Que Deus havia dito: Fiat lux!
E a luz que os homens não havião comprehendido houvesse
;
sido feita, alli no templo maçonico brilhava e irradiava-se.
A sociedade estremecia; o christianismo conquistava nos domi-
nios da razão; o homem crente formava-se nas theorias do
e do verdadeiro; as leis harmonisavão todos os conjunetosgosto
so-
ciaes e todas as opposições humanas; nos campos e nas cidades
era sanetificado o trabalho e a cultura recebia a sua sagrada
saneção.
A architectura transformava as rochas graniticas e os mármores
informes em sumptuosas cathedraes; os
paços dos príncipes, as
galerias das artes e os centros dos comícios populares recebião
columnatas para erguêl-os e fustes adornados dignifical-os:
—era o cunho do esforço intellectual para
lançando o repto tremendo
a vassallagem feudal que prendia em estúpidas conveniências
cantões inteiros de homens subjugados á ignorância e ao azor-
rague brutal do senhor.
Ao homem, que livre havia-o Deus creado, ensinava
a Maço-
nana o caminho da liberdade e do
porvir.
Forão estes os sucessos narrados nos
pergaminhos que trouxe
a humanidade até á beira deste novo século. Ella
vinha de lon-
ge, a cruz no peito e a mente nos desígnios do Creador. Mais
culta e mais cheia de experiência, media a
compasso as distan-
cias dos acontecimentos humanos, avaliava-os,
nível, comparava-os e os collocava, amontoados, passava-lhes o
mas classificados,
no limiar do século que tinha de transpor. >
Mas, parece, que a guilhotina não havia
ceifado assás na
seara dos erros da presumpção e
do orgulho de casta; ou,
ao menos, fora injusta, e cortara o viço nobre
do mérito real
— 583 —

deixar medrar viciados rebentões de uma desenfreada feu-


para
dalidade....
A horrenda carnificina do fim do ultimo século não havia con-
seguido extirpar de todo o cancro social de princípios subver-
sivos: tal fora a desordem dos cegos autores desses nefandos
dias. Se elles forão apenas só dentes de uma roda que o pro-
gresso fazia gyrar, confesse-se ao menos que sua engrenagem
era defeituosa e sua consistência facilmente se oxidara e tornara
lasso o seu movimento.
A Maçonaria aqui não dera plano, nem conselho: lamentava
os excessos, procurava minoral-os e tornar proveitosa a máxima
desordem social.
Ella applaudia a liberdade que nascia, os grilhões a um canto
partidos e o escravo emancipado erguendo a cabeça entre o povo
e com elle louvando o Deus • que transmittira um código divino
para homens livres.
Mas 1800 trazia ainda regimentos e capitães amestrados nas
revoltas e nas escaramuças. Era pernicioso o habito das armas.
As conquistas da gloria cederão lugar ás conquistas da vaidade
nacional. Vinte annos ou mais coniiagrára-se a Europa latina e
teutonica. O canhão e o fuzil, em sua rouca e estrondosa lin-
guagem, discorrião por toda a parte: era para uns unia elo-
quencia engrandecedora; para outros, apenas tributos do orgulho
humano. O soldado tornára-se duque, príncipe, imperador. Era
o máximo das ambições.
Niveladas as condições, que mais ambicionava a humanidade?
Havia ainda alguma cousa mais: a vaidade, a cobiça, o amor
ao fausto e ás riquezas, forjavão planos e especulavão com a
consciência.
Mas a robustez do homem estava gasta em séculos de lidas.
Fraco e apoucado para as grandes aventuras, contentava-se em
sentir-se garantido por todas as liberdades; em seus instinetos
1 dominadores, fraco rei de
grandioso século, servião-lhe cie títulos
nobilitarios e tudo que o sol cias sciencias illuminava e os aclian-
tamentos todos industriaes e mercantis. Assim como o simples
aldeão volvido soldado era baptizado nobre ou duque nos campos
da batalha, assim também o simples mercador, na praça das ri-
quezas, buscava erguer-se no feudo dos capitães.
Be um lado, pois, tínhamos os ousados aventureiros, os cora-
584 -

josos lidadores em todos os domínios das transacções da ahna


esses que são os arautos da immortalidade, e de outro lado'
formando sociedade culta e mixta, os positivistas das honras dos
commodos da vida e dos cabedaes. Era o sangue vermelho
activo e potente, das artérias da humanidade, circulando no orèà-
nismo de 1800, a par do sangue branco, apathico e lymphatiCQ
dos fracos, que vivem á custa da energia alheia.
Que o corpo orgânico social é semelhante a este que constitue
o homem physiologica, anatômica e pathologicamente considerado
— um conjuncto de instinctos, sensações, aversões, sympatliias'
inercias e energias.
Os historiadores, que são apenas só os grandes chronistas das
sociedades, fôía melhor serem os grandes médicos da hümârii-
dade e> também os seus grandes moralistas.
Todos lêem a historia dos tempos passados e poucos delia
tirâo proveito.
O homem é um ser absoluto e voluntário; mas o homem é
também um ser eminentemente social.
Até ao Evangelho, que narra as divinas lições de Nosso Senhor
Jesus-Christo, o absolutismo e a voluntariedade do homem linlião
razão de ser. De então para cá é um crime, um absurdo.
Christo marca a regeneração do homem, Um Deus feito lio-
riiem dá aos homens todos do mundo conselho ameno, lição fe-
cunda, esperanças sempre crescentes.
A matéria que morre no Golgotha, deixa erguer-se sublime a
alma puríssima até ás regiões infinitas de um Creador Onmipo-
tente. E alli, nesse monte de tormentosas crucificações, alú
nesse pôldre sanguinolento, regenera-se o homem no'exemplo
fecundo do Grande Mestre da humanidade.
Esse foi o limiar por onde passarão as gerações christãs, a
casta retemperada na sabedoria das virtudes.
Ao perpassar a historia de todos os tempos até nossos dias,
eente-se aquelle grande coração christão pulsar nas camadas so-
ciaes, mas também os esforços de muitos para tornàl-o apenas só
um músculo das funcções orgânicas.
~.t A vaidade, o egoísmo e o orgulho
forão sempre e são as três
feras indomáveis que trouxerão aterrados e comprimidos os
povos
de muitas gerações.
É que o selvagem que vive dentro do homem social não se
~ 585 —

de uma vida policiada na fé, na


accommoda com os preceitos
cultura intellectual e cordial.
Os homens de Nemrod atravessarão ainda, apczar da Cruz e
rio Evangelho, ate aos nossos dias, ávidos de aventuras, dispostos
a todas as conquistas de mão armada.
Assanhai um destes sectários do soberano egoísmo e vereis
como resurgem nelle os instinctos felinos do aventureiro sem
e sem lar.
pátria
Nos annaes dos crimes celebres, nessa estatística em que se
vê o resultado da falta de educação christã, pode-se compre-
hender como nos centros povoados a ambição arma e abriga sei-
vagens com ares civilisados.
Eis porque ha sido difiicil a regeneração social completa; eis
o estorvo que o espirito culto encontra na marcha progressiva
para a suprema luz e para o máximo bem.
Taes hão sido os males que estorvão e estorvarão a Maço-
naria no seu desenvolvimento civilisador.
E por mais' que observemos as disposições de uma humani?
dade do porvir, a qual, sem duvida, leva o cunho do muito da
actualidade, que é um legado instinetivo de séculos, tudo nos faz
crer que difíicil e tardia será a regeneração maçonica, tal como
todos os que refiectem a admittem e ambicionão.
A Instituição Maçonica, no presente, está falseada por toda a
parte. O espirito de contenda apoderou-se delia; e nos Estados-
Unidos, na jurisdicção do Sul, cila chamou a si esse espirito de
feudalismo, que os mesmos Estados recusarão á instituição na-
cional.
Caberá ao Brazil a parte mais importante da regeneração ma-
çonica? Este gigante chrlstão, concreto c dedicado ás grandes
liberdades, será o guia que aponte o futuro luminoso maçonicoV
A raça latina, que decahc por toda a parte, quem sabe se se
avigora no meio destas grandezas em que a magestade do espirito
brazileiro se apraz viver, dando em abundância de generosidade
eloqüentíssimos exemplos de grandeza d'alma e seiva de vida?!
Temos dissidências, é verdade, lutamos energicamente contra
os erros de uns e abusos de outros; mas é certo que no meio
de tantos males, nós levamos de vencida aquelles que não são
eledicadamente maçons, ou que da Maçonaria se servem para en-
cobrir aspirações políticas.
- 586 —

Instrucção Maçonica.

Destino do homem.
These apresentada á Loj.-. Liberte, ao Or.\ de Lausanne, pelo Ap.\ 6# l.
afim de obter o grào de Comp.\
A these de que me encarregastes é uma das mais vastas de
que se possa tratar. Ella comprehende nada menos do que uni
resumo de toda a philosophia: não espereis, pois, que a desen-
volva ex-professo; pára isso seria mister invocar todo o meu pas-
sado e consultar os philosoplios; falta-me, porém, o tempo.
Acolhei, pois, com indulgência o pequeno trabalho que tenho
a honra de vos apresentar. É o producto de uma noite, a única
que as occupaçoes do cargo que exerço me deixarão livre.
Nascer, crescer, viver e morrer, tal é a sorte do homem neste
mundo. Admittiremos com Rousseau que o homem nasce bom?
ou, seguindo uma orthodoxia rigorista, diremos que o homem
nasce máo, que seu coração é essencialmente maligno e que
delle bem algum pode esperar-se? Parece-me que qualquer destas
opiniões é falsa. Adoptando-se a primeira, nada mais seria ne-
cessario do que nutrir a criança e entregal-a aos recursos da
natureza; adoptando-se a segunda, estabelecer-se-hia como prin-
cipio que é absolutamente inútil os esforços empregados afim de
tornar o homem mais forte e melhor, visto como seria um tra-
balho estéril.
A meu vêr o homem nasce fraco, tendo em si o germen do
bem e do mal e o instincto das faculdades que tem de desen-
volver-se. É mister comprimir o mal, desenvolver o bem, afim
de que a planta fraca e delicada, representada na criança, torne-
se uma arvore robusta, vigorosa e preciosa pelos seus bons
íructos. Esta é a obra da educação, isto é, o resumo dos meios
próprios a desenvolver o ser humano e conduzil-o ao destino que
Deus lhe tem designado.
O destino do homem é a perfeição. É possível que elle a não
attinja na terra; porém, nesta esperança, o homem atravessa um
mundo cheio de perigos e misérias de todas as espécies. É ne-
cessario, pois, educal-o para estas duas existências, considerando-o
não só como um ser fraco, mas também como um ser immortal,
— 587 -

Deus um dia chamará para si. Facilitar a viagem presente,


que
isto é, a residência na terra, conduzir o homem ao bem-estar,
melhorar seu estado e preparar sua alma para seu destino eterno,
eis o fim da educação. Sua verdadeira missão é o complemento
dos planos do Crcador para com os homens, realizando-se o bem
da humanidade, afim de que ella adquira seu pleno desenvolvi-
mento, tal como Deus tem disposto em sua alta sabedoria.
Bem como a humanidade em geral tem um destino, assim
também o tem cada individuo em particular. Cada criança apre-
senta recursos, forças, aptidões e talentos, que varião de uma á
outra, e conformando-nos com isto, é que devemos epipregar
nossos esforços afim de realizar o plano que o Gr/. Arch/. do
Un/. tem delineado, problema que para com as crianças deve re-
solver a educação, e cuja solução demanda muita perspicácia,
experiência e observação. A educação deve perscrutar o ideal
do individuo, isto é, o que elle se tornará, e esforçando-se na
realização deste ideal terá ella attingido seu fim; obra esta que
não está sujeita a caprichos nem subordinada a cousa alguma.
Decidir por nós mesmo até que ponto pode chegar nosso desen-
volvimento não é possivel, visto como só Deus pôde determinar
o que deve ser a humanidade c cada individuo em particular.
Nossa missão é perscrutar os desígnios de Deus a nosso respeito
e buscar os meios próprios a realizal-os, lembrando-nos das pa-
lavras ditas a Movsés: " Executa tudo conforme viste sobre a
montanha. „ Examinando, pois, nossa natureza encontraremos a
revelação de nossos deveres, bem como a dos demais seres.
O homem é dotado de faculdades physicas, intellectuaes e mo-
raes, as quaes achão-se em embryão na criança, á semelhança
dos botões das flores, que encobrem sob seu invólucro a vida e
a belleza. Este embryão não existe em vão, tende a desen-
volver-se.
O corpo deve tornar-se um instrumento sadio e vigoroso para
nossa intelligencia, isto é, o desenvolvimento physico. O espirito,
a seu turno, deve desenvolver todas as forças de que é dotado,
taes como, a sensibilidade, a attenção. a concepção, etc; e assim
nossa intelligencia tornar-se-ha a luz que esclarecerá toda a nossa
vida: este é o desenvolvimento intellectual. O coração, sujeito a
todos os sentimentos nobres e generosos, e a alma amante do
Creador, deve delle approximar-se, amal-o e subraetter-se á sua
— 588 —

