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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11

06/09/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.549


PARANÁ

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : EDSCHA DO BRASIL LTDA
ADV.(A/S) : MARCELO DINIZ BARBOSA

EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À
EXECUÇÃO. ICMS. TRANSFERÊNCIA DE MERCADORIAS E
ATIVO FIXO ENTRE ESTABELECIMENTOS DE UM MESMO
CONTRIBUINTE SITUADOS EM ESTADOS DISTINTOS DA
FEDERAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATO GERADOR.
JURISPRUDÊNCIA SEDIMENTADA NO STF. REITERADA
REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE
AGRAVANTE. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO.
APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ARTIGO 1.021, § 4º, DO
CPC/2015. MANTIDA A MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
ACÓRDÃO

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, na conformidade


da ata de julgamento virtual de 30/8 a 5/9/2019, por unanimidade, negou
provimento ao agravo e aplicou a multa prevista no artigo 1.021, do § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de setembro de 2019.
Ministro LUIZ FUX - RELATOR
Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Relatório

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06/09/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.549


PARANÁ

RELATOR : MIN. LUIZ FUX


AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : EDSCHA DO BRASIL LTDA
ADV.(A/S) : MARCELO DINIZ BARBOSA

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo


interno interposto pelo Estado do Paraná contra decisão de minha
relatoria, cuja ementa transcrevo:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. ICMS.
TRANSFERÊNCIA DE MERCADORIAS E ATIVO FIXO
ENTRE ESTABELECIMENTOS DE UM MESMO
CONTRIBUINTE SITUADOS EM ESTADOS DISTINTOS DA
FEDERAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATO
GERADOR. JURISPRUDÊNCIA SEDIMENTADA NO STF.
AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO
DESPROVIDO.”

Nas razões do agravo, a parte agravante sustentou:

“Discute-se nos autos a necessidade de estorno proporcional de


créditos de ICMS sobre bens destinados ao ativo fixo da empresa, na
ocasião de sua saída antes do quinquênio legal, quando o contribuinte
procedeu ao creditamento integral do total do ICMS incidente sobre o
bem.
(…)

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Relatório

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ARE 1123549 AGR / PR

Se o ente pode permitir o creditamento total do ICMS incidente


sobre o bem destinado ao ativo fixo, como consequência disso, ele pode
determinar o estorno proporcional do valor equivalente à fração de
tempo restante para completar cinco anos da aquisição do bem
Ora, todo o creditamento relativo aos bens do ativo fixo foi
realizado no Estado do Paraná. Nada obstante, com a transferência
desses bens para outra unidade federativa, é lá que será recolhido
integralmente o ICMS.
Ou seja, somente o Estado do Paraná suportará o ônus do
creditamento, com a redução do valor recolhido a título de tributação.
(...)
In casu, ao contrário do que entendeu a r. decisão agravada, não
se trata da mera discussão sobre a incidência tributária (ICMS) nos
casos de deslocamento de mercadorias e ativo fixo entre
estabelecimentos de um mesmo contribuinte, ainda que localizados em
diferentes estados membros da Federação.
(...).
Subsidiariamente, caso assim não se entenda, pugna-se pela
suspensão do presente processo até o julgamento da ADC 49/RN, Rel.
Min. Edson Fachin, onde estão sendo debatidas questões correlatas3
às discutidas aqui, pelo que deve ser suspenso os autos até a ultimação
daquela ação.” (Doc. 8, p. 3, 4, 6)

É o relatório.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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06/09/2019 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.549


PARANÁ

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação


não merece prosperar.

Em que pesem os argumentos expendidos no agravo, resta


evidenciado das razões recursais que a parte agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada.

Com efeito, o Tribunal a quo decidiu a lide nos seguintes termos:

“Conforme grifado acima, o estorno do imposto deverá ocorrer


quando os bens do ativo forem alienados antes do período de cinco
anos. Não se discutiu nos autos a existência dos bens passíveis de
creditamento, apenas a eventualidade do estorno em decorrência da
saída dos citados bens.
O que se percebe, pela legislação de regência, é que há um lapso
temporal para alienação dos bens. No entanto, no caso dos autos não
houve alienação.
Explico.
O apelante menciona que é necessário o estorno dos créditos
porque a transferência se deu para filial em outro estado da federação,
gerando prejuízos ao Estado do Paraná. Ainda, que apesar de se tratar
de filial, cada estabelecimento é autônomo, portanto, houve alienação.
Por fim, que há Regime Especial n.° 1958/99, firmado entre as partes.
(...).
Quanto ao fato de a transferência do ativo se dar entre filiais de
estados diferentes, importante salientar que a legislação não
mencionava nada a respeito. Ponderava apenas a alienação dos bens do
ativo antes do prazo. Não houve alienação, nem podem as filiais, para
o fim de aplicação do citado dispositivo, serem consideradas como
contribuintes autônomos. Houve a devida baixa da empresa no estado

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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ARE 1123549 AGR / PR

do Paraná e a transferência dos bens para o parque fabril existente no


estado de São Paulo. Não se está falando de encerramento irregular. A
empresa permaneceu ativa. O prejuízo, se existente em relação à
competitividade entre os estados da federação, foi devidamente
regulamentado em períodos posteriores. Não pode o apelante oferecer
interpretação extensiva à norma legal vigente à época.
Justamente por não haver saída de mercadoria de um para outro
estabelecimento do mesmo contribuinte, por não acarretar a circulação
jurídica da mesma, mas sim sua simples movimentação física, não há
incidência do ICMS, possibilitando a aplicação da Súmula 166 do
STJ, mesmo não se tratando de mercadoria strictu senso (já que se
trata de bens integrantes do ativo no caso concreto).
(...).
Sendo assim, sem a saída do bem do ativo fixo da embargante
mediante alienação, não há que se falar em incidência do ICMS, razão
pela qual a sentença deve ser mantida, tal como lançada.” (Doc. 2, p.
35, 36, 39)

Nesse contexto, o acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência


desta Corte, firmada no sentido de que o ICMS não incide sobre a
transferência de mercadorias e ativo fixo entre estabelecimentos de um
mesmo contribuinte, ainda que localizados em diferentes estados
membros da Federação, pois tal operação constitui mero deslocamento
físico, que não caracteriza o fato gerador do tributo. Sobre o tema,
colacionam-se os seguintes julgados:

“Embargos de declaração em recurso extraordinário com agravo.


2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como
agravo regimental. 3. Processual Civil e Tributário. Ausência de
prequestionamento. 4. Transferência de mercadorias de um
estabelecimento para outro, de mesma titularidade. ICMS. Não
incidência. Precedentes. 5. Violação ao art. 97, CF. Orientação
consolidada do STF sobre questão constitucional. Desnecessidade de
submissão ao Pleno ou Órgão Especial do Tribunal de origem.
Precedentes. 6. agravo regimental ao qual se nega provimento.” (ARE
736.946-ED, rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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ARE 1123549 AGR / PR

13/10/2014)

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO


REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL.
FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. ÔNUS DO
RECORRENTE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. OFENSA
CONSTITUCIONAL REFLEXA. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR
MENDES - TEMA 660). ICMS. TRANSFERÊNCIA DE
MERCADORIAS ENTRE ESTABELECIMENTOS DE UM
MESMO CONTRIBUINTE. FATO GERADOR.
INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que o mero
deslocamento de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo
contribuinte, ainda que localizados em unidades distintas da
Federação, não constitui fato gerador do ICMS. 2. Agravo regimental
a que se nega provimento.” (ARE 746.349-AgR, rel. min. Teori
Zavascki, Segunda Turma, DJe de 1º/10/2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ICMS. TRANSFERÊNCIA
DE BEM ENTRE ESTABELECIMENTOS DO MESMO
CONTRIBUINTE. AGREGAÇÃO DE VALOR À MERCADORIA
OU SUA TRANSFORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE EFETIVA
TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE. INEXISTÊNCIA DE
FATO GERADOR DO TRIBUTO. AGRAVO REGIMENTAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - A mera saída física do bem para
outro estabelecimento do mesmo titular, quando ausente efetiva
transferência de sua titularidade, não configura operação de circulação
sujeita à incidência do ICMS, ainda que ocorra agregação de valor à
mercadoria ou sua transformação. II - Agravo regimental a que se
nega provimento.” (RE 765.486-AgR, rel. min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 4/6/2014)

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ARE 1123549 AGR / PR

“Agravo regimental no recurso extraordinário com


agravo. Alegada ofensa ao art. 97 da CF/88. Inovação recursal.
Prequestionamento implícito. Inadmissibilidade. Tributário.
ICMS. Deslocamento de mercadorias entre estabelecimentos do
mesmo titular. Inexistência de fato gerador. 1. Não se admite, no
agravo regimental, a inovação de fundamentos. 2. O Supremo
Tribunal Federal entende ser insubsistente a tese do chamado
prequestionamento implícito. 3. A Corte tem-se posicionado no
sentido de que o mero deslocamento de mercadorias entre
estabelecimentos comerciais do mesmo titular não caracteriza fato
gerador do ICMS, ainda que estejam localizados em diferentes
unidades federativas. Precedentes. 4. Agravo regimental não provido.”
(ARE 756.636-AgR, rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe
de 30/5/2014)

“DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. NÃO INCIDÊNCIA.