vontade: este é o desenvolvimento do sentimento, desenvohimmt


moral e religioso. °
O homem tornar-se-ha completo pelo desenvolvimento
suas faculdades, deixando de ser um ente truncado, mutilado geral de
insufficiente, visto como elle terá assim mostrado os dons e
tem recebido. Além disto, nossas faculdades, necessitando que
de
certos objectos para seu alimento, é mister concedêl-os
Ao
corpo devemos dar tudo o que pode entreter a força e a saúde-
ao espirito o conhecimento da verdade; ao coração as emoções
que o engrandecem e ennobrecem, e, finalmente, á alma as aspi-
rações de uma outra vida e a luz que d'ahi dimana. Assim
como
a planta necessita dos suecos da terra, de luz e de ralor novo
desenvolver-se, o homem igualmente tem necessidade de todas
as espécies de alimentos e sustentaculos. Tratando-se do
espi-
rito, o alimento é a instrucção; tratando-se do corpo ou do
co-
ração, o alimento é o desenvolvimento. Nada,
porém, de desen-
volvimento sem instrucção, nem instrucção sem desenvolvimento.
A instrucção e o desenvolvimento elevem marchar
par e par, afim*
de mutuamente ajudarem-se. Nos primeiros annos o
principal é
o desenvolvimento das faculdades: a criança não seguir
uma instrucção regular, comtudo, paulatinamente, caminha e pode
torna-
se um thesouro.
pois, que três cousas deveremos ter em vista:
1.",^Concluímos,
o homem que deve desenvolver-se e instruir-se; 2", o
co-
nhecimento do próprio homem; 3.a, Deus, ao redor do
qual tem
de cumprir-se toda nossa obra.
Eis, pois, um triângulo, do qual Deus é o vértice e o
homem
a base. Eis a obra da educação
para o indivíduo, bem como
para os povos, e assim realizado está o destino do homem.
A educação do homem deve durar tanto
quanto a sua vida,
ate que elle attinja ao gráo de
perfeição a que aspira. O homem
deve sem cessar desenvolver-se; assim,
cada estado em que nos achamos como um pois, elevemos encarar
novo meio de aper-
teiçoamento. Cada período de nossa existência
deve ser melhor
e mais puro que o precedente. Nossa
vida é uma escada de
Jacob, o patrarcha, cujos degráos devemos
subir sem que o nu-
mero delles e os obstáculos
que encontrarmos nos desanimem.
A vista, pois, dos princípios estabelecidos,
vemos que a criança
tornando-se adulta, chega á madureza
e deve desenvolver-se por
— 589 —

sua actividade e pelo impulso recebido em sua primeira edu-


cação.
Dado o impulso, ella o seguirá, tanto quanto o permittirem
suas forças, até seu ultimo instante.
A exiguidade deste trabalho não me permitte traçar-vos os
caracteres geraes do desenvolvimento do homem, a origem de
seus princípios, baseados sobre o estudo de nossa natureza, sobre
a experiência e sobre a revelação exterior e do infinito.
Não me occuparei também da importância da theoria, das ob-
jecções suscitadas sobre ella, do desenvolvimento natural e da
necessidade de considerar nossa natureza como uma unidade har-
monica. Os Ilr.-. que quizerem estudar estas matérias, cônsul-
tem as obras que designo no fim deste meu trabalho.
Não vos fallarei da consciência do eu, nem dos documentos
que o constituem e de seu desenvolvimento, nem tão pouco do
sentimento do não eu material, a percepção externa ou faculdade
sensitiva, a qual transmitte ao cérebro as impressões dos sen-
tidos de que a alma se apodera. Deixarei a intenção, a con-
cepção, etc.
Repetirei que o homem, chegando á virilidade, deve guiar-se
a si próprio, viver de sua própria vida, trabalhar e ter vontade
sua; não uma vontade egoísta, mas sim a que tem por divisa
não só esta máxima " Faz aos outros o que quererieis que se te
fizesse,,, mas também a de S. João, nosso patrono, " Meus filhos,
amai-vos uns aos outros „, máximas que fazem o homem cooperar
para a harmonia universal, até que, debilitado pela idade, ver-
gando ao peso dos annos, penetre no Oriente eterno. O que se
torna elle então?
Admittiremos o nada absoluto? Acreditaremos com Pithagoras,
com magos do Egypto e com os antigos sábios cia China na
metempsycose, onde a alma do máo é punida pelo invólucro em
um corpo vil, ou a do justo recompensada, concedendo-se-lhe um
corpo melhor do que o que tinha?
Seguiremos a doutrina de Platão, da reunião das almas í^uma
vasta planície, afim de livremente escolherem um outro estado,
segundo seus gostos, paixões ou inexperiência, como Atalante
transformado em athleta, Epéa em mulher industriosa, Agamem-
non em águia, Ajax em leão e Thersite em macaco? De certo
Que não: preferimos a vida que nos é promettida pelo Evangelho
- 590 —

e que Bossuet resume nestas palavras: « A vida


tira na felicidade de vèr eternamente Deus, futura
face á face tal C°m
elle é, e amal-o de todo o nosso coração. '
Terminarei, dizendo com Mes Simon:"basta-nos
esta „***_
nada mais exige nosso espirito. wwza,

(La Vérité, Journal Maç.<. de Ia SuUse Romande


IV annee, n. 12.) •

i..
— 591

Seeçáo Official.

Grande Loja Central.


SESSÃO N. 223 DE 18 DE AGOSTO DE 1873, E.\ V.-.
Presidência do Resp.\ e IU.\ Jf.\ 33.\ Antônio Alvares Pereira Coruja.

Achando-se presentes 132 membros, foi aberta a sessão, lida


e approvada a acta da anterior.
Resolveu-se:
Approvar as eleições geraes para o presente anno maç.-. 5873
da Aug.*. Loj.-. Cap.-. Amor á Humanidade e dos SSubl.-. CCap.-.
Commercio, Perfeita Amizade e Acácia.
Approvar as eleições parciaes das AAugv. LLoj.-. Pedro Se-
gundo e Asylo da Paz e dos SSubl.-. CCap.-. Santa Fé e Confia-
ternidade Maçonica.
Approvar á instállação, filiação e regularisação da Loj.-. Provv.
União e Crença, ao Or.-. do Rio-Novo. na província de Minas-
Geraes, dependendo da sancção do Mto. Pod.\ Supiv. Cons.-.
Approvar o sello e timbre, tanto da Aug.-. Loj.-. Symb.-. Asylo
da Paz, como do Subi.-. Cap.-. Estrella do Rio.
Sanccionar as elevações ao gráo 18, conferidas a diversos
OObiv. seus, pelos SSubl.-. CCap.-. Philantropia e Ordem e Luz
Transatlântica.
Confirmar o gráo 18 do Resp.-. Ir.-. L. A. P. Bastos, filiado
na Aug.-. Loj.-. Reunião Beneficente.
Sanccionar os actos de filiações livres, conferidos
pelas AAugy.
LLoj/. Silencio e Fidelidade e Firmeza, esta ao seu Rep/. o
Resp/. Ir/. F. G. P. Duarte, e aquella ao seu Obr/. o Kesp/.
Ir.\ R. P. A. Cortez.
Enviar á Ul.\ Com.-. Cent.*. as CCol.*. GGrav.-. das AAug.-.
LIjOj/, Santa Fé e Alydéa, impetrando a respectiva sancção
para
08 títulos de filiandos livres, conferidos a vários OObr/. seus.
Enviar á 111.-. Com:, de Pol.\ a CoL*. Grav.\ da Aug.-. Loj.'.
kynib/. Asylo da Paz, communicando a transferencia do dia em
q»e funceionava.
— 592 —
Enviar á111/. Com.-. Espec/., composta dos
RResp. Hr. T
D. de Montmorency, Dr. J. P. da. Silva e M. "
J. p gkró* as
consultas do Resp.-. Ir/. H. N. Cardozo. ende'
Submetter á sancção do Mto. Pod/. Supr • Cons •
ção da installação, filiação e regularisação da Loj.Cprov
12

ILF-'0brA das AAug/- LLojV-


e Crença, e a concessão da beneficência de íoojf
p*° Se*- ^ * ao Resn- t .

Submetter á sancção do Sap/. Gr/. Or.-. o •


tom.- Espec/., competentemente approvado, parecer da II] 'á
em referencia *
consulto feita pelo 111,. I,,-. I, M. Bastes
J o additivòTo
recer da illustre 2.. secção, em referencia ás
eleições parciae
motivadas pela renuncia dos eleitos, afim de
luçoes adoptadas terem força de lei. que possão as rél
Continuar o adiamento do parecer da illustre
1.' secção em
referencia á communicação da Aug.-. Loj/. Artista,
cassando os
poderes de seu Dep/., até que seja resolvida a consulta feita
tarespei o pelo Resp/. Tr/. Dr. M. M. N. Feital a
e o respectivo
addit™ do Resp/. Ir/. D. J. P. da Silva,
consulta e additivo
que forao remettidos a 111.-. Com/. Espec.-., composta dos RResp.-.
Ilr.- Dr. L. A. da S. Nazareth, F. G. A. Guimarães
e T. D. de
Montmorency.
Receber com grande pezar a infausta noticia
do fallecimento
do 111.-. Ir/. J. G. Rosas.
Ficar inteirada:
1/ Da communicação dirigida
pelo Resp/. Ir.-. Gr/. Secret.-.
Ger/ da Ord.\, em referencia á diversas resoluções
do Sap.-.
2/ Da communicação dirigida
pelo Resp.-. Ir.-. Gr/. Secret.-.
do Gr.- Cap.\ Noach.-., de ter esta Alta
Off/. empossado sua
administração.
3/ Da communicaaão dirigida
pela Aug.-. Loj.-. Commercio e
Industria, ao Or.-. de Pelotas, de ter dado
forca e vigor aos seus
trabalhos. J
4.° Da communicação dirigida Aug/. Loj.-. Fidelidade e
Jnrmeza, accusando o recebimento da pela
approvação de suas eleições
geraes. v
5.« Da communicação dirigida
pela Aug.-. Loj.-. Alydéa, de

,^»WM*^*n^-f.Vw-tíw«.tV.",«,1if-íll
™^***nl»U„..-«.-„ ,1 -,, , - W. „
— 572 —
nos, sem o óbolo dos indigentes, para provar aos
olhos do.
mortaes a crença que guia os Filhos da Viuva; foi a
Esperai
que elles alimentão de vêr o moral do homem aperfeiçoado tS
onde seja possível, por graça do Omnipotente; foi, finalmente
amor do próximo por elles posto em pratica, em reserva o
tamente, como ensinou o Christo. occíil
'.
"E
quando esses estabelecimentos não bastem para provar eviden
temente como coinprehendem elles esses três sublimes sentimentos
o quanto tem com elles feito a nossa Instituição de bem.
de útil
a humanidade e ao seu progresso moral, não existem ainda
sobre
o terreno europeu esses magníficos templos christãos, construídos
na idade média pelo braço do maçon,
para attestarem que a
nossa Ordem tem por bases santas e immutaveis
princípios -
que o maçon, considerando-se cosmopolita, — foi e é sempre o
mais humilde servo do Supiv. Arch/. do Un.-. ?
" Não se achão
espalhados por entre os povos cultos e incul-
tos da terra, mesmo na nossa sociedade, milhares de
viuvas,
orphãos e desvalidos, que vêem enxutas as suas lagrimas, forta-
lecidas as suas crenças e mitigada a sua fome e a sua miséria
pela Fe, Esperança e Caridade maçonicas ?
" Creio dizer a
verdade, nobres e virtuosas senhoras e meus
RResp.-. Ilr/.
" E entretanto a humanidade,
sempre aprendendo e sempre
errando, sempre descrente e duvidando, mesnn* curvando-se ante
a evidencia, deixa-se levar para as trevas,
quando muitos ho-
mens que delia fazem parte lhe mostrão a luz e um caminho
sem obstáculos para a sua felicidade no futuro!
" É
que, nobres e virtuosas senhoras e meus RResp/. Ilr/.,
a ignorância e a superstição ainda imperão no
prodigiosamente
espirito humano; é que o egoísmo, a ambição do mando, de
riquezas e glorias mundanas dominão muitos homens,
transfor-
mando em corações de mármore, corações só devião palpitar
que
de amor pelo próximo, e fazem de esclarecidas intelligencias,
de
íntelhgencias que devião pregar só a verdade-os
seus princi-
paes sustentaculos.
* E
por isso que a nossa sublime instituição foi tão perse-
guida; muitos filhos da viuva, RResp.-. Ilr/. nossos, encarcera-
dos, martynsados e queimados em
\ praça publica para que a
verdade morresse com elles; e a humanidade
embrutecida, por
— 594