DESLOCAMENTO DE MERCADORIA DE UM
ESTABELECIMENTO PARA OUTRO DA MESMA EMPRESA,
SEM A TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE. AUSÊNCIA DE
VIOLAÇÃO DA CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO.
ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 06.12.2012. O
entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da
jurisprudência firmada no âmbito desta Excelsa Corte, no sentido de
que o simples deslocamento de mercadoria de um estabelecimento para
outro, da mesma empresa, sem transferência de propriedade, não é
hipótese de incidência do ICMS. Para caracterização de ofensa à
reserva de plenário faz-se necessário que a decisão do órgão fracionário
lastreie-se, ainda que de forma tácita, em juízo de incompatibilidade
entre a norma legal e a Magna Carta, situação inocorrente na espécie.
Agravo regimental conhecido e não provido.” (ARE 756.634, rel.
min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 26/3/2014)

“IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E


SERVIÇOS - TRANSFERÊNCIA DE BENS DO ATIVO FIXO
ENTRE ESTABELECIMENTOS DA MESMA EMPRESA. Não
incide Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços na

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ARE 1123549 AGR / PR

tranferência interestadual de bens do ativo fixo entre estabelecimentos


da mesma empresa. AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo
557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus
decorrente da litigância de má-fé.” (AI 810.921-AgR, rel. min.
Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 24/5/2013)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS.
ENERGIA ELÉTRICA. 1. O SIMPLES DESLOCAMENTO DA
MERCADORIA DE UM ESTABELECIMENTO PARA OUTRO
DA MESMA EMPRESA, SEM A TRANSFERÊNCIA DE
PROPRIEDADE, NÃO CARACTERIZA A HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA DO ICMS. PRECEDENTES. 2. CONTROVÉRSIA
SOBRE O DIREITO AO CRÉDITO DO VALOR ADICIONADO
FISCAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DE NORMA
INFRACONSTITUCIONAL (LEI COMPLEMENTAR N. 63/1990).
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE
466.526-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de
30/11/2012)

“ICMS - MERO DESLOCAMENTO FÍSICO DO BEM PARA


OUTRO ESTABELECIMENTO DO MESMO CONTRIBUINTE -
INOCORRÊNCIA DE CIRCULAÇÃO JURÍDICA, EIS QUE
AUSENTE QUALQUER TRANSFERÊNCIA DOMINIAL - NÃO-
INCIDÊNCIA DE REFERIDO TRIBUTO ESTADUAL - RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO.” (AI 618.947-AgR, rel. min. Celso
de Mello, Segunda Turma, DJe de 26/3/2010)

Esse entendimento vem sendo mantido em julgamentos recentes e


mesmo após a proposição da ADC 49, rel. min. Edson Fachin, a exemplo
do ARE 1.100.961-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de
7/8/2018, cuja ementa transcrevo a seguir:

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“IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E


SERVIÇOS – BENS DO ATIVO FIXO – TRANSFERÊNCIA –
ESTABELECIMENTOS. Não incide o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços na transferência interestadual de bens do ativo
fixo entre estabelecimentos da mesma empresa. Precedentes: agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo nº 1.033.286,
Primeira Turma, relator ministro Luiz Fux, acórdão veiculado no
Diário da Justiça de 12 de junho de 2017, e agravo regimental no
recurso extraordinário com agravo nº 1.063.312, Segunda Turma,
relator ministro Edson Fachin, acórdão publicado no Diário da Justiça
de 19 de dezembro de 2017.
AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente
inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista
no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando
a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.”

Outrossim, impende consignar que o agravo interno revela-se


manifestamente procrastinatório, notadamente em função da reiterada
rejeição, nas sedes recursais anteriores, dos argumentos repetidamente
expendidos pela parte agravante. Destarte, impõe-se a aplicação da multa
prevista no artigo 1.021, § 4º, do do Código de Processo Civil, a qual fixo
em 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da causa (precedentes:
AI 552.492-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de
7/3/2016; ARE 827.024-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe
de 25/2/2016; e ARE 878.103-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira
Turma, DJe de 25/2/2016).

Ressalte-se que não houve intimação para apresentação de


contrarrazões ao presente recurso, em obediência ao princípio da
celeridade processual e por não se verificar prejuízo à parte ora agravada,
uma vez que voto pela manutenção da decisão recorrida (artigo 6º c/c
artigo 9º do CPC/2015).

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Voto - MIN. LUIZ FUX

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ARE 1123549 AGR / PR

Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo interno; mercê do


intuito protelatório do recurso, aplico à agravante multa de 5% (cinco por
cento) sobre o valor atualizado da causa (artigo 1.021, § 4º, do CPC/2015).

É como voto.

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Extrato de Ata - 06/09/2019

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.549


PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : EDSCHA DO BRASIL LTDA
ADV.(A/S) : MARCELO DINIZ BARBOSA (27181/PR, 353044/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo


e aplicou a multa prevista no artigo 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos
termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de
30.8.2019 a 5.9.2019.

Composição: Ministros Luiz Fux (Presidente), Marco Aurélio,


Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

João Paulo Oliveira Barros


Secretário da Turma

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