Gr.-. Cap/. Ger.-. dos Ritos Azues,


SESSÃO N. 212 DE 21 DE AGOSTO DE 1873
E.- V •
Presidência do Resp.: e III,. Ir.: Antônio Alvares
Repres.: Part,. do Gr.: M,. e Yen,. de Pereira rw •
Honra doGrcT
Ger.\ dos Ritos Azues. ' ' taP-'-
Estando presentes 29 membros, foi aberta a
sessão lirf* e0
approvada a acta da antecedente. '
Resolveu-se:
Approvar as eleições parciaes do Subi.-. Cap.-.
Francs-Hvra
mites para os cargos vagos de Sapient.-. e Dep.'.,
sendo eleitos
os RResp.-. Ilr.'. E. Moriamé e Joseph Kahn.
Approvar o parecer da 111.-. Com.-, de Altos Gráos,
em refe
rencia as eleições geraes para o
presente anno maçou.-. 5873
do bubl.*. Cap.-. Amizade Fraternal, não communicando-se
taça OftV. a opinião da dita 111.-. Com.-, sem á ei'
que seja preenchida
a lacuna que ha na cópia do seu
processo eleitoral
Approvar um parecer da 111.-. Conv. de. Symb.'.,
mandando
trancar o protesto e contra-protesto apresentado
na Aug.-. Loj •
Cap.' Caridade e União, em referencia ao adiamento
(hs eleições
das CCom.'. permanentes.
Sanccionar as elevações ao
gráo 7, conferidas pelos SSubl ¦
CCap.'. Luz Brazileira e Commercio e Artes,
a vários OObr'
seus.
Enviar á 111.'. Com.'. Centr.-. a
prancha do Resp.'. Ir.'. A. B.,
devolvendo as pranchas que lhe forão endereçadas
por ordem do
br:. Cap.*. Ger.-. dos Ritos Azues.
Enviar á 111.-. Com.'. Espec.*., composta
dos RResp.'. Ilr.*. P.
A. Gomes Dr. J. M. de Gouvêa e M.
J. de Oliveira, a consulta
da Aug.-. Loj.-. Vigilância.
Ficar inteirado:
J.« Da communicação dirigida
pelo Resp.'. Ir.'. Gr.-. Secret.'.
referencia á varias resoluções do Sap.'.
G^'^ Cm
¦ 9.. Da communicação dirigida
pelo Resp.-. Ir.-. Gr.-. Secret.-.
N°aCh''' de t6r 6Sta GlV' 0ff,¦• emi)OSSado sua
administra^'ão'*"
- 595 —

3/, 4.», 5.° e 6." Das communicaçòes dirigidas pela Am?-


Loj:. Amor da Ordem e SSuhl/. CCap/. Imparcialidade, Com-
mercio e Artes e Esperança de Nictheroy, de terem empossado
suas respectivas administrações.
Forão juramentados e tomarão assento no Gr/. Cap/. Ger ¦
dos Ritos Azues os IíResp/. Ilr/. Francisco Guedes de Araújo
Guimarães, Sap/. do Subi.-. Cap/. Imparcialidade; João Emílio
Bellart, Bento Martins de Siqueira e Antônio Carlos César como
DDep.'. das AÁug/. LLoj/., o 1.° do Amor da Ordem, o 2.° da
Luz Brazileira e o 3/ da Esperança de Nictheroy; e José Ver-
reira da Costa Macedo como Dep/. do Subi.-. Cap.'. Commercio
e Artes.
— 596

Gr/. Cap.*. Noachita.


SESSÃO ECONÔMICA E MAGNA
N. 3 DE 7 DE AGOSTO
È.\ V.-. DE 1873
Presidência do liesnr e TU* 7*. . \ , •
Represa PM^o ^ *? ' *?"*" °°^
%T°£T$
Estando presentes 40 membros, foi
aberta a sessão ,Ichl
lirl, ¦
e aP"
a
provada acta da anterior. '
Deliberou-se:
Approvar a eleição parcial do cargo • a <l«e
vago
° dn
C Tl2
ll!eb-->
procedera a Aug- Loi • A<Hn frQ r> ,
Ir,. José Pereira' de limai* '""'""'^ 5S""° e,ei,° ° ^
Sanccionar os actos de filiações livres
LLoj/. A banca e Redempção, esta conferidos pelas ^mr
aos seus Iíll OObr t
"r0?- B' & "8 Sá' J°Sé A- "»
K ' e''S * ™o e A -
" aíUeUa a" Se" *'¦ 0i'- ° He,v.
£ A Adp.SCoS!h0;
Elevar ao gráo 13 vários RResP/.
da Aug.-. Loj/. Asylo da Prudência. Ur/. do gráo n 0Qhv
'
Ficar inteirado:
1.° Da commimicação dirigida nela W- t «;. t> .
d, ter «* do i A„g;. EedemPÇ3°'
Ci^fv^bS-:
BeL;â; .^í& ?rifiaaspelas ^%-LL*'
tora" e''"I,;,SSai10 as res-
peetivae administaçffes '
"O^at de"w° T°mÍCa' 8 *teta a Sess5° "»8" «» *>»
administração do !•' <ÜN"'V,™1'0"'68' M ™V°™«« •
Ir-'. Gr- Orad Arli'-' P"" °adllta' COm excePÇão do Ili:'-
Orarão vari os'ff'y*™'^ nt™fte »PI»™"ida.
BResp- Ur- 1 \rV .' *' ' ep01S de a§'radecida a visita dos
Templo* grá°S que achavã°-se no recinto do
P °' f°ra°
fo ão t^—
encerrados os trabalhos na fôrma
do ritual.

~~—^g«SCO^X|gWr^,
, „,
597

Secção de Correspondência.

Bulletin pour 1'Étranger.


II n'est pas difficilo d'y voir clair dans les decreta épisco-
paux.
Cest une lutte qui est prépãrée à P.ivance, et 1'Église guerrière
y donne le mot d'ordre contrc Ia liberte rationnelle du siècle
du progrès.
Les sermons ne sont plus tires de 1'Évangile, mais ils nous
viennont cie Ia cabale dcs supérieurs des couvcnts supprimés.
L'Église n'est plus quun mot et qu'im pretexte; ce qui est vrai
et positif c'est le but de détruirc cette unité italienne qui veut
raettre de 1'ordrc dans les déròglements pontificaux.
Nous arrivons à avoir Ia triste certitude que le clergé chrétien
possède aussi Pambition efírénéc du pouvoir.
On le croirait un composé de respeetables prêtres clirétiens,
tandis que ce n'est qu'une multitudc adonnée á toutes les
passions
les plus profanes et les plus exagérees.
La respectable figure d'un évequc doit donc aussi nous re-
présenter Ia possibilite de tous les péchés évitables?
La réalitó du mal nous plonge dans Fimmensité des doutes, et
ce qui nous paraissait cVabord beau et respectable, se
presente
soudain k nos veux de Ia rrianière Ia plus vulgaire.
De tout ceei il s5ensuit, qu'à pcine Ia jeunesse entrée dans 1'école
uu monde et de Ia civilisatiòn, obtlent ce vilain clegré de des-
íllusion qui rend Mesprit aigre et soupçonneux tout en voyant
clair dans réclucation recue.
¦Le père Santa Cria, s'armant en brigand et en bandit, est le
type de ces miserablcs qui trouvent leur force dans le mal et
-*•
qui servent indiíieremment le parti politique qui paye le mieux
leurs mercenaires.
Lhomme de 1873 ne
peut pas encore se dire libre des exi-
gences de Ia matière animale qui le rend furieux, soit quand il
a feim, soit
quand il éprouve le besoin d'assouvir ses ignobles
passions.
Les pouvoirs mondains ont ceei de commun avec
les bete, «
roces, c'est qu'ils cherchent leur
proie par tous les moyens ai
leurs puissanccs leur perinettent. 4
C'est ce qui déniontrc Ia rage du soldat de Ia
mame, la demence de Ia commune et les égarements question ro

&S1 ",ons la I"'opag!""lc stul,Mc d0 ***?«**


des ouvriers

Qui est-ce qui ne voit pas clair dans la prétentioh ultramon-


tame de la haute raison, employant des moyens
de frayeur de la
conscience que l'on impose à la simplicité ou
à 1'ignorance du
peuple qui n'est pas encore sous ses gardes malgré les siòcles
d épreuves et de dure oppression
qu'il a subis ?
Qui est-ce qui ne s'étonne pas devant cette obstination in-
croyable déployée par quelques
prélats contre 1'obéissance du
pouvoir temporel ?
•Quel est celui
qui, dans le siècle ou nous sommes, peut encore
admettre l'exécrable oppression. exercée Tultramontanisme
rendu soudain jésuitique ? par
Eh bien! 1'opposition s'est enfin forméc complete
et formi-
dable contre ces réactionnaires à notre tranquillité
et à notre li-
berte, et cette opposition combattra de
pied ferme I'avalanche
ultramontame et à coup sur la détruira.
Maintenant que nous sommes avertis et sur
nos gardes, nous
tiendrons tête, ici, dans 1'Amérique du sud,
à toutes les ridicules
pretentions du clergé étran^er.
De même que nous avons une réligion respectable,
suivant les
préceptes de lLvangile, de même aussi nous avons une autonomie
nationale qui exclut tout
pouvoir étranger qui se permettrait de
conspirei- contre les libertes notre constitution brésilienne
nous accorde. que
D n'est pas nécessaire d'avoir recours
au Sijllabus pour croire à
notre Lheu, à notre
patrie et à notre famille, car dans notre âme
toute cnrétienne, nous nourrissons
la foi, la sainte prière, 1'amour
de la patne et de la famille.
Le Brésil, comme nation catholique,
a toujours été ce qu'il est
Une "ation de considération et de vénération
ZT i a amplie
envers le Saint-Père et 1'Eglise.
Ce pays a toujours étéfranc-maçonnique
sans qu'on ait songé
• P°Ur °?la d'hérétiq«e ou d'impie. Nos confréries ont
L Tm
ete mstallées par des maçons, et elles sont composées de maçons.
599

Notre institution n'a jamais rien reníermé" qui puisse être con-
sidéré comme dangereux à notre foi; au contraire, c'est du cercle
franc-maçonniquc que sont sortis les gens les plus pieux et les
plus charitables.
Tous les hommes cómme il faut du Brésil sont franc-maçons,
si on en trouve quelques exceptions, c'cst qu'il y a toujours eu
des caracteres qui prennent à tache de faire opposition, bon gré
mal °ré, à tout ce qui est accepté.
Le Vicomte de Inhomerim, senateur de 1'Empire, a fait 1'année
dernière un fort brillant discours, digne detre apprécié du monde
entier; il tràite de 1'élánent servil, et ci-après nous en donnons
Ia traduetion en français, faite par un de nos 111.-. Fr.\
Nous aimons beaiicuup à donner de ces publications, car notre
belle langue, étant peu répandue parmi les races çauloises et ^ef-
maniques, on nous juge assez impàrfaitement à Fétranger.
En general nous nous oecupons beaucoup trop de nous, sans
nous inquiéter de ce que pensent do notre Empire les puissances
doutre-mer.
Les Communications à vapeur, nous rendant à-peu-près voisins
de FEurope, réclament de nous des doeuments plus fréquents de
notre pays.
Nous donnons aujourcFlmi à Ia Section Dogmatique quelques
idées au sujet de Ia régènération [ranc-maçonnique, car il est temps
de songer à cela.
Nous avons dans nos rites des lois et des rèdements qui ré-
clament une analyse sérieuse pour arriver à des reformes né-
cessaires.
On parle depuis quelques temps cVun cgngrès fraric-maçomiiquc,
mais on ignore encore quand il doit avoir lieu.
Si nous pouvions hasarder de donner ici notre opinion, nous
affirmerions que Ia mesure Ia plus urgente à Fégard de Ia franc-
maçonnerie serait de rendre le concours de toutes les LLog.\
existantes plus actif dans Fapplication de nos devoirs. Si on ren-
dait les LLog.\ moins profanes, on serait plus cVaccord avec notre
Institution, et,
partant, plus de zele et cVenthousiasme.
Notre avis est que dans quelques pays, comme dans le notre
par exemple, il y a beaucoup de gens qui ne se font recevoir
maçon que
pour être à Ia rnode et qui croient avoir une marque
de distinetion
quand ils font partie d'une Loge.
- 600 -
Peut-être aussi que ce n'est
que par ambition qu'il8 8e fonf
cevou- Maçons afin de
portei- des rubaus brodés, de nOS jl T
grades, avoir fa hifrarcmas et dos &**£ .eigoeS* **
La plnlosophie qui engendra notre Subi.-.
Ord.- 8W»1
»* fort peu de Ia varité humabc, MaU
beausoup%%E? levanche
de son perfectionnement. p
Elle nous Impose des devoirs sacrds
tout en no,,, ™ j
les droits sublimes de Ia libert-i. aCC01'dant
Cest le mépris, ou
plutôt l'oubli de cette philosophie oui ™
donos e spectacle do IMiffiWc » fait
da^—S 1

"Pr™ *" rKií°" faà U fme- Mai>


atol"e «« «* « "ou,
Qu'est-ce que le monde vain n'oublie facilement ?
Un accorde au mal moins de mal pas
qu'il n'en a effectivement.

V*-t* --üiaiwÀi, .¦tew.i.á si-'-


— 601 —

Discours prononcé au sénat par M. le Vicomte de Inhomerim


sur 1'émancipation de Télóment servil.

Prenant Ia parole avec une vive émotion, j'ouvre les débats


sur le projet de loi presente par le gouvernement au sujet de
Pétat servile; question immense autour de laquelle se groupent
des considérations de Ia plus haute portée d'ordre moral et
d'intérét matériel, pour lni donner une importance exception-
nelle entre toutes celles qui ont jamais occupé 1'atteníion des
représentants de Ia nation depuis 1'étáblissement du gouverne
ment libre dans le pays.
Lorateur, qui a traité hier au sénat cette question, en a fait
1'historique depuis son origine jusqu'à ce jour, et de cette expo-
sitiou aussi large que détaillée, il résulterait que 1'honneur de Ia
solution reviendrait tout entáer au parti liberal, ou bien au cabi-
net du 3 Aoút, qui seul en aurait conçu, fecunde et développé
le germe, le cabinet áctuêl s^ttribuant aüjourd5hui Ia gloire de
Ia réalisation d?une oeuvre qui irest pas Ia sienne et tout-a-fait
en dehors de sa compétence et de ses earmcités.
Sans méconnaitro le bon vouloir, dont a fait preuve Tlionorable
séiíateiir ldrsqtfil était premier ministre en envoyant à 1'étude au
Conseil d'Etat le projet sur Ia matière présentée par Mr. le Vi-
comte de S. Vincent, je ne saurais pourtant être cPaccord avec
lui quand il impose comme vérité absolue que des petites clioses
naissent les grandes, lors même que rien n'aurait été préalable-
ment prepare ni múri sons Taction des véritables causes qui les
ont produites et les expliqueraient; mais tout cet historique fait
par Thonorable sénateur semble pouvoir se résumer dans Tapo-
logue si connu de Ia goutte cVeau faisant déborder le vase déjà
plein, quand au fond de tout cela il existe en realité, comme
mobile, un fait tout cMerent et bien autrement digne et hono-
rable pour notre pays.
Après une longue périocle de cécité pour nous tous, un temps
est venu oii Tesclavage s'est presente tel qu'il est et dans tout
son affreux jour à Ia conscience mieux éclairée du pouvoir, les
antécédents plus connus et
plus étudiés le faisant envisager sous
toutes ses sinistres faces et
produisant sur les idées et les sen-
timents de tous, cette révolution lente
qui ne s'arrête jamais et
- 602 —
marche en acqnérant tonjonrs snr son chemin de „o„vete
Ce fut en grande partie à cette révolution
.1 7 a v.ngt. ans, Ia snppression de Phorrible morale au'on m '
bravait audacieusement les croisières et les tS con,re 1
Ia prcraiòre puissancè maritin.c du monde. cftbrts L3*, ?!
volution qui aujourd'hui vient frapper aux C et ""
demandantau „om de Ia «sal noro71 TT
ue Cf,SSf
Comme Ki très-bien dit Pbonorable sénateur,
a a tabnne deux grandes voies étaient qui ,„\ Z«
ouvertcs chez no» a
maintien de Pesclavage, Ia traite et Ia reproduction *"
L opnnon publique, qui a fait Pune d'elles aiUessée d'être
est cette meme opinion publique que
qui reclame actueUement aut
en fmisse aussi avec Pautre également abominable *
La traite cPun côté allait arracher aux
déserts d'Afrique au
nou« n'a^ons pas même connaissance,
1l"LZT
amener ur ?les marches de chair hmnaine pour
emtate Iocale ffautre pàrt attendait à Pentréedu planteur eM
"
serables créatures, tombées des maina deTS "
de Ia Prov dence \ '
même so1
(Z\ fln"-T ?,le"S temi"eS du *>ae U0,1S> ace ™ê™
Se nd1 encore
impie rendant „ T' mêmc Di™: «***>
plus aftreuse leur misère et leur degrada-

"" "°"VeaU ge"re de I,iratoie


ain^autou!-"!1",,^ 1»* «'<*<*«
a"t0Ul' deS ea,lx ""Pfemales, sons les
veux
yeux et 1'
dans íle ,sem T'
C' , !
d'un peuple chrétien?
°SeS C°ntre U<iml se Sü'" ««» '*&*.
non „ J e tl^
"arai
PartÍ """"l116 nue,c»«<ine, mais bien
Pu2"? ,** " C°nSCÍence mümak- Ce «** ™™-
dri ríéforlTH f "°US n°US °CC,,I,ons'
tor boSr ,1 W ôtCT tonto sa gcan-
Z^-^» "»* d' > ' '-- >° - d,n W
°(mphe da"S 'eS «s cirilisés dí tatre
hémtóptert^•a'eeSOíhf
ffautant Pte fàcL2f!T CSt VenUC ''éPaIldre P"* »»us

S*tó^dans resprit
trouvée moin\ 15 , V1™ unani™ment accueillie qu'elle a
de ia nati»»«*<* «ui
juste et vrai, Ia naüon en effet
pouvant dire comme justifi-
— 603 —

cation du passe, qu'elle n'a persiste dans ses précédents d'erreur


et dlniquité que jusqu'au moment ou Ia lumière s'est faite pour
elle. Non; l'idée libératrice n'appartient à personne: elle est à
tous en tant que tous nous sommes capables de Ia comprendre
par le seul instinct du cernir.
Ces réflexions me conduisent naturellement à repondre à une
autre explication non moins innocente ni moins simple sur l'ori-
gine du but du projet.
Je veux parler de 1'initiative que l'on a voulu attribuer à Ia
couronne; non pas pour lui rendre hommage, mais bien dans un
but hostile coimne prétendue influence inconstitutionnehe généra-
lement exercée et particuliòrement dans Ia circonstance. actuelle.
A entendre les détracteurs de Ia reforme, ni le pays ni les hom-
mes d'État des difterentes couleurs politiques, ni les majorités
des deux branches de Ia législature ne se railleraient franche-
ment ici à Tiimovation, mais ne feraient qu'obéir h une pression
du dehors, Ia volonté impériale les faisant servir comme de sim-
pies instruments dociles à Ia réalisation d'un plan personnel con-
trairement à leur dignité, à leur conscience et à leurs devoirs.
Mais, s'il en était ainsi, nous serions après un clemi siècle de
liberta, un peuple à demi barbare, réfractaire aux idées et aux
doctrines du siècle au milieu daquel aurait surgi un homme su-
périeur, comme en a vu autrefois 1'Asie, pour le civiliser malgré
lui et le contraindre à se défaire d'habitudes et de pratiques ré-
prouvées par 1'humanité. Et ce peuple, aussi demoralisé en ses
croyances que timide et servile, se serait prêté par purê obéis-
sance à Tceuvre du bien croyant, faire le mal et travailler dans
le sens de sa propre destruetion.
Le sénat comprencl tout ce qu'il y a d'humiliant et d'injurieux
pour le Brésil dans cette fausse appréciation des faits qui Ia re-
poussent si évidemment.
Le dépit aveugle des esclavagistes ne leur permet pas de voir
que les coups qu'ils portent au prince, sous pretexte d'appui
moral donné par lui à Ia reforme, ne font que rehausser sa gloire
sur le piédestal ou il se trouve; gloire qui, en ce moment, brille
surtout aux yeux de TEurope entière, tandis qu'eux travaillent
par le fait en même temps à déprimer d'autant le peuple brési-
lien à Ia face des centemporains et devant 1'avenir.
C'est contre cette appréciation aussi fausse qu'elle est anti\
— 604 -

nationale que je proteste en ce moment, et


je le Ü* de ,u i
to«tes
les forces de mon âme. 1S
j Si l'empereur, en hommc et en clirétien, n?a fait
ici au vccu de son peuple, et de 1'lmnmnité; si q„e SW„-
en ouv " •!'
a patrocine Ia cause de tout le ll
prestige le « L,•
sans toutefois sortir de sa sphère dSutiot
il y aurait déjà là et snrabondaunnent de ^X^T'
regne; car, soyons-en perS„ad&, tcllc será S^S*1
Ia portóe SS»?
du grand acte qai inaugure sur le sort de *
nos desce S?
ceux-ci compteront au nombre des iours les
nlus ™w ,,'qUe
heureux de notre histoire, celui oú leuTspiesaur
de resclavage sous les auspices d'„„ „ S7"
p/nce ,,"»,„ Tt
Ia gloire ne pourra que se confondre
avec lf em 1
mm de rébabilitation de rhomtne et do régéu^t *

. Je passe à présent, messieurs, à considerei- Ia


t. H ne matière du mo '
J peut être dtamt compris et appcccic c„ ,"„ u
ciar te des grands príncipes
qui Pinspirent, des oesoüS sur l
quels .1 se fonde et des bufe qui se
m dessins, comme ses ennemis le propose.. S'fl"d% "i
prSpagent, que dS
elan sentimental, et de réaliser le rêve
en nous donnant nne attitude doré I i!n ?
plus noble t £ d ^

m:miq,,i ***« dcs—«*


projet pourrat paraitre déplacé et violcut
ws en face csj «

granü íorlait qui noircit 1'espèce humaine; s'ü


vue que de rétablir Ia loi"\ de Dieu n'a actre cha^ Pn
et rl/lnla nature
cíe „.? au milieu de
notre civili^Hnn «f s
aê so»TtelonLl? íraCmW le mal «ui afete ^ conditions
;/l0rS' au COntraire des défimts
prête on .t!P T qtfon lui
«pite H*n*êr T"' !'aCC"Ser d'ê're **' «
"Tf "f ento""S »
judiei des SuSSS dJTa trStlCG *"
L'étude de TllT J et des droits de temanité.
'
dema d qutl st LcT T "" Wtad' de ces ™s°»s- >" «
•—::: g s sr'ne„ídescripta des tra"s&r-
ne dois nas fai" i • ^
aUqud la loi veut remédier? Je

naitre JUS(luau moment oú il


será à 1'état do rmS- J
monde «St °'eSt U" triste tabta «« «le
connait et £???¦
que je laisse m philantropes le soin de
pré-

g Í-; . . ^
— 605

sentei- dans 1'intérêt de Ia súrété du planteur. QU'ils disent com


ment on énerve systématiqueinent 1'intelligence du noir, image de
Dieu dans l'homme; comment on lui supprime le libre'arbitre et
on lui endort Ia conscience qui lui en aurait révélé les titres les
droits et les devoirs; comment, après lui avoir arraché Ia pro-
priété de son propre corps, des forces vivantes qui lui donnent
le mouvement et conséquennnent font éclore le fruit de son tra-
vail, on le blesse encore au cceur dans ses affections les plus
chères en lui niant jüsqu'à Ia famille, éparse au souftie de tous
les vents; en lui brisant les liens qui Ia forment, rautorité et
1'amour paternel, Pobéissance et Ia pitié filiale, Ia chasteté" et Ia
tendresse de Ia femmeV! JSentinients moraux, nobles instinets du
bonheur, esperance et consolation au milieu des tourments de Ia
vie, tout disparait en cet homme mis hors Ia loi de Pliumanité et
rabaissé à Ia condition de Ia brut i
I/autre aspect du tableau n'est pas moins hideux; cet iuunense
marais fangeux de Ia sèrvitude ouVért au centre de Ia civilisation
exhale de tous cotes des miasmes délétères qui infectent l'át-
mosphère sociale.
*

Les idées de justice et du bien à quoi sont-elles réduites dès


que le sophisme atroce de 1'esclavage les méconnait et les viole
dans leur application à des miUiards de nos semblables?
Quelle est donc Ia base de Ia législation civile, quelle en est
Ia force et le prestige sans Ia sanetion de Ia loi naturelle dont
Meu est 1'Auteur Suprime ? Que devient donc Ia liberte
poli-
tique quand sa statue est portée sur les épaules de 1'esclave?
Au lieu de ce scntiinent d'ábnégation,
généreux et noble, qui
nous fait prendre Ia défense des droits de tous comine celle d'un
culte, d'un príncipe (rorigine divino, comme un hommage à un
devoir cie Ia solidariété parmi les lionmies, il devient au contraire
égoiste, personnel, prive du
parfum de Ia fraternité qui 1'auoblit,
feusse liberte qui fait de Ia victime de Ia veille l'oppresseur du
lendemain, liberte matérielle en un mot, telle
que pourrait Ten-
v^r le cheval indompté ou renfant sauvage du désert. Ou se
trouve 1'esclave,
quelle place reste-t-il à Ia charité, cette filie
cherie du christianisme, sur laquelle a été foiídée Ia société mo-
^•ne, qui impose au fort Ia tutelle du faible, au riche Ia
pro-
tection pour le
pauvre, aux heureux de Ia terre Ia responsabilité
— 606 -

de Ia destinée des invalides, des misérables, des orphelins de Ia


civilisation?
Je ne veux plus prolonger mes observations sur ce triste su-
jet; Ia nature du mal et le besoin urgent d'y remédier sont bien
reconnus.
Détruire le plus tôt possible Ia dernière source d'oü emane
Tesclavage, et avec elle toute sa suite cTeffets qui déshonorent
le Brésil et altèrent son crédit, voilà le problême qu'il s'agit de
résoudre.
Voyons à présent quelles sont donc les combinaisons legisla-
tives, quels moyens et de quelle manière le gouvernement s'en
est servi pour arriver à son but.
De nombreuses pétitions, signées par les planteurs et leurs
adhérents, ont été adressées aux chambres législatives, et dans
presque toutes, ainsi que dans les colonnes de leur presse incon-
venante, le gouvernement a été accusé d'avoir cherché à extirper
le câncer de notre société avec violence sans faire Ia part de Ia
sensibilité du malade imaginaire, sans lui ménager les forces vives
qui seraient compromises par 1'audace de 1'opération; il est en-
core accusé de faire main-basse sur 1'ordre des choses existantes
par un pur luxe de philantropie, en échafaudant un plan de ré-
génération sur les ruines d'une des principales industries de
TEmpire.
L'honorable sénateur, auquel je viens de me référer, après
avoir reclame pour son ministère 1'initiative de cette reforme, n'a
pas cependant trouve un mot, un seul mot de réponse à cette
guerre à outrance qu'on lui fait. Ce silence oublieux de 1'instinct
paternel, cette indulgence envers les ennemis de son enfant,
abandonné au milieu du danger, ne peuvent être expliques que
d'une seule façon, c'est-à-dire, qu'il préférerait, comme le Spar-
tiate antique, que Bon étouffât et anéantit son enfant parcequ'on
aurait découvert en lui quelque vice de conformation qui 1'eüt
rendu indigne de vivre. Mais ce qu'il n'a pas fait, je tâcherai
de le faire de ma faible voix par Ia comparaison des principales
mesures du projet avec les ohjections qui lui sont présentées par
les pétitionnaires entraínés par des suggestions d'une faction qui les
trompe. Je ne serai pas long, car cette question gagne à être
posée dans des termes nets et clairs devant le déluge de décla-
mations calculées pour Tobscurcir et Ia confondre.
— 607 —
...... .- t

Le projet, proclamant Ia liberte des enfants à naitre, les laisse


iusqu'à 1'âge cie vingt-et-un ans aux soins de leurs mères appar-
tenant aux anciens propriétaires, qui en auront Ia jouissance
gratuite, comme des autres esclaves soumis au même regime, à
Ia même misère de Ia condition servile pendant cette longue pé-
riode du printemps de Ia vie.
II leur promet, outre cela, comme indemnité, le payement des
frais qu'ils auraient pu faire pour eux, à moins qu'ils ne préfè-
rent rusufruit ou jouissance du service jusqu'à vingt-et-un ans.
Malgré cela les propriétaires attaquent Ia liberte des enfants à
¦ naitre au nom du droit de Ia propriété violée; clament contre
Pindemnisation comme étant insuffisante et impuissante à pro-
duire les eífets qu'on en attend.
Mais, si on leur demande pourquoi le législateur, qui peut ré-
former et altérer toutes les lois, ne pourrait-il pas altérer de
, 4 même celle qui garantit Ia propriété; ils répondront sans doute
que c'est parce que Ia propriété est inviolable; parce qu'elle est
fondée sur Ia loi naturelle, antérieure à Ia loi civile, et qu'elle
derive d'un príncipe immuable de justice, qui consacre et main-
tient à chacun le fruit de son propre travail, príncipe sans lequel
1'état civil serait impossible. Nous voilà donc transportes sur le
terrain du droit et de Ia justice, ou l'on trouve réellement tout
le fondement rationnel de Tinviolabilité de Ia propriété.
Eh bien, si l'on prouve que Ia propriété d'une créature hu-
maine, loin d'être fondée sur Ia loi naturelle, en est au contraire
Ia violation Ia plus monstrueuse, qu'elle est appuyée non pas sur
Ia justice, mais seulement sur 1'iniquité de Ia force, alors tous
les raisonnements de cette inviolabilité s'écroulent et disparais-
sent, et Ia loi, qui l'a protégée, réduite à n'être plus qu'une
erreur ou un crime social, se trouve justement dans le cas d'être
changée comme toute autre qui serait devenue funeste aux inté-
rêts de Ia nation.
Or, ce n'est pas au sein de cette auguste assemblée ou, à
côté de tant de lumière et d'expérience, dominent les sentiments
les plus élevés, que je viendrai démontrer que ces créatures in-
telligentes, douées comme nous de nobles attributs et des mêmes
destináes, ne peuvent pas être considérées comme propriété ab-
solument au même titre qu'un cheval, des fruits, des arbres, ou
toute .créature animée que Ia nature aura soumise à Ia domina-
— 608 -
'i

tion de Phomrae. Ces êtres dont il s'agit n'existent pas encore*


1'argile, dont leurs corps seront un jour pétris, erre encore éparse
sur la terre, les ames immortelles qui cloivent les animer repo-
sent encore purês et sereines au sein du pouvoir créateur, et
déjà les esclavagistes les réclament comme leur propriété, dejà
ils les revendiquent du domaine de Dieu pour les einmener à
1'enfer de Pesclavage!
A les entendre parler si haut au nom du droit de la propriété,
on est tout étonné de voir qu'ils aient sitôt oublié que la plu-
part des esclaves qui cultivent leurs terres sont les descendants
de ces malheureux qu'une traite inhumaine a introduit frauduleu-
sement dans ce pays, au mépris des lois et des traités. Ils ou-
blient que depuis 1830 jusqu'à 1850 plus d'un milliard d'Afri-
cains ont été vendus à 1'agriculture, et que pour obtenir une
telle quantité de bétail humain, il aura faliu doubler et tripler
le nombre de victimes arrosant de leur sang et jonchant de leurs
cadavres la surface des mers qui les séparent du sol oü ils
sont nés.
Cest un moment oü les lois humaines sont ainsi tour-à-tour
foulées aux pieds pêle-mêle avec les lois divines que Fon ose
encore les invoquer pour enchainer à 1'avenir les fils et les pe-
tits-fils des conquêtes de ce trafic abominable?!
Les pétitionnaires clament encore contre Tindemnité qu'ils vou-
draient voir monter au prix équivalent, ou de beaucoup supérieur
à celui du nourrisson, auquel ils n'ont aucune espèce de droit.
Quels sont donc les motifs de Tindemnité? Les frais à faire
pour Pélever, dit-on.
Mais ces malheureux enfants sont alaités par leurs mères,
nourris des miettes des aliments grossiers qu'elles aident à plan-
ter et à récolter; le lait du sein maternel donné à 1'enfant, le
travail des mères pour le faire vivre et pour couvrir sa nudité,
voilà ce que les maítres auront à vendre au trésor.
Je deplore, messieurs, que cette disposition fasse partie du
projet: elle le depare en même temps qu'elle rabaisse le proprié-
taire, car elle ressemble à une mesure de précaution contre sa
barbárie; il semble qu'on craigne qu'il n'abandonne les nourris-
sons à la misère et à la mort si son avarice ne trouve pas son
compte à faire de 1'humanité. Cependant en admettant même ce
cas, ce ne serait pas de l'or qu'il faudrait envoyer à ces honi-
— 609 —

mes, mais bien 1'Evangile pour leur apprendre à remplir leurs


devoirs sacrés de Ia charité envers les enfants de ceux qui ont
travaillé gratuitement et incessaminent, qui ont travaillé jusqu'à
la.mort pour créer les richesses et le bien-être des maitres et
de leurs descendants.
Mais, ni 1'usufruit des vingt-et-un ans, ni ces indemnités indues
et onéreuses pour le trésor ne peuvent satisfaire les adversaires
de Ia reforme.
Divergents sur les pretextes, ils concentrent leurs attaques
•contre cette -pauvre liberte du ventre, d'après les propriétaires,
Ia plus subversive de toutes les dispositions du projet, car elle
humilierait Ia mère esclave devant son enfant libre, et démorali-
serait Tesclave devant le nourrisson libre qui, en vertu du prin-
cipe, symboliserait Ia continuation de Pesclavage.
Sur les moyens d'éviter ces inconvénients les esclavagistes ne
s'entendent point; chacun offre un système différent. Les uns
veulent que les enfants noirs soient libres à 1'âge de huit ans, à
vingt-et-un, ou immédiatement après leur naissance, pourvu que
l'on ne dise pas qu'ils sont sortis libres des mains de Ia nature.
II en est fFautres qui, pour conserver ouvert 1'égoút cie 1'escla-
vage, opinent qulils soyent libres graduellement moyennant un
fond de reserve appliqué à cet effet, dont le fardeau serait ca-
pable d'écraser le trésor et avec lui les propriétaires.
Ceux-ci préféreraient raífranchissement simultané et general
du sexe féminin, c'est-à-dire, 1'alimentation de 1'arbre pour éviter
le litige du fruit, mesure cFime large imagination qui masque
1'injustice Ia plus revoltante par Tinégalité de sa distribution, et
qui.sans necessite aurait détruit toutes les finances de 1'État
pour aboutir á Ia fin au même but du projet du gouvernement
plus économique, plus juste et plus rationnel.
Ceux-là eníin voudraient, par pliilantropie, que le dénouement
de cette affaire fut ajourné à Ia fin du siècle, étendant les bien-
faits de Ia liberte jiisqu'à Fabolition totale qui se serait eífectuée
aussi bien pour les enfants cà naítre dès Ia promulgation de Ia
ioi que pour les esclaves existants, en supposant toutefois que
ces derniers ne fussent déjà morts clepuis longtemps, comme il
serait à craindre.
Le but de toutes ces combinaisons, plus ou moins ingénieuses,
»'est autre
que d'éviter Ia liberte du ventre, afin d'établir une
- 610 -
t

différence entre 1'enfant né libre et 1'aífranchi, et d'en empêcher


Timpression morale produite sur Timagination des esclaves.
L'on prétend que Ia présence de l'enfant né libre éveille en
eux 1'idée qu'ils sont aussi libres, que Ia loi vient de le déclarer.
Mais pourquoi Ia présence du libere ayant 1'âge de rendre des
services n'éveillerait-elle pas Ia même reflexion?
Laissant de côté tous ces effets politiques, avec lesquels l'es-
clave et le propriétaire n'ont rien à faire; 1'enfant aífranchi et le
libre de naissance se trouvent sur le même pied d'égalité par-
faite par rapport à Ia liberte civile: tous les deux n'ont rien fait
pour Tobtenir. Quelle serait donc Ia raison justificative de Ia li-
berté de Pün qui ne soit pas applicable à Ia liberte de Pautre?
La faveur de Ia loi? Mais cette faveur serait aussi une fiction
comme elle le serait envers Ia naissance libre, n'existant pas de
raisons communes pour caractériser et definir cette même faveur.
Si c'était une faveur, pourquoi ne serait-elle pas applicable
aux esclaves qui ont passe de longues années courbés sous le
poids d'un rude travail?
II est impossible qu'une de ces deux hypothèses échappe à
1'intelligence Ia plus commune de 1'esclave: Ia liberte sous diffé-
rents noms emane de Ia même source, represente le même fait:
Ia condamnation du príncipe de Tesclavage.
II n'y a pas moyen d'éviter cette appréciation à 1'esclave; s'il
est éveille ces vérités lui sauteront aux yeux; s'il dort il reverá
qu'il est libre.
Ou donc ont-ils trouvé, les ennemis de Ia reforme, que l'es-
clave regarderait d'un ceil de dépit, de rivalité ou d'envie, Ia li-
berté de son enfant, liberte dont elle ne serait pas appelée à
jouir? Un des phénomènes les plus admirables de Ia constitu-
tion morale de Ia femme est celui de ce trésor inépuisable de
tendresse et de dévouement du coeur maternel. Elle, qui préfé-
rerait au sien propre le bonheur de son enfant, comment se ré-
volterait-elle, Ia fortune ne pouvant pas étendre ses bienfaits sur
tous les deux, de voir une préférence en faveur de 1'objet de
ses plus vives affections? Ne voyons-nous pas tous les jours au
sein des familles se libérer les nourrissons avec exclusion des
mères qui se réjouissent cependant de ces événements, qui leur
donnent de nouveaux titres à leur gratitude envers leurs maítres?
Je passe à présent à 1'autre partie du projet sur les esclaves

t.i-
- 611 —

dui existent. C'était le cote le plus grave et le plus sérieux de


dú préoccuper et inquiéter les plan-
Ia qucstion, celui qui aurait
cventuels, de ceux à
teurs* car il ne s'agit seulement des biens
venir et de ceux des enfants à naítre; mais des biens actuels
dont Ia privation pourrait troubler et ruiner leurs établisse-
ments.
Les nations qui ont posséde des esclaves tinirent par résoudre
le même problême d;üne seule manièra: par Pémancipatiofl géné
rale avec ou sans indemnité. La propagando abolitioniste de
1'Europe conseillait au Brésil Ia même solution et presque dans
les mêmes termes. II y avait donc de legitimes appréhensions;
mais ces motifs ne pouvaicnt pas continuei' à exister, et les pro-
du moment qirils voient que
priétaires n'avaient qii?à se felicitei-
le projet conserve leurs esclaves sauf les aíiranchissements obte-
nus aux dépens tle Ia charité publique et des particuliers.
Le nombre excessif des esclaves parmi nous. Ia disproportion
enorme entre les ressources d'un pays jeune et Ia grandeur des
sacrifices que rémancipation aurait exiges; Ia crainte de Ia dés-
organisation généralè du travail agricole, source première de notre
richesse, Ia prévision des chocs que Ia véritable émancipation
aurait apporté, justitient et cxpliquent Ia précaution du projet.
En somme, les propriétaires ont plus de raisons de se félici-
ter que rhumanité n'en a de se réjtíuir, car cette loi, entre tou-
tes celles qui ont paru sur le même sujet, est 1'unique qui
consacre Ia continuation de 1'état servile sans imposer aux pro-
priétaires le mòindre sacrifiçe. Elle fait en leur faveur bien
plus que n'a fait Ia loi anglaise, lorsqi^au lieu d'une indemnité
insuffisante et incomplète elle a maintenu le statu quo en évitant
les crises qui pendant quelques temps auraient pu naitre à Ia
suite de l'affranclüsscment dans les domaines de cette grande
nation.
En effet, en résumant les principales mesures du projet, on
n'y voit rien qui puisse altérer sensiblement 1'ordre actuel des
choses par rapport aux intérêts des propriétaires.
A peine 1'espoir qu'elle donne à 1'esclave peut-il compter sur
Ia munificence du trésor, et sur les vertus chrétiennes de Ia po-
pulatioH. L'esclave, condamné comme avant à Ia servitude, ne
pourrait trouver ia liberte que par des chances heureuses cà Ia.
loterie de Ia charité, dont les lots, quelque nombreux qu'ils soient,
5

*
- 612 -

sont insignifiants .à côté du chifre de 1,500,000 esclaves


oue
nous avons. {
Mais qui eút pu supposer, après toutes ces larges concessions
que les propriétaires auraient proteste, et se scraient élévés par-
dessus le marche contre un projet, dont le côté faible ne
vient que de 1'intention de leur ménager les sacrifices et pro- de
proteger leurs intéréts, et cela en contradiction avec les vérités
morales et religieuses et avec les intéréts généreux de Ia civi-
lisation ?
Voyons donc les motifs de ce procede. Le gouvernement a
cru devoir apporter quelque soulagement à 1'état servile en rela-
tion au pécule et ii l'aífranchissement obligatoire. Le
pécule
était pour l'esclave, prive de tout droit sur le bénéfice de son
travail, un accident exceptionnel de cette règle cruelle.
Le pécule represente Ia fatigue sans repôs, Ia nuit sans som-
meil, Ia vie sans plaisir de vivre; represente Ia privation, l'éco-
nomie, Ia moralité sous Ia lutte de Ia misère. Eli bien, ce
pé-
cule permis par les mceurs, et accumulé dans les moments oisifs
qui sont interrompus par le travail force du maitre, devant être
respecté, le gouvernement n'a fait que Télever à Ia cathégorie
du droit, le garantir et le rendre transmissible. Rien de plus
juste que de mettre à l'abri du caprice et de 1'injustice, insépa-
rables du pouvoir absolu, ces résultats du travail, épargnés
peut-
être pendant de longues années.
Cest encore à cause de ce léger adoucissement de Ia loi
que
s'est élevée toute cette tempête que 1'on a vue à Ia tribune et
dans Ia presse, comme si cette ombre si minime de
justice pou-
vait mettre les propriétaires en danger.
Les mêmes furibondes déclamations, les mêmes
^ prophéties si-
nistres sont provoquées par l'affranchissement obligé dans
quei-
quês heureuses mais rares émergences. Peut-on s'imaginer un
cas plus afflictif et plus révoltant
que celui d'un homme qui,
pour sortir des fers de Ia captivité, presente à son maitre le
pnx juste de sa liberte, et celui-ci s'y refuse en plongeant le
malheureux dans les angoisses du désespoir, car dès-lors il n'y
a plus d'espoir pour lui, ni dans son
propre travail, ni dans Ia
philantropie, ni dans Ia miséricorde du maitre!
II faut encore 1'intervention du maitre avec son consentement

1
- 613 —

discrétionnaire dans ces actes de justice rigoureuse et qui ne lui


font rien perdre pour le bonheur dc 1'esclave.
11 prétend, le maitre, que le droit au pécule et à l'affranchis-
sement force relâchent les liens dc dépendance dans lesquels
l'esclave doit être tenu envers son maitre et ouvre Ia porte à
Tabus.
Mais cette diminution de dépendance, fondée d'ailleurs sur
bien d'autres biens terribles, en quoi peut-elle porter ombrage à
Ia toute-puissance du maitre dans l'exercice d'im droit sacré sur
l'esclave ? L'abus ? Mais quelle est donc rinstitution humaine
qui en soit exempte V Et clans ce cas même Tabus serait force
de prendre Thabit de Ia philantropie pour etre bien reçu sans
le moindre tort pour le propriétaire.
Ah! Si Ia spéculation, Ia vengeance ou Penvie pouvaient
porter ces propriétaires à affranchir les esclaves les uns des
autres, jamais les effets des mauvaises passions n'auraient autant
ressemblé aux effets des grandes vertus!
Cependant ils ont Tair, les pétitionnaires, craclhérer à Ia ré-
forme dont ils ne contestent pas Ia necessite; seulement, à leur
dire, ils ne sont pas cTaceord sur les moyens de Ia réaliser.
Voyons donc quelles sont les conditions de leur consente-,
ment.
Ils adoptent Ia reforme, moins Ia liberte pour les naissances
futures, moins rindemnité, qui ne represente pas Ia valeur inté-
grale de 1'esclave, moins le droit au pécule, moins TaiTranchisse-
ment force, moins IMntervention tutéláire de Tautorité publique
pour éviter que Ia loi ne soit une illusion, moins les précautions
indispensables contre Tabus, moins Tadoucissement des chaínes
de Tesclavage, moins Texécution immédiate de Ia loi, autant que
Ia succession des années ne nous donnera une statistique par-
faite, moins enfin tout ce que directement ou indirectement, de
loin ou de près, peut contrarier leurs habitudes et leur causer
le moindre dérangement! Du reste ils sont d'accord! Étranges
réformateurs!
C'est dommage qulls ne soient pas bien compris. Ils accep-
tent Ia reforme, mais à condition que les règles du droit romain
soient maintenues dans toute sa pureté originale et classique;
législation atroce du
paganisme qui, après avoir détruit dans
1'esclave 1'indiviclualité de rhomme res mancipii l'a rendu aux hor-

4
— 614 —

reurs de Yergastulum9 à Ia pâture des murènes et des betes fé-


roces du cirque....
Un des membres les plus distingues de 1'autre chambre et
par ses talents et par ses esperances, n'a pas hesite li célébrer
les bienfaits de rinstitution de Tesclavage, et à se plainclre que
le gouvernement ait voulu en finir de sitôt avec un instrument
essenciel à Ia production de Ia ricbesse de notre pays. J'aurais
pu répondre à cela que Ia production de Ia richesse n'est seu-
lement pas le but supreme de Ia société, qu5elle n'est pas com-
posée uniquement des etres qui naissent, consomment, meurent
et sont enterres clans le sein de Ia terre qui les a nourris-
qu'ils ont d'autres destinées bien plus élevées et que plus varies
sont les conditions, les besoins, et les éléinents qui composent
Ia civilisation.
Mais en restraignant le point de Paccusation, et donnant à Ia
production des richesses toute rimportance qiPelle mérite, je
dirai qu'ici, comme partout ailleurs, aussi bien dans Fantiquité
que clans les temps modernes, Tesclave a du etre et clevait
être considere comme Ia cause puissante de Fabâtardissement, et
de Ia décadence des nations.
L'homme en perdant sa liberte perd avec elle Ia faculte de
son pouvoir sur Ja nature, et le mépris clont il est Tobjet trans-
mis au travail en general, tarit Ia source de Tactivité et paralyse
le génie naturel de Findustrie. Si nous cherchons 1'origine de
Tétat arriéré d'un pays tel que le notre, auquel Ia providence a
bien voulu prodiguer ses dons les plus magnifiques, nous Ia trou-
verons clans cette fatale institution que le pouvoir colonial a im-
plantée sur notre sol vierge. Cest 1'esclave qui réagissant sur
nous de son ignomineuse influence, nous fait dépositaires stériles
de tant cie richesses des trois royaumes de Ia nature qui exci-
tent Padmiration cies voyageurs, comme les merveilles du sol ele
Canaan excitaient celles des missionnaires cie Moise; c'est elle
qui, détournant le cours de Fémigration européenne vers des ré-
gions plus heureuses oü le travail volontaire fleurit, empêche que
nos vastes solitudes soient habitées et labourées, laissant l'im-
mensité de notre territoire inculte. C/est Tesclavage encore Ia
cause que les arts fabriles et les applications de Ia science mo-
derne ne viennent pas perfectionner et multiplier nos produits et
ouvrir de nouvelles sources de production; c'est à 1'esclavage

*
615

encore que nous devons cette situation économique qui dans un


jeune met les ProPri(',tós rurales dans les mains d'un
pays
de possesseurs, comme au moyen-âge, avec exelu-
ej
petit nombre
sion de Ia population libre, abandonnée à Foisiveté par Ia Ia con-
currence du noir qui sert au travail.
Le secrct de Ia richesse, messieurs, n'est pas seulement dans
Ia variété des climáts, dans Ia fécondité du sol, dans les avan-
tages naturels; elle est surtout dans le sens intime de Fhomme,
dans son énergie, dans son aptitude, dans les lois qui Ia protè-
gent et Ia développent. L'ordrc moral crée 1'ordre matériel à
son image. Le Brésil, visiblement arriéré par Fesclavage sur le
chemin du progrès, ne premira son essor pour Ia grandeur fu-
ture et pour Fopulence qui lui sont réservées que lorsque sur
son sol libre on ne verra plus croitre Ia plante arrosée de Ia
sueur et du sang de Fesclave.
En défendant et en préconisant cette mesure, comme je viens
de le faire, soit par rapport aux grands príncipes de Fhumanité,
soit comme une source de notre grandeur fature, je ne dois pas
cependant dissimulei* les inconvénients qui doivent suivre pendant
quelque temps Ia transformation drun état de choses enraciné
par les siècles.
Malgré Fextrême modération des mesures, et quel que soit le
patriotisme et Ia sagesse des liommes d'État qui devront réaliser
Ia reforme, nous avons á parcourir quelques jours difficiles avant
cVarriver au but (Fétablir définitivement le travail volontaire, et
Ia jouissance des bienfaits que cette mesure nous laisse aperce-
voir clans un horison plus ou moins lointain.
Les grandes reformes, celles surtout qui touchent Fexpiation
des grandes fautes du passe, ne sopèrent pas sans douleurs et
sans chagrins.
Le sacrifice est Ia condition providentielle de tout progrès; il
est Ia condition de Ia rédemption de Phumanité dans chacun des
grands pas qu'elle s'anime ;i risquer pour améliorer son sort; on
peut atténuer le sacriüce, Féviter jamais.
H y a dix mille ans que l'homme lutte en vain pour se sous-
traire au joug de Ia loi du sacrifice qui pese sur lui; mais cela
n'a jamais été une raison pour les peuples qui ont Ia foi de leur
avenir de rester stationnaires et de ne pas chercher avec persé-
616 -
vérance et énergie à surmonter les obstacles
qui retardent ]<.„,
aspiration au bonheur.
Comment admettre que nous puissions maintenir une
situation, maudite pour tant de motifs, seulement dans pareille
le but de
ne causer aucun dérangement aux propriétaires ? Ce
n'est aue
par leur bonne volonté, ou leur concours spontané vers une mo
dification pacifique et régulière de 1'ordre actuel des
choses que
les inconvénients que l'on prévoit peuvent être adoucis.
Le dé-
pit et Ia résistence que les mauvaises passions créent ne servent
qu'à augmenter et à aggraver le danger.
Demandez à 1'histoire le sort de tous ceux
qui, entendant
rouler de près le char du progrès, osent s'opposer à son
irresistible! passase
e
Demandez à ces arrogants planteurs du Sud des États-Unis
qui, repoussant tous leurs compromis, et attachés à leurs illu-
sions, osaient se vanter d'étendre les territoires de 1'esclavage
depuis le tombeau de Washington
jusqu'au palais de Montézuma'
Quand íls s'y attendaient le moins tout 1'édifice s'est écroulé sur
eux ensevélissant toutes leurs fortunes sous les décombres
ensan-
glantés par une guerre de ravage et d'extermination.
La fatigue m'oblige à mettre un terme à mon discours
au su-
jet d'une question sur laquelle on a tant dit et que discuteront
encore des orateurs bien plus éloquents
que moi. Mais avant
de terminer, qu'il me soit permis d'énoncer 1'espoir flatteur
que,
quelles que soient les imperfections de ce projet, imperfections
que lexpenence du futur pourra corriger, nous ne quitterons
cette séance qu'après l'avoir vote, afin de satisfaire 1'anxiété
ar-
dente du pays et prevenir les conséquences incalculables
dhra
retard plus prolongé. Chaque
jour qui s'écoule avant Ia promul-
gation de Ia loi laisse sombrer dans 1'égout de Tesclavage autant
de milhers de malheureux
qu'un léger effort de notre part ren-
drait a Ia liberte et à Ia
jouissance des droits de Ia société.
En outre, toutes lesterreurs
paniques, les préventions exploi-
tees par les passions
politiques après avoir donné à cette quês-
tion un aspect menaçant, continuent d'agiter
Ia population jusqu'à
ce que Ia décision du sénat vienne mettre un terme
aux illusions.
tete ne veut pas dire
que les attaques et les déclamations inté-
ressees ne guerroyeront
pas sous peu ceux qui ont concourru à
cette reforme; mais nous aurons de belles
compensations: nous
- 617 -

aurons pour nous Ia conscience d'avoir rempli un pénible devoir


envers 1'humanité et Ia civiüsation; nous aurons pour nous les
applaudissements du pays. Ces milliers de femmes qui, pendant
trois siècles, ont maudit tant de fois 1'heure de Ia maternité, et
Ia Providence, en voyant les fruits innocents
qui ont blasphémé
de leurs entrailles condamnés à une captivité cternelle, comme
si c'était un crime d'être nés, leveront alors leurs mains et leurs
prières au ciei en invocant Ia bénódiction divine pour ceux qui
leur ont donné Ia jouissance crelles-mêmes. Les cxpressions de
reconnaissance de ces pauvres aftligées valent bien mieux que
l'anathème du riche impcnitent, bien plus que les attaques des
puissants qui n'ont pas su trouver d'autres moyens de prospérité
que dans Tignominie et dans Ia souffrance de leurs semblables.
(Traduction de í\ J. R.)
——— "','¦¦¦ —-'.. .: ;¦ —.^^
í^30~ _

F • gaküm m
DO

OffiCIAL
jloi^NAL
DA

Maconaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL.

Redactor em Chefe, o Gr/. Secret/. Ger/. da Ord/.

N.° 8. — 2.° ANNO.

4Q08T0

Or/. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR/. OR.-. DO BRAZIL.
Vallc do Lavradio 53 K.
i573 (f.\ y.g

=J§cÍ
619

um requerimento afim de poder abrir um


interior em Vienna
Maçonico durante a exposição, allegando que S. A. Real
Templo
o Príncipe de Galles, assim como o Príncipe Imperial da Alie-
manha erao os protectores da Ordem em seus paizes. Foi-lhe
indeferido, avista do que o citado Ir.-, dirigio-se ao Gr.-.M.-. da
Maçon.'. Húngara, que favoravelmente accecleu ao seu pedido.

Stiissa. — Installou-se, ao Or.\ de Gênova, uma Loj/. com o


titulo distinctivo I/Àmitié Écossaise, sob a jurisdicção do Dir.\
Sup.-. Helv.-. Rom.\
*

Torlugctl*— O Jornal do Iniciado (Coimbra) publica o se-


guinte:
" A Loj/. Igualdade, ao Or/. de Castello-Branco, é uma das
que melhor tem comprchendido a idéa essencial de nossa asso-
ciação. Ha tempos um infeliz, que nada absolutamente possuia,
queria baptizar uma filha. O Ven.\ e um outro membro levarão
a criança á pia baptismal, e os demais membros assistirão ao
baptismo. A Loj.*. proclamou como sua afilhada a innocente me-
nina e deu uma avultada esmola ao pai. „

Canadá. — O jornal The Craftsman and Canadian Masonic


Record, de Hamilton, em seu numero do mez de Março traz a
noticia de ter o Ir.-. Wilson, Gr.-. M.\, presidido, no dia 21 do
citado mez, á inauguração da Loj.-. do Rit.\ Ant.\ e Acc.\ sob
o titulo Pembroke Lodge.
Os jornaes do território de Washington narrão o curioso inci-
dente que deu-se em uma Loj.'. Estando a proceder-se á ini-
ciação de um profano, sobreveio um terremoto tal, que a Loj.-.
era abalada desde os seus alicerces. O Ven.\, os OOff.1. e os
membros da Loj.-., aterrados, fugirão sem importarem-se com o
neophyto. Cessando o terremoto, o Ven.\ voltou áLoj.\, e, com
grande pasmo, encontrando o recipiendario no statu quo, per-
guntou-lhe porque não tinha fugido, ao que elle ingenuamente
6
620
respondeu: «Não fugi, porque julguei
que isto fazia parte aa
di
ceremoma da iniciação. l

Bespanfia. - Com summo prazer transcrevemos


do Boletim
da Hespanha o que abaixo segue:
" El discurso dei Sfír. Visconde
de Rio-Branco, presidente dei
consejo de ministros en ei Império dei Brazil,
pronunciado en ia
sesion dei 17 de Mayo último en ei senado, bien merece,
Ia
entidad de su pensamiento y por Io selecto de ia fôrma, ia por
aten-
cion preferente de todos nuestros HH.\; tratándo-se de asunto
de tanta importância como Ia lucha dei fanatismo con Ia civiliza-
cion, en Ias insidiosas trabas que ei jesuitismo se atreve á oponer
á Ia Mas.-., cuyos estatutos hacen una virtud social de esa bene-
ficencia que ei ultramontanismo pretende vinculala en comuni-
dades devotas y circulos católicos.
" Hé aqui ei discurso,
laudabile ejemplo de noble indepen-
dencia política y elevacion de pensamiento social, con
que ei pri-
mer hombre dei Império dei Brasil, en ias presentes circunstan-
cias, abre camino á los espiritus levantados y á los ânimos firmes
para obstar con franco impulso á los maquiavélicos planes de los
hijos de Loyola y á ias pretensiones ultramontanas, en
perene
acecho de ocasiones (propícias para reconquistar ei terreno
que
han perdido en ia opinion pública
y en ia consideracion de Ias
entidades que presiden los destinos de los
pueblos. „
(Segue-se o discurso.)
" El texto dei discurso
que precede nos releva de emitir opi-
niones propias sobre ei particular,
puesto que con ellas coinciden
Ias que han sido enunciadas con tanta extension, dignidad me-
sura por Ia elocuencia reposada y
y persuasiva de nuestro ilusf.
H.\ ei Visconde de- Rio-Branco;
pero nos permitiremos hacer ob-
servar, que poças vèces en Ia historia
parlamentaria dei mundo
civilizado habráse visto cuestion más candente trascendental,
tratada con mayor calma y
y sencillez por un hombre superior, in-
capaz de^ apelar en sus razonamientos á Ia
arrastra ó á Ia pasion que ciegá. preocupacion que
" T es
que nuestro ilust.-. H.-. tiene esa fé que no permite
oscilar eo ei rumbo de su conducta,
.Jf; .-.¦'."..¦' :
y ese conocimiento profundo
— 621 -

de Ia irremediable decadência á que están condenados todos los


tradiciones de Ia sombra de Io pasado, incompatibles
fatiámos,
con Ia ley de Ia civilizacion, como Ias aves nocturnas con ei claro
resplandor dei dia.
« Nuestros adversários hubieran querido un fanatismo
social
en contraste con su fanatismo religioso; pero en vez de un ene-
migo violento y apasionado, se encuentran con un juez libre de
prevenciones y de razon serena, que los denuncia, tales como
son, desbaratando sus maííosidades, y tan exento de ira, como de
favor á Ia causa contraria.
« El tipo social y politico de nuestro
quer/. H.\ ei Visconde
de Kio-Branco se ha elevado con este discurso sobre ei más alto
nivel de Ias celebridades contemporâneas en Ia esfera guberna-
mental; y cuando vemos á los ministros de Ias naciones más
adelantadas dei continente europeo enviar á Roma especiales re-
presentantes, cerca dei que llaman prisionero dei Vaticano; mién-
trás que otros se hacen catequistas de Ias mil comuniones di-
sidentes dei catolicismo, celebramos ei proceder, noblemente
excepcional, dei presidente dei consejo de ministros en ei Império
dei Brasil, que, de manera tan notable como ejemplar, sabe so-
breponer-se á toda espécie de propaganda, para imponer un
retroceso saludable á Ia invasora política de los ignacianos
y á
Ias cabalas dei episcppado católico, que no se resigna á su des-
tino, cuando én ei reloj dei tiempo ha sonado Ia hora de perder
Ia influencia con que pretendia en balde hacer pasar por loco á
Cristóbal Colon y declarar herege á Galileo.
" Imiten Ia noble
conducta dei respetabilisimo y querido H.\
Visconde de Rio-Branco, cuantos se encuentren en
posicion idén-
tica á.la suya en nuestro pais, que muchos hay
y habrá, asi
como los de Ias demás naciones de Europa,
y además de ser este
M gran médio de propaganda, porque Ia luz de lá verdad irradia
desde tan elevado
puesto, muchos de los actuales problemas so-
ciales, que tanto preocupan á los estadistas de todos los
países,
encontrarán pronta fácil solucion.
* Los verdaderos y
masones son los mejores ciudadanos dei
mundo, y con buenos ciudadanos Ias leyes son siempre respe-
tadas. „ -
(Assignado) Moysès, 30:.
¦;:.¦¦;¦>. (Boletin. Oficial dei Oriente de Espafía, nüm. 55, afio 3.°)

/"'Si c
628

Noticiário Interno.
SESSÃO DE POSSE DA LOJ.-. GRÊMIO PHILANTROPICO.
—- Circumstancias imprevistas puzerão a tarde esta sessão
de
posse, o que comtudo fez com que se tornasse solemne essa
festa. Uma escolhida sociedade feminina, famílias de nossos
Ilr/., abrilhantou essa solenmidade.
Tudo quanto uma festa maçonica offerece de fraternal e cheio
de cordialidade ahi se ostentou. As flores e os discursos, a
animação e a eloqüência fornecerão a essa noite memorável um
cunho especial. Devem estar satisfeitos os obreiros desta offi-
cina por haverem conseguido ceremonial tão completo para a
posse de suas LLuz/. e DDig.\
Não saúda, de certo, o mundo profano o resultado de suas
eleições da mesma maneira cordial com que o fazemos em nossos
Templos.
Que leião os prelados todos do mundo catholico nossos discur-
sos e nossas invocações, e verão que não incorremos nunca na
pecha de impios.
Que para nossos honestos trabalhos só trazemos a pureza de
nossos melhores sentimentos e a melhor parte de nossa fé.
Se um dia houve reprobo que denunciasse ao vulgo profano
erros que jamais commettemos, seja isso em presença de nossos
actos louváveis, uma dura reprehensao lançada aos nossos ini-
migos, que só com armas fracas e futeis nos aggridem.
Nós somos um povo que levantou as cupolas das cathedraes,
que facetou os nichos custosos para as imagens sagradas, que
cinzelou os fustes das columnas da Igreja, e que, emfim, ao
mundo culto deu esses templos que causão a admiração da hu-
manidade.
Quem com custo e fé construe templos não derroca templos.
Poderão sacerdotes transviados obscurecer a Igreja de Christo,
que nós a conservaremos intacta e veneravel, eterna e rediviva,
porque contra ella nada pôde o artificio dos máos.
Nós a sustentámos no meio dos perigos do fanatismo déspota
e atroz; apagámos as fogueiras anti-christãs; arrancámos os
poldres onde se azurragavão as victimas; entupimos os subter-
- 623 -

raneos do Santo Officio; e quando a companhia de Jesus profa-


nára as vistas e os deveres dos Exercidos nós a supplantámos,
e foi proscripta.
Essa nuvem negra que se ergue hoje, pois, contra nós; esse
enxame de homens mal intencionados que nos lanção anathemas
enraivecidos, são, pois, ainda o que nos põe de novo de pé, em
nome de nossa antiga Ordem, e aceitamos o comhate. Venha
elle prenhe de calumnias, de ódios, violências e injurias, sangui-
nario não pôde sêl-o jamais; que nós, em eras não remotas,
desarmámos com a santa liberdade os braços dos sicarios avas-
sallados á questão do fanatismo.
Já que o fogo e o ferro desapparecêrão por iníquos, ficão a
penna e a palavra. Sirvão-se destas a seu talante os propagandis-
tas da questão romana, nós também gens sumus; e avante, em
nome de Deus e da Igreja e de todas as santas verdades pre-
sentidas pelo homem!
Se até aqui não se conseguio acabar com a raça dos phari-
sêos, nós já tomámos o encargo de o fazer, porque é de nossa
competência, por sermos filhos da verdade e do puro chris-
tianismo.
Não cantem victoria a mentira e a má fé, que promettemos
cumprir como devemos aquillo que é para nós uma missão de
séculos.
Estamos certos que o Grêmio Philantropico concorrerá pode-
rosamente para erguer a verdade á altura a que tem direito,
não poupando esforços para bem cumprir seu dever maçomco
perante a sociedade.
* *

O THEMA DA DISSIDÊNCIA MAÇONICA NO BRAZIL.-


Em todas as épocas do mundo houve períodos de descontentes.
Alguns desses periodos forão mais ou menos assignalados, mui-
tos nullos e pouquíssimos dignos de serio reparo.
Que a vaidade pessoal entrou sempre em jogo é do que nin-
pem duvida. Mas também, é certo, que a política profana in-
fluio poderosamente no animo dos opposicionistas.
Para o Brazil 1863 e 1872 são as duas épocas mais notáveis
de dissidência maçonica.
A primeira fêl-a a imprudência do amor-próprio estimulado.
— 624 -

A segunda fêl-a a vaidade contrariada, o exagerado amor ás


honras e a cabala familiar de um grupo demasiadamente pro-
fano em sentimentos e aspirações.
E como ha homens que a propósito de qualquer incidente
com elle se identificão, ahi se erguem campeões a ferir bata-
lhas pelo simples facto de possuirem um nome qualquer, que
tem sido muito dito e muito publicado. Chama-se a isto —exa-
geração da honra do nome.
Esses senhores, arvorados em condes fronteiros, em toda a
plenitude de seu feudo, não admittem opiniões adversas.
A amizade é para elles apenas só um pequeno habito. Sa-
crificão-n'a.
As boas relações são para elles apenas só uma conveniência
transitória. Nullificão-n'as.
A prudência é para elles um fardo incommodo. Supprimem-n'a.
A imprensa é para elles uma arena onde todos os combates
são possiveis. Vão cegos a ella.
E a raiva latina ahi fica aprumando o homem que dá de mão
a tudo, só para contentar o despotismo acerrimo do seu eu.
A esse juntão-se os amigos, os lisongeiros, os interessados, os
curiosos e os amantes do escândalo, e a uma voz tudo clama,
tudo satyrisa, tudo calumnía, desconsiderando até a própria
dignidade.
A nossa ultima dissidência deu-nos a medida dos adversários
da Maçonaria do Brazil, e deu-nos mais a espécie maçonica que
elles advogão.
Ficamos todos comprehendendo que é possivel n'um grupo de
obreiros haver quem ouse profanar nossos sagrados deveres.
E lá se foi, caminho de um outro valle, o arraial dissidente,
dando-se ostensivamente o titulo de—unido.
Unirão-se a si próprios, que a nós, a nenhum de nossa grey
maçonica se alliárão.
Ficamos o que éramos, os legítimos guardas da Maçonaria do
Brazil, advogando a causa sagrada de todas as liberdades caras
ao homem.
Os pamphletistas sympathicos a nossos contrários sustentarão
theses ridiculas: jogarão o epigramma injuriosamente, insultarão,
fizerão matinada de jograes da imprensa; novos D. Bibas so
pretendião ferir fazendo rir os leitores.
625

Tão a salvo não lograrão seu intento, que lhes fomos logo ás
narrativas chocarreiras e as inutilisáraos.
Na exageração da liberdade da imprensa ha muito de repre-
hensivel e de bárbaro. Comprehcnde-se a severidade da critica,
o faceto da satyra que presta, a graça do epigramma a propo-
sito, mas a grosseria, o insulto, o baixo ridículo são deshonestos
e indecentissimos na imprensa de um paiz culto.
Se esses são os assim chamados racionalistas, tão condemna-
dos pelos ultramontanos, nós, os verdadeiros maçons, os con-
demnamos também; que a baixeza da censura aviltante e da
luta caprichosa não é, não será nunca predicado da sã razão.
Nós pretendemos collocar sempre de pé o thema dos nossos
adversários, para que o mundo, preoccupado sempre, mal infor-
mado continuadamente, possa um dia tomar a peito o formar
juizo seguro a respeito da Maconaria no Brazil.

NOVO ORGAO DA IMPRENSA MAÇONICA.—Dizem-nos pes-


soas informadas que já sahira á luz o primeiro numero de um
jornal que pretende occupar-se com os factos de nossa Insti-
tuição.
Venha em boa hora e receba as nossas saudações.
Na luta empenhada contra a parte ultramontana da humani-
dade é preciso muita prudência e hombridade: convém, com tino
e paciência, ir desvendando os olhos dos ignorantes, apresentam-
do-lhes os erros que lhes quer impor a parte usada das so-
ciedades.
Deve ser illustre o campeão que se ergue na arena publica e
que venha de viseira erguida, para que nos traços christãos de
sua physionomia aprendâo os que hesitão a ser maçons e leaes.
Porque andamos já cansados deste embuste jornalístico, dessa
covardia na publicação que não admitte a enérgica sinceridade
de um homem de crenças formadas; ou, que então toma ares
zombeteiros e espalha o riso em profusão, estalando gargalhadas
e momos aos ávidos franco-maniacos, e tudo com o único fim de
ridicularisar um nome ou de crestar-lhe o brilho.
Venha, pois, a Semana Maçonica dar-nos lições melhores, ser-
vindo de molde ao
jornalismo culto e elevado.
626

O que escreve estas linhas terá grande prazer em ir regis-


trando nos annaes da publicação maçonica todas as conquistas
que, neste gênero adiantado, fizer o novo órgão.

O TRABALHO DAS LLOJ.*. DO NOSSO CIRCULO. - É com


com a maior regularidade que todas as nossas LLoj/. fúhc-
cionão.
Abundão as iniciações diárias. Parece ate que o interdicto
que se pretendeu jogar contra a nossa Ord/. foi apenas um ex-
citante para que o mundo profano procurasse em grande numero
ser admittido a nossos augustos trabalhos.
Com um tal incentivo a maior actividacle maçonica lucra a
humanidade culta, que tem em nossa Instituição um baluarte de
suas prerogativas e direitos.
Os senhores de baraço e cutello, os pergaminhos feudaes do
orgulho e presumpção, nós os transformamos em obreiros leaes
da confraternidade maçonica, que nada mais é do que a frater-
nidade do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Christo.
Dilige proximum tuum sicut te ipsum! está escripto em nossos
corações como uma divisa divina.
Li hoc signo vencemos todas as desigualdades, toda a confu-
são e todos os que nos querem mal.
In hoc signo erguemos a luva prelasiana que nos foi jogada á
arena e propagamos as verdades contidas em nossa permittida e
honestíssima Instituição.
Ao anathema que se nos joga respondemos nós: Pedro! mette
a tua espada na bainha; que, quem com o ferro fere, com o ferro
será ferido.
A' condemnação, que nos atirão injuriosamente, dizemos:
Não julgues o teu semelhante, porque assim como julgares serás jul-
gado também. Deus só é o nosso supremo Juiz.
Nós somos homens de paz e de concórdia. O cordeiro imma-
culado sobre os santos livros é o nosso supremo emblema; e o
amor a Deus e aos homens o arco-iris de nossa existência.
Quem ousar arrancar com mão sacrilega os sellos vetustos
que encerrão nossas leis, os timbres de nossos antiquissimos
pergaminhos de liberdade e virtudes, a consciência do mundo o
— 627 —

condemnará, c o tribunal da historia inscreverá seu nome no


livro negro das sociedades.
São estas as convicções que animão todos os OObr/. deste
Circulo, e por ellas regularáõ suas acções. A justiça e o bem
nos fornecerão o compasso e a esquadria para serem applicados
a todos os nossos actos; o prumo nos adverte de nossa posição,
e passando o nivel pelos escabrosos caminhos da vida, sabere-
mos evitar escolhos, collocando as pedras angulares de nossa
architectura nos lugares eleitos por nossos MMest/.
Isto fazemos; e isto faremos sempre.

Administrações de LLoj.*. e CCap/. para o presente


anno maçon/. 5873.

LOJ/. PROV/. UNIÃO E CRENfA, ao Or/. do Rio-Novo, na


província de Mnas-Gfêraes. — Ven.'-, Dr. Adolpho Elisio Teixeira
Duarte, 3/.
l.° Vig/., José de Souza Pereira, C.\ R.\ *jK\
2.° Vig/., Francisco Ribeiro Guimarães, 3.*.
Orad/., José Antunes Moreira, 3/.
Secret/., José Antônio Affonso, 3/.
Thes/., Emiliano José Antunes, 3/.

LOJ/. ESTRELLA. DE MINAS, ao Or/. do Sacramento, na


província de Minas-Geraes. Regul/. em 9 de Julho de 1873.—
Ven/., Carlos Nonato de Oliveira França, 3/,
1.° Vig/., Francisco Antônio da Silva, 3/.
2.° Vig.-., Manoel Martins Honostorio, 3/.
Orad/., José Antônio de Paula, 3/.
Secret/., João Vieira Pontes, 3/.
Thes.-.. a

*
— 628 —

LOJ/. FELIZ LEMBRANÇA, ao Or/. de Iguape (8. Paulo)


•Ven/,, Francisco José Pedroso, 30/.
1.° Vig/., Joaquim José de Oliveira, C.\ R/. ijfv.
2.° Vig.-., Antônio Dias de Freitas Guimarães, 3.-.
Orad.-., João Antônio Peniche, 3/.
Secret/., Francisco Antônio Pereira Júnior, 3/,
Thes.-., Diogo Rodrigues de Moraes, 3.-.

* *

LOJ/. AMOR A' HUMANIDADE, ao Or/. do Pilar


•Ven.-., Luiz Gonzaga dos Santos, C/. R.\ >fr.\ (Alagoas).
1.° Vig/., João Alves de Carvalho, C.\ R.\ $,.
2.° Vig.-., Francisco Ignacio Cardoso e Silva, 3.-.
Orad.'., Dr. Francisco Antônio Cesario de Azevedo, C.\ R,\ ifv.
Secret/., Alexandre Mariz da Fonseca, 3/.
Thes.*., Antônio Joaquim Peixoto, 3.-.

LOJ/. AMIZADE FRATERNAL, ao Or/. do Gr/. Pod.-. Cent,-.


-Ven/., Antônio Corrêa de Mello e Oliveira,
C. R.\ #,.
l.° Vig,., Manoel Diego dos Santos, C.\ R.\ »$».-.
2.° Vig/., João Antônio Ferreira Magalhães, C/. R.\
ft.\
Orad/., Miguel Nunes de Moraes Osório, C.\ R/. *$*.-.
Secret.-., José Gomes da Silva Vasconcellos, C/. R.\
ft.\
Thes,., Domingos Fernandes da Cunha, C.\ R/. #.-.

CAP/. ACÁCIA, ao Vai.-, de Nictheroy. - Arth/., Quirino


Francisco do Espirito-Santo, C/. R.\
#.-.
1.° Vig.-., Pedro Antônio Gomes Júnior, 31/.
2.° Vig.-., Prudencio Luiz Ferreira Travassos, 30/.
Orad/., Dr. João Militâo da Fonseca, 30.-.
Secret/., Pedro Antônio Gomes, 33.-.
Thes/., Miguel da Rocha Guimarães, 30/.
— 629 —

GAP/. PEKFEITA AMIZADE, ao Vai.-, do Gr/. Pod.-. Cêíltr


-Arth.-., Francisco Ângelo Agostinho I)'AU'Orto, 32.-.
l.« Vig.'., Joaquim Dias Alves de Mello. 30.-.
i° Vig/., Antônio José Pinto, 30;.
Orad.\, Tenente-Coronel Dr. Francisco José Cardoso Júnior, 33.-.
Secret,1., José Pereira de Mattos, C.\ I!.-. ft.-.
Thes.'., Bernardino José da Silva. 30.-.

GAP.'. COMMERCIO, ao Vai.-, do Gr.\ Pod.-. Centr.-.—Arth.-.,


Claudino Antônio Gonçalves, 32/.
1.» Vig.-., José Luiz da Costa Nogueira. 32.-.
2.» Vig.'., José Maria Pereira de Araújo; 31.-.
Orad.-., Victorino Joaquim Alves Mòurão, 32.-.
Secret/., João Rodrigues do Nascimento, 30/.
Thes/., José Luiz Ferreira Fontes, 30/.
630

EXPEDIENTE.
-*"

A Grande Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio


n. 53 K, acha-se aberta diariamente, das 9 ás 2 horas.

O Sob.*. Gr.'. M.\ Gr.'. Com.', da Ordem despacha todos os


dias, devendo as petições ou requerimentos serem entregues na
Gr/. Secret/. Ger/. I
¦ ....
:*
t

O Gr.'. Secret.*. Ger.-. da Ordem attende a todos os Maçons


que o procurarem na Gr.'. Secret.*. Ger.'., á 1 hora da tarde de
todos os dias úteis.

Todas as noticias ou informações que tenhão de ser publica-


das no Boletim Official devem ser dirigidas ao Redactor em
chefe, rua do Lavradio n. 53 K.

Nous prions tous les rédacteurs auxqucls nous envoyons notre


Butíetin de vouloir bien nous rcmettre en échange rcgulièrement leur»
Journaux.
Adresse du Secrétariat: — Rua do Lavradio n. 53 K.
Itio de Janeiro. — lirésil.

AJ^^^^OL^

Typ. do Grande Oriente, ao Valle do Lavradio 53 K.

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